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FERIDAS E 
COBERTURAS
PROF. ENF. JOÃO VICTOR CASTRO
Introdução 
 A pele tem várias funções, 
como por exemplo: 
• proteger o organismo contra 
a ação de agentes externos 
(físicos, químicos e biológicos)
• impedir a perda excessiva 
de líquidos
• manter a temperatura 
corporal 
• sintetizar a vitamina D 
• agir como órgão dos 
sentidos
 Quando ocorre a descontinuidade 
do tecido epitelial, das mucosas ou 
de órgãos, as funções básicas de 
proteção da pele são 
comprometidas. 
 A ferida resultante dessa 
descontinuidade pode ser causada 
por fatores extrínsecos, como 
incisão cirúrgica, trauma, e por 
fatores intrínsecos, como as 
produzidas por infecção. 
 Os profissionais que prestam 
cuidado ao paciente devem estar 
capacitados para realizar uma 
avaliação efetiva das feridas. 
 A cicatrização é 
um processo 
fisiológico e 
dinâmico que 
busca restaurar a 
continuidade dos 
tecidos. 
 Conhecer a 
fisiopatologia da 
cicatrização e os 
fatores que 
podem acelerá-la 
ou retardá-la 
proporciona uma 
melhor avaliação 
e a escolha do 
tratamento mais 
adequado
Características das feridas 
 As feridas podem ser classificadas quanto à causa, ao conteúdo 
microbiano, ao tipo de cicatrização, ao grau de abertura e ao 
tempo de duração.
 Quanto à causa, as feridas podem ser: 
cirúrgicas, feridas provocadas intencionalmente, mediante: Incisão: 
quando não há perda de tecido e as bordas são geral- mente 
fechadas por sutura; 
Excisão: quando há remoção de uma área de pele (por exemplo, 
área doadora de enxerto); 
Punção: quando resultam de procedimentos terapêuticos 
diagnósticos (por exemplo, cateterismo cardíaco, punção de 
subclávia, biópsia, entre outros). 
• Traumáticas, feridas provocadas acidentalmente por agente: 
Mecânico: contenção, perfuração ou corte; 
Químico: iodo, cosméticos, ácido sulfúrico etc.; Físico: frio, calor ou 
radiação. 
• Ulcerativas, feridas escavadas, circunscritas na pele (formadas por 
necrose, sequestração do tecido), resultantes de traumatismo ou 
doenças relacionadas com o impedimento do suprimento sanguíneo.
As úlceras de pele representam uma categoria de feridas que 
incluem úlceras por pressão, de estase venosa, arteriais e diabéticas. 
Quanto ao conteúdo microbiano, 
as feridas podem ser:
 Limpas, feridas em condições assépticas, sem micro-
organismos; 
• Limpas contaminadas, feridas com tempo inferior a 6 
horas entre o trauma e o atendimento, sem contaminação 
significativa; 
• Contaminadas, feridas ocorridas com tempo maior que 6 
horas entre o trauma e o atendimento, sem sinal de 
infecção; 
 Infectadas, feridas com presença de agente infeccioso 
no local e com evidência de intensa reação 
inflamatória e destruição de tecidos, podendo conter 
pus.
Quanto ao tipo de cicatrização, as 
feridas podem ser:
De cicatrização por primeira intenção, feridas fechadas 
cirurgicamente com requisitos de assepsia e sutura das bordas; nelas 
não há perda de tecidos e as bordas da pele e/ou seus componentes 
ficam justapostos; 
• De cicatrização por segunda intenção, feridas em que há perda de 
tecidos e as bordas da pele ficam distantes; nelas a cicatrização é 
mais lenta do que nas de primeira intenção; 
• De cicatrização por terceira intenção, feridas corrigidas 
cirurgicamente após a formação de tecido de granulação, ou para 
controle da infecção, a fim de que apresentem melhores resulta- dos 
funcionais e estéticos.
 Quanto ao grau de abertura, as feridas 
podem ser: 
 • Abertas, feridas em que as bordas da 
pele estão afastadas; 
 • Fechadas, feridas em que as bordas da 
pele estão justapostas.
Fisiologia do processo cicatricial
 A pele, quando lesada, inicia imediatamente uma série de fases 
sobre- postas, denominada cicatrização. 
 A cicatrização ocorre por meio de um processo dinâmico, 
interdependente, contínuo e complexo, cuja finalidade é restaurar 
os tecidos lesados. 
 Este processo é composto pelas seguintes fases: inflamatória, 
proliferativa e de maturação. 
AVALIAÇÃO DA FERIDA
 Na classificação de diagnósticos de enfermagem da NANDA –I 
(2009- 2011), no domínio 11, denominado segurança e proteção, 
na classe 2, são apontados os seguintes diagnósticos a serem 
estabelecidos em situações de lesões físicas definidas como dano 
ou ferimento ao organismo: 
 a) integridade da pele prejudicada; 
 b) integridade tissular prejudicada;
 c) risco de integridade da pele prejudicada.
 Os princípios do conceito clínico são baseados no manejo local de 
feri-das estagnadas ou que não cicatrizam, a partir de 
desbridamento, manejo do exsudato e resolução do desequilíbrio 
bacteriano. 
 A sistematização do tratamento de feridas ocorre por meio de 
ações simples que visam remover as barreiras que impedem a 
cicatrização.
 Essas barreiras são expressas na palavra TIME, onde cada letra 
significa uma barreira a ser removida da lesão. 
AVALIANDO A FERIDA
• Localização;
• Tempo;
• Exsudato;
• Odor;
• Borda;
• Tamanho;
• Leito da ferida;
• Pele ao redor; e,
• Definindo o tipo
de curativo e
cobertura.
T (Tecido inviável)
 Para o preparo da ferida, é necessário avaliar as condições do 
tecido. 
 Se ele estiver inviável, necrótico ou deficiente, é recomendável 
realizar o desbridamento, que pode ser instrumental, autolítico, 
enzimático, mecânico ou biológico. 
 O desbridamento tem a finalidade de remover o tecido 
desvitalizado, restaurar a base da ferida e da matriz extracelular e 
obter tecido viável no leito da ferida. 
I (Infecção ou inflamação)
 Trata-se aqui do tecido com alta conta gembacteriana ou 
inflamação prolongada, com número elevado de citocinas 
inflamatórias. 
 Atividade das proteases e baixa atividade dos fatores de 
crescimento são prejudiciais para a cicatrização. 
 Nessa situação, é necessário realizar a limpeza da ferida e avaliar 
as condições tópicas sistêmicas e o uso de anti-inflamatórios e 
antimicrobianos.
M (Manutenção da umidade)
 Para que ocorra a cicatrização, é necessário o equilíbrio da 
umidade da ferida. 
 Enquanto o leito da ferida ressecado ocasiona uma migração 
lenta das células epiteliais, o excesso de exsudato também é 
prejudicial, pois pode provocar maceração da margem e da pele 
perilesional. 
 Nessas condições, é preciso estimular a migração das células 
epiteliais, para evitar ressecamento e maceração, e controlar o 
edema e o excesso de fluidos.
E (Epitelização das bordas)
 É a situação em que, no processo de cicatrização, há progressão 
da cobertura epitelial a partir das bordas. 
 Quando não há migração de queratinócitos, as células da ferida 
não respondem; 
 há matriz extracelular, mas a atividade das proteases é anormal. 
 Nesse caso, deve-se avaliar todo o processo, observando as causas 
e optando por uma das terapias corretivas, que poderá ser 
desbridamento do tecido morto, enxerto de pele no local, uso de 
agentes biológicos e terapias adjuntas.
ASPECTOS RELEVANTES NO
TRATAMENTO DE FERIDAS
• Fatores individuais do paciente;
• Recursos materiais e humanos;
• Indicação, contra- indicação e custo;
• Fornecimento de explicações claras sobre o tratamento;
• Promoção da participação do paciente e/ou familiar no processo de 
tratamento;
• Orientação para o paciente sobre a importância do acompanhamento 
com o(os) profissionais de vínculo na Unidade de Saúde;
• Estimular o auto cuidado, quando possível.
Avaliação das condições clínicas 
 Todo paciente deve ser avaliado de forma ampla, uma vez que 
um paciente descompensado clinicamente terá um processo de 
cicatrização mais difícil. 
 Apresentam-se a seguir os fatores a serem considerados:
• Idade: é um dos aspectos sistêmicos mais importantes, um cofator 
de risco tanto para o surgimento de lesões, como para a sua 
manutenção, já que ela interfere no funcionamento de todos os 
sistemas fisiológicos corporais. 
A idade avançada está associada a uma sériede alterações 
nutricionais, metabólicas, vasculares e imunológicas e, muitas vezes, 
às doenças crônicas, que tornam o indivíduo mais suscetível ao 
trauma e à infecção. rados nesta avaliação.
• Estado nutricional: as proteínas são fundamentais para todos os 
aspectos da cicatrização, desde a síntese de colágeno e a 
proliferação epidérmica, até a neovascularização. Destacam-se os 
seguintes nutrientes: 
• vitamina A: essencial à formação e manutenção da integridade do 
tecido epitelial; 
• vitaminas do complexo B: necessárias para a efetiva ligação 
cruzada entre as fibras colágenas, para a função linfocitária e a 
produção de anticorpos; 
• vitamina C: essencial para a hidroxilação da lisina e da prolina no 
processo de síntese de colágeno. É importante, também, para a 
produção de fibroblastos e para a integridade capilar; 
• oligoelementos, como zinco, ferro, cobre e manganês: necessários 
para a formação do colágeno; 
• água: o mais importante nutriente; corresponde a cerca de 55% do 
peso corporal e compõe todas as atividades celulares e funções 
fisiológicas. 
• Imobilidade: é um fator que limita e reduz a cicatrização da ferida, 
por diminuir o aporte sanguíneo e aumentar o risco de isquemia 
tecidual.
 Vascularização: a oxigenação e perfusão tissular são condições 
essenciais para a manutenção da integridade e sucesso na 
reparação tissular. 
 Indivíduos portadores de insuficiência arterial ou venosa podem 
desenvolver ulcerações distais que tendem à cronificação. 
 O tabagismo também é um componente importante na 
ocorrência da hipóxia, devido à ação vasoconstritora da nicotina. 
 Condições sistêmicas: uma das mais importantes é o diabetes mellitus, 
que reduz a resposta inflamatória e aumenta o risco de infecção. 
 Já a neuropatia diminui a percepção sensorial, aumentando o risco 
para o desenvolvimento de feridas. 
 A insuficiência renal, por sua vez, interfere na manutenção da pressão 
arterial, no equilíbrio hidroeletrolítico e no processo de coagulação. 
 Além dessas, existem outras condições sistêmicas, como as doenças 
reumatológica, hepática, neurológica, intestinal, hematológica, que, 
por mecanismos diretos ou indiretos, influenciam negativamente no 
processo de reparação tissular ou predispõem o indivíduo a riscos 
maiores de desenvolvimento de feridas.
Cuidados na realização de 
curativos 
 O curativo é um dos tratamentos utilizados para promover a 
cicatrização da ferida e proporcionar um meio adequado ao 
processo de cicatrização. 
 Para ocorrer a reparação tecidual e a cicatrização, é funda-
mental que o processo de limpeza seja realizado de modo 
adequado. 
 Portanto, é necessário atenção e conhecimento dos profissionais 
de saúde para a escolha do curativo mais adequado às 
características de cada ferida. 
 Entre os objetivos e cuidados, incluem-se: 
• proporcionar conforto e higiene 
ao paciente; 
• promover a cicatrização; • 
proteger a ferida para prevenir 
infecções; 
• tornar a ferida impermeável a 
bactérias; 
• manter a área limpa; 
• permitir a troca gasosa; 
• manter a umidade entre a ferida 
e o curativo para acelerar a 
epitelização; 
• diminuir a dor do paciente; 
• remover o excesso de exsudato, 
evitando maceração dos teci- dos 
próximos; 
• fornecer isolamento térmico da 
ferida; 
• realizar a remoção do curativo 
sem traumas; 
• fazer bom uso dos meios e 
recursos disponíveis.
MATERIAIS
PRINCIPAIS FINALIDADES DOS CURATIVOS
• Manter Leito da ferida umedecido;
• Remover o excesso de exsudação;
• Permitir a troca gasosa;
• Fornecer isolamento térmico;
• Ser impermeável às bactérias;
• Estar isento de partículas e tóxicos contaminadores de ferida;
• Permitir a retirada sem provocar trauma;
• Promove cicatrização.
PRINCÍPIOS GERAIS PARA LIMPEZA E
TROCA DE CURATIVO
• Utilizar sempre material esterilizado;
• Se as gazes estiverem aderidas na ferida, umedecê-las antes de retirá-
las;
• Se houver mais de uma ferida, iniciar pela menos contaminada;
• Feridas em fase de granulação realizar a limpeza com soro fisiológico 
em jatos;
• Realizar os curativos contaminados com S.F 0,9 % aquecido (T= ±
36,0° C);
• A aplicação de ataduras deve ser realizada no sentido da circulação 
venosa, com o membro apoiado.
COBERTURAS
O QUE É:
• Toda 
substância 
ou material 
aplicado 
sobre a 
ferida 
formando 
uma barreira 
física.
QUANTO AO DESEMPENHO:
• Passivas: protegem e 
cobrem;
• Interativas: mantém o 
ambiente úmido 
facilitam a cicatrização;
• Bioativas: estimulam a 
cicatrização.
QUANTO AO DESEMPENHO:
• Primárias: diretamente 
sobre a ferida;
• Secundárias: colocadas 
sobre cobertura 
primária
CRITÉRIOS PARA A SELEÇÃO DE
COBERTURA
• Aspectos da Ferida;
• Localização da ferida;
• Tamanho da ferida;
• Profundidade da ferida;
• Conforto do paciente;
• Custo/Efetividade;
• Mobilidade do paciente.
Orientações para feridas abertas 
• Lavar a ferida com soro fisiológico morno em forma de jato. 
Utilizar torundas apenas para limpeza da pele circundante. 
Na presença de tecido desvitalizado, solicitar a avaliação da 
enfermeira para desbridamento. 
Colocar no leito da ferida (cobertura primária) gaze não aderente 
(atadura de rayon) ou gaze, ambas umedecidas com soro fisiológico. 
Após, utilizar, como cobertura secundária, gazes secas e fixá-las com 
adesivo microporoso hipoalergênico.
Orientações para feridas 
infectadas 
• Limpar primeiramente a pele circundante e, após, a ferida, seguindo 
a mesma orientação do curativo em feridas abertas. 
• Organizar a unidade do paciente. 
• Desprezar material conforme rotina. 
• Retirar as luvas (quando forem utilizadas). 
• Higienizar as mãos. 
• Registrar o procedimento no prontuário, descrevendo a presença 
ou não de exsudado ou características, aspecto do leito da ferida, 
condições da pele, evolução da ferida e as reações do paciente à 
terapêutica. 
São vantagens do meio úmido:
Evitar traumas; 
• Reduzir a dor; 
• Manter a temperatura; 
• Remover tecido necrótico; 
• Impedir a formação de esfacelos; 
• Estimular a formação de tecido viável; 
• Promover maior vascularização
Desbridamento
 O desbridamento envolve a remoção de tecido não viável e de 
bactérias, para permitir a regeneração do tecido saudável 
subjacente. 
 Durante o procedimento, é necessário evitar danos ao tecido de 
granulação.
 O desbridamento pode ser efetuado através de técnica cirúrgica, 
mecânica, enzimática ou autolítica. 
 Cada procedimento possui vantagens, desvantagens e indicações 
para o seu uso. 
 A combinação das técnicas pode ser o método mais eficaz. Para 
definir a melhor conduta, cada caso deve ser avaliado. 
Tipos de desbridamento: 
 Desbridamento cirúrgico: remoção 
do tecido necrótico por meio de 
procedimento cirúrgico. 
 Deve-se desbridar a ferida que 
apresentar necrose de coagulação 
(caracterizada pela presença de 
crosta preta ou es-cura) ou necrose 
de liquefação (caracterizada pela 
presença de tecido 
amarelo/esverdeado). 
 O desbridamento só deve ser 
realizado por profissional 
qualificado da medicina ou da 
enfermagem. 
Técnica de square
 Técnica de square: utilização de 
lâmina de bisturi para realizar 
peque- nos quadradinhos (2 mm a 
0,5 cm) no tecido necrótico, que 
posterior- mente podem ser 
delicadamente removidos da 
ferida, um a um, sem risco de 
comprometimento tecidual mais 
profundo. 
 Esta técnica também pode ser 
utilizada para facilitar a 
penetração de substâncias 
desbridantes no tecido necrótico.
 Desbridamento 
enzimático: aplicação 
tópica de enzimas 
desbridantes diretamente 
no tecido necrótico. 
 A escolha da enzima 
depende do tipo de 
tecido existente. 
 Aplica-se somente nas 
áreas com tecido 
necrótico. 
 Exemplo: papaína. 
 Desbridamento autolítico ou autólise: utiliza as enzimas do próprio 
corpo para a destruição do tecido desvitalizado. 
 A utilizaçãode coberturas primárias promove um meio úmido 
adequado, estimula a migração leucocitária e a ação das enzimas 
(proteases, colagenases) no leito da ferida sobre a necrose. 
 O desbridamento autolítico está indicado para todos os tipos de 
necroses, inclusive para pacientes que não suportam ou têm 
contraindicação para utilização de outros tipos de desbridamento. 
 No entanto, é considerado o método mais lento. 
CURATIVOS E 
COBERTURAS
Tela de silicone
Composição Composto por película de silicone suave unida a uma rede de
poliamida elástica, transparente e atraumática.
Ação Estrutura porosa permite ao exsudato passar para um curativo
absorvente externo; Previne que o curativo fique aderido à ferida.
Indicação e
Benefício
Feridas crônicas em geral, queimaduras, ulcerações,
fixação de enxerto Minimiza risco de maceração das 
bordas da ferida.
Contraindicação Não possui contraindicação.
Aplicação e troca Remover o filme de proteção;
Aplicar sobre a ferida mantendo alguns centímetros sobre a
pele íntegra; Aplicar o curativo secundário estéril;
Avaliação diária para troca de curativo;
Presença de secreção - trocar curativo secundário e irrigar
com SF morno; Presença de tecido de granulação - trocar o
curativo secundário e se o curativo estiver limpo, manter,
podendo permanecer até 7 dias sem retirar e lavá-lo.
Tela de silicone
Malha impregnada com parafina
Composição Curativo estéril composto por gaze de algodão impregnada
com parafina; Apresentação individual em cartela ou rolo.
Ação Protege a lesão evitando a aderência e
impedindo a desidratação do tecido de
granulação.
Indicação e
Benefício
Queimaduras e escaldaduras, áreas doadoras e receptoras de
enxerto, lacerações e abrasões e úlceras de perna;
Protege e possibilita a passagem de exsudato para a cobertura
secundária, pode ser recortado para tamanho adequado.
Contraindicação Não possui contraindicação.
Aplicação e troca Aplicar o curativo sobre o leito da lesão;
Ocluir com cobertura secundária estéril de gaze, compressa seca ou
outro tipo de
cobertura adequada;
Trocar curativo secundário sempre que estiver
saturado; Primário a cada 24hs em lesões
infectadas;
Primário a cada 48-72hs nas demais lesões;
Nunca deixar a gaze parafinada secar no leito da ferida.
Ácidos graxos essenciais (AGE)
Composição Óleo vegetal composto por ácido linoléico, ácido caprílico, ácido
cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja.
Ação Promove angiogênese, mantém meio úmido e acelera processo
de granulação; Pode ser usado em qualquer período de
cicatrização;
Auxilia o desbridamento autolítico;
Promove formação de película protetora quando aplicado em pele
íntegra.
Indicação e
Benefício
Tratamento de feridas abertas com ou sem
infecção; Prevenção de úlceras por
pressão.
Contraindicação Não possui contraindicação, a não ser caso de hipersensibilidade.
Aplicação e troca Aplicar em gaze estéril que entrará em contato direto com a lesão e
umedecer com
soro, seguido de curativo oclusivo com gaze estéril seca;
O curativo deve ser trocado sempre que a cobertura secundária
estiver saturada, ou em 24hs no máximo.
Gel hidroativo
Composição Gel transparente composto por água, carboximetilcelulose (CMC) e
propilenoglicol (PPG).
Ação Promove desbridamento
autolítico; Mantém meio
úmido ideal; Favorece
angiogênese.
Indicação e
Benefício
Contribui na remoção de tecidos de necrose, de coagulação, utilizar
em feridas com pouco exsudato;
Feridas limpas, superficiais como laceração e cortes;
Áreas doadoras e receptoras de enxerto;
Úlceras diabéticas, por pressão, úlceras em MMII (arteriais, venosas e
mistas).
Contraindicação Não utilizar em pele íntegra, incisões cirúrgicas fechadas,
feridas com muito exsudato, feridas colonizadas por fungos.
Aplicação e troca Aplicar o gel com espátula no local desejado;
Ferida infectada e/ou com necrose trocar o curativo no
máximo em 24hs; Necessita de cobertura secundária.
Hidrocolóide
Composição Placa: camada externa de poliuretano, camada interna de
partículas hidroativas compostas por CMC, Gelatina e Pectina;
Pasta: partículas hidrocolóides naturais.
Ação Em contato com o exsudato forma gel hidrofílico que mantém o meio
úmido;
Estimula a angiogênese e desbridamento autolítico.
Acelera processo de granulação tecidual.
Indicação e
Benefício
Prevenção e tratamento de feridas abertas não 
infectadas; Úlceras por pressão não infectadas;
Pouca ou moderada exsudação.
Contraindicação Feridas infectadas, tecido desvitalizado e queimaduras de 3° grau;
Aplicação e troca Na utilização da placa, aplicar segurando pelas bordas e 
pressionar as bordas massageando a placa;
Na utilização da pasta, preencher depressões na ferida aplicando
com auxílio de espátula;
A placa pode permanecer até 7 dias.
Sulfadiazina de prata
Composição Sulfadiazina de prata 1% hidrofílico.
Ação Exerce ação bactericida e bacteriostática residual pelas pequenas
pequenas
quantidade de prata iônica; 
Impermeável a fluídos e 
microrganismos.
Indicação e
Benefício
Utilizada em queimaduras, lesões infectadas ou com tecido necrótico.
Contraindicação Hipersensibilidade ao produto.
Aplicação e troca Utilizar somente com indicação e prescrição médica;
Aplicar camada fina do produto, colocar gaze de contato umedecida
com SF 0,9% e
cobrir com cobertura secundária estéril; 
Permanece no máximo 12hs ou 
quando saturar.
*Cuidado: o uso indiscriminado de sulfadiazina de prata pode causar 
citotoxidade e levar a resistência microbiana.
Membranas ou Filmes semipermeáveis
Composição Filme de poliuretano, transparente , semipermeável, aderente a superfícies
secas.
Ação Mantém ambiente úmido e favorável a cicatrização, permeabilidade
seletiva;
Impermeável a fluídos e microrganismos.
Indicação e Benefício Lesões superficiais de 
queimadura; Fixação de
catéteres;
Escoriações;
Incisões cirúrgicas;
Permite visualização direta da 
ferida; Não requer cobertura
secundária.
Contraindicação Feridas com muito exsudato, infectadas e em caso de hipersensibilidade.
Aplicação e troca A troca deve ser realizada quando a membrana perder sua transparência,
ou em
sinais de infecção;
A membrana pode permanecer até 7
dias; Pode ser utilizado como curativo
secundário.
Escoriação
Escoriação
Fixação de cateter
Úlcera venosa
Fibras de Alginato de Cálcio
Composição Sais de polímero natural, o ácido algínico derivado de
algas marinhas; Apresentação em placa ou fita.
Ação Promove hemostasia e a granulação, absorve exsudato, mantém
leito umedecido e auxilia o desbridamento autolítico.
Indicação e
Benefício
Feridas exsudativas com ou sem sangramento, cavitárias com ou
sem infecção; Auxilia no desbridamento autolítico;
Hemostático;
Diminui exsudação e odor.
Contraindicação Feridas superficiais com pouco exsudato, queimaduras.
Aplicação e troca Irrigar o local com SF 0,9% morno em jato;
Realizar desbridamento se necessário;
Modelar o produto no interior da lesão umedecendo a o
produto com SF 0,9% morno;
Não ultrapassar as bordas da lesão;
Cobertura secundária (tela de silicone,
hidrocolóide); Troca a cada 24hs em feridas
infectadas;
Troca a cada 48hs em feridas exsudativas ou até saturar.
Ferida oncológica
Carvão Ativado com Prata
Composição Carvão ativado impregnado com prata 0,15% envolto por película de
nylon.
Ação Filtra odor e possui ação bactericida e bacteriostática, diminui odor e 
exsudação.
Indicação e
Benefício
Feridas infectadas ou colonizadas, exsudativas com ou sem necrose e
odor.
Contraindicação Feridas limpas e lesões por queimaduras, exposição óssea e de
tendões.
Aplicação e troca Colocar a cobertura sobre a ferida e ocluir com curativo secundário
estéril;
*Importante: a cobertura de carvão ativado não pode ser cortada.
Trocar cobertura a cada 48 a 72hs dependendo da absorção, se
ferida sem infecção a troca deverá ser feita de 3 a 7 dias;
Trocar cobertura secundária sempre que estiver saturada;
Requer curativo secundário.
Papaína
Composição Complexode enzimas proteolíticas;
10% - feridas com necrose;
6%- feridas com necrose de liquefação;
2%- utilizado em tecido de granulação;
Apresenta-se em pó ou gel.
Ação Desbridamento químico, ação bactericida e bacteriostática, acelera o
processo cicatricial, promove granulação e epitelização.
Indicação e Benefício Feridas abertas secas ou exsudativas, ferida colonizada ou infectada;
tecido desvitalizado, necrótico, feridas com tecido de granulação.
Contraindicação Contato com metais devido poder de oxidação, tempo prolongado de
preparo devido a instabilidade da enzima.
Aplicação e troca Aplicar no tecido necrosado fina camada de papaína ocluir com curativo
secundário; A troca do curativo deve ser realizada no máximo a cada 24 hs de
acordo com a saturação do curativo secundário.
*A validade é conforme fabricante, deve-se manter na geladeira e não
manipular
com objetos metálicos.
TIPO DE COBERTURA INDICAÇÕES CARACTERÍSTICAS
Gaze + soro fisiológico Limpeza simples Não ideal para manter umidade
Gaze vaselinada Feridas secas Mantém umidade, pouco absorvente
Espumas de poliuretano Feridas exsudativas Alta absorção, conforto térmico
Alginato de cálcio Exsudato abundante Estimula hemostasia
Hidrocolóide Feridas limpas e pouco exsudativas
Autoadesivo, mantém umidade, favorece 
autólise
Hidrogel Feridas secas ou com necrose Hidrata, ideal para desbridamento
Films de poliuretano (filme transparente) Prevenção de LPP, pequenas feridas Permite troca gasosa, visualização da ferida
Carvão ativado com prata Feridas infectadas ou fétidas Controle de odor e infecção
Colagenase Feridas com necrose
Enzima que promove desbridamento 
químico
Curativos com prata Infecção ou risco de infecção Ação antimicrobiana potente
Registro da evolução das feridas 
 É responsabilidade da equipe de saúde proporcionar e manter um 
ambiente terapêutico para o paciente durante as 24 horas do dia, 
o que inclui garantir a qualidade e continuidade dos registros, 
devido a suas implicações assistenciais e legais. A descrição da 
ferida e das condutas adotadas qualifica a assistência ao 
paciente, permitindo um acompanhamento preciso da evolução 
da ferida por todos os membros da equipe de saúde. Ele também 
serve de parâmetro para propor novas condutas objetivando a 
cicatrização.
 Para planejar e prescrever a assistência ao paciente, é necessário 
avaliar diariamente e fazer um bom diagnóstico das características 
da ferida. Os registros devem traduzir o máximo de conhecimento 
sobre as condições de saúde do paciente, incluindo informações 
referentes tanto aos procedimentos quanto às necessidades e 
queixas dos mesmos.
 Os registros devem ter uma linguagem objetiva e mensurável, 
sendo fundamental que as informações permitam acompanhar a 
evolução das feridas. Assim, eles devem incluir: • Tipo de ferida –
informar a causa da ferida: cirúrgica, traumática ou ulcerativa. Se 
for úlcera por pressão, classificar seu estágio de acordo com a 
Classificação por Estágios das Úlceras por Pressão. • Tempo de 
duração da ferida e sua origem - essa informação permite 
classificar a ferida em aguda ou crônica, bem como estabelecer 
se a origem foi comunitária ou hospitalar.
 Localização da ferida - descrever a região anatômica acometi- da, 
o que permite a localização precisa da ferida. 
 Dimensão da ferida - medir os bordos da ferida, registrando altura, 
largura e profundidade, em centímetros, utilizando a régua 
descartável. • Tipo de tecido - descrever o tipo de tecido do leito 
da ferida, se existe infecção, como é o meio (umidade) e a 
epitelização dos bordos (TIME). • Características do exsudato -
registrar o aspecto, a quantidade ou a ausência de exsudato.
 Pele perilesão - registrar o aspecto e as condições da pele 
perilesional. • Descrição do procedimento - descrever o aspecto 
do curativo, a técnica de limpeza e a cobertura escolhida para o 
leito da ferida e para a proteção dos bordos. • Previsão de troca 
do curativo - registrar a periodicidade da próxima troca e incluir na 
prescrição de enfermagem. • Dor ou queixas do paciente em 
relação ao procedimento - registrar se a analgesia prescrita está 
adequada, se está sendo possível realizar a limpeza da ferida com 
desconforto tolerável para o paciente, e demais queixas do 
paciente.
VALORES (em média) DOS MATERIAIS
• Gaze: R$ 1,26 a R$ 1,75;
• Frasco soro SF0,9% 100ml: R$ 3,50 a R$ 3,67;
• Atadura crepe:
10 cm: R$ 1,04 a R$ 3,09;
15 cm: R$ 1,78 a R$ 4,55;
20 cm: R$ 2,51 a R$ 5,23;
• Micropore: R$ 3,79 a R$ 5,80;
• Esparadrapo: R$ 2,50 a R$ 5,10.
VALORES (em média) COBERTURA
• Tela de silicone: R$ 273,13 a R$ 1.252,76 conforme a variação de 
tamanho e quantidade.
• Malha impregnada com parafina: R$ 4,50 a unidade (R$ 120,00 a R$ 
470,00 conforme a variação do tamanho e quantidade).
• Ácidos graxos essenciais: R$ 13,49 a R$ 41,70 frasco de 200 mL.
• Gel hidroativo: R$ 49,90 a R$ 65,91.
• Curativo Hidrocoloide: R$ 12,37 a R$ 155,04, conforme a variação do 
tamanho da placa (10 X 10 cm, 15 X20 cm, 20 X 20 cm).
VALORES (em média) COBERTURA
• Sulfadizina de prata: R$ 10,67 a R$ 35,32 (tubo);
• Membranas ou filmes semipermeáveis: (10 cm x 2 m) = R$98,91
• Fibras de alginato de cálcio: R$ 12,37 a R$ 229,14 conforme a 
variação de tamanho e quantidade.
• Carvão ativado com prata: R$ 239,09 a R$ 669,41 conforme a variação 
de tamanho e quantidade.
• Papaína: R$ 40,61 a R$ 55,15 conforme quantidade.
• Seção de Terapia Hiberbárica: R$ 320,00 (em Uberaba).
REFERÊNCIAS
• GLENN, L. Feridas: Novas abordagens, manejo clínico e atlas em 
cores. 2. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2012.
• JORGE, S.; DANTAS, S. Abordagem multiprofissional do tratamento de 
feridas. São Paulo: Editora Atheneu, 2003.
• PRAZERES,S.J. Tratamento de Feridas: Teoria e Prática. Porto Alegre: 
Editora Moriá, 2009.

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