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Aula 01 (TRT 21 região, Português)

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O TRT/21ª REGIÃO 
TEORIA E EXERCÍCIOS – PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA 
AULA 1 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá! 
Hoje damos início à aula 1, em que falaremos sobre o emprego 
de classes gramaticais ou classes morfológicas. Ao todo, são dez. 
Umas variáveis e outras invariáveis. É importante fazermos uma síntese 
delas e de suas definições nesse primeiro momento. Eis abaixo um quadro- 
-resumo: 
Classe Gramatical Definição 
Substantivo 
É a palavra que nomeia os seres (pessoas, lugares,
instituições, animais, entes de natureza espiritual
ou mitológica, etc.) 
Substantivo comum de
dois números 
Tem a mesma forma para o singular e o plural: 
lápis, vírus, ônibus, mil-folhas. A diferença será 
estabelecida por meio de outro elemento 
linguístico: o lápis, os lápis, o vírus, os vírus
etc. 
Substantivo comum de 
dois gêneros 
 para ambos os gêneros.Apresenta uma só forma 
Efetua-se a distinção por meio do artigo ou de 
qualquer outro determinante. Exemplos: o/a
colega, o/a agente, o/a lojista. 
Substantivo 
sobrecomum 
Possui uma só forma e um só gênero a fim de 
designar pessoas de ambos os sexos. Exemplos: a 
pessoa, a vítima, a criança, o cônjuge, o
monstro. 
Substantivo epiceno 
Apresenta uma só forma e um só gênero a fim de 
designar animais de ambos os sexos. Usam-se as 
expressões “macho” e “fêmea” para fazer-se a 
distinção. Exemplos: a águia macho ou fêmea, a 
cobra macho ou fêmea, o crocodilo macho ou
 
 
 
 
 
 
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fêmea, o jacaré macho ou fêmea, etc. 
Artigo 
(definidos: o, a, os, 
as; indefinidos: um, 
uma, uns, umas) 
É a palavra que se antepõe ao substantivo, 
servindo basicamente para generalizar ou 
particularizar o sentido desse substantivo. Em 
alguns casos, o artigo é essencial na identificação
do gênero e do número do substantivo. Exemplos: 
Um aluno faltou à aula. / O aluno faltou à 
aula. – O gerente foi demitido. / A gerente foi 
demitida. – O pires quebrou. / Os pires
quebraram. 
Adjetivo 
Palavra que se relaciona com o substantivo para lhe 
atribuir uma característica. Com ele concorda em 
número e gênero. Exemplos: mulher alta, livros
bons, árvore alta, tapete novo etc. 
Adjetivo uniforme 
Mantém a mesma forma tanto quando se refere a 
substantivos masculinos quanto a femininos. 
Exemplos: Decisão favorável, parecer favorável, 
obra incrível, livro incrível, rapaz adorável, moça 
adorável. 
Numeral 
É a palavra que indica a quantidade ou a posição
dos seres. Exemplos: dois, quinze, cem 
(cardinais); segundo, décimo quinto, centésimo 
(ordinais); meio, um terço, um inteiro e treze 
avos (fracionários); dobro, triplo, quádruplo
(multiplicativos). 
Advérbio 
É a palavra invariável que se refere a um verbo, um 
advérbio ou a um adjetivo, indicando uma 
circunstância (causa, tempo, modo etc.). Exemplos:
 
 
 
 
 
 
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Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal 
“chegou”, modificando-lhe o sentido). Você agiu
bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, 
intensificando-lhe o sentido). Essa é a atitude 
menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”,
intensificando-lhe o sentido). 
Interjeição 
É a palavra invariável que exprime emoções ou que 
procura agir sobre o interlocutor, levando-o a 
adotar certo comportamento sem que se faça uso
de estruturas linguísticas mais elaboradas.
Exemplos: Ah! – Psiu! – Opa! – Eia! 
Preposição 
É a palavra invariável que conecta (liga) palavras
ou orações. Exemplos: flor da boca da pele do
céu. – Vou à Roma de César. – O aluno pediu
para sair mais cedo. 
Conjunção 
É a palavra invariável que une orações ou termos 
de uma oração. No desempenho desse papel, a
conjunção pode relacionar termos e orações 
sintaticamente equivalentes (as chamadas orações
coordenadas) ou relacionar uma oração principal a
uma oração que lhe é subordinada. Exemplos: 
Pedro e Paulo saíram. Pedro foi ao cinema, e
Paulo foi ao teatro. É preciso que estudemos. 
Verbo 
É a palavra que designa um processo (ação, desejo,
estado, mudança de estado, fenômeno). É a classe
gramatical mais rica em variação de formas. Pode 
mudar para exprimir modo, tempo, pessoa, número 
e voz. No dicionário, são encontrados no modo
 
 
 
 
 
 
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infinitivo (entrar, comer, chover, comprar, ser, 
amanhecer), que é, por assim dizer, o nome do 
verbo. Exemplos: Ele estuda. (ação) /
Desejamos a classificação. (desejo) / Ele está
doente. (estado) / A lagarta virou borboleta.
(mudança de estado) / Choveu forte.
(fenômeno) 
Pronome 
Palavra que substitui o nome (pronome 
substantivo) ou que o acompanha (pronome 
adjetivo) para tornar claro o seu significado. 
Existem seis classes de pronomes: 
Pessoal 
Indica diretamente as pessoas do discurso (no 
singular ou no plural): 1ª pessoa: quem fala; 2ª 
pessoa: com quem se fala; 3ª pessoa: de quem se 
fala. Eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas. Me, te,
se, lhe, o, a, nos, vos, se, lhes, os, as. Mim, 
comigo, ti, contigo, si, consigo, conosco, 
convosco. Também são pessoais os pronomes de 
tratamento: você, o senhor, a senhora, vossa
senhoria, vossa excelência, etc. 
possessivo 
Refere-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a 
posse de algo.: Meu, minha, meus, minhas, 
nosso, nossa, nossos, nossas, teu, tua, teus, 
tuas, vosso, vossa, vossos, vossas, seu, sua,
seus, suas. 
demonstrativo 
Indica a posição dos seres em relação às pessoas 
do discurso, situando-os no tempo e no espaço. 
1ª. Pessoa: Este, esta, estes, estas, isto.
 
 
 
 
 
 
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2ª. Pessoa: Esse, essa, esses, essas, isso.
3ª. Pessoa: Aquele, aquela, aqueles, aquelas, 
aquilo. 
relativo 
É aquele que, em uma oração, se refere a um 
termo constante em oração anterior, chamado 
antecedente. Exemplo: O avião que chegou estava 
danificado. São pronomes relativos: que, quem, 
quanto(s), quanta(s), cujo(s), cuja(s), o qual,
a qual, os quais, as quais. 
indefinido 
Refere-se à terceira pessoa do discurso num 
sentido vago ou exprimido quantidade 
indeterminada. Exemplos: Quem espera sempre 
alcança. Alguns podem flexionar-se em gênero e 
número. São pronomes indefinidos: algum, 
alguns, nenhum, nenhuns, qualquer, 
quaisquer, ninguém, tudo, nada, algo etc. 
interrogativo 
É aquele usado para formular uma pergunta direta 
ou indireta: que, quem, qual, quanto. 
Tenho observado que bancas examinadoras como Cespe/UnB 
Esaf e FCC não se detêm, geralmente, nos questionamentos sobre a 
definição dessas classes. Antes, privilegiam o emprego delas no contexto em 
que estão inseridas e, consequentemente, o nexo semântico que 
estabelecem com o restante do período. Todavia, é a partir do conhecimento 
das definições que reuniremos subsídios para compreender o funcionamento 
de cada classe gramatical. 
Intensifique seus estudos e amplie suas fontes de consulta. E no 
mais, mãos à obra! 
 
 
 
 
 
 
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• Emprego de substantivos 
Com frequência, as formas sintéticas de aumentativo e 
diminutivo indicam valor semântico pejorativo: mulherzinha; livreco, 
sabichão etc. 
Vezes há em que essas mesmas formas são empregadas para 
traduzir valor semântico afetivo, carinhoso: amorzinho, mulherão, mãezona, 
paizinho etc. 
Em alguns casos, o emprego dessas formas já não indica mais a 
ideia de grau aumentativo ou diminutivo. Passam elas a sugerir significado 
diferente daquele expresso pelo substantivo normal: caixão, cartilha, 
folhinha (calendário), película, portão, flautim, calção etc. 
• Emprego de artigos 
01) Ambos 
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, 
caso este admita o seu uso. 
Ex.: Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é 
substantivo que admite artigo.) 
Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que admite 
artigo.) 
Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento 
que não admite artigo.) 
02) Todos 
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento 
posterior, caso este admita o seu uso. 
Ex.: Todos os atletas foram declarados vencedores. 
 
 
 
 
 
 
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Todas as leis devem ser cumpridas. 
Todos vocês estão suspensos. 
03) Todo 
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo para indicar 
integralidade do que é considerado, totalidade da parte; não se usa 
para indicar generalização. 
Ex.: Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.) 
Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os 
países.) 
ATENÇÃO! É muito comum surgirem em provas questões que abordam a 
diferença entre os sentidos desses tipos de enunciados. Normalmente, é 
perguntado se o emprego ou a retirada do artigo preserva ou altera a 
informação original. Perceba que há alteração de sentido. Tomando o 
segundo exemplo como ponto de partida, a construção Todos os países 
(no plural mesmo) sofrem por algum motivo conserva o significado inicial. 
04) Cujo 
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo. 
Ex.: As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e 
não: cujas as bolsas.) 
05) Pronomes Possessivos 
Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo. 
Ex.: Encontrei seus amigos no Shopping. 
Encontrei os seus amigos no Shopping. 
 
 
 
 
 
 
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06) Nomes de pessoas 
Diante de nome de pessoas, só se usa artigo para indicar 
afetividade ou familiaridade. 
Ex.: O Pedrinho mandou uma carta a Fernando Henrique Cardoso. 
07) Casa 
Só se usa artigo diante da palavra casa (lar, moradia) se a 
palavra estiver especificada. 
Ex.: Saí de casa há pouco. 
Saí da casa do Gilberto há pouco. 
08) Terra 
Se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo 
quando estiver especificada. Se significar planeta, usa-se com artigo. 
Ex.: Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do 
comandante. 
Os astronautas voltaram da Terra. 
09) Nomes de lugar 
Só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar quando 
estiver qualificado. 
Ex.: Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário de 
Andrade. 
 
 
 
 
 
 
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10) Nomes de jornais, revistas, obras literárias 
Deve-se evitar contrair com preposição o artigo que faz parte do 
nome de jornais, revistas, obras literárias. 
Ex.: Li a notícia nO Estado de São Paulo. (ou Li a notícia no Estado de 
São Paulo) – não recomendado 
Li a notícia em O Estado de São Paulo. – recomendado 
• Emprego de adjetivos 
Destacarei dois fatos importantes quanto ao emprego deles. O 
primeiro é que também atingimos o grau superlativo (eleva ou reduz a 
qualidade de um ser no mais alto grau em comparação ou não com a de 
outro ser) com a repetição do adjetivo: 
Ex.: O filme foi muito lindo. 
O final do filme foi lindo, lindo. 
O segundo fato é que, quando comparamos a mesma 
qualidade atribuída a dois seres, não empregamos as formas mais bom, 
mais mau, mais grande e mais pequeno. 
Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. 
A reprovação é pior do que alguns meses de dedicação. 
Mas quando comparadas duas qualidades do mesmo ser, 
usamos a forma analítica desses adjetivos. 
Ex.: João é mais pequeno do que inteligente. 
Seu comportamento é mais bom do que mau. 
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• Emprego de numerais 
a) Na designação de imperadores, papas, séculos e capítulos de uma 
obra, devemos usar o ordinal até dez e o cardinal de onze em diante. 
Ex.: D. Pedro I (primeiro) – João Paulo II (segundo) – século VIII 
(oitavo) – Canto X (décimo) – Luís XV (quinze) – João XXIII 
(vinte e três) – século XX (vinte) – Capítulo XI (onze) 
b) Na enumeração de artigos, decretos e portarias, devemos usar o 
ordinal até nove e o cardinal de dez em diante. 
Ex.: artigo 1º (primeiro) – artigo 9º (nono) – artigo 10 (dez) – artigo 
21 (vinte e um) 
c) Quando nos referimos a dias do mês, número de casas, páginas, 
cabines poltronas, folhas e quartos de hotel, devemos usar o cardinal. 
Ex.: 13 de maio de 2003 (treze de maio de dois mil e três) – casa 15 
(quinze) – página 1 (um) 
ATENÇÃO! Empregamos o ordinal quando o dia do mês for o primeiro. E 
quando o numeral vier antes do substantivo, usaremos o ordinal: vigésima 
casa, décima página. 
• Emprego de pronomes 
01) Diferença quanto ao emprego dos pronomes pessoais 
a) Ele virou ela. 
b) Quero falar com ele. 
Sou útil a ele. 
Serão empregados os do caso oblíquo nas 
demais funções sintáticas (complemento 
verbal, complemento nominal etc.)
Na função de sujeito e de predicativo, o pronome 
pessoal utilizado será, via de regra, do caso reto.
 
 
 
 
 
 
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Vi-o na rua. 
c) Eu contei a ti o que acontecera. 
Você terá de viajar com nós dois. 
Você terá de viajar conosco. 
CUIDADO! Não vá sem eu saber. 
Todos saíram, exceto eu. 
d) Maria fez aniversário. Pedro deu-lhe um presente. 
Maria fez aniversário. Pedro a presenteou. 
e) Mandei-o sair da sala. 
Fiz-lhes ver que estavam errados. 
(...) Às vezes quebravam só as cabeças e metiam nas urnas maços de 
cédulas. Estas cédulas eram depois apuradas com as outras, pela 
razão especiosa de que mais valia atribuir a um candidato algum 
pequeno saldo de votos que tirar-lhe os que deveras lhe foram dados
pela vontade soberana do país. 
Machado de Assis. “A semana”. In: Obra Completa, v. III. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 757. 
Como complementos 
verbais, o(s), a(s) 
desempenham função de 
objeto direto; lhe(s), de 
objeto indireto. 
Mesmo diante de preposição, o 
pronome pessoal do caso reto 
será empregado quando for 
sujeito de verbo, ainda que este 
esteja elíptico. 
Os pronomes oblíquos tônicos são 
precedidos de preposição. 
Usa-se com nós ou com vós 
quando tais expressões vierem 
acompanhadas de elementos de 
realce, numeral, pronome ou 
oração adjetiva. 
LHE(S) só poderá ser sujeito de 
verbo infinitivo transitivo direto.Mandei-lhe sair da sala seria uma 
construção errada, já que “sair” 
tem regência intransitiva. 
 
 
 
 
 
 
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1. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A expressão “lhe foram 
dados” pode, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser 
substituída por foram dados a ele. 
Comentário – É importante notar que “lhe” é pronome oblíquo átono 
indicativo de terceira pessoa do discurso, refere-se anaforicamente ao 
substantivo “candidato” e completa o sentido da locução verbal “foram 
dados”. Em função de complemento verbal, lhe(s) desempenha função 
sintática de objeto indireto, diferentemente dos pronomes oblíquos átonos 
o(s) e a(s), que desempenham função sintática de objeto direto quando 
também completam sentido de verbo. Ele(s) e ela(s) são pronomes oblíquos 
tônicos que também indicam a terceira pessoa do discurso e, quando 
completam sentido de verbo, desempenham função de objeto indireto. O 
emprego da preposição “a” diante dele deve-se justamente pelo fato de ser 
tônico. Assim sendo, a substituição proposta pela banca examinadora não 
traz nenhum prejuízo gramatical ao período. 
Resposta – Item certo. 
 Caro eleitor, 
1 Nos últimos meses, a campanha política mobilizou 
vivamente os brasileiros. No primeiro turno, foram 
alcançadas marcas extraordinárias: além do alto índice de 
4 comparecimento às urnas e de uma irrepreensível votação, 
em que tudo aconteceu de forma tranqüila e organizada, a 
apuração dos resultados foi rápida e segura, o que coloca o 
7 Brasil como modelo nessa área. 
Amanhã serão definidos os nomes do presidente da 
República e dos governadores de alguns estados. O país, 
10 mais do que nunca, conta com você. 
 
 
 
 
 
 
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 (...) 
Ministro Marco Aurélio de Mello. Pronunciamento oficial. 
Internet: <www.tse.gov.br> 
2. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) A substituição da expressão 
“serão definidos” (l. 7) por definir-se-ão garante a correção 
gramatical do período. 
Comentário – Este item trata de um assunto mais conhecido como 
colocação pronominal (ou topologia pronominal). Em outras palavras, ele 
considera a posição ocupada pelos pronomes oblíquos átonos (ênclise; 
próclise; mesóclise), que variará em função de certas circunstâncias. 
Ênclise: o pronome oblíquo surge após o verbo e liga-se a 
ele por meio de hífen (Levante-se e lute.). É a tendência da Língua 
Portuguesa e só não ocorrerá se surgir um dos casos mencionados a seguir. 
Mesóclise: o pronome oblíquo átono é colocado no meio 
do verbo. Surge apenas com as formas verbais do futuro do presente e 
futuro do pretérito, desde que não haja nenhuma palavra atrativa que 
obrigue a ocorrência de próclise (Amar-te-ei a vida inteira.). Em nosso país, 
mesmo com verbos conjugados no futuro do presente ou no futuro do 
pretérito, poderemos usar tanto a próclise quanto a mesóclise se o verbo 
não estiver no início da frase (Eu me lembrarei deste dia para sempre. ou Eu 
queixar-me-ei de você.). 
Próclise: é a colocação do pronome oblíquo átono antes 
do verbo. Ocorrerá obrigatoriamente nos seguintes casos: 
a) Palavras de sentido negativo (Nunca se queixou de minhas manias.) 
b) Advérbios sem pausa (Aqui se estuda bastante.) 
c) Pronomes indefinidos (Alguém me ligou?) 
d) Pronomes interrogativos (Quem nos ajudará agora?) 
e) Pronomes relativos (A pessoa que te ligou não se identificou.) 
 
 
 
 
 
 
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f) Conjunções subordinativas (Ele disse que o chamou de patriarca.) 
De acordo com essa explicação, a presença do advérbio 
“Amanhã” atrai o pronome oblíquo átono “se” e impede o surgimento de 
mesóclise em “definir-se-ão”. 
Resposta – Item errado. Pelos motivos expostos acima, esta alternativa 
não foi o gabarito da questão. 
02) Pronomes de tratamento 
PRONOME DE 
TRATAMENTO 
ABREVIATURA 
USADO PARA SE 
DIRIGIR A 
Senhor, Senhora Sr., Srª tratamento formal 
Você V. tratamento informal 
Vossa Alteza V. A. príncipes e duques 
Vossa Eminência V. Emª cardeais 
Vossa Excelência V. Exª 
altas autoridades e 
oficiais-generais 
Vossa Magnificência V. Magª reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e imperadores 
Vossa Reverendíssima V. Rev.ma sacerdotes em geral 
Vossa Santidade V. S. papa 
Vossa Senhoria V. Sª 
tratamento formal para 
pessoas graduadas. 
As formas de tratamento designam indiretamente a 2ª pessoa do 
discurso (aquela com quem se fala), mas conduzem todas as concordâncias 
nominal e verbal da frase para a terceira pessoa do singular ou do plural, 
conforme o caso. 
• Particularidades 
a) Vossa Excelência fez um belo discurso. (para dirigir-se à pessoa, 
ainda que por meio de correspondências) 
Sua Excelência fez um belo discurso. (fala-se da pessoa) 
 
 
 
 
 
 
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b) Vossa Excelência apresentará seus projetos? (note que o verbo e o 
pronome correspondem à terceira pessoa; o adjetivo tende a 
concordar com o gênero da pessoa – concordância ideológica) 
c) Se você chegar cedo, eu vou te ajudar. (errado) 
Se você chegar cedo, eu vou ajudá-lo (você). (certo) 
(muito cuidado: mesmo os pronomes de tratamento informal levam os 
outros pronomes para a terceira pessoa) 
03) Pronomes possessivos 
Referem-se às pessoas gramaticais, atribuindo-lhes a posse de 
algo. Concordam em gênero e número com “a coisa” possuída. 
Primeira 
pessoa 
Meu(s), minha(s), 
nosso(s), nassa(s) 
Segunda 
pessoa 
Teu(s), tua(s), 
vosso(s), vossa(s) 
Terceira 
pessoa 
Seu(s), sua(s) 
04) Pronomes demonstrativos 
Indicam a posição dos seres em relação às pessoas do discurso, 
situando-os no tempo e no espaço. 
PRONOMES TEMPO ESPAÇO 
Este (s), esta (s), isto Presente; momento atual Perto de quem fala 
Esse (s), essa (s), isso 
Passado próximo Perto da pessoa com 
quem se fala 
Aquele (s), aquela (s), 
aquilo 
Passado longínquo Longe de quem fala e da 
pessoa com quem se fala
Ex.: Nestas últimas horas tenho aprendido muito. 
Este rapaz ao meu lado é meu amigo. 
Essas horas que passamos na praia foram muito agradáveis. 
O que é isso aí do teu lado? 
Naquela época, a vida era melhor. 
Ex.: Eu trouxe meu caderno. 
Tu trouxeste tuas canetas. 
 
 
 
 
 
 
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O que é aquilo atrás do carro? 
• Casos Especiais 
a) Meu argumento é este: não há democracia sem justiça. (Este: 
empregado quando ainda vai ser feita a referência; promove a coesão 
textual conhecida como catafórica.). 
Não há democracia sem justiça. Esse é meu argumento. (Esse: 
empregado quando já foi feita a referência; promove a coesão textual 
conhecida como anafórica) 
b) Comprei um carro e uma bicicleta. Esta eu dei para meu irmão; 
aquele, para mim mesmo. (Este e aquele servem para retomar 
elementos já citados. Este diz respeito ao último termo; aquele, ao 
primeiro.) 
c) O que ele disse era verdade. 
Passará a que for mais capacitada. (O e a diante de que – pronome 
relativo – e de – preposição – serão pronomes demonstrativos)05) Pronomes indefinidos 
São os que têm sentido vago, impreciso, indeterminado. Alguns 
podem flexionar-se em gênero e número. 
• Casos Particulares 
a) Certo livro: antes do substantivo, equivale-se a pronome indefinido. 
Livro certo: depois, equivale-se a adjetivo. 
 
 
 
 
 
 
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b) Algum livro deve ser igual a este. Antes do substantivo, tem valor 
positivo, exprime possibilidade. 
Livro algum deve ser igual a este. Depois, tem valor negativo, 
expressa impossibilidade. 
1 Distraídos com a discussão sobre os índices de 
crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o 
processo contínuo pelo qual uma sociedade aprende a 
4 administrar realidades cada vez mais complexas. 
 (...) 
Rubens Ricupero. Folha de S.Paulo, 26/11/2006, p. B2 (com adaptações). 
3. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) A substituição de “pelo qual” (l. 3) 
por cuja mantém a correção gramatical do período. 
Comentário – Antes de tudo, sugiro reescrever o período já com a 
alteração indicada no item: “Distraídos com a discussão sobre os índices de 
crescimento, deixamos de perceber que desenvolvimento é o processo 
contínuo cuja uma sociedade aprende a administrar realidades cada vez 
mais complexas”. É flagrante a inexistência de coesão textual na passagem 
da oração de verbo “ser” para a oração seguinte, causada pelo emprego do 
pronome relativo “cuja” desacompanhado de outras alterações necessárias. 
Não é possível substituir um pronome substantivo relativo (que, quem, o 
qual, quanto) por um pronome adjetivo relativo (cujo) Há ainda problemas 
quanto à correção gramatical, pois não se usa artigo diante desse pronome 
relativo. Tudo isso contribui para que o período se torne incoerente. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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 (...) 
Quando se trata de crescimento sustentado, a teoria 
7 econômica indica que o resultado positivo é fruto de dois 
tipos de ação: aumento da produtividade ou acumulação de 
capital (físico e humano). 
10 A elevação significativa da produtividade dos fatores 
de produção só será obtida com reformas institucionais 
profundas. Já o acúmulo de capital humano requer 
13 investimento em educação, cuja maturação é longa. 
Luiz Guilherme Schymura. Folha de S.Paulo, 1.º/12/2006 (com adaptações). 
4. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Assinale a opção incorreta acerca 
do texto acima. 
a) A substituição de “Já” (l. 12) pela expressão Por outro lado, seguida 
de vírgula, mantém a informação original do período. 
b) A substituição de “cuja” (l. 13) por a qual mantém a correção 
gramatical do período. 
Comentário – O vocábulo “Já”, no contexto a que pertence, denota 
simplesmente uma ressalva, uma observação. Esse também é o valor 
semântico da expressão Por outro lado. Portanto, a informação original do 
período é mantida com a substituição indicada na alternativa A. 
Em B, tem-se incorreção gramatical pelos motivos explicados 
no comentário à questão anterior. 
Resposta – B 
• Advérbios 
Referem-se a um verbo, um advérbio ou a um adjetivo, 
acrescentando-lhes informações circunstanciais, acessórias. 
 
 
 
 
 
 
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Ex.: Ele chegou cedo. (refere-se à forma verbal “chegou” e indica 
quando a ação verbal se realizou) 
Você agiu bastante mal. (refere-se ao advérbio “mal”, 
intensificando o modo indicado pelo advérbio) 
Essa é a atitude menos correta. (refere-se ao adjetivo “correta”, 
adicionando-lhe valor semântico intensificador) 
Em alguns casos, os advérbios podem se referir a uma oração 
inteira. Nesse caso, normalmente transmitem a avaliação de quem fala 
ou escreve sobre o conteúdo da oração. 
Ex.: Infelizmente, os deputados aprovaram as emendas. 
As providências foram infrutíferas, lamentavelmente. 
Observamos que os advérbios bem e mal, quando juntos a 
adjetivos (ou a particípios), são empregados na forma analítica para indicar 
o grau comparativo de superioridade. 
Ex.: O quarto está mais bem pintado (do) que a sala. 
Joaquim é mais mal educado (do) que Pedro. 
Alguns advérbios podem assumir formas diminutivas (e passam 
a ter valor superlativo) para indicar linguagem afetiva. 
Ex.: Chegaram agorinha. 
Terminei a prova rapidinho. 
 
 
 
 
 
 
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Ocorrendo o emprego sequencial de advérbios terminados em 
mente, a terminação pode ser usada apenas no último advérbio ou em 
todos eles. 
Ex.: Calma e silenciosamente, a aluna repassava os ensinamentos. 
 Calmamente e silenciosamente, a aluna repassava os 
ensinamentos. 
ATENÇÃO! É possível que alguns adjetivos sejam empregados com 
advérbios. Nesse caso, ficam invariáveis. 
Ex.: Não falem alto! 
As aulas de português não custam caro. 
• Preposições 
Conecta (liga) palavras e orações, estabelecendo uma relação de 
subordinação do consequente ao antecedente. 
Ex.: O caderno de português ficou na escola. (a preposição 
estabeleceu vínculo entre as palavras “caderno” e “português”, 
pertencentes à mesma oração) 
O medo de fracassar atormentava-o dia e noite. (agora, a 
preposição promoveu o vínculo entre o substantivo “medo” e a 
oração completiva nominal “fracassar”. 
Usualmente, as preposições são desprovidas de valor semântico. 
Porém, às vezes indicam noções fundamentais à compreensão da frase. 
Ex.: Estou com você. (associação, a favor) 
Estou contra você. (posição contrária) 
Pus sob a mesa. (posição inferior) 
 
 
 
 
 
 
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Pus sobre a mesa (posição superior) 
Às noites, jogava dominó. (tempo habitual, periodicidade) 
Dei pirulitos para as crianças, uma a uma. (distribuição) 
Veio de casa. (origem) 
5. (Cespe/TCU/ACE/2007) O emprego do futuro do presente do indicativo 
em "teremos" (L.6) indica que a preposição "em" (L.5), que precede 
"dez anos" (L.5), tem o sentido de daqui a. 
Comentário – O futuro de presente (“teremos”) é utilizado, entre outros 
motivos, para indicar fatos certos ou prováveis posteriores ao momento em 
que se fala. A afirmação de AlGore está condicionada a “se nada for feito, 
em dez anos”. Percebe-se que a noção de futuro afeta a preposição “em”, 
que textualmente equivale à expressão daqui a (dez anos). 
Resposta – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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6. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A ideia de continuidade no 
uso do transporte hidroviário é marcada, no texto, tanto pelo emprego 
da preposição "desde" (L.1) quanto pelo emprego da expressão verbal 
"tem sido usado" (L.1). 
Comentário – Celso Cunha e Lindley Cintra nos ensinam que a preposição 
desde serve para indicar afastamento de um limite (quer em relação ao 
espaço, quer em relação ao tempo) em direção a outro, com insistência 
naquele. No texto, o limite inicial ou de origem é indicado pelo vocábulo 
“antiguidade”. A expressão “tem sido usado” exprime a voz passiva analíticado verbo usar, que, no pretérito perfeito composto, indica ação durativa, 
não limitada no tempo. 
Resposta – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) No desenvolvimento do texto, a conquista dos 
"direitos invioláveis" (L.17) está associada a um processo gradativo e 
contínuo, como evidencia o emprego das preposições "desde" (L.17) e 
"até" (L.19). 
Comentário – Perceba como, no mesmo ano, o Cespe “brincou” com os 
valores semânticos da preposição essencial desde. As duas preposições 
mencionadas exprimem movimento em relação a dois limites. Enquanto a 
preposição desde enfatiza o afastamento (limite inicial, de origem), a 
preposição até sublinha a aproximação (limite final, de chegada). 
Importa perceber a diferença existente entre a preposição 
até, que indica movimento, da palavra de forma idêntica, denotadora de 
inclusão: Tudo na vida engana, até a glória. 
 
 
 
 
 
 
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Frise-se ainda que, com a preposição até, usam-se as 
formas oblíquas mim, ti etc.: Um grito chegou até mim. Se, porém, até 
denota inclusão – e equivale a mesmo, também, inclusive – constrói-se com 
a forma reta do pronome: ...E até eu já tive quem me oferecesse 
champanhe. 
Resposta – Item certo. 
8. (Cespe/TCU/AFCE/2009) A preposição "mediante" (L.1) estabelece 
relação de movimento entre "exercício do poder" (L.1) e "múltiplas 
dinâmicas" (L.1-2). 
Comentário – O vocábulo “mediante” é uma preposição acidental. 
Esclareça-se ainda que a relação que se estabelece entre palavras por 
intermédio de preposição pode implicar movimento ou não movimento, 
melhor dizendo, pode exprimir um movimento ou uma situação daí 
 
 
 
 
 
 
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resultante. No texto, essa preposição (que significa “por meio de”) afasta 
totalmente a noção de “movimento” e traduz a troco de que o “exercício do 
poder ocorre”. 
Resposta – Item errado. 
9. (Cespe/Banco do Brasil/Escriturário/2008) O emprego das preposições 
em "da responsabilidade" (L.9) e "para a comunidade" (L.10) é exigido, 
respectivamente, por "preço" (L.8) e "dirigir" (L.9). 
Comentário – Uma questão semelhante caiu na prova da Antaq, em 2009, 
e foi resolvida anteriormente, lembra? Aqui, o termo “da responsabilidade” 
completa o sentido do nome “preço”, e o termo “para a comunidade” 
vincula-se ao verbo “dirigir”. Ambas as relações são articuladas por meio das 
preposições “da” e “para”, respectivamente. 
Resposta – Item certo. 
1 A tecnologia passou a dominar não apenas o 
comércio, as cidades, a vida cotidiana e a intimidade do 
homem, mas foi além: transformou-se na linguagem do mundo 
4 contemporâneo, nossa mediação universal. Como sistema 
 
 
 
 
 
 
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universal, a História — da mesma maneira que as ciências, as 
artes e a política — é vista da mesma perspectiva, isto é, por 
7 meio de um conjunto de regras de conhecimentos, geralmente 
quantificados, que valem de forma diferenciada para todas as 
dimensões do real. 
10 É impossível despojar o mundo das suas 
ambiguidades, paradoxos e enigmas, e dominá-lo plenamente 
por meio da racionalidade técnica e de forma sistemática. Em 
13 vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio dos 
acontecimentos, o homem moderno tem a pretensão de 
dominá-lo pela técnica. Mas ele não se dá conta de que essa 
16 pretensão é o que o transforma no escravo moderno: dominado 
por causas exteriores, o homem perde a prudência e age como 
qualquer ser passional, isto é, tudo o que ele faz só faz porque 
19 é levado pelos acontecimentos. 
Russell A. Mittermeyer. Um planeta febril. In: Istoé, 23/12/2009, p. 117 (com adaptações). 
10. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) Considerando o uso das estruturas 
linguísticas no texto, assinale a opção correta. 
(A) A expressão “da mesma maneira” (l.5) estabelece uma comparação 
entre o “sistema universal” (l.4-5) e o “conjunto de regras de 
conhecimentos” (l.7). 
(B) A expressão “por meio de” (l.6-7) e o vocábulo “pela” (l.15) atribuem a 
ideia de instrumento, respectivamente, a “um conjunto de regras” (l.7) 
e a “técnica” (l.15). 
(C) Os pronomes em “dominá-lo” (l.11) e em “o transforma” (l.16) 
referem-se a “mundo”, respectivamente, nas linhas 10 e 13. 
(D) Na linha 12, a repetição da preposição de, que precede “racionalidade 
técnica” e “forma sistemática”, indica que se trata de dois 
complementos para a expressão “por meio”. 
 
 
 
 
 
 
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(E) A preposição de, em “dos acontecimentos” (l.13-14), corresponde à 
preposição a e por ela pode ser substituída, sem prejudicar a correção e 
a coerência do texto. 
Comentários – Alternativa A: Muito cuidado, pois apenas uma parte do que 
foi dito está correta. Embora a locução conjuntiva “da mesma maneira que” 
estabeleça uma comparação, esta ocorre entre “a História” e “as ciências, as 
artes e a política”. 
Alternativa B: aqui não há problemas. A locução prepositiva 
“por meio de” confere ao termo “um conjunto de regras” circunstância de 
instrumento, o qual é utilizado para que “a História” seja vista “da mesma 
maneira que as ciências, as artes e a política”. Semelhantemente, a 
contração da preposição per com o artigo a (= “pela”) provoca o mesmo 
efeito no termo “técnica” – é por meio dela que o “homem moderno tem a 
pretensão de” dominar o mundo. 
Alternativa C: este item trata da função referencial dos 
pronomes, aspecto que as bancas gostam de explorar. O exercício não é 
difícil, mas requer atenção do candidato quanto à leitura do texto. Em 
“dominá-lo”, o pronome realmente se refere ao termo “mundo”. O problema 
surge agora: em “o transforma”, o pronome oblíquo se refere a “homem 
moderno” (l. 14). 
Alternativa D: em “da racionalidade técnica”, a preposição 
(que se contraiu com o artigo “a”) indica exatamente o que o examinador 
afirmou. Já em “de forma sistemática”, a preposição integra locução 
adverbial com valor semântico de modo/maneira (de dominar o mundo 
plenamente). Portanto a relação é estabelecida com o verbo dominar. 
Alternativa E: eu sugiro a reescritura da passagem como 
propões a banca, pois facilita a análise. 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver no meio aos 
acontecimentos...” 
 
 
 
 
 
 
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É notória a falta de coesão entre os elementos textuais, a 
qual consequentemente prejudica a coerência argumentativa. Experimente 
manter a presente alteração e trocar o conectivo “no” por em: 
“Em vez de habitar o mundo, acolhê-lo, viver em meio aos 
acontecimentos...” 
Ficou melhor assim? Como isso não foi proposto, o item 
também está errado. 
Resposta – B 
1 Afirma-se que a inovação e, particularmente, seus 
produtos tecnológicos estimulam a competitividade e, dessa 
forma, contribuem para o crescimento econômico do país. 
4 Consequentemente, a competitividade é erigidaem valor 
supremo da vida social, como se fosse uma lei da natureza 
imanente à espécie humana. Omite-se, propositadamente, 
7 que o mais longo período da história da vida humana foi 
orientado pela cooperação e solidariedade, valores 
fundamentais para a sobrevivência da espécie. A ideologia 
10 da competição e produtividade faz parte de uma visão de 
mundo dominada pela corrida atrás da acumulação de 
capitais e do enriquecimento ilimitado, nem sempre por 
13 meios civilizados e legítimos. Para a sociedade, 
coletivamente, só haverá vantagens na busca de maior 
produtividade quando seus resultados forem distribuídos 
16 para elevar o nível de bem-estar coletivo. Isso pode ser 
atingido mediante a elevação proporcional dos salários, a 
redução dos preços de bens e serviços ou o aumento de 
19 investimentos dos lucros gerados, na expansão do sistema 
 
 
 
 
 
 
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produtivo. Deixemos bem claro: não se discute aqui a 
necessidade de tecnologia nas sociedades contemporâneas, 
22 mas a condição de que esta seja ambientalmente segura, 
socialmente benéfica (para todos) e eticamente aceitável. 
Henrique Rattner. Tecnologia e sociedade. In: Internet: 
<www.espacoacademico.com.br> (com adaptações) 
11. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) A coerência e a correção 
gramatical do texto seriam mantidas ao se substituir 
(A) “erigida em valor supremo” (l.4-5) por erigida valor supremo. 
(B) “fundamentais para a sobrevivência” (l.9) por fundamentais a 
sobrevivência. 
(C) “atingido mediante a elevação” (l.17) por atingido pela elevação. 
(D) “condição de que esta seja” (l.22) por condição que esta seja. 
Comentário – Alternativa A: a ausência da preposição constitui erro 
gramatical e prejudica a coerência do texto. A locução verbal “é erigida” (= 
é erguida, é construída) tem seu sentido modificado pela circunstância 
expressa pela locução adverbial “em valor supremo”. Uma locução adverbial 
é composta por preposição + substantivo (Eu caminho à noite.), adjetivo 
(Fiz o trabalho de novo.) ou advérbio (Eu vim de lá.). A preposição serve 
para conectar o termo anterior e o posterior; sem ela, a locução perde sua 
característica. 
Alternativa B: a coerência estaria preservada, mas a 
correção gramatical não. A troca da preposição “para” por a faz surgir a 
crase (fusão da preposição com o artigo “a”), que deve ser indicada por 
meio do acento grave: à. 
Alternativa C: são equivalentes a locução prepositiva por 
meio de, a preposição acidental “mediante” e o vocábulo pela (contração 
da preposição per com o artigo a), todos denotam circunstância de 
instrumento. 
 
 
 
 
 
 
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A preposição mediante não se aglutina com artigo, 
diferentemente da preposição per. Por isso a forma é "mediante a 
elevação..., [mediante] a redução... [mediante] o aumento de 
investimentos...". Não há necessidade de repetir a preposição. 
Vamos trocar "mediante" por per, que se aglutina com 
artigo: "pela elevação..., a redução... o aumento de investimentos...". Assim 
como não houve necessidade de repetir a preposição "mediante", não há a 
obrigatoriedade de repetir o vocábulo per. 
Alternativa D: o caso aqui é semelhante ao da alternativa 
A. a preposição “de” conecta o substantivo “condição” ao seu complemento: 
“de que esta seja”. A ausência dela prejudica a correção gramatical e afeta o 
sentido original do texto. Note ainda que o vocábulo “que” é, primeiramente, 
conjunção integrante; depois, passa a ser pronome relativo. 
Resposta – C 
(...) O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. (...) 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
12. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A repetição da preposição 
a em “ao tentar” (l.11) é fundamental para mostrar que a oração aí 
iniciada está em paralelo com a oração iniciada por “ao dar vazão” 
(l.10); e que não se trata de mais um termo da enumeração de verbos 
que complementam “afã de” (l.11). 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – Antes da oração reduzida “ao tentar realizar” há uma 
enumeração de orações (“de descobrir, criar, conquistar”) coordenadas entre 
si e ligadas ao substantivo “afã” por meio da preposição “de”. A preposição 
“a” introduz oração que indica quando o homem se depara com seus limites. 
Resposta – Item certo. 
1 A realidade atual vem exigindo dos pesquisadores 
envolvidos com a temática da saúde maiores esforços para 
compreender as mudanças recentes, pois o modo de as pessoas 
4 fazerem uso de suas capacidades físicas, cognitivas e afetivas 
para produzir foi transformado. (...) 
Ada Ávila Assunção. Uma contribuição ao debate sobre as relações saúde e trabalho. 
In: Ciênc. Saúde Coletiva, v. 8, n.º 4, p. 1.005-18, 2003 (com adaptações). 
13. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A organização das ideias 
no texto mostra que “realidade atual” (l.1) constitui a circunstância de 
tempo em que a “temática da saúde” (l.2) está sendo considerada; por 
isso, mantêm-se as relações entre os argumentos e a correção 
gramatical ao se iniciar o texto com Na realidade atual. 
Comentário – Cuidado! “A realidade atual” (termo personificado, usado em 
sentido figurado), é o agente do processo verbal; sintaticamente, é o sujeito 
dele – por isso não deve ser aglutinado à preposição em como se fosse um 
adjunto adverbial. 
Resposta – Item errado. 
14. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Na linha 2, em razão da 
acepção de “envolvidos” usada no texto, é possível substituir “com a” 
por na, sem prejudicar sua correção gramatical, nem tornar incoerente 
a relação entre as ideias apresentadas. 
 
 
 
 
 
 
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Comentário – o significado do vocábulo é o seguinte: que se envolveram ou 
deixaram envolver; implicados; comprometidos: Envolvidos em uma 
conspiração, os acusados precisam de um bom álibi para escapar da prisão. 
Resposta – Item certo. 
15. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A preposição em “para 
compreender” (l.2-3) e “para produzir” (l.5) expressa o sentido de 
finalidade: a finalidade dos “esforços” (l.2) e das “capacidades” (l.4), 
respectivamente. 
Comentário – No texto, a preposição “para” também exprime finalidade. 
Resposta – Item certo. 
• Conjunções 
Unem orações ou termos de uma oração. No desempenho desse 
papel, a conjunção pode relacionar termos e orações sintaticamente 
equivalentes (as chamadas orações coordenadas) ou relacionar uma oração 
principal a uma oração que lhe é subordinada. 
Note que as preposições, ao conectarem termos de uma mesma 
oração, estabelecem entre eles um vínculo de subordinação. Já as 
conjunções, um vínculo de coordenação. 
Ex.: Pedro e Paulo saíram. (os vocábulos “Pedro” e “Paulo” mantêm 
entresi uma relação de equivalência sintática) 
Pedro foi ao cinema, e Paulo foi ao teatro. (as orações “Pedro foi 
ao cinema” e “e Paulo foi ao teatro” também estão em um 
vínculo de coordenação) 
 
 
 
 
 
 
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É preciso que estudemos. (agora, a conjunção “que” estabelece 
uma relação de subordinação entre as orações “É preciso” e “que 
estudemos”) 
Há palavras que podem pertencer a diferentes grupos de 
conjunções (e, que, porque, pois, porquanto, por exemplo). Mais 
importante do que memorizar as conjunções será observá-las em seus 
contextos e, a partir dessa observação, encaixá-la em um grupo 
(coordenativas aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou 
explicativas; subordinativas integrantes ou adverbiais – causal, comparativa, 
concessiva, condicional, conformativa, consecutiva, final, proporcional ou 
temporal). 
CONJUNÇÕES COORDENATIVAS 
aditivas 
e, nem, mas, também, mas ainda, como também, bem 
como 
adversativas 
e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao 
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não 
obstante, apesar disso, em todo caso) 
alternativas ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer 
conclusivas 
logo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por 
isso 
explicativas que, porque, porquanto, pois (antes de verbo) 
CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS 
integrantes (introduzem orações 
subordinadas que funcionam como 
substantivos: subjetiva, predicativa, 
objetiva direta, objetiva indireta, 
que, se 
 
 
 
 
 
 
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completiva nominal, apositiva) 
adverbiais (introduzem orações subordinadas que traduzem circunstâncias)
causais 
que, porque, pois, como porquanto, visto que, visto 
como, já que, uma vez que, desde que, na medida em 
que 
comparativas 
como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão 
ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou 
do que, (tanto) quanto, que nem, feito (= como, do 
mesmo modo que), o mesmo que (= como) 
concessivas 
embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda 
quando, mesmo quando, poso que, por mais que, por 
muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), 
nem que, dado que, sem que (= embora não) 
condicionais 
se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (= 
se não), a não ser que, a menos que, dado que. 
conformativas como, conforme, segundo, consoante 
consecutivas 
que (precedido dos termos intensivos tal, tão, tanto, 
tamanho, às vezes subentendidos), de sorte que, de 
modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que 
(não) 
finais para que, a fim de que, que (= para que), de modo que 
proporcionais 
à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto 
mais... (tanto mais), quanto mais... (tanto menos), 
quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), 
(tanto)... quanto 
temporais Quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre 
 
 
 
 
 
 
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que, assim que, desde que, antes que, depois que, até 
que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que 
O terreno da ética é o próprio chão onde estão fincadas 
as bases de uma sociedade. Essa construção é feita todos 
os dias. Há algo de imaterial em todos os edifícios políticos. 
Eles não estão aí por obra divina. Precisam ser reforçados 
permanentemente, por meio de atos significativos em que as 
pessoas reconheçam o interesse público. É isso que mantém a 
ordem pública, e não somente, nem, sobretudo, a força policial. 
Se as pessoas deixam de acreditar em uma ética subjacente 
ao dia-a-dia em um código de conduta que rege a ação dos 
políticos, pode-se prever que todo o edifício da sociedade estará 
 ameaçado. 
O Globo, 30/11/2006, p. 6 (com adaptações). 
16. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Acerca das relações lógico-
sintáticas textuais, as opções seguintes apresentam propostas de 
associação, mediante o emprego de conjunção, entre períodos 
sintáticos do texto acima. Assinale a opção que apresenta proposta de 
associação incorreta. 
 período conjunção período 
A primeiro e segundo 
B terceiro entretanto quarto 
C quarto conquanto quinto 
D quinto já que sexto 
Comentário – A alternativa A traz conjunção coordenativa aditiva cujo 
valor semântico, como o próprio nome já indica, é de adição. O vínculo 
 
 
 
 
 
 
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estabelecido por essa conjunção entre os dois primeiros períodos mantém o 
enunciado correto, coeso e coerente, como podemos constatar: “O terreno 
da ética é o próprio chão onde estão fincadas as bases de uma sociedade e 
essa construção é feita todos os dias”. 
A conjunção “entretanto”, em B, confere ao enunciado que 
introduz valor semântico de oposição, adversidade. Notem a presença do 
vocábulo “imaterial” no terceiro período, contribuindo para o nexo 
adversativo em relação ao quarto período. 
Na alternativa C surge o problema: “conquanto” é conjunção 
subordinativa concessiva. A informação introduzida por ela deve servir de 
obstáculo para a realização de algo, muito embora não seja suficiente para 
que esse algo se concretize. Entre o quarto e o quinto período não é 
observada tal relação semântica: “Eles não estão aí por obra divina. 
Precisam ser reforçados permanentemente, por meio de atos significativos 
em que as pessoas reconheçam o interesse público”. Estaria sem prejuízo 
gramatical a associação dos dois períodos por meio de uma conjunção 
conclusiva (portanto, por isso, logo). 
Não há problema algum em se proceder à articulação 
sugerida em D usando o conector “já que”, geralmente com valor semântico 
de causa. 
Resposta – C 
1 A função da oposição em uma sociedade democrática 
consiste em denunciar a corrupção, acompanhar as 
investigações e avaliar os projetos e iniciativas 
4 governamentais, propondo alternativas. A crítica, e não a 
adesão, é sua tarefa primordial. Se uma sociedade cessa de ter 
uma verdadeira oposição, ela caminha para uma solução 
 
 
 
 
 
 
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7 autoritária. A governabilidade só existe verdadeiramente com 
uma oposição atuante, que sinalize os problemas existentes e 
discuta os seus encaminhamentos. 
Denis Lerrer Rosenfield. O Globo, 27/11/2006, p. 7 (com adaptações). 
17. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto acima, julgue 
os itens abaixo. 
a) Entre os dois últimos períodos do texto, subentende-se uma relação 
sintática que pode ser expressa por Entretanto. 
b) O emprego do subjuntivo em “sinalize” (l. 8) e “discuta” (l. 9) 
justifica-se por compor um período de natureza explicativa. 
Comentário – A conjunção Entretanto integra o rol das conjunções 
coordenativas adversativas (porém, no entanto, todavia, mas etc.). Seu 
valor semântico estabelece uma relação de contrariedade, oposição entre as 
orações interligadas por ela. Não é esse o sentido notado entre os dois 
últimos períodos do texto. 
Os estudos sobre aspectos verbais não revelam a necessidade 
de orações explicativas trazerem seusverbos no modo subjuntivo. Verbos 
no modo subjuntivo comunicam fatos considerados hipotéticos, de realização 
incerta ainda. Esse é ocaso do emprego de “sinalize” e de “discuta”. Ambos 
denotam ações possíveis de acontecerem. 
Resposta – Itens errados. 
 
 
 
 
 
 
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18. (Cespe/ANTAQ/Técnico em Regulação/2009) A conjunção "e" (L.4) liga 
dois complementos para a expressão "É obvio" (L.3). 
Comentário – A conjunção “e” é aditiva e serve para ligar dois termos ou 
duas orações de idêntica função: Leonor e ele voltaram-se e desfaleceram. 
No texto, a conjunção em destaque conecta os verbos “otimizar e 
modernizar”, ambos complementos do substantivo transitivo “necessário”. 
Resposta – Item errado. 
 
 
 
 
 
 
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19. (Cespe/TCU/AFCE/2009) O desenvolvimento da argumentação permite 
que se insira o conectivo Logo, seguido de vírgula, imediatamente 
antes de "A política" (L.9), escrevendo-se o artigo com letra minúscula, 
sem prejuízo para a coerência e a correção gramatical do texto. 
Comentário – A conjunção logo é conclusiva, como também o são pois, 
portanto, por conseguinte, por isso, assim. Ela serve para introduzir 
segmento de valor semântico conclusivo, consecutivo. Se foi dito 
anteriormente que “o exercício da política é coletivo”, é natural concluir-se 
que “A política é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto”. 
É importante dizer que a inserção sugerida pelo Cespe 
realmente exige mudança na grafia inicial do artigo. Sempre que a banca 
propuser a você mudanças na estrutura de uma frase, observe se todas as 
adaptações estão sendo sugeridas. Caso contrário, o item estará errado. 
Resposta – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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20. (Cespe/STJ/Técnico Judiciário/2008) A organização das idéias do texto 
permite subentender um conectivo como No entanto ligando o período 
iniciado por "Os prazeres" (L.12) ao seu anterior. 
Comentário – Esse conectivo integra o rol das conjunções adversativas, 
aquelas que principiam segmento de valor semântico adversativo, de 
contraste, de oposição. Repare que, no segundo parágrafo, o autor associa 
temor, preocupação e ansiedade das pessoas. A intenção dele é nos 
informar que, depois da crise do início da década de 30, elas passaram a se 
preocupar com a estabilidade dos mercados financeiros e da economia 
globalizada. Mas qual a razão para isso? O que poderia justificar esse 
sentimento de receio, de agonia, de inquietação mesmo em um período de 
 
 
 
 
 
 
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estabilidade? A explicação encontra-se no quarto período do segundo 
parágrafo: “Os prazeres da prosperidade geram complacência e inspiram 
equívocos...”. Portanto uma conjunção adversativa não é adequada para 
unir o quarto período ao terceiro. Melhor seria uma conjunção explicativa: 
“Essas ansiedades são legítimas, pois os prazeres da prosperidade geram 
complacência e inspiram equívocos...”. 
Resposta – Item certo. 
21. (Cespe/Prefeitura de Ipojuca – PE/2009) A partir da conjunção "mas" 
(l.11), subentende-se da organização das ideias no texto que um 
"processo de longo prazo" (l.10-11) pode não dispor de "sólidas 
fundações" (l.11) antes de ser definitivo. 
Comentário – Já caminhando para a conclusão do texto, o autor afirma que 
a globalização é um processo lento. Apesar disso, ele (o processo) “já dispõe 
de sólidas fundações”. Pela ideia de contraste causada pelo uso da 
conjunção adversativa “mas”, percebe-se que a regra ou a consequência 
normal é esse processo não dispor dessas fundações. Em outras palavras, a 
globalização, que ainda não assumiu seu formato definitivo pode não dispor 
de sólidas fundações (regra geral), mas essa dispõe (exceção à regra). 
Resposta – Item certo. 
 
 
 
 
 
 
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22. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O conectivo "Então" (L.6) 
estabelece uma relação de tempo entre as idéias expressas em duas 
orações. 
Comentário – Textualmente, esse conectivo introduz segmento de caráter 
conclusivo. 
Resposta – Item errado. 
23. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) O emprego de "Em virtude disso" 
(L.9) mostra que, imediatamente antes do termo "o social" (L.10) está 
subtendida a preposição de, que, se fosse explicitada, teria de ser 
empregada sob a forma do. 
Comentário – A questão é fácil, mas é preciso ler atentamente a passagem. 
Nela, o termo “o social” complementa o sentido do nome “discussão”: 
 
 
 
 
 
 
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“discussão sobre a filosofia e [discussão sobre] o social”. Nota-se, assim, o 
equívoco da alegação do Cespe. 
Resposta – Item errado. 
24. (Cespe/ANTAQ/Analista Administrativo/2009) Na linha 12, caso se 
deslocasse a conjunção "pois" para o início da oração, a coerência da 
argumentação seria preservada, desde que fossem retiradas as duas 
vírgulas que isolam essa palavra e que se fizessem os necessários 
ajustes nas letras maiúsculas e minúsculas. 
Comentário – Primeiramente, faça as transformações propostas pela 
banca: Pois tempo, espaço e matéria são ideias... O que acha? Quase tudo 
certo, quase tudo! O problema está na perda da ideia original. A conjunção 
 
 
 
 
 
 
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pois utilizada entre vírgulas e após o verbo da oração que integra denota 
ideia conclusiva, tal como no texto original. O emprego dela no início da 
oração, como sugerido pela banca, reveste-a de valor semântico explicativo. 
Resposta – Item errado. 
25. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010 – adaptada) Julgue os itens abaixo, 
relativos ao emprego das estruturas linguísticas do texto. 
(A) Na linha 10, preserva-se a coerência textual ao se inserir da antes de 
“produtividade”; mas, para se preservar a correção gramatical, será 
necessário mudar “faz” para fazem. 
(B) Para a coerência dos argumentos no texto, é indiferente o uso de 
“quando” (l.15) ou de se, em seu lugar, pois o período sintático 
preserva a ideia de condição. 
(C) Seriam mantidas as relações entre os argumentos se, em lugar de “ou” 
(l.18), antes do último termo da enumeração, fosse usado e; mas a 
desvantagem seria a repetição do mesmo conectivo. 
Comentário – Alternativa A: as locuções adjetivas “da competição” e “[da] 
produtividade” estão subordinadas ao substantivo “ideologia” por meio da 
mesma preposição: “de” (que se contraiu com o artigo “a” = “da”). Por isso 
a repetição dela é desnecessária. Ainda que se queira empregá-la 
novamente, o núcleo do sintagma permanece “ideologia” (terceira pessoa do 
singular), o que obriga o verbo também a permanecer flexionado no mesmo 
número e na mesma pessoa. 
Alternativa B: frequentemente, classificamos a conjunção 
quando como subordinativa adverbial temporal. Antes, porém, é precisoanalisar o seu real valor semântico no período em que ocorre. É o caso, por 
exemplo, da passagem aludida pelo examinador. Nela, o valor semântico do 
 
 
 
 
 
 
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conectivo assemelha-se ao da conjunção condicional “se”. Por isso o uso de 
um ou de outro é indiferente. 
Alternativa C: a conjunção alternativa “ou” serviu para nos 
comunicar que a concretização de um dos fatores (elevação proporcional dos 
salários; redução dos preços de bens e serviços e aumento de investimentos 
dos lucros gerados) é suficiente para elevar o nível de bem-estar coletivo. Já 
a conjunção aditiva e muda esse entendimento e passa a indicar que deve 
haver o somatório desses fatores (eles devem ocorrer solidariamente) para 
que o objetivo seja atingido. 
Resposta – Itens errado, certo e errado. 
(...) Pesquisas científicas 
recentes sobre a raiva reforçam essa linha de pensamento, e 
7 uma delas mostra que quem reprime sua frustração é pelo 
menos três vezes mais propenso a admitir que chegou a um 
ponto em sua carreira no qual não consegue mais progredir e 
10 que tem uma vida pessoal decepcionante. Já as pessoas que 
aprendem a explorar e canalizar sua raiva apresentam uma 
probabilidade muito maior de estar bem situadas 
13 profissionalmente, além de desfrutar de maior intimidade física 
e emocional com seus amigos e familiares. (...) 
Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações). 
26. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Por causa das duas 
ocorrências do pronome “que” (l.7-8) no mesmo período sintático, não 
é recomendada a substituição de “no qual” (l.9) por que, apesar de a 
coerência e a correção do texto serem mantidas. 
Comentário – O “que” (l. 7-8) é conjunção integrante. Note que ele 
introduz orações que funcionam como objeto direto dos verbos mostrar e 
 
 
 
 
 
 
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admitir. Isso nada tem a ver com a substituição proposta pelo examinador, 
que focaliza pronome relativo. A razão do problema causado pela troca é 
outra. 
O conjunto “no qual” (l. 9) é composto pela preposição em 
e pelo pronome relativo o qual. A preposição é obrigatória porque introduz o 
advérbio de lugar “um ponto em sua carreira”, expresso na oração anterior e 
representado pelo pronome no segmento subsequente: não consegue mais 
progredir em um ponto em sua carreira (= “no qual”). Substituir “no qual” 
por “que”, sem a presença da preposição “em”, prejudica a correção 
gramatical. Além disso, a coerência textual também sofre, observe: 
“...chegou a um ponto em sua carreira que não consegue 
mais progredir...” 
Percebeu que agora é a “carreira” que não progride mais? 
Essa mudança brusca de sentido afeta a coerência. 
Resposta – Item errado. 
• Verbos 
a) FLEXÕES VERBAIS 
Voz 
1. ATIVA Î indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do 
verbo. 
Ex.: Cabral descobriu o Brasil. 
2. PASSIVA Î indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do 
verbo. 
Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral. 
ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o 
SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o 
OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva. 
 
 
 
 
 
 
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2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for 
INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA. 
Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado. 
As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz 
passiva sem agente da passiva. 
3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e 
pronominal ou sintética. 
Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo 
principal no particípio = analítica. 
Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + 
pronome SE = sintética. 
Agora considere o seguinte trecho: “(...) Pacientes afetados pela 
síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’ 
(...)”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a 
passiva. 
VOZ ATIVA VOZ PASIVA 
Sujeito 
Pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Agente da 
passiva 
pelos pacientes 
afetados pela 
síndrome 
Verbo transitivo 
direto 
ultrapassaram (o 
que?) 
Locução verbal 
(voz passiva 
analítica) 
foi ultrapassada 
Objeto direto 
a fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Sujeito paciente 
A fronteira da 
adaptabilidade às 
demandas 
Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa: 
a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = 
sujeito indeterminado 
 
 
 
 
 
 
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b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = 
sujeito indeterminado 
c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO 
+ SE = sujeito indeterminado 
d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + 
OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado 
3. REFLEXIVA Î indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo
sujeito ao mesmo tempo. 
Ex.: Não me considero tão importante. 
Reservamo-nos o direito de ficar calado. 
Ele se deu um presente. 
ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o 
verbo vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto 
e representa a mesma pessoa do sujeito. 
2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando, 
conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si 
mesmo, etc. 
Ex.: Feri-me a mim mesmo. 
Julgai-vos a vós mesmos. 
3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade. 
Ex.: Os amigos se cumprimentaram. 
Amavam-se um ao outro. 
1 Geralmente, as oposições não gostam dos governos. 
Partido vencido contesta a eleição do vencedor, e partido 
vencedor é simultaneamente vencido, e vice-versa. Tentam-se 
4 acordos, dividindo os deputados; mas ninguém aceita 
 
 
 
 
 
 
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minorias. No antigo regímen iniciou-se uma representação de 
minorias, para dar nas câmaras um recanto ao partido que 
7 estava de baixo. Não pegou bem — ou porque a porcentagem 
era pequena — ou porque a planta não tinha força bastante. 
Continuou praticamente o sistema da lavra única. 
10 (...) Sócrates aconselhava ao legislador que quando 
houvesse de legislar tivesse em vista a terra e os homens. Ora, 
os homens aqui amam o governo e a tribuna, gostam de 
13 propor, votar, discutir, atacar, defender e os demais verbos, e 
o partido que não folheia a gramática política acha 
naturalmente que já não há sintaxe; ao contrário, o que tem a 
16 gramática na mão julga a linguagem alheia obsoleta e 
corrupta. O que estamos vendo é a impressão em dous 
exemplares da mesma gramática. 
Machado de Assis. A Semana. Obra completa, v. III. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973, p. 652-3. 
27. (Cespe/TSE/Técnico Judiciário/2007) Em relação ao texto, julgue as 
opções abaixo. 
a) A substituição de “Tentam-se” (l. 3) por São tentados prejudica a 
correção gramatical do período. 
b) O empregodo subjuntivo em “quando houvesse” (l. 10-11) justifica-se 
por compor uma afirmativa sobre uma ação já decorrida. 
Comentário – Certamente, a substituição de “Tentam-se” por São 
tentados não causa nenhum prejuízo ao período. Em “Tentam-se”, temos 
voz passiva sintética (também conhecida como voz passiva pronominal). 
Sua estrutura é caracterizada pela presença de verbo transitivo direto 
seguido do pronome apassivador “se”. Em São tentados, ocorre também 
voz passiva. Mas agora a estrutura é outra: uma locução verbal formada 
 
 
 
 
 
 
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pelo verbo auxiliar São e pelo verbo principal tentados. Chama-se voz 
passiva verbal ou analítica. 
Recordemos que são três as vozes verbais: ativa, passiva e 
reflexiva. Na ativa, o sujeito é o agente da ação verbal que recai sobre outro 
ser (João beijou a esposa.) Na voz passiva, o sujeito sofre a ação verbal 
praticada por outro ser, que é conhecido como agente da passiva (João foi 
beijado pela esposa.). Na voz reflexiva, o sujeito pratica ação verbal que 
recai sobre ele mesmo (João beijou-se.). 
Na alternativa B, o emprego do subjuntivo em “quando 
houvesse” deve-se ao caráter condicional, hipotético de uma ação em vias 
de se concretizar. Portanto, “Sócrates” se refere a algo possível de acontecer 
em um futuro próximo, e não faz “uma afirmativa sobre uma ação já 
decorrida”. 
Resposta – Itens errados. 
1 Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem 
ao longo da história tem sido seu constante anseio de 
buscar novas perspectivas, abrir horizontes desconhecidos, 
4 investigar possibilidades ainda inexploradas, enfim, ampliar o 
conhecimento. Desde seus primórdios, os seres humanos 
dedicam-se a investigar e a pesquisar, sendo esta curiosidade, 
7 este desejo de conhecer, uma das mais significativas forças 
impulsoras da humanidade. O fato é que essa ininterrupta e 
incansável luta pelo saber tem sido uma das mais importantes 
10 atividades do homem. Ocorre que, ao dar vazão ao seu 
insaciável afã de descobrir, criar, conquistar, ao tentar realizar 
em toda sua plenitude a livre aventura do espírito, o homem 
13 depara-se com seus limites. (...) 
Ivan de Araújo Moura Fé. Conflitos éticos em psiquiatria. In: José E. Assad (Coord.). 
 
 
 
 
 
 
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Desafios éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 185 (com adaptações). 
28. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Seriam preservadas a 
correção gramatical do texto, bem como a coerência de sua 
argumentação, se, em lugar de “tem sido” (l.2), fosse usada a forma 
verbal é; no entanto, a opção empregada no texto ressalta o caráter 
contínuo e constante dos aspectos mencionados. 
Comentário – Vamos reescrever a passagem utilizando a forma verbal 
sugerida: “Um dos aspectos mais notáveis da aventura do homem ao longo 
da história é seu constante anseio...”. Pronto, ficou claro que realmente não 
existe problema. Usado no presente, o verbo ser indica um fato atual, 
simultâneo ao ato da fala. Mas o pretérito perfeito composto, de fato, 
imprime à passagem um aspecto durativo, contínuo, não limitado no tempo. 
Nós já resolvemos uma questão parecida nesta aula (pág. 61, questão 10). 
Na ocasião, citei Cunha e Cintra para embasar a resposta. Agora é a vez de 
ouvirmos o que Cegalla tem a nos dizer: “O pretérito perfeito composto 
traduz um fato passado repetido, ou que se prolonga até o presente: 
Tenho-lhe dado sempre bons conselhos.” 
Resposta – Item certo. 
1 O regime trabalhista, ao adotar estratégias de proteção 
à saúde do trabalhador, institui mecanismos de monitoração 
dos indivíduos, visando a evitar ou identificar precocemente os 
4 agravos à sua saúde, quando produzidos ou desencadeados 
pelo exercício do trabalho. (...) 
Elias Tavares de Araújo. Perícia médica. In: José E. Assad (Coord.). Desafios 
éticos. Brasília: Conselho Federal de Medicina, 1993, p. 241 (com adaptações). 
29. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) Para se realçar 
“mecanismos de monitoração” (l.2), em vez de “regime trabalhista” 
 
 
 
 
 
 
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(l.1), poderia ser usada a voz passiva, escrevendo-se são instituídos 
em vez de “institui” (l.2), sem que a coerência entre os argumentos e a 
correção gramatical do texto fossem prejudicadas. 
Comentário – Faça a troca exatamente como sugere o examinador e 
constate o quanto é descabida a proposição: “O regime trabalhista (...) são 
instituídos mecanismos de monitoração dos indivíduos...”. Notou a falta de 
concordância entre sujeito e verbo? Notou que não há agente da passiva 
corretamente indicado pelo vocábulo pelo (contração da preposição per 
com o artigo o). A alteração adequada deveria ser assim: “Mecanismos de 
monitoração dos indivíduos são instituídos pelo regime trabalhista...”. 
Resposta – Item errado. 
Número e Pessoa 
1ª 2ª 3ª 
singular eu tu ele/ela 
plural nós vós eles/elas 
Modo e Tempo 
Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. 
Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentre de determinado momento 
(durante o ato da comunicação, antes ou depois dele). Mais à frente falarei 
melhor sobre o emprego dos tempos e modos. 
MODOS TEMPOS SIMPLES 
indicativo 
presente (tenho) 
 
pretérito 
perfeito (tive) 
imperfeito (tinha) 
mais-que-perf. (tivera) 
 
 
 
 
 
 
 
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futuro 
do presente (terei) 
do pretérito (teria) 
subjuntivo 
presente (tenha) 
pretérito imperfeito (tivesse) 
futuro (tiver) 
imperativo 
afirmativo (tem tu) 
negativo (não tenhas tu) 
MODOS TEMPOS COMPOSTOS 
Indicativo 
pretérito 
Perfeito (tenho/hei cantado) 
mais-que-perfeito (tinha/havia cantado) 
 
futuro 
do presente (terei/haverei cantado) 
do pretérito (teria/haveria cantado) 
Subjuntivo 
pretérito 
Perfeito (tenha/haja cantado) 
mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado) 
 
futuro (tiver/houver cantado) 
ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos 
tempos compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares 
ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal. 
Ex.: Temos estudado muito. 
Tinha posto a televisão na sala. 
Havíamos chegado tarde. 
2. Note que não há tempos compostos relativos ao 
presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar, 
respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-
 
 
 
 
 
 
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perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo 
imperativo. 
3. O tempo composto da voz passiva é formado com o 
emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio 
do verbo principal. 
Ex.: Temos sido ensinados pelo professor. 
 O casal havia sido visto no restaurante. 
1 A cidade estivera agitada por motivos de ordem 
técnica e politécnica. Outrossim, era a véspera da eleição de 
um senador para preencher a vaga do finado Aristides Lobo. 
4 Dous

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