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Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 1 Produzindo Resultados Positivos Curso de Língua Portuguesa com o Prof.Marcondes Júnior Palavras do Autor - Este material não pretende defender determinada proposta teórica e, sim, divulgar uma larga experiência didática acumulada ao longo dos anos de prática docente. Ordenamos os fatos lingüísticos por meio de texto. As bancas de concurso exigem que os bons candidatos sejam capazes de articular os níveis estruturais da língua sem limitações. Esse candidato deve entender, portanto, que o encadeamento dos enunciados de uma língua não se faz apenas consoante regras gramaticais, mas articulá-las é imprescindível. Iremos recorrer sempre a um nível maior de abstração – o texto – a fim de privilegiar o mecanismo de produção e intelecção das inúmeras estruturas da língua e tornar o estudo mais claro e eficiente. Morfologia Contextualizada Texto I A questão proposta é a do acaso. Na tradição ocidental, o tema aparece invariavelmente ligado a um outro, o da razão: o dos limites e do alcance da racionalidade. Nem seria errôneo afirmar que o empenho maior para o pensamento filosófico inaugurado na Grécia antiga resume-se em querer vencer a sujeição ao acaso. De fato, um dos traços peculiares ao homem primitivo está em deixar-se surpreender pelo acaso, em guiar-se pelo imprevisível. Já o homem racional instaurado pelos gregos entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço descomunal e decisivo para a evolução do Ocidente, de tentar conjurar o mais possível as peias do acaso, estabelecendo as bases para um comércio racional do homem com o seu meio ambiente; mais precisamente: a postura racional passou a designar, de modo gradativo, um comportamento de dominação por parte do homem, elaborando racionalmente as suas relações com a natureza, o homem terminaria abocanhando as vantagens de ver subordinada a natureza aos seus desígnios pessoais. (Gerd Bornheim. Racionalidade e acaso. fragmento) Análise Morfossintática do Texto. Questão 1 - Julgue os itens seguintes. (A) “A questão proposta é a do acaso” (l.1) pode-se afirmar que os ‘as’ são artigos. (B) Na (l.9) o vocábulo ‘um’ generaliza o sentido do substantivo comércio racional. (C) Em ‘entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço descomunal’ (l.6) o ‘a’ que antecede o pronome demonstrativo é um artigo facultativo. (D) Na (l.11) as duas ocorrências do ‘a’ em: ‘subordinada a natureza aos seus desígnios pessoais’, pode-se afirmar que desempenham a mesma função morfossintática. Resoluções Comentadas Questão 1. (A) Falso. O primeiro ‘a’ é artigo e determina ‘questão’. Já em ‘a do acaso’, temos um artigo com valor de pronome demonstrativo = aquela. ‘A questão proposta é a (aquela questão) do acaso’. Dica: Os artigos podem ter valor de pronome demonstrativo e para reconhecê-los substitua por = aquele(s), aquela(s), aquilo(s). Ex. Citei as provas da Esaf, e não às da FGV. (= aquelas provas da FGV) ►Saiba Mais - O que é análise morfológica: é o estudo das classes gramaticais, das estruturas das palavras. - De acordo com a NGB, são dez as classes gramaticais, embora a interjeição, vocábulo-frase, fique excluída dessa relação. O que é a Nomenclatura Gramatical Brasileira – NGB? Nomenclatura Gramatical organizada por comissão de professores designada pelo Ministério da Educação e Cultura, em abril de 1957. Entrou em vigor nas escolas a partir do ano de 1959. Classes Morfológicas - Classes Variáveis: numeral, artigo, verbo, adjetivo, substantivo, pronome. Memorize assim: NA VASP As classes são variáveis, pois flexionam principalmente em gênero e número. - Classes Invariáveis: advérbio, conjunção, preposição, interjeição. Memorize assim: A CPI As classes são invariáveis, pois não flexionam em gênero e número. Muita atenção nas Articulações Morfossintáticas: - Função básica: verbo (transitivo ou intransitivo) - Funções relacionais (conectivos): conjunções, preposição, verbo de ligação. - Funções estruturais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, numeral, advérbio. - Funções estilísticas: interjeição e palavras denotativas. Complicou? Calma. Um pouco de paciência. Todas as articulações serão abordadas a partir dos próximos textos. Questão 1. (B) Verdadeiro. ‘Um comércio racional’ o substantivo comércio está empregado em sentido amplo, genérico. ►Saiba Mais Conheça um pouco mais o artigo Conceito: Artigo é a palavra variável em gênero (masc. /fem.) e número (sing./pl.) que precede o substantivo, determinando-o de modo preciso ou vago, indicando-lhe o gênero e o número. Formas Simples Artigo Definidos Artigos Indefinidos Singular Plural Singular Plural Masculino o os Masculino um uns Feminino a as Feminino uma umas Questão 1. (C) Falso. Em ‘entrega-se, pela primeira vez na história, a esse esforço descomunal’ (l.7), trata-se de uma preposição. ►Saiba Mais Preposição é a palavra invariável que une termos de uma oração, estabelecendo entre eles variadas relações. Levaram o carro de Roberto (idéia de posse) Classificação das preposições As preposições podem ser: » essenciais: palavras que só funcionam como preposição. São elas: a com em por ante contra entre sem após de para sob trás desde perante sobre » acidentais: são palavras de classes diferentes que, eventualmente, desempenham função prepositiva. São elas: afora como conforme consoante durante exceto fora mediante menos salvo segundo visto Combinação e contração da preposição Combinação: a preposição não sofre perda de fonemas. Dá-se a combinação com: » preposição a + artigos definidos o, os: Fomos ao médico. » preposição a + advérbio onde: Aonde estamos indo? Contração: quando a preposição sofre perda de fonemas. Dá-se a contração com as preposições: de + artigos de + pronome pessoa de + o(s) = do(s) de + ele(s) = dele(s de + a(s) = da(s) de + ela(s) = dela(s) de + um = dum Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 2 Produzindo Resultados Positivos de + uma = duma de + uns = duns de + umas = duma de + pronomes demonstrativos de + advérbios de + este(s) = deste(s) de + aqui = daqui de + esta(s) = desta(s) de + aí = da de + esse(s) = desse(s) de + ali = dalí de + essa(s) = dessa(s) de + aquele(s) = daquele(s) de + aquela(s) = daquela(s) de + isto = disto de + isso = disso de + aquilo = daquilo de + o(s) = do(s) de + a(s) = da(s) a + artigo feminino a + a(s) = à(s) Locuções prepositivas É a união de duas ou mais palavras com função de preposição. Veja os exemplos abaixo de junto a antes de por cima de a respeito de a fim de defronte de a par de em vez de debaixo de por baixo de diante de acima de por detrás de ao lado de para com depois de além de apesar de por diante de em torno de por causa de Saiba tudo sobre as Interjeições. Interjeição é a palavra invariável usada para exprimir emoções e sentimentos. Uma interjeição pode ser usada para expressar as mais diversas emoções, mas, relacionemos as principais interjeições e seus estados emocionais correspondentes. » advertência: Alerta! Atenção! Calma! Cuidado! Devagar! Fogo! Olha! Sentido! Calma! » afugentamento: Fora! Passa! Sai! Rua! Xô! » alegria: Ah! Eh! Oh! Oba! Viva! Aleluia » animação: Avante! Eia! Vamos! Coragem! Força! » aplauso: Apoiado!Bravo! Bis! Parabéns! Isso! » chamamento: Oi! Ô! Olá! Alô! Psit! » desejo: Que me dera! Se Deus quiser! Oxalá! Tomara » dor: Ah! Oh! Ai! Ui » espanto: Puxa! Oh! Xi! Uai! Ué » silêncio: Psiu! Pst! Silêncio! Quieto! » concordância: Claro! Ótimo! Sim! » desacordo: Ora! Barbaridade! » pena: coitado! » satisfação: Boa! Oba! Opa! Upa! » saudação: Olá! Oi! Salve! Adeus! Locução interjetiva São duas ou mais palavras com valor de interjeição. Veja alguns exemplos: Meu Deus! Puxa vida! Ora bolas! Que pena! Ora essa! Cruz-credo! Santo Deus! Pobre de mim! Questão 1. (D) Falso. Na expressão: ‘subordinada a natureza aos seus desígnios pessoais’ o primeiro ‘a’ é um artigo, na função sintática de Adjunto Adnominal, que determina o substantivo ‘natureza’. Já o segundo ‘a’ é uma preposição e as preposições não desempenham função sintática. ►Saiba Mais Morfossintaxe do artigo O artigo sempre estará acompanhado um substantivo. Justamente por isso, o artigo sempre estará, na oração, exercendo a função sintática de adjunto adnominal do substantivo a que estiver se referindo. O que é análise morfossintática? Já estudamos que as palavras são estudadas pela Morfologia. Se observarmos a função das palavras dentro da oração teremos uma análise sintática. E à união das duas análises chamamos análise morfossintática. Ex. O cidadão pagou o imposto à Previdência. Morfologicamente a palavra cidadão é um substantivo. Sintaticamente é o núcleo do sujeito. Morfologicamente o ‘o’ é artigo definido que determina o substantivo cidadão. Sintaticamente é um adjunto adnominal. Morfologicamente ‘imposto e Previdência’ são substantivos. Sintaticamente são núcleos do Objeto Direto e Objeto Indireto respectivamente. Complicou um pouco? Essas articulações morfossintáticas serão aprofundadas mais para frente. Continue! Texto II Na semana passada, uma mulher dirigindo um carro numa área desértica da Arábia Saudita trombou com outro veículo e morreu. Em qualquer sociedade de hábitos civilizados, o acidente se perderia nas estatísticas sobre o trânsito. No reino comandado pelo príncipe Abdullah, o maior produtor de petróleo do mundo, virou Manchete de jornal. Motivo: as mulheres são proibidas por lei de dirigir. O episódio voltou a chamar a atenção para a difícil situação das mulheres na Arábia Saudita, uma monarquia regida pelo código medieval de uma seita puritana do Islã. Além de proibidas de dirigir, as sauditas devem andar com o corpo totalmente coberto e não podem sair de casa sem a companhia de um parente do sexo masculino. Homens e mulheres são impedidos de trabalhar juntos, exceto nos hospitais. A polícia religiosa está atenta ao mínimo deslize em público – o que pelo menos numa ocasião teve resultados trágicos. Há dois anos, durante um incêndio numa escola feminina, os policiais impediram que as alunas deixassem o prédio em chamas por estarem sem o véu. Quinze adolescentes morreram carbonizadas. (VEJA 02 de junho de 2004). Análise do texto ●Na linha (l.1) tem-se o emprego de dois artigos indefinidos: “... uma mulher..., um carro...”. Os artigos empregados são indefinidos e têm a função elementar de generalizar os substantivos com os quais estão relacionados. Representa qualquer mulher e qualquer carro. ●Na (l.2 e 3) tem-se o emprego de dois artigos definidos: “... o acidente..., o trânsito...”. Não se trata de qualquer acidente, refere-se ao acidente envolvendo a mulher saudita. Também não se trata de qualquer trânsito, o autor do texto faz alusão aos acidentes envolvendo o trânsito de veículos. ● Na linha (l.1) “Na semana passada...” e na (l.3) “No reino comandado...” há uso de artigo contraído com preposição. Atente-se para o valor semântico do artigo, pois não se trata de qualquer semana e sim aquela que envolveu o acidente de trânsito. Da mesma forma que não se trata de qualquer reino e sim aquele governado pelo príncipe Abdullah. ● Tem-se o registro na (l.9) e na (l.10) das formas: “... numa ocasião, ,...numa escola”, trata-se da contração do artigo indefinido (em + uma). Atente-se que é uma ocasião e uma escola generalizadas. “Do ponto de vista semântico está o primordial valor atualizador do artigo, de que decorrem os demais valores contextuais: o artigo definido identifica o objeto designado pelo nome a que se liga, delimitando-o, extraindo-o de entre os objetos da mesma classe, como aquele que já foi (ou será imediatamente) conhecido do ouvinte.” (BECHARA, ano, p. ) Uso obrigatório do artigo Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 3 Produzindo Resultados Positivos 1ºCaso: É obrigatório o artigo definido entre o numeral (ambos) e o substantivo a que se refere. O diretor do órgão solicitou a presença de ambos os funcionários. A secretária deve protocolar ambas as pastas. 2ºCaso: É obrigatório o artigo definido junto dos nomes próprios, quando se quer indicar familiaridade. Entreguei os documentos timbrados ao Marcelo do Protocolo. Atenção: suprime-se o artigo quando se tratar de personalidade célebre. Rui Barbosa parecia alheio à discussão. (personagem histórica) O Rui parecia alheio à discussão. ( pessoa íntima ou conhecida) 3ºCaso: Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias. Li a notícia em O Estado de S. Paulo A notícia foi publicada em O Globo 4º Caso: Usa-se o artigo definido com o superlativo. Os alunos conseguiram resolver as questões mais difíceis. Resolveram as mais difíceis questões. Atenção: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo. Consegui resolver as questões as mais difíceis. 5°caso: O artigo definido também é empregado para indicar a espécie inteira; isto é, usa-se o singular com referência à pluralidade dos seres: O homem é mortal. [ = todos os homens] Dizem que o brasileiro é cordial. [ = todos os brasileiros] Uso proibido do artigo 1ºCaso: Não se usa artigo antes de pronomes de tratamento, com exceção de dona, senhora , senhorita e Madame. Vossa Excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. Admiram Vossa Alteza. O que o senhor deseja? A senhorita não vai ao curso! Não vi a senhora ontem. 2ºCaso: Não se usa artigo depois do pronome relativo cujo (e flexões). O autor cujo livro lê é Machado de Assis. A lei a cujos artigos me refiro foi abolida. 3° Caso: Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar. Passaram o carnaval em Salvador. Florianópolis é a capital de Santa Catarina. Brasília é a capital do Brasil. Atenção: Se o nome de lugar vier especificado, qualificado, o uso do artigo será obrigatório. A bela Florianópolis destaca-se pela beleza. A Brasília das mulheres charmosas me encanta. Atenção: Alguns nomes de lugar vêm antecipados de artigo ( em especial, os nomes de continentes e os derivados de nome comum). a Bahia as Américas o Rio de Janeiro a Argentina. 4°caso: O artigo é omitido com o possessivo em certas expressões feitas, estereotipadas, cristalizadas na língua portuguesa. Exemplos de expressões estereotipadas: em nosso poder, a seu bel- prazer, por minha vontade, cada um a seu turno, a meu modo, em meu nome, a seu pedido, a meu ver, etc. Ex. A meu ver o ofício deveria ter sido entregue. 5° caso: Quando o possessivo faz parte de um vocativo, não admite o artigo. Vem cá, meu amor. 6°caso: Não se usa o artigo indefinido antes de pronome de sentido indefinido, como: certo, outro, qualquer, tal. Vi Laura em (uma) tal consternação que achei melhor ficar quieto. Encontrei (uma) certa resistência quando sugeri que discutíssemos o assunto em (uma) outra ocasião. Uso facultativo do artigo 1º Caso: Pronome Indefinido“TODO” a) emprega-se artigo depois do pronome indefinido todo quando se quer dar idéia de inteiro, totalidade. b) omite-se o artigo quando se quer dar idéia de qualquer, idéia genérica, Ele leu todo o processo. ( o processo inteiro) Todo homem é mortal. (qualquer homem) Toda a cidade comemorou o aniversário. (a cidade inteira) Toda cidade comemorou o aniversário. (qualquer cidade, cada cidade) 2º Caso: É facultativo diante dos pronomes possessivos. Deixei meu paletó no escritório. = Deixei o meu paletó no escritório. Busquei sua amiga na festa. = Busquei a sua amiga na festa. 3º Caso: Não se dever usar artigo antes das palavras casa (no sentido de lar, moradia, residência e palácio) e terra (no sentido de chão firme). Vim de casa, estive em casa, vou a palácio, não estive em palácio. Estive em terra, iremos por terra. Observação: Se vier especificada a palavra recebe o artigo. Estive na casa dos amigos. Vim da casa de minha namorada. Vou ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Estive na terra dos pigmeus. Iremos pela terra dos anões. Particularidades do artigo 1º Caso: O artigo pode substantivar qualquer palavra. Como resposta recebeu um não do governo (não = advérbio de negação substantivado). O jantar será servido em breve (jantar = verbo substantivado). 2°Caso: O artigo indefinido anteposto a um numeral revela quantidade aproximada. Chegaram só uns quatro deputados. Exclamei em voz alta umas três vezes. 3º Caso: No plural, todos, todas sempre virão seguidos de artigo, exceto se houver palavra que o exclua, ou numeral não seguido de substantivo. Todos os grevistas chegaram. Todos estes grevistas chegaram. Todos sete chegaram. Todos os sete grevistas chegaram 4°caso: D. Pedro II, imperador do Brasil, dava longos passeios pelos jardins do Palácio. Dir-se-ia o imperador se D. Pedro II tivesse sido o único e não um imperador do Brasil. Texto III Vinte e quatro séculos atrás, Sócrates, Platão e Aristóteles lançaram as bases do estudo científico da sociedade e da política. Muito se aprendeu depois disso, mas os princípios que eles formularam conservam toda a sua força de exigências incontornáveis. O mais importante é a distinção entre o discurso dos agentes e o discurso do cientista que o analisa. Doxa (opinião) e episteme (ciência) são os termos que os designam respectivamente, mas estas palavras tanto se desgastaram pelo uso que, para torná-las novamente úteis, é preciso explicar o seu sentido em termos atualizados. Foi o que fez Edmund Husserl com a distinção entre discurso “pré-analítico” e o discurso tornado consciente pela análise de seus significados embutidos. Por exemplo, na linguagem corrente, podemos opor o comunismo ao anticomunismo como duas ideologias. No entanto, comunismo é uma ideologia, mas o anticomunismo não uma ideologia, é a simples rejeição de uma ideologia. É analisando e decompondo compactados verbais como esse e comparando-os com os dados disponíveis que o estudioso pode chegar a compreender a situação em termos bem diferentes daqueles do agente Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 4 Produzindo Resultados Positivos político. Mas também é certo que os próprios conceitos científicos daí obtidos podem incorporar-se depois no discurso político, tornando-se expressões da doxa. É isso, precisamente, o que se denomina uma ideologia: um discurso de ação política composto de conceitos científicos esvaziados de seu conteúdo analítico e imantados de carga simbólica. Então, é preciso novas e novas análises para neutralizar a mutação da ciência e ideologia. (Olavo de Carvalho, com cortes). Questão 2- (A) Na (l.1) temos o emprego de numerais ordinais. (B) Em ‘Muito se aprendeu depois disso, mas os princípios que eles formularam conservam toda a sua força de exigências incontornáveis’. A conjunção ‘mas’ introduz idéia adversativa. (C) É correto afirmar que por derivação imprópria ‘estudioso’ (l.13) é um adjetivo. (D) Na (l.17) ‘novas e novas’ caracterizam as análises. Resoluções Comentadas Questão 2 (A) Falso - Trata-se de numerais Cardinais. ►Saiba Mais Numeral é uma palavra que exprime número de ordem, múltiplos ou fração. Classificação 1º Cardinais: um, dois, três, sete, catorze, cinqüenta, milhão, bilhão etc. 2º Ordinais: primeiro, segundo, terceiro, etc. 3º Fracionário: meio, um terço, um sexto, vinte avos, centésimo, milionésimo etc. 4º Multiplicativos: dobro, triplo, quádruplo, óctuplo, décuplo etc. Questão 2 (B) Verdadeiro. As conjunções são conectivos utilizados nas articulações das idéias. ►Saiba Mais Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos de uma mesma oração. Joaquim escorregou e machucou a cabeça. Eu sei que você não foi à aula hoje Classificação das conjunções a) Conjunções coordenativas: ligam duas orações independentes. São elas: » aditivas: quando estabelecem uma relação de soma entre dois termos ou duas orações. São elas: e, nem, não só... mas também. Carlos não veio à reunião nem ligou avisando. » adversativas: estabelecem uma relação de oposição entre as orações. São elas: mas, porém, contudo, entretanto, não obstante, todavia. Quero contar-lhe uma coisa mas tenho medo » alternativas: estabelecem uma relação de alternância entre as orações. São elas: ou, ora...ora, ou...ou, quer...quer, já...já, seja...seja. Ora estuda, ora dorme. » conclusivas: exprimem idéia de conclusão ou conseqüência entre as orações. São elas: logo, pois (posposto ao verbo), portanto, assim, por isso, por conseguinte, então. O homem pensa, logo existe. » explicativas: estabelece uma idéia de explicação entre duas orações. São elas: pois (anteposto ao verbo), porque, porquanto, que. Ele agüentou a polêmica, pois provocou bastante. b) Conjunções subordinativas: ligam duas orações dependentes. São elas: » temporais: exprimem idéia de tempo. São elas: quando, enquanto, depois que, logo que, sempre que, senão quando. Quando você me deixou, quase morri. » condicionais: exprimem condição. São elas: se, salvo se, caso, contanto que, uma vez que, dado que, a menos que. Se não chover amanhã, iremos ao clube. » causais: exprimem idéia de causa. São elas: porque, porquanto, visto que, visto como. Janaina não comprou o carro porque não teve dinheiro. » finais: exprimem idéia de finalidade. São elas: para que, a fim de que, porque (=para que), que. Correu muito para que não chegasse atrasado. » comparativas: estabelecem comparação. São elas: que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior), qual (depois de tal), como, assim como, bem como, que nem. Ela é como sua mãe, alegre. » concessivas: exprimem concessão. São elas: embora, ainda que, posto que, por muito que. Embora estivesse exausta, fui trabalhar. » conformativas: exprimem idéia de conformidade. São elas: como, conforme, consoante, segundo. Entreguei o relatório, conforme você pediu. » consecutivas: exprimem com a segunda oração uma conseqüência ou resultado do que foi declarado na primeira. São elas: tão, tal, tanto, tamanho... que. A dor era tão forte que não pude sair » proporcionais: exprimem idéia de aumento ou diminuição, de simultaneidade. São elas: quanto mais...tanto mais, quanto menos...tanto menos, quanto mais, à medida que, à proporção que, quanto mais...mais, quanto mais...menos, quanto menos...mais. Quanto mais se vive, mais se aprende. » integrantes: introduzem a segunda oração que completa o sentido da primeira. São elas: que, se, como. Espero que você seja feliz. Locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que tem o valor de conjunção. Veja algumas: ainda que à medida que por conseqüência visto qu Questão 2 (C) Falso. Na (l.13) estudioso não é uma adjetivo, trata-se do particípio do verbo estudar com valor de substantivo.Atente-se que o substantivo está precedido de artigo. ►Saiba Mais O que é Derivação Imprópria? É comum ouvirmos expressões como "manifestação monstro", "concerto monstro" ou "comício monstro". Se olharmos no dicionário, vamos conferir que "monstro" é, primeiramente, um ser assustador, pavoroso. Trata-se em primeiro lugar de um nome, um substantivo. Mas veremos também que "monstro" é adjetivo, com a acepção de "muito grande", "fora do comum". Quando dizemos "espetáculo monstro", por exemplo, usamos a palavra "monstro" como adjetivo, para qualificar. Passa a significar "grande", "muito grande", "excessivamente grande". O emprego de uma palavra fora de sua classe gramatical usual tem um nome: derivação imprópria. Exemplos: “O andar das pessoas nos incomoda.”. (verbo que virou substantivo) “Aquele engraçado não veio.”. (adjetivo que virou substantivo) “Seu não não vale como resposta.”. (o primeiro não era advérbio que virou substantivo) Questão 2 (D) Verdadeiro. Tratam – se de adjetivos restritivos. ►Saiba Mais O adjetivo tem a função de expressar características, qualidades, estados, etc., dos seres. DICA » o adjetivo se refere sempre a um substantivo. Ayrton Senna foi um excelente piloto. -LOCUÇÃO ADJETIVA Locução adjetiva é uma expressão constituída, geralmente, por preposição + substantivo e serve para dar características ao seres. “A região de indústrias do Curado precisa de mais incentivos.”. “As árvores sem flores simbolizam o outono.”. -FLEXÃO DO ADJETIVO (i) Gênero: masculino e feminino; (ii) Número: singular e plural; (iii) Grau: comparativo e superlativo. Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 5 Produzindo Resultados Positivos GÊNERO DO ADJETIVO O adjetivo flexiona-se no mesmo gênero do substantivo a que se refere: Menino atrevido. (substantivo masculino – adjetivo masculino) Menina atrevida. (substantivo feminino – adjetivo feminino) Quanto ao gênero o adjetivo pode ser: - Uniformes; - Biformes. UNIFORMES Os adjetivos uniformes apresentam apenas uma forma tanto para o masculino como para o feminino. Homem gentil/ Mulher gentil. “Precisamos lutar por interesses comuns.”. “A causa comum é defendida por todos.”. BIFORMES Os adjetivos biformes possuem duas formas distintas; uma para o masculino e outra para o feminino. O professor português/ A professora portuguesa Macarrão cru/ Pizza crua Os adjetivos biformes são formados pelas mesmas regras de flexão do substantivo (formação do feminino). NÚMERO DO ADJETIVO O adjetivo flexiona-se em número (singular/plural) para concordar com o substantivo que se refere. Casa desarrumada – substantivo singular – adjetivo singular Olhos azuis – substantivo plural – adjetivo plural DICA: na maioria das vezes os adjetivos fazem o plural seguindo as mesmas regras do substantivo. Carro novo/ Carros novos Cão feroz/ Cães ferozes Ternos azul/ Ternos azuis PLURAL DOS ADJETIVOS COMPOSTOS Flexionamos, em geral, apenas o último elemento do adjetivo composto. Podemos seguir os seguintes passos para formar o plural dos adjetivos compostos: - analisamos o último termo, isoladamente: se for adjetivo, vai para o plural. Se ele, sozinho, não for adjetivo, permanece no singular; - o primeiro elemento permanece sempre no singular. Lutas greco-romanas Turistas luso-brasileiros Entidades sócio-econômicas Olhos verde-claros Observações: existem algumas exceções no plural dos adjetivos compostos, por exemplo: Azul-marinho/azul celeste » permanecem sempre invariáveis; Surdo-mudo » flexionam-se os dois elementos; Adjetivos que se referem à cor e o segundo elemento é um substantivo permanecem invariáveis. Crianças surdas-mudas Calças azul-marinho Cortinas azul-celeste Tintas branco-gelo Camisas verde-limão Permanecem, também, invariáveis adjetivos com a composição. COR + DE + SUBSTANTIVO. Exemplos: Blusa cor-de-rosa/ Blusas cor-de-rosa GRAU DO ADJETIVO O grau do adjetivo demonstra a intensidade com que o adjetivo caracteriza substantivo. Há dois graus: - comparativo; - superlativo. GRAU COMPARATIVO Estabelece uma comparação entre dois seres de uma mesma característica que ambos possuem. Há três tipos de grau comparativo: (i) comparativo de superioridade: mais + adjetivo + que (do que) “João é mais inteligente que Gabriel.”. “Esse carro é mais caro do que rápido.”. (ii) comparativo de igualdade: tão + adjetivo + quanto (como) “A sua casa é tão luxuosa quanto a minha.”. “O linux é tão seguro quanto o Windows.”. (iii) comparativo de inferioridade: menos + adjetivo + que “Juliana é menos alta que Karla.”. GRAU SUPERLATIVO Usa-se o grau superlativo para intensificar uma característica de um ser em relação a outros seres. Subdivide-se em: - superlativo absoluto » que pode ser sintético ou analítico; - superlativo relativo » que pode ser de superioridade ou inferioridade. SUPERLATIVO ABSOLUTO Analítico: é composto por palavras que dão idéia de intensidade + adjetivo. “Ele é um empresário muito competente.”. “O cão do vizinho é extremamente violento.”. Sintético: é composto pelo adjetivo + sufixo. “As duplas sertanejas são riquíssimas.”. “Ele é um fortíssimo candidato.”. SUPERLATIVO RELATIVO - De superioridade: o mais + adjetivo + de “Esse carro é o mais sofisticado do mercado.”. - De inferioridade: o menos + adjetivo + de “Júlio é o menos interessado da classe.”. Os adjetivos “bom”, “mau”, “pequeno” e “grande” possuem formas particulares para o comparativo e para o superlativo. Veja a tabela: ADJETIVO COMPARATIVO SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO BOM MELHOR QUE ÓTIMO MAU PIOR QUE PÉSSIMO GRANDE MAIOR QUE MÁXIMO PEQUENO MENOR QUE MÍNIMO Texto IV (Auditor-Fiscal da Receita Federal - AFRF – 2003) O caráter ético das relações entre o cidadão e o poder está naquilo que limita este último e, mais que isso, o orienta. Os direitos humanos, em sua primeira versão, como direitos civis, limitavam a ação do Estado sobre o indivíduo, em especial na qualidade que este tivesse, de proprietário. Com a extensão dos direitos humanos a direitos políticos e sobretudo sociais, aqueles passam — pelo menos idealmente — a fazer mais do que limitar o governante: devem orientar sua ação. Os fins de seus atos devem estar direcionados a um aumento da qualidade de vida, que não se esgota na linguagem dos direitos humanos, mas tem nela, ao menos, sua condição necessária, ainda que não suficiente. (Renato Janine Ribeiro, Fronteiras da Ética, São Paulo: Senac, 2002, p.140) Questão 3 (A) Na (l.6) ‘não ’ classifica-se como advérbio de negação. (B) Há paralelismo sintático entre o substantivo ‘ação’ (l.3) e ‘atos’(l.6). (C) Na (l.7) o substantivo ‘direitos’ é classificado como substantivo concreto. Resoluções Comentadas Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 6 Produzindo Resultados Positivos Questão 3 (A) Verdadeiro ►Saiba Mais Advérbio é a palavra invariável que exprime circunstância e modifica o verbo, o adjetivo e até mesmo o próprio advérbio. “Os atletas correram muito.”. “correram”: verbo “muito”: advérbio “Maria estava muito feliz.”. “muito”: advérbio “feliz”: adjetivo Classificação dos advérbios Os advérbios são classificados, de acordo com a circunstância que exprimem. » lugar: aqui, aí, ali, cá, lá, acolá, além, longe, perto, dentro, adiante, defronte, onde, acima, abaixo, atrás, algures (= em algum lugar), alhures (=um outro lugar), nenhures (=em nenhum lugar), em cima, de cima, à direita, à esquerda, ao lado, de fora, por fora, etc. » tempo: hoje, ontem, anteontem, amanhã, atualmente, brevemente, sempre, nunca,jamais, cedo, tarde, antes, depois, já, agora, ora, então, outrora, aí, quando, à noite, à tarde, de manhã, de vez em quando, às vezes, de repente, hoje em dia, etc. »modo: bem, mal, assim depressa, devagar, rapidamente, lentamente, facilmente, ( e a maioria dos adjetivos terminados em -mente), às claras, às pressas, à vontade, à toa, de cor, de mansinho, de cócoras, em silêncio, com rancor, sem medo, frente a frente, face a face, etc. » afirmação: sim, decerto, certamente, efetivamente, seguramente, realmente, sem dúvida, por certo, com certeza, etc. » negação: não, absolutamente, tampouco, de modo algum, de jeito nenhum, etc. » intensidade: muito, pouco, mais, menos, ainda, bastante, assaz, demais, tanto, deveras, quanto, quase, apenas, mal, tão, de pouco, de todo, etc. » dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, etc. Advérbios interrogativos podem expressar circunstâncias de: lugar: onde, aonde, de onde tempo: quando modo: como causa: por que, por quê Flexão do advérbio Alguns advérbios flexionam-se no comparativo e no superlativo. » grau comparativo: De igualdade: tão+advérbio+quanto Cheguei tão cedo quanto queria. De superioridade: mais+advérbio+que Cheguei mais cedo que queria. De inferioridade: menos+advérbio+que Cheguei menos cedo que queria. » grau superlativo: Analítico: Minha amiga mora muito longe. Sintético: Não a visito porque ela mora longíssimo. O uso de advérbios no grau diminutivo pode indicar afetividade ou intensidade. Estou chegando pertinho, pertinho. Estive lá agorinha. Locuções adverbiais É a união de duas ou mais palavras que equivalem a um advérbio, forma-se de preposição mais um substantivo ou advérbio. Veja alguns exemplos: às vezes às escuras às claras às cegas às pressas vez por outra de tempos em tempos de onde em onde de qualquer modo de cima de cor de propósito em breve de quando em vez pouco a pouco (B) Falso. Lembre-se: Quando comandos de questões tratarem de paralelismo sintático, as palavras ou termos destacados devem exercer a mesma função sintática. Observe: Há paralelismo sintático no que concerne aos substantivos destacados no texto abaixo: “A moça entrou e viu o copo estendido no chão. Ela não esperava viver tal situação.”. (Ambos exercem a função sintática de objeto direto, respectivamente do verbo viu e viver.). (C) Falso. Trata-se de substantivo abstrato. ►Saiba Mais SUBSTANTIVO é a palavra que dá nome aos seres. Eles podem ser classificados da seguinte forma: CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO CONCRETO: É aquele que indica a existência de seres reais ou imaginários. Reais > Brasil. Imaginários > bruxa. ABSTRATO: É aquele que indica sentimentos, qualidades, ações, estados e sensações. Sentimento: amor, ódio, paixão; Qualidade: honestidade, fidelidade; Ações: trabalho, doação; Estado: vida, solidão, morte; Sensação: calor, frio. COMUNS: É aquele que indica elementos de uma mesma espécie. Criança, cidade, livro. PRÓPRIO: É aquele que indica um ser em particular. Roberto, Pernambuco, Capibaribe, Brasil. Observação: o substantivo coletivo é um substantivo comum que, mesmo no singular indica um agrupamento, multiplicidade de seres de uma mesma espécie. Constelação » estrelas; Cáfila » camelos. Vejamos alguns substantivos coletivos: Alcatéia » lobos; Arquipélago » ilhas; Banca » examinadores, advogados; Boiada » bois; Cacho » bananas, uvas; Década » período de dez anos; Discoteca » discos; Enxame » abelha, insetos; Esquadrilha » aviões; Fauna » animais de uma região; Frota » carros, ônibus; Lustro » período de cinco anos; Manada » bois, porcos; Pinacoteca » quadros; Quadrilha » ladrões; Rebanho » gado, ovelhas; Resma » quinhentas folhas de papel; Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 7 Produzindo Resultados Positivos Século » período de cem anos; Triênio » período de três anos; Vocabulário » palavras. FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO Quanto à formação o substantivo pode ser: Primitivo; derivado; simples; composto. PRIMITIVO Dá origem a outras palavras. Exemplos: pedra, ferro, vidro. DERIVADO É originado através de outra palavra. Exemplos: pedreira, ferreiro, vidraçaria. SIMPLES Apresenta apenas um radical na sua formação. Exemplos: vidro, pedra. COMPOSTO Apresenta dois ou mais radicais na sua formação. Exemplos: pernilongo, couve-flor. FLEXÃO DO SUBSTANTIVO Por ser uma palavra variável o substantivo sofre flexões para indicar: (i) Gênero: masculino ou feminino; (ii) Número: singular ou plural; (iii) Grau: aumentativo ou diminutivo. GÊNERO DO SUBSTANTIVO Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. Será masculino o substantivo que admitir o artigo “o” e feminino aquele que admitir o artigo “a”. Exemplos: O avião/ o calçado/ o leão A menina/ a camisa/ a cadeira SUBSTANTIVO BIFORME Na indicação de nomes de seres vivos o gênero da palavra está ligado, geralmente, ao sexo do ser, havendo, portanto, uma forma para o masculino e outra para o feminino. Exemplos: Garoto – substantivo masculino indicando pessoa do sexo masculino; Garota – substantivo feminino indicando pessoa do sexo feminino. FORMAÇÃO DO FEMININO O feminino pode ser formado das seguintes formas: - trocando a terminação o por a: Moço/ moça Menino/ menina - trocando a terminação e por a: Gigante/ giganta Mestre/ mestra - acrescentando a letra a: Português/ portuguesa Cantor/ cantora - mudando-se ao final para ã, ao, ona: Catalão/ catalã Valentão/ valentona Leão/ leoa - com esa, essa, isa, ina, triz: Conde/ condessa Príncipe/ princesa Poeta/ poetisa Czar/ czarina Ator/ atriz - por palavras diferentes: Cavaleiro/ amazona Padre/ madre Homem/ mulher SUBSTANTIVOS UNIFORMES Há substantivos que possuem uma só forma para indicar tanto o masculino quanto o feminino. Podemos classificá-los em: epicenos; sobrecomuns; comuns de dois gêneros. EPICENOS São substantivos que designam alguns animais e têm um só gênero. Para indicar o sexo são utilizadas as palavras “macho” ou “fêmea”. Exemplos: Cobra macho/ cobra fêmea Peixe macho / peixe fêmea Jacaré macho/ jacaré fêmea SOBRECOMUNS São substantivos que designam pessoas e tem um só gênero tanto para o masculino como para o feminino. Exemplos: A criança – masculino ou feminino O indivíduo – masculino ou feminino A vítima – masculino ou feminino COMUNS DE DOIS GÊNEROS São substantivos que apresentam uma só forma para o masculino e para o feminino. A distinção se dá através do artigo, adjetivo ou pronome. Exemplos: O motorista/ a motorista Meu colega/ minha colega Bom estudante/ boa estudante Questões de prova Questão 1- O ser humano não pode ser definido em relação a ele mesmo, porque não é um sujeito isolado, vive em relação com as coisas, com os outros e com o mundo, mesmo antes de pensar e de falar. Esta presença não é somente observável como também um fato vivido, isto é, quer dizer que o ser humano se manifesta no ser a cada instante. Nessa responsabilidade, inclui, às vezes, o eu e, às vezes, o outro, num equilíbrio que se faz de uma parte entre poder cuidar de si mesmo e, de outra, poder cuidar dos demais. Através dessa construção coletiva, os homens fazem e criam sua historia e, nessa construção-criação, o cuidado torna-se um processo, não apenas um ato.Ato este que envolve o cuidar de si e do outro, mais o cuidado como possibilidade de continuidade da espécie, gozar a vida com qualidade e com liberdade. (Adaptado de Carlos Altemir Schmitt, O cuidado e a responsabilidade: reflexão sobre a ética estabelecida no mundo do consumo desmedido, www.crescer.org) Questão- Assinale o termo sublinhado do texto que apresenta ambivalência, ou seja, para conferir coerência ao texto, tanto pode receber a interpretação de substantivação do verbo quanto a interpretação de substantivo concreto. a) “ser” b) “pensar” c) “ser” d) “cuidar” e) “cuidar” 2. (FCC/2010/TRE-RS/Técnico Judiciário – Programação de Sistemas) A lacuna que deve ser preenchida pela forma grafada como na piada – Por quê −, ou pela forma por quê, para que esteja em conformidade com o padrão culto escrito, é a da frase: (A) Eu não sei o ...... de sua indecisão. (B) ...... foi tão inábil na condução do problema? (C) Ele está tão apreensivo ......? (D) Decidiu-se somente ontem ...... dependia de consulta à família. (E) A razão ...... partiu sem avisar ainda é desconhecida. 3. (FCC/2011/TRF 1ª Região/Técnico Judiciário/Segurança e Transporte) ...porque tudo lá foi feito ali mesmo... A grafia da palavra destacada acima está correta, como acontece com a sublinhada em: (A) Não sabia porque deveria incriminá-lo, por isso não o culpou de nada. (B) Reconheceram-lhe o mérito porque foi ela quem garantiu o Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 8 Produzindo Resultados Positivos excelente acordo. (C) Perguntou-me a razão de minhas restrições ao programa, mas ele bem sabe porque. (D) Porque haveria de contrariar suas orientações? (E) Busca o porque da polêmica, mas não encontra nada que a justifique. 4. (FCC/2012/TRF-2ª Região/Analista Judiciário/Área Administrativa) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em: (A) Se o por quê da importância primitiva de Paraty estava na sua localização estratégica, a importância de que goza atualmente está na relevância histórica porque é reconhecida. (B) Ninguém teria porque negar a Paraty esse duplo merecimento de ser poesia e história, por que o tempo a escolheu para ser preservada e a natureza, para ser bela. (C) Os dissabores por que passa uma cidade turística devem ser prevenidos e evitados pela Casa Azul, porque ela nasceu para disciplinar o turismo. (D) Porque teria a cidade passado por tão longos anos de esquecimento? Criou-se uma estrada de ferro, eis porque. (E) Não há porquê imaginar que um esquecimento é sempre deplorável; veja-se como e por quê Paraty acabou se tornando um atraente centro turístico. Gabarito: Questão 1 C Questão 2 C Questão 3 B Questão 4 C Lista de exercícios complementares Questões de provas do Cespe comentadas 01. (T.J.RIO DE JANEIRO/ANAL.JUDICIÁRIO/27/04/2008) A respeito das estruturas lingüísticas do texto I, marrque certo ou errado. No segundo parágrafo do texto, o termo ‘o’ que precede ‘que’ (L.1), ‘fato’ (L.1) e ‘tempo’ (L.1) classifica-se como artigo nas três ocorrências. “Machado pode ser considerado, no contexto histórico em que surgiu, um espanto e um milagre, mas o que me encanta de forma mais particular é o fato de que ele estava, o tempo todo, pregando peças nos leitores e nele mesmo.” 02. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) As palavras “singular” (L.1) e “dramática” (L.3) qualificam, respectivamente, os substantivos “decisão” (L.1) e “dimensão” (L.3). “Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena cidade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabelecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da crise do sistema prisional.” 03. (P.M. VILA VELHA-ES/GESTÃO PÚBLICA/24/02/2008) Na primeira linha do texto, os termos “azul”, “dramático” qualificam, respectivamente, os substantivos “planeta” e “paradoxo”. “O nosso planeta azul vive um paradoxo dramático: embora dois terços da superfície da Terra sejam cobertos de água, uma em cada três pessoas não dispõe desse líquido em quantidade suficiente para atender às suas necessidades. “ 04. TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) No trecho “fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro” (L.1), a substituição de “dos infernos” por infernal manteria a correção gramatical e o sentido do texto. “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.” Assinale certo ou errado em relação às idéias e a aspectos gramaticais do texto acima. 05. 06. (SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) A palavra segundo está sendo empregada como numeral em: “Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa” (L.1). “Segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, “cidadania é a qualidade ou estado do cidadão”.” 07. (SEMEC-PI/PROFESSOR/28/6.2009) Os termos “Segundo” (L.2) e “primeiro” (L3-4) pertencem à mesma classe gramatical. “Obesidade é acúmulo de gordura corporal, ocorre 22 quando a quantidade de energia ingerida supera o gasto energético, por um tempo considerável. Segundo especialistas, há quatro tipos de obesidade: alimentar, metabólica, medicamentosa e genética. A maioria dos casos se refere ao primeiro.“ 08. (MS/REDAÇÃO OFICIAL/15/11/2008) O emprego do artigo, em “o pregar é em tudo comparável ao semear” (L.2), coloca os verbos “pregar” e “semear” em função própria de substantivos. “No célebre Sermão da Sexagésima, pronunciado em 1655 na capela real, em Lisboa, lembra Antônio Vieira que o pregar é em tudo comparável ao semear, “porque o semear he hua arte que tem mays de natureza que de arte; caya onde cahir.”” 09 . (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) Na linha 2, o termo “só é possível” indica que “ser” está empregado como verbo, não como substantivo, sinônimo de pessoa. “As vivências do tempo e do espaço constituem dimensões fundamentais de todas as experiências humanas. O ser, de modo geral, só é possível nas dimensões reais e objetivas do espaço e do tempo.” 10. (ABIN/ OFICIAL DE INTELIG/12/10/2008) A substituição de “ensinamos-lhes” (L.2) por ensinamos a elas preservaria tanto a correção gramatical do texto quanto as relações semânticas expressas no trecho em questão. Um homem do século XVI ou XVII ficaria espantado com as exigências de identidade civil a que nós nos submetemos com naturalidade. Assim que nossas crianças começam a falar, ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. 11. (DETRAN/ANAL. DE TRÂNSITO/08/03/2009) Em “quem o respira” (L.1), “o” é pronome que exerce a função coesiva de retomar o termo nominal antecedente “ar” . “A propósito da poluição do ar, sabendo-se que ela afeta não apenas quem o respira, não chegam a surpreender descobertas e constatações recentes.” 12. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) No trecho “deixa-me experimentar primeiro” (L.1), o pronome exerce a função de complemento das formas verbais “deixa” e “experimentar”. “— Mais tarde; deixa-me experimentar primeiro.” 13. (MDIC/ANAL.COMÉRC. EXT./21/09/2008) As duas ocorrências do pronome “ela” (linha 2 e 3) se referem ao mesmo antecedente: “A política de comércio exterior do Brasil” (linha1). “A política de comércio exterior do Brasil envolveu historicamente um grande debate nacional. Governo e lideranças sociais a ela vincularam as possibilidades do desenvolvimento econômico, desde as suas origens, na primeira metade do século XIX. Em três períodos, ela foi atrelada a diferentes paradigmas de inserção internacional:” 14. (A.U.E.G./AUDITOR INTERNO/08/02/2008) E a substituição de Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 9 Produzindo Resultados Positivos “daqueles” (L.2) por “dos” prejudica a correção gramatical do texto. “A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, semprenos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade.” 15. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) No trecho “alívio dos que” (L.1), a substituição de “dos” por daqueles prejudica a correção gramatical do período. “O alívio dos que, tendo a intenção de viver irregularmente na Espanha, conseguem passar pelo controle de imigração do Aeroporto Internacional de Barajas não dura muito tempo.” 16. (IBAMA/ANAL.AMBIENTAL/25/01/2009) Na linha 3, o vocábulo “cujo” estabelece relação sintático-semântica entre os termos “resultado” e “Comissão de Anistia”. “E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na forma de uma portaria assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento, por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do século passado.” 17. (MCT/CARGO N.SUPERIOR/30/11/2008) Nos trechos “que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos” (L.1) e “que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente” , os elementos gramaticais grifados exercem a mesma função sintática. “Cidade e corte, que desde muito tinham notícias dos nossos dois amigos, fizeram-lhes um recebimento régio, mostraram conhecer seus escritos, discutiram as suas idéias, mandaram-lhes muitos presentes, papiros, crocodilos, zebras, púrpuras. Eles, porém, recusaram tudo, com simplicidade, dizendo que a filosofia bastava ao filósofo, e que o supérfluo era um dissolvente.” 18. (MMA/ANAL. AMBIENTAL/27/04/2008) A substituição de “com que” (L.2) por com a qual prejudica a correção gramatical do período. “A possibilidade de utilização de um ou de outro combustível, conforme sua necessidade e seu desejo, dá ao consumidor uma liberdade de escolha com que ele não contava em experiências anteriores de uso do álcool como combustível automotivo.” 19. (P.M. VILA VELHA-ES/TÉC ADMINISTRAÇÃO/24/02/2008) A correção gramatical do texto seria mantida se o pronome “que”, em “que me escapavam” (L.2), fosse substituído por quê. “Agora, ao vê-lo assim, suado e nervoso, mudando de lugar o tempo todo e murmurando palavras que me escapavam, temia que me abordasse para conversar sobre o filho.” 20 .(SEAD/SEEC/PB/PROF.FILOSOFIA/11/01/2009) O pronome relativo “onde” foi empregado como uma referência a local, como exige a norma padrão, em “onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões” (linha 10-11). “ágora (praça pública onde os que eram chamados se organizavam para, de comum acordo, deliberar sobre decisões).” 21. (SEAD/CEHAP/PB/CARGOS N. SUPERIOR/15/02/2009) O pronome relativo “cujo” (L.3) mostra que o “impacto” (L.3) que “poderia reduzir ou reforçar as desigualdades” (L. 3-4) é o das “pesquisas” (L.5). “Entraram em cena, então, duas variáveis, as redes sociais e o espaço urbano, que ajudaram no entendimento dos mecanismos que associam processos macro e estruturas com ações micro, ligadas ao indivíduo e ao comportamento familiar, cujo impacto poderia reduzir ou reforçar as desigualdades. Mesmo a religião e o lazer entraram no escopo das pesquisas.” 22. (SEBRAE/TRAINEE/09/03/2008) Preservam-se a correção gramatical e a coerência entre as orações do texto ao se substituir “em que” (L.1) por onde. “Breno é o retrato das oportunidades para jovens numa empresa em que mais da metade dos funcionários têm menos de 35 anos.” 23. (SEGER-ES/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/1/2/2008 ) Os segmentos “cujo avanço permanente” (L.1) e “cuja função” (L.3) equivalem, no texto, respectivamente, a o avanço permanente da área de tecnologia e a função do farmacoeconomista. “Muitas dessas ocupações estão ligadas à área de tecnologia, cujo avanço permanente cria novas demandas por gente mais especializada. (...) ... diagnosticando profissionais que faltam às empresas; e o farmacoeconomista, cuja função é analisar a viabilidade econômica de um remédio, incluindo-se a demanda existente e a relação custo-benefício. 24. (TCE-TO/CARGOS N. SUPERIOR/08/02/2008) Na linha 1, o pronome relativo “onde” se refere ao adjunto adverbial “numa cidade”. “Tivera uma peleteria numa cidade onde fazia um calor dos infernos quase o ano inteiro. Claro que foi à falência, mas suas freguesas nunca foram tão bonitas, embora tão poucas.” 25. (TCE-AC/A.CONTR..EXTERNO/25/05/2008) Na oração “em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia” (linha1-2), a substituição de “em que” por onde manteria o sentido original e a correção gramatical do texto. “Há umas ocasiões oportunas e fugitivas, em que o acaso nos inflige duas ou três primas de Sapucaia; outras vezes, ao contrário, as primas de Sapucaia são antes um benefício do que um infortúnio.” Questões Gerais de Morfologia 1 E 11 C 21 C 2 C 12 E 22 C 3 C 13 C 23 C 4 C 14 E 24 C 5 15 E 25 E 6 E 16 C 7 E 17 E 8 C 18 E 9 E 19 E 10 C 20 C Acentuação Gráfica * A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre determinadas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. Acentos gráficos: • o acento agudo ( ´ ) - colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo em, indica que essas letras representam as vogais tónicas da palavra: carcará, caí, armazém. Sobre as letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu, léxico. OBS: Nem sempre o acento agudo indica vogal aberta. Pode, tão somente, quando sobreposto a i e u, assinalar vogal tónica: tímido, caí, túmulo, baú. o acento circunflexo ( ^ ) - colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de tonicidade, timbre fechado: lâmpada, pêssego, supôs, vêem, Atlântico. • o til ( ~ ) - indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão, portão, expõe, corações, ímã. • o acento grave ( ` ) - indica a ocorrência da fusão da preposição a com os artigos a e as, com os pronomes demonstrativos a e as e Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 10 Produzindo Resultados Positivos com a letra a inicial dos pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: à, às, àquele, àquilo. Regras básicas As regras de acentuação gráfica procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: • proparoxítonas - são todas acentuadas. Têm a antipenúltima sílaba tônica e, nesse caso, é a sílaba que leva acento. É o caso de: lâmpada, relâmpago, Atlântico, trôpego, Júpiter, lúcido, óptimo, víssemos, flácido. • paroxítonas - são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. Têm a penúltima sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em: i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis, júri. us, um, uns, on, ons: vírus, bónus, álbum, parabélum, álbuns, parabéluns. l, n, r, ei, x, ps': incrível, útil, ágil, fácil, amável, éden, hífen, pólen, éter, mártir, caráter, revólver, jóquei, tórax, ônix, fênix, bíceps, fórceps, Quéops. ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos. ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de s: água, árduo, pónei, cáries, mágoas, jóqueis. • oxítonas - Têm a última sílaba tônica. São acentuadas as que terminam em: a, as: Pará, vatapá, estás, irás, cajá. e, es: você, café, Urupês, jacarés. o, os: jiló, avó, avô, retrós, supôs, paletó, cipó, mocotó. em, ens: alguém, armazéns, vintém, parabéns, também, ninguém. • monossílabos tônicos - são acentuados os terminados em: a, as: pá, vá, gás, Brás, cá, má. e, es: pé, fé, mês, três, crê. o, os: só, xô, nós, pôs, nó, pó, só. Regras Especiais• ditongo - abertos tónicos quando em palavras oxítonas éi: anéis, atéia, papéis éu: céu, troféu, véu ói: constrói, dói, herói • hiato - i e u nas condições: sejam a segunda vogal tônica de um hiato ; formem sílabas sozinhos ou com s na mesma sílaba ; não sejam seguidas pelo dígrafo nh ; não forem repetidas (i-i ou u-u) ; não sejam, quando em palavras paroxítonas, precedidas de ditongo ; ex.: aí: a-í; balaústre: ba-la-ús-tre; egoísta: e-go-ís-ta; faísca: fa-ís-ca; viúvo; vi-ú-vo; heroína: he-ro-í-na; saída: sa-í-da; saúde: sa-ú-de. Não se acentuam as palavras oxítonas terminadas em i ou u (seguidos ou não do s). Palavras como baú, saí, Anhagabaú, etc., são acentuadas não por serem oxítonas, mas por o i e o u formarem sílabas sozinhos, num hiato. [editar] Acento diferencial • O acento diferencial é utilizado para diferenciar palavras de grafia semelhante. Usamos o acento diferencial - agudo ou circunflexo - nos vocábulos da coluna esquerda para diferenciar dos da direita: pôde (pret. perf. do ind. de poder) - pode (pres. do ind. de poder) pôr (verbo) - por (preposição) fôrma (substantivo) - forma (substantivo e verbo) O acento em "fôrma" pode ser considerado opcional Exercícios de Acentuação Gráfica 1- As palavras que recebem acento gráfico pela mesma norma gramatical estão reunidas em: a) aderência, fábricas, irreversível. b) transferência, série, contrário. c) fácil, veículos, tecnológica. d) tecnológicos, médio, possível. e) eletrônico, automóvel, rápido. 2- Considere a palavra agronegócio. A mesma razão gramatical também justifica o acento gráfico em: a) responsável, máquinas, além. b) vários, petróleo, ineficiência. c) últimos, armazéns, países. d) país, agropecuária, agrícolas. e) dólar, três, níveis. 3- Palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra jacarés estão reproduzidas em: a) negócios e únicos. b) município e amazônica. c) mantém e tamanduás. d) tucunarés e santuários. e) Ecológicos e tuiuiús. 4- As palavras do texto que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica nas palavras ofício e idéias, respectivamente, são: a) único e história. b) salários e Niger. c) inteligências e notável. d) período e memória. e) agência e heróicas. Observação sobre a nova ortografia oficial: ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 5- A expressão em que ambas as palavras recebem acento gráfico pela mesma razão gramatical é: a) recém-concluído. b) várias consequências. c) pólos econômicos. d) período favorável. e) violência no país. 6- A mesma regra que justifica a acentuação no vocábulo início aplica-se em: a) técnica. b) idéia. c) possível. d) jurídica. e) vários. 7- Se passamos o dia entre esses pólos de flutuação… (3º parágrafo) A frase em que se emprega uma palavra acentuada pela mesma norma que justifica o acento gráfico no vocábulo grifado acima é: a) A tristeza é um sentimento saudável na vida das pessoas. b) A vida pára e perde seu significado em momentos de tristeza. c) Com freqüência, sentimo-nos tristes, sem mesmo saber o motivo. d) Pesquisadores apontam com segurança o caráter inconstante da felicidade. e) Após momentos de grande felicidade podem surgir sentimentos de tristeza. Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 11 Produzindo Resultados Positivos Observação sobre a nova ortografia oficial: ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ ________________________________________________ 8- As palavras acentuadas pela mesma razão que justifica os acentos na expressão domínio econômico, são a) história notável. b) trânsito difícil. c) prejuízo público. d) experiência política. e) heroísmo extraordinário. 9- As palavras que recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica em vários, são: a) estômago e provável. b) ocorrência e predatório c) influência e insaciável. d) marítimas e também. e) número e até. 10- Recebem acento gráfico pela mesma razão que o justifica na palavra obediência: a) provisória e princípio. b) caráter e público. c) ordinárias e ninguém. d) ignorância e só. e) além e monetário. 11- A norma gramatical que justifica o acento gráfico na palavra década é: a) Monossílabos tônicos devem ser sempre acentuados. b) Palavras oxítonas terminadas em a recebem acento agudo. c) Palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente recebem acento gráfico. d) O acento agudo é utilizado para assinalar a existência de um hiato numa palavra paroxítona terminada em a. e) São acentuadas todas as palavras proparoxítonas. Gabarito acentuação 1)B 6) E 11) E 2)B 7) B 3)C 8) D 4)E 9) B 5)B 10) A Predicação Verbal Predicação Verbal: é o estudo das transitividades verbais, ou seja, cabe-nos analisar o verbo quanto à sua transitividade. Tipos de Verbo 1) Verbo de Ligação: é todo verbo que liga o sujeito a um estado, uma característica. A característica atribuída ao sujeito por intermédio do verbo de ligação denomina-se Predicativo do sujeito. Suj + VL + Pred.Suj Ex. Os parlamentares estavam ansiosos. suj. v.lig. pred.suj. Importante: Sempre que houver verbo de ligação, haverá obrigatoriamente predicativo do sujeito. Porém a recíproca nem sempre é verdadeira. Os brasileiros ficaram perplexos. Suj. v.lig. pred.Suj. Os brasileiros assistem ao filme perplexos Suj. v.t..i obj.ind. pred.Suj. 2) Verbo Intransitivo (V.I): é o verbo que, por ter sentido completo, não exige nenhum termo que lhe completa o sentido. Isso significa que o verbo intransitivo não exige complemento verbal (Objeto). As flores chegaram rápido. Suj. v.intr. Os sabias assobiavam no sertão. Suj. v.intr. 3) Verbo transitivo direto (VTD): é o verbo que não exige preposição iniciando seu objeto. Logo o Objeto será classificado como: Objeto Direto (OD) Os candidatos leram os manuais. Suj. v.t.d obj.dir Ele analisou, rapidamente, a nossa proposta. Suj. v.t.d Loc.Adv.Modo obj.dir 4) Verbo transitivo Indireto (VTI): é o verbo iniciado por preposição. Logo o Objeto será classificado como: Objeto Indireto (OI) Nunca desista de seus sonhos. v.t.i obj.ind Elas assistem ao bom filme. v.t.i obj.ind. • Verbo de ligação (V.L) • Verbo Intransitivo (V.I) • Verbo Transitivo Direto (VTD) • Verbo transitivo Indireto (VTI) •Verbo transitivo Direto e Indireto (VTDI) ►Dica: é importante uma revisão das preposições essenciais e acidentais. Preposições essenciais: a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob, sobre, trás. Preposições acidentais: conforme, consoante, segundo, durante, mediante, visto, como, etc. Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 12 Produzindo Resultados Positivos 5) Verbo transitivo direto e indireto (VTDI): éo verbo que exige dois objetos: um deles sem preposição (OD) e outro com preposição (OI) A intuição ofereceu novos cargos aos funcionários v.t.d.i obj.dir obj.ind O jornal informa as notícias ao povo v.t.d.i obj.dir obj.ind DIMP: Alguns verbos podem mudar de significado quando sua transitividade é alterada. Os moradores aspiram o ar poluído das grandes fábricas. v.t.d. obj.dir. Os moradores aspiram ao trânsito seguro. v.t.i. obj.ind. 6) Verbo transobjetivo: é o verbo que apresenta um objeto e um predicativo desse objeto. Verbo transobjetivo v.t.d + obj.dir + pred.obj.dir. v.t.i + obj.ind. + pred.obj.ind. O juiz considerou o resultado satisfatório. v.t.d. obj.dir. pred.obj.dir. Chamei-lhe de mentiroso. v.t.i obj.ind. pred.obj.ind DIMP: Dizer que um verbo é transobjetivo é observar a existência de predicativo. Estudo das vozes verbais Atenção: Quando um verbo exprime idéia de ação ele pode flexionar-se para indicar quem pratica e quem recebe essa ação. A essa flexão do verbo damos o nome de voz verbal. Quadro: Voz Ativa • Comportamento do sujeito: O sujeito é agente (pratica ação) O concursando fez provas. Suj.Ativo v.t.d obj.dir Voz Passsiva • comportamento do sujeito: o sujeito é paciente (recebe a ação) Provas foram feitas pelo concursando(Passiva Analítica) Lavam-se carros (Passiva Sintética) Passiva Analítica: (Locução verbal + agente da passiva) Os livros foram lidos pelo aluno. suj.passivo LV Ag.da passiva. Passiva Sintética: (apresenta partícula “SE”) Vendeu-se uma casa. v.i suj.passivo. Voz Reflexiva •comportamento do sujeito: o sujeito é agente e paciente da ação. Os alunos olhavam-se no espelho. A criança cortou-se com a faca. Estudo da partícula “SE” 1°Pronome Reflexivo (P.R): a) Com o verbo transitivo direto, quando o sujeito sofre a ação que pratica – Dimp: Na análise sintática este “se” é Objeto Direto. A senhora levantou-se O rapaz cortou-se b) Com o verbo transitivo direto e indireto e objeto direto explícito, quando o sujeito recebe a ação que pratica. Dimp: Na análise sintática este “se” é o Objeto indireto. O réu arrogou-se o direito de julgar. O deputado reservou-se uma outra gratificação. Obs. Os objetos diretos são: “direito” e “outra gratificação” 2° Parte Integrante do Verbo (PIV): Os verbos são tipicamente pronominais, ou seja, não podem ser conjugados sem auxilio de pronomes.Dimp: Na análise sintática a parte integrante do verbo não tem função sintática. Todos se arrependeram das mentiras. Ela dignou-se com os resultados. 3° Partícula Apassivadora (PA) A partícula “se”será classificada como P.A se acompanhada de: VTD ou VTDI Dimp: o antigo O.D é transformado em sujeito passivo. Compraram-se jóias Mandaram-lhe flores. 4° Partícula de indeterminação do sujeito (PIS) A partícula “se” será classificada como PIS se acompanhada de: VTI, VI, VL. Precisa-se de bons funcionários Aspira-se ao sucesso. Questões de prova 01. (Prefeitura Salvador -BA- 2008) ... a literatura carioca já registrava com freqüência o termo samba. Transpondo para a voz passiva, a forma verbal grifada passa a ser, corretamente, (A)registrou. (B)devia registrar. (C)fora registrado. (D)era registrado. (E)seria registrada. 02-. (TRF5R 2008) A floresta de 4,2 milhões de quilômetros quadrados é habitada por centenas de milhares de plantas ... (1º parágrafo) Transpondo para a voz ativa a frase acima, a forma verbal grifada passará a ser, corretamente: (A)habitam. (B)habitou. (C)habitava. (D)tinha habitado. (E)eram habitadas. 03. (TRF5R 2008) A frase que admite transposição para a voz passiva é: (A) A prova de que não somos uma coisa só está em cada dia que amanhece. (B) Outro dia recortei da Internet este fragmento de um blog (...). (C) A humanidade não tem jeito. (D) O pessimista não é inimigo das idealizações, muito pelo contrário. (E) Nem tudo está perdido. 04. (TJ/PE - Tec Adm 2007) ... que antecipam a chegada do elevador. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal correta passa a ser: (A) antecipa. (B) é antecipada. (C) foi antecipada. (D) tinha antecipado. (E) foram antecipadas. 05-Transpondo-se para a voz passiva a frase A privação da substância produz sintomas, obtém-se a forma verbal (A) é produzida. (B) produz-se. (C) eram produzidos. (D) são produzidos. Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 13 Produzindo Resultados Positivos (E) foram produzidos. 06- Passando para a voz passiva a frase A escrita das leis e atos normativos (....) retiraria elementos da escrita usual, obtém-se a forma verbal (A) teriam sido retirados. (B) retirar-se-ia. (C) seriam retirados. (D) teriam retirado. (E) tinham sido retirados. 07- A comunidade européia e o governo norte-americano anunciaram, nos últimos meses, fundos para esses estudos. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passará a ser: (A) foram anunciados. (B) estão anunciando. (C) foi anunciado. (D) foi anunciada. (E) anunciou. 08- Transpondo-se para a voz passiva a frase Os velhinhos viam muito pouca coisa, a forma verbal resultante será (A) era vista. (B) tinha sido vista. (C) tinham visto. (D) fora visto. (E) eram vistos. 09- (MPU - Tec Adm 2007) A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva é: (A) Fiquei observando a construção caprichosa da teia da aranha. (B) Os vegetarianos não fiquem aliviados. (C) Tudo isso compõe uma trama de vida e morte. (D) Eu teria reservado um melhor arremate para esta crônica. (E) A natureza vai explicitando suas verdades o tempo todo. 10. (TRE/PB - Analista 2007) A construção que NÃO admite transposição para a voz passiva é: (A) Os astrônomos antigos colocaram-na no centro do universo. (B) A mensagem chegou com o título de “A Bela Azul”. (C) O coração coloca as razões do amor no centro do universo. (D) Anunciam os cientistas a agonia de nossa Bela Azul. (E) A presença da natureza por vezes nos desvia da leitura de um livro. 11. (PM/BA Soldado PM 2007) Transpondo-se para a voz ativa a frase As ações repressivas passam a ser legitimadas pelo referendo da população, a forma verbal resultante será (A) passa a legitimar. (B) passam a legitimar. (C) legitimam-se. (D) têm passado a se legitimar. (E) passam a legitimar-se. 12. (TRE/MS - Analista 2007) NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: (A) A orientação do nosso ensino deveria contemplar nossa fecundidade indisciplinada. (B) Uma revolução na orientação do ensino brasileiro depende de uma combinação de múltiplas iniciativas. (C) A leitura responsável de um texto sempre considerará a possibilidade de seus múltiplos sentidos. (D) A maioria dos professores considera tão somente uma solução única para cada problema. (E) O método dialético estimula, acima de qualquer certeza dogmática, a valorização das contradições. 13-Pessoas físicas também podem patrocinar iniciativas culturais Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser: (A) pode ser patrocinado. (B) podem ser patrocinadas. (C) pode ter sido patrocinado. (D) têm o poder de patrocinar. (E) estarão podendo patrocinar. 14-... O Sudeste está descortinando sua vocação para os serviços. Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser, corretamente: (A) estão descortinando.(B) serão descortinados. (C) vai ser descortinada. (D) está sendo descortinada. (E) estão para ser descortinados. 15-.... o indivíduo exerce livremente sua atividade. Transpondo a frase acima para a voz passiva, obtém-se a forma verbal (A) exercerá. (B) é exercida. (C) pode exercer. (D) terá exercido. (E) terá como exercer. 16- Isto, por sua vez, converte as pessoas em funcionários de turno do sistema... Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal passa a ser, corretamente. (A) converteu-se. (B) é convertido. (C) tinham convertido. (D) são convertidas. (E) deveriam ser convertida. 17-Transpondo-se para a voz passiva a frase Estas adquiriram maior consciência de seus direitos, a forma verbal resultante será: (A) foi adquirida. (B) foram adquiridos. (C) têm adquirido. (D) foi adquirido. (E) tem sido adquirida. 18-Transpondo-se para a voz passiva a frase A cesta de bens inclui apenas os alimentos mínimos necessário à subsistência, a forma verbal resultante será (A) está incluído. (B) estarão incluídos. (C) são incluídos. (D) terão sido incluídos. (E) têm sido incluídos. 19-... pequenos agricultores e assentados também aumentam o problema. Transpondo-se para a voz passiva a frase acima, a forma verbal passará a ser (A) aumenta. (B) é aumentado. (C) aumentou. (D) está aumentando. (E) foram aumentados. 20-NÃO admite transposição para a voz passiva a seguinte construção: (A) O réu jamais admitiu a culpa. (B) Entraves burocráticos dificultam a distribuição de justiça. (C) Os mais cínicos colecionam “atestados de inocência”. (D) Mas nem sempre isso acaba por ocorrer. (E) Ele ignorou a importância dos detalhes. 21-Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em não haja registro de que alguém tenha usado sua espada para silenciar alguém, a forma resultante será: (A) fosse usada. (B) usasse. (C) tivesse usado. (D) tinha sido usada. (E) tenha sido usada. 22- (TRE/MS - Tec Adm 2007) ... que a mudança de comportamento se deve ao colapso da estrutura familiar dos elefantes ... A forma verbal correta e de sentido equivalente ao da que se encontra grifada na frase acima é: (A) tinha sido devido. (B) deveria ser devida. (C) será devida. Gramática Contextualizada da Língua Portuguesa Prof.Marcondes Júnior 14 Produzindo Resultados Positivos (D) foi devido. (E) é devida. (Auditor/CE -2003) Questiona-se também o fato de o crescimento capitalista não estar centrado nas necessidades, aspirações e recursos dos povos e nações, mas na propensão ao consumo daqueles indivíduos e países que têm poder de compra. Questão 23 - A expressão “Questiona-se” pode ser substituída pela forma correspondente É questionado. (Auditor/CE -2003) “...o trabalho humano é substituído por “forças naturais” de animais domesticados, da água corrente, do vento etc. Em seguida, foram inventadas formas mais complexas de captação e governo da energia do vapor, da eletricidade, de derivados do petróleo etc.” Questão 24 :A expressão “foram inventadas” pode ser substituída, sem prejuízo para a correção do período, pela estrutura inventaram-se. (Auditor/RN-2005) O ano de 2003 é marcado pela recessão econômica no Brasil e em vários países do mundo. Questão25 : A substituição de "é marcado" por marca-se mantém a informação original e a correção gramatical do período. (Auditor –AFRF/2002) Adotar o inglês teria a vantagem da neutralidade e da facilidade de interação com nossos colegas de outras regiões, mas com perda significativa na agilidade da comunicação e no andamento das reuniões. Foi adotada então uma postura única: haveria três línguas oficiais Questão 26 :Mantém-se a estrutura sintática de voz passiva e a idéia de passividade ao empregar Adotou-se em lugar de “Foi adotada” (AFC/CGU - 2003/2004-) Livro tem começo, meio e fim. Como a vida. As grandes narrativas favorecem a nossa visão histórica e criam o caldo de cultura no qual brotam as utopias. Sem utopia não há ideal – sem ideal não há valores nem projetos. A vida reduz-se a um joguete nas oscilações do mercado. Questão 27: Em “reduz-se”(l.6), o “se” é índice de indeterminação do sujeito. (Auditor/INSS – 2002) O grande desafio do Brasil é assegurar a estabilização econômica conquistada na segunda metade dos anos 90 e, a partir dela, instalar uma tendência irreversível em direção à elevação do nosso Índice de Desenvolvimento Humano. Diante desse quadro, impõe-se, de forma inarredável e urgente, a adoção de uma ética de co-responsabilidade entre os três grandes setores da vida nacional. Questão 28: O emprego do pronome “se” em “impõe-se”, indica que esse verbo está sendo empregado de forma reflexiva; não como se emprega no seguinte exemplo: A situação impõe novas regras. (Auditor –AFRF/2002) Desde 1995, quando o governo encaminhou sua primeira proposta ao Legislativo, o tema é debatido e não se chega a uma conclusão. Todos concordam que o sistema tributário brasileiro é repleto de distorções e deficiências, porém, quando se aprofunda o debate, os conflitos de interesses aparecem, dificultando a aprovação do projeto. Questão 29: Tanto em “se chega” como em “se aprofunda”, o “se” indica indeterminação do sujeito. (Auditor/CE -2003) Os meios de produção e distribuição tornam-se capital à medida que se concentram nas mãos duma minoria, enquanto a maioria se limita à posse de sua capacidade individual de trabalho. Questão 30 : As ocorrências de “se” em “se concentram” e “se limita” têm a mesma função sintática. Gabarito Questão 1:D Questão 16: D Questão2: A Questão 17: A Questão3: B Questão 18: C Questão 4: B Questão 19: B Questão 5: D Questão 20: D Questão 6: C Questão 21: E Questão 7: A Questão 22: E Questão 8: A Questão 23:C Questão 9: B Questão 24 C Questão 10: B Questão 25: C Questão 11: A Questão26 : C Questão 12: B Questão 27 :E Questão 13: B Questão 28: E Questão 14: D Questão29 :E Questão 15: B Questão 30 : C ESTUDO E EMPREGO DO VERBO-Questões de prova (Auditor/CE -2003) O capitalismo é o modo de produção em que os meios de produção e de distribuição, assim como o trabalho, tornam-se mercadorias, apropriadas privadamente. Questão 01 ; No primeiro período do texto predominam os tempos verbais do presente por tratar-se de uma definição, de um conceito. (Auditor –AFRF/2002) Desde que cheguei a Brasília me intriga o panorama da economia do Distrito Federal. É que a permanência das então futuras gerações de brasilienses na sua terra dependeria das condições de atração do mercado de trabalho local para fixação da crescente oferta de mão-de-obra em geral. A configuração da cidade administrativa, onde tudo gira em função do majoritário segmento da classe média de burocratas federais e locais, com a completa ausência de vida industrial, poderia não sobreviver ao esgotamento natural do modelo de economia estatal. Desde o início, tratava-se, como se trata ainda, de uma economia do contra-cheque. Essa característica, aliada à da Brasília centro de decisões, provavelmente a tenha marcado, fantasiosamente, como uma ilha da fantasia. Questão 02 : Pelo emprego da forma verbal “dependeria”, o autor sugere que sua idéia inicial não se concretizou, como demonstra no final do texto. (AFC/CGU - 2003/2004) A felicidade, que em si resultaria de um projeto temporal, reduz-se hoje ao mero prazer instantâneo derivado, de preferência, da dilatação do ego (poder, riqueza, projeção pessoal etc.) e dos "toques" sensitivos (ótico, epidérmico, gustativo etc.). Questão 03 : O emprego do futuro do pretérito em “resultaria” indica que o fenômeno a que essa forma verbal se refere está impedido de ocorrer. (AFC/CGU - 2006-) O final do século XX assistiu a um processo sem precedentes de mudanças na história do pensamento e da técnica. Ao lado da aceleração avassaladora nas tecnologias
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