Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso Teoria do Crime - Aula 1/2. 17/12/2015 Instituto da Tentativa Tentativa ocorre quando o agente inicia a execução do crime, mas ele não chega na consumação por circunstâncias alheias a sua vontade, então o agente chegou na execução, mas ele não conseguiu consumar o crime. Por quê? Por fatos alheios, por circunstâncias alheia a sua vontade. A tentativa ela possui quatro espécies principais: ‘’’’ a) Tentativa Perfeita Ocorre quando o agente pratica todos os atos de execução. Se ele tem seis projéteis numa arma, ele dispara todos os atos de execução, mas não consegue chegar na consumação. Por quê? Por circunstâncias alheias a sua vontade. Enquanto na tentativa perfeita ele faz todos os atos de execução. b) Tentativa Imperfeita Na tentativa imperfeita ele faz uma parte dos atos de execução. Para distinguir a tentativa perfeita da tentativa imperfeita, na tentativa perfeita ele faz todos os atos de execução, enquanto que na imperfeita, faz somente uma parte dos atos de execução. c) Na tentativa Branca/ ou tentativa cruenta O agente não consegue atingir a vítima. Na tentativa cruenta, atinge-se a vítima. Tentativa perfeita, tentativa acabada ou crime falho Tentativa imperfeito ou inacabada Tentativa branca ou incruenta, pode ser chamada de tentativa cruenta imperfeita Tentativa cruenta ou vermelha ou tentativa vermelha imperfeita E no caso da tentativa como funciona a pena da pessoa, que tenta apenas praticar o crime, mas não consegue por circunstâncias alheia à vontade do agente? O agente tenta praticar o crime, mas não consegue por condições alheias a vontade do agente. Caso do crime consumado o agente responde pela pena prevista no tipo penal. Chamado de pena Cominado no Tipo Penal. Se o agente tenta matar, como será a pena dele? No caso da tentativa o agente responde pela mesma do crime consumado, porém diminuído de 1/3 até 2/3, dependendo do maior ou menor proximidade com a consumação. Essa é a pena do crime tentado: Alguns crimes do direito penal não admitem tentativa. Quais sejam: TENTATIVAS ABANDONADAS ou Qualificada – quando o agente inicia a execução, mas não consuma por interferência de sua própria vontade. São espécies de tentativas abandonadas: Semelhante a tentativa ainda dentro da fase de execução do crime, ainda há dois institutos, que estão no art. 15 CP. Que são: Quanto mais próximo da consumação, menor a diminuição Quanto mais longe da consumação, maior a diminuiçao Crimes culposos Crimes preter dolosos Crimes Uni subsistente Crimes habituais Crimes de atentados entre outros crime não admitem tentativa a) Desistência Voluntária/ Arrependimento eficaz. O agente inicia a execução do crime, mas não consegue chegar na consumação por vontade própria. Aliás da mesma maneira a desistência voluntária no arrependimento eficaz, o agente inicia e mas não chega na consumação por circunstâncias próprias. Por vontade própria Desistência voluntária e arrependimento eficaz, são chamado pela doutrina como tentativa abandonada ou qualificada. A desistência voluntária e o arrependimento eficaz não têm nada a ver com a tentativa. Diferença entre a Tentativa e a Desistência Voluntária Tanto na tentativa, como no arrependimento eficaz e na desistência voluntária, o agente inicia a execução do crime. Na tentativa, o agente não chega na consumação por condições alheias a sua vontade, a pena dele será a mesma para o crime consumado, diminuída de 1/3 até 2/3, dependendo da proximidade de consumação. Na desistência voluntária, assim também no arrependimento eficaz, o agente inicia a execução, mas não chega na consumação por vontade própria. Então pelo que responde o agente no caso da desistência voluntária e do arrependimento eficaz? Pelos os atos que ele praticou. Assim se uma pessoa dá um tiro em uma outra pessoa, tendo a possibilidade de prosseguir, não prossegue por vontade própria. Ele responde pelos os atos que praticou, ou seja, causou uma lesão corporal na vítima, ele responde por lesão corporal. Não por tentativa porque, pois, a desistência foi por vontade própria. Desistência Voluntária Arrependimento eficaz Na desistência, no arrependimento o agente responde pelos os atos que ele praticou. Existe uma fórmula que a doutrina coloca que se chama fórmula de Frank que diz o seguinte: Qual a diferença que existe entre a desistência voluntária e arrependimento eficaz? Na desistência voluntária, o agente inicia os atos executórios, mas ele não termina todos os atos executórios, no meio dos atos executórios ele para e desiste de prosseguir na execução. Por quê? Por vontade própria. Enquanto que no arrependimento eficaz ele termina todos os atos executórios, ele termina todos os atos de execução do crime, mas ele se arrepende e consegue reverter com o seu arrependimento e não conseguir o resultado. Então, na desistência ele faz uma parte dos atos de execução, no arrependimento ele faz todos os atos de execução. É como se dissesse que: a desistência voluntária está para a tentativa imperfeita assim como arrependimento eficaz está para a tentativa perfeita, quanto aos atos executórios. b) Arrependimento eficaz No arrependimento eficaz, ele faz todos os atos de execução do crime, ele se arrepende e pode reverter com seu arrependimento e não conseguir o resultado. Na desistência voluntária faz uma parte no arrependimento faz todos os atos. E responde somente pelo os atos que praticou. Então eu teria como exemplo: Se uma pessoa dá um tiro em outra, guarda a arma e vai embora é uma hipótese de desistência voluntária. Na tentativa eu digo: Eu quero mas eu não posso No arrependimento e na desistência eu digo Eu posso, mas é eu que não quero Se ela der um veneno para a pessoa e der um antídoto depois de envenenar. Isto é um arrependimento eficaz. Nos dois casos, o agente responde apenas pelo os atos que ele praticou. Dentro ainda da fase executória do Iter Criminis, temos que tratar do assunto do Crime Impossível+ Crime Impossível O crime impossível está previsto no código Penal no art. 17, e diz lá no art. 17 do CP. Não há tentativa quando iniciada a execução do crime este não se consuma pela ineficácia absoluta do meio ou pela impropriedade absoluta do objeto. Crime impossível a doutrina chama-se de tentativa inidônea, tentativa inadequada, quase crime ou crime oco. A doutrina chama o CRIME IMPOSSÌVEL de Tentativa Inidônea, Tentativa Inadequada, Quase Crime ou Crime Oco. Por quê inidôneo (imprópria) ou tentativa inadequada? Porque no caso de crime impossível o agente inicia uma execução. Tanto que art. 17 diz: Não se pune a tentativa, inicia-se a execução, mas não consegue chegar a consumação, por quê? Pela as duas formas previstas na lei penal de crime impossível: a) Ineficácia absoluta do meio. O que é um meio absolutamente ineficaz? Ex.: O que é um meio ineficaz? É um meio usado para praticar o crime, por exemplo, usando um revólver de brinquedo para matar uma pessoa, é um meio absolutamente ineficaz. Ex.: Impossibilidade do meio: Matar alguém, batendo-lhe com uma flor, fazendo rituais de magia, etc. Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) b) Absoluta impropriedade do objeto Posso ter um objeto absolutamenteimpróprio, um objeto material, sob o que recai a conduta do agente. Ex.: Se eu der um tiro, eu tenho um cadáver, um objeto absolutamente impróprio. Ex.: de impossibilidade do objeto: Matar um cadáver, estuprar uma boneca, etc. Eu tenho as duas espécies de crimes impossíveis. A Ineficácia absoluta do meio e a impropriedade absoluta do objeto, tem que ser absoluta. Se a ineficácia e a impropriedade forem relativas não haverá um crime impossível. Haverá tentativa. Dizendo isso que a ineficácia absoluta do meio e a impropriedade absoluta do objeto gera um crime impossível, eu adoto a Teoria Objetiva Temperada. O que é a Teoria Objetiva Temperada? Curso de Teoria do Crime Aula 1/3 18/12/2015 Teoria Objetiva Temperada. É aquela que diz que no caso do crime impossível a ineficácia e a impropriedade tem que ser ABSOLUTA. Se forem RELATIVAS haverá caso de crime tentatdo. A lei penal prevê apenas duas espécies de crime impossíveis O Supremo Tribunal Federal editou a súmula 145. Não há quando a preparação dor flagrante da policícia impede sua consumação. É mais uma especíe de crime impossível. E o caso do Flagrante preparado ou provocado. Ineficácia do meio Impropriedade absoluta do objeto Flagrante preparado ou provocado. Conhecido como delito de ensaio, delito de experiência ou delito putativo por obra do agente provocador. Quando ocorre delito de ensaio, delito e experiência ou delito putativo por ordem do agente provocador? Ocorre quando a autoridade policial ou a vítima, induzem o agente a praticar o crime ao mesmo tempo que tomam todas as providências para que não se chegue na consumação. Nelson Hungria na época dele dizia que no crime de flagrante preparado ou provocado o agente é protagonista de uma farsa, ou seja, o agente jamais vai conseguir chegar a consumação por causa do aparato, da maneira como é preparado flagrante para que não se chegue na consumação do crime. Magalhães Noronha na época criticava Nelson Hungria dizendo “se não obstante as providências tomadas pela vítima, autoridade policial, o crime se consuma”; “Bom se ocorre a consumação do crime, não haveria flagrante preparado, mas haveria sim, um crime consumado. Dentro destas hipóteses de flagrante, nós vimos que o código de processo penal no art. 302 CPP, prevê os casos de flagrante. Ele diz assim, ocorrerá crime flagrante quando: a) O agente está cometendo o crime; b) Quando ele acaba de cometer; c) Quando ele é perseguido, logo após o crime d) Ou quando ele é encontrado logo depois com objetos que fazem presumir ser ele o autor do flagrante. Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: I - Está cometendo a infração penal; II - Acaba de cometê-la; III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração; IV - É encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração. Só na Lei Processual Penal nós temos três espécies de flagrante: a) Flagrante próprio é aquele que quando o agente está cometendo o crime ou acaba de cometer; ele está esfaqueando a vítima ou ele acabou de esfaquear a vítima. b) Flagrante impróprio é aquele que onde o agente após cometer o crime é perseguido de tal maneira que a pessoa que o persegue não o perca de vista. Eu tenho o cometimento do crime e tenho a perseguição de tal maneira que o agente não perca o sujeito ativo de vista. c) Flagrante do crime presumido é aquele que onde a autoridade policial ela encontra ou qualquer pessoa encontra o agente, logo depois, não é logo após a perseguição. Com os objetos que façam presumir ser o agente o autor do flagrante. Doutrinariamente existem outras espécies de flagrante, quais seriam: 1°) Hipótese de flagrante preparado ou provocado – que é a hipótese de um crime impossível, criado pelo Supremo Tribunal Federal, onde há uma indução do agente da prática do crime, ao mesmo tempo tem em que se toma toda as providências para que o crime não chega na consumação. 2°) Hipótese do flagrante esperado – aquele onde a autoridade policial faz a campana, ela espera o cometimento do crime, ela prende o agente no momento em que ele comete o crime. 3°) Hipótese do flagrante prorrogado ou retardado, que é aquela hipótese prevista na lei do crime organizado, previstas nos crimes de drogas, onde no crime de drogas é chamado de ação controlada. Onde o agente, ele espera, mas ela não espera o 1° momento para efetuar a prisão, mas ele espera o melhor momento para efetuar a prisão. Como dizem na doutrina, eles esperam o peixe graúdo. Ele não prende o agente no momento esperado, mas no melhor momento esperado. 4°) Hipótese de flagrante forjado é um crime de abuso de autoridade onde o agente planta a prova para que o agente seja preso. Além de não ser crime, é crime de Flagrante próprio Flagrante impróprio Flagrante de crime presumido abuso de autoridade. Flagrante forjado é diferente de flagrante preparado ou provocado. No flagrante preparado ou provocado na súmula 145 o agente ativo é induzido a praticar o flagrante. Crime Impossível (Doutrinariamente) a) Ineficácia absoluta do meio; b) A impropriedade absoluta do objeto; c) Crime de flagrante preparada ou provocado conhecido como delito de ensaio, delito de experiência, ou delito putativo por dia do agente provocador. Essas são espécies previstas dentro da execução do crime. Iter Criminis composto por 4 fases: Cogitação é a preparação não puníveis. Preparação em regra não é punível a não ser que a preparação constitua num crime autônomo, como crime de quadrilha de porte de arma. A execução já é punível, punível de que maneira? Dentro da execução, quais os institutos que temos? Chegando na fase da consumação o que mais pode acontecer? Instituto do Arrependimento posterior Após a fase da consumação pode ocorrer o instituto do arrependimento posterior, é o instituto previsto no art. 16 CP. É uma espécie de reparação do dano. É um benefício para o réu, porque é uma causas de diminuição da pena. Cogitação Preparação Execução Consumação Tentativa Desistência voluntária Arrependimento eficaz Crime impossivel Não há crime, quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação. Assim como na tentativa, tenho uma causa de diminuição de pena. No arrependimento posterior tem uma causa de diminuição de pena de 1/3 até 2/3, desde que presente os seguintes requisitos: Institutos do arrependimento posterior a) Reparação do dano ou restituição da coisa; Reparação do dano tem que ocorrer após a consumação do crime. Essa reparação do dano só cabe nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa. Ex.: Crime de roubo, crime de extorsão, são crimes praticados com violência à pessoa. Neste crime não cabe o arrependimento posterior. Se a violência for contra a coisa, num furto com rompimento de obstáculo, pode caber o arrependimento posterior. Mas como regra, só cabe em crime sem violência ou grave ameaça à pessoa. Próximo requisito do Arrependimento eficaz posterior. b) Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; Além do crime ser sem violência ou grave ameaça à pessoa; c) Até o recebimento da denúncia ou queixa; se posterior, é circunstância atenuante genérica (CP, art. 65, III, b). A reparação do dano e a restituição da coisa deve ser integral. Se a reparação do dano e da restituição do dano for parcial, nãocabe arrependimento posterior. Nem que a vítima aceite porque a lei penal, diz reparação do dano, restituição das coisas. É o que diz a doutrina, integrais. Até que no momento caiba arrependimento posterior. Desde que a consumação do crime até o recebimento da denúncia. Não é até o oferecimento da denúncia. Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) O que vem a ser oferecimento da denúncia? É o ato feito pelo Ministério Público. Recebimento da Denúncia? Ato feito pelo Juiz. Então cabe desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia. Teoria do Crime – Aula 1/4 18/12/2015. d) Voluntariedade do agente; Quando o Direito Penal fala em ato voluntário do agente e desistência voluntária. Voluntário não é a mesma coisa que espontâneo no direito penal. Ato voluntário é aquele que pode ser ainda que por conselho da 3° pessoa, como por exemplo, se o pai ou qualquer pessoa ajuda o agente ou aconselha o agente a reparar o dano, o arrependimento posterior, a causa de diminuição de pena aproveita o agente. Espontânea, é uma coisa que parte do agente. Voluntário é uma coisa que pode ser por conselho de terceiro. O arrependimento posterior deve ser por ato voluntário, assim como a desistência voluntária, são atos do agente, mas que pode ser aconselhado por terceiros. Esses são os quatros requisitos do arrependimento posterior. a) crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; b) reparação do dano ou restituição da coisa; c) voluntariedade do agente; d) até o recebimento da denúncia ou queixa; se posterior, é circunstância atenuante genérica (CP, art. 65, III, b). É cabível nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça a pessoa. A reparação do dano ou a restituição da coisa tem que ser integral. A reparação do dano ou a restituição da coisa tem que ser desde a consumação do crime até o recebimento e por último por ato voluntario do agente. Quanto aos efeitos do arrependimento posterior: O arrependimento posterior entende-se ao coator ou ao partícipe, sim, pelo fato do arrependimento posterior ser uma circunstância objetiva. Circunstancia objetiva é uma coisa que exterior ao agente. Subjetiva é tudo aquilo que pertence ao agente. O arrependimento eficaz só contém circunstâncias objetivas. Por ser circunstâncias objetivas. Ex.: Se duas pessoas praticam um crime de furto, basta que uma delas repare o dano da outra. Não é necessário que o outro repare? Por quê? Se um repara o outro será beneficiado. Será beneficiado com o arrependimento posterior. O arrependimento posterior e um instituto que cabe como regra em todos os crimes em Direito Penal, cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa. Arrependimento Eficaz Arrependimento Posterior Fundamento Legal: art. 15 do CP Fundamento Legal: art. 16 do CP O agente impede a ocorrência do resultado, de modo que o crime não se consuma. O crime já se encontra consumado e o agente se resume a ressarcir o dano ou restituir a coisa. Pode ocorrer em quaisquer crimes que admitam a fragmentação do iter criminis (crimes plurissubsistentes). Somente se admite nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa. Sua consequência é o fato de que o agente apenas responde pelas condutas até então praticadas, se é que elas configuram crime. Traz como consequência a redução de pena, desde que o ressarcimento tenha ocorrido até o recebimento da denúncia ou queixa. É conhecido na doutrina como “Ponte de Ouro”. É conhecido na doutrina como “Ponte de Prata”. Existem exceções a este arrependimento posterior 1° exceção – Crime de estelionato (praticado na modalidade de cheque sem fundo) 1° exceção - Crime de estelionato 2° exceção - Crime de Peculato culposo Estelionato básico está no art. 171 do CP Estelionato é induzir uma inteira no erro usando um artifício, um ardil ou qualquer outro meio fraudulento. O crime de estelionato básico está no art. 171 caputs. Vale a ressalva de que, para que exista o delito de estelionato, faz-se mister a existência dos quatro requisitos citados no artigo acima mencionado: obtenção de vantagem, causando prejuízo a outrem; para tanto, deve ser utilizado um ardil (armação), induzindo alguém a erro. Se faltar um destes quatro elementos, não se completa tal figura delitiva, podendo, entretanto, formar-se algum outro crime. Alguns golpes comuns que são enquadrados como estelionato são o golpe do bilhete premiado e o golpe do falso emprego. A este estelionato aplico o instituto do arrependimento posterior art. 16 do CP. Existe uma figura dentro do artigo 171, §2°, inciso VI que trata do crime de estelionato com cheque sem fundo. Quem pode praticar o estelionato do cheque sem fundo? Qualquer pessoa que seja correntista do Banco e tenha a sua conta devidamente aberta. Se a conta já estiver encerrada, ele não poderá praticar o estelionato com cheque sem fundo. Ele poderá praticar o estelionato básico. Que é o estelionato do artigo 171 e não do art. 171 §2°, inciso VI (este que só o correntista do Banco pode praticar. Como funciona a reparação do dano para este estelionato? Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. Art. 16 - Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Crime impossível (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: VI - Emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. Para este estelionato art. 171, §2° Inciso VI, este que só o correntista do banco pode praticar. Como funciona a reparação do dano deste estelionato? Para este estelionato do art. 171, §2° inciso VI, que é estelionato praticado mediante cheque sem fundo, existe uma súmula do Supremo Tribunal Federal, a súmula 554. Que diz o seguinte, que a reparação do dano após o recebimento da denúncia não obsta o prosseguimento da ação penal. Então, se a reparação do dano após o recebimento da denúncia não obsta pelo recebimento da ação penal. E antes do recebimento da denúncia, qual é o benefício que cabe para o dano, no caso de estelionato de cheque sem fundo até o recebimento da denúncia? O benefício é que a pessoa que repara o dano tem a pena extinta a sua punibilidade. Diferença Arrependimento Posterior ele é um benefício que cabe desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia. É apenas uma causa de diminuição de pena de 1/3 até 2/3. Se o estelionato for praticado na modalidade de cheque sem fundo, a reparação do dano desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia é a causa da extinção da punibilidade e não apenas a causa de diminuição de pena. 2° Exceção – Crime de Peculato Culposo Peculato vem de pecus = gados. É um criem praticado apenaspor funcionários públicos admitindo coautoria e participação. O peculato está previsto no art. 312 CP. Que a regra é que o crime seja doloso excepcionalmente será culposo. Quando haverá o crime culposo? Quando houver previsão legal. Súmula 554-STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta (impede) ao prosseguimento da ação penal. A regra é que o crime seja doloso excepcionalmente, ele será culposo. Quando haverá o crime culposo? Quando houver previsão legal. Então no caso do peculato eu tenho tanto crime doloso como crime culposo. Existe o peculato dolosos previsto no art. 132, caput, §1° CP e o peculato culposo previsto no art. 312 § 2°. O que é peculato doloso? É o funcionário Público que se apropria de um bem que é dinheiro, ou um valor que está sobre a sua posse em razão do cargo ou que desvia esse bem e valor em proveito próprio ou alheio. Também pratica o crime de peculato o funcionário público que subtrai ou concorre para subtração de um bem, utilizando da facilidade que lhe proporciona o cargo. Temos o crime de peculato culposo. O que é peculato culposo? Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário. Peculato culposo § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. Peculato mediante erro de outrem É aquela situação que o agente concorre culposamente para o crime de outrem. Como pode concorrer culposamente para o crime de outrem? É o caos do funcionário público que ele é imprudente na guarda de um bem da repartição e algum momento ele é imprudente, negligente na guarde deste bem. Alguma pessoa por exemplo, subtrai este bem, este é peculato culposo. O peculato culposo só dá certo se o crime de outrem, desta outra pessoa for um crime doloso consumado. O que acontece? No crime de peculato doloso, aplica-se o instituto do arrependimento Posterior, ou seja, a reparação do dano desde a consumação do crime até o recebimento da denúncia diminui a pena de 1/3 até 2/3. No caso do peculato culposo a reparação do dano funciona de uma maneira diferente, nos termos do art. 312 § 3° do CP. Como funciona no peculato culposo a reparação do dano? No peculato culposo a reparação do dano, pode ocorrer desde a consumação do crime até a sentença irrecorrível (que é a sentença transitada e julgada). Então como fases do processo importante o agente tem: A consumação do crime; o recebimento da denúncia; a sentença condenatória recorrível e trânsito em julgado desta sentença. Trânsito em julgado quer dizer quando não cabe mais recurso desta sentença. No crime de peculato culposo a reparação do dano desde a condenação do crime até a sentença irrecorrível, ou seja, até o trânsito em julgado da sentença é uma causa de extinção da punibilidade. Depois do trânsito em julgado existe ainda um benefício para o agente do peculato culposo, qual o benefício? A redução da pena de metade. Então resumindo: Ao peculato doloso, crime cometido sem violência eu aplico o arrependimento posterior, ao peculato culposo eu não aplico o instituto do arrependimento posterior, mas ao peculato culposo, aplica o instituto do artigo 312, 3°, ou seja, a reparação do dano desde a consumação até a sentença irrecorrível, extingue a punibilidade do agente. Após a sentença irrecorrível, ainda a pena do agente será reduzida de metade. Essas são as consequências, as exceções e a regra da reparação do dano no direito penal. Quanto aos institutos, dentro da execução do crime e mesmo após a consumação foram todos tratados na aula. OBSERVE: SITUAÇÃO 1: Imagine a seguinte situação hipotética: Nivaldo, com a intenção de ludibriar e obter vantagem ilícita em seu proveito, emitiu um cheque seu, sem fundos, em favor de Carla. Em tese, ele praticou o crime de estelionato, previsto no art. 171, § 2º, VI, do CP: Art. 171 (...) § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: VI - Emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento. Carla ficou extremamente contrariada e procurou a delegacia, tendo sido instaurado um inquérito policial para apurar o fato. Percebendo que o caso ficou sério, Nivaldo, antes que o Promotor de Justiça oferecesse denúncia contra ele, procurou a vítima e pagou integralmente o valor do cheque. O pagamento do cheque (ressarcimento integral e voluntário do dano) irá impedir o prosseguimento da ação penal? SIM. Para a jurisprudência, se o agente que emitiu o cheque sem fundos pagá-lo antes de a denúncia ser recebida, isso impedirá que a ação penal seja iniciada. Trata-se de uma exceção mais favorável ao réu do que a regra do art. 16 do CP. Existe um enunciado antigo do STF, mas ainda válido, sobre o tema: Súmula 554-STF: O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal. SITUAÇÃO 2: Imagine agora a situação um pouco diferente: Jair foi até o mercadinho e lá comprou 5kg de carne, pagando a conta com um cheque furtado. Quando o dono da mercearia foi descontar o título, recebeu a informação de que não havia fundos. Em tese, Jair praticou o crime de estelionato na figura prevista no caput do art. 171 (e não no seu § 2º, VI). Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. Foi instaurado inquérito policial para apurar o fato e Jair, antes que o Promotor de Justiça oferecesse denúncia contra ele, procurou a vítima e pagou integralmente o valor do cheque. O pagamento do cheque (ressarcimento integral e voluntário do dano) irá impedir o prosseguimento da ação penal? NÃO. A jurisprudência afirma que a Súmula 554 do STF aplica-se unicamente para o crime de estelionato na modalidade de emissão de cheque sem fundos (art. 171, § 2º, VI). Assim, a referida súmula não se aplica ao estelionato no seu tipo fundamental (art. 171, caput). Desse modo, mesmo tendo pago integralmente o valor do cheque, o Promotor de Justiça irá denunciar Jair e a ação penal contra ele prosseguirá normalmente. (STJ. 5ª Turma. HC 280.089-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 18/2/2014). Mas ele terá algum benefício por ter ressarcido o dano? SIM. Isso será considerado como causa de diminuição de pena, nos termos do art. 16 do CP: Arrependimento posterior Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços. Curso de Teoria do Crime – Aula 1/5. Omissão Conduta é Ação (que adota a teoria finalista) + Omissão. a) Crimepor Ação - onde o agente faz alguma coisa para praticar o crime. b) Crime omissivo - onde o agente realiza a conduta, mas de que maneira? Não fazendo alguma coisa. Enquanto na ação o agente faz, no crime de omissão o agente não faz alguma coisa. O crime omissivo ele pode ser de duas espécies: a) Crime Omissivo Próprio É aquele onde o agente simplesmente não faz alguma coisa. Mas esse não fazer do agente está previsto no art. Penal como crime. Ex.: Crime de omissão de socorro. (Previsto no art. 135 CP) Ação Omissão Crime Omissivo Próprio Crime Omissivo Impróprio Crime de Omissão de Socorro, o agente simplesmente não faz alguma coisa. Este não fazer dele é crime. Este é um crime omissivo próprio, onde o agente, não faz alguma coisa, e é previsto no código penal. b) Crime Omissivo Impróprio É também chamado por crime comissivo por omissão. Crime comissivo é um crime de ação por omissão. Quem pode praticar o crime comissivo impróprio? Apenas determinadas pessoas No crime omissivo próprio, qualquer pessoa pode praticar. No crime comissivo impróprio algumas pessoas que estão no Art. 13, §2° CP, doutrina chamada de garantes ou garantidoras dos resultados. Quem são os garantes previstos na lei penal? São aquele que tem por lei, obrigação de cuidado, proteção e vigilância. Por exemplo: Os pais com relação aos filhos, policiais com relação à sociedade. Quem mais é garante e tem esse dever jurídico? Aquelas pessoas que assumem ou responsabilizam de impedir o resultado. Ex.: Pessoa que toma conta de uma escola, uma babá, um guia alpinista. Quem mais é garanti? a) Dever Legal; b) Dever dos negócios jurídicos ou relação concreta de vida; c) Dever de ingerência de nova norma. Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. Há 3 hipóteses do art. 13, § 2°. Garanti, por exemplo, é aquele que com seu comportamento anterior cria um risco de impedir um resultado. Ex.: Uma pessoa que convida outar para nadar e a outra diz, não sei nadar. Ela diz, pode deixar, se acontecer alguma coisa eu garanto. Nas três hipóteses: 1°) Hipótese de Dever Legal do art. 13, §2°, letra a. 2°) Hipótese dever dos negócios jurídicos ou relação concreta de vida, art. 13, § 2°letra, b. 3°) Hipótese do dever de ingerência de norma, art. 13, § 2°, letra c. Art. 13 - O resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Superveniência de causa independente (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Relevância da omissão (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) § 2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem: (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) Essas três hipóteses a pessoa tem o dever de agir. Se ela não fizer ela responde pelo crime. Mas ela não responde pela sua omissão, ela responde pelo resultado do crime. Ex.: Se a mãe deixar de amamentar o filho tendo o dever legal de fazê-lo, ela responderá não por omissão de socorro, ela responderá pelo crime de homicídio. Nos crimes omissivos próprios, existe um tipo penal omissivo previsto na lei, se ela não fizer, responde pelo seu não fazer. Crimes omissivos impróprios São crimes que só podem ser praticados pelas pessoas previstas no art. 13, § 2°, que são os garantes. Essas pessoas garantes, pessoas garantidoras do resultado, eles podem praticar crimes omissivos impróprios. Só que não temos tipo omissivos penais omissivos impróprios. Crimes omissivos impróprios são quaisquer crimes de ação. Ex.: Homicídio, o roubo, o furto, o estupro. A pessoa que é garante do resultado, que a pessoa que tem o dever legal, que tem o dever de ingerência (ação de agir) da norma, tem o dever dos negócios jurídicos, são chamados por alguns doutrinadores de dever contratual. Essas pessoas se não fizerem alguma coisa, elas vão responder não pelo que não fizeram, mas pelo resultado. Enquanto que no crime omissivo próprio a pessoa responde pela sua omissão, porque a sua omissão está prevista na lei como crime. No crime omissivo impróprio que é o crime dos garantes, a pessoa não vai responder pela sua omissão, mas ela vai responder pelo seu resultado previsto na lei penal. Ex.: Assim se uma mãe deixa de amamentar o filho e ele morre de inanição ela não vai responder pela omissão, ela vai responder pelo homicídio. Ex.: Se o policial vê um assalto praticado e não faz nada, tendo o dever de agir, este dever é um dever poder. O policial tem o dever de agir no caso concreto. Se ele puder e dever agir para poder evitar o resultado, se ele tiver o dever e o poder e nada fizer não vai responder pela omissão, ele vai responder pelo resultado. Qual é o resultado? Se ele vê um assalto e não faz nada, ele responde pelo o próprio assalto. Se a mãe, vê um pai, um padrasto estuprando uma criança e não faz nada, o padrasto responderá pelo crime de estupro na forma de ação. Enquanto que a mãe responderá pelo estupro na forma omissiva imprópria. Observe: Nos termos da conduta estudemos a ação. Ação em fazer, adotada a teoria finalista. Na próxima aula: Dolo e culpa no finalismo estão na conduta. Omissão é adotada a Teoria Normativa. O que é normativa? Que a omissão é um não fazer o que devia ser feito. No omissivo próprio, eu só tenho o não fazer. Crime omissivo impróprio tenho o não fazer o que devia ser feito. E este que devia ser feito está numa norma. Qual a norma? Art. 13, § 2° CP. Por isso que chama de teoria normativa, ou seja, está na norma. Crimes omissivo próprio o agente responde por sua conduta. Crimes omissivos impróprio, o agente responde também pelo resultado produzido. São os três Garantes: a) Dever Legal; b) Dever dos negócios jurídicos ou das relações concretas da vida, também conhecida na doutrina como dever contratual; c) Dever de ingerência (agir) da norma. Aquele que com seu comportamento anterior cria o risco de ocorrer o resultado. Dentro da conduta, temos o sujeito ativo e sujeito passivo, temos os crimes de ação, omissão e sujeitos de conduta. No resultado espécies de crime materiais, que tem resultado formais e mera conduta. Classificação do Crime a) Crime Comum - É aquele que pode ser praticado por qualquer pessoa. b) Crimes próprios - aquele que pode ser praticadopor determinados sujeitos ativos. Ex.: Infanticídio, crime praticado apenas pela mãe, puérpera, que mata o próprio filho, sob influência do estado puerperal. Dentro do crime próprio temos os crimes de: c) Crime de mão própria Dentro dos crimes próprios existem crimes de mão própria. São aqueles que só o sujeito ativo pessoalmente pode praticá-los. Ex.: Falso testemunho (aquele onde a testemunha, o perito, o tradutor, o contador, os intérpretes negam a verdade ou calam a verdade como testemunhos, peritos, tradutores, intérpretes (só essas pessoas podem praticar esses crimes) Enquanto que nos crimes comuns qualquer um pode praticar. O crime próprio, há determinadas pessoa podem praticar; enquanto que na crime mão própria, só aquelas pessoas o qual pessoalmente podem praticá-los. Qual a diferença entre crime próprio e mão própria? A doutrina diz assim: Nos crimes próprios as pessoas podem praticar admitindo a coautoria e a participação. Nos crimes de mão própria só é possível a participação, não sendo possível a coautoria. Resumo: Teoria do Crime Aula 1 Fato Típico: Conduta e resultado Conduta C R IM ES Crime comuns Crimes Próprios Crimes de mão própria Conceito Forma de ação Teoria da Ação Resultado Crimes materiais Crimes formais Crimes de Mera conduta Iter Criminis Execução Tentativa Desistência voluntária Arrependimento eficaz Crime impossível Consumação Arrependimento posterior Omissão Classificação do Crime Crimes comuns Crimes próprio Crimes de mão própria
Compartilhar