Buscar

DIREITO PROCESSUAL PENAL. -

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO PROCESSUAL PENAL 29
 Quarta-feira 05 de agosto de 2015
DIREITO PROCESSUL PENAL IV
CONTEÚDO BÁSICO SEMESTRAL:
PROCEDIMENTOS CRIMINAIS COMUNS E ESPECIAIS 
NULIDADES EM PROCESSO PENAL
RECURSOS (TEORIA GERAL E RECURSOS EM ESPÉCIE)
RELAÇÃO JURISDICIONAIS COM AUTORIDADES ESTRANGEIRAS
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CURSO DE DIREITO PROCESSUAL PENAL – EDILSON MOUGENOT BONFIM
MANUAL DE PROCESSO PENAL – FERNANDO DA COSTA TOURINHO FILHO
CURSO DE PROCESSO PENAL – ANTÔNIO ALBERTO MACHADO
COMPLEMENTARES
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COMENTADO – GUILHERME SOUZA NUCCI
JÚRI: DO INQUÉRITO AO PLENÁRIO – EDILSON MOUGENOT BONFIM
AS NULIDADES NO PROCESSO PENAL – ADA PELEGRINI GRINOVER; ANTÔNIO SCARANCE FERNANDES 
RECURSOS NO PROCESSO PENAL: TEORIA GERAL, RECURSOS EM ESPÉCIE E AÇÕES IMPUGNATIVAS – ADA PELEGRINI SCARANCE E ANTÔNIO MAGALHÃES.
___________________________________________________________________
Quinta-feira 06 de agosto de 2015
PROCEDIMENTOS CRIMINAIS 
AÇÃO, PROCESSO E PROCEDIMENTO 
CONCEITO
Direito de ação – Provocação jurisdicional, direito subjetivo que cada um tem de provocar o Estado (Poder Judiciário) afim de obter a resolução do conflito, tendo resultado favorável ou desfavorável.
Processo - Mecanismo que se utiliza para exercer o direito de ação.
Procedimentos - Conjuntos de atos que são exércitos dentro de um processo, todos os atos sempre estarão ligados um ao outro, até o fim do processo.
DISTINÇÃO 
(Vide artigo 394 - §1º a partir do inciso I) 
ORDINÁRIO PENA = > 4 ANOS – Todo crime que tenha pena igual ou maior que 4 anos
SUMÁRIO PENA > 2 < 4 ANOS - Todo crime que tenha pena maior que 2 anos e menor que 4 anos
SUMARÍSSIMO PENA ATÉ 2 ANOS – JECRIM - Qualquer crime, todas as contravenções penais que a pena não ultrapasse 2 anos.
PROCEDIMENTO COMUNS E ESPECIAIS 
ALTERAÇÃO PROMOVIDAS PELAS LEIS 11.719/O8 e 11.689/08:
Conceito do professor – “Até o ano de 2008, os procedimentos criminais eram determinados pela qualidade da pena privativa de liberdade, reservando-se o rito ordinário aos crimes apenados com reclusão; sumário aos crimes apenados com detenção; sumaríssimo às infrações de menor potencial ofensivo”.
“No entanto, para dar agilidade ao processo, o legislador adotou o critério quantitativo, ou seja, para a definição dos ritos passou a observar a quantidade da pena privativa de liberdade prevista nos tipos penais”.
EXCEÇÕES AO CRITÉRIO QUANTITATIVOS AO ART 394 (PRINCIPAIS):
CRIMES PREVISTOS NO ESTATUTO DO IDOSO LEI 10.741/03
TODOS OS CRIMES PRATICADOS CONTRA O IDOSO SE VALEM DA REGRA DO 394? NÃO, SOMENTE OS CRIMES PREVISTO NA LEI.
RITO SUMARÍSSIMO, JUIZADO ESPECIAL CRIMINAM.
Nota do professor – “O artigo 94 da Lei Excepciona o artigo 394 do CPP, uma vez que estabelece o rito sumaríssimo (JECRIM) a todos os crimes cuja a pena máxima não ultrapasse 4 anos, e que estejam previstos nos artigos 96 a 108 do Estatuto do Idoso. 
Atenção: Crimes contidos no código penal, outras leis especiais e as contravenções penais não seguem esta regra. 
CRIMES PRATICADOS CONTRA A MULHER, NO ÂMBITO DAS RELAÇÕES DOMÉSTICAS E FAMILIARES (LEI 11.340/06) (ART. 41)
Não se aplica nada da Lei 9.099/95/JECRIM. Não se aplica o rito sumaríssimo, somente rito sumário e ordinário. 
CRIMES FALIMENTARES (LEI 11.101/05) (ART. 185)
Todos crimes falimentares seguirá o rito sumário. 
QUARTA-FEIRA 12 DE AGOSTO DE 2015
PROCEDIMETOS CRIMINAIS 
APLICABILIDADE COMUM
PROCEDIMENTOS EM 1ª INSTÂNCIA
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO 
ARTIGOS 395 a 405 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
CRIMES/CONTRAVENÇÕES COM PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE IGUAL OU SUPERIOR A 4 ANOS.
FAZES DO PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
	Denúncia ou Queixa (requisitos artigo 41 CPP)
	Rejeição liminar ou recebimento
	Citação
- Pessoal
- Hora certa
- Edital
	Absolvição sumária ou confirmação de recebimento
CONDIÇÕES DA AÇÃO
P – Possibilidade de pedir 
I – Interesse de agir
L – Legitimidade de partes
+
JC – Justa causa
Justa causa – Para o recebimento da denúncia ou da queixa, é imprescindível que exista no inquérito policial, termo circunstanciado (etc.), indícios suficiente sobre a autoria delitiva e prova da existência/materialidade. 
Nomes dado à resposta do réu em processo penal. (CONTESTAÇÃO)
Em processo penal não se usa o nome Contestação e sim, os nomes listados abaixo: Resposta à acusação; defesa preliminar; defesa prévia; resposta prescrita.
É peça obrigatória no processo penal e sua ausência gera nulidade absoluta da ação penal.
QUINTA FEIRA DIA 13 DE AGOSTO DE 2015
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO
	DENÚNCIA / QUEIXA
	RECEBIMENTO – Rejeição liminar
	CITAÇÃO - 
- Pessoal - 
- Hora Certa - 
- Edital - 
	Resposta à acusação (contestação)
	CONFIRMAÇÃO DO RECEBIMENTO – Absolvição sumária
	A.I.J.- ORDEM DOS ATOS
Art. 396 A - O réu tem o direto de alegar tudo o que interessar à sua defesa, como: nulidade, exceções (competência, incidência de insanidade do réu), teses de mérito e especificar as provas que pretende produzir, dentre elas o rol de testemunhas. 
QUARTA FEIRA 19 DE AGOSTO DE 2015
DENÚNCIA / QUEIXA
RECEBIMENTO / REJEIÇÃO
CITAÇÃO
RESPOSTA À CITAÇÃO
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
A.I.J –
ORDEM DOS ATOS
NULIDADES
Art. 397, IV - Houve na redação do mencionado inciso equívoco do legislador e total desconhecimento da matéria. Isso porque a decisão que estingue a punibilidade possui natureza jurídica declaratória, não havendo falar-se em absolvição.
Art. 399, §2º - Princípio da identidade física do Juiz (o juiz que fez os primeiro ato, deve finalizá-lo, salvo as hipóteses) – Relacionado à garantia do juiz natural, o Magistrado que colher a prova obtida em audiência, deverá julgar a ação penal, sob pena de nulidade absoluta do ato.
Flexibiliza a regra da identidade física do juiz, hipóteses como (aposentadoria, promoção para outra comarca ou segunda instancia, exoneração, férias, licenças, etc. 
QUINTA FEIRA 20 DE AGOSTO DE 2015
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado.
§ 1.º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
§ 2.º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes.
	- ORDEM DOS ATOS - 
1º tomada de declarações do ofendido - dá-se cada vez maior valor à palavra da vítima no processo penal, o que é tendência correta. Por isso, nos moldes empreendidos na instrução do procedimento especial do júri, também no procedimento comum deve-se ouvir o ofendido, sempre que possível. Cabe ao magistrado zelar por tal colheita, determinando, de ofício, se for o caso, a intimação da vítima para comparecimento em audiência. Consultar, ainda, as notas ao art. 201 do CPP.
2º Inquirição de testemunhas – deve-se respeitar a ordem estabelecida pelo procedimento legal. Primeiramente, ouvem-se as testemunhas de acusação; após, as de defesa. Eventual inversão na ordem pode ocorrer, desde que haja concordância das partes. Se a inversão for determinada pelo juiz, havendo contrariedade de qualquer das partes, gera-se nulidade relativa, ou seja, depende de alegação futura, no momento propício (preliminar de recurso, por exemplo), demonstrando-se o prejuízo havido.
3º - Inquirição por Carta Precatória - havendo testemunhas a serem ouvidas em outras Comarcas, não há que se respeitar a ordem estabelecida no art. 400, caput, CPP. Pode o magistrado, assim que designar audiência de instrução e julgamento, determinar a expedição de precatória para ouvir todas as testemunhas de fora da Comarca, sejam elas de acusação ou de defesa.
4º - Esclarecimentos do perito –dependem de requerimento prévio das partes, o que significa não ser parte obrigatória da instrução. Checar as notas ao art. 159, § 5.º, do CPP.
5º - Acareações – Seria um confronto entre duas testemunhas que falam coisas completamente diferentes, o juiz nesse momento o juiz coloca ambas frente a frente para descobrir qual é a versão verdadeira. (é quando as testemunhas, podendo ser a de defesa e a de acusação, ou ambas da mesma parte tornam-se divergentes em seus argumentos).
6º - Reconhecimento de coisas e pessoas - É quando traz a coisa usada (armas) para mostrar para as testemunhas ou para própria vítima fazer o reconhecimento, ou até mesmo o reconhecimento de pessoas para que possam confirmar o crime. Caso o reconhecimento do autor seja duvidoso, será o acusado absolvido
7º - Interrogatório do acusado - como regra, tem-se adotado o procedimento de ouvir o réu ao final da instrução, possibilitando-se, pois, melhor defesa, já que o quadro probatório está praticamente concluído. É a consagração da autodefesa, como corolário da ampla defesa. Lembremos que as regras para a inquirição do acusado estão previstas nos artigos 185 e seguintes do CPP.
1º passo - Uma parte é só sobre a vida pregressa do acusado (filiação, se já possui processos).
2º passo - 
	- PRAZO – O prazo em regra é de 60 dias, três entendimentos.
1º - O prazo referido no artigo 400 do CPP diz respeito ao período compreendido desde a decisão que não absolve sumariamente o réu, e designa a data para realização da audiência de instrução.
2º - Segundo esta correte o prazo de 60 dias diz respeito ao período que varia do recebimento da denúncia até a audiência de instrução.
3º - Majoritário – É dominante na doutrina que o prazo a que se refere o artigo 400 deve ser observado para a conclusão do processo com a publicação da sentença. Portanto a ação penal deve terminar em até 60 dias, sob pena de constrangimento ilegal ao acusado preso preventivamente.
	- NUMERO MÁXIMO DE TESTEMUNHAS - No rito ordinário e no júri, são 8 (oito) o número máximo de testemunhas. Lembrando que são oito testemunhas para cada réu e para cada crime imputado. No procedimento sumaríssimo serão arroladas 3 testemunhas para cada parte 
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa.
§ 1.º Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.70
§ 2.º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, ressalvado o disposto no art. 209 deste Código
DEBATES ORAIS
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença.
§ 1.º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será individual.
§ 2.º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa.
§ 3.º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença.
CONVERSÃO DEBATES EM MEMORIAIS/ ALEGAÇÕES FINAIS 
SENTENÇA
	- ABSOLUTÓRIA
	- CONDENATÓRIA 
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
	PRINCIPAIS DISTINÇÕES.
DIA 02 DE SETEMBRO DE 2015
PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO
DISTINÇÃO QUANTO AO RITO ORDINÁRIO
QUANTIDADE DA PENA;
Inferior a 4 anos e superior a 2 anos (art. 394, §1º, IV)
PRAZO - AUDIÊNCIA INSTRUÇÃO 30 DIAS ( Art. 531, CPP)
AUDIÊNCIA UMA A audiência é inadiável. Única. 
DILIGÊNCIAS - Somente não será una quando a diligência for necessariamente essencial para chegar à verdade real. 
DEBATES ORAIS (SEM PREVISÃO LEGAL DE MEMORIAIS ESCRITOS) – (Art. 403, CPP) - 
Nº TESTEMUNHAS (MÁXIMO) – São 8 para defesa e 8 para acusação, sendo esse máximo para cada réu e crime imputado ao acusado. 
SENTENÇA
REGRA – ORAL - Em regra a sentença deve ser oral, num mesmo ato, ou seja, na mesma audiência onde ocorre todos os outros atos.
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO – LEI 9099/95
MEDIDAS - 
1ª – DESPENALIZADOR 
2ª – COMPOSIÇÃO CIVIL DOS ANOS (ART. 72 LEI 9099/95)
PRICÍPIOS NORTEADORES:
- ORALIDADE - 
- SIMPLICIDADE 
- INFORMALIDADE 
- CELERIDADE 
- ECONOMIA PROCESSUAL
COMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
INSTITUTOS/MEDIDAS DESPENALIADORAS
QUARTA FEIRA DIA 09 DE SETEMBRO DE 2015
LEI 9099/95 SUMARÍSSIMO
CONTINUAÇÃO –
SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO – ART. 89 – 
Requisitos da suspensão condicional do processo: Para formular a proposta, primeiramente, temos que verificar se o crime praticado pelo agente tem pena mínima igual ou inferior a 1 (um) ano. Em segundo lugar, devemos observar se o réu responde a outro processo criminal; se já foi sentenciado; e se atende aos requisitos da suspensão condicional da pena (Art. 77 CP).
Ocorre que o artigo 89 não menciona a seguintes situações:
Exige o trânsito em julgado dessa condenação por outro crime?
É possível formular a proposta ao réu que já tenha sido beneficiado pelo instituto, e cuja ação esteja suspensa?
Vejamos: 
Sobre a primeira pergunta, embora temos o conhecimento de que o Brasil adota o princípio da presunção de inocência, como a lei foi omissa basta o decreto condenatório para impedir o benefício. 
De outro lado, a melhor doutrina diz que se exige o trânsito em julgado da sentença condenatória, não apenas pelo princípio mencionado, mas porque aquele que não foi condenado definitivamente ainda está sendo processado. 
Sobre a segunda pergunta, temos dois entendimentos, sendo que prevalece não ser possível formular a proposta a quem já tenha sido beneficiado e cujo processo esteja suspenso, pelo simples fato de que se constitui causa de revogação a prática criminosa com maior razão o não cabimento já que oferecida a denúncia, impropriamente ja teve início uma segunda ação penal.
PRAZO PARA SUSPENÇÃO - 
REQUISITOS - 
FASE PROCESSUAL - 
ART. 78 E SEGUINTES, LEI 9099/95 - 
PRUDUÇÃO DE PROVA ORAL - 
INTERROGATÓRIO - 
Denúncia/queixacitaçãoaudiênciadefesa préviadebatessentença 
	 - Recebimento
Dispensa do relatório
QUINTA FEIRA 10 DE SETEMBRO DE 2015
No procedimento sumaríssimo não se admite citação por edital (Art. 18, §2ª da Lei 9.099/95), caso em quem deverá ocorrer o deslocamento da competência para as varas criminais comuns, onde obedecerá ao procedimento sumário. 
Na eventual hipótese de o réu citado por edital comparecer ao processo, não existirá restituição da matéria ao JECRIM. E nessa hipótese tem o réu direito subjetivo (posição majoritária) a receber nova oportunidade de aceitar a proposta de sursis processual . 
Entendimento minoritário pauta-se na preclusão e discricionariedade do MP em propor o beneficio 
DENÚNCIACITAÇÃOA.I.J. (AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO)
A.I.J. – AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
DEFESA PRELIMINAR
RECEBIMENTO/REJEIÇÃO
COLHEITA DE PROVAS
VÍTIMA
TESTEMUNHAS
INTERROGATÓRIO
DEBATES
SENTENÇA
DISTINÇÃO DO PROCEDIMENTO ORDINARIO COM RELAÇÃO AO SUMÁRIO – 
QUESTÃO
Suponha-se que Emerson objetivando enriquecimento ilícito, mantem contato com Márcio e lhe oferece a venda de um veículo que afirma pertencer-lhe. Márcio, que já conhece Emerson do ambiente universitário, demonstra interesse e pede um tempo para levantar a quantia. Emerson insiste com ele e Marcio aceita a compra e efetua pagamento de R$ 43.000,00 em depósito em conta corrente. Emerson diz que irá levar o veículo até um lava-jato para entrega-lo “brilhando”, entra no carro e sai dizendo que retornará em menos de 2 horas; mas não retorna e Marcio fica no prejuízo. 
A situação apresentada configura um ilícito penal. Após descobrir a tipicidade da conduta, responda:
Qual rito deverá ser obedecido na hipótese? 
Emerson fará jus a algum benefício despenalizador?Se Emerson for diagnosticado como inimputável em uma das fases da persecução criminal, o que poderá ocorrer?
RESPOSTA 
A) – O rito a ser seguido é o procedimento comum ordinário, art. 394, §1º, I
B) – No caso específico, (despenalizadores 74, 76 e o 89 Lei. 9.099/95), sim, faz jus ao benefício. Em primeiro caberia a composição civil dos danos, art. 74. 
C) – não será absolvido sumariamente, deverá o juiz designar audiência de instrução e julgamento para neste momento condenar ou absolve-lo (art. 397, cpp)
QUARTA FEIRA 16 DE SETEMBRO DE 2015
LEI Nº 11.343/2006 (LEI DE DROGAS)
NOÇÕES BÁSICAS 
SUBSIDIARIEDADE DO CPP (ART. 394,§4), E ART. 48, “CAUT” DA LEI 11.343/06
FASE INVESTIGATÓRIA 
INQUÉRITO POLICIAL (PRAZO)
(ART. 51, LEI 11.343)
30 DIAS PRESO 
90 DIAS SOLTO 
DUPLICÁVEIS
POSSE DE DROGAS
	PARA CONSUMO PESSOAL (ART. 28)
	SEGUE O PROCEDIMENTO
SUMÁRÍSSIMO, E APLICÁVEIS, PORTANTO, A TRANSAÇÃO PENAL E A SUSPENÇÃO CONDICIONAL DO PROCESSO, ART. 48,§1º
INFILTRAÇÃO DE AGENTES POSSÍVEL (ART. 53)
FLAGRANTE RETARDADO X AÇÃOCONTROLADA (ART. 53)
FASE PROCESSUAL – INSTRUTÓRIA
PERGUNTA DA ULTIMA AULA – CRIME – Porte de drogas 
2º BIMESTRE
1ª AULA – SINÓPSE JURÍDICA 15 – tomo I– PROCESSO PENAL Procedimentos, Nulidades e Recursos – Alexandre Cebrian Araújo Reis e Victor Eduardo Rios Gonçalves
PROCEDIMENTO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA (HUMANA)
O TRIBUNAL DO JURI
O Tribunal do Júri e o órgão do poder judiciário brasileiro em que sete jurados leigos, presididos por u juiz togado (concursado), decidem as causas que lhe são apresentadas.
COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL
É estabelecido expressamente na Constituição Federal (art. 5º XXXVIII)
CONVERSÃO DA SÚMILA 721 DO STF EM SÚMULA VINCULANTE – O tema afeto à competência do tribunal do Júri e o denominado “foro privilegiado”, sempre teve discussão sobre previsões das Constituições Estaduais e a Constituição Federal.
A súmula 721 do STF foi recentemente convertida em caráter vinculante (45), para deixar claro que a instituição do Júri prevalece sobre eventuais prerrogativa de foro estabelecidas exclusivamente pelas Constituições Estaduais. 
A competência é a competência mínima de julgar os crimes dolosos contra a vida, seja tentado ou consumado.
ORIGEM
CLÁUSULA PÉTREA (ART. 5º XXXVIII, “d”, CF)?
É uma garantia individua reconhecida pela Constituição Federal, que lhe atribuiu a competência mínima para julgamento dos crimes dolosos contra a vida. Sendo uma garantia fundamental, a instituição do Júri não pode ser suprimida do ordenamento pátrio nem mesmo por emenda constitucional, pois se cuida de cláusula pétrea (Art.60, §4º, IV da CF)	
CRIMES SUJEITOS AO TRIBUNAL POPULAR:
DOLOSOS, CONSUMADOS OU TENTADOS
1 – HOMICÍDIOS
2 – INFANTICÍDIO
3 – INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO OU AUXÍLIO AO SUICÍDIO
4 – ABORTO
PRINCÍPIOS REGENTES DO TRIBUNAL DO JÚRI:
PLENITUDE DE DEFESA
Deve ser garantido o exercício da ampla defesa pelo acusado. A plenitude de defesa e um degrau a mais além da ampla defesa.
Nota do livro – A garantia de plenitude da defesa, porém, não confere ao acusado a prerrogativa de ficar imune à vedação ao uso da prova ilícita, nem de sobrepor-se ao princípio do contraditório, daí por que ao acusador devem ser conferidas idênticas faculdades processuais, de modo a garantir o equilíbrio na relação processual (“paridade de armas”).
Nota do professor – A plenitude de defesa é tema aberto, uma vez que a própria Constituição traz em seu contexto as expressões ampla e plena. Quis o legislador constituinte tratar as expressões de modo desigual, pois quando se tratar do tribunal do Júri, assegura-se ao réu não apenas o direito de defesa, mas a plenitude de liberdade na produção das provas que lhe aproveite. 
Entretanto, esbarramos sobre a admissibilidade ou não das provas ilícitas obtidas pela defesa. 
A questão é controversa, mas para a análise e sua aceitação, deveremos nos valer do princípio constitucional implícito da proporcionalidade, na medida e que faremos um exercício de ponderação de valores constitucionais, e qual sucumbirá ao direito de liberdade.
Nota do livro – Não é demais lembrar que o juiz deve ter especial atenção, nos julgamentos pelo júri, ao dever de zelar pelo efetivo exercício da defesa técnica, declarando o réu indefeso e dissolvendo o Conselho de Sentença na hipótese de entender insuficiente o desempenho do defensor (art. 497, V, do CPP).
SIGILO DAS VOTAÇÕES
O segredo das votações é postulado que se origina da necessidade de manter os jurados salvo de qualquer fonte de coação, embaraço ou constrangimento, por meio da garantia de inviolabilidade do teor de seu voto e do recolhimento a recinto não aberto ao público (sala secreta) para o processo de votação.
SOBERANIA DOS VEREDITOS 
A soberania, todavia, não impede que os tribunais de segundo grau ou os superiores anulem o veredicto em decorrência de vício processual (reconhecimento de nulidade), nem que o veredicto seja cassado por ser manifestamente contrário à prova dos autos, desde que, nessa última hipótese, por apenas uma vez (art. 593, § 3º, do CPP).
2ª AULA
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO TRIBUNAL DO JÚRI:
PLENITUDE DE DEFESA – 
“A garantia de plenitude da defesa, porém, não confere ao acusado a prerrogativa de ficar imune à vedação ao uso da prova ilícita, nem de sobrepor-se ao princípio do contraditório, daí por que ao acusador devem ser conferidas idênticas faculdades processuais, de modo a garantir o equilíbrio na relação processual (“paridade de armas”).
SIGILO DAS VOTAÇÕES
O sigilo das votações tem repercussão sobre a garantia da liberdade de os jurados valorarem cada quesito e decidir imotivadamente a cada um dos quesitos, sem que haja qualquer ingerência da acusação, defesa ou terceiros.
Demais disso, objetiva-se proteger os jurados de eventuais represarias pela decisão tomada no caso.
OBS: Pelos fundamentos expostos acima, houve por bem estabelecer-se a decisão pela maioria de votos, onde atingido o número de 4 (quatro), a favor ou contra qualquer dos quesitos, será encerrada a votação, seguindo-se ao próximo quesito ou ao veredito (489 e 490 e PÚ - CPP)
Nota do livro - O segredo das votações é postulado que se origina da necessidade de manter os jurados a salvo de qualquer fonte de coação, embaraço ou constrangimento, por meio da garantia de inviolabilidade do teor de seu voto e do recolhimento a recinto não aberto ao público (sala secreta) para o processo de votação.
SOBERANIA DOS VEREDITOS
Nota do livro - Consiste na proibição de que órgãos jurisdicionais de instância superior substituam por outra a decisão proferida pelo tribunal popular (conselho de sentença), no tocante ao reconhecimento da procedência ou improcedência da pretensão punitiva. O postulado não tem incidência, portanto, sobre o teor da decisão do juiz-presidente, que, em caso de condenação ou de absolvição imprópria, deve aplicar a pena ou medida de segurança que decorre do veredicto. A soberania, todavia, não impede que os tribunais de segundo grau ou os superiores anulem o veredicto em decorrência de vício processual (reconhecimento de nulidade), nem que o veredicto seja cassado por ser manifestamente contrário à prova dos autos, desde que, nessa última hipótese, por apenas uma vez (art. 593, § 3º, do CPP).
COMPETÊNCIA – CRIME DOLOSOS CONTRA A VIDA 
Ao contrário do que podemos imaginar, nem todos os crimes cometidos são julgados pelo Tribunal do Júri. Em verdade, a grande parte dos crimes são julgados pelo juiz singularmente, ou seja, sozinho.
Quando o julgamento é pelo Júri, dizemos que há um julgamento colegiado, pois são sete os jurados.
Art. 5º. XXXVIII - e reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; (...)
as quais são os crimes dolosos contra a vida? Para essa resposta, vamos ter de nos reportar ao Código Penal porqueo cabeçalho do art. 5º, inciso XXXVIII, CF, remeteu a organização do júri à Lei. Pois é, o Código Penal é uma Lei e é ele quem diz quais são os crimes dolosos contra a vida, que são os previstos do artigo 121 até o artigo 126. São eles:
1. Homicídio – uma pessoa mata ou tenta matar a outra (não se trata aqui do homicídio culposo, pois a Constituição Federal só fala no doloso, ou seja, o que tem intenção de fazer);
2. Induzimento, instigação ou auxílio por terceiro a suicídio – esclareça-se que não é crime a pessoa suicidar1, mas sim o ato de terceiro induzir, instigar ou auxiliar o suicida, culminando com sua morte ou com lesão grave nele;
3. Infanticídio - é a mãe matar ou tentar matar o próprio filho durante o parto ou logo após este sob a influência do estado puerperal;
4. Aborto provocado pela gestante OU com seu consentimento - sanção penal para a gestante;
5. Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante - sanção penal só para o agente provocador; e
6. Aborto provocado com o consentimento da gestante - sanção penal para quem provoca o aborto.
Desse modo, são estes os crimes que vão a julgamento pelo Tribunal do Júri.
 ALISTAMENTO DOS JURADOS
- ART. 425 CPP E ART. 426 CPP – Se preenchidos os requisitos necessários para ser jurado poderá se inscrever num cartório no fórum, é o chamado alistamento voluntário.
O Juiz presidente poderá requisitar às autoridades legais indicações de pessoas que reúnam condições para exercer tal funções, este alistamento é o previsto em lei (art. 425, §2º)
OBS: Prestar atenção nas datas descritas em lei sobre a divulgação da lista geral dos jurados. (10 de outubro de cada ano) 
- PESSOAS ISENTAS (437) #diferente# IMPEDIMENTO (448)
Estão elencadas no artigo 437 do CPP as pessoas que são isentas de atuarem no tribunal do júri como jurados. Diferentemente do que acontece com o rol taxativo que se encontra no artigo 448 do CPP, onde indica que não podem atuar jurados aqueles que têm grau de parentesco ou alguma ligação direta com o acusado.
Vale se lembrar que as pessoas isentas, na maioria das vezes são pessoas públicas. (Ex: Políticos, Membros do MP...) 
- DISPENSA (444)
O juiz presidente deverá motivar a dispensa do jurado em casos que, de acordo com o que disponha o artigo 449 do CPP e seus incisos.
3ª AULA – TRABALHO EM SALA DE AULA
4ª AULA – 21/10/2015
- ALISTAMENTO DOS JURADOS (425)
Se preenchidos os requisitos necessários para ser jurado poderá se inscrever num cartório no fórum, é o chamado alistamento voluntário.
O Juiz presidente poderá requisitar às autoridades legais indicações de pessoas que reúnam condições para exercer tal funções, este alistamento é o previsto em lei (art. 425, §2º)
OBS: Prestar atenção nas datas descritas em lei sobre a divulgação da lista geral dos jurados. (10 de outubro de cada ano) 
- FUNÇÃO DOS JURADOS (436 e seguintes)
- DEVERES - 
O serviço do Júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 anos de notória idoneidade. Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do Júri ou deixar de ser alistado em razão de cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou grau de instrução. 
O jurado que, injustificadamente, não comparecer, incorrerá em multa de um a dez salários mínimos, a critério do juiz, de acordo com a condição econômica do jurado.
 Somente será aceita escusa fundada em motivo relevante devidamente comprovado e apresentada, ressalvadas as hipóteses de força maior, até o momento da chamada dos jurados.
O jurado somente será dispensado por decisão motivada do juiz presidente, consignada na ata dos trabalhos.
- DIREITOS – Exercício efetivo da função, preferencia, em igualdade de condições, nas licitações públicas e no provimento, mediante concurso, de cargo ou função pública, bem como no caso de promoção funcional ou remoção voluntária (no caso de um juiz de direito que deseja remoção para uma cidade onde fique mais perto de seus familiares), não será feito nenhum desconto nos vencimentos ou salário do jurado sorteado a comparecer à cessão do júri.
- RECUSA – A recusa injustificada acarretará em multa de 1 até 10 salários mínimos a ser estipulado pelo Juiz. Somente será aceita a recusa fundada em motivo relevante devidamente comprovado e apresentada, ressalvadas as hipóteses de força maior, até o momento da chamada dos jurados.
- IMPEDIMENTO DOS JURADOS
Artigo 448 do CPP
- INCOMPATIBILIDADES
- SUSPENSÃO
 PRIMEIRA FASE DO RITO DO JÚRI
 Na primeira fase do júri cai como sumário de culpa e alguns autores modernos podem referir-se como “judicium acusationis”.
“JUDICIUM ACCUSATIONIS”, INSTRUÇÃO PRELIMINAR OU “SUMÁRIO DE CULPA” 
A primeira fase, denominada sumário da culpa (ou judicium accusationis), tem início com o recebimento da denúncia e encerra-se com a preclusão da decisão de pronúncia.
- ARTIGO 406/421 CPP
NÚMERO MÁXIMO DE TESTEMUNHAS (08)
8 testemunhas para cada réu e para cada fato imputado. o ministério público também tem o direito de arrolar 8 testemunhas. Em plenária será permitido a oitiva de 5 testemunhas de cada parte.
5ª AULA
(“LINHA DO TEMPO”)
- DENUNCIA/QUEIXA SUBSTITUTIVA – O prazo que dispõe o Ministério Público para oferecimento da denúncia, após o recebimento/ conclusão do inquérito é de 15 dias se o acusado estiver em liberdade e 5 dias caso o acusado esteja preso.
Recebida a denúncia ou a queixa, o juiz ordenará a citação do acusado para oferecer resposta escrita, no prazo de 10 dias (art. 406, caput, do CPP).
|
|
- REJEIÇÃO – Poderão ser rejeitadas liminarmente se estiverem presentes uma das hipóteses previstas no artigo 395 do CPP. 
- RECEBIMENTO - Caso não haja rejeição o juiz receberá a denúncia ou queixa e ordenará a citação do acusado apara a resposta por escrito no prazo de 10 (de) dias. Neste momento é que serão arroladas as testemunhas, que poderão ser até 8 para cada crime imputado, e/ou para cada acusado.
|
|
- CITAÇÃO – Após feita a denúncia far-se-á a citação do acusado que poderá ser feita por hora certa, pessoal ou por edital. 
No caso do réu preso só poderá ser feita a citação pessoal.
|
|
- RESPOSTA ESCRITA - O acusado terá o prazo de 10 dias para apresentar sua resposta a partir do recebimento da diligencia. O prazo para o réu apresentar resposta será contado a partir da data do cumprimento do mandado ou, no caso de citação inválida ou por edital, a partir do comparecimento em juízo do acusado ou de defensor constituído (art. 406, § 1º, do CPP). Se o réu, citado por edital, não oferecer resposta, não comparecer em juízo e não nomear defensor, será decretada a suspensão do processo e do prazo prescricional, nos termos do art. 366 do Código de Processo Penal.
Na resposta, o réu poderá, além de arguir preliminares e de alegar o que entender útil à sua defesa, apresentar documentos e justificações, requerer a produção de provas e arrolar até 8 testemunhas (art. 406, § 3º, do CPP), número, aliás, idêntico ao que a acusação pode arrolar na denúncia (art. 406, § 2º, do CPP). 8 TESTEMUNHAS PARA CADA RÉU E PARA CADA FATO IMPUTADO. O MINISTÉRIO PÚBLICO TAMBEM TEM O DIREITO DE ARROLAR 8 TESTEMUNHAS. EM PLENÁRIA SERÁ PERMITIDO A OITIVA DE 5 TESTEMUNHAS DE CADA PARTE.
|
|
- RÉPLICA DA ACUSAÇÃO – Logo que apresentada a resposta, o Ministério Público (ou o querelante) será ouvido, em 5 dias, sobre eventuais preliminares e documentos juntados (art. 409 do CPP). Ressalte-se que, acaso não haja arguição de matérias preliminares nem oferecimento de documentos, a manifestação do órgão acusador é desnecessária. A intimação do Ministério Público ou querelante para se manifestarem sobre eventuais preliminares arguidas ou documentos juntados na resposta à acusação apesentada pela defesa no prazo de 5 (cinco) dias. (Artigo 409 do CPP).
|
|
- ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA? NÃO!! A absolvição sumária existe no Tribunal do Júri, porém não será arguida neste momento. Não será aplicada a absolvição sumária, pelo fato de o juiz presidente, ou seja, o juiz natural da cauda é a sociedade.Tendo assim, que passar pela audiência de instrução para arguir a absolvição sumária. O juiz presidente do tribunal do Júri, não é o Juiz Natural da causa, sendo assim, não pode analisar o seu convencimento antes da audiência de instrução. A absolvição sumária cabe, dentro do tribunal do Júri, sendo o último ato antes de o acusado ir a júri popular.
|
|
- DILIGÊNCIAS NECESSARIAS – Após os atos acima, o juiz designará no prazo de 10 dias, audiência das testemunhas arroladas e a realização de diligencias requeridas elas partes (Artigo 410 do CPP)
|
|
- A.I.J (AUDIÊNCIA DE INSTRUÃO E JULGAMENTO)
1º VÍTIMA
2º TESTEMUNHA DE ACUSAÇÃO
3º TESTEMUNHA DE DEFESA
4º PERITOS
5º RECOLHIMENTO DE COISAS/PESSOAS
6º ACAREAÇÕES
7º INTERROGATÓRIO
|
|
- DEBATES ORAIS (REGRA)
	- MEMORIAIS (EXCEÇÃO) – A resposta à acusação é obrigatória, já os memoriais não.
|
|
- SENTENÇA 
	- PRONÚNCIA - Pronúncia é a decisão por meio da qual o juiz, convencido da existência material do fato criminoso e de haver indícios suficientes de que o acusado foi seu autor ou partícipe, admite que ele seja submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri.
	- IMPRONÚNCIA - Se o juiz não se convencer da existência do crime ou se, apesar de convencido, não considerar demonstrada a probabilidade de o acusado ser o autor ou partícipe, deve proferir decisão de impronúncia. Trata-se de decisão de caráter terminativo, por meio da qual o juiz declara não existir justa causa para submeter o acusado a julgamento popular.
Como não se trata de decisão sobre o mérito da pretensão punitiva, a impronúncia não faz coisa julgada material, mas apenas formal. Assim, uma vez prolatada a decisão de impronúncia, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova (art. 414, parágrafo único, do CPP), desde que não se tenha operado causa extintiva da punibilidade (prescrição, morte do réu etc.).
	- ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA - A absolvição sumária existe no Tribunal do Júri, porém não será arguida neste momento. Não será aplicada a absolvição sumária, pelo fato de o juiz presidente, ou seja, o juiz natural da cauda é a sociedade. Tendo assim, que passar pela audiência de instrução para arguir a absolvição sumária. O juiz presidente do tribunal do Júri, não é o Juiz Natural da causa, sendo assim, não pode analisar o seu convencimento antes da audiência de instrução. A absolvição sumária cabe, dentro do tribunal do Júri, sendo o último ato antes de o acusado ir a júri popular.
	- DESCLASSIFICAÇÃO - A desclassificação tanto pode se dar para crime menos grave (de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, p. ex.) como para delito mais grave (de homicídio para latrocínio). A desclassificação opera-se, pois, sempre que o juiz, por entender que não se trata de crime de competência do júri, determina a remessa dos autos ao juízo competente.
5 AULA – 28/10/2015
DECISÕES – 1ª FASE - A partir desta etapa é que começa a surgir o tribunal do júri, pois depende dessas decisões para saber se o acusado deve ou não ir a júri.
1 – PRONUNCIA (413) – É tida pela maioria das doutrinas como uma decisão interlocutória mista. Pois não coloca fim ao processo, mas sim em uma fase dele. 
O juiz é competente para decidir um crime doloso contra a vida? Não, deve transferir para quem realmente tem o direito de decidir, ou seja, a sociedade. A decisão de pronuncia nada mais é do que levar o réu a julgamento pela sociedade. O Juiz encaminha o réu para o julgamento pela sociedade, este seria o ato de pronuncia.
Conceito - Pronúncia é a decisão por meio da qual o juiz, convencido da existência material do fato criminoso e de haver indícios suficientes de que o acusado foi seu autor ou partícipe, admite que ele seja submetido a julgamento perante o Tribunal do Júri. Segundo a precisa observação de José Frederico Marques, a pronúncia tem caráter estritamente processual e não se constitui em decisão de mérito, pois não impõe pena alguma ao réu, nem qualquer outra sanctio juris
Decisão interlocutória mista - Classifica-se como decisão interlocutória mista não terminativa, pois, além de não encerrar julgamento do mérito, não põe fim ao processo. Em virtude de a decisão de pronúncia encerrar mero juízo de admissibilidade da acusação, é desnecessária, para a sua prolação, a certeza jurídica que se exige para uma condenação, daí por que deve o juiz, em caso de dúvida, pronunciar o réu, para não subtrair a apreciação da causa do tribunal do júri, juiz natural dos crimes dolosos contra a vida. Diz-se, pois, que nessa etapa vigora o princípio in dubio “pro societate”, ou seja, na dúvida deve o juiz prestigiar o interesse social de permitir o prosseguimento da persecução penal contra o acusado.
A pronúncia está condicionada à existência de indícios suficientes de autoria e prova da materialidade do fato. Na ausência destes elementos, a hipótese será de impronúncia (art. 414 do CPP). É preciso, ainda, que haja indicativos de que o agente obrou com dolo de matar. Não se depreendendo isto da prova coligida aos autos, deverá o juiz proceder à desclassificação (art. 419 do CPP) para infração penal não dolosa contra a vida que entender configurada no caso concreto (v.g., homicídio culposo, lesões corporais seguidas de morte, latrocínio etc.), o que importará em remessa dos autos ao juízo comum.
A decisão de pronuncia deve ser fundamentada e registrar indicação dos caminhos intelectuais percorridos, não podendo encerrar análise minuciosa das provas a ponto de influir no ânimo dos jurados, ou seja, ele deve apenas fundamentar apenas os fatos, não trazendo um julgamento antecipado do acusado. Cuidando-se de ato decisório, a decisão de pronúncia deve ser fundamentada e registrar a indicação dos caminhos intelectuais percorridos pelo prolator, mas, ao contrário do que ocorre com as decisões judiciais em geral, não deve encerrar análise minuciosa das provas a ponto de influir no ânimo dos jurados, já que será nula se estiver permeada por excesso de eloquência acusatória.
Veja-se a esse respeito o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal: “A sentença de pronúncia é nula quando extrapola os seus pressupostos legais, devendo abster-se o magistrado de realizar um exame aprofundado do acervo probatório. A pronúncia exige, tão somente, que esteja evidenciada a materialidade do delito e presentes indícios suficientes de autoria. A conciliação do preceito constitucional que, de um lado, obriga a fundamentação das decisões judiciais, com aquele que, de outro, afirma a soberania dos veredictos do Tribunal do Júri, exige que o magistrado não se pronuncie sobre o mérito das provas”.
Vale-se lembrar que a decisão de pronuncia não deve ostentar qualquer outra referência a causa de diminuição de pena, agravantes ou atenuantes genéricas.
- REQUISITOS
- LIMITES
- EXCESSO NA FUNDAMENTAÇÃO – Essa é a decisão muito delicada para o juiz, que não pode antecipa indevidamente elementos de convicção, não podendo fazer um prejulgamento do acusado, nem mesmo afastar peremptoriamente as teses defensivas, sob pena de incorrer em excesso de linguagem em eventualmente prejudicar o acusado no julgamento perante o Tribunal do Júri.
- RECURSO - Contra a decisão de pronúncia é interponível recurso em sentido estrito (art. 581, IV, do CPP). 
A pronúncia, como decisão de natureza interlocutória, gera efeitos preclusivos apenas no que se refere à impossibilidade de, no processo, rediscutir-se a admissibilidade da acusação. Não se pode falar, portanto, que a decisão esteja coberta pela imutabilidade da coisa julgada, pois os jurados não se vinculam aos fundamentos invocados pelo juiz para admitir a acusação.
A decisão de pronuncia proferida pelo juiz da vara do júri desafia o recurso no sentido estrito nos termos do artigo 181, IV, do CPP. 
2 – IMPRONUNCIA (414) – Se o juiz não se convencer da existência do crime ou se, apesar de convencido, não considerar demonstrada a probabilidade de o acusado ser o autor ou partícipe, deve proferir decisão de impronúncia. Trata-se de decisão decaráter terminativo, por meio da qual o juiz declara não existir justa causa para submeter o acusado a julgamento popular.
Como não se trata de decisão sobre o mérito da pretensão punitiva, a impronúncia não faz coisa julgada material, mas apenas formal. Assim, uma vez prolatada a decisão de impronúncia, poderá ser formulada nova denúncia ou queixa se houver prova nova (art. 414, parágrafo único, do CPP), desde que não se tenha operado causa extintiva da punibilidade (prescrição, morte do réu etc.).
Depois da decisão de impronuncia, o processo não será desarquivado, será feito um novo processo, ou seja, nova denúncia ou queixa, nova citação dos acusados, todos os procedimentos deverão ser feitos novamente, salvo, se poderiam ser feito em determinado tempo, como a oitiva de testemunhas com idade avançadas, laudos periciais, pois estes poderão ser reaproveitados do processo que já havia se iniciado e terminado com a decisão de impronuncia. Se puder ser realizado no tempo do mesmo processo, deverá ser feito tudo novamente.
Prova substancialmente nova – 
Prova formalmente nova - 
- REQUISITOS - 
- EFEITOS (COISA JULGADA) - 
- NOVAS PRONUNCIAS - 
- “DESPRONUNCIA” - Quando a pronúncia é revogada, diz-se que há despronúncia, cujos efeitos são idênticos aos da impronúncia[19]. Pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
a) se o juiz etrata em razão da interposição de recurso em sentido estrito contra a decisão de pronuncia. Esta modalidade de recurso tem como uma de suas características a impossibilidade de o próprio prolator da decisão de 1º grau se retratar em face dos argumentos apresentados pelo recorrente e modificar o teor de sua decisão.
b) o tribunal dá provimento ao recurso em sentido estrito interposto contra a decisão que pronunciou o acusado, excluindo o julgamento pelo Tribunal do Júri.
- RECURSO - A decisão de impronúncia, que anteriormente era desafiada por recurso em sentido estrito, passou a sujeitar-se, a partir da edição da Lei n. 11.689/2008, a recurso de apelação (art. 416 do CPP). A alteração teve por objetivo conferir uniformidade ao sistema recursal, de modo que sempre será cabível apelação contra decisões que, no rito do júri, ponham fim ao processo, reservando-se o recurso em sentido estrito para atacar decisões não terminativas.
3 – DESCLASSIFICAÇÃO (419) - A desclassificação tanto pode se dar para crime menos grave (de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, p. ex.) como para delito mais grave (de homicídio para latrocínio). A desclassificação opera-se, pois, sempre que o juiz, por entender que não se trata de crime de competência do júri, determina a remessa dos autos ao juízo competente.
- RECURSO - Da decisão de desclassificação cabe recurso em sentido estrito (art. 581, II, do CPP). Embora haja quem afirme a falta de interesse do réu para recorrer da decisão, é preciso ter em conta que, em certos casos, a desclassificação lhe é prejudicial, o que evidencia a sua legitimidade.
- REQUISITOS - 
- CRIME CONEXO? - 
4 – ABSOLVIÇÃO SUÁRIA (ART. 415) - É a sentença definitiva por meio da qual a pretensão punitiva é julgada improcedente. Trata-se, portanto, ao contrário do que ocorre com a impronúncia, de decisão de mérito, que terá lugar quando o juiz entender:
- HIPÓTESES – a) provada a inexistência do fato; b) provado não ser o acusado autor ou partícipe do fato; c) que o fato não constitui infração penal; d) demonstrada causa de exclusão do crime ou de isenção de pena, com exceção da inimputabilidade, salvo se esta for a única tese defensiva.
ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – CRIMES CONEXOS - Imaginemos a seguinte situação: João é denunciado pela prática de crime de homicídio contra Pedro e por lesão corporal seguida de morte em relação a Joaquim. Por se tratar de crimes conexos, imprime o juiz de direito, a ambos, o rito do júri. Em sede de admissibilidade da acusação, porém, constata, sem nenhuma dúvida, terem sido ambos os delitos cometidos ao abrigo da legítima defesa. Como deverá proceder o magistrado nesse caso? Deverá absolver sumariamente apenas o crime doloso contra a vida, não se pronunciando em relação ao conexo. Uma vez transitada em julgado a absolvição sumária quanto ao homicídio, cumprirá, então, ao magistrado julgar o conexo, se for o competente, ou determinar a remessa do processo ao juiz que o seja para a decisão a ele relativa.
- INIMPUTABILIDADE COMO TESE ÚNICA - Quando a circunstância dirimente reconhecida for a inimputabilidade por doença ou perturbação da saúde mental ou, ainda, por desenvolvimento incompleto ou retardado (art. 26 do CP), o juiz deverá absolver sumariamente o acusado apenas se não houver outra tese defensiva (art. 415, parágrafo único).
- RECURSO - Em virtude de alteração introduzida pela Lei n. 11.689/2008, a absolvição sumária, que até então era desafiada por recurso em sentido estrito, passou a expor-se à apelação (art. 416 do CPP), como ocorre com as demais decisões absolutórias definitivas.
OBS: PRISÃO “POR PRONÚNCIA” – POSSÍVEL?
6ª AULA 
1ª FASE (JÚRI)
- DESCLASSIFICAÇÃO – (419) – Se o juiz se convencer, em discordância com a denúncia ou queixa, da existência exclusiva de crime que não seja da competência do júri, deverá remeter os autos ao juízo competente, caso não o seja (art. 419 do CPP).
Por meio da decisão de desclassificação, que tem NATUREZA NÃO TERMINATIVA, o julgador reconhece, portanto, a inexistência de prova de ocorrência de crime doloso contra a vida e, concomitantemente, a existência de elementos que evidenciem a prática de infração estranha à competência do tribunal do Júri.
A desclassificação tanto pode se dar para crime menos grave (de tentativa de homicídio para lesão corporal de natureza grave, p. ex.) como para delito mais grave (de homicídio para latrocínio). A desclassificação opera-se, pois, sempre que o juiz, por entender que não se trata de crime de competência do júri, determina a remessa dos autos ao juízo competente.
- ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA – (415) - É a sentença definitiva por meio da qual a pretensão punitiva é julgada improcedente. Trata-se, portanto, ao contrário do que ocorre com a impronúncia, de decisão de mérito, que terá lugar quando o juiz entender:
 a) provada a inexistência do fato;
 b) provado não ser o acusado autor ou partícipe do fato;
 c) que o fato não constitui infração penal;
 d) demonstrada causa de exclusão do crime ou de isenção de pena, com exceção da inimputabilidade, salvo se esta for a única tese defensiva.
- “JUDICIUM CAUSAE” – JUÍZO DA CAUSA - Nos termos do art. 421 do CPP, uma vez preclusa a decisão de pronúncia, os autos serão encaminhados ao juiz-presidente do Tribunal do Júri com vistas à preparação do processo para o julgamento perante o Conselho de Sentença, seguindo-se, a partir daí, o disposto nos arts. 422 a 424.
Destarte, ao receber os autos do processo, caberá ao juiz determinar a notificação do Ministério Público ou do querelante (no caso da ação penal privada subsidiária), e do advogado do réu, para que, no prazo de cinco dias, apresentem, querendo, o rol de testemunhas que deverão prestar depoimento em plenário, oportunidade em que poderão, outrossim, juntar documentos e requerer diligências (art. 422).
(2ª FASE DO JÚRI)
- INÍCIO – TRÂNSITO EM JULGADO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA - 
- PREPRAÇÃO PARA O PLENÁRIO (PROCEDIMENTO)
- DIA DO JULGAMENTO (SESSÃO PLENÁRIA) – DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS.
7ª AULA
- PREPARAÇÃO PARA O JULGAMENTO EM PLENARIO
- ORGANIZAÇÃO DA PAUTA – Salvo relevante motivo que autorize alteração na ordem de julgamento dos processos, terão preferência (art. 429 do CPP):
1) os acusados presos;
2) dentre os presos, os mais antigos na prisão;
3) em igualdade de condições, os que tiverem sido pronunciados há mais tempo.
Determina a lei que, antes da data designada para o primeiro julgamento da reunião periódica, deve ser afixada na porta do edifício do Tribunal do Júri lista dos processos a serem julgados.
O juiz-presidente deverá reservar datas na mesma reunião periódica para inclusãode eventuais processos que venham a ter os julgamentos adiados (art. 429, § 2º, do CPP).
- SESSÕES DO JÚRI – A Possibilidade de realização do julgamento sem a presença do réu (art. 457): o julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente de acusação ou do advogado do querelante, quando tiverem sido regularmente notificados a comparecer. Sob a égide do procedimento anterior à Lei 11.689/2008, o julgamento sem a presença do acusado poderia ocorrer apenas quando fosse afiançável o crime doloso contra a vida a ele imputado. Em se tratando de crime inafiançável, não se possibilitava o julgamento do réu ausente, de sorte que, enquanto não localizado, o processo permanecia suspenso (fenômeno denominado pela doutrina de crise de instância). Tal sistema importava em condescendência do legislador com a má-fé do réu, conduzindo, muitas vezes, à sua impunidade, já que durante o período em que o processo estava paralisado a prescrição fluía normalmente.
	- INSTRUÇÃO EM PLENÁRIO
- PROCEDIMENTO
- ORDEM DOS ATOS - Iniciada a sessão plenária, o ofendido e, em seguida, as testemunhas de acusação serão inquiridos sucessivamente pelo juiz, Ministério Público, assistente, querelante e defensor e, por fim, pelos jurados que desejarem, os quais arguirão por intermédio do juiz (art. 473 do CPP).
Passa-se, então, à inquirição das testemunhas arroladas pelo acusado, às quais o defensor perguntará logo após o juiz-presidente, mantendo-se, no mais, a ordem legal.
Diferentemente do que ocorre nos procedimentos em geral (art. 212 do CPP), a lei prevê que, no julgamento em plenário, é o juiz quem dá início à inquirição das testemunhas (art. 473, caput, do CPP), atividade na qual é sucedido pelas partes.
As perguntas serão feitas pelas partes diretamente às testemunhas e ao ofendido, sem que haja intermediação por parte do juiz, o qual, no entanto, não admitirá as indagações impertinentes, repetidas ou que puderem induzir a resposta. No tocante às perguntas dos jurados, todavia, vigora o sistema presidencialista de colheita de provas, em decorrência do qual as indagações são dirigidas ao juiz, que, por sua vez, as formula às testemunhas e ao ofendido. Em razão de a lei estabelecer sistemas diversos para as inquirições (direct and cross examination no que respeita às partes e sistema presidencialista em relação aos jurados), fala-se em sistema misto de inquirição. 
A instrução em plenário encerra-se com a realização do interrogatório do acusado, se estiver presente, oportunidade em que o direito de defesa poderá ser exercido pessoalmente (autodefesa): as perguntas serão formuladas ao acusado diretamente pelas partes, após as perguntas do juiz, iniciando-se pelo Ministério Público. Em seguida, o réu poderá ser inquirido, na ordem, pelo assistente, pelo querelante e pelo defensor, e, ainda, pelos jurados que o desejarem, os quais formularão perguntas por intermédio do juiz (art. 474, §§ 1º e 2º, do CPP). Vê-se, pois, que também em relação a interrogatório, a instrução em plenário contempla previsões diversas daquelas que regulam os procedimentos em geral, na medida em que, no júri, somente os jurados fazem perguntas com a intermediação do juiz, diversamente do que ocorre na inquirição do acusado feita no juízo singular (art. 188 do CPP).
- USO DE ALGEMAS
- DEBATES
	- ACUSAÇÃO – Terminada a colheita de provas, o Ministério Público disporá de 1h30min (uma hora e meia) para produzir a acusação, que deverá restringir-se aos termos da pronúncia ou de decisões posteriores que julgaram admissível a acusação, salvo no que respeita à arguição de circunstância agravante genérica, que poderá ser veiculada a despeito de falta de menção na decisão de pronúncia.
O Ministério Público, obviamente, não está vinculado à imputação, podendo postular a desclassificação do delito e até mesmo a absolvição.
Havendo assistente de acusação, que se pronunciará após o Ministério Público, deve ser observado, em relação à distribuição do tempo para cada um se pronunciar, aquilo que os órgãos acusadores ajustarem, mas se não existir entendimento, deverá o juiz dividir o tempo entre eles, podendo aplicar analogicamente o art. 12, I, da Lei n. 8.038/90, que assegura ao assistente 1/4 (um quarto) do tempo destinado à acusação. Na hipótese de ação penal privada subsidiária da pública, o Ministério Público manifestar-se-á após o querelante.
	- DEFESA - Concluída a acusação, a defesa terá 1h30min (uma hora e meia) para o seu pronunciamento, ocasião em que deve oferecer efetiva resistência à pretensão punitiva, sem que possa concordar com a acusação em todos os seus termos. Nada impede, porém, que o defensor postule apenas o reconhecimento de circunstância favorável ao réu (privilégio, p. ex.) ou a desclassificação do crime. A total insuficiência do desempenho do defensor acarretará, entretanto, a declaração de que o réu está indefeso, o que importa em dissolução do conselho de sentença e designação de outra data para a realização do julgamento, do qual participará novo defensor.
- VEDAÇÃO EM PLENÁRIO (PLENA NULIDADE)
- RÉPLICA - Após o término da exposição da defesa, a acusação pode exercer a faculdade da réplica, pelo prazo de 1 hora, razão pela qual o juiz indagará ao Ministério Público se deseja fazer uso do período adicional para argumentação. Acaso haja assistente de acusação, esse poderá fazer uso da réplica mesmo que o acusador principal não pretenda usar dessa faculdade.
- TRÉPLICA - A defesa só poderá fazer uso da tréplica, pelo período de 1 hora, se tiver havido réplica, já que se trata de faculdade que deriva da necessidade de apresentar contra-argumentos aos da acusação, levantados no período adicional.
Mas, como adverte Tourinho Filho, se a acusação, quando indagada se deseja fazer uso da réplica, não se limitar a responder negativamente, acrescentando qualquer comentário sobre a suficiência da prova ou reforçando, ainda que com poucas palavras, algum argumento, a defesa poderá treplicar, pois se deve considerar que, na prática, houve réplica.
Inovação de tese defensiva na tréplica - Há divergência doutrinária e jurisprudencial acerca da possibilidade de a defesa inovar na tréplica, apresentando tese até então não ventilada. Argumentam os que repudiam a possibilidade de inovação que, se admitida a sustentação de tese inédita quando a acusação já não pode rebatê-la, haveria maltrato ao princípio constitucional do contraditório
- ENCERRAMENTO DOS DEBATES E ESCLARECIMENTOS AOS JURADOS
- QUESITAÇÃO E VOTAÇÃO - A Lei 11.689/2008 estabeleceu importante
inovação em relação aos quesitos a serem formulados aos jurados. O modelo atual, com efeito, mostra-se bastante simplificado em relação à normatização anterior, o que, por certo, importará na redução do número de julgamentos anulados pelos tribunais em razão de problemas de quesitação.
De qualquer sorte, independentemente desta maior simplicidade do questionário, permanece a necessidade de que se mantenha o juiz-presidente atento, na elaboração dos quesitos, acerca dos termos da pronúncia, do teor do interrogatório do réu e do que tenha sido alegado pelas partes por ocasião dos debates. Ademais, deve elaborá-los de forma objetiva e clara, a fim de que possam ser respondidos, simplesmente, com as palavras “sim” e “não”.
Em relação à ordem de formulação, encontra-se prevista no art. 483 do CPP, dispondo que os jurados serão indagados, sucessivamente, sobre:
- CONTRADIÇÃO NOS VOTOS DOS QUESITOS
Em caso de contradição entre os quesitos, o juiz deve interromper a votação e esclarecer os fatos aos jurados, amparados pelo parágrafo único do artigo 490 do CPP, o juiz togado deverá explicar em que consiste a contradição, submeterá à votação os quesitos a que referirem tais contradições.
Temos que observar caso seja votada a legitima defesa (sim) se votarem como se a conduta criminosa está amparada pela legítima defesa, eles podem votar na absolvição, e não ocorrerá a contradição. 
Quando votam (não) pela legítima defesa e votam pela absolvição, há acontradição, e deve ser esclarecido os fato e feito novamente a votação dos quesitos conflitantes. Se no caso de votarem sim pela legítima defesa e não pela absolvição, ocorre o mesmo caso, ou seja, contradição, logo, deverá ser feita uma nova votação dos quesitos que estão em divergência.
- VEREDITO, FIXAÇÃO DA PENA E LEITURA EM AUDIÊNCIA
	Trabalho para quarta feira 
Fichamento de duas doutrinas sobre princípios aplicáveis às nulidades processuais. 
Nucci – capez – Moungenot - bonfim – cleber massom 
Princípios e pressupostos processuais recursais 
Objetivos - 
Subjetivos – 
DAS NULIDADES
INEXISTENCIA – Malgrado nossa lei não faça qualquer menção aos atos inexistentes, há consenso na doutrina de que, em certos casos, tamanha é a desconformidade com o modelo legal que o ato deve ser desconsiderado pelo ordenamento jurídico. Nessas hipóteses há, sob o ponto de vista jurídico, um não ato, pois ausente um elemento que o direito considera essencial para que ele tenha validade.
O desfazimento do ato inexistente não depende de pronunciamento judicial, na medida em que basta desconsiderar o ato que apenas aparenta existir, para que se obedeça, então, ao modelo legal. Não se pode cogitar de convalidação do ato inexistente, daí por que a falta de arguição oportuna não gera nenhum efeito preclusivo.
Assim, por exemplo, se o escrivão, na ausência do juiz, confecciona um escrito indeferindo requerimento de produção de prova formulado por uma das partes, esse ato, por inexistente, não pode produzir qualquer efeito válido, ainda que se revista da forma de decisão.
NULIDADE ABSOLUTA – Quando a atipicidade do ato viola norma (constitucional ou legal) garantidora de interesse público, tem lugar a nulidade absoluta. Trata-se de situação em que a “gravidade do ato viciado é flagrante e, em regra, manifesto o prejuízo que sua permanência acarreta para a efetividade do contraditório ou para a justiça da decisão; o vício atinge o próprio interesse público de correta aplicação do direito”.
Embora o ato inquinado por defeito gerador de nulidade absoluta tenha aptidão para reduzir, de forma significativa, a probabilidade de prolação de decisão justa, continuará a produzir efeitos até que haja pronunciamento judicial reconhecendo a sua invalidade.
O vício, entretanto, não se convalida, razão pela qual a possibilidade de arguição não é atingida pela preclusão, de modo que a nulidade poderá ser decretada a qualquer tempo e grau de jurisdição e, em caso de sentença condenatória, até mesmo depois do trânsito em julgado.
NULIDADES RELATIVA – Ocorre nas hipóteses de desrespeito a exigência estabelecida pela lei (norma infraconstitucional) no interesse das partes e, tal como ocorre em relação à nulidade absoluta, depende de ato judicial que declare sua ocorrência, já que, como mencionado, a invalidade dos atos processuais não é automática.
Para que seja reconhecida, é imprescindível que haja arguição oportuna pelo interessado, pois, em regra, não é passível de ser decretada de ofício pelo juiz, além do que se convalida se a parte prejudicada não se desincumbir do ônus de comprovar o prejuízo a ela acarretado pelo ato alegadamente nulo.
São exemplos de nulidade relativa: falta de intimação da expedição de precatória para a inquirição de testemunha e falta de intimação do acusado para audiência de inquirição de testemunhas, quando nela esteve presente o advogado constituído.
IRREGULARIDADE – Emprega-se a denominação irregularidade para designar o vício que decorre da desobediência ao modelo legal que, no entanto, não tem qualquer repercussão para o desenvolvimento do processo e, por isso mesmo, não enseja a ineficácia do ato. Trata-se de situação de desatendimento de exigência formal sem relevância para os fins do processo, às quais, por vezes, a lei reserva reflexos extraprocessuais, como ocorre, por exemplo, com a prolação da sentença em prazo superior ao previsto em lei, hipótese em que o juiz estará sujeito a sanções administrativas, sem que se possa cogitar, todavia, de invalidade da decisão.
Também constituem mera irregularidade a falta de compromisso da testemunha antes da inquirição e a apresentação de razões de apelação fora do prazo.
PRINCÍPIOS QUE NORTEIAM AS NULIDADES (CONTINUAÇÃO).
- INTERESSE – Aquele que deu causa à nulidade, não poderá argui-la.
- CONVALIDAÇÃO – Convalidar nada mais é do que tornar válido, é aplicável às nulidades relativas. 
- CONSERVAÇÃO – 
- CAUSALIDADE, EXTENSÃO OU CONTAMINAÇÃO
- FORMAÇÃO DA CERTEZA
- NULIDADES
a) ABSOLUTAS
b) RELATIVAS
- NULIDADES EM ESPÉCIE
RECURSO NO PROCESSO PENAL
Temos preparo no Processo Penal?
Deserção - A exigência do preparo só exigível nas ações penais privadas, e apenas pode ser cobrada ao querelante (autor da ação penal). 
Não há preparo nas ações penais públicas, e quando se tratar de ação penal privada, não é exigível o querelado.
- TEORIA GERAL DOS RECURSOS – Reanalisar os fatos apresentados em primeira instancia, quando houver insatisfação com relação à decisão prolatada. 
Pode-se denominar teoria geral dos recursos o estudo que engloba o conceito e a classificação dos meios processuais de impugnação, seus pressupostos genéricos e efeitos. Nesse tema são também analisados os arts. 574 a 580 do Código de Processo, que tratam das “disposições gerais” referentes aos recursos.
- CONCEITO E FINALIDADE - Voltar no tempo para a tentar reformar a sentença prolatada pelo juízo de primeiro grau.
Conceito - O recurso é um meio processual de impugnação, voluntário ou obrigatório, utilizado antes da preclusão, apto a propiciar um resultado mais vantajoso na mesma relação jurídica processual, decorrente de reforma, invalidação, esclarecimento ou confirmação 
A finalidade dos recursos é o reexame de uma decisão por órgão jurisdicional superior ou, em alguns casos, pelo mesmo órgão que a prolatou, em face da argumentação trazida à baila pelo recorrente.
- NATUREZA JURÍDICA – Deve haver o inconformismo, recursos são meios impugnativos de decisões jurisdicionais, pois a parte que recorreu tem a possibilidade de encontrar em segunda instancia a reforma da decisão, onde podem entender como, o juiz de primeiro grau julgou de forma “errada”.
- CLASSIFICAÇÃO QUANTO À OBRIGATORIEDADE:
a) VOLUNTÁRIOS - São aqueles em que a interposição do recurso fica a critério da parte que se sente prejudicada pela decisão. Constituem a regra no processo penal de acordo com o art. 574 do CPP
b) INVOLUNTÁRIO ou NECESSÁRIO (“EX OFFICIO”) - De acordo com o art. 574 do Código de Processo Penal, em alguns casos o magistrado deve, de ofício, recorrer da própria decisão. Em suma, o juiz deve remeter os autos à Instância Superior para o chamado reexame necessário, sem o qual a decisão proferida não transita em julgado, embora nenhuma das partes a tenha impugnado. De acordo com a Súmula n. 423 do Supremo Tribunal Federal, “não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio, que se considera interposto ex lege”.
- PRESSUPOSTO RECURSAL LÓGICO SUCUMBÊCIA.
- PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DE ADMISSIBILIDADE:
a) CABIMENTO OU PREVISÃO LEGAL – Tem que ser cabível o recurso que está sendo interposto. Deve haver a previsão legal. 
b) TEMPESTIVIDADE – A tempestividade no Processo Penal é analisada sob dois aspectos:
Para o Ministério Público – A interposição e as razões recursais devem ser apresentadas no prazo legal sob pena de não recebimento (posição majoritária).
Em favor da defesa prevalece que o prazo para a interposição é e deve ser observado, pois as apresentações tardias das razões recursais não obstam ao recebimento, processamento e encaminhamento à superior instância para conhecimento.
OBS: Posição minoritária defende a apresentação tardia das razões recursais tanto pela acusação quanto pela defesa. 
É POSSÍVEL O TRIBUNAL JULGAR O RECURSO SEM AS RAZÕES RECURSAIS? 
PODERÁ, QUANDO NELA CONTIVER O CONTEUDO DO INCORFOMISMO. 
Diferentemente do que acontece no Processo Civil, a apresentação das razões recursais são distintas,pois o advogado penalista tem um prazo para demonstrar o ânimus que tem de recorrer e em um momento posterior apresenta as razões recursais.
O recurso deve ser interposto dentro do prazo previsto na lei. Os prazos são peremptórios e a perda implica o não recebimento da impugnação.
No processo penal, a regra é o prazo de 5 dias (apelação, recurso em sentido estrito). Há, entretanto, vários outros prazos: embargos de declaração (2 dias), carta testemunhável (48 horas), embargos infringentes (10 dias), recurso extraordinário e especial (15 dias). Para a revisão criminal e o habeas corpus, em razão de suas características especiais, não há prazo para a interposição.
c) INTERESSE – LEGITIMIDADE – Só tem interesse quem tem legitimidade, tem legitimidade de recorrer somente os legitimados em lei, em ação penal pública, somente o Ministério Público pode recorrer. O particular poderá recorrer apenas em ação penal privada.
d) RECORRIBILIDADE (unirrecorribilidade) – Só temos um recurso cabível para cada decisão judicial. Acontece muitos erros de acusação ou de defesa no meios impugnativos, pois só há a possibilidade de um recurso cabível para cada decisão. 
Deve também o legislador ficar atento ao princípio da unirrecorribilidade, no sentido de criar apenas uma espécie de recurso para cada tipo de decisão. É claro, entretanto, que há algumas exceções, como, por exemplo, no caso da decisão que concede o habeas corpus em que a lei prevê o recurso de ofício (art. 574, I) e o recurso em sentido estrito (art. 581, X).
d) ADEQUAÇÃO FUNGIBILIDADE RECURSAL – Alguns autores elencam também a adequação (interposição do recurso correto pela parte no caso concreto) como pressuposto recursal autônomo. A adequação, entretanto, é decorrência lógica da previsão legal. Ora, se a lei descreve que determinado recurso é cabível contra certa decisão, é óbvio que deve ser ele o interposto no caso concreto. Além disso, mesmo que a parte interponha o recurso errado, o juiz, ao perceber o equívoco, pode recebê-lo e mandá-lo processar como o correto. Trata-se do chamado princípio da fungibilidade recursal, consagrado no art. 579 do Código de Processo Penal. Ex.: contra a sentença de pronúncia, o recurso cabível é o em sentido estrito. Suponha-se, então, que a parte, por erro, interponha uma apelação. O juiz, percebendo o equívoco, recebe-o como recurso em sentido estrito.
O princípio da fungibilidade não se aplica, entretanto, quando fica caracterizada má-fé por parte de quem recorreu (art. 579, caput, do CPP). A má-fé presume-se quando já se havia escoado o prazo do recurso correto e a parte interpõe recurso que admite maior prazo apenas para tentar ludibriar o juiz.
- EFEITOS
a) DEVOLUTIVO - É efeito comum a todos os recursos. Significa que a interposição reabre a possibilidade de análise da questão combatida no recurso, mediante novo julgamento.
b) SUSPENSIVO - Significa que a interposição de determinado recurso impede a eficácia (aplicabilidade) da decisão recorrida. Veja-se, porém, que a regra no processo penal é a não existência do efeito suspensivo. Assim, um recurso somente terá tal efeito quando a lei expressamente o declarar.
c) REGRESSIVO - Interposição faz com que o próprio juiz prolator da decisão tenha de reapreciar a matéria, mantendo-a ou reformando-a, total ou parcialmente. Poucos recursos possuem o efeito regressivo. Como exemplo, podemos citar o recurso em sentido estrito (art. 589 do CPP) e os embargos de declaração (arts. 382 e 619 do CPP).
d) EXTENSIVO - De acordo com o art. 580 do Código de Processo Penal, havendo dois ou mais réus, com idêntica situação processual e fática, se apenas um deles recorrer e obtiver benefício, será este aplicado também aos demais que não impugnaram a sentença ou decisão. Ex.: João e José são condenados por terem cometido furto qualificado pela escalada. Somente João recorre e o Tribunal entende que o portão que eles pularam é de pequeno porte, o que não configura a qualificadora, de modo que desclassifica o crime para furto simples em relação a João e estende o benefício a José, que não havia apelado.
Esse efeito, evidentemente, não se aplica quando se trata de circunstância de caráter pessoal. Ex.: Paulo e Pedro cometem um crime e recebem pena acima do mínimo legal. Pedro recorre e obtém uma redução da pena por ser menor de 21 anos na data do fato (atenuante genérica). Como Paulo possuía 30 anos na data do crime, não poderá ser beneficiado.
RECURSO EM ESPÉCIES
As hipóteses em que deve haver o reexame obrigatório em nossa legislação são as seguintes:
1) Da sentença que concede o habeas corpus (art. 574, I, do CPP). Ex.: Juiz tranca um inquérito policial por entender que o fato apurado é atípico.
O recurso, evidentemente, não tem efeito suspensivo. Caso o tribunal venha a dar provimento ao recurso de ofício, retorna-se à situação anterior à decisão judicial. No exemplo já mencionado do trancamento do inquérito policial, as investigações podem ser retomadas e o inquérito, ao ser concluído, será remetido ao Ministério Público para apreciação.
A regra não se aplica à sentença que denega a ordem.
2) Da sentença que absolve sumariamente o réu (arts. 574, II). A absolvição sumária é a decisão judicial proferida ao término da primeira fase do procedimento do Júri em que o juiz absolve, desde logo, o acusado se: a) provada a inexistência do fato; b) provado que o réu não é autor ou partícipe do crime; c) o fato for atípico; d) demonstrada causa de isenção de pena (excludente de culpabilidade) ou excludente de ilicitude (legítima defesa, estado de necessidade, aborto legal etc.). Se o tribunal der provimento ao recurso, pronunciará o réu, mandando-o a julgamento perante o Júri Popular.
O recurso de ofício, entretanto, não impede que a acusação interponha o competente recurso de apelação.
3) Da decisão que arquiva inquérito policial ou da sentença que absolve o réu acusado de crime contra a economia popular (art. 7º da Lei n. 1.521/51 e Lei n. 4.591/64) ou contra a saúde pública (arts. 267 a 285 do CP). Saliente-se que os crimes da Lei Antidrogas (antigamente previstos no art. 281 do CP) encontram-se atualmente descritos em lei especial (Lei n. 11.343/2006). Como esta lei possui também um capítulo para tratar do procedimento criminal e não exige o reexame necessário, conclui-se que, em relação a tais delitos, não mais se exige essa espécie de recurso.
Suponha-se que o promotor de justiça tenha arquivado um inquérito que apurava crime contra a economia popular e o juiz, ao determinar o arquivamento, tenha, como estabelece a lei, recorrido de ofício. Os autos são então remetidos à superior instância e o tribunal, ao analisar as provas, entende, ao contrário do juiz e do promotor, que o caso era de denúncia. Não poderá, nesse caso, determinar que o promotor a ofereça. A solução é o tribunal determinar a remessa dos autos ao Procurador-Geral de Justiça, na forma do art. 28 do Código de Processo Penal, cabendo a decisão final ao chefe doparquet, que poderá insistir no pedido de arquivamento ou entender que o caso é efetivamente de denúncia, hipótese em que ele próprio a oferecerá ou designará outro promotor de justiça para fazê-lo.
4) Da decisão que concede a reabilitação criminal (art. 746 do CPP). A finalidade da reabilitação é restituir o condenado à condição anterior à condenação, apagando-a de sua folha de antecedentes.
5) Da decisão que defere mandado de segurança (art. 14, § 1º, da Lei n. 12.016/2009). Em certas hipóteses (ver tópico 17.2.2.11) é cabível a impetração de mandado de segurança em matéria criminal. Suponha-se, assim, a impetração de mandado de segurança perante o juízo competente contra ato da autoridade policial. Se o magistrado conceder a ordem, deverá encaminhar os autos ao Tribunal para o reexame necessário.
- RECURSO EM SENTIDO ESTRITO
É recurso que, em regra, destina-se a impugnar decisões de natureza interlocutória, isto é, decisões que não tenham caráter definitivo ou terminativo, mas há, excepcionalmente, como se verá adiante, hipóteseslegais de cabimento desse recurso para atacar decisões que encerram o processo.
O rol de hipóteses de cabimento do recurso em sentido estrito é taxativo, conclusão que advém da circunstância de as decisões interlocutórias serem, em princípio, irrecorríveis. Além disso, se a lei conferiu caráter residual à apelação nos casos de decisões definitivas ou com força de definitivas (art. 593, II, do CPP), ao estabelecer que a definição das hipóteses de seu cabimento se dá por exclusão, é porque considera que as situações que ensejam o manejo do recurso em sentido estrito foram enumeradas de forma exaustiva. Tourinho Filho assim se posiciona em relação à questão: “Cremos que a matéria é de direito estrito e, assim, não pode comportar aplicação analógica. Ali não há uma enumeração exemplificativa, mas taxativa. Fosse exemplificativa e não haveria necessidade de se elencarem todas aquelas hipóteses. Tampouco se cuidaria da apelação como recurso residual para os casos de decisões definitivas ou com força de definitivas (CPP, art. 593, II). ”
Inadmissível será, porém, a utilização do recurso em sentido estrito para desafiar decisões não incluídas no rol, em relação às quais é nítida a opção pela exclusão do cabimento desse recurso. Desse modo, não se pode cogitar do emprego do recurso para desafiar decisão que decreta a prisão preventiva, na medida em que, ao prever que pode ser utilizado quando o juiz “indeferir requerimento de prisão preventiva ou revogá-la”, o Código não dá margem à interpretação de que o manejo é possível na hipótese inversa.
O recurso em sentido estrito reveste-se, em determinados casos, de caráter pro et contra (ou seja, é cabível qualquer que seja a hipótese de sucumbência que acarrete a decisão — ex.: da decisão que decreta a prescrição ou da que indefere o pedido de reconhecimento da prescrição) e, em outros, de caráter secundum eventum litis (é cabível apenas se verificado determinado direcionamento na decisão, mas incabível na hipótese inversa — ex.: é possível na decisão que rejeita a denúncia e incabível na que a recebe).
UNIRRECORRIBILIDADE - Quando a decisão jurisdicional desafiar tanto o Recurso em Sentido Estrito (RESE) quando a apelação, a matéria objeto do RESE torna-se secundária frente ao recurso principal cabível de decisões condenatórias e absolutórias (apelação). Nesse sentido caso o juiz afaste a tese defensiva de prescrição e condene o acusado, apenas a apelação deverá ser interposta, e a tese de prescrição arguida como matéria preliminar ao mérito. 
Outra importante circunstância deve ser lembrada: a apelação exerce preferência sobre o recurso em sentido estrito, razão pela qual quando cabível aquela, não poderá ser utilizado o recurso em sentido estrito, ainda que somente de parte da decisão se recorra (art. 593, § 4º, do CPP). Assim, embora a decisão que revoga a prisão preventiva exponha-se, em princípio, ao recurso em sentido estrito (art. 581, V, do CPP), deverá ser impugnada por apelação acaso integre a sentença (revogação da prisão proferida conjuntamente com a sentença absolutória).
1) Fundamento Legal
2) Natureza Jurídica
3) Hipótese de Cabimento
4) Prazos: - O prazo para interposição do recurso em sentido estrito é de 5 dias (art. 586, caput, do CPP), a contar da intimação da decisão, salvo no que diz respeito à decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir, hipótese em que o recurso deve ser interposto no prazo de 20 dias (art. 586, parágrafo único, do CPP).
Será de 15 dias, todavia, o prazo para o ofendido não habilitado como assistente recorrer supletivamente da decisão que declara extinta a punibilidade (art. 584, § 1º, do CPP), a contar do término do prazo para o Ministério Público (art. 598, parágrafo único, do CPP).
a) Interposição - O prazo para interposição do recurso em sentido estrito é de 5 dias (art. 586, caput, do CPP), a contar da intimação da decisão, salvo no que diz respeito à decisão que incluir jurado na lista geral ou desta o excluir. 
b) Razões – prazo de 2 (dois) dias para apresentação das razões, ou seja, depois de interposto pelo prazo de 5 (cinco) dias, a parte será intimada para apresentar as razões do recurso, mas não sendo necessariamente somados os 5 dias + mais os 2 para apresentação das razões.
5) Efeitos
a) Devolutivo
b) Suspensivo 
c) Regressivo
- AGRAVO EM EXECUÇÃO
OBS: MESMO PROCEDIMENTO E PRASOS DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO.
ART. 197 LEP (SÚMULA 700 STF)
 
	direito processual penal

Continue navegando