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Livro 5.1

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Educação Inclusiva: 
Princípios e Práticas
Módulo 5.1
Luciana Andrade Rodrigues 
Gabriela Maffei Moreira Malagolli 
Keila Hellen Barbato Marcondes
Ribeirão Preto
2014
Editorial
Presidente do SEB (Sistema Educacional 
Brasileiro S.A)
Chaim Zaher
Vice-Presidente do SEB
Adriana Baptiston Cefali Zaher
Diretoria Executiva do SEB
Nilson Curti
Rafael Gomes Perri
Reitor do Centro Universitário UniSEB
Chaim Zaher
Vice-Reitor do Centro Universitário UniSEB
Reginaldo Arthus
Pró-reitor de Educação a Distância 
Jeferson Ferreira Fagundes 
Pró-reitora Acadêmica de Educação 
a Distância
Claudia Regina de Brito 
Coordenação Pedagógica de Educação a 
Distância
Alessandra Henriques Ferreira 
Gladis S. Linhares Toniazzo
Marina Caprio 
Coordenação do 
Curso de Pedagogia 
Marília Gomes Godinho
Produção Editorial
Karen Fernanda Bortoloti 
Marcelo dos Santos Calderaro 
© UniSEB Interativo
Todos os direitos desta edição reservados à UniSEB Interativo.
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de qualquer forma ou meio eletrônico, e mecânico, fotográfico e gravação ou 
qualquer outro, sem a permissão expressa da UniSEB Interativo. A violação dos direitos autorais é punível como crime (Códi-
go Penal art. 184 e §§; Lei 6.895/80), com busca, apreensão e indenizações diversas (Lei 9.610/98 – Lei dos Direitos Autorais – arts. 
122, 123, 124 e 126)
S
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ár
io
S
um
ár
io Apresentação Uniseb Interativo ......................... 9Apresentação do módulo ....................................... 11
Libras .......................................................................... 13
Unidade 1: Caminhos históricos da educação de surdos ..... 15
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................... 17
Você se Lembra? ................................................................................. 17
1.1 Antiguidade ...................................................................................... 18
1.2 Idade Média .......................................................................................... 20
1.3 Idade Moderna Até o Século XXI ........................................................... 20
1.4 Início da Educação de Surdos no Brasil ..................................................... 26
Atividades ............................................................................................................ 27
Reflexão.................................................................................................................. 28
Leituras recomendadas ............................................................................................. 29
Referências ................................................................................................................. 29
Na próxima unidade ................................................................................................... 29
Unidade 2: Questões Clínicas da Surdez e as Nomenclaturas .................................... 31
Objetivos da sua aprendizagem ..................................................................................... 31
Você se lembra? ............................................................................................................. 31
2.1 Características Clinícas da Surdez .......................................................................... 32
2.2 Nomenclaturas e surdez: qual a importância em diferenciar surdos e deficientes 
auditivos? ..................................................................................................................... 37
Atividades .................................................................................................................... 40
Reflexão ..................................................................................................................... 40
Leituras recomendadas ............................................................................................ 42
Referências .......................................................................................................... 42
Na próxima unidade ........................................................................................ 42
Unidade 3: Comunicação, Línguas Orais e de Sinais .............................. 43
Objetivos da sua aprendizagem ................................................................ 43
Você se lembra? .................................................................................... 43
3.1 Comunicação ............................................................................. 44
3.2 Comunicação Oral ................................................................. 46
3.3 Língua de sinais ................................................................ 47
3.4 Diferenças Entre Línguas Orais E De Sinais............... 50
Atividades ....................................................................................................................... 51
Reflexão .......................................................................................................................... 52
Leituras recomendadas .................................................................................................... 52
Referências ...................................................................................................................... 52
Na próxima unidade ....................................................................................................... 53
Unidade 4: Filosofias de Comunicação: da Fala à Língua Brasileira de Sinais ...... 55
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 56
Você se lembra? .............................................................................................................. 56
4.1 Oralismo ................................................................................................................... 57
4.2 Comunicação Total .................................................................................................. 58
4.3 Bilinguismo: L1 e L2 .............................................................................................. 61
Atividades ....................................................................................................................... 65
Reflexão .......................................................................................................................... 65
Leituras recomendadas .................................................................................................... 65
Referências ...................................................................................................................... 66
Na próxima unidade ....................................................................................................... 66
Unidade 5: Atendimentos educacionais especializados (AEE) para surdos e 
deficientes auditivos ...................................................................................................... 67
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 67
Você se lembra? .............................................................................................................. 67
5.1 Os atendimentos educacionais especializados (AEE) para surdos ontem e hoje. .... 68
5.1.1 A escola de surdos ................................................................................................. 73
5.2 O ensino de língua portuguesa para surdos .............................................................. 75
5.3 Os Intérpretes de Libras e a Inclusão de Surdos ...................................................... 79
Atividades ....................................................................................................................... 80
Reflexào ..........................................................................................................................81
Leituras recomendadas .................................................................................................... 81
Referências ...................................................................................................................... 82
Na próxima unidade ....................................................................................................... 82
Unidade 6: Iniciando o conhecimento e o aprendizado da língua de sinais ............ 83
Objetivos da sua aprendizagem ...................................................................................... 83
Você se lembra? .............................................................................................................. 83
6.1 Definições importantes para o aprendizado da libras .............................................. 84
6.2 O que devemos observar para iniciar o aprendizado ............................................... 85
6.3 Composição da língua de sinais ............................................................................... 91
6.4 Por onde começar a aprender libras ......................................................................... 97
Atividades ..................................................................................................................... 106
Reflexão ........................................................................................................................ 107
Leituras recomendadas .................................................................................................. 108
Referências .................................................................................................................... 108
Na próxima unidade ..................................................................................................... 109
Unidade 7: Tecnologias e Acessibilidade para a Inclusão ............................................111
Objetivos da sua aprendizagem .....................................................................................111
Você se lembra? .............................................................................................................111
7.1 Software de dicionário de libras ............................................................................ 112
7.2 O msn para o surdo ................................................................................................ 112
7.3 Telefone para surdos (TS) ...................................................................................... 113
7.4 Telefone celular para surdos .................................................................................. 113
7.5 Legenda em televisão (closed-caption) .................................................................. 114
7.6 Projeto tlibras – tradutor português x libras (língua brasileira de sinais) .............. 115
7.7 Ouvido biônico – implante coclear ........................................................................ 116
7.8 Acessibilidade na inclusão ..................................................................................... 119
Atividades ..................................................................................................................... 119
Reflexão ........................................................................................................................ 120
Leituras recomendadas .................................................................................................. 120
Referências .................................................................................................................... 121
Na próxima unidade ...................................................................................................... 121
Unidade 8: A legislação e a pessoa com surdez .......................................................... 123
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 123
Você se lembra? ............................................................................................................ 123
8.1 As primeiras citações legais ................................................................................... 124
8.2 Leis internacionais e a inclusão ............................................................................. 124
8.3 A legislação educacional no Brasil e a surdez ....................................................... 127
Atividades ..................................................................................................................... 131
Reflexão ........................................................................................................................ 131
Leituras recomendadas .................................................................................................. 131
Referências .................................................................................................................... 132
Educação Inclusiva ......................................................................................... 133
Unidade 1: Aspectos Históricos da Educação Especial ........................................... 135
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 135
Você se lembra? ............................................................................................................ 136
1.1 A História da Educação Especial no Mundo .......................................................... 138
1.2 A História da educação especial no Brasil ............................................................. 144
Atividades ..................................................................................................................... 153
Reflexão ........................................................................................................................ 154
Leitura recomendada ..................................................................................................... 154
Referência bibliográfica ................................................................................................ 156
Referências .................................................................................................................... 156
Na próxima unidade ...................................................................................................... 156
Unidade 2: Pressupostos filosóficos da educação especial e inclusão ..................... 157
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 157
Você se lembra? ............................................................................................................ 157
2.1 Formas de conceber e atender as diferenças. ......................................................... 158
Atividade ....................................................................................................................... 173
Da integração para a Inclusão ....................................................................................... 173
Reflexão ........................................................................................................................ 174
Leituras recomendadas .................................................................................................. 175
Referências bibliográficas ............................................................................................. 175
Na próxima unidade ...................................................................................................... 176
Unidade 3: Integração x Inclusão .............................................................................. 177
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 177
Você se lembra? ............................................................................................................177
3.1 Integração e inclusão: o que significa cada um desses processos? ........................ 178
Atividade ....................................................................................................................... 192
Reflexão ........................................................................................................................ 193
Leituras recomendadas .................................................................................................. 194
Referências .................................................................................................................... 194
Na próxima unidade ...................................................................................................... 195
Unidade 4: Documentos norteadores do processo de inclusão social .............................197
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 197
Você se lembra? ............................................................................................................ 198
4.1 Conteúdo ................................................................................................................ 200
Atividade ....................................................................................................................... 241
Reflexão ........................................................................................................................ 241
Leitura recomendada ..................................................................................................... 242
Referências .................................................................................................................... 242
Na próxima unidade. ..................................................................................................... 243
Unidade 5: Conceito de necessidades educacionais especiais .................................. 245
Objetivos de sua aprendizagem .................................................................................... 245
Você se lembra? ............................................................................................................ 245
5.1 Evolução dos conceitos: Da incapacidade às necessidades educacionais especiais. ...
246
Atividades ..................................................................................................................... 260
Reflexão ........................................................................................................................ 262
Leituras recomendadas .................................................................................................. 263
Referências .................................................................................................................... 263
Na próxima unidade ...................................................................................................... 264
Unidade 6: As Políticas Educacionais Inclusivas no Contexto de Sistema 
Educacional Brasileiro ................................................................................................ 265
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 265
Você se lembra? ............................................................................................................ 265
6.1 O conteúdo e objetos .............................................................................................. 266
Atividades ..................................................................................................................... 291
Reflexão ........................................................................................................................ 291
Leitura recomendada ..................................................................................................... 291
Referências .................................................................................................................... 292
Na próxima unidade ...................................................................................................... 293
Unidade 7: Adaptações curriculares ......................................................................... 295
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 295
Você se lembra? ............................................................................................................ 295
7.1 O conteúdo e objetos .............................................................................................. 296
Atividades ..................................................................................................................... 313
Reflexão ........................................................................................................................ 313
Leitura recomendada ..................................................................................................... 313
Referências .................................................................................................................... 314
Na próxima unidade ...................................................................................................... 314
Unidade 8: Dificuldades de aprendizagem, Transtornos de aprendizagem e Deficiência: 
atuação de diferentes profissionais como suporte do processo de inclusão escolar ..... 315
Objetivos da sua aprendizagem .................................................................................... 315
Você se lembra? ............................................................................................................ 315
8.1 Transtornos de aprendizagem, dificuldades de aprendizagem e deficiência: 
quais suas diferenças? .......................................................................................... 316
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o8.2 Principais Transtornos encontrados nos ambientes escolares e profissionais que atuam nesse contexto ........................................................................................... 322
Atividade ....................................................................................................................... 331
Reflexão ........................................................................................................................ 332
Leituras recomendadas .................................................................................................. 332
Referências .................................................................................................................... 333
A
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o
O UniSEB Interativo
Prezado(a) acadêmico(a)
Bem-vindo(a) ao Centro Universitário UniSEB 
Interativo. Temos o prazer de recebê-lo(a) no novo 
segmento desta instituição de ensino que já possui mais 
de 40 anos de experiência em educação.
O Centro Universitário UniSEB Interativo tem se des-
tacado pelo uso de alta tecnologia nos cursos oferecidos, além 
de possuir corpo docente formado por professores experientes e 
titulados. 
O curso, ora oferecido, foi elaborado dentro das Diretrizes 
Curriculares do MEC, de acordo com padrões de ensino superior da 
mais alta qualidade e com pesquisa de mercado. 
Assim, apresentamos neste material o trabalho desenvolvido pe-
los professores que, por meio da tecnologia da informação e comunica-
ção, proporciona ensino inovador e sempre atualizado.
Este livro, o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e a teleaula 
integram a base que visa transmitir os conhecimentos necessários à sua 
formação, além de auxiliá-lo(a) nos estudos e incentivá-lo(a), com as indi-
cações bibliográficas de cada unidade, a fim de aprofundar cada vez mais 
o seu saber.
Procure ler os textos antes de cada aula para poder acompanhá-la 
melhor e, assim, interagircom o professor nas aulas ao vivo. Não deixe 
para estudar no final de cada módulo somente com o objetivo de passar 
pelas avaliações; procure ler este material, realizar outras leituras e 
pesquisas sobre os temas abordados e estar sempre atualizado, afi-
nal, num mundo globalizado e em constante transformação, é pre-
ciso estar sempre informado.
Procure dedicar-se ao curso que você escolheu, aproveitan-
do-se do momento que é fundamental para sua formação pesso-
al e profissional. Leia, pesquise, acompanhe as aulas, realize 
as atividades on-line, desta maneira você estará se forman-
do de maneira responsável, autônoma e, certamente, fará 
diferença no mundo contemporâneo.
Sucesso!
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es
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o O Módulo 5.1
Prezado(a) aluno(a),
Seja bem-vindo ao módulo 5.1, de Educação 
Inclusiva: princípios e práticas. 
 Aqui você estudará temas que envolvem a inclusão 
social e educacional, os direitos humanos, as adaptações às 
pessoas com necessidades especiais, dentre outros aspectos 
relevantes. Para tanto, o módulo contempla duas disciplinas: 
• Educação Inclusiva: Princípios e práticas; e 
• Libras.
 Quando falamos em Educação Inclusiva, nos retemos diretamente 
ao contexto escolar, mas a discussão irá além dos muros da escola. 
Analisaremos os processos de inclusão social e para tanto, para ta-
manho desafio, é preciso nos curvamos ante a sabedoria das crianças, 
afinal, já nos dizia o poeta Gonzaguinha: “eu fico com a beleza das res-
postas das crianças...”. Por qual motivo? 
 Vejam... são elas quem nos chamam a atenção para ouvir, com os 
olhos fechados, o canto dos pássaros. Aprendemos com elas a contemplar 
a natureza, o espaço, o universo, os astros. Somos feitos das estrelas e so-
mos únicos na imensidão do Universo. Quando comparamos o tamanho 
da Terra com o de outros planetas, temos a convicção de que não esta-
mos sós. Quando comparamos o tamanho do nosso Sol com outros... 
essa certeza aumenta... e se fortalece. 
 Somos tão pequenininhos, tão pequenininhos diante disso tudo que 
está acima de nós que passaríamos por poeira... Mas que interessan-
te...ao mesmo tempo que parecemos insignificantes, bate uma força 
aqui dentro, uma força propulsora do coração. Não há no mundo 
pessoas como nós. Somos diferentes nas concepções, na forma 
como analisamos os fatos, nas digitais...somos diferentes no 
olhar, no sorriso, no toque, nas palavras. É exatamente por 
essas particularidades, que nos diferenciamos e que nos 
tornamos, enfim, únicos. 
 Somos todos únicos. 
A
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o Libras A proposta da disciplina é estudar 
a definição e a classificação da surdez. 
Além disso, serão analisadas as abordagens 
educacionais na educação do surdo, as LIBRAS 
e a educação bilíngue. Também serão focos do 
nosso estudo a educação precoce, os aspectos reabili-
tadores (métodos - sistemas de intervenção), os aspectos 
educativos da surdez e a adequação curricular. A visão crí-
tica das metodologias abordadas, o contexto da Escola Brasi-
leira bem como a dinâmica da sala de aula quanto ao ensino de 
LIBRAS serão estudados.
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Caminhos históricos 
da educação de surdos
Prezado aluno, no módulo sobre Língua 
Brasileira de Sinais (LIBRAS), você terá 
conhecimento da área da surdez. O objetivo é 
mostrar como ocorreu a educação das pessoas com 
surdez até chegarmos ao século XXI, trabalhando em 
busca de um espaço bilíngue.
A Educação neste início de milênio tem como priori-
dade o processo ensino-aprendizagem dentro de um sistema 
que vê no respeito à diversidade o caminho para um futuro 
mais democrático, a fim de refletir uma educação de qualidade 
para todos. As pessoas são diferentes em vários níveis: intelectual, 
econômico, cultural, entre outros. A inclusão de todas as pessoas, 
em todos os seus graus e a conscientização dos alunos e professores 
no respeito às diferenças é a meta da educação do século XXI. Imber-
nón (2001,p.79) diz que: 
[...] a diversidade não pode ser entendida como uma simples ação 
que facilita a aprendizagem dos alunos com ritmos diferentes de 
maturidade, não é unicamente a apresentação de estratégias di-
dáticas alternativas para estimular os alunos desmotivados, não é 
apenas a incorporação das ferramentas educativas adequadas para 
cada realidade acadêmica individual, a atenção à diversidade deve 
ser entendida como a aceitação de realidades plurais, como uma 
ideologia, como uma fórmula de ver a realidade social defendendo 
ideais democráticos e justiça social.
A inclusão deveria estar baseada no que Freire (1996,p.139) 
aponta: 
[...] é preciso desenvolver novas formas de linguagem crítica que 
nos permitam, por um lado, desvelar o currículo oculto e, por outro, 
descobrir outras maneiras de ver o mundo e a Educação. Nesse 
sentido precisamos analisar o progresso de uma maneira não 
linear nem monolítica, mas integrando outras identidades 
sociais, outras manifestações culturais da vida cotidiana e 
outras vozes secularmente marginalizadas.
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Libras
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Pensar na educação das pessoas com necessidades educacionais 
especiais, como os surdos, faz com que seja necessário estudar a história, 
as filosofias de comunicação (oralismo, comunicação total e bilinguismo), 
algumas definições quanto às nomenclaturas “surdo” e “deficiente auditi-
vo”, as diferenças entre as línguas orais e de sinais, entre outros, para que 
se entenda como atualmente está organizada a linguística da Língua Bra-
sileira de Sinais (LIBRAS), enfoque principal desta disciplina.
Durante muito tempo, as pessoas com surdez tiveram sua formação 
baseada nas línguas orais, mas, com o passar do tempo, percebeu-se que a 
língua de sinais que este grupo utilizava era uma língua/idioma, com ca-
racterísticas próprias (gramática, semântica, sintaxe e morfologia), sendo 
esta a língua materna para os surdos e a língua oficial do país, a segunda. 
Atualmente, uma das principais discussões é como alfabetizar no 
segundo idioma, o português; este assunto será abordado, porém seu 
aprofundamento ficará para um próximo estudo, pois antes precisamos 
conhecer, respeitar e aceitar a LIBRAS como língua/idioma oficial utili-
zado por alunos, cidadãos, pessoas surdas. Nesta disciplina, buscaremos 
trazer conhecimentos específicos quanto a educação, língua e inclusão das 
pessoas com surdez.
Para melhor entender as mudanças na formação oferecida às pesso-
as com surdez, é necessário saber a trajetória percorrida, para que hoje, no 
século XXI, tenhamos um ensino baseado na língua de sinais e a opção de 
a educação ser em escolas comuns.
Vamos voltar no tempo e conhecer as principais concepções que 
existiam quanto a “ser surdo” e suas possibilidades sociais, educacionais e 
legais, sempre contextualizando as questões mundiais, as influências reli-
giosas e as tendências políticas. 
Podemos citar o que Darwin dizia quanto à evolução do homem e 
de todos os animais que vivem hoje: eles passaram por um processo de 
seleção natural constante e severo e depois desta seleção sobreviveram os 
mais aptos, para viver segundo as condições de vida do meio e da época 
em que existiam. Era uma guerra pela existência, em que somente os “me-
lhores” sobreviviam. 
Com a evolução surgiram dúvidas, questionamentos e incertezas 
quanto a tudo que rodeava as pessoas: questões sobre a vida, a morte, en-
fim, como se dava a formação da sociedade.
17
Caminhos Históricos da Educação de Surdos – Unidade 1
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Nesta primeira unidade, iniciaremos nosso estudo de como foi a 
educaçãodos surdos desde a Antiguidade até os dias atuais. Vamos fazer 
uma viagem no tempo.
Objetivos da sua aprendizagem
Mostrar os percursos, as barreiras e as dificuldades impostas às 
pessoas com surdez da Antiguidade até o século XXI, para que hoje pos-
samos pensar no paradigma de inclusão.
Você se Lembra?
Pergunte a seus pais e irmãos mais velhos e responda também você: 
Com quantos alunos surdos vocês estudaram? A maioria das respostas 
deve ser “com nenhum”, mas hoje podemos estar contribuindo para mu-
dar essas respostas.
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Libras
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U.U AntiguiUaUe
Na Antiguidade, a deficiência era vista como incapacidade; as pes-
soas não podiam produzir nem eram livres para “cuidar” de suas vidas. 
Segundo Perlin (2002,p.16): 
 A história dos surdos é escrita pela história da educação e a história 
da educação dos surdos foi sempre contada pelos ouvintes. É na-
tural que muitos surdos tenham se apropriado dela como se fosse 
verdade absoluta e a tenha absorvido exatamente como lhes foi dito, 
isto é, que eles eram deficientes, menos válidos, incapazes [...].
No livro da lei dos hebreus (século XIII a.C) a Torá, podia-se ler: 
“[...]quem dá a boca ao homem? Quem o torna mudo ou surdo, capaz de 
ver ou cego? Não sou Eu, Javé?” (Êxodo, IV:11). 
“— Ser surdo e ser mudo é a vontade do Senhor e, por isso, que 
pode o homem fazer?”
A deficiência era justificada pela religião, por castigo. Consequen-
temente, não se prestava atendimento educacional e social. O deficiente 
nem mesmo participava da família como um de seus membros.
Entretanto, no século V a.C, Sócrates (470-399 a.C) já afirmava que 
os surdos tinham que usar o gesto e a pantomima para se comunicarem.
Sócrates, em 360 a.C, fez a seguinte reflexão: “Se não tivéssemos 
voz nem língua, mas apesar disso desejássemos manifestar coisas uns 
para os outros, não deveríamos, como as pessoas que hoje são mudas, 
empenhar-nos em indicar o significado pelas mãos, pela cabeça e por ou-
tras partes do corpo?”
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ID
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 Sócrates e Platão
19
Caminhos Históricos da Educação de Surdos – Unidade 1
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Naquela época, nascer surdo era visto como uma punição dos deu-
ses. Para Aristóteles (384-322 a.C), a falta da audição fazia com que o 
aprendizado fosse comprometido ou mesmo nem ocorresse. Também, 
segundo ele, era inútil o Estado investir na educação da pessoa surda, pois 
“o pensamento é impossível sem a palavra”. Sêneca faz uma das citações 
mais drásticas quanto a nascer com deficiência:
Matam-se cães quando estão com raiva; exterminam-se touros bra-
vios; cortam-se as cabeças das ovelhas enfermas para que as demais 
não sejam contaminadas; matamos os fetos e os recém-nascidos 
monstruosos; se nascerem defeituosos e monstruosos afogamo-
-os, não devido ao ódio, mas à razão, para distinguirmos as coisas 
inúteis das saudáveis. (SÊNECA apud SILVA, 1986, p. 129)
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Aristóteles
Em Roma, aqueles que nasciam surdos eram privados de seus direi-
tos legais, além de não poderem participar de testamentos. Eles nem mes-
mo tinham autonomia para desenvolver seus negócios, necessitando ter 
um curador, segundo Guarinello (2007). Influenciados pelo povo grego, 
viam os surdos como seres imperfeitos. Era comum lançarem as crianças 
surdas (especialmente as pobres) ao rio Tibre, para que fossem cuidadas 
pelas ninfas.
Naquela mesma época, em função de suas limitações, os deficientes 
eram vistos pela Igreja Católica como seres com “almas imortais”, pois 
não conseguiam verbalizar os sacramentos. São Paulo (Epístola aos Ro-
manos, X:17), tendo dito que “a fé deriva da pregação e a pregação é o 
anúncio da palavra”, também negou aos surdos-mudos o direito à religião, 
aos sacramentos e mesmo à salvação da alma, isso já no século I.
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Na sociedade medieval, havia posturas contraditórias em relação às 
pessoas com deficiência: a igreja cuidava delas e fazia caridade; os nobres 
as usavam como “bobos da corte”.
Com o Cristianismo (400 d.C.), a Igreja Católica passou a ter o po-
der político. A Antiguidade foi um período de exclusão; na Idade Média, 
com o monarquismo, houve a ascensão da Igreja Católica, que trouxe o 
assistencialismo.
Os surdos eram considerados inaptos à educação e ao sacerdócio. 
Somente eram respeitados juridicamente se falassem e casavam-se apenas 
com a permissão do papa.
U.3 IUaUe MoUerna Até o Século XXI
No século XVI, a deficiência passou a ser concebida e a ser tratada por 
meio da alquimia, da magia e da astrologia, métodos da incipiente medicina.
Naquela época surgiram os asilos e os hospitais psiquiátricos, com 
o objetivo não de tratar, mas de segregar as pessoas com qualquer tipo de 
deficiência. “Tais instituições eram pouco mais do que prisões”, segundo 
Aranha (2001, p.165).
Durante os séculos XVII e XVIII, nos hospitais, houve grande 
desenvolvimento no atendimento às pessoas com deficiência. Havia as-
sistência especializada em ortopedia para os mutilados das guerras e para 
pessoas cegas e surdas.
Percebia-se o investimento de alguns médicos e educadores para 
mostrar que as pessoas com deficiência poderiam ter uma vida acadêmica 
e se comunicar. 
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De acordo com Carvalho (2007), Bartolo della Marca d’Ancona 
(1314-1357), escritor italiano, foi o primeiro a expor a possibilidade de o 
surdo ser ensinado por meio da língua oral ou da “língua gestual”.
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Podemos citar o médico Girolano Cardano, que afirmou que os sur-
dos poderiam ser ensinados – ele passou a se interessar pela surdez porque 
seu primogênito era surdo. Nessa mesma época, Pedro Ponce de Leon, 
monge beneditino espanhol, iniciou um trabalho educacional com surdos 
da elite, com o objetivo de “[...] ensinar a falar, escrever, ler, fazer contas, 
orar e confessar pelas palavras, a fim de ser reconhecidos como pessoas 
nos termos da lei e herdar seus títulos [...]” (GUARINELLO, 2007, p.21). 
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 Monge Pedro Ponce de Leon
Na França, Laurent Joubert escreveu sobre surdos. Para ele, a ha-
bilidade existe em qualquer criança, surda ou com audição perfeita, ou 
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mesmo naquelas que possam adquirir a surdez com o tempo. Segundo ele, 
a criança com deficiência auditiva aprenderia a falar mesmo sem ouvir.
Sabe-se que, na Europa, as mudanças na postura em relação aos de-
ficientes continuaram ocorrendo. Na Espanha, Juan Pablo Bonet publicou, 
em 1620, a primeira obra impressa sobre a educação de deficientes audi-
tivos: Reducción de las letras y artes para enseñar a hablar a los mudos 
(Redução das letras e artes para ensinar os mudos a falar). Nessa obra 
levantaram-se questões sobre as causas da deficiência auditiva e dos pro-
blemas da comunicação oral, foi citada a idade ideal para as crianças sur-
das serem educadas (de 6 a 8 anos) e também a fala era ensinada por meio 
de alfabeto digital, leitura e gramática. Mesmo usando sinais, percebe-se 
que o objetivo educacional da época era a oralidade. 
Em seu método, Bonet apresentava o alfabeto manual (datilologia) 
no ensino da leitura e da escrita. Entretanto, apesar do uso da datilologia, 
ele eraradicalmente contra o uso da língua gestual.
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Já na Inglaterra, em 1644, o médico John Bulwer publicou Chiro-
nomia, or the art of manuall rhetorique, em que apresenta e defende sua 
teoria de que a linguagem das mãos é natural para todos os homens, prin-
cipalmente para pessoas com surdez. (CABRAL,2001)
Um dos maiores educadores da história de surdos foi Charles Michel 
de L’Épée, conhecido como Abbé de L’Épée, que publicou Instruction de 
sourds et muets par la voix des signes méthodiques (1776). Ele fundou, 
em Paris, a primeira escola pública para surdos, que tinha o objetivo de 
que os surdos aprendessem a ler e a escrever.
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L’ Épée iniciou o seu trabalho na educação de surdos ao substi-
tuir seu professor (falecido), que lecionava para duas crianças (gêmeas) 
surdas. Observou a comunicação gestual existente entre as duas irmãs, 
interessou-se em aprendê-la e buscou sistematizar o ensino desses sinais 
(sinais realizados na gramática do francês): sinalizava com uma das mãos 
enquanto escrevia na lousa com a outra mão.
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Houve algumas tentativas em mudar o conceito e tratamento das pessoas 
deficientes como Jacob Rodrigues Pereira, em 1747, na tentativa de ensinar 
surdos congênitos a se comunicar, essas “[...]tentativas foram tão bem suce-
didas que estimulou a busca de formas para lidar com outras populações, es-
pecialmente a de pessoas com deficiência mental.” (ARANHA, 2001, p.166)
Simultaneamente aos avanços feitos pelo Abade de L’Épée, Samuel 
Heinike (1778) dirigiu, em Leipzig (Alemanha), uma escola de ensino 
exclusivamente oral para surdos, rejeitando todos os outros métodos, que 
ele qualificava de inúteis e fraudulentos. Segundo Cabral (2001), ambos 
os educadores criaram uma polêmica quanto aos métodos de ensino, que 
ficaram conhecidos como método francês e método alemão. 
Em 1872, no Congresso de Veneza, foi decido que: o meio humano 
para a comunicação do pensamento é a língua oral; se orientados, os sur-
dos leem os lábios e falam; a língua oral tem vantagens para o desenvolvi-
mento do intelecto, da moral e da linguística. 
No I Congresso Internacional sobre a Instrução dos Surdos-Mudos, 
em 1878, em Paris, concordou-se que só a instrução oral poderia incluir 
o surdo na sociedade e que o método articulatório, que abrange a leitura 
labial, devia ser a base de todo o trabalho educacional.
O oralismo, ou filosofia oralista, usava a integração da criança surda 
à comunidade de ouvintes, dando-lhe condições de desenvolver a 
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língua oral (no caso do Brasil, o português). O oralismo percebe a 
surdez como uma deficiência que deve ser minimizada através da 
estimulação auditiva. (GOLDFELD, 1997, p. 30 e 31) 
No II Congresso Mundial, em Milão (1880), foram estabelecidas 
duas resoluções que mudariam toda a história por 100 anos: declarou-se 
a superioridade incontestável da fala para incorporar os surdos-mudos à 
vida social e considerou-se que a utilização simultânea dos gestos e da 
oralidade é prejudicial, pois dificulta a fala, a leitura labial e a precisão das 
ideias. O Congresso declarou que o método oral puro era ideal para a edu-
cação dos surdos. Essas recomendações foram aceitas por vários países, 
como Alemanha, Itália, França, Inglaterra, Suécia e Bélgica. Somente o 
grupo americano, liderado por Edward Gallaudet, foi contrário à decisão. 
Nesse evento, dos 255 participantes, só três eram surdos. 
Em 1808, Jean-Marc Itard apresentou, na Faculdade de Medicina, 
as memórias Sur les moyens de rendre la parole aux sourds-muets e Sur 
les moyens de rendre l’ouïe aux sourds-muets. O seu método se baseia no 
treino da detecção e da discriminação dos sons, depois das vogais e das 
consoantes. Os alunos deviam aprender a ler e a escrever, acedendo depois 
às palavras e às frases simples. Entretanto, em 1821 ele reconsiderou a sua 
posição anterior, afirmando que a língua gestual é a língua natural dos sur-
dos e pode proporcionar as mesmas vantagens da linguagem falada. 
Em 1815, o americano Thomas Hopkins Gallaudet foi à Europa co-
nhecer os diferentes métodos de educação para surdos. No ano seguinte, 
voltou aos Estados Unidos com Laurent Clerc, um dos primeiros profes-
sores surdos, para auxiliá-lo na fundação de uma escola.
 
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Thomas Hopkins Gallaudet 
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Gallaudet University: primeira universidade para surdos no mundo.
Também nos EUA, na cidade de Boston, em 1872, Alexander 
Graham Bell abriu uma escola oralista para professores de surdos. Re-
gistrou a patente do telefone em 1873. Propôs a eliminação das escolas 
residenciais e a proibição do magistério aos professores surdos e do casa-
mento entre surdos. 
De acordo com Carvalho (2007), durante a Segunda Guerra Mun-
dial, os nazistas perseguiram todos os surdos, principalmente os judeus, 
defendendo seu extermínio. Praticava-se o aborto e a eutanásia em bebês 
com surdez. Eram condenados à morte as crianças encaminhadas a cen-
tros especiais (onde os pais acreditavam estar enviando seus filhos para a 
cura) e os adultos institucionalizados – os quais Hitler autorizou direcio-
nar para a câmara de gás e, depois, permitiu retirar os órgãos deles para 
experiência.
Percebendo-se a necessidade de organizar a educação e os rumos a se-
rem tomados mundialmente quanto à comunicação das pessoas com surdez, 
foi fundada a Federação Mundial de Surdos (WFD), em Roma, em 1951.
Com os estudos feitos em 1967 por Roy Holcomb, introduziu-se a 
expressão Total Communication como filosofia de comunicação, e não 
como um método, associando novamente oralidade e sinais.
Temos como uma das definições para essa filosofia de comunicação: 
A filosofia da Comunicação Total tem como principal preocupação 
os processos comunicativos entre surdos e surdos e entre surdos e 
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ouvintes. Essa filosofia também se preocupa com a aprendizagem 
da língua oral pela criança surda, mas acredita que os aspectos cog-
nitivos, emocionais e sociais não devem ser deixados de lado em 
prol do aprendizado exclusivo da língua oral. Por esse motivo, esta 
filosofia defende a utilização de recursos espaço-visuais como faci-
litadores da comunicação. (GOLDFELD, 1997, p. 35)
Um dos primeiros países a reconhecer oficialmente a língua gestual 
como língua nativa dos surdos foi a Suécia, em 1983.
U.4 Início Ua EUucação Ue SurUos no Brasil
No Brasil, a história da educação de surdos teve início em 26 de 
setembro de 1857, quando se criou o Imperial Instituto dos Surdos-
-Mudos, pela lei nº 839, esta tinha sua comunicação baseada no 
método combinado. Essa instituição foi fundada 
durante o Império de D. Pedro II, com a 
chegada do professor francês Hernest 
Huet, que era surdo. O Instituto era 
um asilo, onde só se aceitavam 
surdos do sexo masculino, que 
vinham de todos os pontos do 
país, sendo que muitos eram 
abandonados pelas famílias na-
quele local. Inicialmente, utiliza-
va-se a língua dos sinais, mas em 
1911 adotou-se o oralismo como 
forma de comunicação. 
O estado de São Paulo tem algumas 
das mais antigas escolas para surdos do Brasil, 
como a fundada, em 1929, pelo Bispo Dom Francisco de Campos Barreto, 
oInstituto Santa Terezinha, na cidade de Campinas/SP, com atendimento 
para meninas. O Instituto foi, em 1933, transferido para São Paulo e, a 
partir de 1970, ele passou a atender meninos e meninas surdas. No final da 
década de 1970, chegou ao Brasil a filosofia da Comunicação Total.
Outra instituição de grande importância foi fundada em 1954, o 
Instituto Educacional de São Paulo (IESP), que em 1969 passou a ser cha-
mado de DERDIC, vinculado à Pontifícia Universidade Católica (PUC)/
 
Conexão 
INES
Instituto Nacional de Educação de 
Surdos, localizado no Rio de Janeiro, com 
mais de 150 anos de trabalho oferecido na área 
da surdez.
É referência nacional e tem atualmente um curso 
de graduação Bilíngue de Pedagogia, o
Primeiro Curso de Graduação Bilíngue
(Português/Língua Brasileira de Sinais – 
LIBRAS). Para conhecer melhor esse 
trabalho, acesse: http://www.ines.
gov.br/
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SP. Atualmente, é referência nacional nos estudos desenvolvidos na área 
de surdez.
Para que se organizassem melhor tanto as questões legais como as 
questões educacionais brasileiras em relação às pessoas com surdez, em 
1987 foi criada a FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração 
de Surdos).
Todos os atuais documentos mundiais falam da importância e da acei-
tação da língua de sinais como meio de comunicação dos surdos. Podemos 
citar a Declaração de Salamanca, de 1994, que traz no seu conteúdo:
[...] importância da língua gestual como meio de comunicação entre 
os surdos [...] deverá ser reconheci-
da e garantir-se-á que os surdos 
tenham acesso à educação na 
língua gestual do seu país.
Atualmente, trabalhamos com 
um sistema bilíngue para surdos, 
mas, para que se pudesse entender 
como se chegou a esta definição, era 
necessário ter conhecimento do pro-
cesso educacional por que passaram as 
pessoas com surdez até hoje, século XXI, 
quando a LIBRAS é reconhecida como um idioma 
e, como tal, pode ser estudado e entendido como aquisição de uma língua, 
que tem estruturas sintáticas, semânticas e morfológicas próprias.
AtiviUaUes
Vamos testar os conhecimentos adquiridos. Julgue verdadeiras (V) 
ou falsas (F) as assertivas a seguir.
  )( Aristóteles acreditava que os surdos poderiam ser educados.
  )( Em 1815, o americano Thomas Hopkins Gallaudet foi à Europa co-
nhecer os diferentes métodos de educação para surdos. No ano seguinte, 
voltou aos Estados Unidos com Laurent Clerc, um dos primeiros professo-
res surdos, para auxiliá-lo na criação de uma escola.
 
Conexão 
Agora vamos assistir ao 
vídeo Orquestra de sinais, que 
mostrará o processo de inclusão de 
uma criança no Brasil em uma escola 
infantil e pública.
Disponível em www.dominiopublico.gov.br
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  )( A primeira instituição para surdos criada no Brasil data de 1875, em 
São Paulo.
  )( Sócrates, já na Antiguidade, percebia que a comunicação dos surdos 
necessitava dos gestos.
  )( Na Idade Média, surdos eram considerados inaptos à educação e ao 
sacerdócio. Somente eram respeitados juridicamente se falassem e casa-
vam-se apenas com a permissão do papa. 
  )( O II Congresso Mundial, em Milão (1880), declarou que a língua ideal 
para os surdos se desenvolverem era a língua de sinais.
  )( O Abade Charles de L’Épée criou a primeira escola pública para sur-
dos na França.
  )( Na Alemanha, foi criado o método alemão, por Samuel Heinike, que 
aceitava o uso dos sinais.
Reflexão
Nesta unidade iniciamos uma contextualização dos caminhos árdu-
os percorridos pelas pessoas com surdez, seja na família, seja na escola ou 
na sociedade. A questão central sempre foi a aceitação da diferença.
Em cada época, em função de crenças e de objetivos políticos e eco-
nômicos, vimos a forma como eram tratados aqueles que tinham alguma 
deficiência. Alguns entendiam a morte como salvação, outros se deixavam 
viver, mas em condições subumanas, e, por fim, eles não tinham os seus 
direitos garantidos nem eram tidos como membros da sociedade. 
O uso da oralidade e da língua de sinais os conflitos para aceitar 
qual seria a melhor forma dos surdos se comunicarem e se desenvolverem 
educacionalmente e na área social, foram os grandes embates vistos na 
historia, porem também foi observado que na maioria das discussões e 
tomadas de decisões os surdos pouco participavam ou eram indagados das 
suas opiniões.
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Leituras recomenUaUas
MAZZOTTA, Marcos J. Silveira. Educação especial no Brasil: histó-
ria e políticas públicas. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2005.
Essa obra mostra toda a trajetória da educação especial no Brasil, in-
dicando as principais instituições que foram base para o atendimento 
educacional das pessoas com deficiência. Com essa trajetória, também 
se mostra o processo de segregação até a discussão da diferença entre 
integração e inclusão.
LACERDA, C.B.F. Um pouco da história das diferentes aborda-
gens na educação dos surdos. Disponível em: http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32621998000300007-
&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 29/05/2011. 
SACKS, O. Vendo vozes: uma viagem ao mundo dos surdos. São Pau-
lo: Companhia das Letras, 1998.
Referências
ARANHA, M.S. Paradigmas da relação da sociedade com as pes-
soas com deficiência. Revista do Ministério Público do Trabalho, Ano 
XI, no. 21,março, 2001, pp. 160-173.
GUGEL, Maria aparecida Gugel. Pessoas com Deficiência e o Direito 
ao Trabalho. Florianópolis : Obra Jurídica, 2007.
SOARES, M.A.L. A Educação do surdo no Brasil. Editora Autores 
Associados, 2002. 2. ed.
Na próxima uniUaUe 
Estaremos estudando as questões clinicas, nomenclaturas e se existe 
diferenças entre surdos e deficientes auditivos. Atenção, pois serão que-
brados mitos com relação a preconceito associado a maneira como nos 
referimos as pessoas com surdez.
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Questões Clínicas da 
Surdez e as Nomenclaturas 
Nesta unidade, conversaremos sobre o 
que é a surdez e como ocorrem as lesões. 
Entenderemos como a surdez é dividida, quais 
são seus graus e como isso interfere na vida diária.
Percebe-se que, no decorrer da história, muitas 
nomenclaturas foram sendo alteradas, e na área da sur-
dez não foi diferente. Será explicado se existe realmente 
necessidade dessas mudanças ou se somente são sinônimos. 
Antes de compreender os tipos de comunicação que são utili-
zados pela comunidade de surdos, é fundamental entender como 
essa deficiência ocorre e quais são as consequências para a vida 
familiar, escolar e social.
Nesta unidade, conheceremos a audição humana e entendere-
mos como o som é processado. Também serão discutidas as questões 
referentes às nomenclaturas, bem como se existem diferenças ou são 
apenas sinônimos.
Objetivos da sua aprendizagem
O objetivo desta unidade é levar o aluno ao conhecimento das 
questões clínicas ligadas à surdez, desmistificando várias nomenclaturas 
e definições.
Você se lembra?
Várias doenças e infecções ou mesmo a introdução de objetos no 
ouvido podem ocasionar a surdez. Você se lembra de ser informado 
dos cuidados com a sua audição? Já conheceu pessoas que tinham 
a audição perfeita e, por uma doença ou qualquer outro fato, fica-ram surdas? Pois é, pense nisso. As pessoas não nascem somen-
te com a deficiência e podem no decorrer da vida passar a ser 
pessoas com deficiência.
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2.U Características Clinícas Ua SurUez
A audição é medida em decibéis (db), que é a unidade de medida 
referente à intensidade de sons. Uma audição normal está entre 0 e 25 db 
e, quanto maior for o número de decibéis, maior será a perda auditiva.
Vamos conhecer como é o caminho percorrido pelo som para que 
possamos ouvir ou mesmo entender em qual parte pode ter ocorrido um 
problema que poderá levar à surdez.
Ouvido Externo Ouvido Médio
Ouvido 
Interno
Estribo
Nervo
auditivo
Janela
oval
Cóclea
Trompa de
Eustáquio
Canal
semicircularOssotemporal
Pavilhão
Auditivo
Canal
Auditivo
externo
Martelo
Timpano
Bigorna
Lenticular
( 1 )
( 2 )
( 5 )
( 3 )
( 4 )
que vibra os
ossiculos
O som chega pelo
meato, vibra o tímpano
a propagação da
sai cóclea para a
trompa de Eustáquio
A base do estribo
transmite a vibração
para dentro do líquido
e a onda se propaga
fazendo a 
membrana basilar
ressonar de acordo
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Questões Clínicas da Surdez e as Nomenclaturas – Unidade 2
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CURIOSIDADE
O ouvido é dividido em três partes: 
externo, médio e interno.Ouvido externo: 
é formado pela orelha e pelo canal auditivo, 
com a membrana timpânica no fundo do canal. 
Ouvido médio: nele estão os três ossículos (mar-
telo, bigorna, estribo) e a abertura da tuba auditiva. 
Ouvido interno: também chamado de labirinto, é 
formado pelo aparelho vestibular (equilíbrio) e pela 
cóclea (audição).
A diminuição da audição (surdez) produz re-
dução na percepção de sons e dificulta 
a compreensão das palavras.
Agora que entendemos como é o processo para que possamos ouvir, 
fica mais fácil ter cuidado para não lesionar alguma região do ouvido. De-
vemos ficar atentos a infecções no ouvido médio (otite).
Continuando o estudo da au-
dição e do que pode causar a 
surdez, entenderemos a im-
portância do período de 
aquisição da linguagem, 
que é fundamental para a 
organização dos atendi-
mentos às crianças surdas. 
A aquisição está divi-
dida em pré-lingual, ou seja, 
ocorreu antes da aquisição 
da linguagem, ou pós-lingual, 
que ocorreu depois da aquisição da 
linguagem. Saber esses dados auxilia na 
organização das formas de comunicação, oral ou gestual.
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Marchesi (1997) constatou que quase 100% de um segmento signifi-
cativo de adolescentes que haviam perdido a audição após os três anos de 
idade tinham desenvolvido uma linguagem interna. Tal afirmativa deve-se 
ao fato de que, tendo perdido a audição após essa idade, a criança já havia 
tido uma dominância cerebral consolidada, o que lhe permitiu o registro 
da experiência auditiva.
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De acordo com Araujo (2005, p.244)
Como, até os três primeiros anos de vida, a organização das fun-
ções neurológicas está se fazendo, a competência linguística é de-
masiadamente frágil. As crianças que ficam surdas nesse período, 
considerado pré-linguístico, fase em que não está estruturada ainda 
a linguagem dos ouvintes, não deixam de poder desenvolver uma 
linguagem a fim de se comunicar, porém isso ocorre com uma es-
truturação diferente.
Com essas informações, fica evidente o quanto é fundamental saber-
mos a época em que ocorreu a surdez.
A surdez pode ser dividida em dois grandes grupos (BRASIL, 
2006): 
• congênitas: o indivíduo já nasceu surdo; 
• adquiridas: o indivíduo perde a audição no decorrer da sua 
vida.
As causas da surdez estão divididas em três grupos: 
• pré-natais: surdez causada por fatores genéticos e hereditários, 
doenças adquiridas pela mãe na época da gestação (rubéola, 
toxoplasmose, citomegalovírus) e exposição da mãe a drogas 
ototóxicas (medicamentos que podem afetar a audição);
• perinatais: frequentemente causada por parto prematuro, anó-
xia cerebral (falta de oxigenação no cérebro logo após o nas-
cimento) e trauma de parto (uso inadequado de fórceps, parto 
excessivamente rápido, parto demorado);
• pós-natais: doenças adquiridas pelo indivíduo ao longo da 
vida, como meningite, caxumba, sarampo. Além do uso de me-
dicamentos ototóxicos, outros fatores também têm relação com 
a surdez, como avanço da idade e acidentes.
De acordo com o local onde ocorreu a lesão, têm-se características 
distintas: 
Condutiva: quando está localizada no ouvido externo e/ou no ou-
vido médio; as principais causas deste tipo são as otites, rolha de 
cera, acúmulo de secreção que vai da tuba auditiva para o interior 
do ouvido médio, prejudicando a vibração dos ossículos (geralmen-
te aparece em crianças frequentemente resfriadas). Na maioria dos 
casos, essas perdas são reversíveis após tratamento.
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• Neurossensorial: quando a alteração está localizada no ouvido inter-
no (na cóclea ou em fibras do nervo auditivo). Esse tipo de lesão é irre-
versível; as causas mais comuns são a meningite e a rubéola materna.
• Mista: quando a alteração auditiva está localizada no ouvido 
externo e/ou médio e ouvido interno. Geralmente ocorre devido a 
fatores genéticos, determinantes de má formação.
• Central: a alteração pode se localizar desde o tronco cerebral até 
às regiões subcorticais e córtex cerebral.
(BRASIL, 2006, p.16)
(BRASIL,2006,p.16)
As características da surdez dependem do tipo e da gravidade do 
problema que a causou. De acordo com o grau da surdez, podem-se obser-
var as características que esta perda traz para o indivíduo. 
Uma criança com perda leve pode apresentar dificuldade em en-
tender mensagens, sobretudo com palavras de uso pouco frequente, não 
identifica totalmente os sons produzidos com voz ciciada, tem melhor per-
cepção quando utiliza uma prótese auditiva e pode apresentar pequenas 
dificuldades articulatórias. Normalmente, essas crianças são consideradas 
muito distraídas.
 
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Perda leve
Já a criança com uma perda auditiva moderada só identifica palavras 
produzidas com elevação de voz; é necessária a colocação de uma prótese 
auditiva para que ela consiga perceber os sons; pode não conseguir acom-
panhar uma discussão em grupo; a articulação é bastante imprecisa e a 
linguagem expressiva oral apresenta-se limitada. Existe a necessidade de 
estas crianças usarem próteses auditivas – elas necessitam de treino audi-
tivo e de grande estimulação da linguagem.
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Perda auditiva moderada
Quando a criança apresenta perda severa, ela consegue ouvir apenas 
os sons próximos; só consegue perceber algumas palavras se estas forem 
amplificadas, e o processo de aquisição da linguagem oral não é feito de 
forma espontânea. Elas não podem dispensar do uso das próteses e, na 
maioria das vezes, utilizam a língua de sinais para se expressar, bem como 
para compreender os outros.
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Perda auditiva severa
A deficiência auditiva profunda faz comque a criança não consiga 
perceber a fala através da audição, mas ela pode perceber sons altos e vi-
brações e apresenta muitas limitações para a aquisição da linguagem oral. 
Deve ser ensinada à criança a língua de sinais.
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Perda auditiva profunda
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O quadro a seguir é um resumo dos graus da surdez. É importante 
lembrar que podem existir diferenças na abordagem feita por alguns auto-
res, mas adotaremos em nossos estudos os dados que se seguem.
Leve
26 a 40 db
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Dificuldade para ouvir 
o som do tique-taque do 
relógio ou uma conver-
sação sussurrada (cochi-
cho). 
Moderada
41 a 70 db
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Dificuldade para ouvir 
uma voz fraca ou o can-
to de um pássaro e para 
participar de discussões 
em sala. Usa AASI (apa-
relho de amplificação 
sonora individual).
Severa
71 a 90 db
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IA Dificuldades para ouvir 
o telefone tocando ou os 
ruídos das máquinas de 
escrever num escritório.
Profunda
Acima de 91 db
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IA Dificuldades para ouvir 
o caminhão, o som na 
discoteca, o ruído de um 
avião decolando.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 1,5% da popula-
ção dos países em desenvolvimento têm problemas relativos à audição, e 
a surdez, em seus diversos graus, atinge 10% da população mundial.
2.2 Nomenclaturas e surUez: qual a importância em 
Uiferenciar surUos e Ueficientes auUitivos? 
Podemos pensar “o surdo” partindo de duas definições distintas: 
uma clínica e outra sócio-antropológica.
Na visão clínica, enfatiza-se a perda da audição. Skliar (1997, 
p.45) cita: 
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[...] o surdo é considerado uma pessoa que não ouve e, portanto, 
não fala. É definido por suas características negativas; a educação 
se converte em terapêutica, o objetivo do currículo escolar é dar ao 
sujeito o que lhe falta: a audição, e seu derivado: a fala. 
O autor citado também define:
Medicalizar a surdez significa orientar toda a atenção à cura do 
problema auditivo, à correção de defeitos da fala, ao treinamento 
de certas habilidades menores, mais que a interiorização de instru-
mentos culturais significativos, como a língua de sinais. E significa 
também opor e dar prioridade ao poderoso discurso da medicina 
frente à débil mensagem da pedagogia.
Entretanto, podemos pensar um indivíduo surdo capaz e uma surdez 
não como fim.Assim define Sánchez (1998, p.51):
A surdez não é uma doença que necessita de cura, mas é uma con-
dição que deve ser aceita. Os surdos não são inválidos que precisam 
de reabilitação. Eles são membros de uma comunidade linguística 
minoritária que deve ser respeitada e possuem o direito inalienável 
de receber sua educação nesta língua.
Capovilla (1998, p.1543) também relata o antagonismo da termino-
logia surdo, baseado nestes dois posicionamentos, sendo que a:
[...] posição médica que considera a surdez como um problema a ser 
resolvido e o surdo como portador de uma deficiência a ser curada, 
há posição antropológica que considera a surdez como uma pecu-
liaridade humana e o surdo como portador de uma cultura e uma 
língua própria a serem respeitadas.
Tomando o conceito de surdez enquanto construção social, e não 
como falta biológica, conseguimos visualizar possibilidades educacionais, 
sociais, mas é de fundamental importância reconhecer que é por meio da 
língua de sinais que essas pessoas conseguem realmente participar do 
mundo, expressando seus desejos e suas vontades e assumindo realmente 
seu papel na sociedade. 
As questões de nomenclatura sempre são colocadas é de fundamen-
tal importância conhecer como se define tecnicamente, segundo Sassaki 
(2005): 
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[...] deficiência auditiva é a “perda parcial ou total bilateral, de 25 
(vinte e cinco) decibéis (db) ou mais, resultante da média aritmé-
tica do audiograma, aferida nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 
2.000Hz e 3.000Hz” (art. 3º, Resolução nº 17, de 8/10/03, do CONA-
DE – Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Defici-
ência.Porém em 2/12/04, o Decreto nº 5.296, de 2/12/04, alterou de 
25 decibéis para 41 decibéis, a definição de Deficiência Auditiva.
Uma das definições que poderíamos adotar é a que coloca os surdos 
como pessoas que utilizam a comunicação espaço-visual como principal 
meio de conhecer o mundo, em substituição à audição e à fala. Eles são 
usuários da língua de sinais; sua audição não é funcional na vida comum. 
Para o hipoacústico (deficiente auditivo), a audição, ainda que deficiente, 
é funcional com ou sem prótese auditiva.
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Surdo
Marques (1998) define que o surdo compreende o mundo pelo visual. 
Este apresenta um pensamento plástico que atravessa ideias e com-
portamentos através de uma linguagem que existe pelas imagens e 
representações mentais que informam a percepção, de acordo com 
características intelectivas próprias. A visualidade é o principal 
canal de processamento de esquemas de pensamento que propicia 
a aquisição, construção e expressão de conhecimento, valores e vi-
vências que levam a uma concepção de mundo muito particular. A 
linguagem visual para o sujeito surdo é a sistematização e produto 
de seu desenvolvimento cognitivo e histórico, tornando-se instru-
mento para a formulação de generalizações que facilitem a transição 
da reflexão sensorial espontânea para o pensamento racional através 
do uso dos signos.(MARQUES,1998 apud DALCIN,2005,p.13) 
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Para a educação, é de fundamental importância o tipo de comunicação 
que a pessoa com surdez utiliza, não somente para que assim se possa ga-
rantir a presença dos intérpretes de LIBRAS nas escolas, mas também para 
se organizarem os atendimentos educacionais em LIBRAS e de LIBRAS.
Uma reflexão que poderia ser feita é que talvez o mais importante 
não seja como é chamada a pessoa com surdez, mas como se lida com a 
deficiência, pois estaríamos discutindo principalmente o preconceito que 
pode haver por trás das palavras. 
AtiviUaUes
Para reforçar nosso estudo vamos associar:
1. Perda leve ( ) até 25db
2. Perda moderada ( ) 71 a 90db
3. Perda severa ( ) 41 a 70db
4. Perda profunda ( ) 26 a 40db
5. Audição normal ( ) acima de 91db
01. Qual a definição, de acordo com a sócio-antropologia, de surdo e de-
ficiente auditivo?
02. O que uma criança com perda auditiva moderada consegue perceber 
auditivamente?
Reflexão
Nesta unidade, o objetivo foi mostrar um pouco da deficiência au-
ditiva, suas causas, características e necessidades mais elementares. É im-
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portante pensarmos que qualquer pessoa pode vir a ser surda se cuidados 
não forem tomados para a sua saúde auditiva.
Durante a vida, temos a oportunidade de perceber e ter o prazer de 
ouvir váriossons distintos, como sons dos pássaros, uma música, até mes-
mo o barulho dos carros, das buzinas, enfim, podemos perceber o mundo 
à nossa volta por meio dos sons. Nossa atenção é guiada, muitas vezes, 
pelo sentido da audição. Para muitos, o silêncio incomoda; imagine nunca 
ter escutado, nem seu nome, nem a mãe chamando, como seria entender o 
mundo sem esse sentido?
Talvez valha a pena citar Helen Keller, que escreveu um texto cha-
mado “Três dias para ver”. Depois faça uma reflexão:
Várias vezes pensei que seria uma bênção se todo ser humano, de 
repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no princípio da vida 
adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silêncio lhe en-
sinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir 
o que eles veem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que volta-
va de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. “Nada de 
especial”, foi a resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques 
e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo 
tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a de-
licada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma 
bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro. Na primavera, toco os 
galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro 
sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, 
quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezi-
nha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
[...] Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que veem: usem 
seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se apli-
ca aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, 
os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar 
surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sin-
tam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã 
não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os 
sentidos; gozem de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo 
lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza.
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Leituras recomenUaUas
SASSAKI,R.K. Terminologia sobre deficiência na era da inclusão. Dis-
ponível em http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=69:terminologia-sobre-deficiencia-na-era-
da-inclusao&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=17 
___________. Nomenclatura na área da surdez. Disponível em 
http://www.educacaoonline.pro.br/index.php?option=com_conten
t&view=article&id=69:terminologia-sobre-deficiencia-na-era-da-
inclusao&catid=6:educacao-inclusiva&Itemid=17
No primeiro texto, o autor discute que pensar na perspectiva da edu-
cação inclusiva nos remete também a pensar na mudança de alguns voca-
bulários para que melhor se encaixem quando se referem a determinados 
grupos de pessoas. No segundo material, ele pontua a área da surdez e 
desmistifica vários nomes. Também devemos tomar cuidado para não ro-
tular as pessoas, pois elas têm a deficiência, não são a deficiência.
Referências
BRASIL. Saberes e práticas da inclusão: desenvolvendo competên-
cias para o atendimento às necessidades educacionais especiais de alu-
nos surdos. 2. ed. SEESP/MEC. Brasília: MEC, 2006. 
BUENO, J.G.S. Surdez, linguagem e cultura. Cad. CEDES, vol.19, 
nº46, Campinas, set/1998.
SACKS, O. Vendo vozes. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
Na próxima uniUaUe 
Na próxima unidade estudaremos as línguas orais e as gestuais, suas 
diferenças e quais características têm para ser consideradas idiomas. E um 
pouco da história da língua de sinais e da LIBRAS. 
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Comunicação, Línguas 
Orais e de Sinais
Nesta Unidade, discutiremos as diferen-
ças entre as duas línguas: oral e gestual.
Também será mostrado como os sinais passaram, 
com o tempo, a terem características de língua/idioma.
Muitas pessoas acreditam que a língua de sinais é 
universal, o que é um grande equívoco. Cada país tem a sua 
língua e tem marcas fortes de sua cultura e na maneira como 
percebem o mundo.
As línguas orais têm diferenças de um município para o ou-
tro; as línguas de sinais também.
Vale lembrar a citação do psiquiatra surdo norueguês
Terje Basilier:
Quando eu aceito a língua de outra pessoa, eu aceito a pessoa...
Quando eu rejeito a língua, eu rejeito a pessoa porque a língua é 
parte de nós mesmos... Quando eu aceito a Língua de Sinais, eu 
aceito o surdo, e é importante ter sempre em mente que o surdo tem 
o direito de ser surdo. Nós não devemos mudá-los, devemos ensiná-
los, mas temos que lhes permitir ser surdo. 
Na Unidade III, estamos falando sobre o foco principal, que é a 
comunicação. É por meio da comunicação que as pessoas se relacionam, 
expressam seus sentimentos, enfim, mantêm contato com o mundo que 
as rodeia.
Objetivos da sua aprendizagem
O objetivo da unidade III é mostrar a importância da comu-
nicação tanto oral como gestual.
Você se lembra?
Você se lembra do cinema mudo? Conseguimos en-
tender Charles Chaplin mesmo sem nada ouvir, apenas 
observando suas expressões faciais e corporais. 
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3.U Comunicação
Antes de iniciarmos o estudo das línguas orais e gestuais, vamos 
pensar a respeito da comunicação, que é a base do nosso estudo.
Comunicação vem do latim communicatio, que quer dizer “atividade 
realizada conjuntamente”, pois a palavra tem este significado religioso:
No mosteiro aparecera uma prática que recebeu o nome de 
communicatio, que é o ato de “tomar a refeição da noite em co-
mum”, cuja peculiaridade era evidentemente não recair sobre a 
banalidade do ato de “comer”, mas de fazê-lo “juntamente com os 
outros”, reunindo então aqueles que se encontravam isolados. A 
originalidade dessa prática fica por conta dessa ideia de “romper o 
isolamento”, e nisto reside a diferença entre a communicatio ecle-
siástica e o simples jantar da comunidade primitiva. Não se trata, 
pois, de relações sociais que naturalmente os homens desenvol-
vem, mas de uma certa prática, cuja novidade é dada pelo plano 
de fundo do isolamento. Daí a necessidade de se forjar uma nova 
palavra, para exprimir novidade dessa prática. (HOHLFELDT, 
MARTINO, FRANÇA, 2007, p.13)
Ou seja, como diz Vanoye (2003, p.1), “[...] toda comunicação tem por 
objetivo a transmissão de uma mensagem”, que traz a ideia mais simples de 
conversa, do diálogo entre duas ou mais pessoas (emissor é quem produz a 
mensagem – receptor é quem recebe a mensagem), e isso pode ocorrer de 
várias maneiras por gestos, fala, escrita, meios de comunicação etc. 
A comunicação estabelece uma relação com alguém ou com alguma 
coisa e através desta relação ocorrem as modificações, pois vivemos em 
sociedade. 
Sabe-se que a comunicação nasceu na pré-história, como forma de 
expressão que ocorria por meio de desenhos nas paredes das cavernas, de-
pois retorna na invenção da escrita pelos sumérios, em 3.500 a.C. e assim 
por diante a comunicação vai se desenvolvendo com as sociedades, pois 
tem varias funções que são lhe atribuídas através de mensagens como in-
formar, persuadir, convencer, prevenir e etc. 
Durante este capítulo, estudaremos alguns tipos de comunicação, por-
que toda comunicação envolve um comportamento social, principalmente a 
linguagem, que vai nos ajudar a entender melhor como ocorrem as intera-
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Comunicação, Línguas Orais e de Sinais – Unidade 3
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ções entre alunos com e sem deficiência nesse

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