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Helmintos – Filo Platyhelmintos Características: Metazoários (multicelulares), com simetria bilateral e corpo achatado dorsoventralmente Não possuem cavidade celômica, sistema esquelético, circulatório ou respiratório. Sistema digestório incompleto A maioria é hermafrodita – aparelhos reprodutores complexos Classe Trematoda Corpo não segmentado e ventosas (oral/ventral) para a fixação Sem revestimento epitelial Ciclo heteróxeno Fasciola hepática Importância: Zoonose com alta prevalência em animais, gerando perdas econômicas Um parasito de herbívoros, que eventualmente pode infectar os homens: interessa a medicina veterinária e humana Distribuição ampliada no brasil Medicação com eficácia moderada Hospedeiros e Habitat Definitivo (contem a forma adulta do parasito): ovinos, caprinos, bovinos e humanos. Baixa especificidade Intermediário: molusco da espécie Lymnea sp (caramujo) Habitat O parasito jovem adulto se instala no parênquima hepático, podendo causar danos no seu percurso Já o adulto habita os ductos biliares e vesícula biliar Mecanismo de transmissão – PASSIVO ORAL Metacercarias presentes como contaminantes da agua contaminam verduras e animais. A metacercaria dá origem ao parasito jovem adulto no organismo do hospedeiro O parasito na forma adulta pode ser consumido (fígado cru contaminado), passar pelo trato gastrointestinal e contaminar as fezes causando um resultado falso positivo ou se fixar nas vias aéreas causa asfixia Morfologia adulto: hermafrodita. Forma folicea com um ventosa oral e ventral. Tegumento coberto de espinhos ovos: forma ovoide. Operculado – abertura por onde sai a larva. Contem massa embrionária em seu interior. Grande, com a casca fina se desenvolve na agua, livre de contato as fezes e em temperatura adequada miracídio: larvas ciliadas que saem dos ovos e infectam os moluscos. Vida curta (8 horas) esporocisto: forma sacular que se desenvolve dentro do molusco. Da origem as rédias. Rédias: forma larvária que da origem as cercarias Cercárias: forma larvária que sai do molusco. Corpo oval ou arredondado com uma cauda simples. Se adere com suas ventosas em algum lugar e encista, formando a metacercaria Metacercária: Forma que infecta o hospedeiro. Tem 2 camadas císticas e da origem a larvas na luz intestinal do hospedeiro. Ciclo biológico - HETEROXENO Homem: infecta-se ao beber agua ou ingerir alimentos contaminados com metacercárias. Ela desencista no intestino delgado, perfuram a parede e invadem a cavidade peritoneal. Perfuram a capsula de Glisson e migram para o parênquima hepático. Nos ductos biliares ocorre a maturação sexual Os ovos dos adultos passam para o intestino com a bile, de onde são eliminados pelas fezes os ovos dão origem a miracídios Molusco: os ovos que infectam o ambiente precisam de agua e condições ideais de temperatura. Os miracídios saem dos ovos e são atraídos pelo muco produzido pelos moluscos, contaminando-o de forma ativo cutânea. O miracídio forma um esporocisto que da origem a 5-8 rédias. Cada rédia pode dar origem a rédias de segunda geração ou cercárias. As cercárias saem do molusco nadam por algum tempo e perdem sua cauda. Elas secretam uma substancia que promove seu encistamento em metacercária A metacercária permanece infectante por aproximadamente 4-5 meses Patogenia e manifestações clinicas A manifestação ou não de sintomas depende das características do hospedeiro e do parasita. Agressões pelo parasita jovem: Perfurações no intestino, cavidade peritoneal, capsula de glisson e parênquima hepático Agressões mecânicas, traumáticas e lítica Zonas de necrose no fígado, devido a migração errática do parasito reação inflamatória, hemorragia, hepatomegalia, etc Dor abdominal, febre, eosinofilia, anemia Agressões pelo parasito adulto: Agressão por fixação (espoliativa e asfixia) Fibrose dos ductos biliares devido a sua fixação por ventosas, causando: diarreia, perda de peso, cefaleia, insuficiência hepática e falência do órgão. Falso parasitismo: Parasito adulto ingerido pode se fixar nas vias respiratórias, causando dispneia, disfagia, afonia, edema, inflamação, e podendo levar a asfixia. Diagnostico O exame clinico é sugestivo e utilizado e áreas endêmicas O exame coproparasitologico é utilizado para verificar a quantidade de ovos nas fezes Limitação: baixa quantidade de ovos eliminados, não eliminação de ovo, falso parasitismo Biopsia dos órgãos afetados para encontrar o parasito na forma adulta Imunológico: sorologia Molecular Epidemiologia Cosmopolita: especialmente em regiões onde todos os fatores estão presentes (agua, caramujo, hospedeiro) No brasil existe especialmente no sul Migração de pessoas do Sul para a Amazônia desmatamento para a criação de gados possivelmente infectados, que contaminaram as aguas, criando um novo ciclo biológico Alta prevalência em animais (especialmente o gado), que servem de reservatório já que podem ser assintomáticos Alimentos, aguas e sucos podem estar infectados pela metacercaria Na agua (20-30 graus) sobrevive por ate 3 meses, após dissecação por 2 semanas e na geladeira (4 graus), por ate um ano Um parasito adulto pode eliminar ate 20 ovos alto índice de contaminação Schistosoma mansoni Importância Atingem na maior parte pessoas de baixa renda No brasil existe em praticamente todos os estados, estando 25 milhões de pessoas em área de risco Hospedeiros Definitivo: humanos e roedores Intermediário: molusco biomphanlaria sp (especialmente o b. Glabrata) Habitat Plexo hemorroidário superior (vênulas do intestino grosso, da parede do reto e sigmoide) Também podem ser encontrados em parte do sistema porta, inclusive na luz da veia porta Localização ectópica Mecanismo de transmissão – ativo cutâneo Penetração ativa das cercarias (2 – 15 minutos) Morfologia Ovo: espinho lateral saliente, casca dupla, coberta por micro espinhos. Larva (miracídio) no interior Miracídio: larva ciliada com uma glândula de penetração (que ajuda a penetrar no molusculo). É atraia por luz e quimiocinetica no caramujo Esporocisto (primário e secundário): forma larvária dentro do moslusco. O esporocisto secundário (apos crescimento) libera cercarias Cercárias: estrutura relativamente grande, com cauda bifurcada que sair do molusco e invade o hospedeiro definitivo Esquitossômulo: forma do parasita no hospedeiro definitivo. Estrutura que perde a cauda (adulto jovem) Verme adulto: macho – menor e mais robusto. Fêmea – maior, se aloja no canal ginecófaro do macho Ciclo biológico No humano: penetração ativa da cercaria na pele, onde se transforma em esquitossômulo. Se não for destruído, o parasito penetra na ciruclacao sanguínea coração, pulmão, sistema porta ai ocorre o amadurecimento e acasalamento. O macho e a femea unidos migram para seu habitat final (venulos do plexo hemorroidário superior), onde produzem os ovos Apenas 1/3 dos ovos conseguem atravessar o endotélio, submucosa e mucosa do reto, ate a luz intestinal, onde se misturam ao bolo fecal e ganham o ambiente No ambiente: os ovos ganham uma coleção de agua, onde ocorre a liberação dos miracidios. Os miracidios abandonam a casca e nadam ativamente ate encontrar um molusco e penetrar suas partes moles. Dentro do molusco, as larvas se transforma em esporocisto primário e depois secundários. Os esporocistos secundários dão origem as cercarias. Estas saem do caramujo para a agua, onde fazem a penetração ativa em um hospedeiro definitivo. Patogenia e manifestações clinicas Assintomáticos Sintomáticos: a evolução da esquistossomose depende da intensidade da resposta imunológica, ao amadurecimento e à ovoposicao do parasito Acredita-se que haja certa resistência a presença do parasito em áreas endêmicas devido ao alto numero de portadores assintomáticos (baixa carga parasitaria) e menos numero de casos graves Fase inicial/aguda – dermatite cercariana devido a penetração das cercarias na pele: ocorre em indivíduos hipersensíveisou reinfecções. Também causa cefaleia, anorexia, dor abdominal, diarreia, náuseas, vômitos e tosse seca. Na segunda semana inicia a forma toxêmica: febre alta, eosinofilia, esplenomegalia e urticaria. Quando os esquitossômulos alcançam o fígado (ainda adultos jovens), aumenta a eosinofilia e hepatomegalia: hepatite Fase tardia/crônica – lesão granulomatosa em torno dos ovos dos parasitos (os ovos que não alcançam a luz do intestino são imobilizados e envolvidos por uma reação inflamatória) Intestino: diarreia mucosanguinolenta, diminuição do peristaltismo, cólica, perda de apetite, etc Fígado e baço: fibrose periportal – os ovos arrastados pela corrente sanguínea ficam retidos nos capilares dos espaços porta, onde ocorre acumulo de granulomas. A obstrução dos vasos causa a hipertensão portal, hepatosplenomegalia e ascite (barriga d’agua) e neovascularização (circulação colateral) Comprometimento renal, hipodesenvolvimento, e associações com outras doenças/infecções Confirmação diagnóstica Clinico: sugestivo em zona endêmica (especialmente quando ha dermatite cercariana) Coproparasitologico: presença de ovos nas fezes (qualitativo ou quantitativo) Ausência de ovos no período pré-patente e nas infecções unissexuais Ausência de ovos após a medicação devido a intoxicação dos parasitos Eclosão de miracidios Biopsia retal Provas imunológicas Vantagem: detecta infecções leves Desvantagens: anticorpos antigos podem dar positivo Imagem Molecular Epidemiologia Ocorre especialmente nas regiões litorâneas Notificação compulsória nas áreas endêmicas desde 2006 B. Glabrata – ótimo transmissor por ser extremamente resistente em qualquer situação ambiental Dinâmica da transmissão: para que ocorra a transmissão os seguintes fatores devem estra presentes: Fonte de infecção (hospedeiro definitivo) Molusco (hospedeiro intermediário Coleção de agua doce Hábitos higiênicos que expõem os indivíduos a infecções Construção de hidrelétricas: barragens formam remansos e propiciam um ambiente favorável para a criação e proliferação caramujos Controle Avaliação da fonte de agua Saneamento básico, ponte para travessia, aterro de poços Lavanderias coletivas Locais alternativos de lazer Combate ao molusco: moluscidas químicos e vegetais, introdução de espécies predatórias Tratamento dos infectados Educação em saúde/investimento publico -----o------o------o-----o------o------o-----o------o------o-----o------o------o-----o------o------o-----o------o------o-----o------o------ Classe Cestoda parte anterior é um órgão de fixação o colo (pescoço) é a zona de crescimento estróbilo em forma de fita proglotes jovens proglotes maduras proglotes gravidas (contem ovos) maioria hermafrodita não possuem sistema digestório Taenia Solium Importância Transmissão do homem para o animal, apos domesticação Hospedeiros/habitat – t. solium Hospedeiro definitivo: intestino delgado do homem (teníase) Hospedeiro intermediário (estado laravario – cisticerco): musculatura dos suínos (cisticercose) Também pode afetar a musculatura, sistema nervoso ou globo ocular do homem cisticercose Hospedeiros/habitat – t. Saginata Hospedeiro definitivo: intestino delgado do homem (teníase) Hospedeiro intermediário: musculatura do bovino (cisticercose) Mecanismo de transmissão Teníase: Passivo oral por ingestão de carne mal cozida que contem um cisticerco de t. sarginata ou t. solium Cisticercose: passivo oral pela ingestão dos ovos que saem om as fezes do hospedeiros definitivo Se o homem estiver com t. sarginata cisticercose bovina Se o homem estiver com t. solium cisticercose suína ou humana Quando homem e hospedeiro intermediário cisticercose (ingestão do ovo que se desenvolve em cisticerco) Quando o homem e hospedeiro definitivo teníase Morfologia T. sarginata: órgão de fixação é a ventosa. Proglotes: gravidas mais longas e com mais ramificações. ramificações uterinas dicotômicas. Escolex: quadrangular, sem rostro e sem acúleos Cisticerco (c. Bovis) não apresenta acúleos T. solium: órgão de fixação é a ventosa com acúleos e ganchos Proglotes: menores, ramificações pouco numerosas digiformes Escolex: globoso, com rostro e com dupla fileira de acúleos Cisticerco (c. Cellulosae): apresenta acúleos Ovo: embrião hexacanto, com 6 aculeos. Não diferencia entre as espécies. Ciclo biológico Teníase Ingestão da carne com cisticercos Cisticerco sofre ação do suco gástrico atigem o duodeno Desenvaginamento do escolex no intestino delgado Ventosas fixam-se as mucosas Formação do adulto Apólise desprendimento das proglotes gravidas (que contem os ovos) e eliminação pelas fezes após 60-70 dias Ingestão dos ovos pelo hospedeiro intermediário cisticercose Cisticercose Ingestão dos ovos liberados nas fezes humanas Liberação da oncosfera e penetração na mucosa intestinal A oncosfera ganha a circulação sanguínea e se dirige a outros órgãos Nos animais (bovino/suíno):Tropismo principalmente pela musculatura esquelética ou cardíaca No homem: tropismo principalmente pelo tecido nervoso O homem pode se infectar por: Heteroinfecção: consumo de hortaliças que cresceram cerca de fezes humanas, humano-humano Autoinfecção externa: contaminação antihigiênica Autoinfecção interna: retroperistaltismo Patogenia e manifestações clinicas Verne adulto – teníase Agressão traumática pela fixação Agressão irritativa: grande comprimento tocando a mucosa Agressão espoliativa: utilização de nutrientes Assintomática Sintomática (mais pela t. sarginata): sinais gastrointestinais inespecíficos (diarreia, náuseas, perda de peso, etc) Larva – cisticercose Agressão mecânico compressiva pelo crescimento do cisticerco no tecido Inflamação celular crônica SNC - neurocisticercose: após a morte do cisticerco ocorre a formação de granuloma e nódulo cicatricial crises convulsivas, ataques epiléticos, aumento da pressão intracreniana, vomito em forma de jato Globo ocular – oftalmocisticercose: o crescimento do cisticerco provoca descolamento da retina cataratas e perda de visão Confirmação diagnostica Teníase Clinico e inquérito epidemiológico: sugestivo Coproparasitologico: tamisação – retenção das proglotes das fezes em um peneira de malha fina e diferenciação de espécie pelas proglotes gravidas Cisticercose Pesquisa de ovos nas fezes para avaliar possibilidade de autoinfecção Exames de imagem Testes imunológicos Epidemiologia Cosmopolita – distribuição trelada a distribuição do hospedeiro Endêmica no brasil Fatores culturais – países muçulmanos tem pequeno numero de casos de cisticercose devido ao não consumo de carne de porco. Habitantes de países asiáticos que não consumem carne de boi (índia) só podem ser infectados pela t. solium Os homens eliminam grande quantidade de ovos diariamente, que podem resistir 1-2 anos no ambiente Por ter hábitos coprofagicos, os porcos estão mais suscetíveis a infecção ao consumir fezes Profilaxia Fiscalização sanitária de matadouros: evitar o contato dos animais com fezes huamanas Avaliação da procedência dos alimentos – selo de fiscalização sanitaria Congelamento/cozimento/salga da carne Saneamento básico Higiene pessoal Diagnostico e tratamento dos parasitados Teníase: medicação Cisticercose: matar o cisticerco, diminuir resposta inflamatória e remoção cirúrgica (quando possível) Echinococcus granulosus Hospedeiros/habitat Definitivo: intestino delgado de cães domésticos equinococose Intermediário: fígado, pulmão, SNC e coração de humanos e herbívoros hidatidose (cistos hidatidos) Mecanismo de transmissão Cão: passivo oral, pela ingestão das vísceras contendo cisto hidatico fértil ingere a larva que forma o adulto Passivo oral por ingestão dos ovos com embrião ingere o ovo que forma a larva Morfologia Escolex, colo e estróbilo Proglotes Imatura em grandes quantidades Madura Apenas a ultima é gravida Ovo: casca radiada. O embrião só desenvolve aposto seringerido pelo hospedeiro intermediário Cisto hidatido fértil Membrana reacional: resultante de uma reação do hospedeiro à presença da larva e seus metabólitos; Camada laminar Camada prolígera: membrana de onde é gerado o protoescolex Liquido hidatico: alto numero de substancia antigênicas Ciclo biológico Cão elimina fezes contendo ovos com embrião hexacanto Outro animais (ovino/bovinos/suínos/humanos) ingerem os ovos Embrião penetra no intestino e cai na circulação O embrião vai para diferentes tecidos (fígado, pulmão, etc) Desenvolvimento dos cisto hidaticos nos tecidos primeiramente no figado Cão ingere vísceras contendo o cisto hidatico Patogenia e manifestações clinicas Cão: sintomas gastrointestinais Homem/herbívoros: hidatidose Hidatidose primaria – pode ocorrer o rompimento do cisto hidatico fértil. O liquido (antigênico) extravasa gerando um forte quadro alérgico (choque anafilático), manifestações nervosas ou acidentes respiratórios Hidatidose secundaria – os cistos, dependendo da sua localização e tamanho, podem gerar agressão mecânica compressiva Óssea: os cistos se modelam ao ossos, levando a fratura espontânea ou deformação Hepática: hepatomegalia, abcessos hepáticos, dor abdominal Pulmonar: dispneia, dor, tosse, reações alérgicas Cerebral: fatal Confirmação do diagnostico Homem: imagens e provas imunológicas Importante diferenciar da espécie que causa hidatidose policística Cão: coproparasitologico Epidemiologia Os hospedeiros tem diferente importância, dependendo da quantidade de cistos hidatico fértil eliminados ovinos liberam mais (95%), suínos (75%) e bovinos (29%) A região sul do brasil é uma área altamente endêmica devido a economia pastoril – convivência diária de ovelhas (potencialmente infectadas) com cães (hospedeiros), que fazem o consumo das vísceras dos animais ciclo pastoril Convivência e intimidade entre pessoas e cães ciclo domestico Cães de caça que consumem carcaças de animais mortos ciclo silvestre Agua contaminada pode vir a contaminar alimentos Profilaxia Diagnostico e tratamento dos cães Cuidados com a saúde do cão Evitar pastoril Evitar convivência de cães de caça/pastores com humanos (em casa) Fiscalização Incineração de vísceras contaminadas Investimento publico Para o homem: Condições básicas de higiene Cuidados no preparo de alimentos e no consumo de agua Educação em saúde Apesar do homem não ser disseminador, e necessária a remoção cirúrgica do cisto hidatico medicação para destruir o escolex e evitar rompimento do cisto Nematóides – Filo Nematelminto Caracteristicas: Aspecto vermiforme, corpo cilíndrico e pseudocelomados Sistema digestório completo Sexos separados e bem definidos Apresentam dimorfismo sexual (fêmeas são maiores) Classe nematoda Alguns apresentam bolsa copulatória A forma da bolsa diferencia as espécies Fêmeas podem ser: Ovíparas: põem ovo sem larva Ovovivíparas: ovo com larva Vivíparas: larva sem ovo Ciclo pode ter hospedeiro intermediário e pode passar pelo ambiente Áscaris lumbricoides/suum Hospedeiros/habitat – esternoxenos Lumbricoides: intestino delgado de humanos, suínos e primatas Suum: intestino delgado de suínos, humanos e primatas Mecanismo de transmissão Passivo oral por ingestão de ovos larvados (larvas L3) Hospedeiro mecânico – o ovo é ‘pegajoso’ e se adere a alimentos e insetos Transplacentaria Morfologia As fêmeas são maiores que os machos. Os machos tem um enrolamento ventral espiralado da sua cauda Parte anterior (aparato bucal) com 3 lábios O desenvolvimento do parasito depende da densidade da infecção quanto maior o numero de parasitos, menor o tamanho alcançado pelos parasitos Ovo: camada externa rugosa mamilonada com 4 camadas (confere maior resistência) Pode ter massa embrionária, larva ou infértil o ovo infértil ocorre quando há maior quantidade de fêmeas, infecção unissexual ou por infecção do genótipo suíno Ciclo biológico Adulto: O homem ingere o ovo larvado (L3) em agua/alimentos contaminados No intestino delgado ocorre a eclosão do ovo e liberação da larva Penetração da larva da mucosa intestinal, que cai na circulação A larva é aeróbia e não pode se desenvolver na cavidade intestinal Fígado coração pulmão, onde sofre a muda de L3 para L4 Ascenção pelo trato respiratório e deglutição De volta ao intestino delgado sofre a ultima muda para a fase adulta. Larva: Ocorre a copula entre o parasito macho e fêmea (ovoposição após 2 meses e meio) Ovos são eliminados nas fezes, com uma única célula No ambiente/solo: sob condições ideais de oxigênio temperatura e umidade haverá a formação da larva dentro do ovo O ovo larvado (L3) constitui a estrutura infectante para o homem e permanece viável por anos no ambiente Patogenia e manifestações clinicas Larvas Intestino: assintomático Fígado: dependendo do tamanho da infecção pode levar a uma reação inflamatória (ocorre mais nos suínos) Pulmão: a muda pode causar irritação ou reação antigênica. Reação inflamatória, síndrome de Loeffler (devido as lesões pulmonares), aumento do muco Adulto Intestino: sintomas gastrointestinais, enterite, agressão mecânica obstrutiva bolo de ascares impede a passagem do bolo fecal Diagnostico Clinico e imagem: sugestivo Coproparasitologico: concentração de ovos Imunológico: utilizado em indivíduos que tem infecção unissexual de machos, e não eliminam ovos Molecular: diferenciam a espécie suum/lumbricoides Epidemiologia Mais de ¼ da população mundial infectada, porem a maior parte não apresenta sintomas Zoonose o homem é a única fonte de parasitos. Infecção cruzada homem x suínos A medicação de combato nos humanos é efetiva, porem os animais já podem ser resistentes Os homens podem adquirir a forma resistente Negligenciada por afetar em grande parte populações economicamente mais débeis Mecanismo de transmissão Estrutura infectante é a larva L3 O sistema imunológico responde à presença de larvas L3 e L4 elaborando anticorpos contra antígenos liberados durante a muda Profilaxia Saneamento básico destino adequado das fezes Proteção de alimentos contra hospedeiros mecânicos Não utilizar fezes como adubo Educação em saúde
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