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Teníase e Cisticercose Revisão de Literatura

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TENÍASE CISTICERCOSE: UMA REVISÃO DE LITERATURA 
 
GENERALIDADES 
 
A cisticercose suína é uma enfermidade zoonótica parasitária produzida 
pela forma larvária da Taenia solium, denominada Cysticercus cellulosae. O 
hospedeiro intermediário é o suíno, o homem é o hospedeiro definitivo (Evans et al., 
2000). É importante indicar que na atualidade não se fala de cisticercose e teníase 
como formas independentes, mas do complexo teníase / cisticercose (Schantz, 
1999). 
Os antecedentes de cisticercose como enfermidade nos suínos se remonta 
aos tempos antigos. No século IV AC, Aristófanes em seu tratado “História dos 
animais” descreve a presença da cisticercose na língua e músculos dos suínos 
(Lasso, 1994) e posteriormente, Plinio (25-79 AC) lhe dá o nome de tênia (do grego 
tainia que significa cinta ou banda) a forma adulta do parasito (Cordero e Hidalgo, 
1999). 
O estudo científico e o conhecimento da relação entre Cysticercus 
cellulosae do suíno e a Taenia solium do homem se deve à Kuchenmeister e 
Leuckart, os quais em 1895 e 1896 demostraram de forma experimental, o 
desenvolvimento da Taenia solium do homem ao fazer reclusos condenados a mort 
ingerirem cisticercos vivos a e, encontrando no intestino dos executados tênias 
mais ou menos desenvolvidas (Grove, 1990). 
 
CICLO DE VIDA DO PARASITO 
 
O ciclo de vida natural do complexo teníase / cisticercose envolve ao homem 
como único hospedeiro definitivo da Taenia solium e ao suíno, hospedeiro 
intermediário, como fonte de infecção para o homem ao abrigar a Cysticercus 
cellulosae (Quiroz, 1997). Não somente isto, mas o homem pode atuar como 
hospedeiro “intermediário” acidental quando se infecta com cisticercos por 
ingestão acidental dos ovos da Taenia solium (Nash e Neva, 1984; Matías et al., 
1983). 
O homem, parasitado com Taenia solium, elimina com as fezes ovos ou 
proglótides grávidos. Os ovos e/ou proglótides ao serem ingeridos pelos suínos 
chegam ao tubo digestivo, onde as oncosferas são liberadas por ação dos sucos 
digestivos. Uma vez livres, as oncosferas se aderem à mucosa e logo penetram na 
parede intestinal para alcançar os vasos sanguíneos e linfáticos. Já nesta via, as 
oncosferas se dispersam por todo o organismo, sendo de maior importância para o 
ciclo evolutivo sua localização na musculatura do suíno, onde se desenvolverá a 
larva ou cisticerco, após 8 a 10 semanas (Náquira, 1999; Nash y Neva, 1984; 
Quiroz, 1997). 
O homem adquire a infecção e desenvolve a tênia ao ingerir carne suína 
infectada, insuficientemente cozida e com cisticercos viáveis. O cisticerco chega 
ao estômago e logo ao intestino delgado, que por ação dos sucos gástricos e 
biliares, o escólex se invagina e se fixa na mucosa intestinal e começa o 
desenvolvimento da tênia adulta que pode chegar a medir entre 2 a 5 metros e 
algumas vezes até 8 (Matías et al., 1983;Tagle, 1984; Quiroz, 1997). 
A cisticercose no homem se produz ao ingerir acidentalmente os ovos de 
Taenia solium ao ingerir alimentos ou águas contaminadas com fezes de pessoas 
infectadas ou por via fecal – oral por falta de higiene nas mãos de portadores da 
tênia adulta (Cordero e Hidalgo, 1999; Quiroz, 1997). Ao passar pelo trato 
digestivo, as oncosferas são ativadas, penetram na parede intestinal e através dos 
vasos sanguíneos e linfáticos chegam a diferentes locais, onde se transformam em 
cisticercos. Este processo demora aproximadamente de dois ou três meses. 
Quando os cisticercos se localizam no SNC se desenvolve a neurocisticercose 
(Náquira, 1999). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 
Epidemiologia da Teníase 
A infestação pela Taenia solium é importante em países consumidores de 
carnes suínas e está restringido principalmente as regiões de baixo 
desenvolvimento socioeconômico. A enfermidade é endêmica na América Latina, 
África do Sul, sudeste asiático e o subcontinente indiano. A infestação é frequente 
em zonas onde os povos não têm instalações sanitárias adequadas e os suínos 
buscam comida na rua, com fácil acesso às fezes humanas (Soulsby, 1987). 
 
Epidemiologia da Cisticercose Humana 
A cisticercose no homem tem afinidade pelo SNC e é denominada de 
neurocisitcercose (NCC). Esta enfermidade representa um sério problema de 
saúde na maioria dos países subdesenvolvidos, incluindo o Peru, e representa a 
principal causa de epilepsia em adultos (García et al., 1993). 
A NCC é reconhecida como uma causa comum de enfermidade neurológica 
em países desenvolvidos como os Estados Unidos e é causada pela imigração de 
pessoas a partir de zonas endêmicas (Clinton, 2000). Esta parasitose representa 
um sério problema de saúde pública e alcança níveis de até 10% dos pacientes com 
quadros neurológicos agudos (Herrera, 1999). 
 
Epidemiologia da Cisticercose Suína 
O problema da cisticercose em suínos tem deixado de ser considerada 
somente como uma enfermidade parasitária, para ser enfrentada como um 
problema de importância social. Nos países em vias de desenvolvimento, a criação 
de suínos é comum e, geralmente, realiza-se em más condições de higiene que 
permitem o acesso dos suínos a todo tipo de dejetos orgânicos, inclusive fezes 
humanas. Em zonas rurais onde existe ausência de latrinas, o ambiente está 
contaminado com fezes e em áreas onde se criam e comercializam suínos, mais de 
1% da população humana é portadora de Taenia solium ou Taenia saginata. Além 
disso, a cisticercose suína supera 20% (Náquira, 1999). 
A dependência econômica dos criadores à criação de suínos acontece em 
sistemas de criação e comercialização que favorecem a dispersão da Taenia solium , 
devido principalmente a que os matadouros oficiais têm deixado de serem 
utilizados, para serem substituídos por matadouros clandestinos ou de pátio, 
evitando desta maneira a apreensão da carne infectada (González et al., 1996b). 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA ENFERMIDADE 
 
Teníase e Cisticercose no Homem 
A Teníase é uma enfermidade exclusiva do homem, que geralmente é 
portador de uma só tênia, por isso que comumente tem se denominado de “solitária” 
(Borchert, 1981), apesar de que alguns têm observado casos de infecções com mais 
de uma. O potencial biótico desta tênia é muito alto, podendo se encontrar cerca 
de 40,000 ovos/proglótide (Cordero e Hidalgo, 1999). 
Os sinais e sintomas devido às parasitoses são comuns e pouco específicos. 
A tênia adulta causa irritação na mucosa do intestino delgado (Lapage, 1983) e as 
manifestações clínicas são variáveis. É possível observar nervosismo, insônia, 
anorexia, perda de peso e dores abdominais além de transtornos digestivos (Chin, 
2001) como diarreia, constipação e dor epigástrica (Schantz et al., 1999). 
 A NCC é a consequência mais importante do consumo acidental de ovos de 
Taenia solium pelo homem. As manifestações clínicas da enfermidade se encontram 
associada ao número, tamanho, localização e forma (cística ou racemosa) dos 
cisticercos, além da resposta imune do hospedeiro. A variedade de fatores 
associados a esta enfermidade, dá lugar a uma completa variedade de respostas 
que abrange praticamente todo o espectro da sintomatologia neurológica, desde 
formas assintomáticas até quadros de morte súbita por bloqueio do sistema 
ventricular (Martínez et al., 2000). 
O cisticerco no SNC pode permanecer por décadas sem que se apresente 
sintoma algum, nem resposta inflamatória. Contudo, em alguns casos, o sistema 
imune do hospedeiro inicia una reação inflamatória que produz trocas dentro do 
parasita e no sistema nervoso adjacente (Del Bruto y Sotelo, 1988). A reação 
inflamatória leva o cisticerco a um processo degenerativo que terminará em sua 
morte e posterior calcificação (Del Bruto, 1999). 
No SNCse distinguem dois tipos de cisticercose: vesicular e racemosa. A 
forma vesicular apresenta cistos ou vesículas de forma redonda ou oval com uma 
parede translúcida e um diâmetro que varia entre 0.5 a 1.5cm. Dentro contém um 
fluido que contém o escólex. O cisticerco é rodeado por uma delgada capa de 
tecido fibroso que o separa do tecido circundante. A cisticercose racemosa é uma 
variedade que se vê como uma vesícula larga e lobulada similar a um cacho de uvas. 
Esta pode chegar a medir até 10 cm e conter vários mililitros de fluido. Observa-se 
geralmente nas cavidades ventriculares e nas cisternas localizadas na base do 
crânio. O escólex pode ser demonstrado somente histologicamente (Náquira, 
1999). 
Nos casos com moderada e severa infestação, além disso, nas de crises de 
tipo epiléptico se pode encontrar sinais deficitários. Muitos dos casos observados 
com infestação cisticercótica massiva apresentaram inicialmente sinais de 
hipertensão intracranial e um quadro confuso alucinatório; em alguns deles, 
ocorrem hemiparesia e crises epilépticas focais. Quando os cistos se localizam no 
parênquima cerebral e/ou nos ventrículos, segundo seu tamanho e o grau da lesão 
obstrutiva que produzem, podem dar lugar à chamada “hidrocefalia interna”, com 
sintomas intermitentes. Os cistos dentro dos espaços ventriculares se fixam na 
tela ependimária ou estão livres flutuando no líquido 
cefaloraquideano/cerebroespinhal, podendo causar efeito de válvula que em muitas 
ocasiões produzem crises agudas e fatais de hipertensão intracraniana e em outras 
crises ondulantes e súbitas que cedem rapidamente ao sacudir a cabeça (Lobato et 
al., 1981). O III e IV ventrículo são os que frequentemente alojam cisticerco único 
(Proaño et al., 1997). 
 
Cisticercose no Suíno 
A cisticercose suína se localiza, especialmente, nos músculos esqueléticos, 
cérebro, língua e coração. Quando a infecção é muito intensa é possível que se 
encontrem cistos no globo ocular, fígado, rins, pulmão, medula espinhal, gânglios 
linfáticos e tecido conjuntivo subcutâneo (Quiroz, 1997; Lapage, 1983). 
As manifestações clínicas dos suínos são difíceis de observar, salvo em 
casos em que a infecção é muito intensa; neste caso se observa paralisia da língua e 
o maxilar inferior ou dificuldade no desenvolvimento. Se o cérebro tem um grande 
número de cistos se pode observar torneio e encefalite e finalmente a morte. 
Devido ao curto tempo de vida dos suínos nas criações caseiras, este não vive o 
suficiente para que os sinais descritos sejam observados (Borchert, 1981). 
 
IMPACTO ECONÔMICO DO COMPLEXO TENÍASE / CISTICERCOSE 
 
A cisticercose é causadora da perda de aproximadamente 40 a 50 dólares 
por animal no Peru. Os animais diagnosticados positivos à prova da língua são 
recusados pelos compradores e os donos se veem na necessidade de vender o 
animal em até um terço de seu valor original, a fim de não perder seu investimento 
(González et al., 1993). Aplicando-se esta estimativa ao conjunto de países que são 
afetados por esta parasitose na América Latina, a perda econômica anual 
correspondería a aproximadamente 164 milhões de dólares americanos (Schantz et 
al., 1999). 
Um estudo de comercialização de suínos realizado no Peru no ano de 1989 
demonstrou que das 65 000 TM de carne suína que se consumiram durante esse 
ano 29 250 TM (45%) provinham de abate clandestino e destes últimos 11 700 TM 
(40%) estavam afetados por cisticercose. Novamente, se for considerado que a 
carne infectada perde cerca da metade a dois terços de seu valor, no Peru se 
estaria perdendo mais de 5 milhões de dólares anuais por causa da cisticercose 
(González et al., 1993). 
No caso de cisticercose humana, as perdas econômicas são custosas devido 
à gravidade dos quadros neurológicos, à grande evolução da enfermidade, assim 
como a incapacidade física e psíquica que produz. A NCC implica grandes perdas 
por tratamento, intervenções cirúrgicas e hospitalização (Acha y Szyfres, 1996; 
Flisser et al., 1999; Velazco-Suárez et al., 1982). No México, calcula-se que a 
cisticercose custa a esta nação um total de 20 milhões de dólares americanos 
anuais em hospitalização e tratamento dos casos de neurocisticercose (Flisser, 
1988). 
 
DIAGNÓSTICO 
 
Diagnóstico de Teníase no Homem 
As técnicas clássicas de diagnóstico da teníase dependem da detecção de 
material do parasito (proglótides ou ovos) nas fezes (Allan et al., 2003). Provas de 
diagnóstico como o coproparasitológico são simples e relativamente baratas, mas 
não são muito sensíveis nem específicas (Schantz y Sarti, 1989). Além do mais, os 
ovos da Taenia solium e Taenia saginata aparecem idênticos sob a luz do 
microscópio levando a problemas com o diagnóstico da espécie (Allan et al., 2003). 
As provas de ELISA para detecção de coproantígeno desenvolvidas com 
base em anticorpos de Taenia solium e Taenia saginata, têm demonstrado ser 
específicas, já que não apresentam reações cruzadas com outros parasitos 
gastrointestinais. O problema desta prova é que não diferencia entre ambas as 
tênias (Allan, 1999). O diagnóstico sorológico da infecção intestinal por Taenia 
solium também têm sido descrito e mostra que é possível detectar anticorpos 
circulantes espécie específicos mediante o EITB (Wilkins et al.,1999) 
 
Diagnóstico de Cisticercose no Homem 
Diagnóstico Clínico 
Oftalmocisticercose - Fazendo uso de um oftalmoscópio realiza-se o exame 
de fundo de olho, no qual permite ver o levantamento da retina, marcas e 
hemorragias, o processo inflamatório e, em ocasiões, o cisticerco vivo, o qual se 
move livremente, invaginando o escólex ocasionalmente quando se encontra no 
humor vítreo (OPS/OMS, 1992). 
Cisticercose subcutânea e muscular - O diagnóstico se confirma com base 
na parasitoscopia, mediante a extirpação cirúrgica do tumor e seu exame pelo 
método de compressão ou por estudo histopatológico (OPS/OMS, 1992). 
Diagnostico por Imagens 
Os estudos de Tomografia Axial Computarizada (TAC) e de Resonância 
Magnética (RM) do cérebro, têm sido em anos recentes os procedimentos mais 
úteis para o diagnóstico da neurocisticercose (OPS/OMS, 1992). 
A TAC permite visualizar formas císticas, geralmente disseminadas no 
parênquima cerebral. Igualmente, observa-se o grau de hidrocefalia e o edema 
cerebral reacional. Os achados que o escaneamento cerebral proporciona são 
acostumados a ser distintos, segundo o momento da etapa evolutiva em que se 
encontram o parasito. Entretanto é certo que a TAC é um recurso valioso para o 
diagnóstico da neurocisticercose, é melhor usá-la conjuntamente com alguma prova 
sorológica como a Electroinmunotransferência Blot (EITB), e correlacionar os 
resultados com o quadro clínico geral do paciente (Atías, 1994, García, 1994). 
 
Nos últimos tempos, comprovou-se que a RM apresenta algumas vantagens 
sobre a TAC, entre elas as seguintes: a) detecção de etapas iniciais da 
infecção, quando os embriões estão se desenvolvendo nos tecidos, b) 
reconhecimento de cistos isointensos, os quais não são facilmente 
detectáveis mediante TAC, c) visualização do escólex e cistos 
intraventriculares em ocasiões e informação sobre a viabilidade do cisto, 
segundo a intensidade da imagem do conteúdo cístico (OPS/OMS, 1992). 
Não o suficiente, deve ser dito que, lamentavelmente, os altos custos dos 
equipamentos requeridos para a TAC e a RM limitam sua disponibilidade, 
porque nem todos os médicos e pacientes tem acesso a isto, especialmente 
em países em vias de desenvolvimento (Nash y Neva, 1984). 
Diagnostico Sorológico 
As provas sorológicas representam uma ajuda ao diagnóstico por imagens de 
cisticercose cerebral humana (Escalante,1999). É considerada a ferramenta 
principal do diagnóstico clínico em muitas regiões endêmicas de países em 
desenvolvimento (Nash y Neva, 1984), já que mediante elas se pode realizar o 
diagnóstico diferencial entre uma lesão por cisticercose e outra de aparência 
similar (Escalante, 1999). Entre as principais provas sorológicas se encontram: 
 Ensaio imunoenzimático (ELISA) - É a técnica mais usada para o 
sorodiagnóstico de cisticercose. Esta prova tem 70% de sensibilidade e 
73% de especificidade, devido a que faz reação cruzada com a forma 
larvaria de Equinococcus granulosus (Pathak et al., 1994). 
 Electroinmunotransferência blot (EITB) - Esta prova emprega um antígeno 
proteico purificado por sua afinidade cromatográfica com lecitinas, na qual 
se consideram 7 bandas glicoprotéicas comumente reconhecidas por 
anticorpos de pacientes com cisticercose. Estas bandas glicoproteicas têm 
pesos moleculares de 50, 42-39, 24, 21, 18, 14 y 13 Kd. A reação a uma ou 
todas as 7 bandas glicoproteicas é considerada indicativa de cisticercose ou 
ao menos de exposição. Esta prova tem alta sensibilidade (98%) e 
especificidade (100%) para detectar anticorpos de Taenia solium no soro e 
LCR (Tsang et al., 1989a). 
 ELISA para detecção de antígenos - numerosas provas se têm desenvolvido 
para detectar antígenos de Taenia solium, mas somente a que utiliza 
anticorpos monoclonais pode assegurar especificidade (Harrison et al., 
1999). A detecção de antígeno pode realizar-se tanto em soro como em 
líquido céfaloraquidiano (García et al., 1998, García et al., 2000). 
 
O problema que se pode encontrar nas provas sorológicas que detectam 
anticorpos é o fato de que um resultado positivo pode estar indicando somente 
exposição à infecção, mas não necessariamente infecção ativa (Harrison et 
al.,1989). Além do mais, os anticorpos podem persistir por bastante tempo depois 
que os parasitos têm sido eliminados por mecanismos imunes e/ou terapia 
antiparasitária (Harrison et al.,1989; García et al., 1997). 
 
Diagnóstico de cisticercose em suínos 
Exame de Língua 
Este exame se realiza normalmente em zonas onde existe a enfermidade e 
se utiliza para diferenciar a presença de cisticercose nos suínos, antes de uma 
transação comercial. O exame consiste na palpação dos nódulos e/ou identificação 
visual dos cisticercos. Para a realização, prende-se o animal, introduz-lhe uma 
madeira em forma transversal no focinho para mantê-lo aberto e se transporta a 
língua usando uma tela. Os critérios utilizados para o diagnóstico são: a) a 
observação dos cistos na superfície da língua, b) a palpação da língua e sua base e 
c) a observação dos cisticercos ou marcas que sugiram que foram extraídos 
(prática muito comum). Este método é relativamente sensível (87%) e altamente 
específico (99%) para detectar cisticercose suína. A vantagem deste exame é que 
é fácil de aprender e é de grande utilidade como método de avaliação grosseira em 
países com cisticercose suína (González et al., 1993). 
Inspeção 
O diagnóstico se realiza fazendo cortes nos músculos (serrátil dorsal, 
psoas, grácil, masseter, diafragma e coração) e vísceras do suíno (pulmão, fígado) 
em busca de cisticercos. O problema é que se não se realiza o exame de maneira 
cuidadosa, os cisticercos poderiam passar despercebidos, principalmente quando 
existem infecções leves (González et al., 1990). 
Um problema adicional é o feito por aqueles criadores que sofreram 
confisco de seus animais infectados, e no futuro beneficiam em forma artesanal ou 
caseira depois do qual os animais, infectados ou não, são comercializados em forma 
informal ou clandestina. Por esta razão, se conclui que o diagnóstico de 
cisticercose de suínos é de utilidade epidemiológica limitada (González et al., 
1999). 
Diagnostico Sorológico 
As provas sorológicas como a de ELISA para o diagnóstico da cisticercose 
suína apresenta reações cruzadas com outros parasitos (Flisser et al., 1999), além 
de oferecer valores de sensibilidade e especificidade baixos (89 ± 8% y 61 ± 10%) 
(González et al., 1993). Pelo contrário, a prova de EITB não tem reações cruzadas 
e é 100% específica e bastante sensível (98%) (Tsang et al., 1989a; Tsang y García, 
1999; Flisser et al., 1999). Ambas as provas diagnósticas permitem detectar 
basicamente exposição a ovos de Taenia solium mais que infecção, as investigações 
têm se direcionado o a detectar antígeno de Cysticercus cellulosae a fim de 
comprovar o desenvolvimento de uma infecção viável ou não nos suínos. 
O diagnóstico de cisticercose suína mediante a detecção de antígeno tem 
conseguido bons resultados quando se emprega anticorpos monoclonais dirigidos 
contra o Cysticercus bovis, metacestódio da Taenia saginata, (Harrison et al., 
1989). 
Os anticorpos monoclonais foram desenvolvidos contra os antígenos de 
secreção – excreção de Cysticercus bovis. Estes demonstraram ser mais sensíveis 
na detecção da maioria dos anticorpos específicos em comparação com os antígenos 
somáticos e líquido cístico (Brandt et al., 2001). Estes anticorpos monoclonais não 
apresentaram reação cruzada quando se confrontaram soros de animais infectados 
com cisto hidátidico e Cysticercus tenuicollis (formas larvárias de Equinococcus 
granulosus e Taenia hydatigena, respectivamente) (Harrison et al., 1989). 
A prova de ELISA – Ag faz uso dos anticorpos monoclonais de isotipo Ig G e 
têm uma sensibilidade e especificidade de 92.3% e 98.7% respectivamente para o 
diagnóstico de cisticercose bovina (Van Kerekhoven et al., 1998), valores que se 
mantiveram ao ser ajustada para o diagnóstico de cisticercose suína no Peru, o que 
permite ressaltar seu alto poder de diferenciar entre exposição e infecção com 
larvas de Taenia solium. 
 
TRATAMENTO DA CISTICERCOSE 
 
Cisticercose Humana 
Durante muito tempo o tratamento da neurocisticercose era dirigido 
somente a controlar a sintomatologia produzida pela enfermidade, utilizando 
drogas anti-convulsionantes, esteróides e derivados de líquido cefalorraquidiano ou 
craniotomias descompressivas, curativas somente no caso da cisticercose do IV 
ventrículo. Desde o inicio da presente década se foi tentado diversos tratamentos 
específicos para a morte do parasito. As principais drogas cisticidas usadas em 
humanos na atualidade são o praziquantel e o albendazol (Del Brutto et al., 1993; 
García et al., 1997). 
As evidências clínicas e experimentais confirmam a utilidade do praziquantel em 
todas as neurocisticercose, seja como terapêutica única o seja associado à 
cirurgia. As doses terapêuticas recomendadas são de 50mg diários por kilograma 
de peso corporal por 15 dias. Para evitar a exacerbação da sintomatologia que 
costuma produzir-se ao começo do tratamento, recomenda-se que este se inicie em 
pacientes hospitalizados e que ao praziquantel se associe a administração de 
dexametasona em doses diárias de 4 a 16 mg (Martínez, 1984). 
Posterior aos estudos com praziquantel se provou tratamentos com albendazol. Um 
estudo com 20 pacientes com diagnóstico de neurocistiercose cística 
parenquimatosa demonstrada por TAC, trataram-se com albendazol com doses de 
15mg/kg/ dia por 30 dias, obtendo-se uma desaparição no número de cistos de 
96%, com reações adversas secundárias à destruição do parasito que foram 
facilmente controláveis com tratamento sintomático (Ramos, 1991). Outros 
esquemas de tratamentos com praziquantel tem sido provados encontrando-se 
sempre resultados favoráveis a seu uso. 
 Em qualquer tratamento que se realize contra a cisticercose no homem, é 
recomendável a hospitalização do paciente sob precisas medidas de cuidado ao 
menos durante a primeira semana de tratamento, quando é frequenteque ocorram 
efeitos secundários. Nestes casos está indicado o uso de esteróides; este sobre 
todo quando se apresenta encefalite cisticercótica e cistos sub-aracnoidais 
(Botero 1999). O esquema mais utilizado na atualidade é albendazol por 8 dias, com 
doses de 15 mg/kg/dia, em três doses, com administração simultânea de 
dexametasona. (Del Brutto y Sotelo 1988). 
 
Cisticercose Suína 
Na busca de um tratamento eficaz para a cisticercose suína, foi se 
experimentado uma série de drogas parasiticidas. Dentre elas, o oxifendazol 
alcançou as características da droga ideal para esta enfermidade. Com uma dose 
demonstrou ser eficaz e econômico no tratamento da cisticercose muscular 
(González et al., 1996a) 
O oxifendazol, com doses de 30 mg/Kg., elimina 100% dos cistos presentes 
na musculatura a partir da 4 semana post tratamento e em 12 semanas os cistos se 
tem reabsorvido deixando um canal completamente higiênico (González et al., 
1998). Tem-se demonstrado também que os animais tratados com oxifendazol são 
resistentes a novas infecções com cisticercose (González et al., 2001) 
 
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA CISTICERCOSE SUÍNA 
 
A inspeção de carnes em matadouros tinha sido por anos uma forma efetiva 
de evitar a disseminação da cisticercose. Esta estratégia foi empregada para 
erradicar a enfermidade em vários países há mais de 100 anos. Lamentavelmente o 
nosso país não tem alcançado os mesmos resultados e isto devido às crenças e 
pobre desenvolvimento cultural e econômico das populações, cujos criadores que 
levaram seus animais ao canal e sofreram confiscação (perdendo a totalidade do 
mesmo por ausência de compensação), desviaram sua produção para os abatedouros 
clandestinos ou realizaram de forma artesanal criando mercados paralelos para sua 
venda e distribuição (González, 1993). 
O tratamento com oxifendazol com doses de 30 mg/kg de peso vivo 
administrado em uma só dose resultou numa alternativa inovadora e efetiva. O 
problema é que a droga utilizada não se encontra no mercado nacional na 
concentração e apresentação que torna fácil sua comercialização. Além do mais, 
requer-se que o animal tratado deva permanecer não menos de 2 meses sob 
cuidado antes de ser beneficiado, o que nem sempre acontece em condições de 
campo, o que dificulta sua aplicabilidade imediata (González et al., 1998. 
Existem alternativas para bloquear o ciclo biológico da Taenia solium. Pode-
se conseguir a inativação do Cysticercus cellulosae da carne suína infectada, 
mantendo-a em refrigeração com -24ºC durante um dia, com -15ºC durante 3 dias 
ou a -5ºC durante 4 dias e/ou o cozimento a ponto de ebulição, antes de fritar em 
pedaços menores de 5 cm (Quiroz, 1997). A educação sanitária constitui também 
um fator importante para a prevenção e controle, evitando que se feche o ciclo 
humano – suíno da Taenia solium (Sarti et al., 1997). 
Atualmente se vêm investigando a possibilidade de proteger os suínos 
mediante mecanismos de imunização contra os ovos de Taenia solium e por ele. A 
vacina se apresenta como uma alternativa eficiente para o controle e/ou erradicação 
do complexo teníase/cisticercose 
 
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