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Prévia do material em texto

Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
1 
Produzindo Resultados Positivos 
 
Curso de Língua Portuguesa com o Prof.Marcondes Júnior 
Palavras do Autor - 
Este material não pretende defender determinada proposta teórica e, 
sim, divulgar uma larga experiência didática acumulada ao longo dos anos de 
prática docente. Ordenamos os fatos lingüísticos por meio de texto. 
As bancas de concurso exigem que os bons candidatos sejam capazes 
de articular os níveis estruturais da língua sem limitações. Esse candidato 
deve entender, portanto, que o encadeamento dos enunciados de uma 
língua não se faz apenas consoante regras gramaticais, mas articulá-las é 
imprescindível. Iremos recorrer sempre a um nível maior de abstração – o 
texto – a fim de privilegiar o mecanismo de produção e intelecção das 
inúmeras estruturas da língua e tornar o estudo mais claro e eficiente. 
 
Morfologia Contextualizada 
Texto I 
A questão proposta é a do acaso. Na tradição ocidental, o tema aparece 
invariavelmente ligado a um outro, o da razão: o dos limites e do alcance da 
racionalidade. Nem seria errôneo afirmar que o empenho maior para o 
pensamento filosófico inaugurado na Grécia antiga resume-se em querer 
vencer a sujeição ao acaso. De fato, um dos traços peculiares ao homem 
primitivo está em deixar-se surpreender pelo acaso, em guiar-se pelo 
imprevisível. Já o homem racional instaurado pelos gregos entrega-se, pela 
primeira vez na história, a esse esforço descomunal e decisivo para a 
evolução do Ocidente, de tentar conjurar o mais possível as peias do acaso, 
estabelecendo as bases para um comércio racional do homem com o seu 
meio ambiente; mais precisamente: a postura racional passou a designar, de 
modo gradativo, um comportamento de dominação por parte do homem, 
elaborando racionalmente as suas relações com a natureza, o homem 
terminaria abocanhando as vantagens de ver subordinada a natureza aos 
seus desígnios pessoais. 
(Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) 
Análise Morfossintática do Texto. 
 Questão 1 - Julgue os itens seguintes. 
(A) “A questão proposta é a do acaso” (l.1) pode-se afirmar que os 
‘as’ são artigos. 
(B) Na (l.9) o vocábulo ‘um’ generaliza o sentido do substantivo 
comércio racional. 
(C) Em ‘entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço 
descomunal’ (l.6) o ‘a’ que antecede o pronome demonstrativo é 
um artigo facultativo. 
(D) Na (l.11) as duas ocorrências do ‘a’ em: ‘subordinada a natureza 
aos seus desígnios pessoais’, pode-se afirmar que desempenham 
a mesma função morfossintática. 
 
Resoluções Comentadas 
 Questão 1. 
(A) Falso. O primeiro ‘a’ é artigo e determina ‘questão’. Já em ‘a do 
acaso’, temos um artigo com valor de pronome demonstrativo = 
aquela. 
‘A questão proposta é a (aquela questão) do acaso’. 
 
Dica: Os artigos podem ter valor de pronome demonstrativo e 
para reconhecê-los substitua por = aquele(s), aquela(s), aquilo(s). 
Ex. Citei as provas da Esaf, e não às da FGV. (= aquelas provas da 
FGV) 
 
►Saiba Mais 
- O que é análise morfológica: é o estudo das classes gramaticais, das 
estruturas das palavras. 
- De acordo com a NGB, são dez as classes gramaticais, embora a interjeição, 
vocábulo-frase, fique excluída dessa relação. 
 
O que é a Nomenclatura Gramatical Brasileira – NGB? Nomenclatura 
Gramatical organizada por comissão de professores designada pelo 
Ministério da Educação e Cultura, em abril de 1957. Entrou em vigor nas 
escolas a partir do ano de 1959. 
 
Classes Morfológicas 
- Classes Variáveis: numeral, artigo, verbo, adjetivo, substantivo, pronome. 
Memorize assim: NA VASP 
As classes são variáveis, pois flexionam principalmente em gênero e número. 
 
- Classes Invariáveis: advérbio, conjunção, preposição, interjeição. 
Memorize assim: A CPI 
As classes são invariáveis, pois não flexionam em gênero e número. 
Muita atenção nas Articulações Morfossintáticas: 
- Função básica: verbo (transitivo ou intransitivo) 
- Funções relacionais (conectivos): conjunções, preposição, verbo de ligação. 
- Funções estruturais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, 
advérbio. 
- Funções estilísticas: interjeição e palavras denotativas. 
 
Complicou? Calma. Um pouco de paciência. Todas as articulações serão 
abordadas a partir dos próximos textos. 
 
 Questão 1. 
(B) Verdadeiro. ‘Um comércio racional’ o substantivo comércio está 
empregado em sentido amplo, genérico. 
►Saiba Mais 
Conheça um pouco mais o artigo 
Conceito: Artigo é a palavra variável em gênero (masc. /fem.) e número 
(sing./pl.) que precede o substantivo, determinando-o de modo preciso ou 
vago, indicando-lhe o gênero e o número. 
Formas Simples 
Artigo Definidos Artigos Indefinidos 
 Singular Plural Singular Plural 
Masculino o os Masculino um uns 
Feminino a as Feminino uma umas 
 
 Questão 1. 
(C) Falso. Em ‘entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço 
descomunal’ (l.7), trata-se de uma preposição. 
 
►Saiba Mais 
Preposição é a palavra invariável que une termos de uma oração, 
estabelecendo entre eles variadas relações. 
Levaram o carro de Roberto (idéia de posse) 
Classificação das preposições 
As preposições podem ser: 
 » essenciais: palavras que só funcionam como preposição. 
São elas: 
a com em por 
ante contra entre sem 
após de para sob 
 trás desde perante sobre 
» acidentais: são palavras de classes diferentes que, eventualmente, 
desempenham função prepositiva. 
São elas: 
afora como conforme consoante 
durante exceto fora mediante 
menos salvo segundo visto 
 
Combinação e contração da preposição 
 
Combinação: a preposição não sofre perda de fonemas. Dá-se a combinação 
com: 
» preposição a + artigos definidos o, os: 
Fomos ao médico. 
» preposição a + advérbio onde: 
Aonde estamos indo? 
Contração: quando a preposição sofre perda de fonemas. Dá-se a contração 
com as preposições: 
de + artigos de + pronome pessoa 
de + o(s) = do(s) de + ele(s) = dele(s 
de + a(s) = da(s) de + ela(s) = dela(s) 
de + um = dum 
Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
2 
Produzindo Resultados Positivos 
de + uma = duma 
de + uns = duns 
de + umas = duma 
de + pronomes demonstrativos de + advérbios 
de + este(s) = deste(s) de + aqui = daqui 
de + esta(s) = desta(s) de + aí = da 
de + esse(s) = desse(s) de + ali = dalí 
de + essa(s) = dessa(s) 
de + aquele(s) = daquele(s) 
de + aquela(s) = daquela(s) 
de + isto = disto 
de + isso = disso 
de + aquilo = daquilo 
de + o(s) = do(s) 
de + a(s) = da(s) 
a + artigo feminino 
a + a(s) = à(s) 
 
Locuções prepositivas 
É a união de duas ou mais palavras com função de preposição. Veja os 
exemplos 
abaixo de junto a 
antes de por cima de 
a respeito de a fim de 
defronte de a par de 
em vez de debaixo de 
por baixo de diante de 
acima de por detrás de 
ao lado de para com 
depois de além de 
apesar de por diante de 
em torno de por causa de 
 
 
Saiba tudo sobre as Interjeições. 
Interjeição é a palavra invariável usada para exprimir emoções e 
sentimentos. Uma interjeição pode ser usada para expressar as mais diversas 
emoções, mas, relacionemos as principais interjeições e seus estados 
emocionais correspondentes. 
» advertência: Alerta! Atenção! Calma! Cuidado! Devagar! Fogo! Olha! 
Sentido! Calma! 
» afugentamento: Fora! Passa! Sai! Rua! Xô! 
» alegria: Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Aleluia 
» animação: Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força! 
» aplauso: Apoiado!Bravo! Bis! Parabéns! Isso! 
» chamamento: Oi! Ô! Olá! Alô! Psit! 
» desejo: Que me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara 
» dor: Ah! Oh! Ai! Ui 
» espanto: Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué 
» silêncio: Psiu! Pst! Silêncio! Quieto! 
» concordância: Claro! Ótimo! Sim! 
» desacordo: Ora! Barbaridade! 
» pena: coitado! 
» satisfação: Boa! Oba! Opa! Upa! 
» saudação: Olá! Oi! Salve! Adeus! 
Locução interjetiva 
São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Veja alguns 
exemplos: 
Meu Deus! Puxa vida! 
Ora bolas! Que pena! 
Ora essa! Cruz-credo! 
Santo Deus! Pobre de mim! 
 
 Questão 1. 
(D) Falso. Na expressão: ‘subordinada a natureza aos seus desígnios 
pessoais’ o primeiro ‘a’ é um artigo, na função sintática de 
Adjunto Adnominal, que determina o substantivo ‘natureza’. Já o 
segundo ‘a’ é uma preposição e as preposições não 
desempenham função sintática. 
 
►Saiba Mais 
Morfossintaxe do artigo 
O artigo sempre estará acompanhado um substantivo. 
Justamente por isso, o artigo sempre estará, na oração, 
exercendo a função sintática de adjunto adnominal do 
substantivo a que estiver se referindo. 
 
 
O que é análise morfossintática? 
Já estudamos que as palavras são estudadas pela Morfologia. Se 
observarmos a função das palavras dentro da oração teremos uma análise 
sintática. E à união das duas análises chamamos análise morfossintática. 
Ex. O cidadão pagou o imposto à Previdência. 
 Morfologicamente a palavra cidadão é um substantivo. 
 Sintaticamente é o núcleo do sujeito. 
 Morfologicamente o ‘o’ é artigo definido que determina o 
substantivo cidadão. 
 Sintaticamente é um adjunto adnominal. 
 Morfologicamente ‘imposto e Previdência’ são substantivos. 
 Sintaticamente são núcleos do Objeto Direto e Objeto Indireto 
respectivamente. 
 
Complicou um pouco? Essas articulações morfossintáticas serão 
aprofundadas mais para frente. Continue! 
 
 
Texto II 
 Na semana passada, uma mulher dirigindo um carro numa área 
desértica da Arábia Saudita trombou com outro veículo e morreu. Em 
qualquer sociedade de hábitos civilizados, o acidente se perderia nas 
estatísticas sobre o trânsito. No reino comandado pelo príncipe Abdullah, o 
maior produtor de petróleo do mundo, virou Manchete de jornal. Motivo: as 
mulheres são proibidas por lei de dirigir. O episódio voltou a chamar a 
atenção para a difícil situação das mulheres na Arábia Saudita, uma 
monarquia regida pelo código medieval de uma seita puritana do Islã. Além 
de proibidas de dirigir, as sauditas devem andar com o corpo totalmente 
coberto e não podem sair de casa sem a companhia de um parente do sexo 
masculino. Homens e mulheres são impedidos de trabalhar juntos, exceto 
nos hospitais. A polícia religiosa está atenta ao mínimo deslize em público – o 
que pelo menos numa ocasião teve resultados trágicos. Há dois anos, 
durante um incêndio numa escola feminina, os policiais impediram que as 
alunas deixassem o prédio em chamas por estarem sem o véu. Quinze 
adolescentes morreram carbonizadas. 
 (VEJA 02 de junho de 2004). 
 
Análise do texto 
●Na linha (l.1) tem-se o emprego de dois artigos indefinidos: “... uma 
mulher..., um carro...”. 
Os artigos empregados são indefinidos e têm a função elementar de 
generalizar os substantivos com os quais estão relacionados. Representa 
qualquer mulher e qualquer carro. 
●Na (l.2 e 3) tem-se o emprego de dois artigos definidos: “... o 
acidente..., o trânsito...”. 
Não se trata de qualquer acidente, refere-se ao acidente envolvendo a 
mulher saudita. Também não se trata de qualquer trânsito, o autor do texto 
faz alusão aos acidentes envolvendo o trânsito de veículos. 
 
● Na linha (l.1) “Na semana passada...” e na (l.3) “No reino 
comandado...” há uso de artigo contraído com preposição. Atente-se para o 
valor semântico do artigo, pois não se trata de qualquer semana e sim aquela 
que envolveu o acidente de trânsito. Da mesma forma que não se trata de 
qualquer reino e sim aquele governado pelo príncipe Abdullah. 
● Tem-se o registro na (l.9) e na (l.10) das formas: “... numa ocasião, 
,...numa escola”, trata-se da contração do artigo indefinido (em + uma). 
Atente-se que é uma ocasião e uma escola generalizadas. 
 
“Do ponto de vista semântico está o primordial valor atualizador do artigo, 
de que decorrem os demais valores contextuais: o artigo definido identifica o 
objeto designado pelo nome a que se liga, delimitando-o, extraindo-o de 
entre os objetos da mesma classe, como aquele que já foi (ou será 
imediatamente) conhecido do ouvinte.” (BECHARA, ano, p. ) 
 
Uso obrigatório do artigo 
Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
3 
Produzindo Resultados Positivos 
1ºCaso: É obrigatório o artigo definido entre o numeral (ambos) e o 
substantivo a que se refere. 
O diretor do órgão solicitou a presença de ambos os funcionários. 
A secretária deve protocolar ambas as pastas. 
 
2ºCaso: É obrigatório o artigo definido junto dos nomes próprios, 
quando se quer indicar familiaridade. 
Entreguei os documentos timbrados ao Marcelo do Protocolo. 
Atenção: suprime-se o artigo quando se tratar de personalidade 
célebre. 
Rui Barbosa parecia alheio à discussão. (personagem histórica) 
O Rui parecia alheio à discussão. ( pessoa íntima ou conhecida) 
 
3ºCaso: Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de 
revistas, jornais, obras literárias. 
Li a notícia em O Estado de S. Paulo 
A notícia foi publicada em O Globo 
 
4º Caso: Usa-se o artigo definido com o superlativo. 
Os alunos conseguiram resolver as questões mais difíceis. 
Resolveram as mais difíceis questões. 
Atenção: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo. 
Consegui resolver as questões as mais difíceis. 
 
5°caso: O artigo definido também é empregado para indicar a espécie 
inteira; isto é, usa-se o singular com referência à pluralidade dos seres: 
O homem é mortal. [ = todos os homens] 
Dizem que o brasileiro é cordial. [ = todos os brasileiros] 
 
 
Uso proibido do artigo 
1ºCaso: Não se usa artigo antes de pronomes de tratamento, com 
exceção de dona, senhora , senhorita e Madame. 
Vossa Excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. 
Admiram Vossa Alteza. 
O que o senhor deseja? 
A senhorita não vai ao curso! 
Não vi a senhora ontem. 
 
2ºCaso: Não se usa artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões). 
O autor cujo livro lê é Machado de Assis. 
A lei a cujos artigos me refiro foi abolida. 
 
3° Caso: Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar. 
Passaram o carnaval em Salvador. 
Florianópolis é a capital de Santa Catarina. 
Brasília é a capital do Brasil. 
Atenção: Se o nome de lugar vier especificado, qualificado, o uso do 
artigo será obrigatório. 
A bela Florianópolis destaca-se pela beleza. 
A Brasília das mulheres charmosas me encanta. 
Atenção: Alguns nomes de lugar vêm antecipados de artigo ( em 
especial, os nomes de continentes e os derivados de nome comum). 
a Bahia as Américas o Rio de Janeiro a 
Argentina. 
 
4°caso: O artigo é omitido com o possessivo em certas expressões 
feitas, estereotipadas, cristalizadas na língua portuguesa. 
 Exemplos de expressões estereotipadas: em nosso poder, a seu bel-
prazer, por minha vontade, cada um a seu turno, a meu modo, em meu 
nome, a seu pedido, a meu ver, etc. 
Ex. A meu ver o ofício deveria ter sido entregue. 
 
5° caso: Quando o possessivo faz parte de um vocativo, não admite o 
artigo. 
Vem cá, meu amor. 
 
6°caso: Não se usa o artigo indefinido antes de pronome de sentido 
indefinido, como: certo, outro, qualquer, tal. 
Vi Laura em (uma) tal consternação que achei melhor ficar quieto. 
Encontrei (uma) certa resistência quando sugeri que discutíssemos o assunto 
em (uma) outra ocasião. 
 
Uso facultativo do artigo 
1º Caso: Pronome Indefinido“TODO” 
a) emprega-se artigo depois do pronome indefinido todo quando se 
quer dar idéia de inteiro, totalidade. 
b) omite-se o artigo quando se quer dar idéia de qualquer, idéia 
genérica, 
 
Ele leu todo o processo. ( o processo inteiro) 
Todo homem é mortal. (qualquer homem) 
Toda a cidade comemorou o aniversário. (a cidade inteira) 
Toda cidade comemorou o aniversário. (qualquer cidade, cada cidade) 
 
2º Caso: É facultativo diante dos pronomes possessivos. 
Deixei meu paletó no escritório. = Deixei o meu paletó no escritório. 
Busquei sua amiga na festa. = Busquei a sua amiga na festa. 
 
3º Caso: Não se dever usar artigo antes das palavras casa (no sentido 
de lar, moradia, residência e palácio) e terra (no sentido de chão firme). 
 Vim de casa, estive em casa, vou a palácio, não estive em palácio. 
Estive em terra, iremos por terra. 
Observação: Se vier especificada a palavra recebe o artigo. 
Estive na casa dos amigos. 
Vim da casa de minha namorada. 
Vou ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira. 
Estive na terra dos pigmeus. 
Iremos pela terra dos anões. 
 
Particularidades do artigo 
 
1º Caso: O artigo pode substantivar qualquer palavra. 
Como resposta recebeu um não do governo (não = advérbio de 
negação substantivado). 
O jantar será servido em breve (jantar = verbo substantivado). 
 
2°Caso: O artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade 
aproximada. 
Chegaram só uns quatro deputados. 
Exclamei em voz alta umas três vezes. 
 
3º Caso: No plural, todos, todas sempre virão seguidos de artigo, 
exceto se houver palavra que o exclua, ou numeral não seguido de 
substantivo. 
Todos os grevistas chegaram. 
Todos estes grevistas chegaram. 
Todos sete chegaram. 
Todos os sete grevistas chegaram 
 
4°caso: D. Pedro II, imperador do Brasil, dava longos passeios pelos 
jardins do Palácio. 
Dir-se-ia o imperador se D. Pedro II tivesse sido o único e não um 
imperador do Brasil. 
 
 
Texto III 
Vinte e quatro séculos atrás, Sócrates, Platão e Aristóteles lançaram as 
bases do estudo científico da sociedade e da política. Muito se aprendeu 
depois disso, mas os princípios que eles formularam conservam toda a sua 
força de exigências incontornáveis. O mais importante é a distinção entre o 
discurso dos agentes e o discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinião) e 
episteme (ciência) são os termos que os designam respectivamente, mas 
estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que, para torná-las novamente 
úteis, é preciso explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez 
Edmund Husserl com a distinção entre discurso “pré-analítico” e o discurso 
tornado consciente pela análise de seus significados embutidos. 
Por exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao 
anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo é uma 
ideologia, mas o anticomunismo não uma ideologia, é a simples rejeição de 
uma ideologia. 
É analisando e decompondo compactados verbais como esse e 
comparando-os com os dados disponíveis que o estudioso pode chegar a 
compreender a situação em termos bem diferentes daqueles do agente 
Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
4 
Produzindo Resultados Positivos 
político. Mas também é certo que os próprios conceitos científicos daí 
obtidos podem incorporar-se depois no discurso político, tornando-se 
expressões da doxa. É isso, precisamente, o que se denomina uma ideologia: 
um discurso de ação política composto de conceitos científicos esvaziados de 
seu conteúdo analítico e imantados de carga simbólica. Então, é preciso 
novas e novas análises para neutralizar a mutação da ciência e ideologia. 
(Olavo de Carvalho, com cortes). 
 
Questão 2- 
(A) Na (l.1) temos o emprego de numerais ordinais. 
(B) Em ‘Muito se aprendeu depois disso, mas os princípios que eles 
formularam conservam toda a sua força de exigências 
incontornáveis’. A conjunção ‘mas’ introduz idéia adversativa. 
(C) É correto afirmar que por derivação imprópria ‘estudioso’ (l.13) é 
um adjetivo. 
(D) Na (l.17) ‘novas e novas’ caracterizam as análises. 
 
Resoluções Comentadas 
 Questão 2 
(A) Falso - Trata-se de numerais Cardinais. 
 
►Saiba Mais 
Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplos ou fração. 
Classificação 
1º Cardinais: um, dois, três, sete, catorze, cinqüenta, milhão, bilhão etc. 
2º Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc. 
3º Fracionário: meio, um terço, um sexto, vinte avos, centésimo, 
milionésimo etc. 
4º Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, óctuplo, décuplo etc. 
 
 Questão 2 
(B) Verdadeiro. As conjunções são conectivos utilizados nas 
articulações das idéias. 
 
►Saiba Mais 
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos 
de uma mesma oração. 
Joaquim escorregou e machucou a cabeça. 
Eu sei que você não foi à aula hoje 
 
Classificação das conjunções 
a) Conjunções coordenativas: ligam duas orações independentes. 
São elas: 
» aditivas: quando estabelecem uma relação de soma entre dois 
termos ou duas orações. São elas: e, nem, não só... mas também. 
Carlos não veio à reunião nem ligou avisando. 
» adversativas: estabelecem uma relação de oposição entre as orações. 
São elas: mas, porém, contudo, entretanto, não obstante, todavia. 
Quero contar-lhe uma coisa mas tenho medo 
» alternativas: estabelecem uma relação de alternância entre as 
orações. São elas: ou, ora...ora, ou...ou, quer...quer, já...já, seja...seja. 
Ora estuda, ora dorme. 
» conclusivas: exprimem idéia de conclusão ou conseqüência entre as 
orações. São elas: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, assim, por isso, 
por conseguinte, então. 
O homem pensa, logo existe. 
» explicativas: estabelece uma idéia de explicação entre duas orações. 
São elas: pois (anteposto ao verbo), porque, porquanto, que. 
 Ele agüentou a polêmica, pois provocou bastante. 
 
b) Conjunções subordinativas: ligam duas orações dependentes. 
São elas: 
» temporais: exprimem idéia de tempo. São elas: quando, enquanto, 
depois que, logo que, sempre que, senão quando. 
Quando você me deixou, quase morri. 
» condicionais: exprimem condição. São elas: se, salvo se, caso, 
contanto que, uma vez que, dado que, a menos que. 
Se não chover amanhã, iremos ao clube. 
» causais: exprimem idéia de causa. São elas: porque, porquanto, visto 
que, visto como. 
Janaina não comprou o carro porque não teve dinheiro. 
» finais: exprimem idéia de finalidade. São elas: para que, a fim de que, 
porque (=para que), que. 
 Correu muito para que não chegasse atrasado. 
» comparativas: estabelecem comparação. São elas: que, do que 
(depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), 
como, assim como, bem como, que nem. 
Ela é como sua mãe, alegre. 
» concessivas: exprimem concessão. São elas: embora, ainda que, 
posto que, por muito que. 
Embora estivesse exausta, fui trabalhar. 
» conformativas: exprimem idéia de conformidade. São elas: como, 
conforme, consoante, segundo. 
Entreguei o relatório, conforme você pediu. 
» consecutivas: exprimem com a segunda oração uma conseqüência ou 
resultado do que foi declarado na primeira. São elas: tão, tal, tanto, 
tamanho... que. 
A dor era tão forte que não pude sair 
» proporcionais: exprimem idéia de aumento ou diminuição, de 
simultaneidade. São elas: quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto 
menos, quanto mais, à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, 
quanto mais...menos, quanto menos...mais. 
Quanto mais se vive, mais se aprende. 
 
» integrantes: introduzem a segunda oração que completa o sentido da 
primeira. São elas: que, se, como. 
Espero que você seja feliz. 
 
Locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que tem o valor de 
conjunção. Veja algumas: 
ainda que 
à medida que 
por conseqüência 
visto qu 
 
 Questão 2 
(C) Falso. Na (l.13) estudioso não é uma adjetivo, trata-se do 
particípio do verbo estudar com valor de substantivo.Atente-se 
que o substantivo está precedido de artigo. 
 
►Saiba Mais 
O que é Derivação Imprópria? É comum ouvirmos expressões como 
"manifestação monstro", "concerto monstro" ou "comício monstro". Se 
olharmos no dicionário, vamos conferir que "monstro" é, primeiramente, um 
ser assustador, pavoroso. Trata-se em primeiro lugar de um nome, um 
substantivo. Mas veremos também que "monstro" é adjetivo, com a acepção 
de "muito grande", "fora do comum". Quando dizemos "espetáculo 
monstro", por exemplo, usamos a palavra "monstro" como adjetivo, para 
qualificar. Passa a significar "grande", "muito grande", "excessivamente 
grande". O emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical usual tem 
um nome: derivação imprópria. 
Exemplos: 
“O andar das pessoas nos incomoda.”. (verbo que virou substantivo) 
“Aquele engraçado não veio.”. (adjetivo que virou substantivo) 
“Seu não não vale como resposta.”. (o primeiro não era advérbio que virou 
substantivo) 
 
 
 Questão 2 
(D) Verdadeiro. Tratam – se de adjetivos restritivos. 
 
►Saiba Mais 
O adjetivo tem a função de expressar características, qualidades, estados, 
etc., dos seres. DICA » o adjetivo se refere sempre a um substantivo. 
Ayrton Senna foi um excelente piloto. 
-LOCUÇÃO ADJETIVA 
 Locução adjetiva é uma expressão constituída, geralmente, por preposição + 
substantivo e serve para dar características ao seres. 
 “A região de indústrias do Curado precisa de mais incentivos.”. 
 “As árvores sem flores simbolizam o outono.”. 
 
-FLEXÃO DO ADJETIVO 
(i) Gênero: masculino e feminino; 
(ii) Número: singular e plural; 
(iii) Grau: comparativo e superlativo. 
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GÊNERO DO ADJETIVO 
O adjetivo flexiona-se no mesmo gênero do substantivo a que se refere: 
Menino atrevido. (substantivo masculino – adjetivo masculino) 
Menina atrevida. (substantivo feminino – adjetivo feminino) 
 
Quanto ao gênero o adjetivo pode ser: 
- Uniformes; 
- Biformes. 
 
UNIFORMES 
Os adjetivos uniformes apresentam apenas uma forma tanto para o 
masculino como para o feminino. 
Homem gentil/ Mulher gentil. 
“Precisamos lutar por interesses comuns.”. 
 “A causa comum é defendida por todos.”. 
 
BIFORMES 
Os adjetivos biformes possuem duas formas distintas; uma para o masculino 
e outra para o feminino. 
O professor português/ A professora portuguesa 
Macarrão cru/ Pizza crua 
 
Os adjetivos biformes são formados pelas mesmas regras de flexão do 
substantivo (formação do feminino). 
 
NÚMERO DO ADJETIVO 
O adjetivo flexiona-se em número (singular/plural) para concordar com o 
substantivo que se refere. 
Casa desarrumada – substantivo singular – adjetivo singular 
Olhos azuis – substantivo plural – adjetivo plural 
 
DICA: na maioria das vezes os adjetivos fazem o plural seguindo as mesmas 
regras do substantivo. 
Carro novo/ Carros novos 
Cão feroz/ Cães ferozes 
Ternos azul/ Ternos azuis 
 
PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS 
Flexionamos, em geral, apenas o último elemento do adjetivo composto. 
Podemos seguir os seguintes passos para formar o plural dos adjetivos 
compostos: 
 
- analisamos o último termo, isoladamente: se for adjetivo, vai para o plural. 
Se ele, sozinho, não for adjetivo, permanece no singular; 
- o primeiro elemento permanece sempre no singular. 
 Lutas greco-romanas 
 Turistas luso-brasileiros 
 Entidades sócio-econômicas 
 Olhos verde-claros 
 
Observações: existem algumas exceções no plural dos adjetivos compostos, 
por exemplo: 
Azul-marinho/azul celeste » permanecem sempre invariáveis; 
Surdo-mudo » flexionam-se os dois elementos; 
 
Adjetivos que se referem à cor e o segundo elemento é um substantivo 
permanecem invariáveis. 
 Crianças surdas-mudas 
 Calças azul-marinho 
 Cortinas azul-celeste 
 Tintas branco-gelo 
 Camisas verde-limão 
 
 Permanecem, também, invariáveis adjetivos com a composição. 
 COR + DE + SUBSTANTIVO. Exemplos: 
 Blusa cor-de-rosa/ Blusas cor-de-rosa 
 
GRAU DO ADJETIVO 
 O grau do adjetivo demonstra a intensidade com que o adjetivo caracteriza 
substantivo. Há dois graus: 
- comparativo; 
- superlativo. 
 
GRAU COMPARATIVO 
Estabelece uma comparação entre dois seres de uma mesma característica 
que ambos possuem. Há três tipos de grau comparativo: 
(i) comparativo de superioridade: mais + adjetivo + que (do que) 
 “João é mais inteligente que Gabriel.”. 
 “Esse carro é mais caro do que rápido.”. 
 
(ii) comparativo de igualdade: tão + adjetivo + quanto (como) 
 “A sua casa é tão luxuosa quanto a minha.”. 
 “O linux é tão seguro quanto o Windows.”. 
 
(iii) comparativo de inferioridade: menos + adjetivo + que 
 “Juliana é menos alta que Karla.”. 
 
GRAU SUPERLATIVO 
Usa-se o grau superlativo para intensificar uma característica de um ser em 
relação a outros seres. Subdivide-se em: 
 
- superlativo absoluto » que pode ser sintético ou analítico; 
 
- superlativo relativo » que pode ser de superioridade ou inferioridade. 
 
SUPERLATIVO ABSOLUTO 
Analítico: é composto por palavras que dão idéia de intensidade + adjetivo. 
“Ele é um empresário muito competente.”. 
“O cão do vizinho é extremamente violento.”. 
 
Sintético: é composto pelo adjetivo + sufixo. 
 “As duplas sertanejas são riquíssimas.”. 
 “Ele é um fortíssimo candidato.”. 
 
SUPERLATIVO RELATIVO 
- De superioridade: o mais + adjetivo + de 
“Esse carro é o mais sofisticado do mercado.”. 
 
- De inferioridade: o menos + adjetivo + de 
“Júlio é o menos interessado da classe.”. 
 
Os adjetivos “bom”, “mau”, “pequeno” e “grande” possuem formas 
particulares para o comparativo e para o superlativo. Veja a tabela: 
 
ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO 
BOM MELHOR QUE ÓTIMO 
MAU PIOR QUE PÉSSIMO 
GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO 
PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO 
 
 
Texto IV (Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2003) 
O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que 
limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua 
primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado sobre o 
indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietário. Com a 
extensão dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo sociais, 
aqueles passam — pelo menos idealmente — a fazer mais do que limitar o 
governante: devem orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar 
direcionados a um aumento da qualidade de vida, que não se esgota na 
linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condição 
necessária, ainda que não suficiente. 
(Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da Ética, São Paulo: 
Senac, 2002, p.140) 
Questão 3 
(A) Na (l.6) ‘não ’ classifica-se como advérbio de negação. 
(B) Há paralelismo sintático entre o substantivo ‘ação’ (l.3) e 
‘atos’(l.6). 
(C) Na (l.7) o substantivo ‘direitos’ é classificado como substantivo 
concreto. 
 
 
Resoluções Comentadas 
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 Questão 3 
(A) Verdadeiro 
►Saiba Mais 
Advérbio é a palavra invariável que exprime circunstância e modifica o 
verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio. 
“Os atletas correram muito.”. 
“correram”: verbo 
“muito”: advérbio 
 
“Maria estava muito feliz.”. 
“muito”: advérbio 
“feliz”: adjetivo 
 
Classificação dos advérbios 
Os advérbios são classificados, de acordo com a circunstância que 
exprimem. 
» lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, adiante, 
defronte, onde, acima, abaixo, atrás, algures (= em algum lugar), alhures 
(=um outro lugar), nenhures (=em nenhum lugar), em cima, de cima, à 
direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, etc. 
» tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, 
sempre, nunca,jamais, cedo, tarde, antes, depois, já, agora, ora, então, 
outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, 
de repente, hoje em dia, etc. 
»modo: bem, mal, assim depressa, devagar, rapidamente, lentamente, 
facilmente, ( e a maioria dos adjetivos terminados em -mente), às claras, às 
pressas, à vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com 
rancor, sem medo, frente a frente, face a face, etc. 
» afirmação: sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, 
realmente, sem dúvida, por certo, com certeza, etc. 
» negação: não, absolutamente, tampouco, de modo algum, de jeito 
nenhum, etc. 
» intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, demais, 
tanto, deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão, de pouco, de todo, etc. 
» dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, etc. 
 
Advérbios interrogativos podem expressar circunstâncias de: 
lugar: onde, aonde, de onde 
tempo: quando 
modo: como 
causa: por que, por quê 
 
Flexão do advérbio 
 Alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no superlativo. 
 
» grau comparativo: 
De igualdade: tão+advérbio+quanto 
Cheguei tão cedo quanto queria. 
De superioridade: mais+advérbio+que 
Cheguei mais cedo que queria. 
De inferioridade: menos+advérbio+que 
Cheguei menos cedo que queria. 
 
» grau superlativo: 
Analítico: 
Minha amiga mora muito longe. 
 
Sintético: 
Não a visito porque ela mora longíssimo. 
O uso de advérbios no grau diminutivo pode indicar afetividade ou 
intensidade. 
Estou chegando pertinho, pertinho. 
Estive lá agorinha. 
 
Locuções adverbiais 
É a união de duas ou mais palavras que equivalem a um advérbio, forma-se 
de preposição mais um substantivo ou advérbio. Veja alguns exemplos: 
às vezes 
às escuras 
às claras 
às cegas 
às pressas 
vez por outra 
de tempos em tempos 
de onde em onde 
 de qualquer modo 
de cima 
de cor 
de propósito 
em breve 
de quando em vez 
pouco a pouco 
 
(B) Falso. 
 
Lembre-se: 
Quando comandos de questões tratarem de paralelismo sintático, as 
palavras ou termos destacados devem exercer a mesma função sintática. 
Observe: 
Há paralelismo sintático no que concerne aos substantivos destacados no 
texto abaixo: 
“A moça entrou e viu o copo estendido no chão. Ela não esperava viver tal 
situação.”. 
(Ambos exercem a função sintática de objeto direto, respectivamente do 
verbo viu e viver.). 
 
(C) Falso. Trata-se de substantivo abstrato. 
 
►Saiba Mais 
SUBSTANTIVO é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser 
classificados da seguinte forma: 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO 
CONCRETO: É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários. 
Reais > Brasil. 
Imaginários > bruxa. 
 
ABSTRATO: É aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, 
estados e sensações. 
Sentimento: amor, ódio, paixão; 
Qualidade: honestidade, fidelidade; 
Ações: trabalho, doação; 
Estado: vida, solidão, morte; 
Sensação: calor, frio. 
 
COMUNS: É aquele que indica elementos de uma mesma espécie. 
Criança, cidade, livro. 
 
PRÓPRIO: É aquele que indica um ser em particular. 
Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil. 
 
Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, 
mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma 
mesma espécie. 
Constelação » estrelas; 
Cáfila » camelos. 
 
Vejamos alguns substantivos coletivos: 
 Alcatéia » lobos; 
Arquipélago » ilhas; 
Banca » examinadores, advogados; 
Boiada » bois; 
Cacho » bananas, uvas; 
Década » período de dez anos; 
Discoteca » discos; 
Enxame » abelha, insetos; 
Esquadrilha » aviões; 
Fauna » animais de uma região; 
Frota » carros, ônibus; 
Lustro » período de cinco anos; 
Manada » bois, porcos; 
Pinacoteca » quadros; 
Quadrilha » ladrões; 
Rebanho » gado, ovelhas; 
Resma » quinhentas folhas de papel; 
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Século » período de cem anos; 
Triênio » período de três anos; 
Vocabulário » palavras. 
 
FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO 
Quanto à formação o substantivo pode ser: Primitivo; derivado; 
simples; composto. 
 
PRIMITIVO 
Dá origem a outras palavras. Exemplos: pedra, ferro, vidro. 
 
DERIVADO 
É originado através de outra palavra. Exemplos: pedreira, ferreiro, 
vidraçaria. 
 
SIMPLES 
Apresenta apenas um radical na sua formação. Exemplos: vidro, pedra. 
 
COMPOSTO 
Apresenta dois ou mais radicais na sua formação. Exemplos: 
pernilongo, couve-flor. 
 
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO 
Por ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar: 
(i) Gênero: masculino ou feminino; 
(ii) Número: singular ou plural; 
(iii) Grau: aumentativo ou diminutivo. 
 
GÊNERO DO SUBSTANTIVO 
Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será 
masculino o substantivo que admitir o artigo “o” e feminino aquele que 
admitir o artigo “a”. Exemplos: 
O avião/ o calçado/ o leão 
A menina/ a camisa/ a cadeira 
 
SUBSTANTIVO BIFORME 
Na indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, 
geralmente, ao sexo do ser, havendo, portanto, uma forma para o masculino 
e outra para o feminino. Exemplos: 
Garoto – substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino; 
Garota – substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino. 
 
FORMAÇÃO DO FEMININO 
O feminino pode ser formado das seguintes formas: 
 - trocando a terminação o por a: 
 Moço/ moça 
Menino/ menina 
 
- trocando a terminação e por a: 
Gigante/ giganta 
Mestre/ mestra 
 
- acrescentando a letra a: 
Português/ portuguesa 
Cantor/ cantora 
 
- mudando-se ao final para ã, ao, ona: 
Catalão/ catalã 
Valentão/ valentona 
Leão/ leoa 
 
- com esa, essa, isa, ina, triz: 
Conde/ condessa 
Príncipe/ princesa 
Poeta/ poetisa 
Czar/ czarina 
Ator/ atriz 
 
- por palavras diferentes: 
Cavaleiro/ amazona 
Padre/ madre 
Homem/ mulher 
 
SUBSTANTIVOS UNIFORMES 
 Há substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o 
masculino quanto o feminino. Podemos classificá-los em: epicenos; 
sobrecomuns; comuns de dois gêneros. 
 
EPICENOS 
São substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. 
Para indicar o sexo são utilizadas as palavras “macho” ou “fêmea”. Exemplos: 
Cobra macho/ cobra fêmea 
Peixe macho / peixe fêmea 
Jacaré macho/ jacaré fêmea 
 
SOBRECOMUNS 
 São substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto 
para o masculino como para o feminino. Exemplos: 
 A criança – masculino ou feminino 
 O indivíduo – masculino ou feminino 
 A vítima – masculino ou feminino 
 
COMUNS DE DOIS GÊNEROS 
 São substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e 
para o feminino. A distinção se dá através do artigo, adjetivo ou pronome. 
Exemplos: 
O motorista/ a motorista 
Meu colega/ minha colega 
Bom estudante/ boa estudante 
 
 
Questões de prova 
 
Questão 1- 
O ser humano não pode ser definido em relação a ele mesmo, porque 
não é um sujeito isolado, vive em relação com as coisas, com os outros e com 
o mundo, mesmo antes de pensar e de falar. Esta presença não é somente 
observável como também um fato vivido, isto é, quer dizer que o ser 
humano se manifesta no ser a cada instante. Nessa responsabilidade, inclui, 
às vezes, o eu e, às vezes, o outro, num equilíbrio que se faz de uma parte 
entre poder cuidar de si mesmo e, de outra, poder cuidar dos demais. 
Através dessa construção coletiva, os homens fazem e criam sua historia e, 
nessa construção-criação, o cuidado torna-se um processo, não apenas um 
ato.Ato este que envolve o cuidar de si e do outro, mais o cuidado como 
possibilidade de continuidade da espécie, gozar a vida com qualidade e com 
liberdade. 
(Adaptado de Carlos Altemir Schmitt, O cuidado e a responsabilidade: reflexão sobre a ética estabelecida no mundo do consumo desmedido, 
www.crescer.org) 
Questão- Assinale o termo sublinhado do texto que apresenta 
ambivalência, ou seja, para conferir coerência ao texto, tanto pode receber a 
interpretação de substantivação do verbo quanto a interpretação de 
substantivo concreto. 
a) “ser” 
b) “pensar” 
c) “ser” 
d) “cuidar” 
e) “cuidar” 
 
2. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A 
lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada – Por quê 
−, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão 
culto escrito, é a da frase: 
 (A) Eu não sei o ...... de sua indecisão. 
(B) ...... foi tão inábil na condução do problema? 
(C) Ele está tão apreensivo ......? 
(D) Decidiu-se somente ontem ...... dependia de consulta à família. 
(E) A razão ...... partiu sem avisar ainda é desconhecida. 
 
3. (FCC/2011/TRF 1ª Região/Técnico Judiciário/Segurança e Transporte) 
...porque tudo lá foi feito ali mesmo... 
A grafia da palavra destacada acima está correta, como acontece com a 
sublinhada em: 
(A) Não sabia porque deveria incriminá-lo, por isso não o culpou de 
nada. 
(B) Reconheceram-lhe o mérito porque foi ela quem garantiu o 
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8 
Produzindo Resultados Positivos 
excelente acordo. 
(C) Perguntou-me a razão de minhas restrições ao programa, mas ele 
bem sabe porque. 
(D) Porque haveria de contrariar suas orientações? 
(E) Busca o porque da polêmica, mas não encontra nada que a 
justifique. 
 
4. (FCC/2012/TRF-2ª Região/Analista Judiciário/Área Administrativa) 
Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em: 
(A) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua 
localização estratégica, a importância de que goza atualmente está na 
relevância histórica porque é reconhecida. 
(B) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de 
ser poesia e história, por que o tempo a escolheu para ser preservada e a 
natureza, para ser bela. 
(C) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser 
prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque ela nasceu para disciplinar o 
turismo. 
 (D) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de 
esquecimento? 
Criou-se uma estrada de ferro, eis porque. 
(E) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre 
deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou se tornando um atraente 
centro turístico. 
 
 
Gabarito: 
 
Questão 1 C 
Questão 2 C 
Questão 3 B 
Questão 4 C 
 
Lista de exercícios complementares 
 
Questões de provas do Cespe comentadas 
 
01. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das 
estruturas lingüísticas do texto I, marrque certo ou errado. No segundo 
parágrafo do texto, o termo ‘o’ que precede ‘que’ (L.1), ‘fato’ (L.1) e ‘tempo’ 
(L.1) classifica-se como artigo nas três ocorrências. 
 
“Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, 
um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é 
o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele 
mesmo.” 
 
02. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) As 
palavras “singular” (L.1) e “dramática” (L.3) qualificam, respectivamente, os 
substantivos “decisão” (L.1) e “dimensão” (L.3). 
 
“Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de 
Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios 
bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam 
receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema 
prisional.” 
 
03. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Na primeira 
linha do texto, os termos “azul”, “dramático” qualificam, respectivamente, os 
substantivos “planeta” e “paradoxo”. 
 
“O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços 
da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas 
não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas 
necessidades. “ 
 
04. TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “fazia um 
calor dos infernos quase o ano inteiro” (L.1), a substituição de “dos infernos” 
por infernal manteria a correção gramatical e o sentido do texto. 
 
“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos 
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca 
foram tão bonitas, embora tão poucas.” 
Assinale certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais 
do texto acima. 
 
05. 
 
06. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) A palavra segundo 
está sendo empregada como numeral em: “Segundo o Dicionário Aurélio da 
Língua Portuguesa” (L.1). 
 
 “Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “cidadania é a 
qualidade ou estado do cidadão”.” 
 
07. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Os termos “Segundo” (L.2) e 
“primeiro” (L3-4) pertencem à mesma classe gramatical. 
 
“Obesidade é acúmulo de gordura corporal, ocorre 22 quando a 
quantidade de energia ingerida supera o gasto energético, por um tempo 
considerável. Segundo especialistas, há quatro tipos de obesidade: 
alimentar, metabólica, medicamentosa e genética. A maioria dos casos se 
refere ao primeiro.“ 
 
08. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O emprego do artigo, em “o 
pregar é em tudo comparável ao semear” (L.2), coloca os verbos “pregar” e 
“semear” em função própria de substantivos. 
 
“No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela 
real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável 
ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de 
arte; caya onde cahir.”” 
 
09 . (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Na linha 2, o 
termo “só é possível” indica que “ser” está empregado como verbo, não 
como substantivo, sinônimo de pessoa. 
 
“As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões 
fundamentais de todas as experiências humanas. O ser, de modo geral, só é 
possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.” 
 
10. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A substituição de 
“ensinamos-lhes” (L.2) por ensinamos a elas preservaria tanto a 
correção gramatical do texto quanto as relações semânticas expressas no 
trecho em questão. 
 
Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências 
de identidade civil a que nós nos submetemos com naturalidade. Assim que 
nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus 
pais e sua idade. 
 
11. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em “quem o respira” 
(L.1), “o” é pronome que exerce a função coesiva de retomar o termo 
nominal antecedente “ar” . 
 
“A propósito da poluição do ar, sabendo-se que ela afeta não apenas 
quem o respira, não chegam a surpreender descobertas e constatações 
recentes.” 
 
12. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “deixa-me 
experimentar primeiro” (L.1), o pronome exerce a função de complemento 
das formas verbais “deixa” e “experimentar”. 
“— Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.” 
 
13. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) As duas ocorrências do 
pronome “ela” (linha 2 e 3) se referem ao mesmo antecedente: “A política de 
comércio exterior do Brasil” (linha1). 
 
“A política de comércio exterior do Brasil envolveu historicamente um 
grande debate nacional. Governo e lideranças sociais a ela vincularam as 
possibilidades do desenvolvimento econômico, desde as suas origens, na 
primeira metade do século XIX. Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes 
paradigmas de inserção internacional:” 
 
14. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) E a substituição de 
Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
9 
Produzindo Resultados Positivos 
“daqueles” (L.2) por “dos” prejudica a correção gramatical do texto. 
“A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, 
semprenos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao 
comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria 
da comunidade.” 
 
15. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) No trecho “alívio dos que” 
(L.1), a substituição de “dos” por daqueles prejudica a correção gramatical 
do período. 
 
“O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na 
Espanha, conseguem passar pelo controle de imigração do Aeroporto 
Internacional de Barajas não dura muito tempo.” 
 
16. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Na linha 3, o vocábulo 
“cujo” estabelece relação sintático-semântica entre os termos “resultado” e 
“Comissão de Anistia”. 
 
“E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em 
Rio Branco, na forma de uma portaria assinada pelo ministro da Justiça, 
Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da 
Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, 
da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do 
século passado.” 
 
17. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Nos trechos “que desde 
muito tinham notícias dos nossos dois amigos” (L.1) e “que a filosofia bastava 
ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente” , os elementos gramaticais 
grifados exercem a mesma função sintática. 
 
“Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois 
amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus 
escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, 
papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com 
simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo 
era um dissolvente.” 
 
18. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A substituição de “com 
que” (L.2) por com a qual prejudica a correção gramatical do período. 
 
“A possibilidade de utilização de um ou de outro combustível, 
conforme sua necessidade e seu desejo, dá ao consumidor uma liberdade de 
escolha com que ele não contava em experiências anteriores de uso do 
álcool como combustível automotivo.” 
 
19. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A 
correção gramatical do texto seria mantida se o pronome “que”, em “que me 
escapavam” (L.2), fosse substituído por quê. 
 
“Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar o tempo 
todo e murmurando palavras que me escapavam, temia que me abordasse 
para conversar sobre o filho.” 
 
20 .(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O pronome relativo 
“onde” foi empregado como uma referência a local, como exige a norma 
padrão, em “onde os que eram chamados se organizavam para, de comum 
acordo, deliberar sobre decisões” (linha 10-11). 
“ágora (praça pública onde os que eram chamados se organizavam 
para, de comum acordo, deliberar sobre decisões).” 
 
21. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) O pronome 
relativo “cujo” (L.3) mostra que o “impacto” (L.3) que “poderia reduzir ou 
reforçar as desigualdades” (L. 3-4) é o das “pesquisas” (L.5). 
 
“Entraram em cena, então, duas variáveis, as redes sociais e o espaço 
urbano, que ajudaram no entendimento dos mecanismos que associam 
processos macro e estruturas com ações micro, ligadas ao indivíduo e ao 
comportamento familiar, cujo impacto poderia reduzir ou reforçar as 
desigualdades. Mesmo a religião e o lazer entraram no escopo das 
pesquisas.” 
 
22. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Preservam-se a correção 
gramatical e a coerência entre as orações do texto ao se substituir “em que” 
(L.1) por onde. 
 
“Breno é o retrato das oportunidades para jovens numa empresa em 
que mais da metade dos funcionários têm menos de 35 anos.” 
 
23. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Os segmentos “cujo 
avanço permanente” (L.1) e “cuja função” (L.3) equivalem, no texto, 
respectivamente, a o avanço permanente da área de tecnologia e a função 
do farmacoeconomista. 
 
“Muitas dessas ocupações estão ligadas à área de tecnologia, cujo 
avanço permanente cria novas demandas por gente mais especializada. 
(...) 
... diagnosticando profissionais que faltam às empresas; e o 
farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um 
remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício. 
 
24. (TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Na linha 1, o pronome 
relativo “onde” se refere ao adjunto adverbial “numa cidade”. 
 
“Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos 
quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca 
foram tão bonitas, embora tão poucas.” 
 
25. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Na oração “em que o 
acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia” (linha1-2), a substituição 
de “em que” por onde manteria o sentido original e a correção gramatical do 
texto. 
 
“Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige 
duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de 
Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio.” 
 
 
Questões Gerais de Morfologia 
1 E 11 C 21 C 
2 C 12 E 22 C 
3 C 13 C 23 C 
4 C 14 E 24 C 
5 15 E 25 E 
6 E 16 C 
7 E 17 E 
8 C 18 E 
9 E 19 E 
10 C 20 C 
 
 
Acentuação Gráfica 
* A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre 
determinadas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de 
acentuação do idioma. 
 
 Acentos gráficos: 
• o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do 
grupo em, indica que essas letras representam as vogais tónicas 
da palavra: carcará, caí, armazém. Sobre as letras e e o, indica, 
além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu, léxico. 
OBS: Nem sempre o acento agudo indica vogal aberta. Pode, tão somente, 
quando sobreposto a i e u, assinalar vogal tónica: tímido, caí, túmulo, baú. 
o acento circunflexo ( ^ ) - colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de 
tonicidade, timbre fechado: lâmpada, pêssego, supôs, vêem, Atlântico. 
• o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: 
alemã, órgão, portão, expõe, corações, ímã. 
• o acento grave ( ` ) - indica a ocorrência da fusão da preposição a 
com os artigos a e as, com os pronomes demonstrativos a e as e 
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10 
Produzindo Resultados Positivos 
com a letra a inicial dos pronomes aquele, aquela, aqueles, 
aquelas, aquilo: à, às, àquele, àquilo. 
Regras básicas 
As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as 
palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua 
portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: 
• proparoxítonas - são todas acentuadas. Têm a antipenúltima 
sílaba tônica e, nesse caso, é a sílaba que leva acento. É o caso de: 
lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, óptimo, 
víssemos, flácido. 
• paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e 
justamente por isso as que recebem menos acentos. Têm a 
penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em: i, 
is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. us, um, uns, on, ons: vírus, 
bónus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns. l, n, r, ei, x, ps': 
incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, 
caráter, revólver, jóquei, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps, 
Quéops. ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, 
órfãos, sótãos. ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou 
não de s: água, árduo, pónei, cáries, mágoas, jóqueis. 
• oxítonas - Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que 
terminam em: a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá. e, es: você, 
café, Urupês, jacarés. o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, 
cipó, mocotó. em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, 
também, ninguém. 
• monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em: a, as: 
pá, vá, gás, Brás, cá, má. e, es: pé, fé, mês, três, crê. o, os: só, xô, 
nós, pôs, nó, pó, só. 
Regras Especiais• ditongo - abertos tónicos quando em palavras oxítonas 
éi: anéis, atéia, papéis 
éu: céu, troféu, véu 
ói: constrói, dói, herói 
 
• hiato - i e u nas condições: 
sejam a segunda vogal tônica de um hiato ; 
formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba ; 
não sejam seguidas pelo dígrafo nh ; 
não forem repetidas (i-i ou u-u) ; 
não sejam, quando em palavras paroxítonas, precedidas de ditongo ; 
ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; 
vi-ú-vo; heroína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de. 
Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não 
do s). Palavras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por 
serem oxítonas, mas por o i e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato. 
[editar] Acento diferencial 
 
• O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia 
semelhante. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - 
nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar dos da direita: 
pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do ind. de poder) 
pôr (verbo) - por (preposição) 
fôrma (substantivo) - forma (substantivo e verbo) 
O acento em "fôrma" pode ser considerado opcional 
 
Exercícios de Acentuação Gráfica 
 
1- As palavras que recebem acento gráfico pela mesma 
norma gramatical estão reunidas em: 
a) aderência, fábricas, irreversível. 
b) transferência, série, contrário. 
c) fácil, veículos, tecnológica. 
d) tecnológicos, médio, possível. 
e) eletrônico, automóvel, rápido. 
 
2- Considere a palavra agronegócio. 
A mesma razão gramatical também justifica o acento 
gráfico em: 
a) responsável, máquinas, além. 
b) vários, petróleo, ineficiência. 
c) últimos, armazéns, países. 
d) país, agropecuária, agrícolas. 
e) dólar, três, níveis. 
 
3- Palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma 
razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas 
em: 
a) negócios e únicos. 
b) município e amazônica. 
c) mantém e tamanduás. 
d) tucunarés e santuários. 
e) Ecológicos e tuiuiús. 
 
4- As palavras do texto que recebem acento gráfico pela 
mesma razão que o justifica nas palavras ofício e idéias, 
respectivamente, são: 
a) único e história. 
b) salários e Niger. 
c) inteligências e notável. 
d) período e memória. 
e) agência e heróicas. 
Observação sobre a nova ortografia oficial: 
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________ 
 
5- A expressão em que ambas as palavras recebem acento 
gráfico pela mesma razão gramatical é: 
a) recém-concluído. 
b) várias consequências. 
c) pólos econômicos. 
d) período favorável. 
e) violência no país. 
 
6- A mesma regra que justifica a acentuação no vocábulo 
início aplica-se em: 
a) técnica. 
b) idéia. 
c) possível. 
d) jurídica. 
e) vários. 
 
7- Se passamos o dia entre esses pólos de flutuação… (3º 
parágrafo) 
A frase em que se emprega uma palavra acentuada pela 
mesma norma que justifica o acento gráfico no vocábulo 
grifado acima é: 
a) A tristeza é um sentimento saudável na vida das pessoas. 
b) A vida pára e perde seu significado em momentos de 
tristeza. 
c) Com freqüência, sentimo-nos tristes, sem mesmo saber o 
motivo. 
d) Pesquisadores apontam com segurança o caráter 
inconstante da felicidade. 
e) Após momentos de grande felicidade podem surgir 
sentimentos de tristeza. 
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11 
Produzindo Resultados Positivos 
Observação sobre a nova ortografia oficial: 
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________ 
 
8- As palavras acentuadas pela mesma razão que justifica os 
acentos na expressão domínio econômico, são 
a) história notável. 
b) trânsito difícil. 
c) prejuízo público. 
d) experiência política. 
e) heroísmo extraordinário. 
 
9- As palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão 
que o justifica em vários, são: 
a) estômago e provável. 
b) ocorrência e predatório 
c) influência e insaciável. 
d) marítimas e também. 
e) número e até. 
 
10- Recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica 
na palavra obediência: 
a) provisória e princípio. 
b) caráter e público. 
c) ordinárias e ninguém. 
d) ignorância e só. 
e) além e monetário. 
 
11- A norma gramatical que justifica o acento gráfico na 
palavra década é: 
a) Monossílabos tônicos devem ser sempre acentuados. 
b) Palavras oxítonas terminadas em a recebem acento agudo. 
c) Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente 
recebem acento gráfico. 
d) O acento agudo é utilizado para assinalar a existência de 
um hiato numa palavra paroxítona terminada em a. 
e) São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. 
Gabarito acentuação 
 
1)B 6) E 11) E 
2)B 7) B 
3)C 8) D 
4)E 9) B 
5)B 10) A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Predicação Verbal 
Predicação Verbal: é o estudo das transitividades verbais, ou seja, cabe-nos 
analisar o verbo quanto à sua transitividade. 
 
 Tipos de Verbo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1) Verbo de Ligação: é todo verbo que liga o sujeito a um estado, uma 
característica. 
A característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação 
denomina-se Predicativo do sujeito. 
 
 Suj + VL + Pred.Suj 
Ex. Os parlamentares estavam ansiosos. 
 suj. v.lig. pred.suj. 
 
 Importante: Sempre que houver verbo de ligação, haverá obrigatoriamente 
predicativo do sujeito. Porém a recíproca nem sempre é verdadeira. 
Os brasileiros ficaram perplexos. 
 Suj. v.lig. pred.Suj. 
 
Os brasileiros assistem ao filme perplexos 
 Suj. v.t..i obj.ind. pred.Suj. 
 
2) Verbo Intransitivo (V.I): é o verbo que, por ter sentido completo, não 
exige nenhum termo que lhe completa o sentido. Isso significa que o verbo 
intransitivo não exige complemento verbal (Objeto). 
As flores chegaram rápido. 
 Suj. v.intr. 
Os sabias assobiavam no sertão. 
 Suj. v.intr. 
 
3) Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que não exige preposição 
iniciando seu objeto. Logo o Objeto será classificado como: Objeto Direto 
(OD) 
 
Os candidatos leram os manuais. 
 Suj. v.t.d obj.dir 
Ele analisou, rapidamente, a nossa proposta. 
 Suj. v.t.d Loc.Adv.Modo obj.dir 
 
 
 
 
 
4) Verbo transitivo Indireto (VTI): é o verbo iniciado por preposição. Logo o 
Objeto será classificado como: Objeto Indireto (OI) 
 
 
Nunca desista de seus sonhos. 
 v.t.i obj.ind 
 
Elas assistem ao bom filme. 
 v.t.i obj.ind. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Verbo de 
ligação 
 (V.L) 
• Verbo Intransitivo (V.I) 
• Verbo Transitivo Direto (VTD) 
• Verbo transitivo Indireto (VTI) 
•Verbo transitivo Direto e 
Indireto (VTDI) 
►Dica: é importante uma revisão das preposições 
essenciais e acidentais. 
Preposições essenciais: a, ante, até, após, com, 
contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), 
sem, sob, sobre, trás. 
Preposições acidentais: conforme, consoante, 
segundo, durante, mediante, visto, como, etc. 
 
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5) Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): éo verbo que exige dois 
objetos: um deles sem preposição (OD) e outro com preposição (OI) 
 
A intuição ofereceu novos cargos aos funcionários 
 v.t.d.i obj.dir obj.ind 
 
O jornal informa as notícias ao povo 
 v.t.d.i obj.dir obj.ind 
 
DIMP: Alguns verbos podem mudar de significado quando sua transitividade 
é alterada. 
 
Os moradores aspiram o ar poluído das grandes fábricas. 
 v.t.d. obj.dir. 
 
Os moradores aspiram ao trânsito seguro. 
 v.t.i. obj.ind. 
 
 
6) Verbo transobjetivo: é o verbo que apresenta um objeto e um 
predicativo desse objeto. 
Verbo transobjetivo 
v.t.d + obj.dir + pred.obj.dir. 
v.t.i + obj.ind. + pred.obj.ind. 
 
O juiz considerou o resultado satisfatório. 
 v.t.d. obj.dir. pred.obj.dir. 
 
 Chamei-lhe de mentiroso. 
 v.t.i obj.ind. pred.obj.ind 
 
DIMP: Dizer que um verbo é transobjetivo é observar a existência de 
predicativo. 
 
Estudo das vozes verbais 
Atenção: Quando um verbo exprime idéia de ação ele pode flexionar-se para 
indicar quem pratica e quem recebe essa ação. A essa flexão do verbo damos 
o nome de voz verbal. 
 
Quadro: 
 Voz Ativa 
• Comportamento do sujeito: O sujeito é agente (pratica ação) 
 
 O concursando fez provas. 
 Suj.Ativo v.t.d obj.dir 
 
 Voz Passsiva 
• comportamento do sujeito: o sujeito é paciente (recebe a ação) 
 Provas foram feitas pelo concursando(Passiva Analítica) 
 Lavam-se carros (Passiva Sintética) 
 
Passiva Analítica: (Locução verbal + agente da passiva) 
 Os livros foram lidos pelo aluno. 
 suj.passivo LV Ag.da passiva. 
 
Passiva Sintética: (apresenta partícula “SE”) 
Vendeu-se uma casa. 
 v.i suj.passivo. 
 
Voz Reflexiva 
•comportamento do sujeito: o sujeito é agente e paciente da ação. 
Os alunos olhavam-se no espelho. 
A criança cortou-se com a faca. 
 
Estudo da partícula “SE” 
 
1°Pronome Reflexivo (P.R): 
a) Com o verbo transitivo direto, quando o sujeito sofre a ação que 
pratica – Dimp: Na análise sintática este “se” é Objeto Direto. 
A senhora levantou-se 
O rapaz cortou-se 
b) Com o verbo transitivo direto e indireto e objeto direto explícito, 
quando o sujeito recebe a ação que pratica. Dimp: Na análise 
sintática este “se” é o Objeto indireto. 
O réu arrogou-se o direito de julgar. 
O deputado reservou-se uma outra gratificação. 
Obs. Os objetos diretos são: “direito” e “outra gratificação” 
2° Parte Integrante do Verbo (PIV): 
 Os verbos são tipicamente pronominais, ou seja, não podem ser 
conjugados sem auxilio de pronomes.Dimp: Na análise sintática a parte 
integrante do verbo não tem função sintática. 
 Todos se arrependeram das mentiras. 
 Ela dignou-se com os resultados. 
3° Partícula Apassivadora (PA) 
 A partícula “se”será classificada como P.A se acompanhada de: 
VTD ou VTDI 
 
Dimp: o antigo O.D é transformado em sujeito passivo. 
 Compraram-se jóias 
 Mandaram-lhe flores. 
 
4° Partícula de indeterminação do sujeito (PIS) 
 A partícula “se” será classificada como PIS se acompanhada de: 
VTI, VI, VL. 
 Precisa-se de bons funcionários 
 Aspira-se ao sucesso. 
 
Questões de prova 
01. (Prefeitura Salvador -BA- 2008) 
... a literatura carioca já registrava com freqüência o termo samba. 
Transpondo para a voz passiva, a forma verbal grifada passa a ser, 
corretamente, 
(A)registrou. 
(B)devia registrar. 
(C)fora registrado. 
(D)era registrado. 
(E)seria registrada. 
 
02-. (TRF5R 2008) 
A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados é habitada por centenas 
de milhares de plantas ... (1º parágrafo) 
Transpondo para a voz ativa a frase acima, a forma verbal grifada passará a 
ser, corretamente: 
(A)habitam. 
(B)habitou. 
(C)habitava. 
(D)tinha habitado. 
(E)eram habitadas. 
 
03. (TRF5R 2008) 
A frase que admite transposição para a voz passiva é: 
(A) A prova de que não somos uma coisa só está em cada dia que amanhece. 
(B) Outro dia recortei da Internet este fragmento de um blog (...). 
(C) A humanidade não tem jeito. 
(D) O pessimista não é inimigo das idealizações, muito pelo contrário. 
(E) Nem tudo está perdido. 
 
04. (TJ/PE - Tec Adm 2007) 
 ... que antecipam a chegada do elevador. 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal correta passa 
a ser: 
(A) antecipa. 
(B) é antecipada. 
(C) foi antecipada. 
(D) tinha antecipado. 
(E) foram antecipadas. 
 
05-Transpondo-se para a voz passiva a frase A privação da substância produz 
sintomas, obtém-se a forma verbal 
(A) é produzida. 
(B) produz-se. 
(C) eram produzidos. 
(D) são produzidos. 
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13 
Produzindo Resultados Positivos 
(E) foram produzidos. 
 
06- Passando para a voz passiva a frase A escrita das leis e atos normativos 
(....) retiraria elementos da escrita usual, obtém-se a forma verbal 
(A) teriam sido retirados. 
(B) retirar-se-ia. 
(C) seriam retirados. 
(D) teriam retirado. 
(E) tinham sido retirados. 
 
07- A comunidade européia e o governo norte-americano anunciaram, nos 
últimos meses, fundos para esses estudos. 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser: 
(A) foram anunciados. 
(B) estão anunciando. 
(C) foi anunciado. 
(D) foi anunciada. 
(E) anunciou. 
 
08- Transpondo-se para a voz passiva a frase Os velhinhos viam muito pouca 
coisa, a forma verbal resultante será 
(A) era vista. 
(B) tinha sido vista. 
(C) tinham visto. 
(D) fora visto. 
(E) eram vistos. 
 
09- (MPU - Tec Adm 2007) 
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é: 
(A) Fiquei observando a construção caprichosa da teia da aranha. 
(B) Os vegetarianos não fiquem aliviados. 
(C) Tudo isso compõe uma trama de vida e morte. 
(D) Eu teria reservado um melhor arremate para esta crônica. 
(E) A natureza vai explicitando suas verdades o tempo todo. 
10. (TRE/PB - Analista 2007) 
A construção que NÃO admite transposição para a voz passiva é: 
(A) Os astrônomos antigos colocaram-na no centro do universo. 
(B) A mensagem chegou com o título de “A Bela Azul”. 
(C) O coração coloca as razões do amor no centro do universo. 
(D) Anunciam os cientistas a agonia de nossa Bela Azul. 
(E) A presença da natureza por vezes nos desvia da leitura de um livro. 
 
11. (PM/BA Soldado PM 2007) Transpondo-se para a voz ativa a frase As 
ações repressivas passam a ser legitimadas pelo referendo da 
população, a forma verbal resultante será 
(A) passa a legitimar. 
(B) passam a legitimar. 
(C) legitimam-se. 
(D) têm passado a se legitimar. 
(E) passam a legitimar-se. 
 
12. (TRE/MS - Analista 2007) NÃO admite transposição para a voz passiva a 
seguinte construção: 
(A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade 
indisciplinada. 
(B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro depende de uma 
combinação de múltiplas iniciativas. 
(C) A leitura responsável de um texto sempre considerará a possibilidade 
de seus múltiplos sentidos. 
(D) A maioria dos professores considera tão somente uma solução única 
para cada problema. 
(E) O método dialético estimula, acima de qualquer certeza dogmática, a 
valorização das contradições. 
 
13-Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais 
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser: 
(A) pode ser patrocinado. 
(B) podem ser patrocinadas. 
(C) pode ter sido patrocinado. 
(D) têm o poder de patrocinar. 
(E) estarão podendo patrocinar. 
 
14-... O Sudeste está descortinando sua vocação para os serviços. 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser, 
corretamente: 
(A) estão descortinando.(B) serão descortinados. 
(C) vai ser descortinada. 
(D) está sendo descortinada. 
(E) estão para ser descortinados. 
 
15-.... o indivíduo exerce livremente sua atividade. 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, obtém-se a forma verbal 
(A) exercerá. 
(B) é exercida. 
(C) pode exercer. 
(D) terá exercido. 
(E) terá como exercer. 
 
16- Isto, por sua vez, converte as pessoas em funcionários de turno do 
sistema... 
Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser, 
corretamente. 
(A) converteu-se. 
(B) é convertido. 
(C) tinham convertido. 
(D) são convertidas. 
(E) deveriam ser convertida. 
 
17-Transpondo-se para a voz passiva a frase Estas adquiriram maior 
consciência de seus direitos, a forma verbal resultante será: 
(A) foi adquirida. 
(B) foram adquiridos. 
(C) têm adquirido. 
(D) foi adquirido. 
(E) tem sido adquirida. 
 
18-Transpondo-se para a voz passiva a frase A cesta de bens inclui apenas os 
alimentos mínimos necessário à subsistência, a forma verbal resultante será 
(A) está incluído. 
(B) estarão incluídos. 
(C) são incluídos. 
(D) terão sido incluídos. 
(E) têm sido incluídos. 
 
19-... pequenos agricultores e assentados também aumentam o problema. 
Transpondo-se para a voz passiva a frase acima, a forma verbal passará a ser 
(A) aumenta. 
(B) é aumentado. 
(C) aumentou. 
(D) está aumentando. 
(E) foram aumentados. 
 
20-NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: 
(A) O réu jamais admitiu a culpa. 
(B) Entraves burocráticos dificultam a distribuição de justiça. 
(C) Os mais cínicos colecionam “atestados de inocência”. 
(D) Mas nem sempre isso acaba por ocorrer. 
(E) Ele ignorou a importância dos detalhes. 
 
21-Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em não haja 
registro de que alguém tenha usado sua espada para silenciar alguém, a 
forma resultante será: 
(A) fosse usada. 
(B) usasse. 
(C) tivesse usado. 
(D) tinha sido usada. 
(E) tenha sido usada. 
 
22- (TRE/MS - Tec Adm 2007) ... que a mudança de comportamento se 
deve ao colapso da estrutura familiar dos elefantes ... 
A forma verbal correta e de sentido equivalente ao da que se encontra 
grifada na frase acima é: 
(A) tinha sido devido. 
(B) deveria ser devida. 
(C) será devida. 
Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 
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Produzindo Resultados Positivos 
(D) foi devido. 
(E) é devida. 
 
(Auditor/CE -2003) 
Questiona-se também o fato de o crescimento capitalista não estar centrado 
nas necessidades, aspirações e recursos dos povos e nações, mas na 
propensão ao consumo daqueles indivíduos e países que têm poder de 
compra. 
Questão 23 - A expressão “Questiona-se” pode ser substituída pela forma 
correspondente É questionado. 
 
(Auditor/CE -2003) 
 “...o trabalho humano é substituído por “forças naturais” de animais 
domesticados, da água corrente, do vento etc. Em seguida, foram inventadas 
formas mais complexas de captação e governo da energia do vapor, da 
eletricidade, de derivados do petróleo etc.” 
Questão 24 :A expressão “foram inventadas” pode ser substituída, sem 
prejuízo para a correção do período, pela estrutura inventaram-se. 
(Auditor/RN-2005) 
O ano de 2003 é marcado pela recessão econômica no Brasil e em vários 
países do mundo. 
Questão25 : A substituição de "é marcado" por marca-se mantém a 
informação original e a correção gramatical do período. 
 
(Auditor –AFRF/2002) 
Adotar o inglês teria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interação 
com nossos colegas de outras regiões, mas com perda significativa na 
agilidade da comunicação e no andamento das reuniões. Foi adotada então 
uma postura única: haveria três línguas oficiais 
Questão 26 :Mantém-se a estrutura sintática de voz passiva e a idéia de 
passividade ao empregar Adotou-se em lugar de “Foi adotada” 
 
 
(AFC/CGU - 2003/2004-) 
Livro tem começo, meio e fim. Como a vida. As grandes narrativas favorecem 
a nossa visão histórica e criam o caldo de cultura no qual brotam as utopias. 
Sem utopia não há ideal – sem ideal não há valores nem projetos. A vida 
reduz-se a um joguete nas oscilações do mercado. 
Questão 27: Em “reduz-se”(l.6), o “se” é índice de indeterminação do sujeito. 
 
 
(Auditor/INSS – 2002) 
O grande desafio do Brasil é assegurar a estabilização econômica 
conquistada na segunda metade dos anos 90 e, a partir dela, instalar uma 
tendência irreversível em direção à elevação do nosso Índice de 
Desenvolvimento Humano. Diante desse quadro, impõe-se, de forma 
inarredável e urgente, a adoção de uma ética de co-responsabilidade entre 
os três grandes setores da vida nacional. 
Questão 28: O emprego do pronome “se” em “impõe-se”, indica que esse 
verbo está sendo empregado de forma reflexiva; não como se emprega no 
seguinte exemplo: A situação impõe novas regras. 
 
(Auditor –AFRF/2002) 
Desde 1995, quando o governo encaminhou sua primeira proposta ao 
Legislativo, o tema é debatido e não se chega a uma conclusão. Todos 
concordam que o sistema tributário brasileiro é repleto de distorções e 
deficiências, porém, quando se aprofunda o debate, os conflitos de 
interesses aparecem, dificultando a aprovação do projeto. 
Questão 29: Tanto em “se chega” como em “se aprofunda”, o “se” indica 
indeterminação 
do sujeito. 
(Auditor/CE -2003) 
Os meios de produção e distribuição tornam-se capital à medida que se 
concentram nas mãos duma minoria, enquanto a maioria se limita à posse de 
sua capacidade individual de trabalho. 
Questão 30 : As ocorrências de “se” em “se concentram” e “se limita” têm a 
mesma função sintática. 
 Gabarito 
Questão 1:D Questão 16: D 
Questão2: A Questão 17: A 
Questão3: B Questão 18: C 
Questão 4: B Questão 19: B 
Questão 5: D Questão 20: D 
Questão 6: C Questão 21: E 
Questão 7: A Questão 22: E 
Questão 8: A Questão 23:C 
Questão 9: B Questão 24 C 
Questão 10: B Questão 25: C 
Questão 11: A Questão26 : C 
Questão 12: B Questão 27 :E 
Questão 13: B Questão 28: E 
Questão 14: D Questão29 :E 
Questão 15: B Questão 30 : C 
 
ESTUDO E EMPREGO DO VERBO-Questões de prova 
 
(Auditor/CE -2003) 
O capitalismo é o modo de produção em que os meios de produção e de 
distribuição, assim como o trabalho, tornam-se mercadorias, apropriadas 
privadamente. 
Questão 01 ; No primeiro período do texto predominam os tempos verbais 
do presente por tratar-se de uma definição, de um conceito. 
 
(Auditor –AFRF/2002) 
Desde que cheguei a Brasília me intriga o panorama da economia do Distrito 
Federal. É que a permanência das então futuras gerações de brasilienses na 
sua terra dependeria das condições de atração do mercado de trabalho local 
para fixação da crescente oferta de mão-de-obra em geral. A configuração da 
cidade administrativa, onde tudo gira em função do majoritário segmento da 
classe média de burocratas federais e locais, com a completa ausência de 
vida industrial, poderia não sobreviver ao esgotamento natural do modelo de 
economia estatal. Desde o início, tratava-se, como se trata ainda, de uma 
economia do contra-cheque. Essa característica, aliada à da Brasília centro de 
decisões, provavelmente a tenha marcado, fantasiosamente, como uma ilha 
da fantasia. 
Questão 02 : Pelo emprego da forma verbal “dependeria”, o autor sugere 
que sua idéia inicial não se concretizou, como demonstra no final do texto. 
 
(AFC/CGU - 2003/2004) 
A felicidade, que em si resultaria de um projeto temporal, reduz-se hoje ao 
mero prazer instantâneo derivado, de preferência, da dilatação do ego 
(poder, riqueza, projeção pessoal etc.) e dos "toques" sensitivos (ótico, 
epidérmico, gustativo etc.). 
Questão 03 : O emprego do futuro do pretérito em “resultaria” indica que o 
fenômeno a que essa forma verbal se refere está impedido de ocorrer. 
 
 
(AFC/CGU - 2006-) 
O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na 
história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas 
tecnologias

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