Buscar

joão lasmar -direito administrativo - aulões -26.04.2015 - responsabilidade civil - aulão domingo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
1) A responsabilidade civil de um servidor público e a de 
um empregado de empresa privada concessionária de 
serviço público, ambos atuando no exercício de suas 
funções, por danos causados a um terceiro, é, 
respectivamente 
a) subjetiva e subjetiva. 
b) objetiva e objetiva. 
c) subjetiva e objetiva. 
d) objetiva e subjetiva. 
e) inexistente e inexistente. 
 
2) Em matéria de responsabilidade civil da Administração 
Pública, a corrente doutrinária que passou a distinguir a 
culpa do funcionário da culpa anônima do serviço 
público, reconhecendo a responsabilidade do Estado tão 
simplesmente se o serviço público não funcionou, 
funcionou mal ou funcionou atrasado ficou conhecida 
como a teoria 
a) da culpa administrativa. 
b) do risco administrativo. 
c) do risco integral. 
d) da culpa civil. 
e) da responsabilidade por atos de gestão. 
 
3) A responsabilidade civil do Estado na Constituição 
Federal brasileira de 1988, sendo objetiva, 
a) existe, em regra, na função legislativa, mesmo que 
o dano seja apenas potencial. 
b) caracteriza-se mesmo que o fato tenha ocorrido por 
culpa exclusiva do lesado, sendo devida a 
indenização pelo Poder Público. 
c) independe de ser dolosa ou culposa a conduta 
lesiva praticada pelo agente do Estado. 
d) permite o direito de regresso contra o agente 
público causador da lesão mesmo se este agiu sem 
dolo ou culpa. 
e) é primária em relação aos danos causados por 
pessoa jurídica de direito privado prestadora de 
serviços públicos, podendo ser acionado 
diretamente o Estado e não esta. 
 
4) A propósito da responsabilidade civil do Estado, 
distinguem-se as modalidades subjetiva e objetiva 
porque a modalidade 
a) objetiva prescinde da comprovação do elemento 
culpa do agente, que pode ser presumida, mas 
depende da demonstração do nexo causal entre a 
ação estatal e os danos incorridos. 
b) subjetiva não admite a demonstração, pelo Estado, 
de nenhuma das excludentes de responsabilidade, 
que afastam a culpa do agente. 
c) objetiva não admite a demonstração, pelo Estado, 
de nenhuma das excludentes de responsabilidade, 
que se prestam a afastar a culpa do agente. 
d) subjetiva depende de comprovação do nexo causal 
dos danos causados pelo agente estatal, embora não 
seja imprescindível a demonstração de culpa do 
mesmo. 
e) subjetiva depende da demonstração de culpa do 
agente público, mas não exige a demonstração de 
nexo de causalidade entre a ação daquele e os 
danos incorridos, o que é inafastável na modalidade 
objetiva 
 
5) Carlos, proprietário de um veículo licenciado na Capital 
do Estado de São Paulo, teve seu nome inscrito, 
indevidamente, no cadastro de devedores do Estado 
(“Cadin”), em face do suposto não pagamento de IPVA. 
Constatou-se, subsequentemente, que o débito objeto do 
apontamento fora quitado tempestivamente pelo 
contribuinte, decorrendo a inscrição no Cadin de um 
erro de digitação de dados incorrido pelo servidor 
responsável pela alimentação do sistema de 
informações. Em razão dessa circunstância, Carlos, que 
é consultor, sofreu prejuízos financeiros, entre os quais 
a impossibilidade de participar de procedimento 
licitatório instaurado pela Administração para 
contratação de serviços de consultoria, bem como o 
impedimento de obtenção de financiamento de projeto 
que estava conduzindo pela Agência de Fomento do 
Estado, que dispunha de linha de crédito com juros 
subsidiados, sendo obrigado a tomar financiamento 
junto a instituição financeira privada em condições mais 
onerosas. 
Diante da situação narrada, de acordo com o disposto na 
Constituição Federal sobre a responsabilidade civil do 
Estado, 
a) o Estado responde objetivamente pelos prejuízos 
sofridos por Carlos, podendo exercer o direito de 
regresso em face do servidor, se comprovada 
conduta culposa ou dolosa do mesmo. 
b) Carlos deverá acionar o servidor responsável pelo 
erro e, desde que comprovada a responsabilidade 
subjetiva, possui direito à reparação, pelo Estado, 
dos prejuízos sofridos. 
c) o Estado não está obrigado a reparar os prejuízos 
sofridos por Carlos, devendo, contudo, corrigir a 
falha identificada e proceder à apuração de 
responsabilidade do servidor. 
d) o servidor está obrigado a reparar os prejuízos 
sofridos por Carlos, podendo exercer direito de 
regresso em face do Estado, se comprovada falha 
na prestação do serviço. 
e) Estado e servidor são solidária e objetivamente 
responsáveis pelos prejuízos sofridos por Carlos, 
desde que comprovada falha na prestação do 
serviço. 
 
6) Numa ocorrência de acidente de trânsito envolvendo 
uma viatura oficial da polícia militar e um carro 
particular, os agentes públicos responsáveis pelo resgate 
prestaram socorro primeiramente aos policiais militares 
feridos. Quando outra viatura foi acionada para prestar 
o atendimento emergencial as outras vítimas, o estado 
de saúde de uma delas estava bastante agravado. Diante 
desse cenário e do que prevê a Constituição Federal 
brasileira, 
a) o Estado pode ser responsabilizado civil e 
objetivamente pelos danos causados pela demora 
no atendimento. 
b) o Estado não pode ser responsabilizado 
objetivamente, porque a Constituição Federal 
brasileira não contempla responsabilização por atos 
omissivos. 
c) somente os agentes responsáveis pelo primeiro 
socorro podem ser responsabilizados pessoalmente, 
tendo em vista que não prestaram o adequado 
atendimento às vítimas. 
Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
d) o Estado só pode ser responsabilizado pelos danos 
causados se os policiais militares envolvidos no 
acidente tiverem culpa pelo mesmo. 
e) o Estado pode ser responsabilizado subjetiva e 
subsidiariamente pelos danos causados aos civis 
envolvidos no acidente. 
 
7) Após o resgate de vítimas de um acidente de trânsito, 
uma ambulância do serviço de saúde municipal 
deslocava- se em alta velocidade em direção ao hospital 
público mais próximo, tendo colidido com um veículo 
particular. Em decorrência dessa colisão, um dos 
resgatados que estava no interior da ambulância sofreu 
traumatismo craniano e acabou falecendo. De acordo 
com o que dispõe a Constituição Federal, o Município 
a) responde subjetivamente pelos danos materiais 
causados, bem como por danos morais aos 
familiares da vítima. 
b) não responde civilmente pelos danos causados, 
tendo em vista que o excesso de velocidade para as 
ambulâncias configura excludente de 
responsabilidade, pois se trata de conduta esperada. 
c) responde objetivamente pelos danos causados, 
cabendo indenização aos familiares da vítima que 
tenham relação de dependência financeira com a 
mesma. 
d) responde objetivamente apenas pelos danos 
materiais causados, ficando afastada indenização 
por danos morais em razão da ausência de culpa a 
ser imputada ao condutor da ambulância. 
e) não responde civilmente perante os familiares da 
vítima, tendo em vista que o nexo de causalidade 
ensejador da responsabilidade civil remete ao 
primeiro acidente ocorrido, do qual não participou 
qualquer agente público. 
 
8) Sobre a responsabilidade civil extracontratual do 
Estado, assinale a alternativa correta. 
a) Na discussão judicial a respeito da responsabilidade 
objetiva do Estado por danos causados a terceiros, 
é compulsória a denunciação à lide do servidor que 
causou os respectivos prejuízos. 
b) No direito brasileiro, vige a teoria do risco integral. 
c) Para terceiro obter ressarcimento de danos em face 
do Estado, é imprescindível que haja comprovação 
de culpa ou dolo do agente público que causou os 
danos. 
d) O Estado não pode alegar culpa de terceiros na 
causação dos danos como causa excludente ouatenuante da sua responsabilidade objetiva. 
e) A responsabilidade estatal objetiva exclui os atos 
praticados pelas entidades da administração 
indireta que executem atividade econômica de 
natureza privada que não prestam serviço público. 
 
9) A responsabilidade civil do Estado e dos agentes 
públicos é estudada no Brasil há tempos, encontrando 
fundamento inclusive na Constituição de 1824. A 
propósito da evolução doutrinária acerca da 
responsabilidade dos entes públicos, bem como o que 
consta da Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) o histórico da responsabilidade civil do Estado 
trilhou caminho desde a irresponsabilidade total, 
antes do Estado de Direito, sofrendo paulatino 
abrandamento verificado com a adoção das teorias 
civilistas, até se alcançar as teorias que 
consolidaram a responsabilidade objetiva do 
Estado. 
b) a responsabilidade civil do Estado iniciou-se à 
semelhança do direito civil, baseada na culpa do 
agente público, afastando-se do regime comum 
com o passar do tempo, em face da identificação da 
necessidade de estabelecimento de regras próprias, 
consolidando-se a responsabilidade subjetiva que 
vige até os tempos atuais. 
c) a responsabilidade civil do Estado foi cunhada com 
base no direito comum, razão pela qual continua a 
depender, essencialmente, da existência da culpa do 
agente público. 
d) o histórico da responsabilidade civil do Estado no 
ordenamento brasileiro demonstra que a 
responsabilidade objetiva já se encontrava presente 
desde a primeira constituição, ainda que não se 
falasse em teoria do risco. 
e) o histórico da responsabilidade civil do Estado 
indica que o ordenamento jurídico brasileiro 
sempre a consagrou, em variados graus e medidas, 
prevalecendo atualmente a modalidade de 
responsabilidade subjetiva para atos comissivos e a 
de responsabilidade objetiva para atos omissivos. 
 
10) Em matéria de responsabilidade civil das pessoas 
jurídicas de direito privado prestadoras de serviço 
público, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição 
Federal, a jurisprudência mais recente do Supremo 
Tribunal Federal alterou entendimento anterior, de 
modo a considerar que se trate de responsabilidade 
a) objetiva relativamente a terceiros usuários e a 
terceiros não usuários do serviço. 
b) subjetiva relativamente a terceiros usuários e a 
terceiros não usuários do serviço. 
c) objetiva relativamente a terceiros usuários, e 
subjetiva em relação a terceiros não usuários do 
serviço. 
d) subjetiva relativamente a terceiros usuários, e 
objetiva em relação a terceiros não usuários do 
serviço. 
e) subjetiva, porém decorrente de contrato, 
relativamente a terceiros usuários, e objetiva em 
relação a terceiros não usuários do serviço. 
 
11) No tocante ao regime público de responsabilidade extra-
contratual, é INCORRETO afirmar: 
a) Sociedade de economia mista que atua como 
instituição financeira está sujeita ao regime de 
responsabilidade objetiva estabelecido no art. 37, § 
6o da Constituição Federal. 
b) Em caso de falecimento de servidor que tenha sido 
o autor do ato danoso em razão de conduta culposa 
ou dolosa, a ação de regresso será proposta em 
relação a seus sucessores. 
c) Segundo entendimento atual do Supremo Tribunal 
Federal, a regra de responsabilidade objetiva em 
razão de comportamento comissivo aplica-se tanto 
aos danos causados a usuários como a terceiros não 
usuários. 
Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
d) As associações públicas se sujeitam ao regime de 
responsabilidade objetiva estabelecido no art. 37, § 
6o da Constituição Federal. 
e) A excludente de responsabilidade referente a atos 
de terceiros não se aplica na hipótese de atentado 
terrorista contra aeronaves de matrícula brasileira 
operadas por empresas brasileiras de transporte 
aéreo público, caso em que a União responderá por 
tais danos, na forma da lei. 
 
12) No tocante à responsabilidade na prestação de serviços 
públicos, é correto afirmar: 
a) A culpa de terceiro nem sempre é causa excludente 
de responsabilidade, pois se a Administração, para 
afastar perigo iminente gerado por esse terceiro, 
causar dano a outrem, fica obrigada a repará-lo. 
b) Vigora a responsabilidade objetiva para os atos 
comissivos e a responsabilidade integral para os 
atos omissivos. 
c) A execução de serviço ou obra pelo particular, sob 
mando da Administração Pública, em regime de 
empreitada, transfere a ele a responsabilidade direta 
por dano causado ao administrado, remanescendo 
para o ente público a responsabilidade subsidiária. 
d) O poder concedente responde por todas as 
obrigações contraídas pelo concessionário de 
serviços públicos, em caso de sua insolvência 
e) Caso sejam prestados por pessoa jurídica de direito 
público, a responsabilidade é de natureza objetiva; 
se prestados por pessoa jurídica de direito privado, 
o regime de responsabilidade é subjetivo. 
 
13) Determinada empresa privada, concessionária de 
serviço público, está sendo acionada por usuários que 
pleiteiam indenização por prejuízos comprovadamente 
sofridos em razão de falha na prestação dos serviços. A 
propósito da pretensão dos usuários, é correto concluir 
que 
a) depende de comprovação de dolo ou culpa do 
agente, eis que as permissionárias e concessionárias 
de serviço público não estão sujeitas à 
responsabilização objetiva por danos causados a 
terceiros na prestação do serviço público. 
b) atinge a empresa concessionária, 
independentemente de comprovação de dolo ou 
culpa, porém é afastada quando não comprovado o 
nexo de causalidade, bem como quando 
comprovada culpa exclusiva da vítima. 
c) atinge apenas o concedente do serviço, o qual 
possui responsabilidade extracontratual de natureza 
objetiva por danos causados a terceiros na 
prestação do serviço concedido. 
d) atinge a concessionária apenas se comprovada 
conduta dolosa ou culposa, a qual, uma vez 
condenada, possui o direito de regresso em face do 
poder concedente. 
e) atinge apenas o concedente do serviço, que 
somente será condenado em caso de comprovação 
de dolo ou culpa da empresa concessionária e terá 
contra a mesma o correspondente direito de 
regresso. 
 
Analise a seguinte assertiva: Desastres ocasionados por 
chuvas, tais como, enchentes, inundações e destruições, 
excluem a responsabilidade estatal. 
 
14) A assertiva em questão; 
a) não está correta, pois inexiste excludente da 
responsabilidade estatal, sendo hipótese de 
responsabilidade subjetiva. 
b) está correta, não comportando exceção. 
c) não está correta, pois, em regra, o Estado responde 
diante de fatos decorrentes da natureza. 
d) está correta, mas se for comprovado que o Estado 
omitiu-se no dever de realizar certos serviços, ele 
responderá pelos danos. 
e) não está correta, pois o Estado sempre responde 
objetivamente. 
 
15) Considere o trecho do acórdão do Superior Tribunal de 
Justiça e as assertivas a seguir: 
“Quanto ao mérito, nos termos da jurisprudência do STJ, a 
responsabilidade civil do Estado para condutas omissivas é 
subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar 
negligência na atuação estatal, o dano e o nexo causal entre 
ambos. 
(...) 
Com se vê, da análise das razões do acórdão recorrido, 
observa-se que este delineou a controvérsia dentro do 
universo fático-probatório. Caso em que não há como aferir 
eventual inexistência de nexo de causalidade sem que se 
abram as provas ao reexame.”(Min. Rel. Humberto Martins; 
AgR no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL no 501.507 
- RJ; j. 27.05.2014) 
I. Embora a Constituição Federal tenha estabelecido a 
modalidade objetiva de responsabilidade para o 
Estado tanto para atos omissivos, quanto para atos 
comissivos, a jurisprudência mitigou esse rigor, 
passando-aa subjetiva em ambas as hipóteses. 
II. O Superior Tribunal de Justiça admite a 
modalidade subjetiva de responsabilidade para o 
Estado nos casos de omissão, o que não afasta a 
necessidade de demonstração do nexo de 
causalidade. 
III. Para a comprovação da responsabilidade objetiva 
não é necessária a demonstração de nexo de 
causalidade e de culpa do agente público, enquanto 
que na responsabilidade subjetiva, esses requisitos 
são indispensáveis. 
 
De acordo com o exposto, está correto o que se afirma em 
a) III, apenas. 
b) I e II, apenas. 
c) I, II e III. 
d) II, apenas. 
e) I e III, apenas. 
 
16) Paciente internada em UTI de hospital público 
municipal falece em razão da ocorrência de interrupção 
do fornecimento de energia elétrica, decorrente de uma 
tempestade na região, sendo que o referido hospital não 
possuía geradores de emergência. Em sua defesa, o 
Município alega que se trata de situação de força maior, 
o que afasta a responsabilidade estatal. Tal argumento 
não se sustenta, pois 
Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
a) a responsabilidade estatal na prestação de serviços 
públicos é baseada na teoria do risco 
administrativo, afastando as causas excludentes de 
responsabilidade. 
b) a responsabilidade estatal na prestação de serviços 
públicos é baseada na teoria do risco integral, 
afastando as causas excludentes de 
responsabilidade. 
c) não se trata de situação de força maior, mas sim de 
fato de terceiro, que não enseja o afastamento da 
responsabilidade estatal. 
d) por se tratar de morte natural, decorrente de 
moléstia contraída antes da internação, o nexo 
causal não se encontra configurado, sendo 
desnecessário recorrer à excludente de força maior. 
e) a situação ocorrida está no horizonte de 
previsibilidade da atividade, ensejando a 
responsabilidade subjetiva da entidade municipal, 
que tinha o dever de evitar o evento danoso. 
 
17) A propósito da responsabilidade civil do Estado por 
atos praticados pelo Legislativo, pode-se afirmar que 
a) existe previsão legal expressa para 
responsabilização do Estado pelos atos do 
Legislativo, dada sua soberania. 
b) a edição das chamadas leis de efeitos concretos 
pode ensejar a responsabilização do Estado, tendo 
em vista que o conteúdo do ato tem, em verdade, 
natureza jurídica de ato administrativo. 
c) o Estado responde objetivamente pelos atos 
praticados na função típica legislativa, qualquer 
que seja a natureza do ato editado. 
d) a responsabilização do Estado pela prática de atos 
legislativos só tem lugar se for constatada 
inconstitucionalidade superveniente. 
e) a responsabilidade do Estado só tem lugar diante de 
omissão legislativa, desde que comprovados danos 
concretos ao particular. 
 
18) No que se refere à responsabilidade da Administração 
Pública, é certo que 
a) a doutrina moderna, distinguindo atos de jus 
imperii e de jus gestionis, admite responsabilidade 
objetiva da Administração somente quando o dano 
resulta de atos de gestão, excluindo-se os atos de 
império. 
b) o ato legislativo típico, a exemplo da lei ordinária, 
em qualquer situação, que cause prejuízo ao 
particular, é indenizável objetivamente pela 
Administração Pública. 
c) o ato judicial típico, lesivo, não enseja 
responsabilidade civil por parte da Administração 
Pública e nem por parte do juiz individualmente, 
em qualquer hipótese. 
d) o dano causado por agentes da Administração 
Pública por atos de terceiros ou por fenômenos da 
natureza, também são indenizáveis objetivamente 
pela Administração. 
e) os atos administrativos praticados por órgãos do 
Poder Legislativo e Judiciário, equiparam-se aos 
demais atos da Administração e, se lesivos, 
empenham a responsabilidade objetiva da Fazenda 
Pública. 
 
19) O Tabelionato de Notas de um determinado município 
procedeu ao reconhecimento de firma de uma 
procuração que outorgava poderes para alienação de um 
imóvel. Apurou-se, posteriormente, que a assinatura era 
falsa e que a procuração fora efetivamente utilizada no 
processo de alienação, lesando o real titular do domínio 
do bem. Diante desse cenário, afigura-se como solução 
coerente com o ordenamento jurídico a 
a) responsabilização objetiva do Estado, em 
decorrência da atividade notarial, exercida por meio 
de delegação do Poder Público, sem prejuízo do 
direito de regresso em face do causador dos danos. 
b) responsabilidade objetiva do delegatário do serviço 
público e a responsabilidade subjetiva do 
funcionário que reconheceu a firma, sem prejuízo 
do direito de regresso em face do Estado. 
c) responsabilização pessoal do funcionário que 
reconheceu a firma, eximindo-se o Tabelião e o 
Estado do dever de indenização aos prejudicados, 
salvo se comprovado dolo. 
d) responsabilização subjetiva do delegatário do 
serviço público prestado, mediante comprovação de 
culpa, tendo em vista que o regime privado do 
serviço afasta qualquer pretensão indenizatória em 
face do Tabelião ou do Estado. 
e) responsabilidade objetiva pura do Tabelião e a 
responsabilidade subjetiva do Estado, que só 
responde subsidiariamente mediante a 
comprovação de dolo ou culpa. 
 
20) Com relação à responsabilidade civil na atuação estatal, 
considere as seguintes afirmações: 
I. Em ação de responsabilidade por dano causado a 
particular, o ente público réu pode buscar a 
responsabilização do agente público autor do dano, 
por meio da nomeação à autoria. 
II. O regime de responsabilidade objetiva da pessoa 
jurídica prestadora de serviços públicos pelos danos 
que causar em razão de sua atividade se aplica 
tanto em favor de usuários do serviço prestado 
quanto em favor de terceiros não-usuários. 
III. A absolvição do agente público causador de dano a 
particular, na esfera penal, nem sempre impede sua 
responsabilização perante a Administração, em 
ação regressiva. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) II. 
c) III. 
d) I e II. 
e) II e III. 
 
21) O Estado foi condenado judicialmente a indenizar 
cidadã por danos sofridos em razão da omissão de 
socorro em hospital da rede pública, eis que o hospital 
negou-se a realizar parto iminente alegando falta de 
leito disponível. Diante de tal condenação, entende-se 
que o Estado poderá exercer direito de regresso em face 
do servidor que negou a internação 
a) desde que comprove conduta omissiva ou 
comissiva dolosa, afastada a responsabilidade no 
caso de culpa decorrente do exercício de sua 
atividade profissional. 
Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
b) com base na responsabilidade objetiva do mesmo, 
bastando a comprovação do nexo de causalidade 
entre a atuação do servidor e o dano. 
c) com base na responsabilidade subjetiva do mesmo, 
que decorre automaticamente da condenação do 
Estado, salvo se comprovadas, pelo servidor, 
causas excludentes de responsabilidade. 
d) independentemente da comprovação de dolo ou 
culpa, desde que constatado descumprimento de 
dever funcional. 
e) com base na responsabilidade subjetiva do 
servidor, condicionada à comprovação de dolo ou 
culpa. 
 
22) Paulo, comerciante estabelecido no município do 
Recife, solicitou um empréstimo em instituição 
financeira e o mesmo foi negado em função de 
apontamento constante do Tabelionato de Protesto. Em 
face disso, Paulo sofreu sérios prejuízos, decorrentes da 
falta de capital de giro, entre os quais a perda de 
contratos pela impossibilidade de pagamento de seus 
fornecedores, atraso no pagamento de tributos, multas, 
entre outros. Posteriormente, restou comprovado que o 
apontamento constou indevidamente da certidão 
expedida, em decorrência de erro do programa de 
informática do Tabelionato. Em face de tal situação, 
com fundamentono art. 37, § 6º, da Constituição 
Federal e na Lei nº 8.935/94, Paulo 
a) detém o direito de ser indenizado pelos prejuízos 
sofridos, desde que comprovada a responsabilidade 
subjetiva do tabelião. 
b) não possui direito à indenização, mas apenas à 
reparação do erro verificado, tendo em vista tratar-
se de serviço público delegado. 
c) possui o direito de ser indenizado pelos danos 
morais e patrimoniais sofridos, cabendo a 
responsabilidade, exclusivamente, ao agente 
causador do dano, tabelião ou preposto, que tenha 
atuado com dolo ou culpa. 
d) não possui direito a indenização, eis que a 
responsabilidade do agente público delegado é de 
natureza subjetiva, afastada nos casos de falha do 
serviço que não decorra de dolo ou culpa 
individual. 
e) possui o direito de ser indenizado, incidindo na 
situação narrada a responsabilidade objetiva do 
Tabelionato, que poderá exercer o direito de 
regresso em face de preposto responsável pelo erro, 
desde que comprovado dolo ou culpa. 
 
23) A União foi condenada, em ação judicial transitada em 
julgado, a reparar prejuízo causado a terceiro por 
servidor público federal. De acordo com a legislação 
que rege a matéria, 
a) caberá ao representante legal da União avaliar o 
benefício do ajuizamento da ação regressiva em 
face do servidor declarado culpado, em face da 
capacidade financeira para reparação do dano. 
b) deverá ser ajuizada ação regressiva contra o 
servidor declarado culpado, salvo no caso de dano 
de pequena monta, nos limites fixados pela lei. 
c) deverá ser ajuizada ação regressiva contra o 
servidor declarado culpado, podendo a liquidação 
da condenação ser efetuada mediante desconto em 
folha de pagamento observado o limite legal. 
d) a ação regressiva em face do servidor causador do 
prejuízo somente será obrigatória em caso de 
conduta dolosa, podendo ser dispensada em caso de 
conduta culposa da qual decorra dano de pequena 
monta. 
e) deverá ser ajuizada ação regressiva em face do 
servidor declarado culpado, excluída a 
responsabilidade do funcionário na hipótese de 
exoneração ou demissão. 
 
24) Acerca da responsabilidade civil do Estado e da 
responsabilidade administrativa, civil e penal do 
servidor, assinale a opção correta. 
a) Se um servidor público federal que responda a 
processo por crime de corrupção passiva for 
absolvido por insuficiência de provas quanto à 
autoria desse crime, ele não poderá ser processado 
e punido por esse crime na esfera administrativa. 
b) A administração pública não pode aplicar ao 
servidor a pena de demissão em processo 
disciplinar se ainda estiver em curso a ação penal a 
que ele responda pelo mesmo fato. 
c) Como regra, as pessoas jurídicas de direito privado 
que desenvolvam atividades econômicas não se 
submetem à responsabilidade civil objetiva, 
exceção feita apenas às empresas públicas, sejam 
elas prestadoras de serviços ou promotoras de 
atividades econômicas. 
d) A responsabilidade das concessionárias e 
permissionárias de serviços públicos será objetiva, 
independentemente de a vítima ser usuário ou 
terceiro. 
e) A ação de ressarcimento proposta pelo Estado 
contra o agente que, agindo com culpa ou dolo, for 
responsável por dano causado a terceiro prescreve 
em três anos, conforme dispõe o Código Civil para 
toda e qualquer pretensão de reparação civil. 
 
25) Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a 
opção correta. 
a) Para que se configure a responsabilidade civil 
objetiva do Estado, o dano deve ser causado por 
agente público, não abrangendo a regra a categoria 
dos agentes políticos. 
b) Embora seja cabível a responsabilidade do Estado 
por atos praticados pelo Poder Judiciário, em 
relação a atos judiciais que não impliquem 
exercício de função jurisdicional, não é cabível 
responsabilização estatal. 
c) Segundo a CF, a responsabilidade civil do Estado 
abrange prejuízos causados pelas pessoas jurídicas 
de direito público e as de direito privado que 
integram a administração pública indireta, não 
abarcando atos danosos praticados pelas 
concessionárias de serviço público. 
d) Segundo entendimento do STJ, é imprescritível a 
pretensão de recebimento de indenização por dano 
moral decorrente de atos de tortura ocorridos 
durante o regime militar de exceção. 
e) De acordo com a jurisprudência do STJ, é objetiva 
a responsabilidade civil do Estado nas hipóteses de 
omissão, devendo-se demonstrar a presença 
Direito Administrativo Aulão_Responsabilidade Civil 
 
João Lasmar 
concomitante do dano e do nexo de causalidade 
entre o evento danoso e o comportamento ilícito do 
poder público. 
 
26) De acordo com a teoria do risco integral, é suficiente a 
existência de um evento danoso e do nexo de 
causalidade entre a conduta administrativa e o dano 
para que seja obrigatória a indenização por parte do 
Estado, afastada a possibilidade de ser invocada alguma 
excludente da responsabilidade. 
 
Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de 
propriedade do ente ao qual é vinculado, com veículo 
particular dirigido por Paulo, causando-lhe danos 
materiais. 
Acerca dessa situação hipotética, julgue os seguintes itens. 
 
27) A responsabilidade da administração pode ser afastada 
caso fique comprovada a culpa exclusiva de Paulo e 
pode ser atenuada em caso de culpa concorrente. 
 
28) Caso Rafael seja empregado de empresa terceirizada, 
contratada pela administração para a prestação de 
serviços de transporte de materiais, a responsabilidade 
do ente público será objetiva, porém subsidiária. 
 
29) A responsabilidade civil do servidor público pela 
prática, no exercício de suas funções, de ato que 
acarrete prejuízo ao erário ou a terceiros pode decorrer 
tanto de ato omissivo quanto de ato comissivo, doloso 
ou culposo. 
 
Em decorrência do lançamento indevido de condenação 
criminal em seu registro eleitoral, efetuado por servidor do 
TRE/GO, um cidadão que não havia cometido nenhum 
crime, ficou impedido de votar na eleição presidencial, 
razão por que ajuizou contra o Estado ação pleiteando 
indenização por danos morais. Apurou-se que o erro havia 
ocorrido em virtude de homonímia e que tal cidadão, 
instado pelo TRE/GO em determinado momento, havia se 
recusado a fornecer ao tribunal o número de seu CPF. 
Considerando a situação hipotética apresentada, julgue o 
item seguinte, referentes à responsabilidade civil do Estado. 
 
30) Para garantir o seu direito de regresso, o poder público, 
ao responder à ação de indenização, deverá promover a 
denunciação da lide ao servidor causador ao suposto 
dano.

Continue navegando