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CONTESTAÇÃO - SEMANA 11

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 02ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG.
PROCESSO Nº
ANITA, brasileira, estado civil, economista, portadora do RG nº, CPF/MF nº, residente e domiciliada na, Belo Horizonte/MG, vem, por seu advogado (endereço, art. 39, I do CPC), nos Autos da Ação de Anulação do Negócio Jurídico que lhe move a Autora, já qualificada nos Autos, oferecer
CONTESTAÇÃO
Expondo e requerendo o que segue.
BREVE RESUMO DA PRETENSÃO AUTORAL
Pretende a autora a anulação do contrato de compra e venda do automóvel marca Honda, modelo CR-V, ano 2013 (dois mil e treze), celebrado em 10 (dez) de agosto de 2013 (dois mil e treze) entre seu ex-esposo e a Ré desta ação.
DA ILEGITIMIDADE PASSIVA
Para que determinado negócio jurídico possa ser questionado judicialmente, todas as partes que o celebraram devem ser legitimamente chamadas ao processo, conforme artigo 47, caput do CPC, o que de fato não aconteceu no caso em tela. 
A Autora deixou de elencar seu ex-esposo como parte, em litisconsórcio passivo necessário, já que ele foi quem vendeu o bem, o que de acordo com o Artigo 301, X do CPC, configura carência de ação.
Restando configurada tal questão processual, o artigo 267, VI do CPC é categórico em afirmar que o processo deverá ser extinto sem resolução de mérito.
DA IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO
Para o ordenamento jurídico brasileiro o negócio jurídico simulado é nulo, como determinado pelo artigo 167 do CC.
O professor Carlos Roberto Gonçalves (2011, p.358), afirma que a simulação é uma declaração falsa da vontade, visando aparentar negócio diverso do efetivamente desejado, é produto de um conluio entre os contratantes, visando obter efeito diverso daquele que o negócio aparenta conferir.
Trata-se, em realidade, de vício social, que como restará comprovado nos autos, em nenhum momento ocorreu e, se houvesse ocorrido, poderia ensejar apenas em declaração de nulidade.
Entretanto, a Autora requereu como pedido a anulação de tal negócio, uma impossibilidade jurídica, que enseja na extinção do processo sem resolução do mérito, conforme artigo 267, VI do CPC.
DO MÉRITO
Trata-se de negócio jurídico perfeito e acabado, no qual não se poderá atribuir o vício de simulação que pretende a Autora, já que a compra e venda do citado veículo é juridicamente perfeita, pois apresenta todos os requisitos prescritos no artigo 104, III do CC, o que de fato comprovam os documentos acostados aos Autos.
Além disso, a Ré veio a conhecer o agora ex-esposo da Autora por ocasião da celebração do negócio entre eles, tendo sido o pagamento efetuado nesta ocasião, sendo espúria a relação extraconjugal aventada como motivo da simulação.
Sendo assim, resta comprovada a tese de que os pedidos autorais não merecem proceder.
DOS PEDIDOS
Em face de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
1 – Sejam acolhidas as questões processuais de Carência de Ação e/ou de Impossibilidade Jurídica do Pedido, com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito; 
2 – Caso ultrapassadas as questões processuais, no mérito, sejam julgados improcedentes os pedidos da Autora;
3 – Seja condenada a Autora ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente prova documental e testemunhal.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Belo Horizonte/MG, XX de XXXXXXXXXXX de XXXX
Advogado
OAB/XX

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