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5 ITER CRIMINIS TENTATIVA CRIME IMPOSSÍVEL

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Prévia do material em texto

DIREITO PENAL 
 
ITER CRIMINIS 
 
 
 
 
2 
 
Sumário 
1 CONCEITO E FASES ................................................................................................................... 3 
1.1 CONCEITO ................................................................................................................................... 3 
1.2 FASES .......................................................................................................................................... 3 
1.2.1 Cogitação ......................................................................................................................................... 3 
1.2.2 Preparação ...................................................................................................................................... 3 
1.2.3 Execução ......................................................................................................................................... 4 
1.2.4 Consumação .................................................................................................................................... 5 
1.2.5 Exaurimento .................................................................................................................................... 6 
2 TENTATIVA .............................................................................................................................. 7 
2.1 CONCEITO ................................................................................................................................... 7 
2.1.1 Elementos da tentativa ................................................................................................................... 7 
2.2 TEORIAS SOBRE A PUNIBILIDADE DA TENTATIVA .......................................................................... 7 
2.3 ESPÉCIES DE TENTATIVA ............................................................................................................... 9 
2.3.1 Quanto a vontade do agente .......................................................................................................... 9 
2.4 ADMISSIBILIDADE E INADIMISSIBILIDADE DA TENTATIVA ............................................................. 9 
2.5 DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ ................................................................................... 12 
2.5.1 Desistência voluntária ................................................................................................................... 13 
2.5.2 Resispiscência (Itália) / Arrependimento Eficaz ............................................................................ 13 
2.5.3 Arrependimento Posterior ............................................................................................................ 14 
3 CRIME IMPOSSÍVEL ................................................................................................................ 18 
3.1 CONCEITO .................................................................................................................................. 18 
3.2 TEORIAS ..................................................................................................................................... 19 
3.3 ESPÉCIES ..................................................................................................................................... 19 
3.4 ASPECTOS PROCESSUAIS ............................................................................................................. 20 
4 QUESTÕES DE TENTATIVA/DESISTÊNCIA/ARREPENDIMENTO/CRIME IMPOSSÍVEL .................. 22 
5 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO .......................................................................... 23 
6 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ...................................................................................................... 23 
 
 
3 
 
ATUALIZADO EM 25/03/20191 
ITER CRIMINIS 
1 CONCEITO E FASES 
 
1.1 CONCEITO 
São as fases de realização do crime. É o itinerário do crime. Existe uma fase interna e uma externa. A 
fase interna é a cogitação e a fase externa é a preparação, execução e consumação. O exaurimento não 
integra o iter criminis. 
 
1.2 FASES 
1.2.1 Cogitação 
Divide-se em três momentos distintos: idealização quando surge a ideia de praticar o crime; 
deliberação quando pondera os pros e os contras; resolução; resolução quando se decide pela prática do 
crime. A cogitação nunca é punível porque não há sequer perigo ao bem jurídico. Nelson Hungria chamava a 
cogitação de claustro psíquico. É o direito à perversão (internamente, todo individuo tem direito de ser 
perverso). Por força do princípio da materialização do fato, a mera cogitação é impunível. 
1.2.2 Preparação 
É a fase dos atos preparatórios (chamado de conatusremotus.), são atos indispensáveis a posterior 
execução do crime. Em regra, os atos preparatórios não são puníveis, pois ainda não há ofensa ao bem jurídico 
(art. 14, II – crime tentado é punido quando já foi iniciada a execução). 
 
II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente. 
 
 
 
1
 As FUCS são constantemente atualizadas e aperfeiçoadas pela nossa equipe. Por isso, mantemos um canal aberto de 
diálogo (setordematerialciclos@gmail.com) com os alunos da #famíliaciclos, onde críticas, sugestões e equívocos, 
porventura identificados no material, são muito bem-vindos. Obs1. Solicitamos que o e-mail enviado contenha o título do 
material e o número da página para melhor identificação do assunto tratado. Obs2. O canal não se destina a tirar dúvidas 
jurídicas acerca do conteúdo abordado nos materiais, mas tão somente para que o aluno reporte à equipe quaisquer dos 
eventos anteriormente citados. 
4 
 
Contudo, há exceção. Nos chamados crimes obstáculos o legislador incriminou de forma autônoma atos que 
representam a preparação de outro crime (art. 291, CP é um ato preparatório da falsificação de moeda). 
Exceção: formação de quadrilha ou bando, segundo a maioria da doutrina. 
 
Petrechos para falsificação de moeda 
Art. 291 - Fabricar, adquirir, fornecer, a título oneroso ou gratuito, possuir ou guardar maquinismo, aparelho, 
instrumento ou qualquer objeto especialmente destinado à falsificação de moeda: 
1.2.3 Execução 
Surge a punibilidade do Estado. Surge, no mínimo, um crime tentado. Todo ato de execução deve 
apresentar duas características. O ato de execução deve ser idôneo, capaz de ofender o bem jurídico. Essa 
idoneidade deve ser analisada em concreto e não em abstrato. O ato deve ser idôneo e inequívoco é aquele 
que se dirige ao ataque do bem jurídico. Na dúvida entre se um ato foi meramente preparatório ou 
executório, o juiz deve pronunciar o non liquet, a falta de provas, negando a existência de tentativa. 
 
Transição dos atos preparatórios para os atos executórios: 
 
a) Teoria Subjetiva: para essa teoria, não há diferença entre ato preparatório e ato executório. A 
vontade está presente em todos os momentos. Essa teoria não é adotada no Brasil. 
 
b) Teoria Objetiva: subdivide-se em outras quatro: 
 
b.1. Teoria da hostilidade ao bem jurídico: criada por Max Ernest Mayer, ato de execução é aquele que 
ataca o bem jurídico, enquanto ato preparatório é aquele que mantém um estado de paz. 
 
b.2. Teoria objetivo-formal ou lógico-formal: criada por Franz von Liszt, ato executório é aquele em que o 
agente inicia a realização do núcleo do tipo. É a teoria preferida no Brasil na doutrina e na jurisprudência. 
 
b.3. Teoria objetivo-material: criada por Reinhart Frank, atos de execução são aqueles em que o agente 
inicia a realização do núcleo do tipo e também os atos que lhe são imediatamente anteriores, na visão do 
terceiro observador. Essa teoria foi adotada pelo Código Penal Português. 
 
b.4. Teoria objetivo-individual: criada por Hans Welzel e o seu grande defensor é Zaffaroni,atos de 
execução são aqueles em que o agente inicia a realização do núcleo do tipo e também os atos que lhe são 
imediatamente anteriores, de acordo com o plano concreto do agente. 
5 
 
*b.5. Teoria negativa: propõe, em linhas gerais, a negação da possibilidade da limitação, em uma regra 
geral, entre o que seriam atos preparatórios e atos de execução, devendo tal definição ficar a cargo do 
julgador no momento da análise de cada caso. #ATENÇÃO #QUESTÃODEPROVA #MPPR 
1.2.4 Consumação 
No Direito Romano a consumação era chamada de summatum opus. O crime consumado também é 
chamado de crime perfeito, de crime completo, de crime acabado. O crime se consuma quando nele se 
reúnem todos os elementos de sua definição legal (todos os elementos do tipo). 
 
Súmula 610 do STF: HÁ CRIME DE LATROCÍNIO, QUANDO O HOMICÍDIO SE CONSUMA, AINDA QUE NÃO 
REALIZE O AGENTE A SUBTRAÇÃO DE BENS DA VÍTIMA. 
 
 Essa Súmula considera crime consumado sem que se reúnam todos os elementos do iter criminis. Essa 
Súmula contraria o art. 14, I do CP (Rogério Greco), sendo contra legem. Mas o STF a aplica. 
 
#CUIDADO! Cuidado: A doutrina moderna vem falando em consumação formal e consumação material, o 
que é isso? 
Consumação formal ocorre quando se dá o resultado naturalístico - SUBSUNÇÃO- nos crimes materiais ou 
quando o agente concretiza a conduta nos crimes formais e de mera conduta. Ex.: subtraiu coisa alheia móvel. 
Consumação material: ocorre quando se dá a relevante e intolerável lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico 
tutelado. Essa doutrina é para quem diferencia tipicidade formal de tipicidade material. 
 
#RELEMBRE - A tipicidade formal é o juízo de subsunção, de adequação entre o fato e a norma. O fato 
praticado na vida real se encaixa no modelo de crime previsto pela norma penal. A tipicidade formal não 
basta, é preciso a tipicidade material, expressada na lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico penalmente 
protegido. 
 
 *Crimes de perigo concreto – o crime se consuma com a efetiva exposição do bem jurídico a uma 
probabilidade de dano. 
 
 Crimes de perigo abstrato – o crime se consuma com a mera prática da conduta definida pela lei como 
perigosa (porte de arma e a entrega de veículo automotor a pessoa sem habilitação). 
 
Súmula 575-STJ: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou entregar a direção de veículo 
automotor à pessoa que não seja habilitada, ou que se encontre em qualquer das situações previstas no 
6 
 
art. 310 do CTB, independentemente da ocorrência de lesão ou de perigo de dano concreto na condução 
do veículo. STJ. 3ª Seção. Aprovada em 22/06/2016, DJe 27/06/2016. 
 
 Crimes habituais – o crime se consuma com a prática reiterada de atos que revelam o estilo de vida do 
agente, pois cada um deles, isoladamente considerado, representa um indiferente penal. 
 
 Há crimes que se consumam com o fim dos atos executório, são os chamados crimes formais ou de mera 
conduta. Só os crimes materiais percorrem necessariamente as 4 fases. 
 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #AJUDAMARCINHO #DIZER O DIREITO #IMPORTANTE #MINISTÉRIOPÚBLICO: 
A conduta consistente em negociar por telefone a aquisição de droga e também disponibilizar o veículo que 
seria utilizado para o transporte do entorpecente configura o crime de tráfico de drogas em sua forma 
consumada (e não tentada), ainda que a polícia, com base em indícios obtidos por interceptações telefônicas, 
tenha efetivado a apreensão do material entorpecente antes que o investigado efetivamente o recebesse. 
Para que configure a conduta de "adquirir", prevista no art. 33 da Lei nº 11.343/2006, não é necessária a 
tradição do entorpecente e o pagamento do preço, bastando que tenha havido o ajuste. Assim, não é 
indispensável que a droga tenha sido entregue ao comprador e o dinheiro pago ao vendedor, bastando que 
tenha havido a combinação da venda. STJ. 6ª Turma. HC 212.528-SC, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 
1º/9/2015 (Info 569). 
 
1.2.5 Exaurimento 
Também chamado de crime exaurido ou crime esgotado. O exaurimento não integra o iter criminis. O 
exaurimento é o conjunto de efeitos posteriores à consumação do crime. O exaurimento é inerente ao crime 
formal! O crime formal se consuma com a conduta, então o resultado não é necessário, mas pode ocorrer. Se 
ele ocorrer, surge o exaurimento. É por isso que o Zaffaroni chama o exaurimento de consumação material. 
 
O exaurimento interfere na dosimetria da pena, pois é uma circunstância judicial desfavorável 
(“consequências do crime”). Existem casos em que o exaurimento será uma qualificadora (art. 329, CP). O 
exaurimento também pode ser causa de aumento da pena (art. 317, §1º, CP). Portanto, o exaurimento tem 
relevância penal. 
 
Art. 329 - Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para 
executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio: 
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa: 
7 
 
 
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda 
ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
 
2 TENTATIVA 
 
2.1 CONCEITO 
É o início da execução do crime que somente não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. Na tentativa a adequação típica é mediata, pois o art. 14, II, é uma norma de extensão temporal da 
tipicidade. A tentativa não é tipo autônomo. A tentativa também é chamada de conatus, crime incompleto, 
imperfeito ou inacabado. 
 
* #OBS.: O instituto da tentativa também é conhecido como crime imperfeito, conatus, tipo manco, truncado, 
carente ou imperfeito. A “expressão crime incompleto” é utilizada por Zaffaroni. Segundo Alberto Silva 
Franco, a tentativa “se caracteriza por ser um tipo manco, truncado, carente. Se, de um lado, exige o tipo 
subjetivo completo correspondente à fase consumativa, de outro, não realiza plenamente o tipo objetivo. O 
dolo (elemento subjetivo), próprio do crime consumado, deve iluminar, na tentativa, todos os elementos do 
tipo. Mas a figura criminosa não chega a ser preenchida, por inteiro, sob o ângulo do tipo objetivo". 
 
2.1.1 Elementos da tentativa 
1. Início da execução do crime 
2. Não consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente 
3. Dolo de consumação: o dolo do crime tentado é o mesmo dolo do crime consumado. 
 
2.2 TEORIAS SOBRE A PUNIBILIDADE DA TENTATIVA 
Servem para justificar a punibilidade da tentativa 
 
a) Teoria subjetiva, voluntarística ou monista: se baseia na vontade do agente. Um crime tentado deveria 
suportar a mesma pena de um crime consumado. Consumação e tentativa merecem a mesma pena. Leva em 
conta a vontade do agente, pois ela é a mesma no crime consumado e tentado. Aqui há também a teoria da 
8 
 
impressão, para frear a teoria subjetiva, onde a tentativa só seria punível se fosse capaz de promover a 
insegurança jurídica da comunidade. 
 
b) Teoria sintomática: a tentativa revela a periculosidade do agente. O Estado deveria aplicar uma medida de 
segurança. 
 
c) Teoria objetiva, realística ou dualista: objetivamente a tentativa ofende o bem jurídico, mas como a lesão 
ao bem jurídico é menor, a pena também deve ser menor. A realização de um elemento típico do delito marca, 
desse modo, o começo de sua execução (CRITÉRIO OBJETIVO-FORMAL). 
 
 A teoria objetiva é a regra geral adotada pelo nosso Código Penal. Ela está no artigo 14, parágrafo 
único. 
 “Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime 
consumado, diminuída de um a dois terços”. 
 (TERCEIRA FASE DA PENA) - O critério para diminuir a pena é a maior ou menor proximidade da 
consumação. Leva-se em contao iter criminis. Ex. vítima ficou um ano na UTI x vítima que não foi 
atingida pelo tiro. A maior ou menor gravidade do crime e também a primariedade ou reincidência 
do agente são irrelevantes para a diminuição da pena no crime tentado. 
 
 “Salvo disposição em contrário” – o Brasil adota como regra geral a teoria objetiva. 
Excepcionalmente, o código penal adota a teoria subjetiva voluntarística ou monista. O Código aqui 
admite que em hipóteses expressamente previstas em lei, a tentativa receba a mesma pena da 
consumação. Em outras palavras, há crimes que não admitem a tentativa. A tentativa já é uma 
consumação. São chamados crimes de atentado ou de empreendimento. Ex: art. 352, CP “Evadir-se 
ou tentar evadir-se” o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de 
violência contra a pessoa. A fuga do preso, por si só, não é crime. Só há crime se houver violência. Ex. 
art. 309 do Código Eleitoral –“ votar ou tentar votar mais de uma vez, ou em lugar de outrem”. 
 
#OBS.: diminuição da pena no Código Penal Militar - art. 30, parágrafo único. A pena também é diminuída de 
1/3 a 2/3, mas se o caso é de excepcional gravidade, o juiz pode aplicar a pena do crime consumado. 
 
#OBS.: para saber qual procedimento seguir. (Juizados especiais – até dois anos). Calculo a pena máxima com 
a fração mínima, para se obter o máximo de pena possível. 
9 
 
2.3 ESPÉCIES DE TENTATIVA 
 
a) Tentativa cruenta (carne) ou vermelha (sangue): é aquela em que o objeto material (pessoa ou coisa 
que suporta a conduta criminosa) é atingido. 
 
b) Tentativa incruenta ou branca: o objeto material não é atingido. 
 
c) Tentativa perfeita, acabada ou crime falho: essa divisão diz respeito aos atos executórios que o agente 
tinha a sua disposição. O agente esgota os atos executórios que tinha a sua disposição e, ainda assim, 
o crime não se consuma por circunstâncias alheias a sua vontade. Ex: errou os seis tiros do revólver. 
 
d) Tentativa imperfeita, inacabada ou tentativa propriamente dita: o agente não consegue esgotar os 
atos executórios que tinha a sua disposição. Aqui não é possível se falar em desistência voluntária, 
pois os meios já foram esgotados. Só caberia arrependimento eficaz. 
 
#Cuidado: geralmente as provas confundem crime falho com crime impossível, que não possuem qualquer 
relação. 
 
#OBS: a tentativa perfeita (onde se esgotam os atos executórios) somente é compatível com os crimes 
materiais porque no crime formal e no crime de mera conduta esgotando-se os atos executórios, não há crime 
tentado, já há crime consumado. 
 
2.3.1 Quanto a vontade do agente 
Simples: o resultado não ocorre por circunstâncias alheias à vontade do agente. É o próprio art. 14, II do CP. 
 
Qualificada (= abandonada): o resultado não ocorre por circunstâncias inerentes à vontade do agente. Essa 
tentativa nada mais é do que gênero do qual são espécies a desistência voluntária e o arrependimento eficaz. 
Está no art. 15 do CP: 
 
2.4 ADMISSIBILIDADE E INADIMISSIBILIDADE DA TENTATIVA 
Crimes que não admitem tentativa: 
 
C ULPOSOS, exceto culpa imprópria; 
10 
 
C ONTRAVENÇÕES PENAIS; 
H ABITUAIS; 
U NISSUBSISTENTES; 
P RETERDOLOSO OU PRETERINTENCIONAL; 
A TENTADOS OU EMPREENDIMENTO; 
O MISSÃO PRÓPRIA 
 
a) Crimes dolosos: a regra geral é a de que admitem tentativa, pouco importando se são materiais, formais 
(exemplo: extorsão mediante sequestro) ou de mera conduta (exemplo: ato obsceno). Os crimes dolosos 
admitem tentativa, bastando que seja crime plurissubsistente (é aquele em que a execução é composta de 
dois ou mais atos, que se somam para a consumação). O que interessa é analisar se ele é plurissubsistente. 
 
#OBS.: crime de ímpeto – sem premeditação. Emoção, ciúmes. Possível de tentativa. 
 
#OBS.: o dolo eventual admite tentativa? Prevalece no Brasil que sim. Ex. pessoa dá um cavalo de pau perto de 
uma pessoa. Queria só assustar. Atingiu a vítima que quase morreu. Tentativa de homicídio por dolo eventual. 
Da mesma forma que dolo direito. Existem posições minoritárias em sentido contrário, pois o código fala em 
circunstâncias alheias à “vontade” do agente. A Defensoria diz que ele não queria o resultado. Tanto no crime 
de ímpeto, quanto no dolo eventual o difícil é provar o dolo, no caso do crime não ser consumado, mas essa 
dificuldade não pode influir na conceituação de tentativa. 
 
Não admitem tentativa: 
 
b) Crime culposo (o resultado é involuntário): não cabe tentativa. É incompatível com a tentativa. Só existe 
uma exceção de crime culposo que admite tentativa, a culpa imprópria. A culpa imprópria é, na verdade, um 
dolo tratado como culpa – quando o agente pensa estar acobertado por uma excludente de ilicitude – 
Descriminante putativa ERRO INESCUSÁVEL – EVITÁVEL. Se fosse escusável, seria atípico. 
 
Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por 
crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas 
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato 
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é 
punível como crime culposo 
 
c) Crime preterdoloso - não admite tentativa, pois tem uma parte culposa. 
11 
 
 
#OBS: a doutrina admite tentativa no crime preterdoloso quando apesar de ocorrido o resultado culposo ficou 
frustrada a conduta antecedente dolosa. Ex.: tentativa de aborto qualificada pela morte da gestante. Neste 
caso, age com dolo no aborto e culpa na morte da gestante. No caso concreto, o aborto é frustrado, mas a 
morte ocorre. Neste caso, responderá por tentativa de aborto qualificado preterdolosamente. 
 
d) Crime unissubsistente: a execução é composta por um único ato. ex. injúria verbal, crimes omissivos 
próprios ou omissivos puros (a omissão está descrita no próprio tipo penal. Omissão de socorro). Não é 
possível. TRF5 cita os de mera conduta, salvo violação de domicílio. 
 
e) Contravenções penais: não admitem tentativa por expressa previsão legal. Art. 4º, LCP. 
 
f) Crimes condicionados: punibilidade depende de um resultado naturalístico previsto em lei. Ex. participação 
em suicídio – só é punível se o suicídio se consuma ou há lesão grave. Crimes subordinados a condição objetiva 
de punibilidade. Se não há a condição, a tentativa não é possível. 
Art. 180. A sentença que decreta a falência, concede a recuperação judicial ou concede a recuperação 
extrajudicial de que trata o art. 163 desta Lei é condição objetiva de punibilidade das infrações penais 
descritas nesta Lei. 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio: Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe 
auxílio para que o faça: Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três 
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave. 
 
g) Crimes com tipo penal extremamente abrangentes. Lei 6766/79 – crimes de parcelamento irregular do solo 
urbano (art. 50, I,) qualquer ato que for praticado o crime já está consumado. Nessas hipóteses a doutrina 
defende que não é possível a tentativa. 
 
h) Crimes de atentado ou de empreendimento: não admitem tentativa, a tentativa já representa a 
consumação do crime! 
 
i) Crime obstáculo: o legislador antecipa a tutela penal e incrimina de forma autônoma a preparação de outro 
crime (ex. formação de quadrilha). 
 
j) crime habitual: é um ponto polêmico. É aquele que reclama uma reiteração de atos, indicativos do estilo de 
vida do agente. Ex. exercício ilegal da medicina – tem que ser reiterado para ser crime. Historicamente a 
doutrina brasileira sempre defendeu que os crimes habituais não admitem tentativa. Ou o sujeito reitera esses 
12 
 
atos e o crime estará consumado ou não reitera e o fato será atípico. A doutrina moderna – minoritária-
admite a tentativa de crime habitual (ex. abro clínica anunciando tratamento ilegal). 
 
k) crimes de perigo abstrato (porte de arma): são unissubsistentes. Os de perigo concreto –dirigir sem ser 
habilitado- admitem tentativa. 
 
l) crimes punidos somente na forma tentada: não admitem a consumação. São punidos somente na forma 
tentada, por opção do legislador. E se a consumação ocorrer? O legislador prevê um ilícito de outra natureza. 
Art. 9º da Lei nº 7.170/1983 (Lei de Segurança Nacional) – se conseguir submeter o território será hipótese de 
guerra; art. 11 da Lei nº 7.170/1983, se conseguir desmembrar será hipótese de intervenção federal. 
 
Art. 9º Tentar submeter o Território Nacional, ou parte dele, ao domínio ou à soberania de outro País. 
Parágrafo único. Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até um terço; se resulta morte, 
aumenta- se até a metade. 
 
Art. 11. Tentar desmembrar parte do Território Nacional para constituir País independente. 
2.5 DESISTÊNCIA E ARREPENDIMENTO EFICAZ 
Desistência voluntária e arrependimento eficaz são hipóteses de tentativa abandonada (de tentativa só 
tem nome, pois as circunstâncias não são alheias). Na tentativa abandonada o crime não se consuma pela 
vontade do agente. Fórmula de Frank “posso prosseguir, mas não quero” (tentativa abandonada ) x “quero 
prosseguir mas não posso” (tentativa). 
 
O fundamento da desistência voluntário e do arrependimento eficaz é o direito premial (gênero – são os 
prêmios que o Estado dá ao criminoso arrependido. Ex. delação premiada ou a nova colaboração premiada). 
Ponte de ouro – é a desistência voluntária e o arrependimento eficaz na visão de Von Liszt – é o caminho para 
o criminoso voltar para o caminho da legalidade. 
 
*#ATENÇÃO: Segundo Cleber Masson, existem penalistas argentinos que preferem a terminologia “ponte de 
prata”. E há também quem utilize essa expressão para se referir ao arrependimento posterior, previsto no art. 
16 do Código Penal, pois não há exclusão da tipicidade, operando-se somente a diminuição da pena. 
 
#OBS.: comunicabilidade aos partícipes (A manda B matar C. B desiste no meio da execução. A responde?): 
prevalece a corrente que comunica o arrependimento e a desistência ao partícipe, pois a sua conduta é 
acessória, não podendo ser punido se não houve crime. 
13 
 
 
Natureza Jurídica da desistência voluntária e do arrependimento eficaz. 
 
a) São causas pessoais de extinção da punibilidade: opinião de Nelson Hungria e Zaffaroni 
b) São causas de exclusão da culpabilidade: opinião de ClausRoxin 
c) São causas de exclusão da tipicidade: posição majoritária no Brasil (art. 15, CP). 
 
Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se 
produza, só responde pelos atos já praticados. 
 
2.5.1 Desistência voluntária 
O agente interrompe a execução do crime. O agente não esgotou o processo executório do crime. Em 
regra, se caracteriza por uma conduta negativa. Atenção: nos crimes omissivos impróprios (mãe deixa de 
alimentar o filho dolosamente), a desistência voluntária se caracteriza por uma conduta positiva. A desistência 
voluntária é incabível nos crimes unissubsistentes. 
 
Adiamento da execução configura desistência voluntária? 
 
 Adiamento para cometer o crime em ocasião mais adequada – não se utiliza dos atos passados. Há 
desistência. Ex. depois de atingir a vítima resolve ir embora, pois acha melhor matá-la em outra ocasião. 
 
 Execução retomada - se utiliza dos atos passados. Não há desistência. Ex. tortura a vítima. Ausenta-se por 
causa do nascimento do filho, deixando a vítima presa. Voltaria para terminar. 
 
#OBS.: Q – STJ – não pode ser discutida pela via estreita do HC. 
 
2.5.2 Resispiscência (Itália) / Arrependimento Eficaz 
A execução do crime já se encerrou, mas ele adota providências para impedir a consumação. O 
arrependimento eficaz só é possível nos crimes materiais (para impedir que o resultado se produza). Nos 
crimes formais ou de mera conduta (com a prática da conduta o crime já está consumado. O resultado não 
existe) não é possível. 
 
Requisitos da desistência voluntária e arrependimento eficaz. 
 
14 
 
1. Voluntariedade: voluntariedade é um ato livre de coação. 
 
#NÃOCONFUNDIR - Não se pode confundir voluntariedade com espontaneidade. Espontâneo é o que brota da 
sinceridade do agente. O Direito Penal se contenta com a voluntariedade. A voluntária admite interferência 
externa. 
 
2. Eficácia: é preciso que o agente impeça a consumação. Se mesmo com o arrependimento/desistência, 
o resultado ocorre, o agente responde pelo crime e só terá ao seu favor uma atenuante genérica (art. 
65, III, b, primeira parte “procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, 
evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências”). 
 
#OBS.: São irrelevantes os motivos que levaram o agente à desistência voluntária ou ao arrependimento 
eficaz. Os motivos não precisam ser nobres, altruísticos. 
Tentativa qualificada: é aquela que contém no seu interior um crime consumado e menos grave. A desistência 
voluntária e o arrependimento eficaz são chamados de tentativa qualificada. Esse nome recebe uma crítica, 
pois arrependimento e desistência não são tentativas de crimes. 
 
2.5.3 Arrependimento Posterior 
 Previsão legal - Art. 16 do CP: 
 
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois 
terços. 
 
 Natureza jurídica: 
Causa de diminuição de pena. 
 
 Requisitos: 
Esses requisitos são cumulativos (faltando um não cabe o benefício, mas se presentes todos é direito subjetivo 
do réu): 
 
 Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa; 
 
Observações: 
15 
 
 Violência contra a coisa: É possível o arrependimento posterior, isto é, não exclui o benefício. Ex: furto 
para destruição de obstáculo. 
 Violência imprópria: Ela ocorre em determinados crimes, principalmente no roubo. Há duas posições 
sobre o assunto: 
1) Posição Majoritária: Impede o benefício. Violência imprópria é uma forma de violência contra 
a pessoa. É incompatível com o arrependimento posterior. 
2) Posição Minoritária: É compatível com o arrependimento posterior, porque o art. 16 do CP 
fala claramente nos crimes cometidos sem violência à pessoa ou grave ameaça. Então, se o 
legislador tivesse desejado proibir a violência imprópria, ele deveria tê-lo feito expressamente. 
Onde o legislador não proibiu, o intérprete não pode proibir. Essa posição é para provas de 
Defensoria Pública. 
 
#OBS.: Crimes violentos culposos admitem arrependimento posterior – não houve violência na conduta e sim 
no resultado. Violência imprópria – há divergência. 
 
 Restituição ou reparação do dano integral, pessoal e voluntária. Parcial não gera o benefício. O STF já 
aplicou em reparação parcial, sopesando o valor de diminuição da pena. Dano moral? Prevalece o 
entendimento que é possível – crimes contra a honra, por exemplo. 
 
 Até o recebimento da denúncia (após é mera atenuante de pena). #CUIDADO, o examinador 
geralmente troca por “oferecimento” e está errado. 
 
 Voluntariedade (não se confunde com espontaneidade). 
 
 Benefício: 
Redução de 1/3 a 2/3. 
Q – Diferentemente das circunstâncias atenuantes, as causas de diminuição de pena podem reduzir a pena 
abaixo do mínimo legal. 
Q – As causas de diminuição de pena influenciam no cálculo da prescrição. Calcula o máximo de pena vezes o 
fato mínimo de diminuição. 
Qual o critério que o juiz adota? A presteza na reparação ou na restituição da coisa. Quanto mais rápido, maior 
a redução da pena. E voluntariedade – quanto mais verdadeira melhor. 
 
 Questões interessantes: 
 
16 
 
 Violência contra a coisa impede o arrependimento posteriorcomo, por exemplo, furto qualificado pelo 
rompimento de obstáculo? Violência contra a coisa não impede o benefício, o artigo somente fala de 
violência à pessoa (cuidado: geralmente o examinado insere a palavra “coisa”). 
 
 Crime cometido sem violência ou grave ameaça à pessoa que não admite arrependimento posterior? 
Estelionato praticado mediante emissão de cheque se fundos. Aqui a denúncia não é nem recebida. 
Ausência de justa causa. Súmula 554 STF: O PAGAMENTO DE CHEQUE EMITIDO SEM PROVISÃO DE 
FUNDOS, APÓS O RECEBIMENTO DA DENÚNCIA, NÃO OBSTA AO PROSSEGUIMENTO DA AÇÃO PENAL. 
*#ATENÇÃO #DIZERODIREITO2: Para a jurisprudência, se o agente que emitiu o cheque sem fundos pagá-lo 
antes de a denúncia ser recebida, isso impedirá que a ação penal seja iniciada. Trata-se de uma exceção mais 
favorável ao réu do que a regra do art. 16 do CP. 
Existe um enunciado antigo do STF, mas ainda válido, sobre o tema: Súmula 554-STF – O pagamento de cheque 
emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação 
penal. 
A jurisprudência afirma que a Súmula 554 do STF aplica-se unicamente para o crime de estelionato na 
modalidade de emissão de cheque sem fundos (art. 171, § 2º, VI). Assim, a referida súmula não se aplica ao 
estelionato no seu tipo fundamental (art. 171, caput). Neste caso, havendo ressarcido integralmente o dano, 
aqui sim será considerado diminuição de pena, nos termos do art. 16 do CP (arrependimento posterior). 
 
 
#OBS.: STJ não aplicou no caso de moeda falsa, afirmado que não se aplica nos casos de crimes não 
patrimoniais. CRÍTICA = CP não limita. 
 
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #AJUDAMARCINHO #DIZER DIREITO - Imagine que o réu tenha utilizado uma 
nota de R$ 100 falsificada para pagar uma dívida. Após alguns dias, descobriu-se que a cédula era falsa e, antes 
que houvesse denúncia, o agente ressarciu o credor por seus prejuízos. O réu praticou o crime de moeda falsa. 
É possível aplicar a ele o benefício do arrependimento posterior (art. 16 do CP)? NÃO. Não se aplica o instituto 
do arrependimento posterior ao crime de moeda falsa. No crime de moeda falsa – cuja consumação se dá 
com a falsificação da moeda, sendo irrelevante eventual dano patrimonial imposto a terceiros –, a vítima é a 
coletividade como um todo, e o bem jurídico tutelado é a fé pública, que não é passível de reparação. Desse 
modo, os crimes contra a fé pública, semelhantes aos demais crimes não patrimoniais em geral, são 
incompatíveis com o instituto do arrependimento posterior, dada a impossibilidade material de haver 
 
 
2
 https://www.dizerodireito.com.br/2014/04/a-sumula-554-stf-nao-se-aplica-ao.html 
17 
 
reparação do dano causado ou a restituição da coisa subtraída. STJ. 6ª Turma. REsp 1.242.294-PR, Rel. 
originário Min. Sebastião Reis Júnior, Rel. para acórdão Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 18/11/2014 
(Info 554). 
 
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO - Não se aplica o instituto do 
arrependimento posterior (art. 16 do CP) para o homicídio culposo na direção de veículo automotor (art. 302 
do CTB) mesmo que tenha sido realizada composição civil entre o autor do crime a família da vítima. 
Para que seja possível aplicar a causa de diminuição de pena prevista no art. 16 do CP é indispensável que o 
crime praticado seja patrimonial ou possua efeitos patrimoniais. 
O arrependimento posterior exige a reparação do dano e isso é impossível no caso do homicídio. STJ. 6a 
Turma. REsp 1.561.276-BA, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 28/6/2016 (Info 590). 
 
 STJ – só aplica quando há reparação integral x STF – pode ser parcial (quanto maior a reparação maior a 
fração de diminuição). 
 Crimes violentos culposos admitem arrependimento posterior – não houve violência na conduta e sim no 
resultado. 
 
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO 
 
Caso: Jair foi até o mercadinho e lá comprou 5kg de carne, pagando a conta com um cheque furtado. 
Quando o dono da mercearia foi descontar o título, recebeu a informação de que não havia fundos. 
Em tese, Jair praticou o crime de estelionato na figura prevista no caput do art. 171 (e não no seu § 2º, VI). 
Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém 
em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis. 
Foi instaurado inquérito policial para apurar o fato e Jair, antes que o Promotor de Justiça oferecesse denúncia 
contra ele, procurou a vítima e pagou integralmente o valor do cheque. 
O pagamento do cheque (ressarcimento integral e voluntário do dano) irá impedir o prosseguimento da 
ação penal? 
NÃO. A jurisprudência afirma que a Súmula 554 do STF aplica-se unicamente para o crime de estelionato na 
modalidade de emissão de cheque sem fundos (art. 171, § 2º, VI). Assim, a referida súmula não se aplica ao 
estelionato no seu tipo fundamental (art. 171, caput). 
Desse modo, mesmo tendo pago integralmente o valor do cheque, o Promotor de Justiça irá denunciar Jair e a 
ação penal contra ele prosseguirá normalmente. (STJ. 5ª Turma. HC 280.089-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado 
em 18/2/2014). 
18 
 
Mas ele terá algum benefício por ter ressarcido o dano? 
SIM. Isso será considerado como causa de diminuição de pena, nos termos do art. 16 do CP: 
Arrependimento posterior 
Art. 16. Nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, 
até o recebimento da denúncia ou da queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois 
terços. 
- Crime que não admite arrependimento posterior porque há norma mais benéfica se reparado o dano até o 
recebimento: 
- Apropriação indébita previdenciária porque extingue a punibilidade – antes do início da ação fiscal. 
- Juizados especiais – a composição dos danos acarreta a renúncia ao direito de queixa ou de representação – 
extinção da punibilidade. 
- Peculato culposo (art. 312, §3º): reparado o dano até a sentença irrecorrível extingue a punibilidade. § 3º No 
caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se 
lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
- O arrependimento posterior é comunicável ou incomunicável a co-autores? Duas correntes: 
1ª) prevalece: é circunstância objetiva comunicável, logo, os outros terão a diminuição de pena (LFG – 
Prevalece) 
2ª) Luís Regis Prado: é circunstância subjetiva incomunicável porque exige voluntariedade, logo, só se 
beneficia quem agiu voluntariamente. 
 
3 CRIME IMPOSSÍVEL 
 
3.1 CONCEITO 
 
 É chamado de tentativa inidônea, tentativa inadequada, tentativa impossível ou quase crime (nome 
utilizado anteriormente. Não utilizar mais). Crime impossível é o que se verifica quando, por ineficácia 
absoluta do meio ou por impropriedade absoluta do objeto, jamais ocorrerá a consumação. “Não se pune a 
tentativa” – a ideia é que o crime impossível é uma tentativa impunível. O legislador foi infeliz na redação do 
art. 17, CP. No crime impossível nós temos uma causa de exclusão da tipicidade. Crime impossível NÃO é 
crime, o fato é atípico. Não há crime nem tentado. 
 
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime. 
19 
 
3.2 TEORIAS 
a) Subjetiva: essa teoria subjetiva não admite o instituto do crime impossível, pois o agente tem uma 
vontade ilícita e essa vontade deve ser punida. 
 
b) Sintomática: o crime impossível revela a periculosidade do agente, portanto, o agente deve suportar uma 
medida de segurança. 
 
c) Objetiva: essa teoria leva em conta a potencialidade da conduta para ofender o bem jurídico. Quando a 
conduta nãotem potencialidade, surge a chamada inidoneidade. A teoria objetiva se divide em duas: 
teoria objetiva pura (se a inidoneidade for absoluta ou relativa é caso de crime impossível – não admite a 
tentativa, pois sempre que o agente não conseguir consumar o crime será caso de crime impossível) ou 
teoria objetiva temperada ou intermediária (se a idoneidade for absoluta o crime é impossível, se a 
inidoneidade for relativa, será hipótese de tentativa). A teoria objetiva temperada foi a adotada pelo 
Código Penal. 
3.3 ESPÉCIES 
 Ineficácia absoluta do meio de execução: é aquele incapaz de produzir o resultado, por mais reiterado que 
seja o seu uso. Essa ineficácia absoluta deve ser avaliada no caso concreto - Momento para aferição da 
inidoneidade absoluta – após a prática do crime. (exemplo: uma arma de brinquedo pode matar uma 
vítima com problemas cardíacos; o açúcar pode matar um diabético). Se a ineficácia for relativa, é hipótese 
de tentativa. (sujeito atira na vítima que está com colete a prova de bala). 
 
 Impropriedade absoluta do objeto material: o objeto não existe ao tempo da consumação (exemplo: 
tentar matar quem já morreu; praticar uma manobra abortiva em quem não está grávida). 
 
A mera existência do objeto material já caracteriza pelo menos a tentativa. (ex. a vítima está no ônibus e 
o assaltante enfia a mão no bolso direito, mas a carteira estava no bolso esquerdo. Tentativa de furto. É 
diferente da pessoa está sem carteira – crime impossível). No crime de furto, a vítima não trazer nenhum valor 
ou bem a ser furtado configura crime impossível. No crime de roubo, este sim, independe a vítima trazer ou 
não qualquer bem consigo que o crime estará configurado, ao menos na forma tentada, pois houve o emprego 
de violência ou grave ameaça. 
 
* #DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O réu ingressou clandestinamente em uma Usina Hidrelétrica e alterou a 
posição da chave da bomba de alta pressão de óleo. O MPF denunciou o agente pela prática do delito de 
sabotagem, previsto no art. 15 d Lei de Segurança Nacional (Lei nº 7.170/83), que consiste em crime político. O 
20 
 
STF entendeu que não houve crime político considerando que: • não houve lesão real ou potencial a um dos 
bens jurídicos listados no art. 1º da Lei nº 7.170/83 (requisito objetivo); e • o agente não tinha motivação 
política (requisito subjetivo). Além disso, o Tribunal entendeu que se tratava de crime impossível, 
considerando que essa alteração da posição da chave não tinha condão de provocar qualquer embaraço ao 
funcionamento da Usina. STF. 1ª Turma. RC 1473/SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/11/2017 (Info 885). 
 
3.4 ASPECTOS PROCESSUAIS 
Não há crime, o fato é atípico. O Ministério Público deve requerer o arquivamento do inquérito policial. 
Contudo, se o órgão ministerial ofereceu denúncia, o juiz deve rejeitar com fundamento no art. 395, III, CPP 
(faltar justa causa – o lastro probatório mínimo, não existe crime). O juiz não rejeitou a denúncia, deverá ao 
final da instrução, absolver o réu (art. 386, III, CPP – o fato não constitui crime). 
 
Rito do Tribunal do Júri: o Ministério Público deveria arquivar o inquérito e o juiz rejeitar a denúncia. No 
final da primeira fase do tribunal do júri, o juiz deve absolver sumariamente o réu (art. 415, III, CPP) 
 
O habeas corpus é o meio adequado para pleitear o reconhecimento do crime impossível? NÃO, porque 
o habeas corpus não admite dilação probatória. O habeas corpus só será admito em situações teratológicas – 
matar um macaco. 
 
#OBS: sistema de vigilância em supermercado torna o crime patrimonial impossível? A jurisprudência 
majoritária diz que esse sistema, por si só, não torna o crime impossível. 
 
Súmula 567-STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por existência de segurança 
no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de furto. 
 
*#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA #AJUDAMARCINHO #DIZERODIREITO 
 
A existência de sistema de segurança ou de vigilância eletrônica não torna impossível, por si só, o crime de 
furto cometido no interior de estabelecimento comercial. Ex: João ingressa em um supermercado e, na seção 
de eletrônicos, subtrai para si um celular que estava na prateleira. Ele não percebeu, contudo, que bem em 
cima deste setor havia uma câmera por meio da qual o segurança do estabelecimento monitorava os 
consumidores, tendo este percebido a conduta de João. Quando estava na saída do supermercado com o 
celular no bolso, João foi parado pelo segurança do estabelecimento, que lhe deu voz de prisão e chamou a 
PM, que o levou até a Delegacia de Polícia. No caso em tela, não se pode falar em absoluta impropriedade do 
21 
 
meio. Trata-se de inidoneidade RELATIVA do meio. Em outras palavras, o meio escolhido pelo agente é 
relativamente ineficaz, visto que existe sim uma possibilidade (ainda que pequena) de o delito se consumar. 
Sendo assim, se a ineficácia do meio se deu apenas de forma relativa, não é possível o reconhecimento do 
instituto do crime impossível previsto no art. 17 do CP. STJ. 3ª Seção. REsp 1.385.621-MG, Rel. Min. Rogerio 
Schietti Cruz, julgado em 27/5/2015 (recurso repetitivo) (Info 563). STJ. 3ª Seção. REsp 1.385.621-MG, Rel. 
Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 27/5/2015 (recurso repetitivo) (Info 563). 
 
#OBS: dentro desse tema desperta atenção duas espécies de prisão em flagrante: esperado e provocado. 
 
 Flagrante esperado: a postura da autoridade é de espera, aguardando a prática do delito anunciado. 
 Flagrante provocado: a postura da autoridade é de induzir a prática criminosa, pressuposto para a prisão. 
 
 A diferença é que no primeiro não se induz ao crime; já no segundo se induz ao crime. A doutrina diz 
que o flagrante esperado é crime possível, logo punível; já o flagrante provocado é crime impossível (é o 
chamado delito putativo por obra do agente provocador). Mirabette discorda disso, afirmando que não é isso 
que diz a súmula 145 do STF: 
 
Súmula 145 - NÃO HÁ CRIME, QUANDO A PREPARAÇÃO DO FLAGRANTE PELA POLÍCIA TORNA IMPOSSÍVEL A 
SUA CONSUMAÇÃO. 
 
 Há preparação do flagrante nas duas espécies, logo, o flagrante esperado, assim como o provocado 
podem ou não ser crime: tudo depende da preparação. 
 
Crime impossível x crime putativo 
 
Há três espécies de crime putativo: 
 
1. Crime putativo por erro de tipo: acredita vender cocaína, mas vende farinha 
 
2. Crime putativo por erro de proibição: acredita praticar crime de incesto, que não é punível. 
 
3. Crime putativo por obra do agente provocador: flagrante provocado. Assemelha-se muito ao crime 
impossível. Aplica-se nesse caso analogicamente o disposto para o crime impossível. 
 
22 
 
Para você fixar a diferença entre delito putativo e crime impossível basta relacionar o primeiro com a 
conduta que não constitui fato típico e o segundo com a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto. 
4 QUESTÕES DE TENTATIVA/DESISTÊNCIA/ARREPENDIMENTO/CRIME IMPOSSÍVEL 
A teoria objetiva formal define tentativa pelo início de execução da ação típica, sem considerar o dolo 
do autor. O art. 16 do CP veda a aplicação do arrependimento posterior nos crimes cometidos com violência 
contra a PESSOA, e não contra a coisa, por isso, o enunciado está errado. 
 
Luiz Regis Prado traz essa distinção entre bem jurídico individual e transindividual, dizendo que o que os 
diferencia é a titularidade. Sendo o primeiro da esfera pessoal do indivíduo, e o segundo pertencente à 
coletividade. Porém, no aspecto da proteção penal não há qualquer distinção, já que ambos merecem 
amparo, sendo inexistente preponderância entre eles. 
 
Paulo deu início à execução de crime de furto e ingressou na casa de Pedro com o objetivo de subtrair 
um televisor. Já no interior da moradia, percebeu que a vítima dormia no sofá da sala, onde o aparelho está 
instalado. Em vista disso, antevendo os riscos queassumiria em prosseguir no seu intento e pressentindo a 
possibilidade de ser surpreendido, desistiu de prosseguir na execução do delito – TENTATIVA DE FURTO. “Mas 
professor, o fato de haver alguém dormindo caracteriza circunstância alheia à vontade do agente? A resposta 
é positiva e o questionamento que deve ser feito é: se a pessoa não estivesse na sala, o furto ocorreria?” 
Como a resposta, neste caso, é afirmativa, trata-se de tentativa. 
 
O crime de cárcere privado é material e plurissubsistente, logo exige resultado naturalístico para sua 
consumação e como a execução pode se dar em vários atos, admite a tentativa. 
Relativamente ao estelionato, a partir de quando o agente inicia a execução do seu crime, entregando ao 
vendedor um cheque obtido de forma fraudulenta, ainda que este tenha recusado o título em questão, após 
consulta feita ao serviço de proteção ao crédito, pode-se considerar que houve a tentativa. 
 
Se falta algum elemento objetivo do tipo não se pode falar em tentativa. A desistência voluntária e o 
arrependimento eficaz provocam a exclusão da adequação típica indireta = TENTATIVA, respondendo o autor 
pelos atos até então praticados e, não, pela tentativa. Não é possível a aplicação dos institutos da desistência 
voluntária e do arrependimento posterior nos formais e de mera conduta, pois nestes, não há resultado 
naturalístico a ser evitado. 
 
23 
 
O arrependimento posterior pode reduzir a pena abaixo do mínimo previsto para o crime. Para você 
fixar a diferença entre delito putativo e crime impossível basta relacionar o primeiro com a conduta que não 
constitui fato típico e o segundo com a ineficácia do meio e a impropriedade do objeto. 
 
No crime de furto, a vítima não trazer nenhum valor ou bem a ser furtado configura crime impossível. 
No crime de roubo, este sim, independe a vítima trazer ou não qualquer bem consigo que o crime estará 
configurado, ao menos na forma tentada, pois houve o emprego de violência ou grave ameaça. 
 
Adota-se, em relação à consumação do crime de roubo, a teoria da apprehensio, também denominada 
amotio, segundo a qual é considerado consumado o delito no momento em que o agente obtém a posse da 
res furtiva, ainda que não seja de forma mansa e pacífica. 
 
ROUBO. TENTATIVA OU DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA. AGENTE QUE NÃO SUBTRAI OUTROS OBJETOS DO 
ESTABELECIMENTO COMERCIAL OU DEMAIS CLIENTES, DEPOIS DE VERIFICAR NÃO HAVER DINHEIRO NO 
CAIXA. TIPIFICAÇÃO CORRETA: CRIME TENTADO. INEXISTE DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA QUANDO A 
CIRCUNSTÂNCIA DE INTERRUPÇÃO DO ITER CRIMINIS OCORRE INTEIRAMENTE À REVELIA DO AGENTE. Não há 
que se falar em crime impossível quando uma gestante, querendo pôr termo à sua gravidez, não obtém o 
resultado pretendido por fazer uso de medicação abortiva com o prazo de validade expirado – a 
impropriedade do objeto é relativa – responde por tentativa de aborto. 
I - O pagamento de cheque sem fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta o prosseguimento da 
ação penal. O pagamento do cheque antes do recebimento da denúncia, faz desaparecer o crime e a 
punibilidade (súmula nº 555 do STF). 
Apesar de ser possível a elaboração sucessiva dos quesitos atinentes à tentativa de homicídio e ao 
arrependimento eficaz, o resultado afirmativo em relação a um deles prejudica a análise do outro, em face de 
serem esses institutos completamente diversos entre si, sob pena de nulidade absoluta, que não está, pois, 
sujeita à preclusão. 
 
5 DISPOSITIVOS PARA CICLOS DE LEGISLAÇÃO 
 
DIPLOMA DISPOSITIVO 
Código Penal Art. 14 ao art. 17 
 
6 BIBLIOGRAFIA UTILIZADA 
 
- Anotações de aula 
- Direito Penal - Parte Geral - Vol. 1 – Cleber Masson 
24 
 
- Informativos STF e STJ (Dizer o Direito)

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