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Aula3 - Gesso - cap222

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Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Dr. Vanderley Moacyr John - EPUSP
Dra. Maria Alba Cincotto - EPUSP
Capítulo 22.2
Gesso de construção civil
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• O gesso de construção é um material produzido por calcinação 
do minério natural gipso (sulfato de cálcio dihidratado) 
constituído essencialmente de:
• sulfato de cálcio hemidratado, 
• anidritas solúvel e insolúvel, 
• gipsita, 
• aditivos retardadores do tempo de pega.
• As propriedades do gesso dependem do teor relativo desses 
constituintes.
O que é o gesso de construção
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sulfatos constituintes do gesso de 
construção.
• Hemidratos de fórmula CaSO4 .0,5 H2 O ou hemidrato-β.
É a fase presente em maior teor.
• Anidrita III ou anidrita solúvel, de fórmula CaSO4 .εH2 O
Fase muito reativa, age como acelerador de pega.
• Anidrita II ou anidrita insolúvel, de fórmula CaSO4
Anidrita supercalcinada; Reage lentamente com a água, podendo levar sete 
dias para se hidratar completamente.
• Anidrita I, de fórmula CaSO4
Fase de pega e endurecimentos lentos, contribuindo para a dureza e 
tenacidade do produto final.
• Gipsita, de fórmula CaSO4 .2H2 O
Está presente no produto, por tempo de calcinação insuficiente ou por 
moagem grossa da matéria prima. Age como um acelerador de reação 
(acelerador de pega).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Quadro 1 – Composição teórica dos 
sulfatos.
Sulfato Fórmula Massa molecular (g)
Composição Relação
CaO/SO3H2 O CaO SO3
Anidrita CaSO4 136,14 0,00 41,19 58,81 0,7
Hemidrato CaSO4 .0,50H2 O 145,15 6,20 38,63 55,15 0,7
CaSO4 .0,66H2 O 148,02 8,03 37,88 54,08 0,7
Dihidrato CaSO4 .2H2 O 172,17 20,99 32,57 46,50 0,7
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• Extração do minério, realizada em geral a céu aberto.
• Britagem e moagem grossa.
• Estocagem com homogeneização. 
• Secagem da matéria prima pois a umidade pode chegar a 10%.
• Calcinação, moagem fina e ensilagem. 
• A calcinação pode consistir de um único forno, cujo produto é o 
hemidrato puro ou contendo também gipsita ou anidrita, ou de 
dois fornos que produzem hemidrato e anidrita, em separado.
• Moagem e seleção em frações granulométricas de acordo com 
a utilização: em construção (pré-fabricação, revestimentos) e 
moldagem (arte, indústria). 
• Etapa final não praticada no País: mistura e homogeneização 
dos diferentes sulfatos e dos aditivos, em função da aplicação.
Produção do gesso de construção
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
• A calcinação é feita em forno rotativo de contato direto com os 
gases de combustão de óleo ou de gaseificadores de carvão ou 
lenha. Baixa eficiência energética.
• A calcinação é feita também em fornos tipo panela e marmita de 
aquecimento indireto. Nesse processo não há contato entre os 
gases de combustão, de lenha ou óleo. 
• O armazenamento em silos promove homogeneização e 
estabilização favorável à sua qualidade. 
• A estabilização é hidratação da anidrita III ao hemidrato; ela se 
dá após 12 horas de armazenamento do produto em atmosfera 
de 80% de UR; uma fração dessa fase pode estar presente no 
gesso por ocasião do consumo.
• Ensacado, deve ser protegido de umidade, pois o gesso 
hidrata-se com facilidade, regenerando o dihidrato que age 
como acelerador de pega.
Produção nacional
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Controle na produção
• O importante é o controle da produção de hemidrato. 
• Pode ser feito pelo tempo de pega ou pelo teor de água 
combinada remanescente. 
• Considerando matéria prima pura, a perda de 1,5 mols de água 
representa uma diminuição do teor de água combinada na 
gipsita de 70% do teor original. Este valor pode ser tomado 
como referência para qualquer matéria prima. 
• O controle pode ser feito também pelo tempo de pega 
determinado pelo ensaio do corte e da impressão digital (DIN 
1168).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Matéria Prima
Sulfatos naturais
• São um tipo particular de rocha sedimentar, denominada 
evaporito. São as rochas mais solúveis, constituídas 
principalmente de cloretos e sulfatos de sódio, cálcio, magnésio 
e potássio. 
Subproduto da indústria de fertilizantes
• Também denominado fosfogesso ou gesso químico.
• Subproduto da produção de fertilizantes fosfáticos, que se 
baseia na solubilização de rochas fosfáticas por ácidos 
clorídrico, nítrico ou sulfúrico. 
• O sulfato é cristalizado na forma anidra (CaSO4 ) em processo 
via seca, na forma do dihidrato (CaSO4 .2H2 O), ou do hemidrato 
(CaSO4 .0,5H2 O) em processo via úmida. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sulfatos de subprodutos industriais 
(residuais)
Subproduto da indústria de fertilizantes
• Também denominado fosfogesso ou gesso químico.
• Subproduto da produção de fertilizantes fosfáticos, que se 
baseia na solubilização de rochas fosfáticas por ácidos 
clorídrico, nítrico ou sulfúrico. 
• O sulfato é cristalizado na forma anidra (CaSO4 ) em processo 
via seca, na forma do dihidrato (CaSO4 .2H2 O), ou do hemidrato 
(CaSO4 .0,5H2 O) em processo via úmida. 
• Equação da reação do processo dihidrato:
Ca3 (PO4 )2 + 12 H2 SO4 + 6 H2 O ⇒ 3 CaSO4 .2H2 O + 2 H3PO4
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Sulfatos de subprodutos industriais 
(residuais)
Subproduto da produção de ácido fluorídrico
• O ácido fluorídrico, insumo básico da produção de plásticos 
fluorados, por exemplo o teflon, é produzido a partir da fluorita, 
segundo a equação de reação:
CaF2 + H2 SO4 ⇒ CaSO4 + 2 HF
Subproduto de purificação de gases
• Produzido na purificação de gases de combustão sulfurados 
com cal, antes de serem lançados na atmosfera.
• O poluente designado por SOx (anidrido sulfuroso, SO2 + 
anidrido sulfúrico, SO3 ) é fixado na forma de sulfato de cálcio 
anidro ou hidratado, conforme o processo. O subproduto é 
designado na literatura por sulfogesso.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Reações de transformação
• Até 100°C ocorre a secagem da umidade da matéria prima. 
• Entre 140°C e 160°C formação do hemidrato:
CaSO4 .2H2 O ⇒ CaSO4 .0,5H2 O + 1,5H2 O
• Entre 160°C e 190°C formação da anidrita III:
CaSO4 .0,5H2 O ⇒ CaSO4 + 0,5H2 O
• Acima de 250°C, a anidrita III, solúvel, por mudança de 
estrutura forma a anidrita II, insolúvel.
CaSO4 .2H2 O ⇒ CaSO4 + 2H2 O
• A 1.200°C, a anidrita II transforma-se na anidrita.
• A 1.350°C, ocorre a fusão.
• Acima de 1.450°C, ocorre a dissociação da anidrita em anidrido 
sulfúrico e óxido de cálcio.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Mecanismo de hidratação
Figura 1 – Microcalorimetria de um hemidrato (Magnan, 1973).
1 2 3 3 e 4 4
Tempo de hidratação
dQ/dt (Cal/h/g)
1 2 3 3 e 4 4
Tempo de hidratação
dQ/dt (Cal/h/g)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Mecanismo de hidratação
O mecanismo pode ser acompanhado pela curva do calor de 
hidratação:
• Etapa 1: o primeiro pico ocorre durante 30 segundos e 
corresponde à molhagem do pó. 
• Etapa 2: é o período de indução afetado pelo tempo de mistura, 
temperatura da água de amassamento ou presença de 
impurezas ou aditivos. 
• Etapa 3: inicia-se no final do período de indução, coincide com 
o início da pega. Ocorre um forte aumento da temperatura que 
indica o aumento da velocidade de reação. 
• Etapa 4: diminuição da velocidade de reação; depois de a curva 
passar por um máximo, a velocidade decresce 
progressivamente, observando-se o fim da hidratação. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Mecanismo de hidratação
• No contato do pó com a águainicia-se imediatamente a 
dissolução dos sulfatos.
• Com a saturação da solução a gipsita passa a precipitar em 
cristais aciculares, formando núcleos de cristalização. À medida 
que a hidratação evolui, a concentração de íons, assim como a 
formação de novos núcleos, diminui. 
• A fixação progressiva da água de hidratação reduz a água 
disponível, aumentando simultaneamente o volume de sólidos. 
Os cristais começam a ficar próximos, a porosidade diminui, e a 
resistência aumenta.
• Depois de a velocidade passar por um máximo, decresce até o 
fim da hidratação, quando a concentração atinge um valor 
mínimo. O crescimento dos cristais nessa etapa vai influenciar 
diretamente as propriedades mecânicas.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Início e fim de pega
• O consumo da água de amassamento pela formação da gipsita 
hidratada aumenta a consistência da pasta dando início à pega.
• Os cristais formados ao redor de núcleos ficam 
progressivamente mais próximos e se aglomeram, aumentando 
a viscosidade aparente da pasta. 
• O prosseguimento da hidratação leva à formação de um sólido 
contínuo com porosidade progressivamente menor e resistência 
progressivamente maior. 
• A pega e o endurecimento são afetados por diferentes fatores, 
principalmente: finura e forma dos grãos, relação a/g, 
temperatura da água, velocidade e tempo de mistura e aditivos.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 3 – Influência da temperatura no 
início e fim de pega de pastas de gesso.
0
20
40
60
80
100
120
0 10 20 30 40 50 60
Temperatura da água de amassamento (ºC)
T
e
m
p
o
 
(
m
i
n
u
t
o
s
)
Fim de pega
Início de pega
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Variação dimensional da pasta de gesso
• Depois de uma fase inicial de contração (Figura 4), observa-se 
um incremento de volume, devido ao arranjo geométrico dos 
cristais que resulta na formação de poros que ocorre durante a 
hidratação, e que prossegue até os três dias. 
• Valores típicos de expansão linear atingem cerca de 0,2%. 
• Após endurecimento e evaporação da água de amassamento, 
dá-se uma ligeira retração, resultando em uma expansão 
líquida em torno de 0,1%. O valor decresce com o aumento da 
água de amassamento e da composição mineral do produto. 
• Esta característica, praticamente, elimina o risco de fissuração 
de revestimentos; também auxilia na moldagem de 
componentes, pois preenche todos os vazios e detalhes do 
molde, gerando excelente acabamento superficial. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 4 – Representação esquemática da 
contração e expansão do gesso 
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
Retração 
inicial
Expansão 
total
Δ
L
 
/
 
L
 
(
%
)
-0,15
-0,10
-0,05
0,00
0,05
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0 10 20 30 40 50 60 70
Tempo (minutos)
Retração 
inicial
Expansão 
total
Δ
L
 
/
 
L
 
(
%
)
ΔL / L (%)
E
x
p
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n
s
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R
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-0,15
-0,10
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Tempo (minutos)
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inicial
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total
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Tempo (minutos)
Retração 
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ΔL / L (%)
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Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades físicas do pó
• Granulometria do pó
Determinada em amostra seca, por peneiramento na série 
padrão de peneiras (0,840 mm, 0,420 mm, 0,210 mm, 0,105 
mm), sob água corrente. A massa retida em cada peneira é 
determinada após secagem em estufa a 110°C.
• Densidade de massa aparente 
Determinada em recipiente com capacidade de (1.000 ±
 
20) 
cm3; recebe o gesso vertido através de um funil cônico, de 15 
cm de altura, colocado sobre um tripé, contendo uma peneira 
de 2,0 mm de abertura, e ajustado na metade da altura do funil 
(Figura 6).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fig. 6 - Funil utilizado para ensaio de 
densidade de massa aparente de gesso.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades da pasta
• Consistência normal 
Determinada com o aparelho de Vicat modificado (Figura 7): a 
haste está acoplada a uma sonda de alumínio cônica, pesando 
ambos 35 g; a sonda é protegida com uma ponteira de aço 
inox. A fim de evitar a pega rápida do gesso, adiciona-se citrato 
de sódio p.a. à água (20 g/l). A penetração da agulha deve ser 
de (30 ±
 
2) mm. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fig. 7 - Aparelho de Vicat modificado - para 
determinação da consistência da pasta 
(NBR 12128).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades da pasta
• Tempo de pega
NBR 12128: é determinado com a pasta na consistência 
normal, sem o retardador, em aparelho de Vicat provido de 
haste de (300 ±
 
0,5) g e de agulha com diâmetro de (1,13 ±
 0,02) mm. O início de pega é considerado quando a agulha 
estaciona a 1 mm da base, e o final, quando a agulha não mais 
penetra na pasta, deixando uma leve impressão.
DIN 1168: consiste em colocar uma bolacha de pasta de gesso 
sobre a superfície de um vidro; a bolacha é cortada com uma 
lamina de aço. O início de pega é definido como o momento em 
que o corte não mais se fecha quando a lâmina deixa 
impressão de corte na pasta (Figura 8). O fim de pega é 
definido como o momento em que não aparece impressão 
digital na pasta por pressão do dedo indicador.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fig. 8 – Método de determinação do tempo 
de pega (DIN 1168).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 9 – Influência da relação água/gesso 
(g/g) no tempo de pega pela agulha de Vicat. 
0
5
10
15
0,5 0,7 0,9 1,1
Relação água/gesso
T
e
m
p
o
 
d
e
 
p
e
g
a
 
(
m
i
n
u
t
o
s
)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades mecânicas: Dureza
• Os ensaios são realizados em corpos-de-prova cúbicos de 50 
mm de aresta, moldados em moldes com três compartimentos. 
A dureza é determinada pela medida da profundidade de 
impressão de uma esfera de aço duro, com (10,0 ±
 
5,0) mm de 
diâmetro, sob uma carga fixa, de (500 ±
 
5) N em superfícies 
com área mínima de 2.500 mm2. O resultado é calculado pela 
equação:
sendo:
F = carga em Newton;
φ
 
= diâmetro da esfera em milímetros;
T = média da profundidade em milímetros.
.T.
FD φπ=
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 10 – Correlação entre dureza e 
resistência à compressão de gesso brasileiro. 
D = 2,18.fc
R2 = 0,98
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 5 10 15 20
Resistência à compressão (MPa)
D
u
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e
z
a
 
(
M
P
a
)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Fig. 11 – Imagem de elétrons secundários, de 
pasta de gesso (a/g 0,7), ilustrando a elevada 
porosidade e os aglomerados de cristais.
3 μm3 μm3 μm
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Propriedades mecânicas: Resistência à 
compressão
fc = 3,44.a/g-2,73
R2 = 0,98
0,0
2,5
5,0
7,5
10,0
12,5
15,0
17,5
20,0
0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
Relação água/gesso (g/g)
R
e
s
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s
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à
 
c
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m
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(
M
P
a
)
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
1,20
1,30
1,40
0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4
Relação água/gesso (g/g)
D
e
n
s
i
d
a
d
e
 
(
g
/
c
m
3
)
0,35
0,40
0,45
0,50
0,55
0,60
0,65
0,70
P
o
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)
fc = 3,44.a/g-2,73
R2 = 0,98
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5,0
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10,0
12,5
15,0
17,5
20,00,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
Relação água/gesso (g/g)
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Relação água/gesso (g/g)
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0,50
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)
Figura 12 – Influência na relação 
água/gesso na densidade no estado seco 
e porosidade – correlações aproximadas 
para retas (produzido a partir de dados 
dos autores e de Les Cahiers 
Techniques, Syndicat, 1991). 
Figura 13 – Influência na relação 
água/gesso na resistência mecânica de 
corpos-de-prova 50 x 50 x 50 mm de um 
gesso brasileiro (dados dos autores).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aditivos retardadores de pega
De modo geral estão agrupados em três categorias conforme o 
seu modo de atuação:
• Espécies químicas que diminuem a velocidade de dissolução 
do hemidrato, por introduzirem outros íons na solução: 
retardam a saturação da solução: ácidos orgânicos fracos 
(ácidos cítrico, fórmico, acético, láctico, e seus sais alcalinos, 
como os citratos, acetatos e lactatos) e ácido bórico, ácido 
fosfórico, glicerina, álcool, éter, acetona e açúcar. 
• Espécies químicas que geram reações complexas, resultando 
em produtos pouco solúveis ou insolúveis ao redor dos cristais 
de dihidrato, atrasando o seu crescimento e, como 
conseqüência, sua precipitação: boratos, fosfatos, carbonatos e 
silicatos alcalinos.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aditivos retardadores de pega
• Produtos orgânicos de massa molecular elevada, como as 
proteínas degradadas e alguns colóides; misturados com água, 
formam um gel ao redor dos grãos de hemidrato, atrasam o 
contato com a água e a solubilização e cristalização do 
dihidrato: queratina, caseína, goma arábica, gelatina, pepsina, 
peptona, albumina, alginatos, proteínas hidrolisadas, 
aminoácidos e formaldeidos condensados. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 14 – Efeito do ácido tartárico na 
velocidade de hidratação.
0
10
20
30
40
50
60
70
80
0 20 40 60 80 100
Tempo de hidratação (minutos)
T
e
m
p
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a
t
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r
a
 
(
º
C
)
SEM aditivo
COM retardador
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 15 – Efeito do ácido cítrico no início 
de pega.
0
25
50
75
100
125
150
175
200
0,00 0,05 0,10 0,15 0,20
Teor de aditivo (%)
T
e
m
p
o
 
(
m
i
n
u
t
o
s
)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 17 – Tempo de início de pega em 
presença de gelatina.
0
20
40
60
80
100
120
140
0,05 0,07 0,09 0,11 0,13 0,15
Teor de aditivo (%)
T
e
m
p
o
 
(
m
i
n
u
t
o
s
)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 18 – Efeito do hexametafosfato na 
consistência da pasta de gesso.
0,64
0,66
0,68
0,70
0,00 0,20 0,40 0,60
Teor de aditivo (%)
R
e
l
a
ç
ã
o
 
á
g
u
a
/
g
e
s
s
o
 
(
g
/
g
)
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Influência dos retardadores sobre o gesso 
endurecido.
• Expansão
A diminuição da expansão observada é atribuída à mudança da 
microestrutura do dihidrato na presença de retardadores. Em 
presença de aditivos retardadores, os cristais curtos e grossos 
têm mais espaço para crescer, diminuindo as forças que geram 
as expansões.
• Porosidade
A porosidade pode aumentar ou diminuir dependendo do tipo 
de aditivo: as proteínas aumentam a porosidade; o ácido cítrico 
diminui. A metilcelulose aumenta a porosidade do material na 
forma de ar incorporado. Dependem da cristalização da gipsita: 
cristais longos ou curtos, aciculares ou grossos.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: revestimentos em gesso
• O preparo de pastas de gesso é governado por dois fatores 
básicos: a necessidade de reologia adequada para a aplicação 
sobre a base e o tempo útil (tempo em que essa reologia é 
mantida). O gesseiro, pela sua experiência, define o teor de 
água adequado (relação a/g).
• A aplicação requer experiência para evitar-se o desperdício 
devido ao curto tempo de pega.
• A faixa de consistência que permite a aplicação de pastas de 
gesso medida com aparelho de Vicat modificado mostrou que a 
pasta pode ser aplicada quando a consistência encontra-se 
entre 28 mm (início) e 0 mm (fim). Na prática, a definição do 
teor de água pode ser realizada utilizando esse aparelho de uso 
muito simples.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: revestimentos em gesso 
Influência da adição de cal ao gesso
P = -0,642.T + 34,778
R2 = 0,925
P = -0,338.T + 37,201
R2 = 0,880
P = -1,365.T + 28,750
R2 = 0,997
0
5
10
15
20
25
30
35
40
0 5 10 15 20 25
Teor de cal (%)
P
e
n
e
t
r
a
ç
ã
o
 
i
n
i
c
i
a
l
 
(
m
m
)
a/a 0,5
a/a 0,6
a/a 0,7
a/a= 0,7
Fim 
utilização
Tempo 
espera
0
5
10
15
20
25
0 3 6 9 12 15 18 21 24
Teor de cal (%)
T
e
m
p
o
 
(
m
i
n
u
t
o
s
)
P = 0 mm
P = 28 mm
Figura 20a – Influência do teor de cal na 
consistência Vicat Modificado para 
diferentes relações água/(gesso + cal) 
(Antunes, 2000). 
Figura 20b – Influência do teor de cal no 
tempo de espera (inclui 5 min. De 
mistura e moldagem do corpo-de-prova) 
e fim de utilização para pasta com 
água/(gesso + cal) = 0,7, obtidas com um 
gesso específico (Antunes, 2000). 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: revestimento em gesso 
Efeito da adição de cal ao gesso
Figura 21 – Influência da relação água/(gesso + cal) na resistência mecânica à 
compressão (NBR 12129) e módulo de elasticidade de pastas de gesso (tangente 
inicial no ensaio de compressão).
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: Gesso acartonado
• As chapas de grandes dimensões finas de gesso revestidas 
externamente por duas lâminas de papel, são denominadas 
comercialmente no Brasil de dry wall. 
• O papel kraft que reveste serve de reforço para os esforços de 
tração, o que permite o manuseio seguro de chapas de grandes 
dimensões e confere resistência a esforços de uso. 
• Os produtos têm alta produtividade na montagem e permitem a 
execução de serviço com um baixo consumo de material.
• Combinando papel e gesso, o produto, é sensível a ambientes 
úmidos, podendo apresentar degradação total ou 
biodeterioração da superfície. Para aplicação em ambientes 
úmidos recebe tratamento com hidrofugante.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Figura 22 – Absorção de água por superfície 
protegida por papel de chapa de gesso 
acartonado convencional e resistente à umidade.
0
5
10
15
20
25
30
0 20 40 60 80 100 120
Tempo (minutos)
A
b
s
o
r
ç
ã
o
 
d
e
 
á
g
u
a
 
(
%
)
Convencional
Resistente à umidade
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: Placas e outros componentes de 
gesso.
• Placas lisas de gesso moldado, com dimensões de 60 cm x 60 
cm, com borda reforçada para forros suspensos. 
• Perfis moldados, em complementação às placas de gesso, 
utilizados para a realização de acabamento de bordas e 
produção de detalhes arquitetônicos como sancas.
• Blocos de gesso moldados para uso em alvenarias: 
paralelepípedos vazados, com grandes dimensões (500 mm x 
666 mm, com espessuras entre 50 mm e 100 mm). Permite boa 
produtividade na elevação da alvenaria.
• Fibro-gesso: a fibra é adicionada para melhorar a resistência à 
tração e ao impacto. 
• Porta corta-fogo.
• Isolante acústico. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: Placase outros componentes de 
gesso – Patologia.
• Placas finas de gesso apresentam elevada movimentação 
higrotérmica, pois são permeáveis ao vapor de água e possuem 
baixa inércia térmica, entrando em equilíbrio com o ambiente 
muito antes do restante da estrutura do edifício. 
• A combinação da higroscopicidade com placas de espessura 
delgada leva à freqüência e amplitude de movimentação 
higrotérmica de paredes e forros de gesso superiores às da 
estrutura do edifício. 
Soluções:
• Em forros de placas moldadas: total dessolidarização das 
paredes e a introdução de juntas periódicas. 
• Em gesso acartonado: fixação da estrutura de madeira ou metal 
e a existência de uma junta elástica entre placas. 
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: revestimento em gesso 
Patologia
• A umidade é prejudicial ao gesso dada a solubilidade da gipsita. 
Pela ação de ciclos úmido-seco do ambiente, a gipsita da 
superfície se dissolve e precipita continuamente, mas os cristais 
apenas se depositam sobre a superfície e não têm o mesmo 
embricamento da primeira formação. A superfície torna-se 
pulverulenta. 
• Os aditivos orgânicos empregados para controle da pega 
apresentam o inconveniente de alimentar o crescimento de 
fungos de difícil eliminação. Os aditivos minerais empregados 
em excesso podem ser trazidos para a superfície na 
evaporação da água de amassamento ou na secagem após a 
absorção de umidade e formar eflorescências.
Livro: Materiais de Construção Civil 
Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Aplicação: revestimento em gesso 
Patologia
• O gesso de construção, particularmente quando exposto a 
umidades elevadas, provoca a corrosão do aço. Todos os 
componentes de aço em contato com o gesso devem ser 
protegidos contra a corrosão, através, por exemplo, de 
galvanização.
• Artefatos ou revestimentos de gesso apresentam uma 
superfície muito lisa, quase polida, às vezes pulverulenta, o que 
não permite boa aderência de pinturas de emulsão. A película 
se forma, mas descola com facilidade (“peeling”). Necessitam, 
por isso, da aplicação de fundo preparador na superfície.
	Slide Number 1
	O que é o gesso de construção� 
	Sulfatos constituintes do gesso de construção.
	Quadro 1 – Composição teórica dos sulfatos.
	Produção do gesso de construção�
	Produção nacional�
	Controle na produção�
	Matéria Prima�
	Sulfatos de subprodutos industriais (residuais)
	Sulfatos de subprodutos industriais (residuais)
	Reações de transformação�
	Mecanismo de hidratação�
	Mecanismo de hidratação�
	Mecanismo de hidratação�
	Início e fim de pega�
	Figura 3 – Influência da temperatura no início e fim de pega de pastas de gesso.
	Variação dimensional da pasta de gesso� 
	Figura 4 – Representação esquemática da contração e expansão do gesso 
	Propriedades físicas do pó�
	Fig. 6 - Funil utilizado para ensaio de densidade de massa aparente de gesso. 
	Propriedades da pasta�
	Fig. 7 - Aparelho de Vicat modificado - para determinação da consistência da pasta �(NBR 12128). 
	Propriedades da pasta�
	Fig. 8 – Método de determinação do tempo de pega (DIN 1168). 
	Figura 9 – Influência da relação água/gesso (g/g) no tempo de pega pela agulha de Vicat. 
	Propriedades mecânicas: Dureza�
	Figura 10 – Correlação entre dureza e resistência à compressão de gesso brasileiro. 
	Fig. 11 – Imagem de elétrons secundários, de pasta de gesso (a/g 0,7), ilustrando a elevada porosidade e os aglomerados de cristais. 
	Propriedades mecânicas: Resistência à compressão
	Aditivos retardadores de pega�
	Aditivos retardadores de pega�
	Figura 14 – Efeito do ácido tartárico na velocidade de hidratação. 
	Figura 15 – Efeito do ácido cítrico no início de pega.
	Figura 17 – Tempo de início de pega em presença de gelatina. 
	Figura 18 – Efeito do hexametafosfato na consistência da pasta de gesso.
	Influência dos retardadores sobre o gesso endurecido.
	Aplicação: revestimentos em gesso�
	Aplicação: revestimentos em gesso Influência da adição de cal ao gesso
	Aplicação: revestimento em gesso�Efeito da adição de cal ao gesso
	Aplicação: Gesso acartonado�
	Figura 22 – Absorção de água por superfície protegida por papel de chapa de gesso acartonado convencional e resistente à umidade.
	Aplicação: Placas e outros componentes de gesso. 
	Aplicação: Placas e outros componentes de gesso – Patologia.
	Aplicação: revestimento em gesso�Patologia
	Aplicação: revestimento em gesso�Patologia

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