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Direito Administrativo

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Direito Administrativo/Questões.doc
Direito Administrativo – Prof. Elyesley Silva – www.econcursos.net
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Atos administrativos
(Advogado do SERPRO 2008) Quando o médico detentor de cargo efetivo faz uma cirurgia em hospital público, esse ato é considerando um ato administrativo propriamente dito. 
(Analista Administrativo SEGER 2007) O ato que desatenda um dos requisitos do ato administrativo, que são: competência, finalidade, forma, motivo e objeto será nulo. 
(Agente de Polícia Civil/ES 2008) A competência é requisito de validade do ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade administrativa que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-lo. 
(Analista Judiciário TRE/RS 2003) Enquanto, no desvio de finalidade, a autoridade, embora competente para a prática do ato, vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas, no excesso de poder, a autoridade pratica atos por motivos ou fins diferentes daqueles objetivados pela lei ou pelo interesse público. 
(Técnico de Controle Externo TCU 2007) A finalidade dos atos administrativos é sempre um elemento vinculado, pois o fim desejado por qualquer ato administrativo é o interesse público. 
(Analista TSE 2007) É dispensável a motivação expressa de atos discricionários. 
(Analista Administrativo Ministério da Saúde 2008) Se um servidor público tiver requerido suas férias para o mês de fevereiro de 2009, o chefe da repartição poderá indeferi-las sem deixar expresso no ato o motivo do indeferimento. Se, todavia, o indeferimento se der sob a alegação de que há falta de pessoal na repartição e o servidor público provar que, ao contrário, há excesso de pessoal, o ato estará viciado no motivo. 
(Técnico de Nível Superior do MDS 2008) Os atos administrativos gozam de presunção juris tantum de legitimidade (atributos do ato administrativo). Desse modo, presume-se, até prova em contrário, que os atos administrativos tenham sido emitidos com observância da lei. 
(Advogado da HEMOBRAS 2008) Os atos administrativos possuem presunção de legitimidade. 
(Administrador do DFTRANS 2008) A auto-executoriedade é o atributo pelo qual o ato administrativo deixa automaticamente de surtir efeito, após decorrido o período nele designado. 
(Analista Judiciário – Administração do TJDFT 2007) De acordo com o princípio da presunção de legitimidade, os atos executados por um servidor do TJDFT, no exercício de sua função, são verdadeiros, legítimos e legais, até que se prove o contrário. 
(Analista Judiciário – Administração do TJDFT 2007) A imperatividade é o atributo pelo qual algumas espécies de atos administrativos se impõem a terceiros, mesmo que não haja sua concordância explícita. 
(Analista do MPE RR 2008) Os atos administrativos discricionários não são passíveis de controle pelo Poder Judiciário. 
(Técnico de Nível Superior do MDS 2008) Caso a administração pública tenha tomado uma providência desarrazoada, a correção judicial embasada na violação do princípio da razoabilidade invadirá o mérito do ato administrativo, isto é, o campo de liberdade conferido pela lei à administração para decidir-se segundo uma estimativa da situação e critérios de conveniência e oportunidade. 
(Advogado da HEMOBRAS 2008) O mérito administrativo consiste no poder conferido por lei ao administrador para que ele, nos atos discricionários, decida sobre a oportunidade e conveniência de sua prática. 
(Técnico de Nível Superior do MDS 2008) Em regra, o direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários não se sujeita a prazo de decadência. 
(Analista do MC 2008) A administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos. 
(Analista do MC 2008) O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
(Procurador do Estado 2008) A revogação do ato administrativo incide sobre ato inválido. 
(Procurador do Estado 2008) A revogação do ato administrativo tem efeitos ex tunc. 
(Procurador do Estado 2008) Somente a administração pública possui competência para revogar os atos administrativos por ela praticados. 
(Administrador DFTRANS 2008) Diferentemente da revogação, que pode ser feita pela própria administração pública, a anulação de um ato administrativo somente pode ser decretada pelo Poder Judiciário. 
(Técnico Judiciário do STJ 2008) Ainda que um ato praticado pela administração tenha observado todas as formalidades legais, ela poderá revogá-lo se julgar conveniente, desde que respeite os direitos adquiridos por ele gerados. 
(Técnico do MPE RR 2008) Os atos administrativos podem ser revogados pelo Poder Judiciário. 
(Juiz Federal TRF 5o Região 2004) O vício meramente de forma do ato administrativo pode causar-lhe a nulidade absoluta (ou nulidade, para alguns) e não apenas a nulidade relativa (ou anulabilidade, para alguns). 
(Analista de Informática do STJ 2008) Os atos administrativos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria administração, com efeitos retroativos, desde que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros. 
(Analista do MC 2008) Os atos que apresentarem defeitos, mesmo que comprovadamente sanáveis, ainda que não acarretem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, devem ser revogados pela administração pública. 
Processo Administrativo Federal (Lei n° 9.784/99)
(2003/AGU) Em face da atual distribuição de competência na Constituição da República, cabe à União legislar acerca de processo administrativo para si própria e para os demais entes da Federação. 
(Procurador do MP/TCU 2004) A vedação de aplicação retroativa de nova interpretação de norma administrativa encontra-se consagrada no ordenamento jurídico pátrio e decorre do princípio da segurança jurídica.
(Oficial de Chancelaria 2006) De acordo com o disposto na Lei n.º 9.784/1999, órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, enquanto entidade é a unidade de atuação integrante da estrutura da administração direta e indireta.
(Técnico do TCU 2007) Pedidos de vários interessados com conteúdo e fundamentos idênticos devem ser formulados em requerimentos separados, com vistas à maior agilidade dos processos administrativos e à diminuição dos seus volumes.
(Oficial de Chancelaria 2006) São considerados legitimados como interessados no processo administrativo inclusive aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada. 
(Técnico do TJDFT/2008) Uma associação, mesmo que legalmente constituída, não tem legitimidade para promover a defesa de direitos ou interesses difusos no âmbito do processo administrativo. 
(Técnico do TCU 2007) Os atos do processo administrativo devem ser produzidos por escrito, com a assinatura da autoridade que os pratica. Essa assinatura deve ser submetida ao reconhecimento de firma, afastando-se qualquer dúvida sobre a sua autenticidade.
(Analista ANATEL 2006) No âmbito do processo administrativo, a instrução probatória cabe à parte, sendo vedado à administração substituir os interessados desse ônus processual, sob pena de violação da imparcialidade.
(2005/ANCINE/Advogado) No processo administrativo, se excluídas a delegação e a avocação, a competência é irrenunciável. 
(Técnico do TJDFT/2008) Em regra, as delegações são permitidas como forma de desconcentração. No entanto, excetuam-se dessa regra, por
expressa disposição legal, a edição de atos normativos, a decisão de recursos administrativos e as matérias de competência exclusiva. 
(Advogado da União 2006) Salvo impedimento legal, circunstância de natureza meramente econômica pode ser invocada para justificar a conveniência de um órgão administrativo colegiado em delegar parte da sua competência a seu presidente.
(Advogado da União 2006) É obrigatória a publicação em meio oficial dos atos de delegação ante o seu caráter formal e, a partir da publicação, o ato de delegação torna-se irrevogável.
(Advogado da União 2006) A avocação é ato excepcional, de caráter transitório, que, no entanto, dispensa motivação por parte da autoridade hierarquicamente superior que a determina. 
(Analista ANATEL 2006) A avocação temporária de competência é admitida, desde que seja em caráter excepcional e se relacione a órgãos hierarquicamente subordinados, prescindindo da relevância dos motivos e de justificação.
(Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009) A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria. Como exceção, pode ser objeto de delegação a decisão a ser proferida em recursos administrativos.
(Analista do TCU 2004) A intimação do interessado para ciência de decisão ou a efetivação de diligências podem ser efetuadas por qualquer meio que assegure a certeza da ciência do interessado. 
(Defensor Público AM 2003) No processo administrativo, têm direito de recorrer de uma decisão não apenas as partes envolvidas no processo, mas quaisquer titulares de direitos e interesses que forem afetados pela decisão recorrida. 
(Advogado da União 2006) O recurso hierárquico impróprio é o pedido de reexame dirigido à autoridade superior àquela que produziu o ato impugnado, isto é, verifica-se dentro da mesma escala hierárquica. 
(Procurador do MP/TCU 2004) Observado o mesmo princípio do direito processual civil, o desatendimento de intimação pelo administrado importa o reconhecimento da verdade dos fatos. 
(2004/STJ/Analista Judiciário) Todo recurso administrativo tem, em regra, efeito devolutivo e, excepcionalmente, efeito suspensivo. 
(Juiz Substituto TJTO 2007) Por meio do recurso ou da revisão administrativa, não se admitirá como resultado o agravamento da situação do recorrente. 
(Procurador MP TCM/GO 2007) A Lei n.º 9.784/1999 fixa um prazo prescricional de cinco anos, contados da data em que foram praticados, para a administração anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários. 
(Procurador Jurídico PMRB 2007) O poder que tem a administração de anular qualquer ato administrativo ilegal está subordinado, no âmbito federal, a prazo decadencial de 5 anos. 
(Juiz Substituto TJBA 2005) No controle administrativo dos atos da administração pública, a sistemática de recursos baseia-se no princípio de hierarquia que subjaz à estrutura dos órgãos e dos entes públicos. Isso significa que, com exceção dos recursos destinados à própria autoridade que haja produzido o ato, todos os demais devem ser dirigidos à autoridade hierarquicamente superior àquela.
(Advogado da União 2006) Entre o recurso hierárquico e o pedido de reconsideração há diferença consubstanciada no fato de que, enquanto o recurso hierárquico é dirigido sempre à autoridade superior àquela de cujo ato se recorreu, o pedido de reconsideração é uma solicitação feita à autoridade que despachou no caso, com o fim de imprimir outro rumo à decisão anteriormente tomada.
A administração direta do estado do Amazonas multou Cristiano por imputar a ele uma determinada infração ambiental. Inconformado, Cristiano realizou pedido administrativo de anulação da multa, por considerá-la ilegal, mas sua solicitação foi indeferida. Irresignado, ele recorreu dessa decisão indeferitória, mas ingressou com o recurso fora do prazo. Acerca da situação hipotética apresentada, julgue os itens a seguir.
(Defensor Público AM 2003) Embora a intempestividade obste o conhecimento do recurso, nada impede que a autoridade administrativa competente reconheça a procedência da argumentação de Cristiano e anule, de ofício, a penalidade.
(Defensor Público AM 2003) Para que tenha direito a postular judicialmente a anulação da referida multa, Cristiano precisa comprovar que exauriu todos os recursos administrativos possíveis.
(Procurador do MP/TCU 2004) Os atos do processo administrativo independem de forma determinada, a menos que a lei expressamente o exija.
(Delegado de Polícia Federal 2004) A possibilidade de reconsideração por parte da autoridade que proferiu uma decisão objeto de recurso administrativo atende ao princípio da eficiência.
(Procurador MP TCM/GO 2007) A Lei n.º 9.784/1999 institui normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da União, dos estados, do DF e dos municípios, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da administração.
(Promotor de Justiça MT 2005) Com a promulgação da Lei n.º 9.784/1999, todo o processo administrativo passou a ser exaustivamente regulado por suas disposições. Uma das características desse processo é a gratuidade, ressalvada a possibilidade de a administração cobrar o ressarcimento de certos custos, como o de extração de cópias.
(Analista do TCU 2004) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, delegar essa competência ao respectivo presidente.
(Analista ANS 2005) O recurso administrativo, em regra, tem efeito suspensivo, o qual deve ser sempre motivado por causas como o justo receio de ocorrência de prejuízo de difícil ou incerta reparação decorrente de execução da decisão recorrida.
Ana, servidora pública, solicitou a concessão de licença para capacitação, com o objetivo de cursar, por dois meses, um curso de língua inglesa na Austrália. O pedido foi indeferido porque a autoridade competente, Bartolomeu, considerou que, embora presentes os requisitos formais que permitissem a concessão desse tipo de licença, não havia interesse da administração em liberar servidores para efetuarem esse tipo de curso. Ana, então, apresentou pedido de reconsideração, argumentando que a capacitação dos servidores para falar outras línguas era relevante para a administração, mas esse pedido foi indeferido por Bartolomeu, que reiterou a inexistência de interesse administrativo. Irresignada, Ana ingressou com recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração, dirigindo-o à autoridade imediatamente superior a Bartolomeu. Com relação ao direito de Ana à referida licença, bem como à decisão que indeferiu o pedido de concessão, julgue os itens.
(Analista TSE 2007) O pedido de reconsideração deveria ter sido dirigido ao superior imediato de Bartolomeu.
(Analista TSE 2007) O pedido de reconsideração é descabido, por tratar-se de decisão de caráter discricionário.
(Analista TSE 2007) O recurso interposto por Ana é descabido, pois pedidos de reconsideração são irrecorríveis.
(Analista TSE 2007) Ana dirigiu o recurso à autoridade correta.
(Analista Judiciário, Área Judiciária do TRF 1º Região 2008) Os procedimentos administrativos exigem, para seu começo, a provocação do interessado, não podendo a administração, tal qual o Poder Judiciário, iniciar processo de ofício.
(Analista Judiciário, Área Judiciária do TRF 1º Região 2008) A edição de atos de caráter normativo pode ser objeto de delegação, desde que esta seja feita pelo titular de um órgão administrativo para outro que lhe seja hierarquicamente subordinado.
(Analista Judiciário, Área Administrativa do TRF 1º Região 2008) O ato de delegação deve ser publicado no meio oficial, mas a sua revogação, por restaurar competência legal, dispensa a publicização.
(Analista Judiciário,
Área Administrativa do TRF 1º Região 2008) Circunstâncias de índole social não autorizam a delegação de competência administrativa.
(Administrador da FUB 2008) Para que haja delegação de competência para a prática de ato administrativo, é necessário que exista subordinação hierárquica.
Uma vez publicado, o ato de delegação não pode ser revogado antes de decorrido o prazo de vigência fixado.
João, inspetor do trabalho, servidor do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), fiscalizou a empresa Beta e, após detectar diversas irregularidades, lavrou auto de infração, fixando multa. A empresa entendeu que o auto de infração não era cabível, pois, na sua visão, não havia qualquer irregularidade que a justificasse. A empresa, então, resolveu recorrer no prazo legal. Entretanto, ao protocolar o recurso, teve notícia de que deveria realizar prévio depósito de 30% do valor da multa fixada para poder recorrer. Tendo como referência a situação hipotética apresentada, julgue os itens.
(Técnico do STF 2008) A autoridade administrativa responsável pelo julgamento do recurso interposto pela empresa Beta pode delegar a decisão ao próprio João.
(Técnico do STF 2008) A exigência do depósito prévio como pressuposto de admissibilidade do recurso administrativo é uma exigência compatível com a CF.
(Técnico do STF 2008) Caso a administração pública verifique que o ato de João foi ilegal, deve revogá-lo em atenção à conveniência pública.
(Técnico do STF 2008) O MTE é exemplo de entidade administrativa, ou seja, unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
(Técnico do STF 2008) Nos processos administrativos de que possam resultar sanções aos administrados, como é o descrito nessa situação hipotética, devem ser garantidos os direitos de apresentação de alegações finais, produção de provas e interposição de recurso.
(Técnico do STF 2008) A empresa Beta, embora tenha direitos e interesses que podem ser afetados por decisão da administração pública, não poderá ser qualificada como interessada junto à administração pública, pois apenas as pessoas físicas podem ostentar essa qualidade.
(Técnico do STF 2008) A empresa Beta, após a interposição do recurso, não poderá dele desistir.
(Técnico Federal de Controle Externo TCU 2009) Segundo jurisprudência recente do STF, é inconstitucional a exigência de depósito prévio da multa aplicada pela administração pública como condição de admissibilidade do recurso na esfera administrativa.
(Analista Área Administrativa do STF 2008) Nos processos administrativos, em decorrência do princípio da verdade material, existe a possibilidade de ocorrer a reformatio in pejus.
(Analista Área Administrativa do STF 2008) Servidor que esteja litigando administrativamente com o interessado em um processo administrativo não está necessariamente impedido de atuar nesse processo, pois não existe litígio judicial.
(Analista Área Administrativa do STF 2008) A garantia de instância (caução) para a interposição de todo e qualquer recurso administrativo está prevista em lei.
(Juiz Federal TRF 5° Região 2009) Segundo o entendimento firmado pela Corte Especial do STJ, caso o ato acoimado de ilegalidade tenha sido praticado antes da promulgação da Lei n.º 9.784/1999, a administração tem o prazo de cinco anos para anulá-lo, a contar da prática do ato.
Improbidade Administrativa
(Especialista em Regulação ANAC 2009) Caso um indivíduo tenha exercido as funções de prefeito de certo município e, no curso de seu mandato, que se findou em 2008, tenha praticado atos de improbidade administrativa, então a ação judicial a ser movida contra esse indivíduo pelos atos praticados deverá ser proposta até dezembro de 2009, sob pena de prescrição. 
(Procurador da FHS SE 2009) Juiz federal prolatou sentença decretando a suspensão dos direitos políticos nos autos de ação de improbidade movida em face de servidor de secretaria de estado da administração de determinado estado da Federação. Nessa situação, a decisão só terá efeito após o trânsito em julgado da sentença condenatória. 
(Agente de Polícia Civil/ES 2008) Os atos tipificados nos dispositivos da Lei de Improbidade Administrativa, de regra, não constituem crimes no âmbito da referida lei, porquanto muitas das condutas ali definidas, apesar de se revestirem de natureza criminal, são definidas como crime em outras leis. 
(Agente de Polícia Civil/ES 2008) Caso um funcionário público, no exercício do cargo, contribua para que pessoa jurídica incorpore indevidamente em seu patrimônio particular, valores integrantes do acervo patrimonial de uma fundação pública, esse funcionário público, uma vez demonstrada a sua responsabilidade, estará sujeito, entre outras cominações, à perda da função pública e à obrigação de ressarcir integralmente o dano. 
(Agente de Polícia Civil/ES 2008) A Lei de Improbidade Administrativa relacionou os atos de improbidade administrativa em três dispositivos: os que importam em enriquecimento ilícito, os que importam dano ao erário e os que importam violação dos princípios norteadores da administração pública. 
(Agente de Polícia Civil/ES 2008) Somente o agente público em exercício, ainda que transitoriamente ou sem remuneração e independentemente da forma de investidura no cargo ou função, é considerado sujeito ativo de atos de improbidade administrativa. 
(Procurador do CE 2008) A ação de improbidade administrativa só poderá ser ajuizada se ficar constatado prejuízo financeiro aos cofres públicos. 
(Analista Judiciário do TJDFT 2007) A ação ajuizada não deve ter curso perante o juiz de primeira instância; nos atos de improbidade praticados por prefeito, a ação deve ter curso perante o tribunal de justiça do estado, em respeito ao foro por prerrogativa de função. 
(Agente de Inteligência da ABIN 2008) As sanções aplicáveis aos atos de improbidade têm natureza civil e, não, penal. 
Controle da Administração Pública
(Advogado do IBRAM 2009) Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), não cabe impetração de mandado de segurança quando o ato coator puder ser impugnado por recurso administrativo provido de efeito suspensivo. 
(Advogado do IBRAM 2009) Conforme entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), o controle jurisdicional a respeito do ato administrativo que impõe sanção disciplinar restringe-se aos seus aspectos meramente formais. 
(Analista Judiciário – Área Judiciária TRE/MA 2009) Invade o mérito do ato administrativo o exame, pelo Poder Judiciário, dos motivos que levaram à prática desse ato.
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) A supervisão ministerial decorre do poder de autotutela da administração pública e configura-se como modalidade especial de controle administrativo. 
(Analista Judiciário Execução de Mandados TRT 17ª Região 2009) O controle financeiro exercido pelo Poder Legislativo com o auxílio do Tribunal de Contas alcança qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens e valores públicos. Em razão do sistema de jurisdição única adotado no Brasil, as pessoas privadas, físicas ou jurídicas, estão sujeitas apenas ao controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário, não sendo passíveis de controle legislativo. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) O direito de petição previsto na CF é instrumento hábil para provocar a atuação do controle administrativo estatal. 
(Analista Judiciário Área Judiciária TRT 17ª Região 2009) O TCU integra a estrutura do Poder Legislativo e exerce a atividade auxiliar de controle externo da administração pública, da qual não faz parte o controle da legalidade dos atos administrativos, porque essa atribuição é reservada ao Poder Judiciário. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) É privativo do Senado
Federal o controle político a ser exercido mediante a aprovação prévia, após arguição em sessão secreta, da escolha de chefes de missão diplomática de caráter permanente. 
(Delegado de Polícia Civil RN 2009) O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do TCU, que, por não ser órgão jurisdicional, não está autorizado a apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do poder público. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) O titular do controle externo da atividade financeira do Estado é o TCU. 
(Juiz Federal TRF 5° Região 2009) Cada vez mais a doutrina e a jurisprudência caminham no sentido de admitir o controle judicial do ato discricionário. Essa evolução tem o propósito de substituir a discricionariedade do administrador pela do Poder Judiciário. 
(Auditor Federal de Controle Externo TCU 2009) Caso o TCU identifique que uma aposentadoria por ele já registrada tenha sido concedida de forma ilegal, sem que se caracterize má-fé do aposentado, a referida corte poderá anular esse ato, a qualquer tempo. 
(Delegado de Polícia Civil RN 2009) O controle interno é aquele exercido exclusivamente pelos órgãos do Poder Executivo, na relação de subordinação hierárquica, sobre seus próprios atos e agentes, ou por sistema de auditoria que acompanha as atividades, principalmente de legalidade da despesa pública. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) A principal característica do sistema denominado contencioso administrativo é a de que os ordenamentos jurídicos que o adotam conferem a determinadas decisões administrativas a natureza de coisa julgada oponível ao próprio Poder Judiciário. 
(Analista Judiciário Área Judiciária TRT 17ª Região 2009) O TCU integra a estrutura do Poder Legislativo e exerce a atividade auxiliar de controle externo da administração pública, da qual não faz parte o controle da legalidade dos atos administrativos, porque essa atribuição é reservada ao Poder Judiciário. 
(Analista Judiciário – Administração do TJ CE 2008) Entre as funções precípuas do controle externo, a de julgamento se caracteriza como de caráter jurisdicional, pois, além de os tribunais e conselhos de contas examinarem tecnicamente as contas dos administradores e demais responsáveis, apreciam também a responsabilidade do agente público, aplicando, inclusive, as sanções previstas em lei, como, por exemplo, multas. 
Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) O fundamento da teoria da responsabilidade objetiva, trazida na CF e adotada atualmente no Brasil, é a teoria do risco administrativo. 
(Delegado de Polícia Civil RN 2009) Restando configurada a omissão, permanente e reiterada, por parte do Estado, em prestar o adequado serviço de policiamento ostensivo, nos locais notoriamente passíveis de práticas criminosas violentas, é possível condenar a administração a custear tratamento médico de vítima de assalto. 
(Advogado do SERPRO 2008) Pela teoria do risco integral, a ambulância de um hospital público que venha a atropelar um ciclista não será civilmente responsável pelo fato se houver culpa exclusiva do ciclista. 
Luis, residente e domiciliado no DF, comprou um automóvel no estado de Minas Gerais e realizou a transferência do veículo para o seu nome e para o DF. O servidor do DETRAN/DF, encarregado de realizar os procedimentos de transferência, deixou de requerer o nada-consta do veículo e tampouco consultou os órgãos de segurança pública para verificar a procedência do referido veículo. O servidor também não teve a cautela de verificar se o número do chassi do veículo possuía algum sinal de adulteração, conforme determina a legislação. Após alguns meses, Luis foi parado em uma blitz da polícia militar, a qual constatou que aquele veículo havia sido furtado em Belo Horizonte meses antes da compra. Inconformado com o prejuízo material, visto que perdeu o carro e o valor pago por ele, e também com os danos morais, já que foi flagrado em blitz conduzindo veículo furtado, Luis decidiu processar o Estado requerendo indenização pelos prejuízos sofridos.
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens acerca da responsabilidade civil do Estado e do regime disciplinar dos agentes públicos.
(Auxiliar de Trânsito DETRAN/DF 2009) No caso descrito, a responsabilidade do Estado será subjetiva, significando que, caso venha a ser condenado, o Estado poderá ajuizar ação regressiva contra o servidor do DETRAN que deixou de adotar as cautelas cabíveis. 
(Auxiliar de Trânsito DETRAN/DF 2009) Segundo a teoria da responsabilidade objetiva do Estado, Luis deverá provar apenas a ocorrência do dano e o nexo causal entre aquele e o fato administrativo praticado. 
(Auxiliar de Trânsito DETRAN/DF 2009) Acerca desse tema, a CF adotou a teoria do risco integral, segundo a qual o Estado responderá pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, omissiva ou comissivamente, independentemente de qualquer tipo de prova. 
(Juiz Federal TRF 5° Região 2009) Suponha que, em determinado local onde haja prática reiterada de roubo, tenha ocorrido um latrocínio e que a família da vítima tenha ingressado com ação judicial, visando condenar o Estado a ressarcir os danos morais e materiais experimentados. Nessa situação hipotética, a responsabilidade é objetiva, visto que está caracterizado um dever específico de agir de forma a evitar o dano. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos estão sujeitas à responsabilidade subjetiva comum. 
(Delegado de Polícia Civil RN 2009) A jurisprudência do STF não admite a responsabilização civil do Estado pelo crime cometido por foragido de penitenciária, uma vez que, nessas hipóteses, não há nexo de causalidade entre o delito e a eventual omissão do Estado em vigiar seus custodiados, afastando-se a indenização patrimonial à vítima. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) Para configurar-se a responsabilidade objetiva do Estado, basta apenas a comprovação de dois pressupostos: o fato administrativo e o dano. 
(Procurador da FHS SE 2009) Um policial militar de determinado estado da Federação foi morto no horário em que prestava serviço. Na ocasião, ele tentava salvar a vida de uma senhora de 70 anos que estava sendo assaltada por dois bandidos. O policial recebeu dois tiros no tórax disparados pelos assaltantes. Nessa situação, há responsabilidade civil objetiva do Estado, que arcará com a respectiva indenização à família do policial, uma vez que o direito administrativo brasileiro adota a teoria do risco integral. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) De acordo com a responsabilidade objetiva consagrada na CF, mesmo na hipótese de o poder público comprovar a culpa exclusiva da vítima, ainda assim persiste o dever de indenizá-la. 
(Técnico Judiciário – Área Administrativa TRE/MA 2009) As ações de ressarcimento propostas pelo Estado contra os seus agentes prescrevem no prazo de dez anos. 
(Analista Judiciário Área Judiciária TRT 17ª Região 2009) O Estado não responde civilmente pelos danos causados por atos praticados por agrupamentos de pessoas ou multidões, por se tratar de atos de terceiros que caracterizam uma excludente de causalidade, salvo quando se verificar omissão do poder público em garantir a integridade do patrimônio danificado, hipótese em que a responsabilidade civil é subjetiva. 
(Delegado de Polícia Civil RN 2009) As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, atribuindo a jurisprudência legitimação passiva concorrente entre a administração e o agente que praticou o ato ilícito para a ação judicial reparatória.
GABARITO
Atos administrativos
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Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado
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Direito Administrativo/Capa - índice.doc
Direito administrativo
 noções propedêuticas
 Regime jurídico administrativo
 organização da administração pública
 agentes públicos
 poderes do estado
 atos administrativos
 licitações públicas
 contratos administrativos
 Serviços públicos
 responsabilidade civil do estado
 controle da administração
 intervenção do estado na propriedade particular
 consórcios e convênios públicos
 desapropriação
 processo administrativo
 bens públicos
Segurança jurídica
Agências reguladoras
terceiro setor
Direito Administrativo/8 - CONTRATOS ADMINISTRATIVOS.doc
Direito Administrativo – Contratos Administrativos
8 – CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Conceito: trata-se de uma espécie de contrato em que há convenção de vontades. É o vínculo jurídico com prestações recíprocas entre sujeitos ativo e passivo. O vínculo jurídico do contrato administrativo visa à satisfação do interesse público. Tem a participação do poder público e está sujeito a um regime jurídico público. Nem contrato que a administração celebra é contrato de administrativo com regime público. Exemplo: contrato de locação. Se o regime é privado, o contrato é chamado contrato da administração.
Características: presença do poder público em um dos pólos, contrato com formalidades próprias, consensual, que é aquele que se aperfeiçoa no momento em que se manifesta a vontade dos agentes (é diverso do real que se aperfeiçoa com a entrega do bem), comutativo, em que há prestação e contraprestação equivalentes e pré-determinadas (diverso do aleatório), personalíssimo, levando-se em consideração as qualidades do contratado. Todavia, é possível subcontratação, mas em casos excepcionais, pois pode representar fraude ao dever de licitação. Também viola o princípio da isonomia, segundo a posição doutrinária majoritária. Mas, de todo modo, a lei permite a subcontratação, desde que previsto no edital e/ou no contrato e tenha a concordância da administração, que deve exigir da subcontratada todos os requisitos da habilitação da licitação. Por fim cuida-se de um contrato de adesão, em que uma das partes tem o monopólio das disposições contratuais.
Formalidades dos contratos administrativos: exige-se licitação prévia ou procedimento de justificação. Regra geral, todos os contrato devem ser feitos por escrito, mas excepcionalmente é possível o contrato verbal nos casos de compras a pronta entrega no valor de até R$ 4.000,00. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos do art. 62 (ler esse artigo) da lei, ou seja, quando o valor for correspondente ao da concorrência e da tomada de preços, mesmo nos casos de inexigibilidade ou de dispensa. É facultativo quando o valor for correspondente ao do convite, desde que seja possível fazer de outra maneira. Exemplo: nota de empenho. A publicação do contrato também é uma formalidade exigida na lei e, nos termos do art. 61, parágrafo único, corre a cargo da administração. Esta tem um prazo de 20 dias da assinatura do contrato para publicá-lo, não podendo ultrapassar o 5 dia útil do mês seguinte ao de sua assinatura (doutrina majoritária). O que ocorrer primeiro. A publicação é condição de eficácia. O contrato antes da publicação é válido, porém ineficaz.
Cláusulas necessárias: as que devem constar em todos os contratos. Algumas cláusulas especiais também são necessárias.
Manutenção das condições da habilitação: o contratado deve manter a regularidade de todas as exigências da licitação e durante toda a execução do contrato, sob pena de rescisão contratual, mesmo que não esteja prevista no contrato essa hipótese de rescisão. 
Garantia: a administração deve (em que pese a lei dizer pode) exigir garantia de até 5 % do valor do contrato. Nos contratos de grande vulto e de alta complexidade e de grande vulto e risco financeiro, a garantia pode chegar até 10 % do valor do contrato. A escolha da forma de prestar a garantia é do contratado, segundo as alternativas previstas na lei.
Duração contrato: a mesma duração do crédito orçamentário, ou seja, 12 meses. Todos os contratos devem ter prazo determinado. Mas em alguns casos é possível que o contrato ultrapasse prazo de 12 meses, quais sejam:
Pleno plurianual: quando o objeto do contrato estiver previsto no plano plurianual (metas e ações de governo em cada 4 anos, art. 65 e seg. da CF).
Serviço contínuo: serviço de prestação contínua, até 60 meses. Exceção: uma prorrogação de até 12 meses nos casos de excepcional interesse público.
Aluguel de equipamentos e programas de informática: 48 meses.
Concessão e permissão de serviços públicos: dependendo da lei de cada serviço.
Contratos sem desembolso pela administração: LRF 
Cláusulas Exorbitantes: são aquelas que extrapolam o normal dos contratos, que extrapola o que há de comum nos demais contratos. Estão previstas no art. 58 da lei:
Extinção unilateral dos contratos: somente por parte do poder público.
Fiscalização do poder público: durante toda a execução do contrato.
Aplicação de penalidades ao contratado: nos termos do art. 87 da lei, têm-se as seguintes penalidades: advertência, multa, suspensão de contratar com o poder público, que pode ter o prazo máximo de até 2 anos, mas a impossibilidade é somente com o ente que aplicou a sanção, e declaração de inidoneidade. Para que volte a ser idônea a empresa tem que ser reabilitada. Para isso precisa cumprir o prazo mínimo de 2 anos e indenizar os prejuízos causados à administração. Nesse caso, diferente da penalidade de suspensão de contratar, a inidoneidade atinge todos os entes do poder público. Só pode aplicar essa sanção se a conduta do contratado for descrita como crime, em razão da gravidade da sanção. É o entendimento da maioria da doutrina. A lei não estabelece qual a sanção para cada infração. Logo, sua escolha e intensidade é decisão discricionária do administrador.
Ocupação provisória de bens: após o contrato administrativo, os bens ocupados provisoriamente na execução do contrato podem ser adquiridos pelo Estado através da reversão, para dar continuidade ao serviço público. O Estado deve indenizar tanto a ocupação quanto à reversão, mas, dependendo da previsão contratual, poderá não haver indenização, como no caso de os prejuízos do contratado ultrapassarem os valores da indenização.
Alteração contratual unilateral: podem incidir sobre as especificações do projeto base, isto é, sobre as alterações qualitativas, mas desde que tais alterações da não atinjam a natureza do objeto. As alterações qualitativas também são possíveis, mas desde que dentro do limite de 25 % do contratado (para cima ou para baixo). No caso das reformas de edifícios ou reforma de equipamentos os acréscimos podem chegar até 50 % do contratado.
Alterações contratuais de forma bilateral:
a alteração pode ser no tocante ao regime de execução, à forma de pagamento, desde que não pague antes de receber o objeto, à substituição da garantia e à preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato. Neste caso, desde que exista fato superveniente que não estava programado. Trata-se da aplicação da teoria da imprevisão e da cláusula rebus sic stantibus, que pode decorrer de um dos seguintes fatores:
Fato do príncipe: atuação do poder público, geral e abstrata, que atinge de forma indireta ou reflexa o contrato administrativo (não atinge o objeto principal do contrato). Exemplo: alteração da alíquota de um tributo.
Fato da administração: atuação do poder público específica que atinge diretamente o contrato administrativo. Atinge diretamente o objeto do contrato. Exemplo: o poder público não promove a desapropriação do imóvel para a realização obra contratada.
Interferências imprevistas: é aquela situação que já existia ao tempo da contratação, mas só pode ser descoberta ao tempo da execução. Exemplo: qualidades do solo.
Caso fortuito e força maior
Exceção do contrato não cumprido: a exceptio non adimplet contractus é admitida no direito adminstrativo brasileiro, mas o contratado deve aguardar o prazo de 90 dias antes de interromper a execução. Esse prazo é para evitar a descontinuidade do servíço público. Portanto, a exeção do contato não cumprido é aplicável aos contratos administrativo, mas de forma diferenciada.
Extinção contratual: a extinção do contrato administrativo pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
Conclusão do objeto ou advento do termo contratual 
Rescisão contratual: a rescisão contratual pode se dar por:
Recisão administrativa: por interesse público ou descumprimento contratual pelo contratado.
Rescisão amigável ou consensual
Rescisão de pleno direito: não depende da vontade das partes. Ex.: falecimento.
Rescisão judicial: no caso de desinteresse do contratado.
Anulação: no caso de ilegalidade.
Espécies de contratos: contratos comuns do art. 6° da lei 8.666/93:
Contratos de fornecimentos 
Contratos de obras 
Contratos de prestação de serviços.
Contratos de concessão de serviços públicos de uso de bens públicos.
Contratos de permissão de serviços (as permissões de uso de bens é ato unilateral).
Contratos de consórios públicos. 
Obs.: Lei 11.107/05 também prevê a possibilidade de os entes públicos ser reunirem em consórcio, mas é diferente desse consórcio da lei de licitações. 
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Direito Administrativo/9 - SERVIÇOS PÚBLICOS.doc
Direito Administrativo – Serviços Públicos
9 – serviços públicos 
Leituras obrigatórias: Lei n° 8.987/95 – lei de concessões e Lei n° 11.079/04 – parcerias público-privadas. A ppp é uma espécie de concessão de serviço público.
Conceito de serviços públicos: é uma utilidade ou comodidade material, para satisfazer uma necessidade pública, que é fruível de modo singular. Pode ser prestado de forma direta pelo Estado ou indireta no caso das permissionárias e concessionárias. O regime jurídico do serviço é público ou ao menos parcialmente público.
Serviço adequado: nos termos do art. 6° da Lei 8.987/95, o serviço é adequado quando atende aos padrões de eficiência, continuidade, regularidade (padrão de qualidade, sempre), segurança, atualidade (ou modernidade – de acordo com as técnicas mais atuais), generalidade (prestado erga omnes), cortesia (prestado com urbanidade e eduação) e modicidade das tarifas. 
Serviço próprio e essencial: não comporta delegação, como por exemplo, segurança nacional.
Serviços de utilidade pública ou serviços impróprios: não essencial e delegável, caso em que poderá ser delegado, tais como: telefonia e transporte coletivo.
Classificação dos serviços
Serviços gerais: prestado à coletividade com um todo. É indivisível. A manutenção é feita através da receita decorrente dos impostos.
Serviços individuais: aquele serviço específico e divisível. Quantificável individualmente. Mantido através de taxa, se for compulsório.
Serviço indivudual falcultarivo: geralmente é prestado por uma concessionária e mantido por meio de tarifas. 
Delegação do serviço público: é a transferência somente da execução do serviço público ao particular delegado.
Delegacão de serviço público via concessão: a PPP é uma concessão especial em relação as concessões da lei 8.987/95. Também existe concessão e permissão de uso de bens públicos, que são institutos totalmente distintos.
Concessão de serviço público: é a delegação da execução do serviço feita pelo poder concedente à pessoa jurídica ou consórcio de empresas. Poder concedente é o ente político que tem competência para o serviço. A concessão de serviço só se faz a pessoas jurídicas ou consórcio de empresas. Não se admite concessão à pessoa física. 
Natureza jurídica da concessão de serviços público: trata-se de uma espécie de contrato administrativo. 
Formalização da concessão de serviços público: é formalizada através de contrato administrativo. Logo, depende de:
Licitação prévia na modalidade concorrência: a concorrência da lei de concessões não é a mesma da lei de licitações. Essa concorrência tem algumas peculiaridades, quais sejam: pode ter suas fases invertidas, como no pregão, podo ter a utilização de lances verbais e os tipos de licitação, nessa concorrência, podem ser diversos da lei 8.666/93. 
Obs.: quando tratar-se de programa nacional de desestatização pode ser feita a licitação na modalidade pregão. 
Tem que ter prazo determinado segundo a lei do serviço a ser concedido: a idéia é de quanto maior o investimento, maior o prazo.
Autorização legislativa específica na lei do serviço.
Responsabilidade civil do concessionário: não confundir contrato de prestação de serviço em que o Estado contrata alguém para que preste um servíço, ex.: fornecer merenda escolar, com contrato de concessão de serviço público. Naquele o Estado responderá frente ao usuário, diferente da concessão em que o concessionário é quem responderá perante o usuário. A concessionária presta o serviço por sua conta e risco, o que a faz responder perante ao usuário. O Estado somente pode ser chamado de forma subsidiária. A responsabilidade da concessionária em face do usuário é sempre objetiva, na forma do art. 37, § 6°, da CF. No entanto, o STF entende que quando for não usuário de serviço a responsabilidade é subjetiva, aplicando-lhe as regras do Código Civil. O Estado responde objetivamente por ato de concessionária, porém de forma subsidiária.
Remuneração da concessão de serviço público: é feita pela tarifa paga pelos usuários. A política tarifária é definida no momento da licitação. Todos os reajustes, os índices, as datas, tudo é definido no próprio edital e na licitação. Remunera-se também por receitas alternativas. Com base no princípio das modicidades das tarifas, o Estado pode contribuir com recursos públicos, mas é uma faculdade do Estado. Ressalta-se que concessão de serviço público precedida de obra pública é uma concessão de serviço com obra anterior.
Formas de extinção da concessão de serviço público: segundo o art. 35 da Lei nº 8.987/95, a concessão de serviços públicos pode ser extinta por:
Advento do termo: prazo determinado.
Rescisão consensual: manifestação de ambas as partes.
Rescisão judicial: se o contratado não quiser mais o contrato, deve necessariamente buscar a rescisão judicial.
Ato unilateral do poder público: também chamada de rescisão administrativa.
Encampação: que é a extinção do contrato por razões de interesse público. Depende de autorização legislativa e pode gerar indenização. 
Caducidade: descumprimento de cláusula contratual pelo contratado. Não necessita de autorização legislativa e não gera indenização. 
Anulação: vício de legalidade no contrato.
Falência
ou extinção da pessoa jurídica: extinção de pleno direito. Trata-se de circunstância estranha à vontade da parte.
Concessão especial de serviços público – parcerias público-provadas - PPPs (lei 11.079/04)
Objetivos dessa concessão: angariar investimentos privados para o setor público; buscar a eficiência dos serviços existente na iniciativa privada. Ademais, não se trata de parceria, mas sim de contrato administrativo, uma vez que os interesses são diversos, não comuns. O parceiro privado quer lucro e o Estado quer o serviço. 
Modalidades de PPPs: 
Patrocinada: é um concessão comum com a obrigatoriedade de recusos públicos. Ex.: metrô. 
Administrativa: concessão comum, mas a administração aparece como usuária do serviço público. Ex.: construção de presídios.
Características das concessões de PPPs: são as características que as tornam especiais, ou seja, a presença do financiamento do particular, o compartilhamento dos riscos e a pluralidade remunetória. O Estado pode pagar o parceiro privado de diversas formas, tais como: pagamento em conta, transferência de créditos não tributários, transferência de direitos (ex.: outorgas onerosas de direitos como abatimento), utililização de bens públicos – abatimento etc.
Proibições das parcerias: não podem ter valor inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões), não podem ter prazo inferior a 5 anos nem superior a 35 anos e o objeto não pode ser único, ou seja, tem de ser serviço mais fornecimento, ou mais obras, ou mais ambos esses dois. Pelo menos dois elementos.
Formalização: as mesmas formalidades da concessão comum
Controle e fiscalização: para controle da PPPs, cria-se uma nova pessoa juríca pelo Estado e pelo parceiro particular chamada de sociedade de propósitos específicos. Essa sociedade tem a finalidade específica de fiscalização e gestão do contrato de concessão. Tem em seus órgãos de direção membros do poder público e representantes do parceiro privado. 
Disposições gerais: a PPPs tem as mesmas formalizações que as concessões comuns estudadas acima. Somente acrescentando a prévia consulta pública, licença ambiental (EIA/RIMA) e previsão no Plano Plurianual.
Permissão de Serviço Público (Lei 8.987/95, art. 2º, IV e 40).
Características: é uma delegação de serviço público feita pelo poder concedente a pessoa física ou pessoa jurídica. É feita mediante licitação e contrato administrativo. A permissão pode ser de serviço público ou de uso de bens públicos.
Natureza jurídica: surgiu como ato unilateral, precário e discricionário da administração. Entretanto, a partir da lei 8.987/95 a permissão de serviço se faz através de contrato de adesão, que significa que trata-se de um contrato administrativo. Logo, essa é sua natureza jurídica, ou seja, contrato administrativo. Todavia, a própria lei fala que é um instituto precário. Por ser contrato, tem prazo determinado. Se desfeito antes do prazo, gera indenização. Como a lei diz que é precária, a doutrina entende que essa precariedade deve ser mitigada, devendo prevalecer a natureza contratual, gerando indenização. A premissão de uso de bens públicos continua sendo ato unilateral, precário e discricionário. Para o STF, a concessão e a permissão de serviço têm a mesma natureza jurídica, ou seja, contrato administrativo.
Formalização: se tem natureza contratual, está sujeito à licitação, em qualquer das suas modalidades. Não exige autorização legislativa específica. 
Diferenças da permissão e concessão de serviços públicos
		Concessão 
		Permissão 
		Pessoa jurídica ou consórcio 
		Pessoa física e jurídica
		Licitação na modalidade concorrência
		Licitação em qualquer modalidade
		Depende de autorizaçãoo legilativa
		Independe de autorização legislativa
		Instituto solene 
		Instituto precário
Autorização de serviço público
Constitucionalidade: para corrente majoritária a autorização é constitucional se feita em caráter excepcional, em situações excepcionais, que se configuram em situações urgentes e quando tratar-se de pequenos serviços, ex: taxi e despachante.
Características: é ato unilateral, discricionário e precário. A administração que decide quem autoriza, quando quer autorizar e pelo tempo que quiser autorizar. 
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Direito Administrativo/7 - LICITAÇÕES PÚBLICAS.doc
Direito Administrativo – Licitações Públicas
7 – LICITAÇÕES PÚBLICAS
Previsão legal: Leis 8.666/93 e 10.520/02
Conceito de licitação: é um procedimento administrativo.
Finalidade: selecionar a proposta mais vantajosa para o interesse público (o que não significa a proposta mais barata). Dar a oportunidade para que qualquer pessoa que preencha os requisitos possa participar e, eventualmente, contratar com a Administração Pública. A licitação (assim como o concurso público) é exemplo do princípio da impessoalidade.
Quem está obrigado a licitar? Art. 1º, §1º
Administração Direta e Indireta: empresas púbicas e sociedades de economia mista estão obrigadas a licitar se prestarem serviços públicos. Se explorarem atividade econômica, a lei diz que podem ter estatuto próprio, criado por lei específica, que versará sobre a licitação, mas, até hoje, não houve a criação, do que se conclui que tais entidades estão sujeitas à regra geral de licitação. A Petrobras tem que licitar, como regra. Na prática, a lei 9.478/97, que instituiu a ANP, estabeleceu no art. 67 que aquela empresa pública teria procedimento licitatório simplificado, definido pelo Presidente da República através de decreto. Essa regra é claramente inconstitucional, pois o decreto não é meio apto a estabelecer procedimento licitatório simplificado. O TCU já suspendeu a aplicação dessa lei. No MS 252888, ainda não julgado no mérito, o STF liminarmente autorizou a aplicação do procedimento simplificado. Isso porque, nos termos da súmula 347 do STF, o tribunal de contas pode reconhecer a inconstitucionalidade de um ato administrativo, mas não pode fazer controle abstrato e concentrado de constitucionalidade de leis. 
Fundo Especial: pode ser órgão da administração direta ou pode ter natureza de fundação pública, ou seja, houve exagero do legislador, pois ambas as hipóteses já estão previstas expressamente na lei. 
Demais entes controlados direta e indiretamente pelo poder público: em regra, são os serviços sociais autônomos (sistema “S”), as OSCIPs e as OSs. O TCU tem parecer no sentido de que os serviços sociais autônomos têm procedimento especial de licitação. Para as OCIPIS não há previsão legal. Há divergência doutrinária, mas a maioria entende que devem estar sujeitas, ao menos, ao procedimento simplificado do serviço social autônomo. Quanto às OSs, o art. 24, XIV, que prevê a dispensa de licitação, mas, segundo a doutrina, tal dispensa só atinge os contratos decorrentes do contrato de gestão.
Competência para legislar sobre licitação (Art. 22, XVII da CF): compete privativamente à União legislar sobre normas gerais de licitação e contratos, editando normas de âmbito nacional de aplicação. Todos os demais entes podem legislar sobre normas específicas, que serão válidas para âmbito federal (válida somente para a União), estadual, distrital ou municipal. Exemplo: Lei da Bahia versou sobre a licitação e inverteu todas as modalidades e procedimentos da licitação. Esta lei foi considerada inconstitucional por muitos doutrinadores, embora a lei baiana seja extremamente econômica. Hoje, há projeto de alteração da lei de licitação com base nas inovações trazidas pela lei do estado da Bahia. A lei 8.666/93 é norma geral, mas traz dispositivos específicos. A questão foi objeto de discussão no STF. Tais dispositivos específicos podem ser aplicados em âmbito nacional. Há inconstitucionalidade (ADI 927)? Entendeu-se que os dispositivos gerais têm aplicação nacional e os dispositivos específicos são aplicados somente para a União. Exemplo: art. 17 traz expressões específicas, logo seria inconstitucional
se fosse aplicado em âmbito nacional. Assim, fazendo a interpretação conforme, o STF declarou o artigo constitucional, desde que interpretado como norma específica, aplicável somente para a União, ou seja, somente em âmbito federal. A lei 10.079 já faz a distinção entre normas gerais, aplicáveis em âmbito nacional e específicas, aplicáveis somente em âmbito federal.
Princípios da Licitação (Art. 3º)
LIMPE: são aplicados todos os princípios gerais da administração pública. 
Vinculação ao Instrumento Convocatório: o edital é a lei da licitação e todas as regras relevantes nele devem estar escritas. O administrador não pode exigir mais ou menos do que foi previsto no instrumento. 
Julgamento Objetivo: o julgador deve estabelecer no edital de forma clara e precisa qual será o critério de julgamento. Não é possível que haja subjetividade. Não pode utilizar elementos não previstos no edital, ainda que, na prática, seja mais benéfico para a Administração Pública. O julgamento objetivo está relacionado com os tipos de licitação, quais sejam: melhor técnica, melhor preço e técnica e preço (critério de seleção do art. 45)
Sigilos das Propostas: as propostas são sigilosas até o momento da abertura em sessão pública. O pregão tem proposta escrita, logo, sigilosa. A única modalidade de licitação que não tem sigilo é o leilão, em que os lances verbais.
Procedimento Formal: a licitação tem procedimento formal, que deve ser seguido minuciosamente pelo administrador. Segundo o STJ, formalidade por mera formalidade não tem sentido. A formalidade tem que ser necessária. Assim, só há nulidade se desrespeitada formalidade necessária (ex. cor do envelope da proposta). 
Contratação direta 
Licitação dispensada: o administrador não pode licitar, rol taxativo do art. 17.
Licitação dispensável: o administrador pode licitar se quiser, rol taxativo do art. 24.
Licitação deserta: quando não aparece ninguém interessado em participar da licitação. 
Licitação fracassada: quando há interessados, mas nenhum deles sobrevive ao processo, não há nenhum classificado. Se a hipótese for de inabilitação de todos, deve-se conceder o prazo de 8 dias do art. 48 da lei ou fazer a licitação novamente. Somente no caso de desclassificação é que haverá licitação fracassada, que enseja a dispensa de licitação. No caso de inabilitação de todos, não se configura hipótese de dispensa, pois não consta do rol taxativo do art. 24.
Inexigibilidade: licitação é inexigível ( art. 25 da lei) quando a competição for inviável. Rol do art. 25 é meramente exemplificativo. Para que a competição seja viável deve observar os seguintes requisitos:
Pressuposto lógico: pluralidade de participantes.
Pressuposto jurídico: proposta mais vantajosa, perseguir o interesse público (a licitação não é um fim em si mesmo). Exemplo: as empresas estatais não precisam licitar quando no exercício de sua atividade fim. Isso porque a licitação serve para proteger o interesse público e uma empresa pública que licita para sua atividade fim estaria prejudicando o interesse público que fundamentou sua criação. Com isso, a licitação é inexigível por falta de pressuposto jurídico.
Pressuposto fático: um objeto que tenha interesse de mercado. A licitação tem que interessar faticamente aos agentes do mercado. Caso contrário será inexigível.
Procedimento de justificação: mesmo nos casos de despensa ou inexigibilidade, em que a contratação é direta, deve-se fazer o procedimento de justificação da dispensa ou da inexigibilidade para a celebração do contrato, nos moldes do art. 26 da lei de licitações.
Modalidades de Licitação (Art. 22)
Noções Gerais 
Critérios para a escolha da modalidade correta na prova:
Se a questão fala em valor: concorrência; tomada de preços; ou convite. 
Se a questão fala em qualidades ou características do objeto: leilão; concurso; ou pregão.
Exceções: a concorrência é selecionada pelo valor, mas, em algumas circunstâncias, é obrigatória em razão do objeto. O leilão é utilizado em razão do objeto, mas, excepcionalmente, pode utilizar o critério de valor.
Intervalo Mínimo: é espaço de tempo que vai da publicação do edital até a entrega dos envelopes. 
Quadro de modalidades em razão do valor
Obras e serviços de engenharia
 Art. 23
Outros bens e serviços
Concorrência: é modalidade de licitação, em regra, em razão do valor (valor alto). É obrigatória a concorrência em razão do objeto:
Em se tratando de bem imóvel (comprando ou vendendo): exceto se o poder público recebe o bem imóvel em virtude de decisão judicial ou dação em pagamento, caso em que pode fazer a alienação por leilão ou concorrência.
Em se tratando concessão: pode ser a concessão de direito real de uso ou a concessão de serviços públicos. Exceção: se os serviços estiverem no programa nacional de desestatização, a concessão pode ser feita por leilão (Leis 9.074/95 e 9.491/97). Exemplo: leilão do sistema de telefonia.
Licitação Internacional: sempre que houver participação de empresas estrangeiras. Neste caso, a regra é a concorrência. 1ª Exceção: pode ser tomada de preços se o valor for correspondente à tomada de preços e houver cadastro internacional (no banco de dados da administração sobre empresas estrangeiras). Os requisitos são cumulativos. 2ª Exceção: pode ser convite se o valor for o correspondente ao convite e não haja fornecedor no país. Os requisitos são cumulativos.
Intervalo Mínimo (dias corridos): da publicação até a entrega dos envelopes
Se a modalidade é técnica ou técnica + preço: 45 dias.
Se a modalidade é preço: 30 dias.
Tomada de Preços: é modalidade de licitação em razão do valor (valor médio). Quem participa da tomada de preços?
Os licitantes cadastrados: o cadastro é um banco de dados da Administração Pública que funciona como uma habilitação prévia (antecipação da habilitação). O licitante recebe um certificado de registro cadastral. Os licitantes que preencherem os requisitos do cadastramento até o 3º dia anterior à entrega dos envelopes também podem participar. Cuidado! O licitante pode ou não estar cadastrado, basta preencher os requisitos. O licitante prova que preencheu os requisitos por meio de um requerimento feito à Administração Pública, instruído com os documentos necessários. Se o requerimento for indeferido pode-se interpor recurso, analogicamente ao recurso da habilitação, com efeito suspensivo, embora a lei não o preveja, mas a doutrina orienta nesse sentido. O cadastramento tem natureza de habilitação prévia. 
Intervalo Mínimo (dias corridos):
Se a modalidade é técnica ou técnica + preço: 30 dias.
Se a modalidade é preço: 15 dias. 
Convite: é modalidade de licitação em razão do valor (valor pequeno). Quem participa?
Os licitantes convidados: são convidados aqueles atuantes na área, cadastrados ou não cadastrados. Também podem participar do convite os licitantes já cadastrados, desde que manifeste o interesse em participar com 24h de antecedência. Os não convidados e não cadastrados também podem participar, desde que se cadastrem até e três dias antes da solenidade de abertura dos envelopes.
Número Mínimo de Convidados: devem ser convidados os licitantes cadastrados ou não no número mínimo de três. Caso tenha havido o convite válido para 3 licitantes, mas não houve o comparecimento dos 3 convidados, o que fazer? Em provas de concursos, pode-se justificar que houve o convite de forma válida, mas não houve o comparecimento (doutrina). O TCU discorda dessa tese, entendendo que é obrigatória a existência de 3 propostas.
Instrumento Convocatório: carta convite. A modalidade convite tem publicidade. A carta convite é afixada na repartição. Tem publicidade do convite, mas não tem publicação.
Comissão de Licitação (art. 51): é especial. Em regra, a Administração Pública deve selecionar 3 servidores, mas
se a repartição for pequena e a seleção de 3 servidores prejudicar o andamento dos trabalhos, é possível executar a modalidade com apenas 1 servidor. 
Intervalo Mínimo (dias úteis): 5 dias úteis. São úteis os dias em que há expediente na repartição pública. Com isso, em dia de ponto facultativo não há dia útil, pois não há funcionamento da repartição.
Leilão: é modalidade que leva em conta o objeto. É utilizado apenas para a alienações (na lei 8.666/93). O que pode ser alienado por meio de leilão?
Bens móveis: inservíveis, apreendidos e penhorados. Atenção! Em verdade, são os bens empenhados, ou seja, aqueles objetos de penhor – bens dados em garantia fora da esfera judicial (o legislador utilizou a expressão equivocada, mas na 1ª fase, é melhor responder como a letra da lei).
Outros bens móveis: até o valor de 650.000,00 – é a exceção do leilão feito em razão do valor (art. 17, § 6º);
Bens imóveis: desde que decorrentes de decisão judicial ou de dação em pagamento – é a exceção da concorrência feita em razão do objeto. 
Intervalo Mínimo (dias corridos – a lei não fala em dias úteis):15 dias corridos.
Procedimento: não está previsto na lei, segue a praxe administrativa.
Quem faz leilão no Brasil? 
Leiloeiro, que é um servidor designado para tal atividade. 
Observações: (1) pode-se fazer a substituição nas modalidades se a lei prever possibilidade, caso em que o administrador deve partir da modalidade mais simples para optar pela mais rigorosa. O inverso não é verdadeiro. (2) Há dispensa da licitação segundo os valores do art. 24. Se for consorcio público (reunião de entes políticos) com a união de até 3 entes, a dispensa tem o valor dobrado. Se o consórcio tem mais de 3 entes, a dispensa pode triplicar os valores (art. 23, § 8º da Lei 8.666/93). 
Concurso: modalidade de licitação que serve para a escolha de trabalho técnico, artístico ou cientifico, tendo como contrapartida um prêmio (presente) ou remuneração.
Prazo Mínimo: 45 dias corridos.
Procedimento: não está na lei 8.666/93, mas no regulamento de cada concurso deve o prever. Todo concurso tem regulamento próprio.
Comissão especial: é especial porque não precisa ser composta por servidores. Pode ser composta por qualquer pessoa idônea, com conhecimento na área. 
Pregão: previsão na Lei 10.520/02. É modalidade que leva em conta o objeto. Serve somente para a aquisição de bens e serviços comuns. Bem e serviço comum é aquele que pode ser conceituado no edital com expressão usual de marcado. Não importa o valor. Utiliza como critério de escolha apenas o de menor preço. O responsável pelo pregão é o pregoeiro, ajudado pela equipe de apoio, mas quem decide é o próprio pregoeiro.
Prazo mínimo (dias úteis): 8 dias úteis
Procedimento da licitação (concorrência, tomada de preços e convite)
Formalização do processo: é a chamada fase interna da licitação e possui as seguintes etapas: autuação, identificação da necessidade do objeto, previsão dos recursos orçamentários, nomeação da comissão de licitação, elaboração do edital pela comissão (art. 40 da lei, minuta do contrato anexa), parecer jurídico e autorização formal da autoridade superior competente, que a mesma que nomeou a comissão. 
Publicação do edital: é a chamada fase externa da licitação. A publicação do aviso do edital deve conter as exigências do art. 21 da lei. A administração não pode cobrar pelo edital, senão o valor do custo das suas cópias. Pode ser disponibilizado sem custo na internet. A compra do edital não pode ser condição para participar da licitação. Qualquer cidadão (comprovante de título de eleitor) pode impugnar o edital até o 5º dia útil anterior à data da sessão de entrega e abertura dos envelopes (art. 41), bem como qualquer licitante. Para este, no prazo de até o 2º dia útil antes da entrega dos envelopes. Pode impugnar tudo que quiser nesse momento. A comissão tem prazo de 3 dias úteis para julgar a impugnação, que não tem natureza de recurso, logo não tem efeito suspensivo. Caso haja necessidade de alteração do edital, deve-se fazer por meio de aditamento, nas mesmas formas do edital original (art. 21, § 4°). Os prazos só são reabertos para todos os participantes se houver alteração substancial no edital, erros de digitação não reabrem os prazos. Desta fase em diante não é mais possível alterar o edital.
Entrega dos envelopes: inicia-se com a apresentação de pelo menos dois envelopes, o da habilitação e da proposta. Pode entregar os envelopes até o momento em que a comissão não encerrar a entrega dos envelopes. Com isso, é possível o atraso dos licitantes até esse encerramento. Não interessa quem entregou os envelopes, nem se foi entregue antes, deve apenas estar ali no momento da licitação. 
Fase de habilitação (art. 27): rubricar todos os envelopes por todos os presentes. Rubricar todos os documentos de cada envelope. O licitante que preencher os requisitos do edital estará habilitado/qualificado (habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira, regularidade fiscal, cumprimento do art. 7º, XXXIII da CF - trabalho infantil). O licitante que não preencher os requisitos estará inabilitado/desqualificado. O licitante só pode desistir até o julgamento da habilitação. Após esse momento somente é possível com motivos justificados e reconhecidos pela comissão. Se todos os licitantes forem inabilitados, pode a administração cumprir a diligência do art. 48, § 3°, ou seja, conceder o prazo de 8 dias úteis (ou 3 dias úteis para o convite) para todos os interessados tentarem preencher as deficiências de suas habilitações. Julgada a habilitação surge a oportunidade para recurso em 5 dias úteis, exceto na modalidade convite em que o prazo é de 2 dias úteis. Este recurso da habilitação tem efeito suspensivo.
Fase de classificação e julgamento: formalidades e preço de mercado. Caso todos os licitantes habilitados forem desclassificados, procede-se à diligência do art. 48, § 3° (concessão de 8 dias úteis para consertar as propostas). Mas se ainda assim permanecer as desclassificações de todos os licitantes, procede-se à contratação direita em razão de ter se configurado a licitação fracassada. A fase de julgamento é a classificação das propostas em ordem de melhor proposta. 
Recursos: prazos de 5 dias úteis e 2 dias úteis na modalidade de convite. Esse recurso tem efeito suspensivo.
Homologação da licitação: é verificação da regularidade do processo. A competência para homologação é da autoridade superior.
Adjudicação: confere o status de vencedor ao licitante melhor colocado. Não tem direito ao contrato, apenas de não ser preterido na contratação. Tem mera expectativa de direito. O vencedor está obrigado a assinar o contrato no prazo de 60 dias a contar da proposta. Pode ter prazo maior se previsto no edital. Se o vencedor adjudicado não quiser assinar o contrato, arcará com as penalidades previstas no ar. 87, chamando-se o próximo colocado para contratar no valor da proposta do primeiro. Se ninguém quiser assinar o contrato, deve-se fazer nova licitação.
Procedimento do pregão: no silêncio da lei do pregão, aplica-se subsidiariamente a lei geral de licitações.
Formalização do procedimento
Publicação
Classificação e julgamento (inversão das fases)
Propostas escritas 
Lances verbais 
Habilitação
Recursos: em manifestação oral e imediata e razões escritas em 3 dias. 
Adjudicação (inversão das fases)
Homologação 
Dispensável 
De 0,00 até 15.000,00
(10% do convite)
Exceção!
30.000,00
(20% do convite p/ Agência Executiva, Emp. Pública, Soc. Ec. Mista, Consórcios Públicos).
Convite
De 0,00
 até 150.000,00
 (inclusive)
Tomada de Preços
Acima de 150.000,00
 até 1.500.000,00 (inclusive)
Concorrência
Acima de 1.500.000,00
Dispensável
De 0,00 até 8.000,00
(10% do convite)
Exceção!
16.000,00
(20% do convite p/ Agência Executiva, Emp. Pública, Soc. Ec. Mista, Consórcios Públicos).
Convite
De 0,00 
até 80.000,00
(inclusive)
Tomada de Preços
Acima de 80.000,00 
até 650.000,00
(inclusive)
Concorrência
Acima de 650.000,00
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Direito Administrativo/6 - ATOS ADMINISTRATIVOS.doc
Direito Administrativo – Atos Administrativos
6 – atos administrativos 
Conceitos Iniciais
Fato: é qualquer acontecimento do mundo fenomênico.
Fato Jurídico: é o acontecimento que interfere nas relações humanas, regulado por normas jurídicas. É prescrição, independente de vontade.
Fato Administrativo: é o acontecimento jurídico ou material que interfere nas relações humanas e é regulado pelo Direito Administrativo. É prescrição, independente de vontade, que não admite revogação ou anulação, por exemplo, a morte de funcionário público, que gera vacância do cargo; destruição de escola pública pela chuva.
Fato da Administração: é o acontecimento material que interfere nas relações humanas e é regulado pelo Direito Administrativo (Maria Sylvia).
Ato: é todo comportamento humano voluntário.
Ato Jurídico: é o comportamento humano voluntário que desencadeia efeitos jurídicos. É uma declaração, dependente da vontade.
Ato Administrativo: é o comportamento humano voluntário que desencadeia efeitos jurídicos relevantes para o Direito Administrativo. É declaração de vontade, que pode ser anulada ou revogada, por exemplo, a aplicação de pena de multa em razão do excesso de velocidade, desapropriação de uma área privada, tombamento de um patrimônio.
Atos-fatos jurídicos (fatos jurídicos em sentido estrito ou fatos jurídicos objetivos): é a situação de fato que só pode ocorrer com uma conduta humana, porém essa conduta é avolitiva (sem manifestação de vontade). Por exemplo: prescrição e decadência (ato-fato jurídico caducificante, que consiste na extinção de determinado direito). Obs.: são institutos que produzem efeitos jurídicos em razão do decurso do tempo e da inércia do titular do direito e são reconhecidos ainda como fatos jurídicos em sentido estrito ou fatos jurídicos objetivos.
Ato da Administração: é todo ato praticado pela Administração Pública (pelo Poder Executivo), no exercício da função administrativa, regido pelo direito público ou pelo direito privado. O conceito de ato da administração é mais amplo do que o conceito de ato administrativo, pois este somente pode ser regido pelo direito público. Dividem-se em:
Atos privados da administração, como por exemplo, a locação e a compra e venda.
Atos materiais: são condutas sem manifestação de vontade. Consistem apenas em uma execução. Por exemplo: execução de um serviço, demolição de uma casa, apreensão de mercadoria. 
Atos administrativos 
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Conceito de Ato Administrativo: para Celso Antônio Bandeira de Melo, “ato administrativo é a declaração de vontade do Estado ou de quem lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas ao controle de legitimidade pelo Poder Judiciário” (sentido amplo).
Declaração de vontade: é manifestação/declaração de vontade do Estado, que produz efeitos para o Direito (visa criar, modificar ou extinguir direitos).
Estado ou quem lhe faça as vezes: pode emanar dos poderes ou mesmo de ente particular no exercício da função estatal. Por exemplo: concessionárias. 
Prerrogativas públicas: é regido pelo direito público, pois estes atos visam atender ao interesse coletivo (aplica-se o direito privado em caráter supletivo).
Providências complementares à lei: em regra, são atos infralegais. 
Controle do Poder Judiciário: controlado pelo órgão jurisdicional. 
Obs.: Muitos autores criticam este conceito pela sua amplitude, que acaba por abranger atos gerais e individuais, atos abstratos e concretos, atos unilaterais e bilaterais, declarações de juízo, de conhecimento, de opinião e de vontade, atos normativos e convencionais. Por essa razão, Maria Sylvia acrescenta, “produz efeitos jurídicos imediatos”, o que além de distinguir o ato da lei, afasta-os dos atos normativos como os regulamentos e outros atos que não produzem afeitos jurídicos diretos, como os atos materiais e enunciativos. 
Ato Administrativo em sentido estrito: para Celso Antônio Bandeira de Melo, “ato administrativo é a declaração unilateral de vontade do Estado ou de quem lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas públicas, manifestada mediante providências jurídicas concretas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, e sujeitas ao controle de legitimidade pelo Poder Judiciário”. Excluem-se, aqui, os atos abstratos e convencionais. 
Vinculação e Discricionariedade: no exercício das funções estatais, a Administração Pública goza de poderes e prerrogativas que garantem a busca do interesse público em patamar de supremacia em face dos interesses privados. Esses poderes se materializam por meio dos atos administrativos, mas estes atos estão sempre limitados pela previsão legal. Assim, considerando o regramento dos atos, é possível dividi-los quanto ao grau de liberdade conferido pela lei em:
Atos Vinculados: são aqueles em que a Administração Pública age nos limites estritos da lei. Esta estabelece ao administrador todos os requisitos para a prática do ato, sem dar-lhe liberdade de optar por uma ou outra forma de agir. Diante do poder vinculado, surge para o administrado o direito subjetivo de exigir do administrador o que foi previsto, desde que preenchidos todos os requisitos legais. Segundo Celso Antônio Bandeira de Melo, “atos vinculados são os que a Administração Pública pratica sem margem alguma de liberdade para decidir, pois a lei previamente tipificou o único e possível comportamento diante da hipótese”. Entretanto, a vinculação não é absoluta. Existe sempre um pouco de liberdade. Por exemplo: a lei confere um prazo para a Administração Pública agir, mas ela pode fazê-lo no primeiro ou no último dia do prazo legal. Exemplo de ato vinculado: concessão de licenças (para construir, para exercer atividade profissional), concessão de aposentadoria. 
Atos Discricionários: são aqueles em que a lei prevê mais de um comportamento possível de ser adotado pelo administrador diante de um caso concreto. A atuação dele se faz com base em um juízo de conveniência e oportunidade. A discricionariedade existe em razão da complexidade e da variedade das situações concretas, de modo a proporcionar ao administrador, em cada caso, a possibilidade da melhor escolha para o interesse público, desde que observadas as disposições legais estabelecidas. Portanto, conclui-se que o ato discricionário também deve estar previsto em lei, inclusive porque cabe a ela delimitar o campo da discricionariedade. Exemplo de ato discricionário: permissão de uso da calçada, autorização para uso de veículos especiais em estradas ou na cidade. 
Elementos ou requisitos do Ato Administrativo
Competência (do sujeito): é aquele que possui aptidão para a realização de atos administrativos. É o agente público, ou seja, a pessoa que exerce de forma temporária ou permanente, com ou sem remuneração, uma função pública, devendo estar ligado de alguma forma à Administração Pública. Aqui, estão incluídos os particulares que exercem, ainda que excepcionalmente, uma função pública. Exemplo: mesários, prestadores de serviços notariais, jurados do tribunal do júri, funcionários das concessionárias e permissionárias etc. 
Atribuição da competência: a competência do sujeito não se presume, ela sempre estará prevista em algum diploma. 
Competência primária: é aquela prevista na Constituição ou na lei.
Competência secundária: é aquela disciplinada por atos administrativos organizacionais. 
Características

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