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Aula 03 - Anotações básicas nas questões 1) Circule no enunciado se é cobrada alternativa correta ou incorreta - se houver outra expressão (p. ex. é “errôneo”), troque por “incorreto” Confira duas situações-exemplo: (Procurador do Estado/PR – 2007) Quanto ao atributo da presunção de legitimidade do ato administrativo é incorreto sustentar que: ALTERNATIVAS: (A) a presunção em questão existe para assegurar celeridade no cumprimento das manifestações de vontade da Administração Pública, já que a mesma tem por finalidade atender ao interesse público. (B) É o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. (C) A Administração Pública sujeita-se ao princípio da legalidade estrita, o que faz presumir que todos os seus atos tenham sido praticados de conformidade com a lei, já que cabe ao poder público a sua tutela. (D) Enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário, ele produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido. (E) Aplica-se a todos os atos da Administração Pública, inclusive os regidos pelo direito privado. (FGV – 2008) No que concerne à Administração Pública, não é correto é INCORRETO afirmar que: (A) a finalidade do poder regulamentar é a de complementar as leis para o fim de possibilitar a sua execução. (B) o poder discricionário propicia a prática de atos administrativos insuscetíveis de controle pelo Poder Judiciário. (C) o poder de polícia retrata prerrogativa estatal que restringe e condiciona a liberdade e a propriedade. (D) o Chefe do Poder Executivo expede decretos e regulamentos para exercer o poder de regulamentação das leis. (E) nas atividades discricionárias o administrador público não está inteiramente livre para decidir sobre qual a melhor opção a ser feita em relação aos objetivos da Administração. Gab. B 2) Grife as palavras generalizantes Confira uma situação-exemplo: (Procuradoria da República – 20º) Assinale a alternativa correta: (A) ato administrativo discricionário é aquele em que o poder de agir da Administração é completamente livre, inclusive no que diz respeito à competência para a prática do ato; (B) o mérito do ato administrativo, assim entendido como o aspecto deste referente à sua oportunidade e conveniência, está sempre presente, tanto nos atos vinculados, quanto nos discricionários; (C) o mérito do ato administrativo, tal como conceituado no item “b” acima, pode, em qualquer caso, ser amplamente revisto pelo Poder Judiciário; (D) o deferimento de licença para tratar de interesses particulares, prevista no Estatuto do Ministério Público, não é ato vinculado. Gab. D 3) Marque com “N” as assertivas negativas Confira uma situação-exemplo: (Analista – TRF/4ª – 2007 – FCC) 26. Tendo em vista certos direitos dos servidores públicos federais, é correto afirmar que (A) o servidor em débito com o erário, entre outras situações, que foi exonerado ou que tiver sua aposentadoria cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (B) o vencimento do cargo efetivo é irredutível, mas não pode ser acrescido de vantagens de caráter permanente. N (C) o servidor não perderá a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo justificado, mas ficará prejudicado no período aquisitivo de fér ias. N (D) as faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior não podem ser compensadas e nem consideradas como de efetivo exercício. N (E) os valores percebidos pelo servidor em razão de decisão liminar deverão ser repostos no prazo de noventa dias, contados da notificação para fazê-lo. 4) Grife as palavras “deve”, “pode” e “não pode” Também devem ser grifadas expressões semelhantes. Por exemplo: “deve” = “obriga” “pode” = “admite” “não pode = não admite” Confira uma situação-exemplo: (Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC) Em relação aos atos administrativos discricionários e vinculados sabe-se que (A) os atos vinculados são passíveis de controle pelo Judiciário, enquanto que os discricionários submetem- se apenas ao poder hierárquico da Administração Pública. (B) os atos vinculados que contenham vício de competência não exclusiva admitem convalidação, desde que presentes os requisitos para ratificação do ato. (C) o motivo dos atos administrativos não pode ser analisado pelo Poder Judiciário, ainda que se invoque a teoria dos motivos determinantes. (D) os atos discricionários não admitem convalidação, seja qual for o vício encontrado, posto que praticados sob juízo subjetivo de autoridade, que não precisa fundamentar a edição. (E) os atos vinculados ou discricionários que contenham vícios sanáveis, para serem convalidados, dependem de determinação judicial neste sentido. Gab. B 5) Grife as expressões explicativas - pois, porque, porquanto, ante etc Confira uma situação-exemplo: (Analista – TSE – 2006 – CESPE) Ana, servidora pública, solicitou a concessão de licença para capacitação, com o objetivo de cursar, por dois meses, um curso de língua inglesa na Austrália. O pedido foi indeferido porque a autoridade competente, Bartolomeu, considerou que, embora presentes os requisitos formais que permitissem a concessão desse tipo de licença, não havia interesse da administração em liberar servidores para efetuarem esse tipo de curso. Ana, então, apresentou pedido de reconsideração, argumentando que a capacitação dos servidores para falar outras línguas era relevante para a administração, mas esse pedido foi indeferido por Bartolomeu, que reiterou a inexistência de interesse administrativo. Irresignada, Ana ingressou com recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração, dirigindo-o à autoridade imediatamente superior a Bartolomeu. Com relação ao direito de Ana à referida licença, bem como à decisão que indeferiu o pedido de concessão, assinale a opção correta. A Para ter direito à referida licença, Ana necessita ser servidora estável com um mínimo de cinco anos de efetivo exercício. B A decisão indeferitória é válida porque é dispensável a motivação expressa de atos discricionários. C A decisão indeferitória é inválida em virtude da aplicabilidade ao caso da teoria dos motivos determinantes. D A decisão indeferitória é inválida, pois há violação do princípio da legalidade. Gab. A 6) Grife as expressões exageradas - muito, bastante, absolutamente 7) Grife adjetivos e advérbios O examinando deve tomar cuidado com expressões: “é pacífico na jurisprudência”; “a jurisprudência majoritária entende que (...)”. Normalmente, tais expressões são usadas para impressionar o candidato, encerrando, na maior parte das vezes, uma assertiva incorreta. É muito comum, também, a fórmula “conforme entendimento do STF” ou “conforme entendimento do STJ”. Tal fórmula também costuma ter por objetivo deixar o examinando impressionado, encerrando, na maior parte das vezes, uma assertiva incorreta. Confira uma situação-exemplo: (Magistratura/PI – 2008 – CESPE) A respeito da administração pública, assinale a opção correta. (A) O poder regulador insere-se no conceito formal de administração pública. (B) A jurisprudência e a doutrina majoritária admitem a coisa julgada administrativa, o que impede a reapreciação administrativa da matéria decidida, mesmo na hipótese de ilegalidade. (C) O princípio do processo judicial que veda a reformatio in pejus não se aplica ao processo administrativo. (D) O poder normativo, no âmbito da administração pública, é privativo do chefe do Poder Executivo. (E) Conforme entendimento do STF, o poder de polícia pode ser exercido pela iniciativa privada. Gab. C 8) Reescreva, traduzindo expressões que geramconfusão ex: prescinde, não prescinde Confira uma situação-exemplo: (Auditor Fiscal – Paraíba – FCC) É decorrência do regime jurídico do ato administrativo vinculado a: (A) sua não sujeição ao controle jurisdicional, no que diz respeito ao seu mérito; (B) impossibilidade de ser revogado por motivos de conveniência e oportunidade; (C) desnecessidade de ser praticado em observância a expresso comando da lei; (D) margem de escolha para o agente público decidir o conteúdo do ato; (E) prescindibilidade (NÃO PRECISA) da declaração dos motivos de sua edição. Gab. B 9) Desde que você tenha lido a assertiva com cuidado, confie na primeira impressão 12) Cuidado com a Síndrome da Pegadinha Essa ressalva faz-se necessário, pois é muito comum que o examinando entenda correta uma alternativa e, em seguida, numa nova leitura, pela sedução do texto de outra ou de outras alternativas, acabe mudando de opinião e marcando como correta alternativa diversa. Muito cuidado com isso. Se você leu com cuidado uma questão e, naquele momento, entendeu como correta dada alternativa, não fique tentando “encontrar pêlo em ovo”. Não se trata de um incentivo à não continuidade da reflexão, pois é necessário ler a questão inteira com cuidado. Mas de um alerta para que você não caia na “Síndrome da Pegadinha”. Essa síndrome, que tem relação com a mania de perseguição, é típica dos examinandos em geral. Ela se manifesta em duas situações. A primeira, quando a questão é muito fácil. Nesse caso, o examinando não se conforma que a resposta é tão fácil e fica tentando “encontrar pêlo em ovo”, como relatado. A segunda, quando não se conhece a questão. Nesse caso, o examinando, por não conhecer a questão, acha que tudo é uma pegadinha e acaba não se valendo do raciocínio lógico, do bom senso e de outras ferramentas para tentar resolver a questão mesmo assim. Em geral, por conta dessa Síndrome, o examinando acaba assinalando como correta alternativas que sequer estão de acordo com o bom senso, já que acha que tudo é uma pegadinha. Então, ficam duas recomendações: fique com a primeira impressão e não ache que todas as questões só contêm pegadinhas, principalmente aquelas questões cuja matéria não se conhece muito. 10) Leia até a última alternativa Há inúmeras razões para que se leia a questão até a última alternativa. Uma delas é o fato de que, numa prova de múltipla escolha, nem sempre há apenas uma alternativa correta. Há várias situações em que se deve marcar a alternativa “mais correta”, pela imprecisão que tem algumas provas. Ademais, pode ser que apenas a última alternativa seja a correta. Segue uma situação-exemplo: (Magistratura Federal – 1ª Região – 2005) Em direito administrativo, o termo autorização é empregado: (A) como forma de delegação de serviço público, ao lado da permissão e da concessão; C (B) para outorga de uso de bem público; C (C) para designar ato de polícia administrativa de atividades potencialmente danosas; C (D) as três opções estão corretas. Gab. D 11) Escreva, ao lado de cada alternativa, “Correto” e “Incorreto” Segue uma situação-exemplo: (Analista – TRE/SE – 2007 – FCC) Observa-se que, dentre outras proibições o servidor público federal NÃO poderá INCORRETA (A) cometer, de regra, a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa. IN (B) descumprir qualquer ordem de superior hierárquico. C (C) ministrar aulas de nível superior ou universitário. C (D) candidatar-se a mandato eletivo municipal. C (E) recusar comissão ou pensão de estado estrangeiro. C Gab. A 13) Exclua as alternativas absurdas e que você sabe que estão incorretas Segue uma situação-exemplo: (Procurador do Estado/RR – 2006 – FCC) Em relação aos atos administrativos discricionários e vinculados sabe-se que (A) os atos vinculados são passíveis de controle pelo Judiciário, enquanto que os discricionários submetem- se apenas ao poder hierárquico da Administração Pública. (B) os atos vinculados que contenham vício de competência não exclusiva admitem convalidação, desde que presentes os requisitos para ratificação do ato. (C) o motivo dos atos administrativos não pode ser analisado pelo Poder Judiciário, ainda que se invoque a teoria dos motivos determinantes. (D) os atos discricionários não admitem convalidação, seja qual for o vício encontrado, posto que praticados sob juízo subjetivo de autoridade, que não precisa fundamentar a edição. (E) os atos vinculados ou discricionários que contenham vícios sanáveis, para serem convalidados, dependem de determinação judicial neste sentido. Gab. B 14) Se não conseguir responder com o conhecimento acumulado, use as técnicas a seguir É importante ressaltar que as marcações acima mencionadas devem ser feitas durante a leitura da questão. Não entanto, deve-se, em primeiro lugar, responder cada questão com base na atenção, no conhecimento acumulado e no uso do raciocínio lógico. As técnicas só devem ser utilizadas quando, aplicado os elementos mencionados, não se souber qual é a alternativa a ser assinalada. Portanto, nunca substitua as técnicas pelo estudo e pela tentativa de resolução com os conhecimentos, habilidades e competências que você adquiriu durante a sua vida e no estudo para a prova ou o exame a que você se submeter. Tal recomendação se faz necessária por dois motivos. Primeiro porque nada substitui o conhecimento, as habilidades e as competências de sua trajetória. Segundo porque o uso das técnicas não garante que as questões serão acertadas, pois essas ferramentas trabalham com tendências e probabilidades, e não com certezas. Na próxima aula, começaremos a desenvolver as técnicas de resolução de questões propriamente ditas, que serão uma ferramenta complementar para que você obtenha êxito nos exames que fizer.
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