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Apostila de Materiais de Construção

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Disciplina: Materiais de Construção I 
Professor: Eduardo Rodrigues da Cunha 
4º Período de Engenharia Civil 
5º Edição – Agosto de 2012 
 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 1 
CESUBE – CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE UBERABA 
FACULDADE DE ENGENHARIA CIVIL 
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I 
 
 
 
Sejam bem vindos ao 4º período do Curso de Engenharia Civil. 
 
A disciplina de Materiais de Construção I tem o objetivo de lhes apresentar os 
materiais comumentemente utilizados em obras de construção civil, das mais simples as mais 
complexas. 
É uma matéria de fundamental importância para o futuro engenheiro, pois do perfeito 
conhecimento dos materiais utilizados na obra, decorrerá sua segurança; sua durabilidade e 
sua economia. 
Temos, pois, que o bom engenheiro é aquele que consegue fazer uma obra segura, 
durável e com o máximo de economia, respeitando as especificações e normas técnicas 
aplicáveis a obra em questão. 
O conhecimento dos materiais é predominantemente experimental; tecnológico. As 
qualidades dos materiais são estabelecidas por ensaios em laboratório especializados, onde 
são levados ao limite de suas resistências. 
Não é seguro, não é prático, não é justo, que cada novo engenheiro fosse adquirindo 
aos poucos, ao longo de sua carreira profissional, o conhecimento e a prática no uso dos 
materiais de construção. 
Temos então, que a finalidade desta disciplina é apresentar aos estudantes de 
Engenharia Civil, todo o conhecimento até então acumulado na tecnologia dos materiais, para 
que se faça o melhor uso no dia a dia das obras, representando muitas vezes, a resposta a 
problemas aparentemente insolúveis; ou uma grande economia na sua construção. 
Juntamente com a apresentação dos conteúdos deste período, serão apresentados 
relatórios de pesquisa, e de solução de problemas em grandes obras, onde o aluno poderá ter 
uma idéia da importância dos assuntos abordados nesta matéria. 
Neste período estudaremos a Normatização na Construção Civil, os agregados, 
aglomerantes e o concreto. 
 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 2 
Observações importantes 
 
 Esta apostila estará em constante revisão com o seu uso; 
 
 Com o objetivo de tornar o estudo dos assuntos aqui abordados mais fáceis de serem 
entendidos, evitamos descrever ou comentar aqui os textos das normas de 
especificações dos materiais e de metodologias de ensaio, junto com a teoria pertinente. 
Para um melhor aproveitamento dos estudos o aluno deverá ter ao lado da apostila as 
normas impressas referente ao assunto abordado. Ao final de cada capitulo, temos uma 
relação das normas mais importantes que o aluno deverá providenciar. O cuidado com 
este procedimento, proporcionará ao aluno, total clareza para o entendimento da 
matéria estudada, e a falta dela, prejudicará substancialmente o entendimento, bem 
como dificultará a sua atuação no laboratório de materiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 3 
 
Índice 
 
Capítulo I – Normatização na Construção Civil 
 
1. Introdução ............................................................................................................. pág. 009 
2. Entidade Normativa .............................................................................................. pág. 010 
3. Objetivos da Normatização .................................................................................... pág. 012 
4. Princípios da Normatização ................................................................................... pág. 013 
5. Tipos de Normas .................................................................................................... pág. 014 
6. Processo de Elaboração de Normas Brasileiras ..................................................... pág. 015 
6.1 Normatização Brasileira na Construção Civil ........................................................ pág. 015 
7. Obrigatoriedade do Uso das Normas Técnicas ...................................................... pág. 017 
8. Marcas de Conformidade ....................................................................................... pág. 018 
9. Harmonização das Normas com o Mercosul .......................................................... pág. 020 
10. Normatização a Nível Internacional ....................................................................... pág. 020 
11. Ausência de Norma Brasileira ................................................................................ pág. 021 
 
Capítulo II – Agregados 
 
1. Introdução .............................................................................................................. pág. 023 
2. Rochas .................................................................................................................... pág. 023 
2.1 Classificação das rochas ......................................................................................... pág. 025 
2.1.1 Rochas Ígneas ......................................................................................................... pág. 025 
2.1.2 Rochas Sedimentares .............................................................................................. pág. 026 
2.1.3 Rochas Metamórficas ............................................................................................. pág. 026 
2.2 Classificação das rochas conforme teor de sílica ................................................... pág. 026 
3. Classificação dos Agregados .................................................................................. pág. 027 
3.1 Classificação Segundo a Origem ............................................................................ pág. 027 
3.2 Classificação Segundo o Tamanho das Partículas ................................................. pág. 027 
3.3 Classificação Segundo a Massa Específica Aparente ............................................ pág. 027 
4. Agregados industrializados .................................................................................... pág. 028 
4.1 Brita ....................................................................................................................... . pág. 028 
4.1.1 Produção das britas ................................................................................................. pág. 028 
4.1.2 Produtos de uma pedreira ....................................................................................... pág. 031 
4.1.3 Matérias primas para produção de britas ............................................................... pág. 033 
4.1.4 Uso das britas ......................................................................................................... pág. 034 
4.1.5 Graduação das britas .............................................................................................. pág. 035 
4.2 Agregados de baixa densidade – Leves ................................................................. pág. 036 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 4 
4.2.1 Argila expandida .................................................................................................... pág. 036 
4.2.2 Escória de auto-forno ............................................................................................. pág. 038 
4.2.3 Vermiculita ............................................................................................................. pág. 038 
4.3 Agregados de alta densidade .................................................................................. pág. 038 
4.3.1 Hematita .................................................................................................................pág. 038 
4.3.2 Barita ...................................................................................................................... pág. 038 
5. Agregados naturais ................................................................................................. pág. 038 
5.1 Areia ....................................................................................................................... pág. 038 
5.1.1 Procedências ........................................................................................................... pág. 038 
5.1.2 Características ........................................................................................................ pág. 040 
5.1.2.1 Granulometria ........................................................................................................ pág. 040 
5.1.2.2 Dosagem ................................................................................................................. pág. 040 
5.1.3 Propriedades mecânicas ......................................................................................... pág. 041 
5.1.3.1 Inchamento ............................................................................................................. pág. 041 
5.1.3.2 Higroscopia ............................................................................................................ pág. 043 
5.1.3.3 Coesão aparente ...................................................................................................... pág. 043 
5.1.4 Usos da areia .......................................................................................................... pág. 043 
5.2 Cascalhos ................................................................................................................ pág. 044 
6. Índices de qualidade dos agregados ....................................................................... pág. 044 
6.1 Resistência a compressão ....................................................................................... pág. 044 
6.2 Resistência a tração ................................................................................................ pág. 045 
6.3 Resistência a abrasão .............................................................................................. pág. 045 
6.4 Resistência ao esmagamento .................................................................................. pág. 045 
6.5 Resistência ao choque ............................................................................................ pág. 045 
6.6 Forma dos grãos ..................................................................................................... pág. 046 
6.7 Substâncias deletérias no agregado ....................................................................... pág. 047 
6.7.1 Impurezas orgânicas ............................................................................................... pág. 047 
6.7.2 Películas ou material pulverulento ......................................................................... pág. 048 
6.7.3 Torrões de argila e materiais friáveis ..................................................................... pág. 048 
6.7.4 Areias com contaminação por sal ........................................................................... pág. 049 
6.8 Minerais álcalis-reativos ........................................................................................ pág. 049 
6.8.1 Reações álcali-silica ............................................................................................... pág. 049 
6.8.2 Reações álcali-carbonato ........................................................................................ pág. 050 
7. Propriedades físicas dos agregados ........................................................................ pág. 050 
7.1 Massa específica real, massa especifica, massa unitária ........................................ pág. 050 
7.2 Absorção e umidade superficial ............................................................................. pág. 052 
7.3 Porosidade .............................................................................................................. pág. 053 
7.4 Compacidade .......................................................................................................... pág. 053 
7.5 Índice de vazios ...................................................................................................... pág. 053 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 5 
7.6 Granulometria ......................................................................................................... pág. 053 
7.6.1 Módulo de finura .................................................................................................... pág. 055 
7.6.2 Diâmetro máximo ................................................................................................... pág. 055 
7.7 Superfície específica .............................................................................................. pág. 055 
8. Os agregados no concreto de cimento – Considerações finais ............................... pág. 057 
 
Capítulo III – Aglomerantes 
 
1. Introdução ............................................................................................................... pág. 060 
2. Cal .......................................................................................................................... pág. 061 
2.1 Obtenção ................................................................................................................ pág. 061 
2.2 Ciclo de produção da cal e uso da cal .................................................................... pág. 062 
2.2.1 Calcinação .............................................................................................................. pág. 062 
2.2.2 Extinção da cal ....................................................................................................... pág. 062 
2.2.3 Utilização ............................................................................................................... pág. 062 
2.3 Classificação .......................................................................................................... . pág. 063 
2.3.1 De acordo com a composição química ................................................................... pág. 063 
2.3.2 De acordo com o rendimento da pasta ................................................................... pág. 064 
2.4 Propriedades ........................................................................................................... pág. 064 
2.4.1 Densidade ............................................................................................................... pág. 064 
2.4.2 Plasticidade ............................................................................................................. pág. 064 
2.4.3 Retração .................................................................................................................. pág. 064 
2.4.4 Rendimento ............................................................................................................. pág.065 
2.4.5 Endurecimento ....................................................................................................... pág. 065 
2.5 Extinção .................................................................................................................. pág. 065 
2.5.1 Da cal cálcica ......................................................................................................... pág. 065 
2.5.2 Da cal magnesiana .................................................................................................. pág. 065 
2.5.3 Da cal de origem desconhecida ..............................................................................pág. 066 
2.5.4 Procedimento de extinção da cal ............................................................................ pág. 067 
2.6 Cal hidratada .......................................................................................................... pág. 068 
2.7 Cal dolomítica ........................................................................................................ pág. 068 
2.8 Armazenamento ..................................................................................................... pág. 069 
3. Gesso ...................................................................................................................... pág. 069 
3.1 Obtenção ................................................................................................................. pág. 069 
3.2 Produção ................................................................................................................. pág. 070 
3.3 Propriedades ........................................................................................................... pág. 071 
3.3.1 Densidade ............................................................................................................... pág. 071 
3.3.2 Pega ........................................................................................................................ pág. 071 
3.3.3 Resistência mecânica .............................................................................................. pág. 072 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 6 
3.3.4 Aderência ............................................................................................................... pág. 072 
3.3.5 Isolamento .............................................................................................................. pág. 072 
3.3.6 Aplicações .......................................................................................................... .... pág. 073 
4. Asfaltos .................................................................................................................. pág. 073 
4.1 Obtenção ................................................................................................................ pág. 074 
4.2 Tipos de ligantes asfálticos .................................................................................... pág. 074 
4.2.1 Cimento asfáltico de petróleo – CAP ..................................................................... pág. 075 
4.2.2 Asfálto diluído de petróleo – ADP ......................................................................... pág. 075 
4.2.3 Emulsões asfálticas de petróleo – EAP .................................................................. pág. 075 
4.2.4 Emulsões asfálticas aniônicas ................................................................................ pág. 075 
4.2.5 Asfáltos oxidados por catálise – Pixe ..................................................................... pág. 075 
4.2.6 Asfáltos polímeros ................................................................................................. pág. 075 
 
Capítulo IV – Cimento Portland 
 
1. Definição ................................................................................................................ pág. 079 
2. Constituintes ........................................................................................................... pág. 079 
3. Propriedades do cimento ........................................................................................ pág. 081 
3.1 Propriedades físicas do cimento ............................................................................. pág. 081 
3.1.1 Densidade ............................................................................................................... pág. 081 
3.1.2 Finura ..................................................................................................................... pág. 082 
3.1.3 Pega ........................................................................................................................ pág. 083 
3.1.4 Resistência .............................................................................................................. pág. 083 
3.1.5 Exsudação ............................................................................................................... pág. 083 
3.2 Propriedades químicas do cimento ......................................................................... pág. 083 
3.2.1 Estabilidade ............................................................................................................ pág. 083 
3.2.2 Calor de hidratação ................................................................................................. pág. 084 
3.2.3 Resistência aos agentes agressivos ......................................................................... pág. 084 
3.2.4 Reação álcali-agregado .......................................................................................... pág. 084 
4. Hidratação do cimento ........................................................................................... pág. 084 
5. Adições ao cimento ................................................................................................ pág. 085 
5.1 Escória de auto-forno ............................................................................................. pág. 086 
5.2 Cinzas pozolânicas ................................................................................................. pág. 086 
5.3 Gesso ...................................................................................................................... pág. 086 
6. Tipos de cimento e suas classes ............................................................................. pág. 086 
6.1 Designação dos cimentos ....................................................................................... pág. 086 
6.2 Classes dos cimentos .............................................................................................. pág. 087 
6.3 Participação dos componentes nos tipos de cimentos ............................................ pág. 088 
7. Aplicações do cimento ........................................................................................... pág. 090 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 7 
8. Fabricação do cimento ........................................................................................... pág. 092 
9. Armazenamento ..................................................................................................... pág. 095 
 
Capítulo V – Concreto de Cimento Portland 
 
1. Definição ................................................................................................................ pág. 097 
2. Classificação dos concretos .................................................................................... pág. 098 
3. Tipos de concreto ................................................................................................... pág. 099 
4. Propriedades ......................................................................................................... .. pág. 100 
4.1 Propriedades do concreto fresco ............................................................................ pág. 101 
4.1.1 Consistência ....................................................................................................... .... pág. 101 
4.1.2 Plasticidade ............................................................................................................. pág. 102 
4.1.3 Poder de retenção de água ...................................................................................... pág. 103 
4.1.4 Trabalhabilidade .....................................................................................................pág. 103 
4.2 Propriedades do concreto endurecido .................................................................... pág. 104 
4.2.1 Resistência mecânica ............................................................................................ pág. 104 
4.2.2 Durabilidade e Impermeabilidade .......................................................................... pág. 107 
5. Produção do concreto ............................................................................................. pág. 107 
5.1 Dosagem do concreto ............................................................................................. pág. 108 
5.2 Mistura ou amassamento ........................................................................................ pág. 109 
5.3 Transporte ...................................................................................................... ......... pág. 112 
5.4 Lançamento ............................................................................................................ pág. 113 
5.5 Adensamento .......................................................................................................... pág. 114 
5.6 Cura ........................................................................................................................ pág. 116 
 
Capítulo VI – Dosagem do concreto 
 
1. Introdução ............................................................................................................... pág. 118 
2. Determinação da resistência de dosagem ............................................................... pág. 119 
3. Determinação do traço ........................................................................................... pág. 121 
3.1 Determinação do fator água/cimento ..................................................................... pág. 121 
3.2 Determinação da relação água/mistura seca – A% ................................................ pág. 122 
3.3 Determinação do peso dos agregados secos por peso de cimento – Pm ................ pág. 123 
3.4 Determinação do peso de areia e brita em relação ao peso total dos agregados..... pág. 124 
4. Determinação do traço de uso ................................................................................ pág. 125 
4.1 Determinação do traço em peso para um saco de cimento .................................... pág. 125 
4.2 Determinação do traço em volume para um saco de cimento ................................ pág. 126 
5. Determinação do consumo de materiais por m³ de concreto ................................. pág. 126 
6. Medição do traço .................................................................................................... pág. 128 
 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 8 
 
Capítulo VII – Aditivos para concreto 
 
1. Definição ................................................................................................................ pág. 130 
2. Classificação ........................................................................................................... pág. 131 
3. Aditivos mais utilizados ......................................................................................... pág. 132 
3.1 Aditivo plastificante ............................................................................................... pág. 132 
3.2 Aditivo retardador .................................................................................................. pág. 132 
3.3 Aditivo acelerador .................................................................................................. pág. 132 
3.4 Aditivo plastificante retardador .............................................................................. pág. 133 
3.5 Aditivo plastificante acelerador ............................................................................. pág. 133 
3.6 Aditivo incorporador de ar ..................................................................................... pág. 133 
3.7 Aditivo superplastificante ...................................................................................... pág. 134 
3.8 Aditivo superplastificante retardador ..................................................................... pág. 134 
3.9 Aditivos superplastificante acelerador ................................................................... pág. 134 
 
Capítulo VIII – Adições ao Concreto 
 
1. Introdução .............................................................................................................. pág. 135 
2. Tipos de Adições .................................................................................................... pág. 135 
2.1 Adições Minerais .................................................................................................... pág. 135 
2.2 Fibras de Polipropileno .......................................................................................... pág. 135 
2.3 Fibras Metálicas ..................................................................................................... pág. 135 
3. Vantagens das Adições Minerais ........................................................................... pág. 135 
4. Classificação das Adições Minerais ....................................................................... pág. 136 
5. Conclusão ............................................................................................................... pág. 137 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 9 
 
NORMATIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
1. INTRODUÇÃO 
Há algumas décadas atrás, a sociedade consumidora era muito pequena, a produção 
para seu consumo, nas diversas áreas era predominantemente artesanal, com cada fornecedor 
produzindo o seu produto a seu modo. 
Com o advento da revolução industrial, com o desenvolvimento do mercado 
consumidor e, por conseguinte, do acirramento da concorrência entre os diversos 
fornecedores pela preferência no consumo, passou a existir um comercio selvagem com 
relação a preços e qualidades. 
E o consumidor como ficou? Como reclamar de um serviço prestado, como reclamar 
da qualidade de um produto comprado? E uma obra que apresentou problemas em sua 
funcionalidade, na sua durabilidade, como reclamar? 
Diante destes problemas, surgiu a necessidade de existirem especificações quanto à 
qualidade dos mais diversos serviços e produtos, para que os preços e qualidades pudessem 
ser comparados, e responsabilidades pudessem ser cobradas. Sem os padrões de qualidade 
pré-definidos, como comparar determinados produtos entre si e determinar qual o melhor 
custo beneficio de cada um. E na construção civil, como determinar se uma construção foi 
edificada dentro da melhor tecnologia, atendendo aos princípios de economia, resistência e 
durabilidade. Como reclamar diante de deficiências construtivas? 
Diante desta situação, foram criadas associações representativas dos consumidores, 
produtores e prestadores de serviços, as quais tiveram por finalidade criar especificações 
para produtos e serviços adquiridos no mercado, nas mais diversas áreas da economia de um 
país. 
Posteriormente, estas associações específicas de cada área, reuniram-se em uma única 
associação nacional, que passou a emitir normas específicas por elas produzidas com força 
em lei. 
Mede-se o grau de desenvolvimento de um país pela quantidade de normas emitidas 
pela sua entidade representativa, quanto mais desenvolvido um país, maior o grau de 
normatização de sua atividade econômica. 
. 
 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 10 
2. ENTIDADE NORMATIVA 
 
Em cadapaís existem organismos cuja função é estabelecer normas que padronizem as 
especificações de materiais, de serviços, de projetos e de ensaios de laboratório. 
A ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas - é a entidade responsável pela 
normatização no Brasil., fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico 
brasileiro. 
É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como único Foro Nacional de 
Normatização através da Resolução nº 07 do CONMETRO, de 24.08.1992. 
Sua sustentação econômica é viabilizada com contribuições de sócios e entidades a ela 
ligadas e vendas de normas, não recebendo verbas publicas. Ela congrega os seguintes tipos 
de sócios, espalhados por todo o país: 
 
 Sócios mantenedores - contribuem substancialmente 
 Sócios coletivos - firmas ou entidades 
 Sócios individuais - contribuem em pequena escala 
 Entidades associadas - assessoram o trabalho da ABNT 
 
A ABNT se dedica a elaboração de normas técnicas, sua difusão e incentivo. Isso não 
impede que, em campos mais restritos, outras entidades associadas, particulares ou oficiais, 
tenham o mesmo objetivo. Como exemplo, temos: 
 
 ABCP – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND; 
 IBRACON – INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO; 
 ABCRAM – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CERAMICA 
 ABPC – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE CAL. 
 
A ABNT possui hoje, 60 comitês técnicos, 40 comissões especiais de estudos que 
abrangem as mais variadas atividades econômicas, podendo a qualquer momento, serem 
desmembrados ou criados novos comitês, ou mesmo, renomeados. 
 CB-01 - Mineração e Metalurgia 
 CB-02 - Construção Civil 
 CB-03 - Eletricidade (Eletrônica, Eletrotécnica e Iluminação) 
 CB-04 – Máquinas e Equipamentos Mecânicos. 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 11 
 CB-05 -Automotivo (veículos em geral e autopeças) 
 CB-06 - Metroferroviário 
 CB-07 – Construção Naval 
 CB-08 - Aeronáutica e Espaço 
 CB-09 – Gases Combustíveis 
 CB-10 – Química, Petroquímica e Farmácia. 
 CB-11 - Couro, Calçados e Artefatos de couro 
 CB -12 – Agricultura, Pecuária e Implementos 
 CB-13 – Bebidas 
 CB-14 – Informação e Documentação 
 CB-15 - Mobiliário 
 CB-16 – Transporte e Tráfego 
 CB-17 – Têxteis e do Vestuário 
 CB-18 – Cimento,Concreto e Agregados 
 CB-19 - Refratários 
 CB-20 – Energia Nuclear 
 CB-21 – Computadores e Processamento de Dados 
 CB-22 - Impermeabilização 
 CB-23 – Embalagens e Acondicionamento 
 CB-24 – Segurança contra Incêndio 
 CB-25 - Qualidade 
 CB-26 – Odonto-Médico-Hospitalar 
 CB-27 - Tecnologia Gráfica 
 CB-28 – Siderurgia 
 CB-29 – Celulose e papel 
 CB-30 – Tecnologia alimentar 
 CB-31 – Madeira 
 CB-32 – Equipamento de proteção individual 
 CB-33 – Joalheria, gemas, metais preciosos e bijouteria 
 CB-34 – Petróleo 
 CB-35 – Alumínio 
 CB-36 – Análise clínica e diagnóstico in vitru 
 CB-37 – Vidros planos 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 12 
 CB-38 – Gestão ambiental..........etc. 
 
Estes comitês técnicos são permanentes, são os orientadores da parte técnica dos 
assuntos pertinentes, e os seus elementos (técnicos) que compõem os diversos comitês, são 
eleitos pelos sócios da ABNT. 
 
3. OBJETIVOS DA NORMATIZAÇÃO 
 
De um modo geral, pode-se dizer que a Normatização pode ser vista como uma 
maneira de organizar as atividades por meio da criação e utilização de regras ou normas, 
visando sempre ao desenvolvimento econômico e social de um país. 
Elaboram-se normas com o objetivo de regulamentar a qualidade, a classificação, a 
produção, o emprego dos diversos materiais e a medição dos diversos serviços de engenharia. 
Utiliza-se de normas também, em outros setores da Engenharia Civil, como terão 
oportunidade de ver: nos cálculos estruturais, nos desenhos técnicos, nos projetos elétricos, 
hidráulicos, de fundações, de estradas, etc. 
Com a normalização temos facilitado a: 
 Comunicação: Proporciona os meios necessários para a troca adequada de 
informações entre clientes e fornecedores, com vista a assegurar a confiança e um 
entendimento comum nas relações comerciais; 
 SIMPLIFICAÇÃO: Reduz as variedades de produtos e de procedimentos, de modo a 
simplificar o relacionamento entre produtor e consumidor: 
 PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR: Define os requisitos que permitam aferir a 
qualidade dos produtos e serviços; 
 SEGURANÇA: Estabelece requisitos técnicos destinados a assegurar a proteção da 
vida humana, da saúde e do meio ambiente; 
 ECONOMIA: Diminui o custo de produtos e serviços mediante a sistematização, 
racionalização e ordenação dos processos e das atividades produtivas, com a 
conseqüente economia para fornecedores e clientes; 
 ELIMINAÇÃO DE BARREIRAS: Evita a existência de regulamentos conflitantes, 
sobre produtos e serviços, em diferentes países, de forma a facilitar o intercambio 
comercial. 
. 
. 
. 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 13 
4. PRINCÍPIOS DA NORMATIZAÇÃO 
 
O processo de elaboração de normas técnicas está apoiado em princípios, que são 
fundamentais para que todos os objetivos da normatização sejam atendidos e para que ela 
seja eficaz na sua aplicação e reconhecida por todos. 
 VOLUNTÁRIEDADE – A participação em processo de normatização não é 
obrigatória e depende de uma decisão voluntária dos interessados. Essa vontade de participar 
é imprescindível para que o processo de elaboração de normas ocorra. Outro aspecto que 
fundamenta a voluntariedade do processo de normatização é o fato de que o uso da norma 
também não é obrigatório, devendo ser resultado de uma decisão em que são percebidas mais 
vantagens no seu uso do que no não uso. 
 REPRESENTATIVIDADE – É preciso que haja participação de especialistas 
cedidos por todos os setores – produtores, organizações de consumidores e neutros (outras 
partes interessadas tais como universidades, laboratórios, institutos de pesquisa, órgãos do 
governo), de modo que a opinião de todos seja considerada no estabelecimento da norma. 
Dessa forma, ela de fato reflete o real estágio de desenvolvimento de uma tecnologia em um 
determinado momento, e o entendimento comum vigente, baseado em experiências 
consolidadas e pertinentes. 
 PARIDADE – Não basta apenas a representatividade, é preciso que as classes 
(produtor, consumidor e neutro) estejam equilibradas, evitando-se assim a imposição de uma 
delas sobre as demais por conta do maior número de representantes. Assim, deve-se buscar 
assegurar o equilíbrio das diferentes opiniões no processo de elaboração de normas. 
 ATUALIZAÇÃO – A atualização do processo de desenvolvimento de normas, com a 
adoção de novos métodos de gestão e de novas ferramentas de tecnologia da informação, 
contribui para que o processo de normatização acompanhe evolução tecnológica. Esse 
princípio de atualização deve ser constantemente perseguido para que a normatização atenda 
à intensa demanda considerando que uma norma defasada tecnologicamente fatalmente cairá 
no desuso. 
 TRANSPARÊNCIA – Todas as partes interessadas devem ter disponíveis, a qualquer 
tempo, as informações relativas ao controle, atividades e decisões sobre o processo de 
desenvolvimento de normas técnicas. 
 SIMPLIFICAÇÃO – O processo de normatização deve ter regras e procedimentos 
simples e acessíveis, que garantam a coerência, a rapidez e a qualidade no desenvolvimento e 
implementação das normas. 
 CONSENSO – Para que uma norma tenha seu conteúdo o mais próximo possívelda 
realidade de aplicação, é necessário que haja consenso entre os participantes de sua 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 14 
elaboração. Consenso é processo pelo qual um Projeto de Norma deve ser submetido, 
compreendendo as etapas de análise, apreciação e aprovação por parte de uma comunidade, 
técnica ou não. A finalidade desse processo de consenso é o de atender aos interesses e às 
necessidades da coletividade, em seu próprio beneficio. Não é uma votação, mas um 
compromisso de interesse mútuo, não devendo, portanto, ser confundido com unanimidade. 
 
5. TIPOS DE NORMAS 
 
A normatização nos ajuda na organização do mercado; na criação de uma linguagem 
única entre produtor e consumidor; na melhora dos produtos e serviços; na orientação das 
concorrências publicas; no aumento da produtividade com conseqüente redução dos custos de 
produtos e serviços, e no desenvolvimento da tecnologia nacional. 
NORMA é então, um documento estabelecido por consenso e aprovado por um 
organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo, as regras, as diretrizes, 
características para atividades e seus resultados, visando a obtenção de um grau ótimo de 
ordenação em um dado contexto. 
Temos os seguintes tipos de normas: 
 Normas – que dão as diretivas para cálculos, métodos de execução de obras e serviços, 
assim como as condições mínimas de segurança; 
 Especificações – que estabelecem as prescrições para os materiais; 
 Métodos de ensaios – que estabelecem os processos para a formação e o exame de 
amostras dos materiais; 
 Padronizações – que estabelecem as dimensões para os materiais ou produtos; 
 Procedimentos – que estabelecem procedimentos padrões para se executar 
determinados serviços; 
 Terminologias – que regularizam a nomenclatura técnica; 
 Simbologia – para convenções de desenho; 
 Classificações – para ordenar e dividir conjuntos de elementos. 
A indicação NBR (Norma Brasileira) se aplica a qualquer dos tipos acima. Uma 
norma é caracterizada pelas iniciais indicativa, seguida do seu número de ordem e, quando 
necessário, dos dois últimos algarismos do ano em que foi feita, ou alterada pela ultima vez. 
Exemplo: NBR 7211 – Agregados para concreto. 
Convém assinalar que as normas não são estáticas, como pareceria a primeira vista. 
Elas vão sendo aperfeiçoadas e alteradas com o tempo, acompanhando a evolução da 
indústria e da técnica. A ABNT, por exemplo, estabelece a revisão obrigatória de cada norma 
de cinco em cinco anos, no máximo. O desenvolvimento da normatização pode ser 
considerado como parâmetro para o desenvolvimento industrial e técnico de uma nação. 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 15 
 
6. PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE NORMAS BRASILEIRAS 
 
O processo de elaboração das normas brasileiras dentro da ABNT, é de 
responsabilidade dos Comitês Brasileiros (CB). Esses comitês são órgãos de coordenação, 
planejamento e execução das atividades de normatização técnica relacionadas a um setor 
específico. 
Para participar dos Comitês Técnicos (CB) é necessário ser associado da ABNT. Os 
associados individuais podem participar em até dois CBs, os coletivos podem participar de 
até 3 CBs e os Mantenedores podem participar de até 5 CBs. 
A instituição de uma norma é regulada pela DIRETIVA p. 03/95; Guia para 
Elaboração e Apresentação de Normas Técnicas. 
A pedido de interessados ou por iniciativa própria, os comitês criam comissões de 
estudo, com a finalidade de elaborar uma norma ou um grupo de normas técnicas sobre um 
determinado assunto de seu âmbito. Dessa comissão devem participar, especialmente 
convidados, produtores, comerciantes, consumidores, órgãos técnicos profissionais e 
entidades de pesquisas oficiais ou particulares que tratem da matéria. Haverá preferência 
pelos associados da ABNT. 
A comissão parte de um texto básico, que poderá ser preparado por um de seus 
membros ou encomendado a um técnico, ou poderá ser uma norma ou regulamento de 
entidade interessada, ou ainda uma norma estrangeira. A partir do texto básico ela elabora um 
anteprojeto, que é enviado ao comitê. Este o examina, para ver suas implicações com outras 
normas já em vigor, e o encaminha aos associados para votação. Sendo aprovado, passa a 
NORMA, não o sendo ou recebendo novas sugestões, volta a comissão para reestudo. 
Enquanto não for votado, será apenas um PROJETO DE NORMA. Eventualmente, uma 
norma aprovada pode não ser obrigatória, mas apenas NORMA RECOMENDADA. A 
NORMA, ou qualquer alteração dela, entra em vigor 60 dias após a publicação pela ABNT, 
não dependendo de ato governamental. 
 
6.1 Normatização brasileira na construção civil 
No âmbito da construção civil, existem seis Comitês Técnicos responsáveis pelo 
gerenciamento e pela administração das Comissões de Estudo, que passam a se reunir 
periodicamente a fim de que os seus textos sejam levados para discussão em nível nacional: 
os maiores são: BC-02 – Construção Civil e o CB-18 – Cimento, Concreto e Agregados. 
O CB-02 é responsável pela elaboração das normas técnicas de componentes, 
elementos, produtos ou serviços utilizados na construção civil, abrangendo seus aspectos 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 16 
referentes a planejamento, projeto, execução, métodos de ensaio, armazenamento, transporte, 
operação, uso e manutenção e necessidades do usuário, subdivididas setorialmente. 
 O CB-02 possui os seguintes subcomitês: 
 
Área de interesse Nome do subcomitê 
 
 
Materiais 
inorgânicos não 
metálicos 
SC-101 – Cerâmica vermelha 
SC-102 – Argamassas e Pisos 
SC-103 – Gesso para construção civil 
SC-105 – Pedras Naturais 
SC-106 – Componentes de Fibrocimento 
SC-107 – Produtos de cimento 
SC-108 – Sistemas e Componentes Pré-fabricados de Concreto 
SC-109 – Cerâmica para Revestimento 
 
 
 
Orgânicos e 
Metálicos 
SC-110 – Aparelhos e Componentes Sanitários 
SC-111 – Plásticos para Construção Civil 
SC-114 – Madeiras 
SC-115 – Tintas e vernizes para a Construção Civil 
SC-116 – Plásticos reforçados para Construção Civil 
SC-118 – Componentes de Esquadrias de Ferro e Aço 
SC-119 – Componentes de Esquadrias de alumínio 
SC-120 – Fechaduras e Acessórios para Esquadrias 
Saneamento SC-143 – Componentes e Equipamentos 
 
O CB – 18 através de seus sub-comitês trata da normatização no setor de cimento, 
adições, agregados, concreto, argamassas, aditivos, adesivos, água, elastômeros e adições, 
compreendendo dosagem de concreto, e tudo no que concerne à terminologia, requisitos, 
métodos de ensaio e generalidades. 
O CB-18 possui os seguintes subcomitês: 
Sub-comitê 18:01 Cimento e adições 
Sub-comitê 18:02 Agregados 
Sub-comitê 18:03 Concreto 
Sub-comitê 18:04 Argamassas 
Sub-comitê 18:05 Aditivos, Adesivos, Água e elastomêros 
Sub-comitê 18:06 Concreto dosado em Central 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 17 
A construção civil tem interesses ainda nos CB-22, CB-28, CB-31 e CB-37. 
O CB – 22 trata dos tipos de sistemas de impermeabilizações, especificações de 
materiais, metodologia construtiva dos sistemas de impermeabilizações, com vista a se obter 
os melhores resultados; o CB-28 trata dos produtos siderúrgicos; o CB-31 trata do manuseio 
das madeiras naturais e das madeiras industrializadas (placas) e o CB-37 dos vidros planos 
aplicados na construção civil. 
 
7. OBRIGATORIEDADE DO USO DAS NORMAS TÉCNICAS 
 
As normas são prescrições científicas que tem por objetivo o aperfeiçoamento 
estrutural, funcionale estético da construção, sem desconsiderar a economia na execução. 
Elas constituem o registro de um conjunto de conhecimentos colocados à disposição da 
sociedade e imprescindíveis para controlar a qualidade e certificar o produto ou serviço. 
As normas têm uma função orientadora e purificadora no mercado e, desde a 
regulamentação da profissão de engenharia, sempre foram obrigatórias: conforme juramento 
na colação de grau, o formando se compromete em sua atuação profissional a “atuar dentro 
da melhor técnica ou conforme a boa técnica”. As normas são então, recomendações com 
base na melhor técnica disponível e certificada num determinado momento, para se atingir 
um resultado satisfatório. 
As normas, particularmente aquelas que têm relação com a proteção do consumidor, 
apresentam-se sempre como um parâmetro mínimo, mas tanto a administração pública, como 
um juiz de uma Vara Cível de uma Comarca, podem impor um padrão mais elevado, uma vez 
que considerem o fixado insuficiente. É por isso que uma norma, embora obrigatória, pode, 
de outra forma, ser considerada insuficientemente protetora. 
A partir do Código de Defesa do Consumidor (lei nº 8.078, de 11 de Setembro de 
1990) as normas passaram a ter um status para-legal, cuja inobservância caracteriza uma 
“pratica abusiva” do fornecedor de produto ou serviço. 
Já no campo do serviço publico, a lei nº 4.150, de 21 de Novembro de 1962, institui o 
regime obrigatório de observância às normas técnicas elaboradas pela ABNT nos contratos 
de obras e compras do serviço publico concedidos pelo Governo Federal, de execução direta 
ou concedida. 
Em resumo, com relação à obrigatoriedade no uso das normas, o Código de defesa do 
Consumidor e o Código Civil Brasileiro estabelecem que: 
 As normas prescrevem procedimentos, cuidados, técnicas, que são validadas e 
certificadas por um órgão competente, e constituem requisitos para um produto ou 
serviço de boa qualidade. Como em qualquer contrato de fornecimento, é obrigação do 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 18 
fabricante ou construtor fornecer um produto ou serviço de qualidade: se requisitos 
mínimos são estabelecidos por uma norma, essa norma é obrigatória; 
 O conhecimento e a observância das prescrições técnicas constituem um dever ético-
profissional para todos aqueles que lidam com produtos ou executam trabalhos já 
normatizados; 
 Em se tratando de relação de consumo, o art. 39 CDC estabelece que é vedado ao 
fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, “colocar no 
mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas 
expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, 
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo 
Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – 
CONMETRO”; 
Algumas normas dizem respeito a procedimentos técnicos que podem sofrer 
evolução/alteração ao longo do tempo. 
A questão técnica é identificar que normas estabelecem procedimentos básicos, 
imperativos, que devem ser seguidos em qualquer circunstância, e quais normas ditam 
procedimentos ou resultados que podem ser atingidos por meios diferentes daqueles 
prescritos na norma, sem perda de qualidade. 
O avanço tecnológico e a criatividade humana desenvolvem procedimentos e técnicas 
diferentes daquelas recomendadas pelas normas expedidas e também atingem resultados 
satisfatórios, não raro melhores. No campo jurídico, entretanto, o respeito às normas técnicas, 
como fator de atendimento à qualidade, é uma presunção “júris tantum”- (admite prova em 
contrário), porém, as normas continuam valendo como padrões mínimos de referência. 
 
8. MARCAS DE CONFORMIDADE 
A ABNT concede as indústrias interessadas o titulo de MARCA DE 
CONFORMIDADE, a determinados produtos, isto é, reconhece publicamente que 
determinado produto está de acordo com as especificações contidas nas normas a ele 
determinadas. Em alguns casos, essa conformidade pode ser indicada por um símbolo a ser 
fixado no material ou na embalagem do produto. 
“Marcas de conformidade” são concedidas após auditoria por empresa certificadora na 
empresa solicitante, se forem atendidas todas as exigências de organização, de produção e 
padrão de qualidade. Normalmente a certificação é válida por três anos, devendo a empresa 
certificada passar por nova auditoria para a continuidade no uso da marca de conformidade. 
. 
. 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 19 
. 
 Fluxograma de certificação de uma empresa 
 Para a maioria dos produtos a 
certificação é voluntária; porém, muitas 
empresas a buscam por exigência de 
mercado ou por decisão estratégica. O 
INMETRO considera compulsória a 
certificação dos produtos cuja falha 
coloque em risco a vida humana (ex. os 
extintores de incêndio) ou o meio 
ambiente. 
O quadro a seguir, mostra os 
produtos da construção civil com 
Certificação Compulsória e Voluntária. 
 
 
 
Certificação dos produtos na construção civil 
Certificação Compulsória Certificação Voluntária 
 
 
 Barras e fios de aço destinados a 
armadura para concreto armado; 
 Disjuntores 
 Fios e cabos elétricos 
 Interruptores para instalação 
elétrica 
 Argamassa à base de Cimento Portland 
para rejuntamento de Placas Cerâmicas; 
 Bloco cerâmico para Alvenaria; 
 Bloco vazado de concreto simples para 
alvenaria estrutural; 
 Cimento Portland resistente a sulfatos; 
 Placas cerâmicas para revestimentos; 
 Porta corta-fogo para saídas de 
emergência; 
 Revestimentos cerâmicos; 
 Telha cerâmica de capa e canal; 
 Telha cerâmica tipo francesa; 
 Telha cerâmica tipo romana; 
 Telha de concreto; 
 Vidro temperado para a construção. 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 20 
 
A certificação voluntária de produtos dá o direito ao uso da “Marca de 
Conformidade” do organismo certificador utilizado, acompanhado do logotipo do 
INMETRO, sendo que, quando a “Marca de Conformidade” não estiver acompanhada da 
marca do INMETRO, significa que o organismo certificador não está registrado no 
INMETRO. 
As principais vantagens comerciais da certificação da “Marca de Conformidade” são: 
 Declarar externamente de forma independente a qualidade dos produtos e serviços 
perante os vários mercados; 
 Garantir a aceitação internacional dos produtos sem a necessidade de repetições das 
avaliações realizadas; 
 Aumentar a confiança do consumidor no produto adquirido; 
 Destacar o seu produto em relação à concorrência 
 
9. HARMONIZAÇÃO DAS NORMAS COM O MERCOSUL 
 
O MERCOSUL significa um mercado comum, de livre circulação de pessoas e 
mercadorias entre os países dele integrante. 
Para que este mercado exista e funcione, há a necessidade de harmonização de leis e 
normas, para que não se criem distorções que venham a favorecer determinados países, ou 
sejam entraves ao mesmo. 
Para tanto, foi criada a ASOCIACION MERCOSUR DE NORMALIZACION, 
entidade supranacional, com a finalidade de criar as normas para os serviços, produtos e 
ensaios laboratoriais, válidos em todos os países membros do MERCOSUL. 
Assim, todas as normas brasileiras estão sendo paulatinamente harmonizadas com as 
dos outros países integrantes, e à medida que as normas vão sendo harmonizadas, as normas 
brasileiras são canceladas e substituídas pelas do MERCOSUL. 
Exemplo: 
 Antes: NBR 7217 – Agregados. Determinação da composição granulométrica; 
Depois: NBRNM 248 – Agregados. Determinaçãoda composição granulométrica. 
 
10. NORMATIZAÇÃO A NÍVEL INTERNACIONAL 
 
A nível internacional, temos a ISO – INTERNACIONAL ORGANIZATION FOR 
STANDARDIZATION. A ela estão ligadas as organizações de cada país, uma por país, na 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 21 
tentativa de se ter uma norma única em todo o mundo. Do Brasil, é a ABNT a entidade 
representativa. 
Quando uma norma brasileira, ou do MERCOSUL, está harmonizada com a norma 
ISO, esta apresenta em sua descrição a palavra “ISO”. 
Exemplo: NBRNM-ISO 3310-1:1997 - Peneiras de ensaio. Requisitos técnicos e 
verificação. Parte 1: Peneiras de ensaio com tela de tecido metálico. 
 
11. AUSÊNCIA DE NORMA BRASILEIRA 
 
Na ausência de uma norma brasileira sobre determinado assunto, é de uso corrente se 
recorrer às normas de outros países. Comumente, recorre-se às normas norte americanas, e 
estas são emitidas pela American Society for Testing and Material – ASTM; porém pode-se 
adotar a de outros países, desde que seja a mais conveniente ao caso, e aceita pelo cliente ou 
projetista da obra. 
As principais entidades normativas internacionais estão descritas no quadro abaixo: 
 
Nome Sigla País 
American Society for Testing and 
Material 
ASTM Estados Unidos 
Instituto Nacional de Tecnologia y 
Normalizacion 
IRAM Argentina 
British Standard Institution BS Inglaterra 
Association Française de Normalisation AFNOR França 
Associación Española de Normalización y 
Certificaión 
AENOR Espanha 
Instituto Português da Qualidade NP Portugal 
Deutsches Institut für Normung DIN Alemanha 
Comité Europeu de Normalização CEN União Européia 
 
 
 
 
Capítulo I 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 22 
ENTIDADES ASSOCIATIVAS, NORMATIVAS E DE PESQUISA 
 
1-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT 
 www.abnt.org.br 
2-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND – ABCP 
 www.abcp.org.br 
3-) INSTITUTO BRASILEIRO DO CONCRETO – IBRACON 
 www.ibracon.org.br 
4-) INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – IPT 
 www.ipt.org.br 
5-) FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS - CETEC 
 www.cetec.br 
6-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE 
CONCRETAGEM –ABESC 
 www.abesc.org.br 
7-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE CERÂMICAS - 
ABCERAM 
 www.abceram.org.br 
8-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PAVIMENTAÇÃO – ABPv 
 www.abpv.org.br 
9-) CENTRO CERÂMICO BRASILEIRO – CCB 
 www.ccb.org.br 
10-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS FABRICANTES DE TINTAS-ABRAFATI 
 www.abrafati.com.br 
 11-) SITE DE DIVULGAÇÃO DO CIMENTO - de ótimo conteúdo. 
 www.cimento.org 
12-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES DE CAL –ABPC 
 www.abpc.org.br 
13-) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS DISTRIBUIDORES DE ASFALTO –
ABEDA 
 www.abeda.com.br 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 23 
 
AGREGADOS 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Agregado é o material particulado (fragmentado), incoesivo (que não se une sozinho), 
de atividade química praticamente nula, constituído de misturas de partículas ( grãos ) 
cobrindo extensa gama de tamanhos (BAUER – 1995). 
Material granular, sem forma e volume definidos, geralmente inerte, de dimensões e 
propriedades adequadas para uso em obras de engenharia. São agregados as rochas britadas, 
os fragmentos rolados nos leitos dos rios e os materiais encontrados em jazidas provenientes 
de alterações de rochas (PETRUCCI – 1987) 
Segundo a NBR 7211, agregados são materiais pétreos, obtidos por fragmentação 
artificial ou fragmentados naturalmente, com propriedades adequadas, possuindo dimensão 
nominal máxima inferior a 152 mm e mínima superior ou igual a 0.075 mm. 
Os agregados encontram uma ampla gama de aplicações nas mais diversas áreas da 
engenharia, pelo seu baixo custo, alta durabilidade, alta resistência, facilidade de obtenção 
(disponibilidade na natureza) e ser um material de fácil trabalhabilidade. 
Os agregados são considerados produtos básicos para a indústria de construção civil. 
Sua produção caracteriza-se pelo baixo valor unitário e pela produção em grandes volumes. 
O transporte corresponde a aproximadamente 67% do custo final do produto, o que impõe a 
necessidade de ser produzido o mais próximo possível do mercado consumidor. 
O agregado confere ao concreto vantagens técnicas consideráveis, como maior 
estabilidade dimensional e maior durabilidade do que a pasta de cimento pura. Por ter preço 
menor do que o cimento é interessante usar a maior quantidade possível de agregados na 
massa de concreto, limitando-se sua quantidade em função da trabalhabilidade e resistência 
requerida. 
Para melhor entender as características dos agregados, é importante entender suas 
origens geológicas. 
 
2. ROCHAS 
 
Define-se rocha como um corpo sólido natural, resultante de um processo geológico 
determinado, formado a partir da junção de dois ou mais minerais, que se agruparam segundo 
condições de altas temperaturas e pressões no interior da crosta terrestre. 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 24 
Entende-se por mineral todo “elemento ou composto químico de ocorrência natural, 
com estrutura e composição química definidas, formado a partir de processos inorgânicos” . 
Ex.: Sílica – SiO2; Cálcio ou carbonato de cálcio – CaCO3. 
Uma pesquisa visando conhecer a distribuição dos elementos químicos mais comuns 
da crosta terrestre e que formam os principais minerais são apresentados na tabela a seguir; 
Elemento químico Símbolo Porcentagem em massa 
Oxigênio O 47,2 
Silício Si 28,2 
Alumínio Al 8,2 
Ferro Total Fe 5.1 
Cálcio Ca 3,7 
Sódio Ka 2,9 
Potássio Na 2,6 
Magnésio Mg 2,1 
 
As maiores porcentagens dos elementos O, Si, e os demais citados acima, faz com que 
os compostos químicos mais frequentes na crosta terrestre sejam óxidos destes elementos, 
perfazendo as seguintes porcentagens médias: 
 
Óxido Porcentagem 
SiO2 60 
Al2O3 15 
CaO 5 
FeO 4 
Fe2O3 3 
K2O 3 
Na2O 3 
MgO 3 
 
Esta freqüência em termos de óxidos se reflete fortemente nos tipos minerais mais 
frequentes na crosta (uma vez que os minerais nada mais são que combinações destes 
óxidos), fazendo com que a maior parte dos minerais presentes na litosfera sejam silicatos. 
Apesar de haver mais de 1.500 espécies minerais conhecidas pode-se dizer que cerca de 40 
delas representam mais de 90% dos minerais encontrados no planeta. Baseando-se nisto 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 25 
pode-se fazer uma descrição da crosta terrestre em termos mineralógicos, tendo-se o seguinte 
resultado. 
 Principais minerais constituintes da crosta terrestre: 
Grupos de 
minerais 
Composição 
química 
Porcentagem 
em volume 
 
Feldspatos 
K2OAl2O3SiO2 
Na2OAl2O3 
CaOAl2O3 
 
60 
Piroxênios 
e 
 
 anfibólios 
Ca, Na, Mg, Fe 
Al2O3SiO2Fe2O3 
Ca, Na, Mg, Fe 
Al2O3SiO2Fe2O3(OH) 
 
17 
Quartzo SiO2 12 
Micas, argilo-minerais K, Fe Al2O3SiO2H2O 
Mg, Al Al2O3SiO2H2O 
4 
Carbonatos, óxidos e 
sulfetos, haloides 
 3 
Olivinas 3 
Epidotos, alumo-silicatos, 
zeólitas 
 2 
 
Todos estes minerais pertencem, como poderemos ver posteriormente, ao grupo dos 
silicatos, que representa o grupo mineral mais frequente na litosfera e consequentemente nas 
rochas, nos solos e sedimentos. 
 
2.1 Classificação das rochas quanto a origem 
Quanto a sua origem, as rochaspodem ser classificadas em três grandes grupos as 
rochas ígneas; as rochas sedimentares e as rochas metamórficas. 
2.1.1 Rochas Ígneas 
 São formadas pela consolidação do magma após o seu resfriamento. Podem ser 
classificadas em três grandes grupos. 
 Extrusivas: quando o processo de resfriamento ocorre na superfície da crosta 
terrestre. Ex.: Basalto. 
 Intrusivas: quando o processo de resfriamento ocorre a grande profundidade. Ex.: 
Granito 
 Subvulcônicas ou hipoabissais: quando o processo de resfriamento ocorre a 
profundidades intermediárias. Ex.: Diabássio. 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 26 
 Quanto maior a profundidade, mais lento o resfriamento, o que permite maior 
cristalização dos minerais, resultando, geralmente em rochas mais resistentes e agregados de 
melhor qualidade. As rochas ígneas são aquelas com melhores condições, como matéria 
prima, devido à sua composição mineralógica, textura e estrutura porque tendem a produzir 
microestruturas mais densas e compactas. 
 
 2.1.2 Rochas sedimentares 
 São formadas através de três processos: 
 Clásticas ou detríticas: formam-se a partir da deposição das partículas originadas 
pela erosão de outras rochas. Ex.: Arenito; Siltito. 
 Químicas: Formam-se pela precipitação de substâncias em solução. Ex.: Calcário. 
 Orgânicas: Formam-se pela deposição de materiais de origem orgânica. São rochas 
sem interesse para a Construção Civil. 
 As rochas sedimentares apresentam uma resistência a compressão bem menor do que as 
rochas ígneas, sendo que, ainda apresentam uma anisotropia em suas propriedades físicas e 
mecânicas que dependem da direção em que são medidas, em relação ao plano de 
sedimentação. São rochas mais porosas (dos que as rochas ígneas) e portanto com maior 
absorção, e sua resistência mecânica depende do agente cimentante. 
 
 2.1.3 Rochas Metamórficas 
 São formadas a partir de outras rochas (ígneas – sedimentares ou mesmo de outras 
rochas metamórficas), quando submetidas a elevadas temperaturas e pressões no interior da 
crosta terrestre. 
 As características finais das rochas metamórficas dependem da rocha original e do grau 
de metamorfismo sofrido, que podem ser alto, médio e baixo. Ex.: Mármore, Quartizito e 
Gnaisse. 
 
 2.2 Classificação das rochas conforme teor de sílica 
 Com relação à composição química o critério de classificação utilizado para as rochas 
magmáticas é a percentagem em sílica, que possibilita evidência razoável com relação à 
origem da rocha. Dentro deste enfoque as rochas ígneas podem ser classificadas em: 
 
CLASSIFICAÇÃO % de Si O2 
Ácidas > 65% 
Intermediárias 52 a 65% 
Básicas 45 a 52% 
Ultrabásicas > 45% 
 
Capítulo II 
 
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Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 27 
Esta classificação é de grande interesse para a construção civil, tendo em vista que: 
 No concreto de cimento Portland, rochas ácidas são propensas a apresentar reações 
álcali-agregado. 
 No concreto asfáltico, as rochas ácidas apresentam deficiência de ligação entre o ligante 
e os agregados, tendo-se que recorrer ao uso de Dopes. 
 
3. CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 
 
Os agregados classificam-se segundo a origem, as dimensões das partículas e a massa 
específica aparente. 
 
3.1 Origem: 
 Os agregados classificam-se em: 
 Naturais – os agregados que já se encontram em forma particulada na natureza – areia e 
cascalho. 
 Industrializados – são os agregados que tem sua composição particulada obtida por 
processos industriais. Neste caso, a matéria prima pode ser: os diversos tipos de rocha, 
escória de auto-forno e argila expandida. 
 
3.2 Segundo as dimensões das partículas: 
Os agregados utilizados na tecnologia do concreto são classificados em: 
 Miúdos - as areias – naturais e artificiais 
 Graúdos – os cascalhos e as britas 
 Como veremos mais adiante, de acordo com NBR 7211, agregados miúdos são 
os que passam (95%) pela peneira nº 4 ( 4,8 mm de abertura de malha ), e os graúdos são os 
que ficam retidos (95%) nela. 
 
3.3 Segundo a massa unitária: 
Os agregados podem ser considerados como leves, normais e pesados. 
 Leves: quando sua massa unitária for menor que 1000 kg/m³; 
 Normais: quando sua massa unitária estiver entre 1000 kg/m³ e 2000 kg/m³; 
 Pesados: quando sua massa unitária estiver acima de 2000 kg/m³, 
 
Temos os seguintes tipos de agregados; 
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. 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 28 
. 
. 
. 
 Agregados - Massas Unitária médias 
Leves Médios / Normais Pesados 
Vermiculita - 0,3 Calcário - 1,40 Barita - 2,56 
Argila Expandida - 0,8 Arenito - 1,45 Hematita - 2,72 
Escória granulada - 1,0 Cascalho - 1,60 Magnetita - 3,04 
 Granito - 1,50 
 Areia - 1,50 
 Basalto - 1,50 
 Escória - 1,70 
 
4. AGREGADOS INDUSTRIALIZADOS 
 
4.1 Brita – agregado de média densidade 
A brita é produzida em estabelecimentos industriais denominados Pedreiras. Em 
resumo, trata-se de submeter a rocha de uma jazida a sucessivos processos de cominuição 
(fragmentação), de forma a reduzi-la a fragmentos (grãos) de tamanhos adequados ao seu 
futuro uso. 
A brita é originada de uma ocorrência maciça (jazida) de determinada rocha, onde se 
pratica a lavra. 
Lavra é, em uma jazida, a fragmentação do maciço de rocha sã por meios de 
explosivos, carregados em furos de broca de cerca de 80 mm de diâmetro. A detonação é o 
Fogo de Bancada, que produz blocos de dimensões variadas, que podem atingir a mais de 
metro. Segue-se uma nova fragmentação por explosivos: o fogacho, cuja função é reduzir os 
blocos a dimensões inferiores à boca do britador primário. 
 
4.1.1 Produção das britas: 
 
 Normalmente a operação de produção de agregados artificiais em pedreiras segue a 
seguinte cronologia: 
1ª fase: Extração da rocha: Produção de blocos de grandes dimensões, resultantes das 
explosões no maciço rochoso – fogo de bancada; 
Capítulo II 
 
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2ª fase: Fragmentação secundária – fogacho: Redução dos tamanhos dos blocos em 
dimensões adequadas para a boca do britador primário; 
3ª fase: transporte 1: Os fragmentos são transportados do local de extração até o 
britador primário. Este transporte pode ser feito por correias transportadoras ou por 
caminhões apropriados. 
4ª fase: Britador primário: Nesta fase, os blocos de rocha sofrem a primeira 
fragmentação em equipamento apropriado, sendo normalmente um britador de mandíbula. 
Fluxograma de uma pedreira 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Bauer. LA 1995 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
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5ª fase: transporte 2: Os fragmentos são levados, por correias transportadoras, do britador 
primário até o britador secundário. 
 6ª fase: Britador secundário: Os fragmentos sofrem nova fragmentação, com vista a 
diminuir ainda mais seu tamanho. O britador secundário costuma ser de modelo diferente do 
primário, dependendo do tipo de rocha, procurando produzir o máximo de grãos com o formato 
arredondado ou esferoidal. 
7ª fase: transporte 3: Os agregados são levados ao britador terciário através de correias 
transportadoras. 
8ª fase: Britador terciário: fragmentação final do agregado, com objetivo de se ter 
agregadosde pequenas dimensões. Geralmente é do mesmo modelo do britador secundário 
 Peneiramento: A separação dos diversos tamanhos dos agregados de acordo com 
exigência de normas ou comerciais, são feitas através de peneiramento nas saídas dos 
diversos britadores, que através de correias transportadoras são levados para o pátio de 
estocagem, onde são separadas através de baias nos diversos tamanhos comerciais. 
 
 
 
 
 
 
Desmonte com explosão Transporte de blocos de pedra 
 
Capítulo II 
 
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. 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Equipamentos de britagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visão geral de uma pedreira - estocagem 
 
Existem vários tipos de britadores para agregados que devem ser ajustados de acordo 
com a natureza da rocha a ser explorada em cada localidade: britador de mandíbula, britador 
de martelos e britador de cone. 
“Para se produzir agregados, sempre haverá um tipo de britador mais adequado 
à natureza da rocha”. 
Capítulo II 
 
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 4.1.2 Produtos de uma pedreira – definições 
 
 Jazidas: deposito geológico onde se encontram as rochas; 
 Blocos: fragmentos de rocha de dimensões acima de metro, resultantes dos fogos de 
bancada; 
 Pedra de mão: agregado constituído de material que passa no britador primário e é 
retido na peneira de 76 mm. A NBR 7211 define como pedra de mão, o agregado com 
dimensões entre 76/250 mm. 
 Bica corrida: material britado no estado que se encontra na saída do britador; 
Primário – quando deixa o britador primário com graduação aproximada de 0/300 mm, 
dependendo da regulagem e do tipo de britador; 
Secundário: quando deixa o britador secundário, com graduação aproximada de 0/76 
mm. 
 Pedra britada: brita produzida em cinco graduações, denominadas em ordem 
crescente de diâmetros médios: pedrisco, pedra 1, pedra 2, pedra 3 e pedra 4; 
designadas a seguir de Pd, B1, B2 e B3; 
 Pó de pedra: Material mais fino que o pedrisco. Sua graduação genérica, mas não 
rigorosa é 0/4,8 mm. Deve-se evitar seu uso em concreto de cimento, por conter um 
excesso de material que passa na peneira 0,15, requerendo mais água e cimento na 
mistura. 
 Areia de brita: agregado obtido dos finos (pó de pedra) resultantes da produção da 
brita, dos quais se retira por lavagem a fração inferior a peneira 0,15 mm. Sua 
graduação é 0,15/4,8 mm. 
 Filler: material mais fino que a areia. Sua graduação é 0/0,075 mm. Seus grãos são da 
mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento. 
 Restolho: é o sub-produto em algumas pedreiras de rochas menos sã, sendo retirado no 
fluxo à saída do britador primário. 
 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
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Tipos de britadores 
 
 
4.1.3 Matérias primas para produção de brita 
Temos várias rochas aptas a serem exploradas para a produção de britas. Em cada 
região haverá uma rocha de natureza tal, que mais vantajosa se mostrará para o tipo de 
agregado que se queira produzir. 
 Dentre as rochas mais exploradas, temos: 
 
 Tipo Taxa de ruptura Absorção % Densidade 
Basalto 180 - 240 MPa 0,1 a 0,6 2,9 
Granito 100 - 240 MPa 0,1 a 0,8 2,7 
Gnaisse 100 - 240 MPa 0,2 a 0,8 2,7 
Calcário 90 - 200 MPa 0,2 a 4,5 2,8 
Arenito 50 - 150 MPa 1,2 a 8,5 2,4 
Capítulo II 
 
Materiais de Construção 1 
Prof. Eduardo Rodrigues da Cunha Pág. 34 
 Importante notar que os valores apresentados acima variam nos intervalos assinalados 
para cada família de rocha e com o estado de alteração intempérica que apresentam. As 
propriedades dos calcários variam muito em função da diversidade dos processos que podem 
originá-los. 
 Os melhores agregados são conseguidos com a utilização das rochas ígneas: maior 
resistência, maior dureza, menor índice de vazios e portanto menor absorção. 
As rochas sedimentares fornecem agregados com uma qualidade inferior à rocha ígnea, 
porém com bons resultados, desde que alguns cuidados sejam tomados. As rochas 
sedimentares apresentam menor resistência, menor dureza, maior índice de vazios e absorção. 
Rochas metamórficas, dependendo do seu grau de metamorfismo pode apresentar 
resistências a compressão equivalentes às rochas ígneas, boa dureza, baixo índice de vazios e 
absorção. 
 Basalto: Rocha ígnea de superfície; de cor escura e textura compacta; grande dureza; 
como agregado apresenta duas desvantagens: sua dureza desgasta os britadores e a 
forma dos grãos predominantemente lamelares. 
 Granito: Rocha ígnea de profundidade; cores variadas proporcionadas pelo feldspato; 
grande dureza e textura cristalina; apresenta fratura irregular. 
 Gnaisse: Rocha metamórfica; de cor clara, produz excelente agregado ao ser britada. 
 Calcário: Rocha sedimentar composta predominantemente por carbonato de cálcio – 
CaCO3 - tem uso restrito como agregado, usada somente em determinadas regiões, 
sendo mais utilizada como matéria-prima de aglomerantes – cal e cimento. 
 Arenito: Rocha sedimentar, de cor predominante clara, apresenta fratura irregular. 
 
 4.1.4 Uso das britas 
 Concreto de cimento: nas estruturas de concreto armado, são empregados os 
pedriscos, brita 1 e brita 2. Pode ser usado também, a areia de brita, apesar de ela ter 
uma distribuição granulométrica não coincidente com o agregado miúdo padronizado 
para concreto ( areia ). Porém, a tecnologia do concreto evoluiu, de modo que a areia de 
pedra é usada em grande escala associada à areia natural na proporção de até 50% na 
confecção de concreto pré-misturado. 
 No concreto massa e ciclópico, usam-se como agregados graúdo a brita 3 e a pedra de 
mão. 
 Concreto asfáltico: são usados: o filler, areias, pedrisco, brita 1 e brita 2. Os agregados 
para concreto asfáltico são necessariamente pré-dosados, para se satisfazer peculiar 
faixas de distribuição granulométrica para cada tipo de revestimento asfáltico. 
 Argamassas – areia de brita e pó de pedra. 
Capítulo II 
 
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 Pavimentos rodoviários: para a construção da base de macadame hidráulico. As 
graduações das britas diferem das graduações para concreto de cimento, podendo-se 
usar até brita 3. Para aumentar o índice de suporte dos sub-leitos, usa-se a bica corrida 
secundária. 
 Lastro de estradas de ferro: sua confecção é praticamente feita de brita 3. 
 Correção de solos: Usa-se o pó de pedra para correção de solos de plasticidade 
elevada. 
 Aterros: Podem ser feitos com restolho, obtendo-se mais facilmente alto índice de 
suporte, do que quando se usam solos argilosos. 
 
4.1.5 Graduação das britas 
Define-se como graduação de um agregado, os limites inferiores (d) e superiores (D) 
como sendo as aberturas (em mm) das malhas das peneiras para cada classe. 
Para fins de terminologia, é comum dividirem-se os materiais granulares conforme seu 
uso, em diversas frações. Entretanto, os limites superiores e inferiores de cada classe são 
arbitrários e variam conforme a origem do agregado e de acordo com os critérios e as 
necessidades das organizações tecnológicas e normativas de cada país. 
No Brasil, os profissionais ligados à construção de edificações, com uso de concreto 
de cimento, utilizam as graduações fornecidas pela ABNT, para a confecção do concreto; os 
profissionais que atuam na construção de rodovias, utilizam as graduações e terminologias

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