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UNIDADE DE APRENDIZAGEM ORIGEM E EVOLUÇÃO CELULAR BIOLOGIA CELULAR 1 Sumário • Breve contextualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 • Objetivos da Disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 • Apresentação do E-book . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3 • Para Início de Conversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 • Objetivos de Aprendizagem do Capítulo . . . . . . . . . . . . . . . . 4 • 1 . O que é uma célula? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5 • 2 . Experimento de Miller-Urey . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 • 3 . Origem Celular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 • Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 • Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3 Breve contextualização A disciplina de Biologia Celular oferece uma compreensão fundamental das unidades estruturais e funcionais da vida - as células. Essa área da biologia é crucial para entender os processos complexos que sustentam a vida, desde a estrutura molecular até a função dos organismos multicelulares. O estudo da Biologia Celular é fundamental para diversas áreas, como medicina, biotecnologia e pesquisa científica, permitindo compreender as bases dos fenômenos biológicos. Objetivos da Disciplina • Compreender os princípios fundamentais da estrutura e função celular. • Analisar os processos intracelulares e suas relações com fenômenos biológicos. • Identificar e descrever as principais estruturas celulares e seu papel na homeostase. • Explorar os mecanismos moleculares que regem a diferenciação celular e o desenvolvimento de tecidos. • Relacionar os conceitos aprendidos com aplicações práticas na medicina e na pesquisa científica. Apresentação do E-book O curso de Biologia Celular oferece uma exploração detalhada dos fundamentos essenciais que regem as células, abordando desde sua origem e evolução até as complexidades de suas estruturas e funcionamentos. Ao longo do programa, os alunos mergulharão em nove unidades de aprendizagem que abrangem áreas cruciais da biologia celular. A história começa com a unidade sobre a origem e evolução celular, examinando teorias sobre a origem da vida e a diversidade celular ao longo do tempo. Na sequência, exploraremos a composição química das células e biomoléculas, analisando detalhadamente as proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos presentes e seu papel estrutural e funcional. A estrutura e função da membrana celular serão minuciosamente estudadas, destacando suas complexidades proteicas e lipídicas, e como elas afetam a permeabilidade seletiva e o transporte celular. Em seguida, mergulharemos nas organelas celulares, como mitocôndrias e retículo endoplasmático, explorando suas funções individuais e interconexões dentro da célula. A análise dos processos de morte celular programada e sua regulação, assim como o estudo detalhado do ciclo celular, da interfase à mitose e meiose, será uma parte crucial do 4 programa. Esse estudo incluirá uma compreensão profunda dos estágios e da regulação molecular do ciclo celular. A unidade subsequente focará no núcleo celular, examinando sua estrutura, cromossomos e a regulação complexa da expressão gênica. A seguir, exploraremos técnicas de microscopia e análise celular, essenciais para a observação e compreensão das estruturas celulares em detalhes. Por fim, a disciplina culminará na investigação dos mecanismos moleculares que regulam a diferenciação celular e o desenvolvimento de tecidos e órgãos. Conectar esses mecanismos às etapas anteriores permitirá aos alunos compreender como as células se especializam e formam estruturas complexas. Esses nove módulos proporcionarão uma compreensão abrangente dos princípios fundamentais da Biologia Celular, conectando os elementos estruturais e funcionais das células aos processos biológicos essenciais à vida. Para Início de Conversa A exploração começa com a definição essencial do que são células, suas características estruturais e funcionais que as tornam a base da vida. Elas são pequenas unidades delimitadas por membrana, preenchidas com uma solução aquosa concentrada de produtos químicos e dotadas da habilidade de se replicarem, representando a unidade fundamental da vida. Objetivos de Aprendizagem do Capítulo • Compreender a definição e características estruturais das células. • Explorar a capacidade das células de se replicarem e sua importância para a vida. • Analisar a centralidade das células como unidades básicas e essenciais para os organismos vivos. 5 Dotadas de habilidade de criar cópias de si mesmas por meio de seu crescimento e, então, da divisão em duas. As células têm a capacidade de se replicar. Elas crescem, aumentando seu volume e conteúdo celular, e, em seguida, realizam um processo de divisão celular chamado de mitose (em células eucarióticas) ou fissão binária (em células procariontes), dividindo-se em duas células-filhas geneticamente idênticas à célula original. Esse ciclo de crescimento e divisão é crucial para o crescimento dos organismos e para a renovação dos tecidos em organismos multicelulares. Unidade fundamental da vida: As células são consideradas a unidade básica e fundamental da vida. Todos os organismos vivos, sejam unicelulares ou multicelulares, são compostos por células. Elas realizam funções vitais, como metabolismo, crescimento, reprodução e resposta a estímulos do ambiente. Essa definição destaca a importância das células como unidades estruturais e funcionais essenciais para a vida. A complexidade e diversidade dos seres vivos derivam das diferentes formas, funções e especializações das células, demonstrando a centralidade dessas estruturas na existência e manutenção dos organismos vivos. No âmbito da biologia celular, a compreensão da estrutura e funcionamento dos seres vivos é essencial para os estudantes de biomedicina, delineando uma complexa hierarquia que parte do nível atômico até culminar no 1. O QUE É UMA CÉLULA? Pequenas unidades, delimitadas por membrana. As células são estruturas microscópicas que possuem uma fronteira delimitada por uma membrana celular. Essa membrana atua como uma barreira seletiva, controlando a entrada e saída de substâncias, permitindo que a célula mantenha condições internas adequadas para suas atividades vitais. Preenchidas com uma solução aquosa concentrada de produtos químicos. O interior da célula, chamado de citoplasma, é composto por uma solução aquosa chamada de citosol. Esse líquido contém diversos tipos de moléculas, como proteínas, ácidos nucleicos, açúcares, lipídios e íons, entre outras, que desempenham funções vitais para a sobrevivência e funcionamento da célula. FONTE: ENVATO ELEMENTS 6 organismo completo. Nesse contexto, a célula se destaca como protagonista, desempenhando um papel fundamental em cada estágio da complexidade biológica. As células são a base estrutural e funcional dos seres vivos, essenciais para compreender a vida em diferentes graus de complexidade. Elas possuem uma fronteira delimitada por membranas que controlam o fluxo de substâncias, mantendo um ambiente interno propício para as atividades celulares. No citoplasma, onde se concentram várias moléculas orgânicas, ocorrem as reações químicas fundamentaispara a vida celular. A capacidade das células de se reproduzirem, através de processos como a mitose e fissão binária, é vital para o crescimento e renovação dos organismos. Essa habilidade de crescimento e divisão celular resulta na formação de tecidos, órgãos e sistemas, gerando a complexidade biológica observada nos seres vivos. A vida se organiza em distintos patamares de complexidade a partir das células, nas quais tipos celulares especializados se agrupam para formar tecidos e órgãos, cada um com funções específicas. A colaboração entre essas células especializadas é evidente na harmonia funcional de sistemas biológicos complexos, mostrando como as células interagem de maneira coordenada. O organismo completo é o resultado da cooperação entre sistemas e órgãos, todos originados da célula. Dessa forma, a complexidade e a diversidade dos seres vivos são produtos da organização e especialização das células, demonstrando a importância fundamental dessas unidades na construção e manutenção da vida. A base dessa hierarquia reside nos átomos, os constituintes fundamentais da matéria, com elementos como carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio formando moléculas essenciais. Contudo, é na célula que testemunhamos a transição para a vida orgânica (Figura 1). A célula, seja ela procariótica ou eucariótica, representa a unidade básica da vida. Dotada de estruturas e funcionalidades diversas, a célula é não apenas a construtora dos tecidos, mas também a execução dos processos biológicos fundamentais. Estas células especializadas agrupam-se para formar tecidos, FONTE: HTTPS://WWW.KUADRO.COM.BR/RESUMOS-ENEM-VESTIBULARES/BIOLOGIA/ OS-SERES-VIVOS/ORGANIZACAO-DOS-SERES-VIVOS?ID=427&TOPICID=6031 7 Para finalizar, precisamos conhecer a Teoria Celular, que é um princípio fundamental na biologia que estabelece as bases para a compreensão da estrutura e função dos seres vivos. Esta teoria consiste em três principais postulados: 1 . A célula é a unidade básica da vida • Esse postulado afirma que todos os organismos vivos são compostos por células e que a célula é a menor unidade estrutural e funcional dos seres vivos. • Cada organismo pode ser unicelular, composto por uma única célula, ou multicelular, composto por muitas células. A diversidade de formas de vida, desde bactérias até plantas e animais, é explicada pela organização e especialização das células. 2 . Todos os organismos são compostos por uma ou mais células • Esse postulado destaca que a vida se manifesta através de células e que a complexidade dos organismos resulta da organização e interação de suas células. • A unicelularidade ou multicelularidade de um organismo depende de sua complexidade e das funções especializadas que suas células desempenham. como o muscular, nervoso e epitelial, solidificando a ideia de que a complexidade biológica emerge da interação colaborativa de unidades fundamentais. Órgãos, por sua vez, são construções formadas por diferentes tipos celulares, sinergizando para executar funções específicas e conferindo ainda mais complexidade ao sistema. Os sistemas biológicos, como o nervoso ou circulatório, revelam a interconexão de órgãos especializados, ilustrando como as células colaboram em uma sinfonia funcional. Finalmente, o organismo completo é uma manifestação unificada, uma sinergia complexa de sistemas e órgãos, todos originados da célula. FONTE: ENVATO ELEMENTS 8 2. EXPERIMENTO DE MILLER-UREY O Experimento de Miller-Urey (Figura 2) é um marco na compreensão da origem da vida e foi realizado em 1953 por Stanley Miller, então estudante de pós-graduação, sob a supervisão do químico Harold Urey. O objetivo era simular as condições da Terra primitiva e investigar se as condições da época poderiam gerar os blocos de construção fundamentais da vida a partir de substâncias simples. O experimento partiu da ideia de que a atmosfera da Terra primitiva era composta por elementos como metano (CH4), amônia (NH3), hidrogênio (H2) e vapor d’água (H2O), e que havia descargas elétricas, como relâmpagos, que poderiam ter desempenhado um papel importante na formação de compostos orgânicos. Miller criou um aparato contendo água fervente, que representava oceanos e lagos primitivos, e uma série de frascos conectados. Em um frasco, ele colocou água para representar o oceano primitivo e, na outra parte, uma mistura gasosa de metano, amônia e hidrogênio para simular a atmosfera primitiva. Estes gases foram submetidos a descargas elétricas para simular a atividade de raios, o que resultou na produção de compostos orgânicos. 3 . Toda célula provém de outra célula preexistente • Este postulado rejeita a ideia de geração espontânea e destaca que a reprodução celular é o mecanismo pelo qual novas células são formadas. • A reprodução celular pode ocorrer por meio de divisão celular, como na mitose e meiose, garantindo que a informação genética seja transmitida às células filhas. Essa teoria foi desenvolvida por vários cientistas ao longo do tempo, com contribuições significativas de pesquisadores como Matthias Schleiden, Theodor Schwann e Rudolf Virchow. Schleiden e Schwann propuseram, no início do século XIX, os dois primeiros postulados, enquanto Virchow adicionou o terceiro mais tarde. A teoria celular é essencial para a biologia moderna, fornecendo o alicerce para a compreensão da vida em nível celular e molecular. Ela influenciou profundamente a pesquisa biomédica, genética, microbiologia e diversas outras disciplinas, sendo uma das teorias mais fundamentais e amplamente aceitas na biologia. 9 Após uma semana de circulação dos gases e reações, Miller analisou os produtos formados e descobriu a presença de moléculas orgânicas simples, incluindo aminoácidos, que são os blocos de construção das proteínas - fundamentais para a vida como a conhecemos. Este experimento foi revolucionário, pois demonstrou que, sob condições simuladas da Terra primitiva, era possível gerar moléculas orgânicas complexas a partir de substâncias simples e fontes de energia como descargas elétricas. Isso sugeriu que a vida poderia ter surgido a partir de reações químicas simples em um ambiente propício, fornecendo uma base científica sólida para a teoria da evolução química e a origem da vida na Terra. Embora a atmosfera primitiva possa ter sido diferente do que foi originalmente pensado, o experimento de Miller-Urey ainda é amplamente reconhecido como um passo importante na compreensão da origem da vida na Terra. FONTE: HTTPS://OLHARQUIMICO.COM/EXERCICIOS-SOBRE-TEORIAS-DA-ORIGEM-DA- VIDA/#GOOGLE_VIGNETTE 10 A teoria dos coacervados, de Oparin e John Haldane, oferece uma visão detalhada dessa possível origem da vida. Num ambiente de atmosfera primitiva com vapor de água, amônia, hidrogênio e metano, sujeito a descargas elétricas e radiações intensas, moléculas inorgânicas passaram por um processo complexo, originando moléculas orgânicas, especialmente proteínas. Com o resfriamento gradual da Terra, lagos e oceanos surgiram, proporcionando um ambiente aquoso onde moléculas orgânicas, como proteínas, deram origem a coacervados, aglomerados de proteínas envoltas por moléculas de água. A teoria da sopa primordial, por sua vez, sugere uma mistura inicial de compostos orgânicos como ponto de partida para a origem da vida. A atmosfera primitiva, carente de oxigênio, rica em hidrogênio, amônia, metano e água, teria levado à formação de aminoácidos, precursoras de material orgânico. O experimento de Miller-Urey em 1953 fortaleceu essa teoria, mostrando a produção de aminoácidos em condições similares. A evolução subsequente levou ao surgimento dos primeiros organismos unicelulares, heterótrofos e anaeróbios. Posteriormente, a presença de CO2 possibilitou a ascensão de organismos autótrofos, unicelularesfotossintetizantes, liberando oxigênio. A atmosfera oxigenada permitiu a evolução de organismos eucariontes, mais complexos, com mitocôndrias e cloroplastos, conforme a teoria endossimbiótica de Lynn Margulis. 3. ORIGEM CELULAR A origem da vida na Terra é um intrigante mistério científico, com as teorias mais aceitas indicando que os primeiros organismos surgiram há aproximadamente 3,5 bilhões de anos em um ambiente primitivo e desafiador. A compreensão desse processo envolve uma análise da atmosfera e condições da Terra primitiva, frequentemente recriadas em experimentos científicos para elucidar como a vida emergiu a partir de materiais não-vivos. Louis Pasteur refutou a teoria da geração espontânea, demonstrando que a vida não surge espontaneamente de materiais inorgânicos. Em contrapartida, Alexander Oparin propôs a teoria da evolução gradual dos sistemas químicos, sugerindo que moléculas orgânicas simples poderiam ter se desenvolvido em um ambiente sem oxigênio, rico em gases como metano, amônia e hidrogênio. FONTE: ENVATO ELEMENTS 11 organelas celulares responsáveis pela produção de energia e encontradas em células eucarióticas, têm origem em bactérias primitivas. Essa teoria sugere que, em algum momento da evolução, as células ancestrais englobaram essas bactérias em uma relação simbiótica mutuamente benéfica. As células procariontes, como as bactérias, desempenharam um papel vital nesse processo evolutivo. Adaptando-se a condições extremas e evoluindo para diversas formas, essas células foram essenciais para a formação da vida na Terra. As cianobactérias, um grupo específico de bactérias fotossintetizantes, contribuíram significativamente para a produção de oxigênio na atmosfera primitiva. Além disso, a atividade fotossintética das cianobactérias foi responsável pela formação da camada de ozônio, proporcionando um escudo protetor crucial contra a radiação ultravioleta do sol. Em resumo, a origem da vida na Terra envolveu uma evolução gradual, partindo de moléculas simples para estruturas mais complexas, fundamentais para a diversificação da vida no planeta. Células procariontes, como bactérias, foram cruciais para a formação da vida, adaptando-se a condições extremas e evoluindo em diversas formas. As cianobactérias, em particular, contribuíram para a produção de oxigênio e a formação da camada de ozônio. A evolução subsequente após o surgimento dos primeiros organismos unicelulares foi marcada por uma progressiva complexidade e diversificação. Inicialmente, os organismos eram unicelulares, heterótrofos (dependentes de outras fontes orgânicas para alimentação) e anaeróbios (capazes de viver em ambientes sem oxigênio). Esses organismos primitivos desempenharam um papel crucial nos estágios iniciais da formação da vida. À medida que a atmosfera da Terra evoluiu, com a presença de dióxido de carbono (CO2), ocorreu uma mudança significativa. Surgiram organismos autótrofos, unicelulares e fotossintetizantes, capazes de produzir seu próprio alimento usando a energia do sol e convertendo CO2 em compostos orgânicos. Esse processo, conhecido como fotossíntese, não apenas forneceu uma fonte eficiente de energia para esses organismos, mas também resultou na liberação de oxigênio como subproduto. A presença crescente de oxigênio na atmosfera desempenhou um papel fundamental na evolução subsequente. Organismos mais complexos, conhecidos como eucariontes, começaram a surgir. A teoria endossimbiótica de Lynn Margulis propõe que mitocôndrias e cloroplastos, 12 A formação de coacervados ocorre devido a forças físicas e químicas, como interações hidrofóbicas, afinidade entre moléculas orgânicas e repulsão eletrostática. Essas estruturas podem variar em tamanho e composição, e sua estabilidade é influenciada por fatores ambientais como temperatura, pH e concentração de íons. No contexto biológico, os coacervados têm sido associados à origem da vida, pois proporcionam ambientes confinados onde reações bioquímicas e a concentração de moléculas essenciais para a vida podem ocorrer de maneira mais eficaz. Alexander Oparin e John Haldane, ao proporem a teoria dos coacervados, sugeriram que essas estruturas podem ter desempenhado um papel crucial na transição de reações químicas simples para sistemas mais complexos, eventualmente levando à formação de protobiontes, precursores das células. Os coacervados são aglomerados coloidais de substâncias orgânicas, especialmente proteínas, que se formam em soluções aquosas. Essas estruturas são caracterizadas pela sua capacidade de se organizar e se separar do meio circundante, criando uma espécie de fase líquida separada. Em termos mais simples, os coacervados são como pequenas gotículas formadas por moléculas orgânicas que se agrupam, muitas vezes envoltas por uma camada aquosa. FONTE: HTTPS://WWW.FACEBOOK.COM/AGUASUALINDA 13 Referências ALBERTS, Bruce et al. Fundamentos da Biologia Celular. 4. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2017. JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015. Considerações Finais Considerando o mistério da origem da vida, as teorias que exploram a transição de materiais não-vivos para a vida ganham destaque. A pesquisa sobre a atmosfera e as condições da Terra primitiva, destacada pelos experimentos como o de Miller- Urey, lança luz sobre esse intrigante processo. A compreensão da célula como a unidade básica da vida, com sua membrana seletiva, citoplasma repleto de moléculas vitais e habilidade única de replicação, destaca sua importância fundamental. A teoria dos coacervados, proposta por Oparin e Haldane, oferece uma visão detalhada sobre a possível origem da vida. Em um ambiente primitivo sujeito a descargas elétricas e radiações, moléculas inorgânicas passaram por uma transformação complexa, originando moléculas orgânicas, notavelmente proteínas. Com o resfriamento da Terra, lagos e oceanos surgiram, proporcionando um ambiente aquoso propício à formação de coacervados, aglomerados de proteínas envoltos por moléculas de água. A evolução subsequente, marcada pelo surgimento de organismos unicelulares e a transição para a vida autotrófica, destaca a importância da atmosfera oxigenada. A teoria endossimbiótica de Lynn Margulis propõe a origem das mitocôndrias e cloroplastos em bactérias primitivas, ressaltando a interconexão evolutiva das células. As cianobactérias, contribuindo para a produção de oxigênio e a formação da camada de ozônio, são cruciais nesse contexto.