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Avaliação Psicológica - Conceitos e Tipos

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A V A L I A Ç Ã O P S I C O L Ó G I C A
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA - EXAME PSICOLÓGICO
CONCEITOS - MÉTODOS
	Para Cabral/Nick, Avaliação é um processo de exprimir a ocorrência de um fenômeno por meio de números ou categorias.
Segundo Anastasi, avaliação psicológica é um foco no estudo intensivo de um ou mais indivíduos por meio de múltiplas fontes de dados.
	Para Minicucci, Exame Psicológico vem de:
examen – examinis (do latim) indica o fiel da balança; fiel que vem de Fidelis (fé) é o sinal que indica a fé, fidelidade, fidedignidade (digno de fé) na medida, no equilíbrio.
O exame psicológico deve observar o seguinte:
o exame é uma observação metódica de comportamentos que são provocados;
o exame é uma análise experimental progressiva do comportamento.
TIPOS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Método Clínico
É um método qualitativo em que se utilizam principalmente da entrevista e da observação. Inicia-se com o estabelecimento do rapport, levantamento do motivo do exame ou queixa, história clínica e história pessoal (anamnese). Emprega-se, para isso, uma série de entrevistas em que a observação do Psicólogo é fundamental. Em seguida, realiza-se o exame psíquico ou exame do estado mental do cliente, com base nos dados levantados sobre ele e nas observações feitas. Com esses dados, é possível estabelecer o diagnóstico e, então, traçar as projeções prognósticas. Os critérios clínicos para o diagnóstico constam dos bons livros de Psicopatologia, no DSM-IV e na CID-10.
Método Projetivo
É também um método qualitativo. Esse método trabalha com uma situação experimental não estruturada em que é observado o comportamento do sujeito, dentro de determinadas condições previamente definidas. Utiliza, essencialmente, de técnicas projetivas e técnicas expressivas.
O termo técnica projetiva foi primeiro utilizado por Lawrence K. Frank (1938). Para ele:
Na sua essência, uma técnica projetiva é um método de estudo da personalidade que confronta o paciente com uma situação à qual ele responde em função do sentido que a situação assume para ele e segundo o que sente no decurso da sua resposta. O caráter essencial de uma técnica projetiva consiste em evocar no paciente aquilo que por diferentes formas é a expressão do seu mundo pessoal e dos processos da sua personalidade.
Já a técnica expressiva consiste na apresentação ao cliente de uma tarefa relativamente não estruturada, isto é, que permite variedade quase ilimitada de respostas possíveis; não parte de estímulo neutro ou ambíguo. 
Método Psicométrico
A Psicometria é uma ciência que tem por objeto estabelecer e aplicar processos de estudo quantitativo dos fenômenos psíquicos. Em sentido mais restrito, designa a própria medição de tais fenômenos (Cabral/Nick).
Esse método utiliza-se principalmente dos testes psicológicos, com o objetivo de medir em Psicologia (quantitativo). São os chamados testes psicométricos.
Processo Psicodiagnóstico
Esse é um processo que associa os métodos clínico, projetivo e psicométrico. Assim, os especialistas que o defendem o consideram o mais seguro para se estabelecer um diagnóstico e prognóstico confiáveis. Compõe-se de duas etapas: o exame clínico e os exames complementares (projetivo e psicométrico).
Procedidas as duas etapas do exame psicológico – psicodiagnóstico – os dados obtidos são analisados, interpretados, comparados e, finalmente, procuram-se os pontos de convergência que permitem chegar a um diagnóstico final.
Jurema Cunha o define: é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e testes psicológicos (input), em nível individual ou não, seja para entender problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos ou para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando os resultados (output). 
LIMITE DO NORMAL E DO PATOLÓGICO
O diagnóstico psicológico em seus múltiplos aspectos, inclusive o diagnóstico diferencial, é fundamental para o psicólogo estabelecer o padrão e o nível de comprometimento eventualmente apresentado pelo cliente. O exame psicológico deve permitir a distinção, por exemplo, de um caso de desajustamento situacional e um de neurose ou de psicose (eixo I do diagnóstico multidimensional); se há ou não um transtorno de personalidade ou retardo mental (eixo II), se existem problemas ambientais, familiares e sociais (eixo IV); se as condições apresentadas pelo paciente são mais permanentes, cristalizadas, ou se são reacionais, transitórias, etc.
Quando se fala em normalidade ou anormalidade, podemos considerar essas condições sob o critério estatístico ou clínico. A normalidade estatística leva em conta o padrão apresentado em uma determinada população para um determinado atributo; quanto mais se afasta desse padrão ou da norma mais aspectos de anormalidade o caso adquire. Nesse critério, devemos considerar a distribuição normal da variável estudada e as escalas que poderão ser empregadas no caso como, por exemplo, nota Z, nota T, esteno, percentil, etc.
A normalidade clínica considera a presença ou não de sinais patológicos clinicamente manifestos (semiologia). Esses sinais (sintomas) presentes em um determinado caso podem ou não constituir uma síndrome. Para isso, deve-se estudar se os critérios diagnósticos em questão são suficientes para inferir um determinado quadro clínico (síndrome). A descrição dos transtornos mentais e os critérios de diagnóstico encontram-se nos bons livros de Psicopatologia, no DSM-IV e na CID-10. 
No processo psicodiagnóstico, leva-se em conta os dois conceitos de normalidade e o psicólogo procura encontrar os pontos de convergência e de divergência que permitam estabelecer um diagnóstico de satisfatória segurança. É importante ressaltar, como exemplo, que um resultado estatisticamente patológico não significa, necessariamente, uma condição clínica patológica. Esse resultado pode apenas indicar um distanciamento muito grande do padrão esperado (média, norma) para o atributo avaliado em uma determinada população. De qualquer forma, indica um resultado pouco comum, raro, não esperado para a maioria das pessoas, o que, evidentemente, se correlacionará, portanto, em certo grau, com condições clínicas consideradas patológicas. Dessa forma, os resultados estatísticos de um exame psicológico devem ser comparados e analisados à luz das informações clínicas e das indicações projetivas para que se possa compor o diagnóstico final. Em outras palavras, apenas os resultados estatísticos de um exame não são suficientes para se fechar um diagnóstico psicológico confiável, mas são muito importantes na elaboração desse diagnóstico, quando são considerados os demais critérios de avaliação. O Dr. Mira y López denominava o diagnóstico estabelecido apenas através de testes psicológicos como diagnóstico cego recomendado apenas nos trabalhos de pesquisa e validação de instrumentos.
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		Organização: Otávio de Abreu Leite – Psicólogo clínico
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 
ADRADOS, Isabel. A intuição do psicólogo. São Paulo, Vetor, 2004.
ANASTASI, Anne & URBINA, Susana. Testagem psicológica. Porto Alegre, ArtMed, 2000.
CABRAL, Álvaro e NICK, Eva. Dicionário técnico de psicologia. São Paulo, Cultrix, 2000.
CUNHA, Jurema A. Psicodiagnóstico-V. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000.
HOLMES, David S. Psicologia dos transtornos mentais. Porto Alegre, ArtMed, 2001.
MINICUCCI, Agostinho. Elaboração de laudos psicológicos. São Paulo, Vetor, 1986.
NICK, Eva. Estatística e psicometria. Rio de Janeiro, J.Ozon, 1963.
 
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