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Conceito de Bagagem

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Conceito de Bagagem
1.1. O que se entende por bagagem?
A bagagem é constituída pelo conjunto de bens novos ou usada que um viajante, em compatibilidade com as circunstâncias de sua viagem, possa destinar para seu uso ou consumo pessoal, bem como para presentear, sempre que pela sua quantidade, natureza ou variedade, não permitam presumir importação ou exportação com fins comerciais ou industriais.
Exemplos: roupas, calçados, óculos, perfumes, relógio, máquina fotográfica, telefone celular, brinquedos, aparelhos eletrônicos, utensílios domésticos, objetos de decoração, equipamentos para a prática de esportes ou para atividades profissionais, entre outros.
1.2. Quais os bens que não podem ser trazidos como bagagem?
Não se enquadram no conceito de bagagem os veículos automotores em geral, motocicletas, motonetas, bicicletas com motor, motores para embarcação, motos aquáticas e similares, casas rodantes (motor homes), aeronaves (inclusive asa delta e parapente) e embarcações de todo tipo (inclusive barcos infláveis e caiaques).
As partes e peças de tais bens (por exemplo, rodas, pneus, bancos, volantes esportivos ou não, buzinas, faróis xênon) também não são enquadráveis como bagagem.
Entretanto, deve-se alertar que é possível trazer como bagagem veículos de brinquedo próprios para serem conduzidos por crianças (abaixo de 50 cc), e acessórios para veículos.
1.3. O que se entende por bens de uso ou consumo pessoal?
- Bens de uso ou consumo pessoal são os artigos de vestuário, higiene e demais bens de caráter manifestamente pessoal, em natureza e quantidade compatíveis com as circunstâncias da viagem.
Cabe esclarecer que são bens de caráter manifestamente pessoal aqueles que o viajante possa necessitar para uso próprio, considerando as circunstâncias da viagem e a sua condição física, bem como os bens portáteis destinados a atividades profissionais a serem executadas durante a viagem, excluídos máquinas e aparelhos que requeiram alguma instalação para seu uso (assim entendidos, por exemplo, um computador de mesa, um aparelho de ar condicionado, ou um projetor de vídeo) e máquinas filmadoras e computadores pessoais.
Uma máquina fotográfica (ainda que possua função “filmadora”), um relógio de pulso, um telefone celular (inclusive smartphone), um aparelho reprodutor de áudio/vídeo portátil, ou pen drive, usados, por exemplo, estão abrangidos pelo conceito de bens de caráter manifestamente pessoal.
1.4. Qual a diferença entre bens de viajante, bagagem e bens de uso ou consumo pessoal?
- Um viajante pode trazer para o País quaisquer bens permitidos, incluídos ou não no conceito de bagagem. Caso traga, por exemplo, peças de veículos (excluídas do conceito), pode importá-las mediante um despacho comum de importação. Os bens de uso ou consumo pessoal correspondem a uma parcela de bagagem isenta de tributação.
1.5. Qual a diferença entre o despacho de bagagem e um despacho comum de importação?
– O despacho de bagagem é feito imediatamente após o desembarque, devendo o viajante recolher os tributos eventualmente devidos e apresentar à fiscalização aduaneira, no canal de bens a declarar, o recibo de transmissão da declaração eletrônica – e-DBV, formulado no site www.edbv.receita.fazenda.gov.br, para registro.
Apenas em casos excepcionais é necessária a manifestação de outros órgãos além da Secretaria da Receita Federal do Brasil.(artigos 3º a 8º da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010).
– O despacho de importação comum, em regra, não é imediato, e implica armazenamento da mercadoria, para que o importador seja habilitado e sejam obtidas as autorizações exigidas para a operação. (Instruções Normativas SRF nº 611/2006 e 680/2006).
1.6. Qual a diferença conceitual entre bagagem acompanhada e bagagem desacompanhada?
– Bagagem acompanhada é aquela que o viajante leva consigo e no mesmo meio de transporte em que viaja (inclusive no bagageiro do veículo transportador), exceto quando for transportada em condição de carga (com conhecimento de carga emitido).
- Bagagem desacompanhada é toda aquela que chega ao País ou dele sai, antes ou depois do viajante, ou que com ele chegue, mas em condição de carga.
1.7. O viajante poderá trazer do exterior um aparelho de GPS (navegador) e um aparelho automotivo para reprodução de CD/DVD/MP3, realizando o despacho com o tratamento tributário e aduaneiro aplicáveis à bagagem de viajantes?
- Sim. Apesar de não constituírem bens de uso ou consumo pessoal, os acessórios, assim entendidos os itens que não são necessários para o funcionamento normal do veículo automotivo, constituem bagagem (ao contrário das partes e peças) e por esta razão podem ser desembaraçados com isenção dos tributos incidentes sobre a importação de bagagem de viajantes, desde que respeitados os limites quantitativos e de valor estabelecidos no art. 7º da Portaria MF nº 440/2010, regulamentado pelo artigo 33 da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010.
- Além dos bens citados na pergunta, podem ainda, por exemplo, ser classificados como acessórios as antenas, os alto-falantes e os módulos de potência para som automotivo.
1.8. Aparelhos de ar condicionado, luminárias, torneiras, rolos de arame farpado, eletrodomésticos, estátuas e objetos de decoração, instrumentos musicais, e materiais de uso profissional podem ser enquadrados no conceito de bagagem?
- Sim, desde que não revelem destinação comercial (ex. bens para revenda, caixas registradoras) ou industrial (ex. bens destinados a processo produtivo). Deve-se alertar, contudo, que há necessidade de autorização de outros órgãos da administração para a importação de alguns desses bens.
Para fruírem dos limites de valor para isenção, os bens referidos na pergunta não podem ultrapassar os limites quantitativos estabelecidos no art. 7º da Portaria MF nº 440/2010, regulamentado pelo artigo 33 da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010.
1.9. Além de uma máquina fotográfica, um relógio, e um telefone celular, um viajante pode trazer sob o conceito de bens de caráter manifestamente pessoal outros bens usados (por exemplo, um óculo esportivo, uma pulseira de ouro, um par de brincos e um colar de brilhante)?
- Sim, se forem compatíveis com as circunstâncias da viagem. A lista de bens contida no § 1º do art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010 é exemplificativa.
Cabe destacar que poderá ser exigida a comprovação da compatibilidade com as circunstâncias da viagem, tendo em vista, entre outras variáveis, o tempo de permanência no exterior.
1.10. Um músico profissional brasileiro que estiver retornando do exterior após apresentação regular por ele executada pode trazer, entre os seus bens de caráter manifestamente pessoal, o equipamento musical usado adquirido no exterior?
Sim, se portátil e compatível com as circunstâncias da viagem. Caso o músico tenha levado seu equipamento para a apresentação no exterior, mas lá tenha adquirido outros, estes não serão considerados compatíveis com as circunstâncias da viagem, a menos que se comprove defeito do equipamento originalmente levado.
1.11. Existe um período mínimo de tempo para que um bem seja considerando usado? Mais especificamente, se o viajante comprar um relógio novo no exterior e, em seguida, usá-lo, poderá importar esse bem sob o conceito de bem de caráter manifestamente pessoal?
Não existe um período mínimo de tempo para que um bem seja considerado usado. Se o bem for usado uma única vez deixará de ser novo.
Caso um viajante compre um relógio no exterior, poderá trazê-lo sob o conceito de bem de caráter manifestamente pessoal. Contudo, caso o viajante tenha saído do Brasil com seu relógio e tenha no exterior adquirido e usado outro este não será considerado compatível com as circunstâncias da viagem, a menos que se comprove defeito do relógio originalmente levado.
1.12. Qual o conceito de mercadoria idêntica?
Entende-se por mercadorias idênticas aquelas que são iguais em tudo, inclusive nas suas características físicas, qualidade e reputação comercial. Pequenas diferenças na aparêncianão impedirão que sejam consideradas idênticas, se em tudo o mais se enquadrarem na definição.
1.13. O que deve fazer o viajante quando estiver retornando do exterior portando bens em quantidade acima dos limites permitidos ou bens que não se enquadrem no conceito de bagagem?
O viajante deverá informar na e-DBV a quantidade total de bens adquiridos e apresentar à fiscalização aduaneira, no canal de bens a declarar, o recibo de transmissão da e-DBV, formulado no site www.edbv.receita.fazenda.gov.br, para registro. A mercadoria então ficará armazenada para fins de despacho aduaneiro mediante importação comum, com todas as regras a ela inerentes.
1.14. O que deve fazer o viajante retornando do exterior que estiver trazendo bens destinados à pessoa jurídica, quando estiver atuando como mero transportador (on board courier)?
O viajante deverá informar na e-DBV que os bens destinam-se a pessoa jurídica determinada, estabelecida no País, à qual incumbe promover o despacho aduaneiro para uso ou consumo próprio, sob o regime de importação comum e apresentar à fiscalização aduaneira, no canal de bens a declarar, o recibo de transmissão da e-DBV, formulado no site www.edbv.receita.fazenda.gov.br, para registro. (art. 44, § 2º da IN RFB no 1.059/2010).
1.15. O viajante pode trazer do exterior, com o tratamento de bens de uso e consumo pessoal (isenção), bens que não se destinem ao seu uso próprio, ou bens para presentear?
Não. Os bens para presentear estão sujeitos à tributação no que exceder aos limites estabelecidos no art. 7º da Portaria MF nº 440/2010, regulamentado pelo artigo 33 da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010.
Os bens de uso e consumo pessoal, como o próprio nome sugere, são pessoais e intransferíveis, a título gratuito ou oneroso.
1.16. Que bens podem ser considerados compatíveis com as circunstâncias da viagem no caso de viajante que permaneça no exterior por menos de um dia?
É comum, principalmente nas fronteiras terrestres, que viajantes dirijam-se ao exterior para efetuar pequenas compras, voltando no mesmo dia. Nessas circunstâncias, em que o viajante sai do País sem a necessidade de pernoite no exterior, muitas vezes sem malas, torna-se compatível com as circunstâncias da viagem, para efeito de enquadramento como bem de uso ou consumo pessoal adquirido no exterior, apenas o vestuário e o material de higiene e toucador necessários ao uso do viajante durante o período.
1.17. Posso trazer Aeromodelos, Drones, Vants ou ARP como bagagem?
No controle aduaneiro e tratamento tributário são de fundamental importância à diferenciação entre aeromodelos e drones, vants e afins. Aeromodelos se enquadram no conceito de bagagem e não são considerados aeronaves. No entanto, DRONES, VANTS ou ARP- Aeronave Remotamente Pilotada não são aeromodelos e são considerados aeronaves pela ANAC.
Os aeromodelos diferem dos vant ou drones pela sua utilização meramente recreativa face uma utilização comercial ou experimental dos últimos, conforme definição abaixo disponível na IS 21-002 da ANAC, conforme sítio: eletrônico: http://www2.anac.gov.br/biblioteca/IS/2012/IS%2021-002A.pdf.
Veículo Aéreo Não Tripulado – VANT: Aeronave projetada para operar sem piloto a bordo e que não seja utilizada para fins meramente recreativos. Nesta definição, incluem- se todos os aviões, helicópteros e dirigíveis controláveis nos três eixos, excluindo-se, portanto, os balões tradicionais e os aeromodelos.
Aeronave Remotamente Pilotada (Remotely-Piloted Aircraft – RPA): Aeronave em que o piloto não está a bordo. É uma subcategoria de Veículos Aéreos Não Tripulados. (Retificado no Diário Oficial da União de 23 de outubro de 2012, Seção 1, página 1).
Os VANTS (ou Drones) estão sujeitos a registro na ANAC por requisitos de aero navegabilidade, e são projetadas para transportar uma carga ou equipamento de filmagem/fotografia para uso diverso de recreativo, equipamento esse, não essencial ao voo, logo, enquadrando-se na definição legal de AERONAVE da lei 7565/96 em seu artigo 106.
Art. 106. Considera-se aeronave todo aparelho manobrável em voo, que possa sustentar-se e circular no espaço aéreo, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas.
Parágrafo único. A aeronave é bem móvel registrável para o efeito de nacionalidade, matrícula, aeronavegabilidade (artigos 72, I, 109 e 114), transferência por ato entre vivos (artigos 72, II e 115, IV), constituição de hipoteca (artigos 72, II e 138), publicidade (artigos 72, III e 117) e cadastramento geral (artigo 72, V).”.
Já os AEROMODELOS tem uso exclusivamente recreativo, tendo diversas limitações operacionais e não estando sujeito a registro ou autorização da ANAC para seu uso no Brasil, logo, não se enquadrando no conceito de aeronave e a sua operação (aeronaves não tripuladas operadas com a finalidade de esporte e lazer a uma altitude de até 400 pés), é regida pela Portaria DAC n° 207/STE, de 7 de abril de 1999.
No caso dos aeromodelos procedentes do exterior, enquadrados no conceito de bagagem, podem ser observados os procedimentos de controle aduaneiro e tratamento tributário do Regime de Tributação Especial (RTE) para bagagens. O RTE permite o despacho de bens incluídos no conceito de bagagem, mediante, exclusivamente, o pagamento do imposto de importação de 50% sobre o valor do bem, atendidos os critérios definidos no referido regime. Informações adicionais estão disponibilizadas no nosso sítio eletrônico: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/viagens-internacionais/bagagens/regime-de-tributacao-especial-para-bagagens
Bens de viajantes que não puderem ser submetidos ao regime de isenção ou de tributação especial deverão ser submetidos ao regime de importação comum. Para maiores informações, acesse: http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/viagens-internacionais/bagagens/regime-de-importacao-comum-para-bagagens
Alerta-se, ainda, que a legislação brasileira prevê penalidades por falsas declarações e/ou a apresentação de documentos fraudulentos. As penalidades variam de multas, calculadas sobre o valor dos bens, até a apreensão desses bens para aplicação da pena de perdimento, podendo ainda o viajante ser processado criminalmente.
Despacho Aduaneiro
2.1. Uma família de brasileiros retornando do exterior, ao ingressar no território nacional, poderá declarar o conteúdo da bagagem em uma única Declaração de Bagagem Acompanhada (e-DBV)?
Não. A e-DBV é individual e deverá ser preenchida relacionando os bens que pertencem a cada pessoa maior de 16 anos da família, transmitida e entregue para registro à fiscalização aduaneira para validação.
2.2. O menor de 16 anos, acompanhado de seu pai precisa apresentar (e-DBV), quando estiver retornando do exterior?
Sim, se portar bens de declaração obrigatória. Nesse caso deverá preencher a e-DBV em seu nome, transmitida e entregue para registro por um dos pais ou o responsável.
2.3. Devo declarar na e-DBV um computador pessoal de US$ 700,00 que recebi de presente no exterior?
Sim. É irrelevante se o bem foi adquirido ou recebido a título de presente. Nesse caso, será tributado à alíquota de 50% do que exceder ao limite de isenção estabelecido para a via de transporte utilizada.
2.4. O viajante está obrigado a preencher a e-DBV mesmo quando não trouxer bens sujeitos à tributação?
A partir de 1º de janeiro de 2012, o viajante maior de 16 anos, que em razão da natureza dos bens que traz na sua bagagem esteja obrigado a dirigir-se ao canal “bens a declarar” deve preencher a e-DBV.
2.5. O que o viajante deve fazer se desejar documento que comprove a regular entrada de seus bens no território nacional, quando estiver trazendo bens de uso ou consumo pessoal adquiridos no exterior ou bens abaixo dos limites de isenção?
O viajante deverá informar na e-DBV e apresentar à fiscalização aduaneira, no canal de bens a declarar, o recibo de transmissão, formulado no site www.edbv.receita.fazenda.gov.br para registro, com as correspondentes faturas comerciais, para fins de desembaraço aduaneiropor Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB), independente do valor dos bens e da existência de tributos a recolher.
2.6. Qual o tratamento aduaneiro aplicável à bagagem desacompanhada?
A bagagem desacompanhada deverá, em regra, chegar ao País na condição de carga, dentro dos três meses anteriores ou até os seis meses posteriores à chegada do viajante. 
O despacho aduaneiro será efetuado com base em Declaração Simplificada de Importação (DSI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e instruída com a relação dos bens contendo descrição e valor aproximado, por volume ou caixa; e o conhecimento de carga original ou documento equivalente, consignado ao viajante ou a ele endossado.
2.7. No caso de bens de origem estrangeira, como o viajante poderá comprovar a nacionalização para fins da aplicação da não incidência de tributos quando do retorno ao País dos bens utilizados em sua viagem?
No caso dos bens estrangeiros adquiridos no Brasil, a comprovação poderá ser feita mediante a apresentação da Nota Fiscal, emitida por estabelecimento domiciliado no País.
No caso de bens adquiridos no exterior e trazidos para o País em outra viagem, a comprovação far-se-á mediante apresentação do número da e-DBV ou do Extrato de Bens RTE ou da DBA devidamente desembaraçada, contendo a descrição detalhada do bem.
A comprovação de importação regular pode ainda ser feita por qualquer outro meio idôneo.
2.8. No caso de bens de propriedade de empresa ou órgão, de posse do viajante (por exemplo, notebook da repartição), como deverá proceder em sua viagem ao exterior, para que não haja incidência de tributos no retorno?
O viajante, no caso, deverá portar termo de responsabilidade pelo uso do equipamento, ou documento equivalente, lavrado antes da data da viagem ao exterior. Se o bem for de origem nacional, não há necessidade de documentação alguma.
Caso a autoridade aduaneira tenha fundadas suspeitas sobre a autenticidade do documento apresentado ou a veracidade das informações nele prestadas, poderá reter o bem de origem estrangeira até a comprovação da regular importação.
2.9. Quando o viajante estiver regressando ao País, o que fazer se parte de sua bagagem foi extraviada?
O viajante deverá efetuar o registro da ocorrência junto ao transportador e apresentar-se à Fiscalização aduaneira para registro da e-DBV, juntamente com o documento que comprova o extrato da bagagem. 
A fiscalização aduaneira registra, então, nesse documento, a parcela do limite de isenção utilizada pelo viajante, ou o não uso de tal limite, conforme dispõem os artigos 27 e 28 da Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010.
Tributação de Bagagem
3.1. Como é a tributação da bagagem?
Os bens de uso e consumo pessoal, e livros, folhetos e periódicos são isentos de tributos;
As unidades excedentes aos limites quantitativos serão armazenadas para despacho comum de importação (mediante tributação comum, utilizando-se, por exemplo, as alíquotas constantes da Tarifa Externa Comum do MERCOSUL para o cálculo do imposto de importação); 
Os bens em quantidades que não excedam aos limites quantitativos serão tributados a uma alíquota única de 50% (Regime de Tributação Especial), aplicada sobre o valor global que exceda o limite estabelecido para a via de transporte (US$ 500,00, para viajante que ingresse no País por via aérea ou marítima; e US$ 300,00, para via terrestre, fluvial ou lacustre).
3.2. Quais são os limites de isenção aplicáveis aos demais bens integrantes da bagagem, distintos de livros, folhetos periódicos e bens de uso ou consumo pessoal (via aéreo-marítima)?
O limite de isenção para a via aérea e marítima é de US$ 500,00. Contudo devem ser observados ainda os seguintes limites quantitativos:
I - bebidas alcoólicas: 12 litros, no total;
II - cigarros: 10 maços, no total, contendo, cada um, 20 unidades;
III - charutos ou cigarrilhas: 25 unidades, no total;
IV - fumo: 250 gramas, no total;
V - bens não relacionados nos itens I a IV (souvenires e pequenos presentes), de valor unitário inferior a US$ 10,00: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 10 unidades idênticas; e.
VI - bens não relacionados nos incisos I a V: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 3 unidades idênticas.
3.3. Quais são os limites de isenção aplicáveis aos demais bens integrantes da bagagem, distintos de livros, folhetos periódicos e bens de uso ou consumo pessoal (via terrestre/fluvial/lacustre)?
O limite de isenção para a via terrestre, fluvial e lacustre é de US$ 300,00. Contudo devem ser observados ainda os seguintes limites quantitativos:
I - bebidas alcoólicas: 12 litros, no total;
II - cigarros: 10 maços, no total, contendo, cada um, 20 unidades;
III - charutos ou cigarrilhas: 25 unidades, no total;
IV - fumo: 250 gramas, no total;
V - bens não relacionados nos itens I a IV (souvenires e pequenos presentes), de valor unitário inferior a US$ 5,00: 20 unidades, no total, desde que não haja mais do que 10 unidades idênticas; e.
VI - bens não relacionados nos incisos I a V: 10 unidades, no total, desde que não haja mais do que 3 unidades idênticas.
3.4. Qual o intervalo de tempo que um viajante pode utilizar os limites de isenção para bagagem trazida do exterior?
O direito à isenção de caráter geral relativa a outros bens distintos de livros, folhetos, periódicos, e de bens de uso ou consumo pessoal, somente poderá ser exercido pelo viajante uma vez a cada intervalo de um mês.
Por exemplo, se o viajante utilizou a isenção, mesmo que parcialmente, no dia 10/07/2010, somente poderá novamente utilizá-la no dia 10/08/2010. Se o viajante utilizou a isenção, mesmo que parcialmente, no dia 30/01/2010, somente poderá novamente utilizá-la no dia 28/02/2010 (em ano bissexto, no dia 29).
3.5. Qual o tratamento tributário aplicável no caso de um viajante ingressando no País, pela via aérea, com os seguintes bens:
10 litros de bebida alcoólica, no valor unitário de US$ 30,00;
5 brinquedos iguais, no valor unitário de US$ 6,00; e.
2 videogames, de valor unitário US$ 300,00.
- Como o viajante não excedeu nenhum limite quantitativo, será tributado pelo regime especial (50% do que exceder a US$ 500,00).
Considerando-se um total de US$ 930,00, e isenção em relação a US$ 500,00, a base tributável é de US$ 430,00 (à alíquota de 50%), chegando-se ao tributo devido de US$ 215,00, a ser convertido em reais.
3.6. Qual o tratamento tributário aplicável no caso de um viajante ingressando no País, pela via terrestre, com os seguintes bens:
20 litros de bebidas alcoólicas diversas, no valor unitário de US$ 5,00; e 1 videogame de valor unitário US$ 300,00.
Observe que neste caso o viajante excedeu tanto o limite de valor quanto o limite quantitativo para trazer bebidas alcoólicas. Assim, o que exceder o limite quantitativo (8 litros - as unidades que o viajante escolher) ficará retido para ser posteriormente despachado, seguindo o tratamento tributário e procedimental de uma importação comum, e recolher os tributos referentes à bagagem (tributação especial) para os outros bens.
Com 12 litros de bebida (total de US$ 60,00) mais o videogame (total de US$ 300,00) chega-se a um montante de US$ 360,00, que excede em US$ 60,00 o limite de valor para a via. Chega-se assim a um tributo em reais resultante da conversão do valor de US$ 30,00.
3.7. Qual o tratamento tributário aplicável no caso de um viajante ingressando no País, pela via marítima, com os seguintes bens:
20 litros de bebidas alcoólicas diversas, (10 no valor unitário de US$ 5,00 e 10 no valor unitário de US$ 6,00); e 1 videogame de valor unitário US$ 300,00.
Considerando que o viajante não excedeu os limites de valor, mas superou o limite quantitativo para trazer bebidas alcoólicas, ele deverá despachar o excedente (8 litros - as unidades que o viajante escolher, independente do valor unitário) seguindo o tratamento tributário e procedimental de uma importação comum.
Assim, o regime especial de bagagem se aplicará somente a 12 litros de bebida(caso o viajante tenha escolhido utilizar a tributação especial para os 10 litros de valor US$ 5,00, e para 2 de valor US$ 6,00, totalizar-se-ia US$ 62,00) e ao videogame (total de US$ 300,00), havendo isenção em relação a tais bens, que não superam o limite para a via (US$ 500,00).
3.8. Qual o tratamento tributário aplicável no caso de um viajante ingressando no País, pela via marítima, com os seguintes bens:
10 litros de bebidas alcoólicas diversas, no valor unitário de US$ 5,00; 1 videogame de valor unitário US$ 300,00, dois livros, no valor individual de US$ 50,00, e um único relógio, no valor de US$ 250,00.
Considerando que o viajante não excedeu os limites de valor (repare-se que não são computados o valor do relógio, por ser este um bem de uso pessoal, e o valor dos livros), nem os limites quantitativos, aplica-se o tratamento tributário e aduaneiro de bagagem.
Assim, o regime especial de bagagem se aplicará aos 10 litros de bebida (totalizando US$ 50,00) e ao videogame (total de US$ 300,00), havendo isenção em relação a tais bens, que não superam o limite para a via (US$ 500,00).
Porte de Valores
4.1. Estou viajando para o exterior portando valores em espécie acima de R$ 10.000,00 (ou o equivalente em outra moeda). O que devo fazer?
- Apresentar a fiscalização aduaneira para o registro a e-DBV de Saída de Valores, realizado no endereço eletrônico www.edbv.receita.fazenda.gov.br.
- Para a verificação da exatidão do Porte de Valores, por ocasião da saída de viajante do País, deverão ser apresentados os seguintes documentos:
a) comprovante de aquisição da moeda estrangeira em banco autorizado ou instituição credenciada a operar em câmbio no País, em valor igual ou superior ao declarado;
b) declaração apresentada à unidade da RFB, quando da entrada no território nacional, em valor igual ou superior àquele em seu poder; ou.
c) comprovante do recebimento, por ordem de pagamento em moeda estrangeira em seu favor, ou de saque mediante a utilização de cartão crédito internacional, na hipótese de estrangeiro ou brasileiro residente no exterior em trânsito no País.
4.2. Estou retornando do exterior, portando valores em espécie acima de R$ 10.000,00 (ou o equivalente em outras moedas). O que devo fazer?
- Realizar a e-DBV de Entrada de Valores, no endereço eletrônico www.edbv.receita.fazenda.gov.br, e apresentar à fiscalização aduaneira para o seu registro.
No desembarque, o viajante também deverá declarar em campo próprio da e-DBV se possui recursos em espécie, em moeda nacional ou estrangeira, em montante superior ao referido.
- O viajante deverá declarar e apresentar a e-DBV Transmitida pela Web Page da RFB à fiscalização aduaneira para registro nas áreas destinadas à realização do controle de bens de viajante, para fins de verificação da correspondência entre os valores portados e a declaração prestada.
Loja Franca
5.1. Quais os limites para aquisição de bens em loja franca (free shop) de chegada ao Brasil e qual o tratamento tributário aplicável?
Nesta situação, o viajante poderá adquirir bens com isenção até o limite de valor global de US$ 500,00, sem prejuízo da isenção prevista para os bens trazidos do exterior como bagagem, observados, ainda, os seguintes limites quantitativos (IN RFB no 863/2008):
24 (vinte e quatro) unidades de bebidas alcoólicas, observado quantitativo máximo de 12 (doze) unidades por tipo de bebida;
20 (vinte) maços de cigarros;
25 (vinte e cinco) unidades de charutos ou cigarrilhas;
250 g (duzentos e cinquenta gramas) de fumo preparado para cachimbo;
10 (dez) unidades de artigos de toucador; e.
3 (três) unidades de relógios, máquinas, aparelhos, equipamentos, brinquedos, jogos ou instrumentos elétricos ou eletrônicos.
5.2. Qual o tratamento tributário aplicável para bens adquiridos em loja franca (free shop) de outro país, antes da chegada ao Brasil?
Estes bens terão o mesmo tratamento tributário aplicável aos demais bens que o viajante adquirir no exterior, integrando sua bagagem para todos os efeitos.
5.3. Qual o tratamento tributário aplicável para bens adquiridos em loja franca (free shop) no momento de saída do País, quando a ele retornarem?
Quando retornarem ao Brasil estes bens terão o mesmo tratamento tributário aplicável aos demais bens que o viajante adquirir no exterior, integrando sua bagagem para todos os efeitos. Apesar de terem sido adquiridos no País, estes bens não são considerados nacionais ou nacionalizados, pois estavam no País com suspensão de tributos sob o regime especial de loja franca.
Estrangeiro
6.1. O que deve fazer o estrangeiro que estiver ingressando temporariamente no Brasil, com bagagem acompanhada?
O estrangeiro, ao ingressar no país, casa o valor global de seus bens de uso e consumo pessoal ultrapasse US$ 3.000,00, deve transmitir a e-DBV, na Web Page da RFB, dirigir-se ao canal “bens a declarar” ou apresentar-se à fiscalização aduaneira para registro discriminando-os.
Em qualquer caso, a documentação fornecida pela fiscalização aduaneira deverá ser mantida com o viajante até a apresentação à fiscalização aduaneira por ocasião de seu retorno ao exterior.
6.2. O que deve fazer o estrangeiro que estiver ingressando temporariamente no Brasil, com bagagem desacompanhada?
Os bens integrantes da bagagem desacompanhada de estrangeiro que ingressar no País com visto temporário poderão ser submetidos ao regime aduaneiro especial de admissão temporária, cabendo ao viajante providenciar Declaração Simplificada de Importação eletrônica (DSI eletrônica), nos termos da Instrução Normativa SRF nº 611/2006.
6.3. O que deve fazer o estrangeiro que estiver ingressando definitivamente no Brasil, em relação aos bens que estiver trazendo consegue?
O estrangeiro que ingressa definitivamente no Brasil tem direito à isenção de tributos relativos à sua bagagem acompanhada. Enquanto não lhe for concedido o visto permanente, seus bens poderão ingressar no território aduaneiro sob o regime de admissão temporária (Instrução Normativa RFB nº 1.059/2010, art. 35, § 3º) podendo, quando for o caso, ser utilizada a (e-DBV) nos termos do art. 5º, §§ 2º e 3º, da IN RFB nº 1.059/2010.
Casos Especiais
7.1. O residente em cidade fronteiriça tem direito a alguma espécie de isenção de caráter especial?
Sim. A isenção relacionada ao comércio de subsistência em fronteira é regulada em norma específica (atualmente, Instrução Normativa SRF no 104/1984) e pode ser utilizada isolada ou cumulativamente com as isenções previstas para bagagem de viajantes. De acordo com a norma citada, a isenção para o comércio de subsistência em fronteira subordina-se às seguintes condições:
a) a isenção somente alcança bens produzidos no Brasil ou nos países limítrofes;
b) as aquisições deverão restringir-se às necessidades de subsistência do adquirente e de sua família; e.
c) as aquisições deverão restringir-se a bens para os quais não haja, no País, restrição para sua entrada ou saída.
7.2. O brasileiro que estiver retornando ao País depois de residir por mais de um ano no exterior tem direito a alguma isenção de caráter especial?
Sim. Os brasileiros que retornem ao País, provenientes do exterior, depois de lá residirem há mais de 1 (um) ano, terão isenção de tributos, observadas as condições do art. 35 da Instrução Normativa RFB no 1.059/2010, para os seguintes bens, novos ou usados:
- móveis e outros bens de uso doméstico; e.
- ferramentas, máquinas, aparelhos e instrumentos necessários ao exercício de sua profissão, arte ou ofício, individualmente considerado.
7.3. O tripulante de veículo em viagem internacional tem alguma espécie de isenção de caráter especial?
A bagagem do tripulante (assim entendida a pessoa que esteja a serviço do veículo durante o percurso da viagem) está isenta de tributos somente quanto a bens de uso e consumo pessoal, livros, folhetos e periódicos, não havendo isenção para outros bens.
Pela frequência com que viajam os tripulantes, torna-se compatível com as circunstâncias da viagem, para efeito de enquadramento comobem de uso ou consumo pessoal adquirido no exterior, apenas o vestuário e o material de higiene e toucador necessários ao uso do tripulante durante o período.
7.4. O viajante que estiver ingressando no País em veículo militar tem alguma espécie de isenção de caráter especial?
A bagagem acompanhada do viajante, civil ou militar, embarcado em veículos militares procedentes do exterior terá isenção a qualquer tempo quanto a bens de uso ou consumo pessoal, livros, folhetos e periódicos. Quanto aos outros bens (inclusive aqueles para presentear), o direito à isenção somente poderá ser exercido uma vez a cada intervalo de 1 (um) ano.
7.5. O diplomata que estiver chegando ao País tem alguma espécie de isenção de caráter especial?
Sim. A importação de bens de viajante, inclusive bagagem e automóveis, por integrantes de missões diplomáticas, repartições consulares ou representações de organismos internacionais será efetuada com isenção de tributos. Deve-se observar que esta isenção somente será outorgada àqueles que, no exercício de suas funções, gozem do tratamento aduaneiro outorgado ao corpo diplomático.
Penalidades
8.1. Quais as multas aplicáveis no caso de declaração de bagagem acompanhada
(e-DBV) falsa ou inexata pelo viajante procedente do exterior?
Em zona primária (área alfandegada de portos, aeroportos e pontos de fronteira por onde entrar o viajante), será aplicada multa de cinquenta por cento do valor excedente ao limite de isenção (prevista no artigo 57 da Lei nº 9.532/1997), sem prejuízo do pagamento do imposto devido, nos casos de: opção indevida do viajante pelo canal "nada a declarar” (declaração falsa); ou indicação incorreta na declaração de bagagem que enseje diferença de tributos a recolher (declaração inexata).
8.2. Quais as multas aplicáveis no caso de bens trazidos do exterior por viajante que se recuse a atender exigências procedimentais aduaneiras?
Aplica-se a multa de R$ 5.000,00 (prevista no artigo 107, IV, “c” do Decreto-lei nº 37/1966, com a redação dada pela Lei nº 10.833/2003), sem prejuízo de outras penalidades, nos casos de recusa em atender:
A solicitação da autoridade aduaneira para abrir todos os compartimentos do veículo e os volumes que transporta; ou a exigência de se colocar fisicamente em condições que possibilitem a apuração dos fatos, havendo indício de ocultamento de bens junto ao corpo do viajante.
8.3. Pode ser aplicada a pena de perdimento a bens trazidos do exterior por viajante?
Sim. A pena de perdimento aplica-se a bens trazidos do exterior, entre outros, nos casos de: comprovada a ocultação de mercadorias; ocultação, pelo viajante, do sujeito passivo, do real vendedor, comprador ou responsável pela operação, mediante fraude ou simulação, inclusive interposição fraudulenta de terceiros; importação ou exportação de mercadoria proibida; ou importação ou exportação efetuada sem o pagamento de tributos ou direitos, dolosamente.
Não é possível a regularização de bens sujeitos à aplicação da pena de perdimento.
8.4. Os bens encontrados em posse de viajante fora dos limites da zona primária, sem documentação comprobatória de importação regular, e cujo valor global ultrapasse os limites de isenção serão todos apreendidos?
Sim. Caso sejam encontrados fora da zona primária (área alfandegada dos portos, aeroportos e pontos de fronteira de entrada do viajante) em posse do viajante bens cujo valor global supere os limites de isenção, estes serão todos apreendidos.
Receita Federal e a bagagem despachada como carga
A bagagem de porão é denominada “bagagem desacompanhada” pela Receita Federal do Brasil, e por outros órgãos, desde que esta viaje amparada por Conhecimento ou Manifesto de Carga, estando ou não no mesmo transporte que conduz o viajante ao seu destino. Em outras palavras, a bagagem desacompanhada, para efeito de tributação e outros fins, é aquela bagagem que não sai e/ou não chega ao seu destino com o viajante (sempre pessoa física), ou ainda, é a bagagem que sai e/ou chega ao seu destino com o viajante sempre amparado por manifesto ou conhecimento de carga. Essa bagagem pode ir e/ou vir por meio de NAVIO, REMESSA POSTAL, ENCOMENDA EXPRESSA ou ENCOMENDA AÉREA, etc.
Em termos tributários, são bens que podem fazer parte da bagagem desacompanhada.
Bens pessoais do viajante;
Bens utilizados em atividade profissional ou em residência de viajante;
Veículos do viajante.
 Isenção de impostos
Há isenção de tributos para bagagem desacompanhada quanto às roupas e outros bens de uso pessoal (bens usados e no limite necessário à viagem).
Bagagem deve chegar ao Brasil 3 meses antes ou até 6 meses depois da viagem
A bagagem desacompanhada deve chegar ao Brasil em até 3 meses antes da viagem ou em até 6 meses depois do retorno do viajante ao Brasil. Fora desse período, as bagagens devem ser despachadas no Regime de Importação Comum, sendo cobrada uma multa de 20% sobre o valor do Imposto de Importação em razão da não observância desses prazos (§ 3º art. 44 da Instrução Normativa RFB 1.059 de 02/08/2010).
 Origem da bagagem
A bagagem desacompanhada deve provir do país ou dos países de procedência do viajante.
 Bagagem deve vir acompanhada de conhecimento de carga
Ao enviar bagagem desacompanhada ao Brasil, o viajante deverá EXIGIR da empresa contratada para o transporte que seja emitido e entregue o conhecimento de carga em seu nome, indicando nesse a quantidade de volumes encaminhados.
 Vender bens trazidos como bagagem com isenção de tributos, pode acarretar penalidades Igualmente ao que é previsto para a bagagem acompanhada, e que é isenta de imposto de importação, não se arrisque a pagar uma multa de 200% sobre o valor desses bens. Isso pode acontecer se o viajante, sem a autorização prévia da Receita Federal e sem o pagamento dos tributos e acréscimos legais relativos à sua bagagem desacompanhada, vier a vender, depositar para fins comerciais ou expuser à venda bens integrantes de sua bagagem que tenham sido desembaraçados com isenção de tributos. Há situações que a bagagem pode ser considerada abandonada, e assim, leiloada pela Receita Federal.
A bagagem desacompanhada deve ter o desembaraço aduaneiro iniciado em até 45 dias da permanência da bagagem em recinto alfandegado, sob pena de, após esse prazo e sem o início do desembaraço, a bagagem ser considerada abandonada e, com isso, sujeita à pena de perdimento. IMPORTANTE: Após o prazo de 60 dias de início do despacho de importação, sem sua conclusão, sendo o despacho interrompido por ação ou omissão do importador, a carga será considerada abandonada, por consequência, poderá ser objeto de leilão pela Receita Federal do Brasil.
 Desembaraço aduaneiro de bens que não são considerados bagagem pela Receita Federal.
Caso o viajante queira trazer bens que não estejam inseridos no conceito de bagagem, a exemplo de veículos e suas partes, o prazo para o início do desembaraço aduaneiro é diferenciado: 90 dias da data em que a carga chegar ao Brasil; ou, 45 dias do final do prazo de permanência da carga em recinto alfandegado de zona secundária.  Por outro lado, após o prazo de 60 dias de início do despacho de importação, sem sua conclusão, sendo o despacho interrompido por ação ou omissão do importador, a carga será considerada abandonada (art. 29 da Instrução Normativa RFB 1059/2010).
Documentação para comprovar a propriedade da bagagem vinda como carga
Viajante (somente pessoa física em viagem internacional) deve comprovar a propriedade da carga, por meio de bilhete de passagem e conhecimento de carga, devendo ainda apresentar seu passaporte.
 Extravio de bagagem desacompanhada
Se a bagagem desacompanhada for extraviada, procurar a Receita Federal para visar o registro da declaração.
 Momento que o desembaraço da bagagem desacompanhada pode se iniciar
O desembaraço da bagagem desacompanhada só é possível após a comprovação da chegada do viajante ao Brasil.
Declaração para fins de entrada ou saída de bagagem desacompanhada
Ao despachar para o exterior a bagagem desacompanhada, oviajante deverá preencher, para fins de fiscalização da Receita Federal do Brasil, um documento chamado Declaração Simplificada de Exportação (DSE). Por outro lado, ao trazer do exterior sua bagagem desacompanhada, o viajante deverá preencher outro documento: a Declaração Simplificada de Importação (DSI). Dá pra ficar animado com a palavra “simplificada”? Difícil, né?! A seguir, orientações para cada um desses tipos de declaração.
Embarque e desembarque com bagagem desacompanhada saindo do Brasil com bagagem desacompanhada.
A bagagem que segue para o exterior desacompanhado do viajante deve ser objeto de DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO (DSE) via Siscomex (Sistema Integrado ao Comércio Exterior.
A exportação por meio do Siscomex é um procedimento que não é tão simples para as pessoas não habituadas aos procedimentos aduaneiros, por essa razão, se for o caso, aconselha-se que o viajante se informe das providências e dos prazos necessários antes da sua saída para o exterior.
Chegando ao Brasil com bagagem desacompanhada
Fez a DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE EXPORTAÇÃO (DSE) na saída do Brasil? Beleza! Agora no retorno, é só apresentar a DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO (DSI). Nem venha espernear dizendo: “Como? No Siscomex! De novo esse Siscomex?! Eu já disse que não estou comercializando nada!”. Não há outro jeito. Se você traz bagagem desacompanhada, procure ajuda de um despachante autorizado pela Receita Federal do Brasil (RFB) e preencha sua DSI no SISCOMEX. A RFB recomenda que organize seus objetos de pequeno porte em caixas numeradas em grupos de bens afins (livros, revistas e cadernos; roupas, calçados e acessórios; dentre outros). A RFB pede ainda que, na declaração (DSI), você informe as caixas e conteúdos relacionados. Por exemplo: Caixa 01: livros, revistas, folhetos e cadernos. O CONHECIMENTO DE CARGA da bagagem desacompanhada deve ser emitido em nome do viajante e deve registrar a quantidade de volumes enviada. Mais informações sobre onde encontrar um despachante alfandegário.
Penalidades aplicáveis pela Receita Federal quanto à bagagem
Viajantes saindo ou entrando no Brasil, caso não observem as obrigações fiscais exigidas pela Receita Federal do Brasil (RFB), estarão sujeitos às seguintes penalidades:
Perda do bem. O bem fica em poder da Receita Federal para futuro leilão, incorporação, destruição ou doação em favor do poder público ou de entidade de interesse social definida em lei;
Pagamento de 50% de imposto de importação sobre bens de origem estrangeira;
Pagamento de 200% de multa sobre o valor do bem se o viajante, sem a autorização prévia da Receita Federal e sem o pagamento dos tributos e acréscimos legais, venda, deposite para fins comerciais ou exponha à venda bens integrantes de sua bagagem que tenham sido desembaraçados com isenção de tributos;
Processo civil e penal por contrabando, descaminho, ingresso de produtos considerados drogas ou falsificação de marca, dentre outros exemplos;
Multa de R$ 10.000,00 “por desacato” ou de R$ 5.000,00 por “causar embaraço a fiscalização”. Onde está escrito isso? Decreto-Lei n⁰ 37, de 18/11/1966, art. 107, inciso III e inciso IV alínea “C”: “Art. 107. Aplicam-se ainda as seguintes multas: (...) III - de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por desacato à autoridade aduaneira; IV - de R$ 5.000,00 (cinco mil reais): (...) c) a quem, por qualquer meio ou forma, omissiva ou comissiva, embaraçar, dificultar ou impedir ação de fiscalização aduaneira, inclusive no caso de não apresentação de resposta, no prazo estipulado, a intimação em procedimento fiscal”.
Regra básica: viaje legal e evite a burocracia! O melhor é viajar leve! Levar bens proibidos? Nem pensar! Levar bens não considerados bagagem acompanhada? É melhor evitar. Bens não considerados bagagem e bens classificados como bagagem desacompanhada exigem a apresentação de documentos, notas fiscais e por vezes autorizações de órgãos como o IBAMA, ANVISA, EXÉRCITO.
O despachante aduaneiro e seus ajudantes podem praticar em nome dos seus representados os atos relacionados com o despacho aduaneiro de bens ou de mercadorias, inclusive bagagem de viajante, transportados por qualquer via, na importação ou na exportação.
A principal função do despachante aduaneiro é a formulação da declaração aduaneira de importação ou de exportação, que nada mais é que a proposição da destinação a ser dada aos bens submetidos ao controle aduaneiro, indicando o regime aduaneiro a aplicar às mercadorias e comunicando os elementos exigidos pela Aduana para aplicação desse regime.
A verificação da mercadoria, para sua identificação ou quantificação, quando necessária, exceto em casos excepcionais, é realizada na presença do importador ou de seu representante, nesse caso, o despachante aduaneiro, podendo este recebê-la após o seu desembaraço.
Para que o despachante aduaneiro possa atuar como representante de uma empresa para a prática dos atos relacionados com o despacho aduaneiro, ele deve, primeiramente, ser credenciado no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) pelo responsável legal pela pessoa jurídica, o qual também já deverá ter providenciado sua habilitação para utilizar o Siscomex .
No caso de pessoa física, o credenciamento de seu representante pode ser feito pelo próprio interessado, se ele for habilitado a utilizar o Siscomex, ou mediante solicitação para a unidade da SRF de despacho aduaneiro, como, por exemplo, nos casos de bagagem desacompanhada.
Bagagem é tudo aquilo que levamos em uma viagem, certo? Mais ou menos certo! Viajante, transportador, Vigilância Sanitária, Receita Federal, Polícia Federal, dentre  outros veem a bagagem com um olhar particular. 
Diferentes tratamentos dados às bagagens de viajantes em trânsito internacional.
Transportador e Agência Nacional de Aviação (ANAC)
Para a ANAC, dentre outras, a bagagem é analisada quanto ao peso, dimensões e proibições quanto a produtos perigosos aos passageiros e ao transporte.
 Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), Agência Nacional de Saúde (ANS) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
A ANVISA, ANS e MAPA, verificam, conforme o caso, a legalidade quanto ao transporte de medicamentos, de produtos médico-hospitalares e de produtos de uso alimentar para humanos e animais.
Departamento da Polícia Federal (DPF) e Exército
A PF e o Exército fiscalizam, de acordo com a área de atuação, o contrabando de bens; o transporte ilegal de drogas, armas e produtos explosivos.
Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA)
O IBAMA zela pela proteção à fauna e à flora nacionais, coibindo a saída de animais e plantas silvestres, bem como a entrada de animais e vegetais que possam trazer danos ao meio ambiente brasileiro.
Receita Federal do Brasil (RFB)
A RFB atua na prevenção ao contrabando e ao descaminho, no controle da entrada de mercadorias no Brasil sem o pagamento dos tributos devidos, dentre outras funções afins.
 Bagagem isenta de impostos, bens proibidos de sair do Brasil e bens não considerados bagagem.
(1) Peles e couros de anfíbios e répteis em estado bruto;
(2) Animais silvestres e insetos, bem como seus produtos, SEM autorização do IBAMA;
(3) Sem autorização do MINISTÉRIO DA CULTURA:
Obras de arte e ofícios tradicionais do período monárquico;
Acervos de bibliotecas de obras brasileiras ou sobre o Brasil, editadas nos séculos XIV a XIX;
Coleções de periódicos (revistas, jornais) com mais de 10 anos de publicação;
Partituras de músicas antigas, seus originais e suas cópias.
No país de destino é proibida a entrada de alguns bens
Recomenda-se não colocar em suas malas os itens abaixo sem que saiba se o país de destino permitirá, ou não, a entrada de tais bens em seu território:
1. Alimentos
Alimentos sólidos de qualquer tipo, salvo aqueles para consumo durante a viagem e em quantidade compatível com essa, mesmo assim, se permitido pela empresa transportadora!
2. Bebidas não alcóolicas
Bebidas não alcóolicas. Deixe esse item fora de sua mala. Caso necessitelevar algo do tipo, consulte a companhia de viagem e a representação consular estrangeira no Brasil ou a brasileira no país de destino.
3. Cigarros e bebidas alcóolicas
Cigarros e bebidas alcóolicas para venda no exterior, ou que faça parecer tal finalidade, é proibido levar em sua bagagem às terras estrangeiras.
4. Drogas e Remédios controlados
Em alguns países há medicamentos considerados drogas proibidas, sujeitando seu portador à prisão por tráfico de entorpecentes. 
5. Armas
Objetos que façam lembrar OU presumir QUAISQUER TIPOS DE ARMAMENTOS nem pensar em levar. Nem por brincadeira! Não quer ser preso como suspeito de terrorismo, quer? Você é um policial, colecionador ou é alguém que precisa portar arma em razão da profissão. 
Consulte a representação consular e evite problemas
Antes de ir empurrando tudo em suas malas, é bom dar uma fuçada no site da representação consular, no Brasil, do país de destino, ou da representação consular do Brasil nesse mesmo país, dando uma pesquisada nos bens cujo uso, ou entrada, o país que você irá visitar proíbe. 
(1) Nova York, EUA.
Há restrições com relação a alimentos. Saiba mais em aqui.
(2) Dubai, Emirados Árabes.
Vestimentas de homens e mulheres devem obedecer a regras especiais. Conheça tudo aqui no site da representação consular brasileira.
(3) Istambul, Turquia
Você não dorme sem um calmante? Usa morfina por recomendação médica? Hoje há países que permitem o uso da maconha, como é o caso do Uruguai. Contudo, MUITA ATENÇÃO com o que leva para as terras turcas, ou você poderá ter problemas com a polícia logo ao chegar ao aeroporto. Exagero? Veja você mesmo: clique aqui.
(4) Londres, Reino Unido.
É proibido levar determinados alimentos para as Terras da Rainha. Veja detalhes aqui no Consulado Geral do Brasil em Londres.
(5) Teerã, Israel
Algumas roupas não poderão ser usadas, então, nem as embarque. O Itamaraty explica melhor em informações ao viajante.
(6) Quer consultar outros países?
É importante verificar a existência de alguma restrição nos países que pretende visitar, ante de embarcar para eles. Uma dica é consultar o consulado brasileiro nesses países e as representações consulares estrangeiras no Brasil. Para tanto, oGuiaPraViajar.com preparou duas postagens que podem ajudar muito aos viajantes, a saber: “Países em que os brasileiros viajam SEM VISTO” e “Países que exigem VISTO de entrada aos brasileiros. Como conseguir?”.
Bagagem para a Receita Federal. Pagamento ou isenção de tributos
Bagagem e a Receita Federal do Brasil (RFB).  Para a RFB, bagagem é o conjunto de bens que o viajante traz consigo em razão de sua viagem, em quantidade, natureza e variedades compatíveis com a viagem e que não caracterize comercialização (sacoleiros e afins!). Não importa se o viajante é uma criança ou um adulto: as regras da RFB quanto à bagagem é individual e vale para todos.
1 - Quais bens são considerados bagagem pela RFB?
Bens novos ou usados, para presentear, para uso pessoal ou para utilização em na atividade profissional do viajante;
Em determinados casos, mobílias e veículos (diplomatas, brasileiros residentes no exterior, migrantes, cientistas, dentre outros).
2 - Classificações da bagagem para a RFB
Bagagem acompanhada é a que segue com o viajante, no mesmo meio de transporte em que ele viaja, não sendo amparado por Conhecimento de carga. 
Bagagem desacompanhada é aquela que – em resumo – não sai nem chega com o viajante. É a bagagem que desembarca em seu destino por meio de REMESSA POSTAL, ENCOMENDA EXPRESSA ou ENCOMENDA AÉREA, SEMPRE amparada por CONHECIMENTO DE CARGA.
Para cada tipo de BAGAGEM, há regras específicas. Mas não se preocupe! 
3. Receita Federal: isenção fiscal e quota de U$ 2.000,00 para bagagem
A bagagem do viajante ao exterior pode ter bens de fabricação nacional e bens de fabricação estrangeira. 
4. Bens NÃO considerados bagagens para a Receita Federal
Os bens a seguir não são considerados bagagem, mas você poderá viajar ao exterior com eles se obedecida às regras de Exportação, podendo esses bens ter ou não a isenção de tributos. São eles:
Bens para revenda ou industrialização, para pessoa jurídica;
Veículos automotores e suas peças: carros, motos, trailers, bicicletas com motor;
Aeronaves e suas peças, inclusive Asa Delta e Parapente;
Embarcações, motores e suas peças. Inclui motos aquáticas, lanchas, barcos infláveis e caiaques;
Máquinas filmadoras. Calma, gente?! Não são as filmadoras dos celulares, câmeras fotográficas e afins. São aquelas filmadoras de uso profissional. Você é um cinegrafista? Se for o seu caso, comprovada a sua condição profissional e necessidade de usar a filmadora durante a viagem, você poderá levar sua filmadora com bagagem, com isenção de tributos.
5 - Penalidades aplicáveis pela Receita Federal quanto à bagagem
Viajantes, saindo ou entrando no Brasil, caso não observem as obrigações fiscais exigidas pela Receita Federal, estarão sujeitos às seguintes penalidades:
Perda do bem. O bem fica em poder da Receita Federal para futuro leilão, incorporação, destruição ou doação em favor do poder público ou de entidade de interesse social;
Pagamento de 50% de imposto de importação sobre bens de origem estrangeira;
Pagamento de 200% de multa sobre o valor do bem caso o viajante, sem a autorização prévia da Receita Federal e sem o pagamento dos tributos e acréscimos legais, venda, deposite para fins comerciais ou exponha à venda bens integrantes de sua bagagem que tenham sido desembaraçados com isenção de tributos;
Processo civil e penal por contrabando, descaminho, ingresso de produtos considerados drogas ou falsificação de marca, dentre outros exemplos;
Multa de R$ 10.000,00 “por desacato” ou de R$ 5.000,00 por “causar embaraço a fiscalização”. Onde está escrito isso? Decreto-Lei n⁰ 37, de 18/11/1966, art. 107, inciso III e inciso IV alínea “C”: “Art. 107. Aplicam-se ainda as seguintes multas: (...) III - de R$ 10.000,00 (dez mil reais), por desacato à autoridade aduaneira; IV - de R$ 5.000,00 (cinco mil reais): (...) c) a quem, por qualquer meio ou forma, omissiva ou comissiva, embaraçar, dificultar ou impedir ação de fiscalização aduaneira, inclusive no caso de não apresentação de resposta, no prazo estipulado, a intimação em procedimento fiscal”.
Referências e legislação consultadas
Portaria MF 440, de 30 de julho de 2010 – Trata de bens de viajantes. Tratamento tributário
Instrução Normativa RFB 1059, de 2 de agosto de 2010 – Dispões sobre o tratamento tributário aos bens de viajantes.
Instrução Normativa RFB 1385, de 15 de agosto de 2013 – Dispõe sobre a e-DBV – Declaração eletrônica de bens de viajantes. Bagagem acompanhada. Porte de valores
Decreto 6759, de 5 de fevereiro de 2009 – Tata do regulamento aduaneiro.
Decreto-Lei 37/1966 – Define imposto e multa aduaneiros
Instrução Normativa RFB 863, de 17 de julho de 2008 – Dispõe sobre as lojas francas em portos e aeroportos alfandegados.
Portaria MF 112, de 10 de junho de 2008 – Trata de lojas francas em portos e aeroportos alfandegados.
Portaria MF 307, de 17 de julho de 2014 – Dispõe sobre as lojas francas em ponto de fronteira terrestre.
Consulados do Brasil no exterior: consulte aqui

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