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Estudo para a prova de Interação Comunitária 
 
1)* É O processo envolvendo adoecimento e cura que tem sido influenciado, através dos 
tempos, pelos paradigmas que regem a saúde e a doença. 
 
2) Unicasual: Apoiada na “Teoria dos germes”, os problemas de saúde se explicam por uma 
relação agente x hospedeiro. 
Multicausal: Em que agente e fatores determinantes de caráter individual (raça, sexo, idade, 
renda), estão em relação com hospedeiros em determinado ambiente. 
 
3) Determinação Social: Se distingue pela insistência em investigar explicitamente os 
determinantes sociais do processo saúde-doença. 
 
4) Um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de 
doenças. 
 
5) Reforma Sanitária foi um movimento surgido nos anos 70 contra o modelo hegemônico da 
saúde; essa reforma defendia ser a saúde direito de todos e dever do Estado de acesso 
universal, fundado em princípios como: integralidade da assistência; equidade; e 
descentralização administrativa. 
 
6) Reorganizar a ação do Estado no território nacional, visando assegurar o acesso universal e 
igualitário da população a um cuidado integral a sua saúde, sem qualquer discriminação. 
 
7) VIII Conferência Nacional de Saúde. A saúde é resultante das condições de alimentação, 
habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, 
acesso e posse da terra e acesso a serviços de saúde. Assim, antes de tudo, é o resultado das 
formas de organização social da produção, as quais podem gerar dificuldades nos níveis de 
vida 
 
8) Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais 
e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso 
universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. 
 
9) Ao definir o Sistema Único de Saúde diz a Constituição Federal de 1988, em seu art. 198: 
As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e 
constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 
I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais; 
III - participação da comunidade. 
 
10) Único, porque as diretrizes de descentralização, integralidade e participação da 
comunidade devem prevalecer sobre toda e qualquer alternativa de reorganização dos serviços 
de saúde. 
 
11) Lei Nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 
Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a 
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes, e dá outras providências. 
 
12) A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, entre outros, a alimentação, a 
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, 
o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam 
a organização social e econômica do País. 
 
13) Art. 5º - São objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; 
II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a 
observância do disposto no § 1º, do Art. 2º desta Lei; 
III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da 
saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 
 
14) Art. 6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): 
I - a execução de ações: 
a) de vigilância sanitária; 
b) de vigilância epidemiológica; 
c) de saúde do trabalhador; e 
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica. 
 
15) II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento 
básico; 
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde; 
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; 
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho; 
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros 
insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; 
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano; 
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos; 
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico; 
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus derivados. 
 
16) Art. 7º - As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou 
conveniados que integram o Sistema Único de Saúde (SUS) são desenvolvidos de acordo com 
as diretrizes previstas no Art.198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos seguintes 
princípios: 
I - universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência; 
II - integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e 
serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os 
níveis de complexidade do sistema; 
III - preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; 
IV - igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie; 
V - direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde; 
VI - divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização 
pelo usuário; 
VII - utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos 
e a orientação programática; 
VIII - participação da comunidade; 
IX - descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo: 
a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios; 
b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde. 
X - integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico; 
XI - conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde 
da população; 
XII - capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e 
XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins 
idênticos. 
 
17) Universalidade: A garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer 
cidadão. 
 Equidade: Tratar de forma diferenciada os desiguais, oferecendo mais a quem precisa mais, 
procurando reduzir as desigualdades. 
 Integralidade: Com prioridade para atividades de promoção e prevenção, sem prejuízo dos 
serviços assistenciais especializados. 
 
18) Princípios Organizativos/Operativos do SUS 
 Descentralização, com direção única; 
• É entendida como uma redistribuição das responsabilidades quanto às ações e 
serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que 
quanto mais perto do fato for tomada a decisão, mais chance haverá de acerto. 
• Profunda redefinição das atribuições dos vários níveis de governo, com nítido 
reforço do poder MUNICIPAL sobre a saúde. 
 Participação da comunidade, através dos conselhos e das conferências de saúde; 
• Conselhos de Saúde (permanentes, deliberativos e paritários). 
• Conferências de Saúde (provisórios, consultivo e paritários). 
• Com o objetivo de formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política 
de saúde. 
 Rede regionalizada e hierarquizada. 
• Serviços organizados em níveis de complexidade tecnológica crescente, disposto 
numa área geográfica delimitada e com uma população definida: 
• Atenção primária; 
• Atenção secundária; 
• Atenção terciária. 
 SetorPrivado complementar* 
• Quando por insuficiência do setor público. 
• Contrato de direito público. 
• Posição definida na rede de saúde. 
• Obedecerão aos princípios e diretrizes do SUS. 
• Preferências por instituições não lucrativas e filantrópicas. 
 
19) Lei Nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. 
 Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde 
(SUS) e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da 
saúde e dá outras providências. 
 
20) Participação da comunidade: é uma forma de controle social que possibilita a população, 
através de seus representantes, definir, acompanhar a execução e fiscalizar as políticas de 
saúde. 
 
21) A Lei Orgânica da Saúde estabelece duas formas de participação da comunidade na 
gestão do SUS: as Conferências e os Conselhos de Saúde. 
 
22) O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto 
por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua 
na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância 
correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão 
homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. 
 
23) As Conferências são fóruns amplos, onde se reúnem representantes da sociedade 
(usuários do SUS), profissionais de saúde, dirigentes, prestadores de serviços de saúde, 
parlamentares e outros, para "avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes para a 
formulação da política de saúde" nos três níveis de governo. 
 Em nível nacional, as Conferências devem ser realizadas de 4 em 4 anos. Nos níveis 
estaduais e municipais, de 2 em 2 anos. São convocadas pelo Poder Executivo e, 
extraordinariamente, pelos Conselhos de Saúde nos respectivos níveis. 
 
24) Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão alocados como: 
I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus órgãos e entidades, da 
administração direta e indireta; 
II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Legislativo e aprovados 
pelo Congresso Nacional; 
III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da Saúde; 
IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados pelos Municípios, 
Estados e Distrito Federal. 
 
25) A Atenção Básica é um conjunto de ações, de caráter individual e coletivo, situadas no 
primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a 
prevenção de agravos, o tratamento e a reabilitação” (MS). “Interpretação oficial (brasileira) de 
APS, baseada no Programa Saúde da Família” (Aguiar). 
 
26) Starfield afirma que só haverá atenção primária à saúde de qualidade quando os seis 
princípios que se seguem abaixo forem obedecidos e respeitados: 
 O primeiro contato: que é o acesso ao uso dos serviços para novo problema para o 
qual se procura atenção à saúde. 
 A longitudinalidade: é o aporte regular e consistente de cuidados pela equipe de 
saúde, num ambiente humanizado e de relação mútua entre equipe de saúde, indivíduos 
e famílias. 
 A integralidade: é o conjunto de serviços que atendam os problemas mais comuns da 
população adscrita, no que se refere aos problemas biológicos, psicológicos e sociais 
que causam a doença. 
 A coordenação: capacidade de garantir a continuidade da atenção. 
 A focalização na família: considerar a família como sujeito da atenção e o 
conhecimento integral dos seus problemas de saúde. 
 Espera-se que em uma unidade básica de saúde eficiente tenha uma resolutividade de 
80%. 
 
27) A Saúde da Família constitui uma estratégia para a organização e fortalecimento da 
Atenção Básica como o primeiro nível de atenção à saúde no SUS. 
 Procura o fortalecimento da atenção por meio da ampliação do acesso, a qualificação e 
reorientação das práticas de saúde embasadas na Promoção da Saúde. 
 
28) Estrutura-se a partir da unidade básica de saúde da família, que trabalha com base nos 
princípios: integralidade e hierarquização, equipe multiprofissional, territorialização e 
cadastramento de clientela. 
ADSCRIÇÃO DE CLIENTELA Definição precisa do território de atuação 
TERRITORIALIZAÇÃO Mapeamento da área, compreendendo segmento populacional 
determinado 
 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DE SAÚDE DA POPULAÇÃO Cadastramento das 
famílias e dos indivíduos, gerando dados que possibilitem a análise da situação de saúde do 
território 
PLANEJAMENTO BASEADO NA REALIDADE LOCAL Programação das atividades 
segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas 
A composição das equipes de uma Unidade de Saúde da Família recomendada 
pelo Ministério da Saúde é de, no mínimo, um médico de família ou generalista, um 
enfermeiro, um auxiliar de enfermagem, um odontólogo, um Atendente de 
Consultório Dentário (ACD) e/ou um Técnico de Higiene Dental (THD) e Agentes 
Comunitários de Saúde (ACS). 
Área atribuída a cada equipe de saúde → 800-1000 famílias (máximo 4000 pessoas). 
Cada ACS fica responsável por um contingente de 100 a 250 famílias da sua área de atuação, 
atendendo um número máximo de 750 pessoas. 
 
29) As Equipes de Saúde da Família - ESF - devem atuar prioritariamente em 7 
áreas estratégicas: 
 Controle da Tuberculose 
 Eliminação da Hanseníase 
 Controle da Hipertensão 
 Controle da Diabetes Mellitus 
 Ações de Saúde Bucal 
 Ações de Saúde da Criança 
 Ações de Saúde da Mulher 
 
30) Médico: 
 Realizar atenção a saúde aos indivíduos sob sua responsabilidade; 
 Realizar consultas clínicas, pequenos procedimentos cirúrgicos, atividades em grupo na 
UBS e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços 
comunitários (escolas, associações, etc.); 
 Realizar atividades programadas e de atenção à demanda espontânea; 
 Encaminhar, quando necessário, usuários a outros pontos de atenção, respeitando 
fluxos locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano 
terapêutico do usuário; 
 Indicar, de forma compartilhada com outros pontos de atenção, a necessidade de 
internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo 
acompanhamento do usuário; 
 Contribuir, realizar e participar das atividades de Educação Permanente de todos os 
membros da equipe; e 
 Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento 
da UBS. 
 
31) * O que diferencia os níveis é a complexidade tecnológica de cada um. 
. 
 
 
 
32) TERRITÓRIO-DISTRITO – delimitação político-administrativa usada para organização do 
sistema de atenção; 
• TERRITÓRIO-ÁREA – delimitação da área de abrangência de uma unidade de saúde, a área 
de atuação de equipes de saúde; 
• TERRITÓRIO-MICROÁREA – área de atuação do agente comunitário de saúde (ACS), 
delimitada com a lógica da homogeneidade socioeconômica-sanitária; 
• TERRITÓRIO-MORADIA – lugar de residência da família.

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