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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 90ª VARA TRABALHISTA DE CAMPINAS – SP
PROCESSO Nº 1598-73 2015.5.15.0090
REFRIGERAÇÃO NACIONAL – EPP, inscrita no CNPJ sob o nº ....., estabelecida na Rua........, nº...., cidade, estado, cep...., vem por seu advogado abaixo assinado, com escritório na rua....., nº....., cidade, estado, CEP, local onde receberá todas as intimações, nos autos da RECLAMAÇÃO TRABALHISTA, movida por SERGIO FERES, já qualificado, apresentar
CONTESTAÇÃO
Pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
DA PRESCRIÇÃO
O reclamante foi contratado em 20.03.09 e ajuizou Reclamação Trabalhista em 12.04.15 logo, houve prescrição de todas as verbas anteriores a 12.04.2010 conforme artigo 11, II da CLT e, em conformidade com art. 269, IV do CPC o processo deverá ser extinto com resolução de mérito.
Art. 11 – O direito de ação quanto a créditos resultantes das relações de trabalho prescreve:
I – em cinco anos para o trabalhador urbano, até o limite de dois anos após a extinção do contrato;
DO MÉRITO
DA REVISTA ÍNTIMA
Não houve revista íntima em sua bolsa, somente revista pessoal e, revista pessoal faz parte do poder de fiscalização do empregador. O fato de ter sido feita separadamente e em sala reservada foi no intuito de não causar qualquer constrangimento.
Corrobora esse entendimento Marcelo Roberto Bruno Válio:
“Aparentemente encontram-se válidas, ainda, as revistas nos empregados e funcionários, do sexo masculino e feminino, desde que haja respeitabilidade, tanto dos princípios constitucionais de personalidade dos empregados de direito à proteção da intimidade e privacidade, quanto do princípio da razoabilidade e do não abuso do direito, caracterizado pelo excesso do poder fiscalizatório.”
Sendo assim, configura descabido o pedido de indenização por dano moral.
Caso seja entendido que houve dano, seja diminuído o valor da indenização em virtude de não poder se cobrar nenhuma verba anterior a 2010 ou em virtude de a reclamada ser uma empresa de pequeno porte.
DO DANO MORAL
Assédio moral implica em conduta reiterada e não em ato isolado como aconteceu. O reclamante reconheceu que descumpria o regulamento empresarial e por esse motivo foi verbalmente advertido, logo, não há de se falar em indenização por assédio moral quanto à advertência de seu antigo chefe.
Não é qualquer atitude ríspida sofrida pelo empregado que vai se caracterizar Assédio Moral. Quem mostra isso de maneira clara é o Desembargador Heriberto de Castro:
“O assédio moral, também conhecido como mobbing ou terror psicológico, vem a ser o atentado contra a dignidade humana, entendido como a situação em que uma pessoa ou um grupo de pessoas exerce uma violência psicológica extrema, de forma sistemática e freqüente, durante tempo prolongado sobre outra pessoa. Esse comportamento pode ocorrer não só entre chefes e subordinados, mas também entre colegas de trabalho com vários objetivos, mas não se confunde com outros conflitos que são esporádicos ou mesmo com más condições de trabalho, exigências do poder diretivo e práticas modernas de competitividade e qualificação, pois o assédio moral pressupõe o comportamento (ação ou omissão) premeditado, que desestabiliza psicologicamente a vítima,(...).”
Se mesmo assim, for entendido que houve dano moral, o valor pedido é exagerado porque se trata de empresa de pequeno porte.
DO VALE TRANSPORTE E DO TICKET REFEIÇÃO
O afastamento do trabalho pelo período de 30 dias em razão de doença e, a percepção do benefício do INSS são requisitos para suspensão do contrato de trabalho. 
Art. 476 CLT - Em caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença não remunerada, durante o prazo desse benefício.
 
O Vale Transporte e o Ticket Refeição são utilidades recebidas pelo trabalhador quando este está executando suas tarefas diárias na empresa, logo, se não trabalha não há razão de recebê-los.
DA ALTERAÇÃO DO DIA DE PAGAMENTO
É possível o pagamento ser realizado até o 5º dia útil do mês seguinte ao trabalhado. A OJ 159 SDI-I do TST não entende que tal alteração seja maléfica, contanto que não extrapole o 5º dia.
159. DATA DE PAGAMENTO. SALÁRIOS. ALTERAÇÃO (inserida em 26.03.1999)
Diante da inexistência de previsão expressa em contrato ou em instrumento normativo, a alteração de data de pagamento pelo empregador não viola o art. 468, desde que observado o parágrafo único, do art. 459, ambos da CLT.
Não cabe então a declaração de nulidade da alteração, tão pouco o pagamento dos juros e correção do período compreendido entre o dia 02 e 05 de cada mês.
DOS PEDIDOS
Ante ao exposto requer
Reconhecimento da prescrição das verbas anteriores a 12.04.2010, com extinção do processo com resolução de mérito, na forma do art. 269, IV do CPC;
A improcedência de todos os pedidos autorais;
Caso seja entendido que há dano moral, que a verba indenizatória seja diminuída, em virtude de a reclamada ser empresa de pequeno porte.
DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitida, notadamente documental, testemunhal, pericial e depoimento pessoal na amplitude do artigo 332 do Código de Processo Civil.
Nestes termos,
Pede deferimento
Loca e data
Advogado
OAB

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