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CONTESTAÇÃO - SEMANA 12

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 08ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE CURITIBA - PR.
PROCESSO Nº
BOM IMÓVEL CONSULTORIA E GESTÃO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº, com sede na, Curitiba/PR, vem por seu advogado, (endereço, art. 39, I do CPC), nos Autos da Ação de Anulação do Negócio Jurídico que lhe move o Autor, já qualificado nos Autos, oferecer
CONTESTAÇÃO
Expondo e requerendo o que segue.
BREVE RESUMO DA PRETENSÃO AUTORAL
O Autor pretende a anulação negócio jurídico celebrado entre seu pai e a empresa Ré, sob a alegação de que este foi ludibriado por propaganda enganosa, alegando que em 12 (doze) de janeiro de 2010 (dois mil e dez), a Ré o fez crer que estava aderindo a um financiamento para aquisição de casa própria, quando, na verdade, se tratava de um Contrato Particular de Constituição de Sociedade em Conta de Participação, tendo a empresa Ré recebido a quantia de R$120.000,00 (cento e vinte mil reais) e não transferido a posse do bem.
DA ILEGITIMIDADE ATIVA
O Autor, apesar de filho daquele que alega se sentir ludibriado, não é parte legítima para pleitear direito em nome alheio, consoante artigo 6º do CPC.
Vez que o autor intentou a ação sem possuir legitimidade para tal, já que não realizou o negócio citado e também não está legalmente autorizado para isso. De acordo com o artigo 301, X do CPC, há carência de ação.
Tal ato tem como consequência a questão processual definida no artigo 267, VI do CPC, ou seja, falta das condições da ação. Desta maneira não merece prosperar o processo no qual o Autor não é parte legítima, devendo, portanto, ser extinto o processo, sem resolução de mérito, com fulcro no citado artigo. 
DA DECADÊNCIA
Para o ordenamento jurídico brasileiro, o negócio jurídico realizado poderá ser anulado, quando houver dolo, como aponta o artigo 178, II do CC.
Ainda conforme o mencionado artigo, para que fosse possível a procedência da anulação em questão, o Autor não poderia ter deixado escoar o prazo decadencial de 4 (quatro anos) para os casos de alegado dolo na celebração do negócio. 
O artigo 269, IV do CPC afirma que haverá resolução de mérito quanto o juiz pronunciar decadência, e, tendo o contrato de compra e venda sido realizado em 10 (dez) de janeiro de 2010 (dois mil e dez), o prazo para que fosse possível o ajuizamento de tal ação expirou em 10 (dez) de janeiro de 2014 (dois mil e quatorze), portanto, há mais de 9 (nove) meses. 
Resta, assim, demonstrada a decadência do direito pleiteado, devendo o processo ser extinto com resolução do mérito, conforme art. 269, IV do CPC.
DO MÉRITO
Segundo o professor Carlos Roberto Gonçalves (2011, p. 315), dolo é o artifício ou expediente astucioso empregado para induzir alguém à prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a terceiro. Consiste em sugestões ou manobras maliciosamente levadas a efeito por uma das partes a fim de conseguir da outra uma emissão de vontade que lhe traga proveito ou a terceiro.
Em momento algum ocorreu no negócio celebrado entre o pai do Autor e a empresa Ré o vício de dolo, argumento autoral que sustenta a possibilidade de anulação de tal negócio. 
O negócio jurídico será anulado pelo sustentado vício quando este for a sua causa, conforme o artigo 145 c/c artigo 171, II, ambos do CC, o que não ocorre no caso concreto.
Trata-se de negócio jurídico perfeito e acabado, uma vez que estão presentes todos os requisitos prescritos no Artigo 104, III do CC, não havendo que se falar em vício de consentimento, o que de fato comprovarão os documentos acostados aos Autos.
Além disso, o pai do Autor recebeu as chaves do imóvel 60 (sessenta) dias após a celebração do negócio entre as partes, como se comprova o recibo, sendo espúria a afirmação de que não existe sequer a posse do bem.
Conforme exposto, a tese do Autor não merece acolhimento por este juízo, devendo os pedidos serem julgados totalmente improcedentes.
DOS PEDIDOS
Em face de todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
1 - Seja acolhida a questão processual de carência de ação, com a consequente extinção do processo sem resolução de mérito; 
2 – Seja acolhida a prejudicial de mérito de decadência do direito, com a consequente extinção do processo com resolução de mérito.
2 – Caso ultrapassada a questão processual e a prejudicial, que no mérito, sejam julgados improcedentes os pedidos do Autor;
3 – Seja condenado do Autor ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios.
DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente prova documental e testemunhal.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba/PR, XX de XXXXXXXXXXX de XXXX
Advogado
OAB/XX

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