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Assuntos da Rodada 
DIREITO ADMINISTRATIVO: 1. Conceito e fontes do direito administrativo. Natureza e 
fins da administração. Agentes da administração. 2. Princípios básicos da 
administração: legalidade, moralidade, impessoalidade, finalidade, publicidade, 
eficiência. 3. Poderes e deveres do administrador público. Poderes administrativos: 
poder vinculado e poder discricionário, poder hierárquico, poder disciplinar, poder 
regulamentar, poder de polícia. 4. Atos administrativos. Conceitos e requisitos. 
Classificação. Espécies. Validade. Formalidade. Motivação. Revogação. Anulação. 
Modificação. Extinção. Controle de legalidade. 5. Servidores públicos. Classificação e 
regime jurídico. Normas constitucionais sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos. 6. Cargos públicos. Provimento em cargo público. Direitos e vantagens dos 
servidores públicos. Deveres e responsabilidades. Sindicância e processo 
administrativo (Lei n. 8.112, de 11/12/1990, atualizada, aplicável ao Distrito Federal, no 
que couber, por força da Lei Distrital n° 197/91). 7. Responsabilidade civil do Estado. 
Ação de indenização. Ação regressiva. 8. Controle da administração pública: conceito. 
Tipos e formas de controle. Controle interno e externo. Controle prévio, concomitante 
e posterior. Controle parlamentar. Controle pelos Tribunais de Contas. Controle 
 
Rodada #4 
Direito Administrativo 
 
Professor Moisés Moreira 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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jurisdicional. Meios de controle jurisdicional. 9. Constituição Federal: Título III, Capítulo 
VII - Da Administração Pública. 10. Improbidade administrativa (Lei Federal n°. 
8.429/1992). Imperícia, negligência e fraude. 11. Código de ética dos servidores da 
carreira auditoria tributária (Lei Distrital n° 845/1994). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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a. Teoria 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
1. Conceito – No âmbito do Direito Público, a responsabilidade civil do Estado 
evidencia-se na obrigação de indenizar os danos patrimoniais ou morais que seus 
agentes, atuando em seu nome, ou seja, na qualidade de agentes públicos, 
causarem à esfera juridicamente tutelada dos particulares. Possui como 
fundamentos a legalidade e a igualdade. 
1.1. Amigos, a responsabilidade civil do Estado é do tipo extracontratual, 
porquanto não existe um contrato que fundamente o dever de reparar o 
dano. 
1.2. Para que o Estado tenha a obrigação de indenizar é suficiente a existência de 
um dano patrimonial ou moral causado a terceiro por ação omissiva ou 
comissiva de um agente público. 
1.3. Veremos a seguir qual o fundamento dessa responsabilidade estatal. 
 
2. Diversas teorias, ao longo do tempo, buscaram explicar os fundamentos da 
Responsabilidade do Estado: 
2.1. A chamada teoria da irresponsabilidade do Estado afirmava que este jamais 
deveria responder pelos danos causados aos particulares. Teve grande 
notoriedade nos regimes absolutistas e baseava-se na ideia de que o rei não 
cometia erros, e, por essa razão, não lesaria nunca seus súditos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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2.2. A teoria civilista ou teoria da responsabilidade subjetiva equiparava o Estado 
ao indivíduo. Assim, o Estado somente era obrigado a reparar os danos nas 
situações em que seus agentes tivessem agido com dolo ou culpa. 
2.3. A teoria da culpa administrativa defende que o dever de indenização por parte 
do Estado somente existirá caso seja comprovada a existência da culpa 
administrativa (ou culpa anônima), que decorre de uma das três formas 
possíveis de falta do serviço público: 
a) Inexistência do serviço. 
b) Mau funcionamento do serviço. 
c) Retardamento do serviço. 
2.3.1. Atenção! Esta teoria ainda é adotada em algumas situações, como no 
caso de omissão administrativa, em que se faz necessário comprovar 
que o Estado não agiu onde deveria ter atuado. 
2.4. A teoria do risco administrativo é a adotada pelo Brasil. Segundo ela, o Estado 
é obrigado a indenizar independentemente da existência de culpa. Basta que 
haja o fato do serviço (que é atuação do Estado geradora de um dano) e o 
nexo de causalidade entre o fato e o dano ocorrido. 
2.4.1. Amigos, para entendermos bem: O nome “risco administrativo” 
significa que o próprio Estado é quem assume o risco de possíveis danos 
em suas atividades. 
2.4.2. Assim, por essa teoria, o particular lesado não precisa comprovar a 
culpa do agente. 
2.4.3. Basta demonstrar o fato, o dano e nexo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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2.4.4. O risco administrativo serve de fundamento para a chamada 
responsabilidade objetiva do Estado. 
2.4.5. Atenção! O Estado, porém, pode se eximir da obrigação de indenizar, 
caso comprove culpa exclusiva do particular, a força maior ou o caso 
fortuito. Também, pode ter atenuada sua obrigação, caso demonstre a 
existência de culpa concorrente do particular. 
2.5. Pela teoria do risco integral, se houver o evento danoso e o nexo causal, o 
Estado será obrigado a indenizar de qualquer forma, mesmo que o dano 
decorra de culpa exclusiva da vítima, caso fortuito ou força maior. Alguns 
doutrinadores afirmam que referida teoria foi adotada pelo Brasil nos casos 
de ataques terroristas e atos de guerra a aeronaves brasileiras (Lei 
10.744/2003), substância nuclear (CF, art. 21, XXII, “d”) e dano ambiental (Lei 
6.938/1981, art. 14, §1º). 
 
Responsabilidade do Estado 
É civil e extracontratual 
Gera obrigação de reparar 
os danos causados a 
terceiros 
Advém de comportamentos 
lícitos ou ilícitos, omissivos 
ou comissivos 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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3. Responsabilidade objetiva: O art. 37, §6º, da CF, regula a responsabilidade objetiva 
da administração, na modalidade risco administrativo. 
As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos 
casos de dolo ou culpa. 
3.1. O dispositivo constitucional em questão se aplica a todas as pessoas de direito 
público (administração direta, autarquias e fundações públicas de direito 
público) e a todas as pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviços públicos (empresas públicas e sociedades de economia mista 
prestadoras de serviços públicos, concessionárias, permissionárias e 
autorizatárias). 
3.1.1. Exemplo: INSS (autarquia), Correios (empresa pública prestadora de 
serviço público). 
3.2. Atenção! Referido dispositivo constitucional não incluiu as empresas públicas 
e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômicas 
(Banco do Brasil e Petrobrás, por exemplo), que são regidas pelo Direito Civil. 
3.3. A responsabilidade objetiva, regra geral, somente se aplica à hipótese de 
danos causados pelo Estado por meio da atuação comissiva de seus agentes. 
3.3.1. Dentro da expressão “agentes” estão os servidores públicos 
estatutários, bem como os empregados de entidades de direito privado 
prestadoras de serviço público. 
3.3.2. Para configurar a responsabilidade civil do Estado é imprescindível 
que o ato danoso seja praticado pelo agente público na qualidade de 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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agente público, ainda que ele esteja atuando ilicitamente ou fora de sua 
competência legal. 
3.3.3. Ou seja, amigos, é preciso que o agente esteja (ou aparente estar) 
atuando no âmbito de suas atribuições. Assim, se um policial à paisana, 
em suasférias, vier a causar dano a terceiros, não haverá 
responsabilidade estatal. Porém, se esse policial estiver fardado, ainda 
que esteja num dia de folga, e causar danos a alguém, o Estado será 
responsável. 
3.3.3.1. Cuidado aqui, pessoal! Os danos causados por agentes de fato 
(como, por exemplo, um servidor que ingressou por erro da 
comissão do concurso) são indenizáveis pelo Estado. O fundamento 
aqui é que a Administração permitiu ou não impediu em tempo a 
atuação do agente de fato. 
3.3.3.2. Porém, imagem que alguém, simulando ser um policial, venha, 
numa falsa blitz, a causar danos a terceiros. Nesse caso, não há 
responsabilidade estatal. 
3.4. Há responsabilidade civil objetiva das empresas que prestam serviço público 
mesmo em relação aos danos que sua atuação cause a terceiros não usuários 
do serviço público (STF/2009). Pode vir na prova! 
3.5. Nas hipóteses de pessoas ou coisas sob custódia do Estado, haverá 
responsabilidade objetiva deste (culpa presumida), mesmo que o dano não 
decorra de uma atuação comissiva direta de um de seus agentes. 
3.5.1. Exemplo: um preso mata o outro. Somente não caberá indenização 
se ficar comprovada a ocorrência de alguma excludente da 
responsabilidade estatal (caso fortuito ou força maior). 
 
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3.6. Atenção para o concurso! Vamos enfatizar: A responsabilidade da 
Administração fica excluída na hipótese de ser demonstrada culpa exclusiva 
do particular que sofreu o dano. A prova, entretanto, é ônus da 
Administração. O caso fortuito e a força maior também são considerados 
excludentes da responsabilidade civil do Estado. 
3.7. O §6º, do art. 37, da CF, dispõe que as pessoas jurídicas responsáveis pela 
indenização do dano podem cobrar do agente o valor pago. Trata-se da 
chamada ação regressiva, que exige a comprovação do dolo ou da culpa do 
agente público. Tal comprovação é ônus da pessoa jurídica que arcou com a 
indenização ao terceiro lesado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsabilidade objetiva do Estado 
Abrange todas as pessoas jurídicas de direito público, 
pouco importando a atividade exercida. 
Abrange as pessoas jurídicas de direito privado, mas 
somente aquelas que prestam serviços públicos. 
Os agentes públicos tem de estar agindo nessa 
qualidade, ou seja, na condição de agentes públicos 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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4. Responsabilidade subjetiva: A jurisprudência e a doutrina entendem que nos casos 
de danos ensejados por omissão do Poder Público, a responsabilidade do Estado é 
subjetiva, embasada na teoria da culpa administrativa. A pessoa que sofreu o dano 
tem que provar que houve falta, deficiência ou atraso na prestação de um serviço 
que deveria ter sido prestado pelo Estado e o nexo causal entre esta omissão e o 
dano. 
4.1. No entanto, a culpa administrativa não precisa ser individualizada, isto é, não 
precisa ser provada culpa (negligência, imprudência ou imperícia) de um 
agente determinado. É suficiente a comprovação do nexo de causalidade 
entre o dano e a omissão estatal. 
4.2. Nos danos decorrentes de caso fortuito ou de força maior ou de “atos de 
terceiros”, sem que exista alguma conduta comissiva da Administração 
Pública, esta somente poderá ser responsabilizada se tiver concorrido 
diretamente, com sua omissão, para o surgimento do dano, por haver 
deixado de prestar adequadamente um serviço de que estivesse incumbida, 
isto é, caso se comprove que a adequada prestação de serviço estatal 
obrigatório teria evitado ou reduzido o resultado danoso. 
4.2.1. Exemplo: Alagamento de uma via púbica em razão do entupimento 
dos bueiros. Caso fique comprovado que o Poder Público não tomou as 
medidas preventivas que lhe cabia para evitar ou atenuar os danos 
provocados pela enchente, haverá responsabilidade na modalidade 
culpa administrativa. 
4.2.2. Obviamente, se o dano advier, de forma exclusiva, de ato de terceiros 
ou de fenômenos naturais, sem omissão culposa por parte da 
Administração, esta não estará obrigada a pagar qualquer indenização. 
 
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4.3. Há, porém, situações em que, mesmo diante de omissão, o Estado responde 
objetivamente. Trata-se das hipóteses de danos sofridos por pessoas ou 
coisas que se encontrem legalmente sob custódia do Estado. 
4.3.1. Exemplo: Presidiário assassinado dentro da cadeia. Não é preciso 
comprovar a culpa do Estado, pois houve omissão específica, a de 
garantir a vida da pessoa custodiada. 
 
5. Atos administrativos dos Poderes da União: Amigos, a regra geral é de que o Estado 
responde civilmente pelos prejuízos ocasionados em função de atos 
administrativos, sejam os praticados pelo executivo, sejam aqueles advindos do 
legislativo ou do judiciário. 
 
6. Quanto aos atos legislativos, estes, em regra, não acarretam responsabilidade 
extracontratual para o Estado. 
6.1. A doutrina e a jurisprudência, entretanto, reconhecem a possibilidade de atos 
legislativos ensejarem responsabilidade civil do Estado em duas situações: 
a) Edição de leis inconstitucionais. Depende de declaração de 
inconstitucionalidade pelo STF. 
b) Edição de leis de efeitos concretos, que são aquelas que possuem 
destinatários certos, determinados. 
 
7. Em relação aos atos judiciais, ou seja, aqueles praticados pelo juiz na sua função 
típica, a regra geral também é a da irresponsabilidade do Estado. Mas existem 
situações específicas: 
 
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7.1. Atos administrativos (não jurisdicionais) praticados pelo juiz e pelos demais 
órgãos de apoio do Poder Judiciário: responsabilidade objetiva da 
Administração (art. 37, §6º, da CF). 
7.2. Área criminal: “o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim 
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença” (art. 5º, LXXV, CF) 
– responsabilidade objetiva do Estado. 
7.2.1. Mas atenção para as Prisões preventivas! O decreto judicial de prisão 
preventiva não se confunde com o erro judiciário, mesmo que o réu, ao 
final da ação penal, venha a ser absolvido. Portanto, não enseja 
responsabilidade do Estado. 
7.3. De acordo com o art. 133 do CPC, se o magistrado agir com dolo ou fraude no 
exercício de suas atribuições, bem como se recusar, omitir ou retardar, sem 
motivo justo, a adoção de providências, responderá pessoalmente. Nesse 
caso, não há responsabilidade civil do Estado. 
 
8. Pessoa, para a prova, há outro assunto relevante, que envolve a responsabilidade 
por danos de obras públicas. Vejamos a seguir os pontos que podem ser cobrados: 
8.1. Danos de obra pública: São os seguintes: 
a) Dano causado pelo só fato da obra: responsabilidade objetiva, na modalidade 
do risco administrativo, independentemente de quem esteja executando a obra 
(Administração, diretamente, ou particular contratado). 
b) Dano causado por má execução da obra: se a obra está sendo executada 
diretamente pela Administração, esta responde objetivamente; se a obra está 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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sendo realizada por um particular contratado, este só responde se tiver atuado 
com dolo ou culpa (responsabilidade subjetiva). 
 
9. Ação de reparação de dano: A reparação do dano causado pela Administração ao 
particular poderá dar-se amigavelmente ou por meio de ação de indenização 
movida por este contra aquela. 
9.1. O particular que sofreu o dano praticado pelo agente deverá, pois, intentar 
ação de indenização em face da Administração Pública, e não contra o agente 
causador do dano. A pessoa que sofreu o dano não pode ajuizar a ação de 
indenização simultaneamente contra a pessoa jurídica e o agente público, em 
litisconsórcio. Esta é a regra geral e a posição do STF. 
9.2. Porém, há doutrina em sentido contrário (José dos Santos e Celso Antônio). 
Assim, para a prova, a dica é observar o enunciado da questão: 
a) Se esta for genérica ou se citar o STF, considere que a açãosomente pode 
ser proposta em face do Estado. 
b) Porém, se citar a doutrina, considere que a ação pode ser proposta tanto 
em face do Estado quanto em face do agente. 
9.3. Na ação de indenização, bastará ao particular demonstrar a relação direta de 
causa e consequência entre o fato lesivo e o dano, bem como o valor moral 
ou patrimonial desse dano (danos emergentes e lucros cessantes). 
9.3.1. A Administração ficará eximida da obrigação de reparar, se 
comprovar que a culpa total foi do particular, ou terá sua obrigação 
atenuada, se comprovar que houve culpa recíproca. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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9.4. De acordo com a jurisprudência do STJ, o prazo prescricional para 
ajuizamento da ação de indenização contra o Estado é de 5 anos. 
9.4.1. Amigos, há precedentes jurisprudenciais no âmbito do STF e STJ 
quanto à imprescritibilidade das indenizações oriundas de atos de 
perseguição, tortura e prisão, praticados durante a ditadura militar. 
 
10. Ação regressiva: O § 6º, do art. 37, da Constituição Federal, autoriza a ação 
regressiva da Administração contra o agente cuja atuação acarretou o dano, desde 
que seja comprovado dolo ou culpa na atuação do agente. Para tanto, a entidade 
pública deverá comprovar já ter sido condenada a indenizar. 
10.1. A obrigação de ressarcir a Administração, em ação regressiva, transmite-se 
aos sucessores do agente responsável pelo dano. 
10.2. A ação regressiva pode ser ajuizada mesmo depois de ter sido alterado ou 
extinto o vínculo entre o servidor e a Administração. 
10.3. Atenção! As ações regressivas são imprescritíveis. Aplica-se, no caso, o 
disposto no art. 37, §5º, da CF, segundo o qual: 
A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as 
respectivas ações de ressarcimento. 
10.4. As ações de ressarcimento ao erário movidas pelo Estado contra agentes que 
tenham praticados ilícitos dos quais decorram prejuízos aos cofres públicos 
são imprescritíveis. Em se tratando de empregados de pessoas jurídicas de 
direito privado, o prazo é de 3 anos. 
 
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10.5. De acordo com a Lei 4.619/1965, o prazo para ajuizamento da ação regressiva 
é de 60 dias a partir da data em que transitar em julgado a condenação 
imposta à Fazenda. 
10.5.1. Todavia, alguns doutrinadores, em como o STJ em alguns julgados, 
entendem que o direito de regresso do Estado em relação ao agente 
público surge com o pagamento da indenização. Em outras palavras, não 
bastaria o trânsito em julgado da sentença condenatória, sendo 
necessário, para que o interesse jurídico na ação regressiva reste 
demonstrado, o efetivo desembolso da indenização. Caso contrário, 
poderia haver o enriquecimento ilícito por parte do Estado. 
10.5.2. Para a prova, a dica é guardar a regra geral (do trânsito em julgado). 
Somente se houver citação da jurisprudência é que se deve considerar 
que o direito de regresso está vinculado ao efetivo pagamento da 
indenização pelo Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) Mapa mental 
 
 
 
 
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d) Revisão 1 
 
QUESTÃO 1 – FCC – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – 2017 
Suponha que tenha ocorrido o rompimento de uma adutora de empresa prestadora de 
serviço público de saneamento básico, causando prejuízos materiais a diversas famílias que 
residem na localidade, as quais buscaram a responsabilização civil da empresa objetivando 
a reparação dos danos sofridos. De acordo com o regramento constitucional aplicável, 
referida empresa 
a) será responsável pelos danos sofridos pelos moradores desde que comprovada culpa dos 
agentes encarregados pela operação ou falha na prestação do serviço. 
b) sujeita-se, sendo pública ou privada, à responsabilização subjetiva, baseada na teoria da 
culpa administrativa. 
c) não poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados, eis que, em se tratando de 
responsabilidade subjetiva, o caso fortuito seria excludente da responsabilidade. 
d) sujeita-se, ainda que concessionária privada de serviço público, à responsabilização 
objetiva, que admite, em certas hipóteses, algumas causas excludentes de responsabilidade, 
como força maior. 
e) somente estará sujeita à responsabilização objetiva se for uma empresa pública, 
aplicando-se a teoria do risco administrativo. 
 
QUESTÃO 2 – FGV – SEPOG-RO – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E FINANÇAS – 2017 
Determinado ente federativo passou a figurar no polo passivo de uma ação civil de 
reparação de danos, sob o argumento de que Pedro, servidor público do referido ente, no 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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exercício da função, ao conduzir o veículo de um órgão estadual, atropelara e dera causa à 
morte de Maria. Apesar disso, existiam provas robustas de que Pedro cumprira 
integralmente as normas de trânsito e o acidente decorrera do comportamento inadequado 
de Maria. 
À luz da narrativa acima, na seara afeta à responsabilidade civil do Estado por atos 
comissivos, mais especificamente em relação à possibilidade de o comportamento de Maria 
afastar o dever de indenizar, a teoria adotada pela Constituição da República é a 
a) do risco integral, não sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da vítima. 
b) do risco administrativo, sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da 
vítima. 
c) da culpa, sendo o dever de indenizar influenciado pela culpa, tanto do agente público 
como da vítima. 
d) da falta administrativa, não sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da 
vítima. 
e) do risco social baseada na culpa do agente, sendo o dever de indenizar afastado pela 
culpa exclusiva da vítima. 
 
QUESTÃO 3 – FGV – TRT - 12ª REGIÃO (SC) – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL - 2017 
Em matéria de controle da administração, o Conselho Nacional de Justiça é considerado 
órgão de controle: 
a) externo, pois tem em sua composição vários membros que não fazem parte do Poder 
Judiciário e está ligado diretamente ao Poder Executivo; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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b) administrativo, pois exerce a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial do Poder Judiciário com auxílio do Tribunal de Contas; 
c) legislativo, eis que seus membros são nomeados pelo Presidente da República, depois de 
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal; 
d) interno do Poder Judiciário, ao qual compete o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do Ministério Público; 
e) interno do Poder Judiciário, ao qual compete o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
 
QUESTÃO 4 – CESPE – SEDF – CONHECIMENTOS BÁSICOS - CARGOS 27 A 35 – 2017 
João, servidor público ocupante do cargo de motorista de determinada autarquia do DF, 
estava conduzindo o veículo oficial durante o expediente quando avistou sua esposa no 
carro de um homem. Imediatamente, João dolosamente acelerou em direção ao veículo do 
homem, provocando uma batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, 
ingressou com ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais 
sofridos. A autarquia instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para 
apurar suposta violação de dever funcional. 
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
A autarquia tem direito de regresso contra João. 
 
QUESTÃO 5 – CESPE – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL– 2017 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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Com referência à organização administrativa, ao controle dos atos da administração pública 
e ao entendimento jurisprudencial acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item 
a seguir. 
É objetivaa responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviços públicos em relação a terceiros, usuários ou não do serviço, podendo, ainda, o 
poder concedente responder subsidiariamente quando o concessionário causar prejuízos e 
não possuir meios de arcar com indenizações. 
 
QUESTÃO 6 – CESPE – PGE-AM – Procurador do Estado – 2016 
Um motorista alcoolizado abalroou por trás viatura da polícia militar que estava 
regularmente estacionada. Do acidente resultaram lesões em cidadão que estava retido 
dentro do compartimento traseiro do veículo. Esse cidadão então ajuizou ação de 
indenização por danos materiais contra o Estado, alegando responsabilidade objetiva. O 
procurador responsável pela contestação deixou de alegar culpa exclusiva de terceiro e não 
solicitou denunciação da lide. O corregedor determinou a apuração da responsabilidade do 
procurador, por entender que houve negligência na elaboração da defesa, por acreditar que 
seria útil à defesa do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Foi correto o corregedor quanto ao entendimento de que seria útil à defesa do poder público 
alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente, uma vez que, provada, ela pode 
excluir ou atenuar o valor da indenização. 
 
QUESTÃO 7 – FGV – MPE-RJ – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PROCESSUAL – 2016 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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Funcionários de sociedade empresária concessionária do serviço público municipal de 
coleta e tratamento de esgoto e fornecimento de água potável realizavam conserto em um 
bueiro localizado em via pública. Durante o reparo, um forte jato de água atingiu Fernanda, 
transeunte que caminhava pela calçada, ocasionando sua queda que resultou em fratura do 
fêmur. No caso em tela, a indenização devida a Fernanda deve ser suportada: 
a) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil subjetiva, 
sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários; 
b) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil objetiva, sendo 
prescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários; 
c) pelo Município, diretamente, na qualidade de poder concedente, que tem 
responsabilidade civil subjetiva, sendo prescindível a comprovação da culpa ou dolo dos 
seus funcionários da concessionária; 
d) pelo Município e pela sociedade empresária concessionária, de forma solidária, que têm 
responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo dos 
funcionários da concessionária; 
e) pelos funcionários responsáveis pelo dano, diretamente, que têm responsabilidade civil 
objetiva, sendo prescindível a comprovação de terem atuado com culpa ou dolo. 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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e) Revisão 2 
 
QUESTÃO 8 – FGV – IBGE – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – 
2016 
Mariano, motorista de fundação pública federal de direito público, conduzia com as cautelas 
necessárias veículo oficial da entidade levando documentação de repartição regional para a 
sede da fundação. No meio do trajeto, o veículo foi abalroado por um motociclista que 
conduzia sua moto na contramão da direção e em velocidade acima do permitido para a via. 
O motociclista sofreu lesões corporais graves em razão do acidente, mas felizmente Mariano 
saiu ileso do episódio. No caso em tela, em matéria de indenização em favor do motociclista: 
a) afasta-se a responsabilidade civil administrativa da fundação pública, eis que não ficou 
comprovado dolo ou culpa de seu agente Mariano; 
b) afasta-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, eis que ficou comprovada 
a culpa exclusiva da vítima (motociclista), fato que rompe o nexo causal; 
c) aplica-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, não havendo necessidade 
de comprovação do dolo ou culpa de Mariano, devendo a fundação reparar os danos; 
d) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, não havendo necessidade 
de comprovação do dolo ou culpa do motorista, devendo a fundação reparar os danos; 
e) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, em razão da teoria do 
risco administrativo, devendo a fundação reparar os danos. 
 
QUESTÃO 9 – CESPE – TCE-PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
- GESTÃO DE PESSOAS – 2016 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
23 
A respeito de reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e controle interno 
da administração pública, julgue o item seguinte. 
Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público não é 
extensível aos seus sucessores. 
 
QUESTÃO 10 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – 2015 
Dois Policiais Militares abordaram um adolescente que estava caminhando sozinho em via 
pública, sem qualquer indício de estar em situação flagrancial de ato infracional análogo a 
crime. Agindo com desnecessária agressividade física e moral, bem como com evidente 
arbitrariedade, os policiais revistaram o menor, o interrogaram e desferiram-lhe socos no 
rosto, tudo em movimentada avenida. Finda a abordagem, os militares estaduais liberaram 
o menor. Após orientação jurídica da Defensoria Pública, o menor ajuizou ação indenizatória 
com base na responsabilidade civil: 
a) objetiva e direta dos Policiais Militares, que arcarão diretamente com a reparação pelos 
danos morais que causaram ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo; 
b) subjetiva e solidária dos Policiais Militares e do Estado, que arcarão com a reparação pelos 
danos morais causados ao menor, mediante a comprovação de terem agido com culpa ou 
dolo; 
c) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, independentemente da comprovação de terem agido com dolo ou culpa, 
assegurado o direito de regresso em face dos agentes públicos; 
d) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado 
o direito de regresso em face dos agentes públicos; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
24 
e) subjetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado 
o direito de regresso em face dos agentes públicos. 
 
QUESTÃO 11 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – 2015 
Luísa, passageira no ônibus da linha 123, da concessionária EW LTDA, sofreu uma concussão 
na cabeça após o choque sofrido contra o banco da frente onde estava sentada. O ocorrido 
deveu-se a freada brusca realizada pelo motorista que conduzia o veículo e, 
simultaneamente, conversava por mensagens de texto através de um aplicativo para 
celulares. Pode-se afirmar, quanto ao ocorrido, que: 
a) a concessionária não responde diretamente, pois é flagrante a culpa do motorista, efetivo 
causador dos danos; 
b) a responsabilidade civil da concessionária será apurada mediante a verificação de culpa, 
pois se trata de ato ilícito; 
c) a EW LTDA, embora seja concessionária de serviço público, por sua culpa in eligendo, 
exclui a responsabilidade civil do Estado; 
d) a concessionária, fornecedora de serviço público, responderá objetivamente pelos danos 
decorrentes do seu empreendimento; 
e) o Estado, como poder cedente, poderá ser demandado na via da responsabilidade civil 
objetiva, por sua culpa in contrahendo. 
 
QUESTÃO 12 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2015 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
25 
Apesar das sucessivas solicitações formuladas pelos moradores de uma determinada 
localidade, o Estado deixou de reforçar a segurança no local.Em razão dessa omissão, foi 
praticado novo ilícito em detrimento de um morador, o que lhe causou danos patrimoniais. 
Nesse caso, é correto afirmar que eventual responsabilidade do Estado será de natureza: 
a) objetiva, desde que demonstrado que o dano decorreu da omissão dos seus agentes; 
b) subjetiva, o que exige a prévia condenação do agente público omisso; 
c) objetiva, o que pressupõe a demonstração da culpa do agente público e o nexo de 
causalidade; 
d) subjetiva, sendo necessário demonstrar o elemento subjetivo do agir; 
e) objetiva, o que significa dizer que deve ser analisada, apenas, possível culpa da vítima. 
 
QUESTÃO 13 – FGV – PREFEITURA DE NITERÓI - RJ – FISCAL DE TRIBUTOS - 2015 
Ronaldo deu entrada em hospital municipal com quadro de dengue, mas demorou mais de 
dezoito horas para ser atendido. Ficou comprovado pela perícia que, exclusivamente em 
razão da omissão específica em seu atendimento médico, Ronaldo contraiu infecção 
hospitalar e sofreu grave hemorragia. Após obter alta, o paciente ingressou com ação em 
face do Município, comprovando os danos materiais e morais que sofreu, e obteve 
indenização com base na responsabilidade civil: 
a) objetiva do Município, na qual é prescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
b) objetiva do Município, na qual é imprescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
26 
c) subjetiva do Município, na qual é imprescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
d) subjetiva do Município, na qual é prescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
e) subjetiva do Município, na qual é irrelevante a ocorrência da omissão específica, do nexo 
causal e do dolo ou culpa, bastando ao autor comprovar o dano. 
 
QUESTÃO 14 – FGV – PREFEITURA DE NITERÓI - RJ – CONTADOR – 2015 
Fernando conduzia seu veículo na contramão da direção e colidiu com um ônibus de 
sociedade empresária concessionária do serviço público de transporte coletivo de 
passageiros. Inconformado com os danos materiais que sofreu, Fernando ajuizou ação 
pleiteando indenização, sendo certo que, no curso da instrução probatória, restou 
comprovada a sua culpa exclusiva. No caso em tela, o pedido feito por Fernando na ação 
deverá ser julgado: 
a) procedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil objetiva, na qual não há 
necessidade de se demonstrar o nexo causal entre a conduta e o resultado danoso; 
b) procedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil subjetiva, na qual não há 
necessidade de se demonstrar o elemento subjetivo do condutor do coletivo da 
concessionária; 
c) improcedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil subjetiva e Fernando 
deveria ter comprovado o elemento subjetivo do condutor do coletivo da concessionária; 
d) improcedente, porque, apesar de se tratar, em tese, de responsabilidade civil subjetiva, 
Fernando não comprovou que o resultado danoso adveio de conduta ilícita do motorista do 
ônibus; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
27 
e) improcedente, porque, apesar de se tratar, em tese, de responsabilidade civil objetiva, o 
nexo causal foi rompido em razão da culpa exclusiva da vítima, Fernando. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
28 
f) Revisão 3 
 
QUESTÃO 15 – FGV – PREFEITURA DE CUIABÁ – MT – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 
BACHAREL EM DIREITO – 2015 
Sobre responsabilidade Civil do Estado, assinale a afirmativa correta. 
a) A característica fundamental da responsabilidade objetiva é a necessidade de restar 
comprovada, pelo lesado, a culpa do agente ou do serviço pelo fato administrativo. 
b) O Estado somente causa danos aos particulares por atos comissivos. 
c) O Estado é sempre o responsável por tudo o que acontece no meio social, segundo a 
teoria da responsabilidade objetiva. 
d) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 
e) A culpa exclusiva da vítima não é causa excludente da responsabilidade estatal. 
 
QUESTÃO 16 – FGV – TCE-RJ – AUDITOR SUBSTITUTO – 2015 
Acerca da responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto afirmar que: 
a) há responsabilidade do Estado por danos causados a particulares decorrentes de lei 
declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário; 
b) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público 
pressupõe a existência de falha na prestação do serviço; 
c) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer danos decorrentes de condutas das 
concessionárias e permissionárias de serviços públicos; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
29 
d) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra seus agentes que, agindo no horário 
de trabalho, tenham intencionalmente dado causa a danos a terceiros; 
e) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser proporcional ao grau de culpabilidade 
do agente estatal causador do dano. 
 
QUESTÃO 17 – FGV – DPE-MT – ADVOGADO – 2015 
Sobre a responsabilidade civil do Estado, analise as afirmativas a seguir. 
I. A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados a terceiros somente restará 
configurada diante de atos ilícitos. 
II. A expressa previsão, em nosso ordenamento, da responsabilidade objetiva do Estado 
impede a utilização do caso fortuito ou da culpa da vítima como causas excludentes da 
responsabilidade. 
III. A responsabilidade objetiva do Estado não dispensa a demonstração do nexo de 
causalidade entre a ação ou omissão estatal e o dano causado. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
30 
QUESTÃO 18 – CESPE – TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS - CARGOS 1, 18, 19, 37 E 38 – 
2016 
Com relação à responsabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e ao controle da 
administração pública, julgue o item subsequente. 
Situação hipotética: O motorista de determinado veículo particular, não tendo respeitado o 
sinal vermelho do semáforo, provocou a colisão entre o veículo que dirigia e um veículo 
oficial do TCE/PA que estava estacionado em local proibido. 
Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será atenuado ante 
a existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva 
do tipo risco administrativo. 
 
QUESTÃO 19 – FCC – SEGEP-MA – PROCURADOR DO ESTADO – 2016 
Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave de matrícula 
brasileira, operada por empresa brasileira de transporte aéreo público, causando mortes e 
ferimentos em diversos passageiros. Esclareça-se que a aeronave decolou de aeroporto 
brasileiro e a explosão ocorreu por ocasião da chegada ao destino, em solo norte-americano, 
sendo que diversas vítimas haviam embarcado em escala no México. Em vista de tal situação 
e nos termos da legislação brasileira, 
a) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora do serviço de 
transporte aéreo público, somente havendo responsabilidade estatal em caráter 
subsidiário. 
b) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no 
território nacional são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos 
serviços públicos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
31 
c) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que 
embarcaram em solo brasileiro, caracterizada,no caso, a responsabilidade subjetiva por 
culpa do serviço, em razão da falha na prestação do serviço de segurança aeroportuária. 
d) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito, circunstância 
excludente de responsabilidade, haja vista a inexistência de nexo causal entre o evento 
danoso e a conduta das autoridades estatais. 
e) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que tenham 
sofrido danos corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência do atentado. 
 
QUESTÃO 20 – FGV – TRT - 8ª REGIÃO (PA E AP) – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – 
2016 
Marcos, motorista de um ônibus de transporte público de passageiros de determinado 
município, ao conduzir o veículo, por sua culpa, atropelou e matou João. A família da vítima 
ingressou com uma ação de indenização contra o município e a concessionária de transporte 
público municipal, que administra o serviço. Citada, a concessionária municipal denunciou à 
lide Marcos, por entender que ele deveria ser responsabilizado, já que fora o causador do 
dano. O município alegou ilegitimidade passiva e ausência de responsabilidade no caso. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta conforme o entendimento 
doutrinário e jurisprudencial relativamente à responsabilidade civil do Estado. 
a) A denunciação à lide, no caso, não será obrigatória para se garantir o direito de regresso 
da concessionária contra Marcos. 
b) A culpa exclusiva ou concorrente da vítima afasta a responsabilidade civil objetiva da 
concessionária. 
c) A reparação civil do dano pelo município sujeita-se ao prazo prescricional de vinte anos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
32 
d) A responsabilidade civil da concessionária, na hipótese, será subjetiva, pois João não era 
usuário do serviço público de transporte coletivo. 
e) A responsabilidade civil do município, no caso, será objetiva, primária e solidária. 
 
QUESTÃO 21 – FCC – TRT - 23ª REGIÃO (MT) – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
– 2016 
Considere a seguinte situação hipotética: em determinado Município do Estado do Mato 
Grosso houve grandes deslizamentos de terras provocados por fortes chuvas na região, 
causando o soterramento de casas e pessoas. O ente público foi condenado a indenizar as 
vítimas, em razão da ausência de sistema de captação de águas pluviais que, caso existisse, 
teria evitado o ocorrido. Nesse caso, a condenação está 
a) correta, tratando-se de típico exemplo da responsabilidade disjuntiva do Estado. 
b) incorreta, por ser hipótese de exclusão da responsabilidade em decorrência de fator da 
natureza. 
c) correta, haja vista a omissão estatal, aplicando-se a teoria da culpa do serviço público. 
d) correta, no entanto, a responsabilidade estatal, no caso, deve ser repartida com a da 
vítima. 
e) incorreta, haja vista que o Estado somente responde objetivamente, e, no caso narrado, 
não se aplica tal modalidade de responsabilidade. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
33 
g) Normas utilizadas 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL (Art. 5º, LXXV, art. 37, § § 6º e 5º, e 21, XXII, “d”)) 
 
Art. 5º 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso 
além do tempo fixado na sentença. 
 
Art. 21 Compete à União: 
XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer 
monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a 
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os 
seguintes princípios e condições: 
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins 
pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional; 
b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de 
radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais; 
c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de 
radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas; 
d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa; 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
34 
Art. 37 
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer 
agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas 
ações de ressarcimento. 
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de 
serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, 
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa. 
 
LEI 4.619/1965 (Art. 2º) 
Art. 2º O prazo para ajuizamento da ação regressiva será de sessenta dias a partir da 
data em que transitar em julgado a condenação imposta à Fazenda. 
 
LEI 6.938/1981 (Art. 14, §1º) 
Art. 14 
§ 1º - Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor 
obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos 
causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério 
Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade 
civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente. 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
35 
LEI 10.744/2003 (Art. 5º) 
Art. 5º Fica a União autorizada a emitir títulos de responsabilidade do Tesouro Nacional, 
cujas características serão definidas pelo Ministro de Estado da Fazenda, para atender 
eventuais despesas de responsabilidades civis perante terceiros na hipótese da 
ocorrência de danos a bens e pessoas, passageiros ou não, provocados por atentados 
terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos, contra aeronaves de matrícula 
brasileira operadas por empresas brasileiras de transporte aéreo público, excluídas as 
empresas de táxi aéreo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
36 
h) Gabarito 
1 2 3 4 5 
D B E CERTO CERTO 
6 7 8 9 10 
CERTO B B ERRADO C 
11 12 13 14 15 
D D A E D 
16 17 18 19 20 
A C CERTO E A 
21 
C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
37 
i) Breves comentários às questões 
 
QUESTÃO 1 – FCC – TRE-SP – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – 2017 
Suponha que tenha ocorrido o rompimento de uma adutora de empresa prestadora de 
serviço público de saneamento básico, causando prejuízos materiais a diversas famílias que 
residem na localidade, as quais buscaram a responsabilização civil da empresa objetivando 
a reparação dos danos sofridos. De acordo com o regramento constitucional aplicável, 
referida empresa 
a) será responsável pelos danos sofridos pelos moradores desde que comprovada culpa dos 
agentes encarregados pela operação ou falha na prestação do serviço. 
b) sujeita-se, sendo pública ou privada, à responsabilização subjetiva, baseada na teoria da 
culpa administrativa. 
c) não poderá ser responsabilizada pelos prejuízos causados, eis que, em se tratando de 
responsabilidade subjetiva, o caso fortuito seria excludente da responsabilidade. 
d) sujeita-se, ainda que concessionária privada de serviço público, à responsabilização 
objetiva, que admite, em certas hipóteses, algumas causas excludentes de responsabilidade, 
como força maior. 
e) somente estará sujeita à responsabilização objetiva se for uma empresa pública, 
aplicando-se a teoria do risco administrativo. 
Comentários: A empresa, pública ou privada, prestadora de serviços públicos responde de 
forma objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Assim, 
não é necessária a comprovação da culpa ou dolo de seus empregados. A responsabilidade, 
entretanto, poderá ser afastada em algumas hipóteses, como no caso de força maior. Assim, 
está correta a alternativa “d”. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
38 
Gabarito: D 
 
QUESTÃO 2 –FGV – SEPOG-RO – ANALISTA DE PLANEJAMENTO E FINANÇAS – 2017 
Determinado ente federativo passou a figurar no polo passivo de uma ação civil de 
reparação de danos, sob o argumento de que Pedro, servidor público do referido ente, no 
exercício da função, ao conduzir o veículo de um órgão estadual, atropelara e dera causa à 
morte de Maria. Apesar disso, existiam provas robustas de que Pedro cumprira 
integralmente as normas de trânsito e o acidente decorrera do comportamento inadequado 
de Maria. 
À luz da narrativa acima, na seara afeta à responsabilidade civil do Estado por atos 
comissivos, mais especificamente em relação à possibilidade de o comportamento de Maria 
afastar o dever de indenizar, a teoria adotada pela Constituição da República é a 
a) do risco integral, não sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da vítima. 
b) do risco administrativo, sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da 
vítima. 
c) da culpa, sendo o dever de indenizar influenciado pela culpa, tanto do agente público 
como da vítima. 
d) da falta administrativa, não sendo o dever de indenizar afastado pela culpa exclusiva da 
vítima. 
e) do risco social baseada na culpa do agente, sendo o dever de indenizar afastado pela 
culpa exclusiva da vítima. 
Comentários: A Constituição da República adota a teoria do risco administrativo (art. 37, § 
6º). Segundo ela, o Estado é obrigado a indenizar independente da existência de culpa. Basta 
que haja o fato do serviço e o nexo de causalidade entre o fato e o dano ocorrido. O Estado, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
39 
porém, pode se eximir da obrigação de indenizar, caso comprove culpa exclusiva do 
particular, ou pode ter atenuada sua obrigação, caso comprove culpa concorrente do 
particular. 
Gabarito: B 
 
QUESTÃO 3 – FGV – TRT - 12ª REGIÃO (SC) – ANALISTA JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA 
AVALIADOR FEDERAL - 2017 
Em matéria de controle da administração, o Conselho Nacional de Justiça é considerado 
órgão de controle: 
a) externo, pois tem em sua composição vários membros que não fazem parte do Poder 
Judiciário e está ligado diretamente ao Poder Executivo; 
b) administrativo, pois exerce a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial do Poder Judiciário com auxílio do Tribunal de Contas; 
c) legislativo, eis que seus membros são nomeados pelo Presidente da República, depois de 
aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal; 
d) interno do Poder Judiciário, ao qual compete o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do Ministério Público; 
e) interno do Poder Judiciário, ao qual compete o controle da atuação administrativa e 
financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes. 
Comentários: O Conselho Nacional de Justiça é um órgão de controle interno do Poder 
Judiciário (não abrange o Ministério Público). 
Gabarito: E 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
40 
QUESTÃO 4 – CESPE – SEDF – CONHECIMENTOS BÁSICOS - CARGOS 27 A 35 – 2017 
João, servidor público ocupante do cargo de motorista de determinada autarquia do DF, 
estava conduzindo o veículo oficial durante o expediente quando avistou sua esposa no 
carro de um homem. Imediatamente, João dolosamente acelerou em direção ao veículo do 
homem, provocando uma batida e, por consequência, dano aos veículos. O homem, então, 
ingressou com ação judicial contra a autarquia requerendo a reparação dos danos materiais 
sofridos. A autarquia instaurou procedimento administrativo disciplinar contra João para 
apurar suposta violação de dever funcional. 
No que se refere à situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. 
A autarquia tem direito de regresso contra João. 
Comentários: O item está correto, pois, tendo João agido com dolo, a autarquia tem direto 
de regresso contra ele, nos termos do § 6º, do art. 37, da Constituição Federal. 
Gabarito: CERTO 
 
QUESTÃO 5 – CESPE – DPU – DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL– 2017 
Com referência à organização administrativa, ao controle dos atos da administração pública 
e ao entendimento jurisprudencial acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue o item 
a seguir. 
É objetiva a responsabilidade das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de 
serviços públicos em relação a terceiros, usuários ou não do serviço, podendo, ainda, o 
poder concedente responder subsidiariamente quando o concessionário causar prejuízos e 
não possuir meios de arcar com indenizações. 
Comentários: As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
respondem pelos danos causados a terceiros, usuários ou não do serviço, de forma objetiva 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
41 
e primária. Entretanto, o Estado pode ser acionado de forma subsidiária, caso a 
concessionária não cumpra com a sua obrigação de indenizar. Assim, o item está correto. 
Gabarito: CERTO 
 
QUESTÃO 6 – CESPE – PGE-AM – Procurador do Estado – 2016 
Um motorista alcoolizado abalroou por trás viatura da polícia militar que estava 
regularmente estacionada. Do acidente resultaram lesões em cidadão que estava retido 
dentro do compartimento traseiro do veículo. Esse cidadão então ajuizou ação de 
indenização por danos materiais contra o Estado, alegando responsabilidade objetiva. O 
procurador responsável pela contestação deixou de alegar culpa exclusiva de terceiro e não 
solicitou denunciação da lide. O corregedor determinou a apuração da responsabilidade do 
procurador, por entender que houve negligência na elaboração da defesa, por acreditar que 
seria útil à defesa do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente. 
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item. 
Foi correto o corregedor quanto ao entendimento de que seria útil à defesa do poder público 
alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente, uma vez que, provada, ela pode 
excluir ou atenuar o valor da indenização. 
Comentários: A culpa exclusiva de terceiro é uma das excludentes da responsabilidade 
objetiva do Estado. Desse modo, o Corregedor tem razão. O item está correto 
Gabarito: CERTO 
 
QUESTÃO 7 – FGV – MPE-RJ – ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO - PROCESSUAL – 2016 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
42 
Funcionários de sociedade empresária concessionária do serviço público municipal de 
coleta e tratamento de esgoto e fornecimento de água potável realizavam conserto em um 
bueiro localizado em via pública. Durante o reparo, um forte jato de água atingiu Fernanda, 
transeunte que caminhava pela calçada, ocasionando sua queda que resultou em fratura do 
fêmur. No caso em tela, a indenização devida a Fernanda deve ser suportada: 
a) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil subjetiva, 
sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários; 
b) pela sociedade empresária concessionária, que tem responsabilidade civil objetiva, sendo 
prescindível a comprovação da culpa ou dolo de seus funcionários; 
c) pelo Município, diretamente, na qualidade de poder concedente, que tem 
responsabilidade civil subjetiva, sendo prescindível a comprovação da culpa ou dolo dos 
seus funcionários da concessionária; 
d) pelo Município e pela sociedade empresária concessionária, de forma solidária, que têm 
responsabilidade civil objetiva, sendo imprescindível a comprovação da culpa ou dolo dos 
funcionários da concessionária; 
e) pelos funcionários responsáveis pelo dano, diretamente, que têm responsabilidade civil 
objetiva, sendo prescindível a comprovação de terem atuado com culpa ou dolo. 
Comentários: As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
respondem de forma objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros. Assim, não é necessária a comprovação da culpa ou dolo dos empregados da 
concessionária. Vale lembrar,contudo, que é assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Gabarito: B 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
43 
QUESTÃO 8 – FGV – IBGE – ANALISTA - PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E DISCIPLINARES – 
2016 
Mariano, motorista de fundação pública federal de direito público, conduzia com as cautelas 
necessárias veículo oficial da entidade levando documentação de repartição regional para a 
sede da fundação. No meio do trajeto, o veículo foi abalroado por um motociclista que 
conduzia sua moto na contramão da direção e em velocidade acima do permitido para a via. 
O motociclista sofreu lesões corporais graves em razão do acidente, mas felizmente Mariano 
saiu ileso do episódio. No caso em tela, em matéria de indenização em favor do motociclista: 
a) afasta-se a responsabilidade civil administrativa da fundação pública, eis que não ficou 
comprovado dolo ou culpa de seu agente Mariano; 
b) afasta-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, eis que ficou comprovada 
a culpa exclusiva da vítima (motociclista), fato que rompe o nexo causal; 
c) aplica-se a responsabilidade civil objetiva da fundação pública, não havendo necessidade 
de comprovação do dolo ou culpa de Mariano, devendo a fundação reparar os danos; 
d) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, não havendo necessidade 
de comprovação do dolo ou culpa do motorista, devendo a fundação reparar os danos; 
e) aplica-se a responsabilidade civil subjetiva da fundação pública, em razão da teoria do 
risco administrativo, devendo a fundação reparar os danos. 
Comentários: A responsabilidade objetiva da Administração fica excluída na hipótese de ser 
demonstrada culpa exclusiva do particular que sofreu o dano. A prova, entretanto, é ônus 
da Administração. O caso fortuito e a força maior também são considerados excludentes da 
responsabilidade civil do Estado. Logo, no caso em tela, a fundação pública federal de direito 
público não será obrigada a indenizar o motociclista. 
Gabarito: B 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
44 
 
QUESTÃO 9 – CESPE – TCE-PA – AUDITOR DE CONTROLE EXTERNO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
- GESTÃO DE PESSOAS – 2016 
A respeito de reparação de danos, sindicância e processo administrativo, e controle interno 
da administração pública, julgue o item seguinte. 
Nos termos da lei, a obrigação de reparação de dano praticado por servidor público não é 
extensível aos seus sucessores. 
Comentários: A obrigação de ressarcir a Administração, em ação regressiva, transmite-se 
aos sucessores do agente que tenha atuado com dolo ou culpa. Assim, a questão está 
errada. 
Gabarito: ERRADO 
 
QUESTÃO 10 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – 2015 
Dois Policiais Militares abordaram um adolescente que estava caminhando sozinho em via 
pública, sem qualquer indício de estar em situação flagrancial de ato infracional análogo a 
crime. Agindo com desnecessária agressividade física e moral, bem como com evidente 
arbitrariedade, os policiais revistaram o menor, o interrogaram e desferiram-lhe socos no 
rosto, tudo em movimentada avenida. Finda a abordagem, os militares estaduais liberaram 
o menor. Após orientação jurídica da Defensoria Pública, o menor ajuizou ação indenizatória 
com base na responsabilidade civil: 
a) objetiva e direta dos Policiais Militares, que arcarão diretamente com a reparação pelos 
danos morais que causaram ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
45 
b) subjetiva e solidária dos Policiais Militares e do Estado, que arcarão com a reparação pelos 
danos morais causados ao menor, mediante a comprovação de terem agido com culpa ou 
dolo; 
c) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, independentemente da comprovação de terem agido com dolo ou culpa, 
assegurado o direito de regresso em face dos agentes públicos; 
d) objetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado 
o direito de regresso em face dos agentes públicos; 
e) subjetiva do Estado, que arcará com a reparação pelos danos morais causados pelos 
policiais ao menor, mediante a comprovação de terem agido com dolo ou culpa, assegurado 
o direito de regresso em face dos agentes públicos. 
Comentários: A Administração responde de forma objetiva pelos danos que seus agentes, 
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. Dessa forma a ação deve ser proposta em face do 
Estado, que deverá indenizar o menor. Posteriormente, caberá ação regressiva da 
Administração contra o agente cuja atuação acarretou o dano, desde que seja comprovado 
dolo ou culpa em sua atuação. 
Gabarito: C 
 
QUESTÃO 11 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL DE JUSTIÇA E AVALIADOR – 2015 
Luísa, passageira no ônibus da linha 123, da concessionária EW LTDA, sofreu uma concussão 
na cabeça após o choque sofrido contra o banco da frente onde estava sentada. O ocorrido 
deveu-se a freada brusca realizada pelo motorista que conduzia o veículo e, 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
46 
simultaneamente, conversava por mensagens de texto através de um aplicativo para 
celulares. Pode-se afirmar, quanto ao ocorrido, que: 
a) a concessionária não responde diretamente, pois é flagrante a culpa do motorista, efetivo 
causador dos danos; 
b) a responsabilidade civil da concessionária será apurada mediante a verificação de culpa, 
pois se trata de ato ilícito; 
c) a EW LTDA, embora seja concessionária de serviço público, por sua culpa in eligendo, 
exclui a responsabilidade civil do Estado; 
d) a concessionária, fornecedora de serviço público, responderá objetivamente pelos danos 
decorrentes do seu empreendimento; 
e) o Estado, como poder cedente, poderá ser demandado na via da responsabilidade civil 
objetiva, por sua culpa in contrahendo. 
Comentários: As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos 
respondem de forma objetiva pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
terceiros. Assim, não é necessária a comprovação da culpa ou dolo dos empregados da 
concessionária. Vale lembrar, contudo, que é assegurado o direito de regresso contra o 
responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Gabarito: D 
 
QUESTÃO 12 – FGV – TJ-PI – ANALISTA JUDICIÁRIO - ANALISTA ADMINISTRATIVO – 2015 
Apesar das sucessivas solicitações formuladas pelos moradores de uma determinada 
localidade, o Estado deixou de reforçar a segurança no local. Em razão dessa omissão, foi 
praticado novo ilícito em detrimento de um morador, o que lhe causou danos patrimoniais. 
Nesse caso, é correto afirmar que eventual responsabilidade do Estado será de natureza: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
47 
a) objetiva, desde que demonstrado que o dano decorreu da omissão dos seus agentes; 
b) subjetiva, o que exige a prévia condenação do agente público omisso; 
c) objetiva, o que pressupõe a demonstração da culpa do agente público e o nexo de 
causalidade; 
d) subjetiva, sendo necessário demonstrar o elemento subjetivo do agir; 
e) objetiva, o que significa dizer que deve ser analisada, apenas, possível culpa da vítima. 
Comentários: A jurisprudência e a doutrina entendem que nos casos de danos ensejados 
por omissão do Poder Público, a responsabilidade do Estado é subjetiva, embasada na teoria 
da culpa administrativa. A pessoa que sofreu o dano tem que provar que houve falta na 
prestação de um serviço que deveria ter sido prestado pelo Estado e o nexo causal entre 
esta omissão e o dano. 
Gabarito: D 
 
QUESTÃO 13 – FGV – PREFEITURA DE NITERÓI - RJ – FISCAL DE TRIBUTOS - 2015 
Ronaldo deu entrada em hospital municipal com quadro de dengue, mas demorou mais de 
dezoitohoras para ser atendido. Ficou comprovado pela perícia que, exclusivamente em 
razão da omissão específica em seu atendimento médico, Ronaldo contraiu infecção 
hospitalar e sofreu grave hemorragia. Após obter alta, o paciente ingressou com ação em 
face do Município, comprovando os danos materiais e morais que sofreu, e obteve 
indenização com base na responsabilidade civil: 
a) objetiva do Município, na qual é prescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
48 
b) objetiva do Município, na qual é imprescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
c) subjetiva do Município, na qual é imprescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
d) subjetiva do Município, na qual é prescindível ao autor a comprovação do dolo ou culpa 
dos agentes públicos responsáveis pela omissão; 
e) subjetiva do Município, na qual é irrelevante a ocorrência da omissão específica, do nexo 
causal e do dolo ou culpa, bastando ao autor comprovar o dano. 
Comentários: A jurisprudência e a doutrina entendem que nos casos de danos ensejados 
por omissão do Poder Público, a responsabilidade do Estado é subjetiva, embasada na teoria 
da culpa administrativa. Há, porém, situações em que, mesmo diante de omissão, o Estado 
responde objetivamente. Trata-se das hipóteses de danos sofridos por pessoas ou coisas 
que se encontrem legalmente sob custódia do Estado, como no caso da questão, em que 
Ronaldo estava internado em hospital municipal. 
Gabarito: A 
 
QUESTÃO 14 – FGV – PREFEITURA DE NITERÓI - RJ – CONTADOR – 2015 
Fernando conduzia seu veículo na contramão da direção e colidiu com um ônibus de 
sociedade empresária concessionária do serviço público de transporte coletivo de 
passageiros. Inconformado com os danos materiais que sofreu, Fernando ajuizou ação 
pleiteando indenização, sendo certo que, no curso da instrução probatória, restou 
comprovada a sua culpa exclusiva. No caso em tela, o pedido feito por Fernando na ação 
deverá ser julgado: 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
49 
a) procedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil objetiva, na qual não há 
necessidade de se demonstrar o nexo causal entre a conduta e o resultado danoso; 
b) procedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil subjetiva, na qual não há 
necessidade de se demonstrar o elemento subjetivo do condutor do coletivo da 
concessionária; 
c) improcedente, porque se trata, em tese, de responsabilidade civil subjetiva e Fernando 
deveria ter comprovado o elemento subjetivo do condutor do coletivo da concessionária; 
d) improcedente, porque, apesar de se tratar, em tese, de responsabilidade civil subjetiva, 
Fernando não comprovou que o resultado danoso adveio de conduta ilícita do motorista do 
ônibus; 
e) improcedente, porque, apesar de se tratar, em tese, de responsabilidade civil objetiva, o 
nexo causal foi rompido em razão da culpa exclusiva da vítima, Fernando. 
Comentários: No caso em tela, o pedido feito por Fernando na ação deverá ser julgado 
improcedente, pois a responsabilidade objetiva da Administração ou da concessionária de 
serviço público fica excluída na hipótese de ser demonstrada culpa exclusiva do particular 
que sofreu o dano. 
Gabarito: E 
 
QUESTÃO 15 – FGV – PREFEITURA DE CUIABÁ – MT – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR - 
BACHAREL EM DIREITO – 2015 
Sobre responsabilidade Civil do Estado, assinale a afirmativa correta. 
a) A característica fundamental da responsabilidade objetiva é a necessidade de restar 
comprovada, pelo lesado, a culpa do agente ou do serviço pelo fato administrativo. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
50 
b) O Estado somente causa danos aos particulares por atos comissivos. 
c) O Estado é sempre o responsável por tudo o que acontece no meio social, segundo a 
teoria da responsabilidade objetiva. 
d) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. 
e) A culpa exclusiva da vítima não é causa excludente da responsabilidade estatal. 
Comentários: Amigos, a alternativa correta é a “d”. A “a” está errada, pois a responsabilidade 
objetiva é caracterizada pela desnecessidade de comprovação da culpa ou dolo do agente 
público. A “b” está errada, porque o Estado também pode causar danos aos particulares por 
atos omissivos. A “c” está incorreta, porque há situações em que a responsabilidade da 
Administração é afastada, como no caso em que se comprova culpa exclusiva do particular 
que sofreu o dano. Por fim, a “e” também está errada, pois, como já foi dito, a culpa exclusiva 
da vítima é causa excludente da responsabilidade estatal. 
Gabarito: D 
 
QUESTÃO 16 – FGV – TCE-RJ – AUDITOR SUBSTITUTO – 2015 
Acerca da responsabilidade civil extracontratual do Estado, é correto afirmar que: 
a) há responsabilidade do Estado por danos causados a particulares decorrentes de lei 
declarada inconstitucional pelo Poder Judiciário; 
b) a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público 
pressupõe a existência de falha na prestação do serviço; 
c) o Estado é solidariamente responsável por quaisquer danos decorrentes de condutas das 
concessionárias e permissionárias de serviços públicos; 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
51 
d) o direito de regresso é exercido pelo Estado contra seus agentes que, agindo no horário 
de trabalho, tenham intencionalmente dado causa a danos a terceiros; 
e) a indenização devida pelo Estado à vítima deve ser proporcional ao grau de culpabilidade 
do agente estatal causador do dano. 
Comentários: Amigos, a questão correta é a “a”. Os atos legislativos, em regra, não acarretam 
responsabilidade extracontratual para o Estado; porém, a doutrina e a jurisprudência 
reconhecem a possibilidade de atos legislativos ensejarem responsabilidade civil do Estado 
em duas situações: edição de leis inconstitucionais ou edição de leis de efeitos concretos 
(possui destinatários certos, determinados). As demais alternativas estão incorretas: a “b”, 
porque a responsabilidade civil das concessionárias e permissionárias de serviço público é 
objetiva e não pressupõe, necessariamente, a existência de falha na prestação do serviço; a 
“c”, porque a responsabilidade recai sobre a concessionária ou permissionária, não havendo 
responsabilidade solidária do Estado; a ”d”, porque a ação regressiva é cabível quando o ato 
danoso é causado por agente público na qualidade de agente público, não sendo 
imprescindível que seja no horário de trabalho; a “e”, porque a indenização deve ser 
proporcional ao dano causado. 
Gabarito: A 
 
QUESTÃO 17 – FGV – DPE-MT – ADVOGADO – 2015 
Sobre a responsabilidade civil do Estado, analise as afirmativas a seguir. 
I. A responsabilidade civil do Estado pelos danos causados a terceiros somente restará 
configurada diante de atos ilícitos. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
52 
II. A expressa previsão, em nosso ordenamento, da responsabilidade objetiva do Estado 
impede a utilização do caso fortuito ou da culpa da vítima como causas excludentes da 
responsabilidade. 
III. A responsabilidade objetiva do Estado não dispensa a demonstração do nexo de 
causalidade entre a ação ou omissão estatal e o dano causado. 
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente a afirmativa II estiver correta. 
c) se somente a afirmativa III estiver correta. 
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
Comentários: Amigos, somente a afirmativa III, está correta. A I está errada, porque os atos 
lícitos também podem gerar a responsabilidade civil do Estado. A execução de uma obra 
pública, por exemplo,apesar de lícita, pode inviabilizar o comércio de uma determinada 
área, gerando a responsabilidade estatal. A II está errada, porque o caso fortuito e a força 
maior também são considerados excludentes da responsabilidade civil do Estado. 
Gabarito: C 
 
QUESTÃO 18 – CESPE – TCE-PA – CONHECIMENTOS BÁSICOS - CARGOS 1, 18, 19, 37 E 38 – 
2016 
Com relação à responsabilidade civil do Estado, aos serviços públicos e ao controle da 
administração pública, julgue o item subsequente. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
53 
Situação hipotética: O motorista de determinado veículo particular, não tendo respeitado o 
sinal vermelho do semáforo, provocou a colisão entre o veículo que dirigia e um veículo 
oficial do TCE/PA que estava estacionado em local proibido. 
Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será atenuado ante 
a existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva 
do tipo risco administrativo. 
Comentários: Pela teoria do risco administrativo, adotada pelo Brasil, o Estado é obrigado a 
indenizar independentemente de culpa. Basta existir o fato do serviço e o nexo de 
causalidade entre o fato e o dano ocorrido. Pode, entretanto, eximir-se da obrigação de 
indenizar, se comprovar culpa exclusiva do particular, ou ter atenuada sua obrigação, se 
comprovar culpa concorrente. Assim, o item está correto. 
Gabarito: CERTO 
 
QUESTÃO 19 – FCC – SEGEP-MA – PROCURADOR DO ESTADO – 2016 
Uma célula de grupo terrorista detona uma carga explosiva em aeronave de matrícula 
brasileira, operada por empresa brasileira de transporte aéreo público, causando mortes e 
ferimentos em diversos passageiros. Esclareça-se que a aeronave decolou de aeroporto 
brasileiro e a explosão ocorreu por ocasião da chegada ao destino, em solo norte-americano, 
sendo que diversas vítimas haviam embarcado em escala no México. Em vista de tal situação 
e nos termos da legislação brasileira, 
a) a responsabilidade principal e de caráter objetivo é da empresa prestadora do serviço de 
transporte aéreo público, somente havendo responsabilidade estatal em caráter 
subsidiário. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
54 
b) fica excluída a responsabilidade da União, haja vista que somente fatos ocorridos no 
território nacional são capazes de justificar a aplicação da responsabilidade objetiva nos 
serviços públicos. 
c) somente deve haver responsabilização da União em favor dos passageiros que 
embarcaram em solo brasileiro, caracterizada, no caso, a responsabilidade subjetiva por 
culpa do serviço, em razão da falha na prestação do serviço de segurança aeroportuária. 
d) não há responsabilidade estatal, visto que se trata de caso fortuito, circunstância 
excludente de responsabilidade, haja vista a inexistência de nexo causal entre o evento 
danoso e a conduta das autoridades estatais. 
e) aplica-se a teoria do risco integral, devendo a União indenizar os passageiros que tenham 
sofrido danos corporais, doenças, morte ou invalidez sofridos em decorrência do atentado. 
Comentários: Amigos, pela teoria do risco integral, havendo o evento danoso e o nexo 
causal, o Estado será obrigado a indenizar de qualquer forma, não existindo excludentes de 
responsabilidade. Para alguns doutrinadores, esta teoria é adotada pelo Brasil nos casos de 
substância nuclear, dano ambiental e de atos de guerra a aeronaves brasileiras e ataques 
terroristas, como citado na questão. Assim, a alternativa correta é a “e”. 
Gabarito: E 
 
QUESTÃO 20 – FGV – TRT - 8ª REGIÃO (PA E AP) – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA JUDICIÁRIA – 
2016 
Marcos, motorista de um ônibus de transporte público de passageiros de determinado 
município, ao conduzir o veículo, por sua culpa, atropelou e matou João. A família da vítima 
ingressou com uma ação de indenização contra o município e a concessionária de transporte 
público municipal, que administra o serviço. Citada, a concessionária municipal denunciou à 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
55 
lide Marcos, por entender que ele deveria ser responsabilizado, já que fora o causador do 
dano. O município alegou ilegitimidade passiva e ausência de responsabilidade no caso. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta conforme o entendimento 
doutrinário e jurisprudencial relativamente à responsabilidade civil do Estado. 
a) A denunciação à lide, no caso, não será obrigatória para se garantir o direito de regresso 
da concessionária contra Marcos. 
b) A culpa exclusiva ou concorrente da vítima afasta a responsabilidade civil objetiva da 
concessionária. 
c) A reparação civil do dano pelo município sujeita-se ao prazo prescricional de vinte anos. 
d) A responsabilidade civil da concessionária, na hipótese, será subjetiva, pois João não era 
usuário do serviço público de transporte coletivo. 
e) A responsabilidade civil do município, no caso, será objetiva, primária e solidária. 
Comentários: Amigos, a alternativa correta é a “a”, pois a denunciação à lide é desnecessária, 
bastando que a Concessionária ajuíze ação regressiva em face de Marcos. A “b” está errada, 
pois a culpa concorrente da vítima não afasta a responsabilidade, apenas pode atenuá-la. A 
“c” está errada, porque, de acordo com a jurisprudência do STJ, o prazo prescricional para 
ajuizamento da ação de reparação de dano contra o Estado é de 5 anos. A ”d” está errada, 
pois há responsabilidade civil objetiva das empresas que prestam serviço público mesmo 
em relação aos danos que sua atuação cause a terceiros não usuários do serviço público 
(STF/2009). Por fim, a “e” está errada, porque a responsabilidade do município, no caso, é 
objetiva, secundária e subsidiária. 
Gabarito: A 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
 
 
 
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QUESTÃO 21 – FCC – TRT - 23ª REGIÃO (MT) – ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA 
– 2016 
Considere a seguinte situação hipotética: em determinado Município do Estado do Mato 
Grosso houve grandes deslizamentos de terras provocados por fortes chuvas na região, 
causando o soterramento de casas e pessoas. O ente público foi condenado a indenizar as 
vítimas, em razão da ausência de sistema de captação de águas pluviais que, caso existisse, 
teria evitado o ocorrido. Nesse caso, a condenação está 
a) correta, tratando-se de típico exemplo da responsabilidade disjuntiva do Estado. 
b) incorreta, por ser hipótese de exclusão da responsabilidade em decorrência de fator da 
natureza. 
c) correta, haja vista a omissão estatal, aplicando-se a teoria da culpa do serviço público. 
d) correta, no entanto, a responsabilidade estatal, no caso, deve ser repartida com a da 
vítima. 
e) incorreta, haja vista que o Estado somente responde objetivamente, e, no caso narrado, 
não se aplica tal modalidade de responsabilidade. 
Comentários: A jurisprudência e a doutrina entendem que, nos casos de danos ensejados 
por omissão do Poder Público, a responsabilidade do Estado é subjetiva, embasada na teoria 
da culpa administrativa. 
Gabarito: C

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