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1 
CONTESTAÇÃO COM PEDIDO RECONVENCIONAL 
 
AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE 
_____________________ 
 
 
 
 
 
 
Processo nº. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANDERSON, brasileiro, (estado civil), (profissão), portador da 
cédula de identidade nº. xxxxxxxx, expedida pela xxxxx, inscrito no CPF sob o nº. 
xxx.xxx.xxx-xx, residente no Rio de Janeiro, endereço eletrônico xxxxxxxxxx, vem à 
presença de V. Exa., por seu advogado, com endereço profissional à Rua xxxxxxx, 
apresentar sua 
 
à ação de anulação de negócio jurídico proposta por BRUNO, já qualificado, o que 
faz com arrimo no art. 335 e seguintes do Código de Processo Civil e nos argumentos 
de fato e de direito que a seguir para a expor: 
I – RESUMO DA INICIAL 
 
Pretende o autor a anulação do negócio jurídico realizada entre 
seu pai e o réu, consistente na compra e venda de um imóvel situado na cidade de 
2 
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome 
próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico. 
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para 
pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado: 
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo 
ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico; 
São Paulo. 
O pedido do autor é fundamentado em suposto dolo e má-fé 
praticados pelo réu quando da celebração do negócio. 
Conforme se demonstrará, trata-se a demanda de aventura 
jurídica inexplicável, despida de qualquer fundamento fático e jurídico. 
II – PRELIMINARMENTE 
 
a) DA CARÊNCIA DE AÇÃO: ILEGITIMIDADE ATIVA 
É sabido que o ordenamento jurídico brasileiro, nos termos do 
art. 18, do CPC, adota como regra a legitimação ordinária, não sendo autorizado, 
senão quando expressamente previsto no ordenamento jurídico, que terceiros 
postulem em nome próprio direito alheio. 
Eis os termos da referida norma: 
 
 
Como se vê da narrativa inicial, o autor pretende, em nome 
próprio, anular negócio jurídico celebrado pelo seu pai. 
É evidente que o autor não é o titular da pretensão deduzida em 
juízo, lhe faltando legitimidade para postular a anulação do contrato. 
Ante o exposto, requer o acolhimento da preliminar para, na 
forma do art. 485, VI, do CPC, extinguir o processo sem resolução do mérito ante a 
flagrante ilegitimidade ativa ad causam. 
III – DA QUESTÃO PREJUDICIAL DE MÉRITO: DECADÊNCIA 
 
O pedido de anulação apresentado na inicial tem como causa de 
pedir suposto dolo praticado pelo réu. 
Prescreve o art. 178, do Código Civil, em seu inciso II, in verbis: 
 
3 
Constatada então a pretensão do autor de invalidar o negócio 
jurídico descrito na exordial, é inarredável se concluir pela consumação do prazo 
decadencial do art. 178 do Código Civil, que estipula o prazo de 4 anos para se 
pleitear a anulação de negócio jurídico. 
 
Isso porque o negócio jurídico foi realizado em 06 de novembro 
de 2008 sendo a pretensão deduzida em juízo apenas em outubro do corrente ano de 
2015. 
Requer o acolhimento da prejudicial de mérito de decadência, 
extinguindo-se o processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, II, do CPC. 
IV – DO MÉRITO 
 
Em atenção ao princípio da eventualidade, estampado no art. 
336, do CPC, e na remota hipótese de não serem acolhidas as questões anteriormente 
aduzidas, passa o réu a apresentar sua defesa de mérito. 
O autor, quando de sua narrativa inaugural, ocultou fatos nodais 
para a compreensão da causa, com o único intuito de obter provimento jurisdicional 
favorável. 
De fato, o réu, ora contestante, no dia 06 de novembro de 2008, 
adquiriu do pai do autor um imóvel situado na cidade de São Paulo, pelo preço de 
mercado de R$320.000,00 (trezentos e vinte mil reais), cujo pagamento foi 
integralizado no ato de lavratura da escritura. 
Quase um ano após a celebração do contrato, o pai do autor veio 
a ser interditado por demência decorrente do Mal de Alzheimer, tornando-se 
relativamente incapaz, conforme sentença prolatada pelo juízo da 2ª Vara de Órfãos e 
Sucessões da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, da qual não houve 
recurso. 
Fato é que, quando da celebração do contrato, o pai do autor não 
possuía qualquer incapacidade para a venda do imóvel que, inclusive, foi realizada 
com o pagamento do valor de mercado, não havendo qualquer prejuízo. 
4 
Art. 104. A validade do negócio jurídico requer: 
I - agente capaz; 
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável; 
III - forma prescrita ou não defesa em lei. 
0008696-49.2012.8.19.0212 - APELACAO 
DES. CLAUDIO BRANDAO - Julgamento: 29/04/2015 - 
SETIMA CAMARA CIVEL 
Ação de obrigação de fazer cumulada com pedido de indenização 
por danos materiais e morais. Contratos de mútuo. Alegação de 
nulidade dos contratos. Não ocorrência. Sentença de 
interdição proferida após a contratação. Efeitos ex nunc. 
Desprovimento do recurso. 
0024479-61.2010.8.19.0209 - APELACAO 
DES. ANTONIO CARLOS ESTEVES TORRES - Julgamento: 
11/06/2012 - DECIMA SEGUNDA CAMARA CIVEL 
APELAÇÃO 
ALEGAÇÃO 
CÍVEL. EMBARGOS À EXECUÇÃO. 
DE EXCESSO NÃO COMPROVADA. 
INTERDIÇÃO DECLARADA POSTERIORMENTE À 
CONTRATAÇÃO. EFEITOS EX NUNC. PRESERVAÇÃO 
DA SEGURANÇA JURÍDICA E DA BOA FÉ NEGOCIAL. 
ART. 557, DO CPC. SEGUIMENTO NEGADO. 
O art. 104 do Código Civil elenca o rol de requisitos para a 
validade do negócio jurídico, a saber: 
 
 
O pai do autor, há época da celebração do contrato de compra e 
venda, era plenamente capaz, não havendo qualquer vício em sua declaração de 
vontade. 
Eventual interdição ocorrida em momento posterior em nada 
abala a validade do negócio, eis que os requisitos legais devem ser observados 
quando da celebração do contrato. 
A jurisprudência tem entendimento consolidado de que a 
interdição gera efeitos ex nunc, nesse sentido: 
 
 
 
Ademais, Exa., cumpre esclarecer que a transação foi realizada 
na mais absoluta boa-fé, eis que, mesmo que se admitisse que o vendedor não era 
capaz, tal incapacidade não era aparente. 
5 
É importante frisar, mais uma vez, que o negócio foi celebrado 
com o pagamento do preço de mercado do imóvel. 
 
Desta feita, a improcedência dos pedidos autorais é medida que 
se impõe. 
 
V – DA RECONVENÇÃO 
 
O art. 343, do CPC, autoriza que o réu, em sua contestação, 
apresente reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação 
principal ou com o fundamento da defesa, em face do autor e terceiro. 
 
Diante da autorização legal, vem o réu apresentar seu pedido 
reconvencional. 
 
Como já se pode verificar ao longo desta peça defensiva, o réu 
agiu na mais cristalina boa-fé na celebração do negócio jurídico em apreço, não 
havendo como se esperar deste qualquer cuidado ou cautela que já não houvesse 
tomado. 
Nada obstante, o autor, anteriormente à propositura desta 
demanda, dirigiu-se em diversas oportunidades ao local de trabalho do réu e passou 
a ofendê- lo em sua honra, proferindo expressões tais como “caloteiro”, “ludibriador 
de idosos indefesos”, “safado”, em frente à diversos colegas de trabalho. 
A honra integra o rol de direitos da personalidade e, por 
conseguinte, faz parte do patrimônio imaterial do ser humano, devendo sua lesão ser 
compensada nos termos da legislação civil. 
Com efeito, diz o Código Civil, em seu art. 186, “aquele que, por 
ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a 
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”. 
Já o art. 927 do mesmo diploma legal determina que “aquele que, 
por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”. 
6 
0009238-91.2012.8.19.0204 - APELACAO 
DES. GILBERTO DUTRA MOREIRA - Julgamento: 
02/12/2014 - NONA CAMARA CIVEL 
Apelação Cível. Ação indenizatória. Agressão verbal. Ofensa à 
honra. Prova oral que comprova que o réu insultou o autor 
com xingamentos e ofensas, na presença de outro vizinho, 
utilizando palavras de baixo calão.Clara exposição ao 
ridículo e ao vexame. Situação constrangedora que 
resultou na ofensa à sua esfera íntima e individual. Danos 
morais caracterizados. Indenização fixada em R$ 2.000,00 
(dois mil reais). Quantia adequada à hipótese e conforme os 
critérios de razoabilidade/proporcionalidade e satisfação/punição. 
Desprovimento do recurso. 
No caso em tela, os insultos proferidos pelo autor (reconvindo) 
ao réu (reconvinte) repercutiram de forma avassaladora em sua dignidade, posto 
que, em frente a diversos colegas de trabalho, o autor imputou ao réu a pecha odiosa 
de pessoa que explora idosos para obter vantagens indevidas, de agente 
inescrupuloso capaz de tudo por dinheiro. 
Outro não é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça deste 
Estado, como se vê no aresto abaixo transcrito: 
 
 
Desta forma, resta indubitável o dever de indenizar do autor, eis 
que preenchidos todos os requisitos da sua responsabilidade civil subjetiva, devendo 
ser condenado, em sede reconvencional, a indenizar o autor na quant ia de 
R$ 15.000,00 (quinze mil reais), para que seja o réu compensado da ofensa sofrida, e o 
autor punido por sua conduta inaceitável. 
 
O réu reconvinte atribui à reconvenção o valor de R$15.000,00 
(quinze mil reais). 
 
VI – DOS PEDIDOS 
 
Por todo o exposto, REQUER: 
 
1. O acolhimento da preliminar de ilegitimidade ativa para, na forma do art. 
485, VI, do CPC, extinguir o processo sem resolução do mérito; 
7 
2. Que seja acolhida a questão prejudicial de mérito de decadência, 
extinguindo-se o processo com resolução de mérito, na forma do art. 487, II, 
do CPC; 
 
3. Caso alcançado o mérito, que sejam os pedidos do autor julgados totalmente 
improcedentes, condenando-o nas custas processuais e honorários 
advocatícios de sucumbência; 
 
4. Quanto à reconvenção, requer a procedência total do pedido, condenando-se 
o autor reconvindo ao pagamento de indenização pelos danos morais 
experimentados pelo réu reconvinte, na quantia de R$15.000,00 (quinze mil 
reais), bem como a condenação nas custas e honorários (art. 85, §1º, do CPC). 
 
VII – DAS PROVAS: 
 
O réu pretende provar o alegado por todos os meios admitidos em 
direito, na amplitude do artigo 369, do CPC, especialmente prova documental, 
depoimento pessoal do autor, expedição de ofícios, testemunhal, pericial. 
VIII – DAS FUTURAS PUBLICAÇÕES 
 
Requer que as futuras publicações e intimações sejam realizadas 
em nome do advogado xxxxxxxxxxxx, OAB/xx xxxxx, sob pena de nulidade, conforme 
art. 272, §5º, do CPC. 
 
 
Termos em que, 
Pede Deferimento. 
Local, Data. 
 
 
 
NOME DO ADVOGADO 
OAB

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