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QUESTOES OBJETIVAS DIREITO PROCESSUAL PENAL III 2B - COMENTADAS

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QUESTÕES 2ºB – DIREITO PROCESSUAL PENAL III – ANDRÉ PALHANO 
QUESTÃO 02: Das nulidades
(V) Um ato somente será declarado nulo, se da nulidade resultar algum prejuízo para acusação ou para a defesa.
(É o princípio do prejuízo (pas de nullité sans grief).Previsão legal: Art. 563 do CPP. Nenhum ato será declarado nulo, se da nulidade não resultar prejuízo para a acusação ou para a defesa)
(V) A parte deve arguir a nulidade relativa na primeira oportunidade que tiver de falar nos autos, sob pena de preclusão.
(Redação conforme preconiza o art. 278 do CPC. Em seu parágrafo único restam descritas as nulidades absolutas. Art. 278.  A nulidade dos atos deve ser alegada na primeira oportunidade em que couber à parte falar nos autos, sob pena de preclusão.Parágrafo único.  Não se aplica o disposto no caput às nulidades que o juiz deva decretar de ofício, nem prevalece a preclusão provando a parte legítimo impedimento.)
(F) Ocorrerá a nulidade relativa quando houver inobservância de norma de ordem pública, voltada para a proteção da parte. Não deve ser decretada de ofício pelo juiz, que somente declarará nulo o ato, quando a nulidade for arguida pela parte.
(O interesse, no entanto, é muito mais da parte do que de ordem pública, e, por isso, a invalidação do ato fica condicionada à demonstração do efetivo prejuízo e à argüição do vício no momento processual oportuno; Viola exigência estabelecida pelo ordenamento legal (infraconstitucional); o juiz poderá decretar de ofício, pois deverá ele prover a regularidade do processo, proclamando qualquer irregularidade que venha a encontrar, porém, deve ele observar se tal irregularidade causou prejuízo às partes (art. 563 do CPP), bem como, se esta irregularidade influiu na decisão da causa (art. 566 do CPP).)
(F) A anulabilidade refere-se à matéria disponível, que não seja de ordem pública. Não deve ser decretada de ofício pelo juiz.
(anulável só a nulidade relativa, refere-se mais o interesse das partes do que a ordem pública; podendo ser decretado de ofício, vide comentário na questão anterior)
(F) A nulidade relativa não deve ser declarada a favor de quem a causou, ou para ela concorreu, quando se refira a formalidade que só interessa à parte contrária.
(na verdade o final é uma das hipóteses; a tríplice condição para arguir a nulidade (não haver dado causa, não haver concorrido, ter interesse na anulação). Previsão legal: Art. 565 do CPP. Nenhuma das partes poderá argüir nulidade a que haja dado causa, ou para que tenha concorrido, ou referente a formalidade cuja observância só à parte contrária interesse)
(V) O princípio do interesse é aquele segundo o qual, em regra, somente a parte prejudicada pode arguir a nulidade, disposto no art. 565 do CPP.
(Em princípio, cabe à parte prejudicada alegar a nulidade. É o princípio do interesse adotado pelo art. 565, em sua parte final. Mas pode, sempre, ser reconhecida, de ofício, pelo juiz, em homenagem ao princípio do prejuízo, da instrumentalidade e da conservação. Nenhuma das partes poderá argüir a nulidade referente à formalidade cuja observância só à parte contrária interesse (art. 565, 2a parte). E, também, quando tiver dado causa à nulidade ou concorrido para que acontecesse (art. 565, 1a parte).)
(F) Na nulidade absoluta, o ato não convalesce automaticamente. Por isso, o juiz não poderá mandar ratificá-lo ou renová-lo, ainda que haja oportunidade para tanto.
(O ato nulo não convalesce pelo decurso do prazo e não pode receber ratificação. Na declaratória de nulidade de ato jurídico, o efeito da sentença retroage à data mesma da formulação do pacto, de modo que a eficácia da declaração de nulidade é ex tunc. Se assim é, considerando que o ato é nulo de pleno direito, a função do magistrado é apenas decretar esta invalidade. O Magistrado não desconstitui o ato porquanto ele sequer entrou no plano de validade. Desta forma, considerando que o ato nulo não pode ser ratificado)
(F) A nulidade absoluta não arguida pela parte oportunamente estará sujeita à preclusão.
(V) Havendo nulidade absoluta ou relativa não sanada, ocorre error in procedendo, ficando o juiz impedido de julgar o meritum causae, devendo fazer com que o ato seja novamente praticado ou corrigido.
(Julio Fabbrini Mirabete que diz o referido texto; é o caso da falta dos pressupostos de validade do processo. Quando o vício acarretar nulidade relativa, se houver a preclusão, ela impede que seja determinada a sua correção.)
(V) A falta de citação configura nulidade absoluta, enquanto a citação defeituosa configura nulidade relativa.
(Ainda relacionada ao princípio do contraditório, a falta de citação do réu é motivo de nulidade absoluta, pois ele deve ter conhecimento da acusação para poder defender-se, além de envolver a notificação do dia e hora em que deve comparecer em juízo para ser interrogado.)
(F) A nulidade por ilegitimidade do representante da parte somente será sanada após a renovação dos atos por ele praticados.
(A nulidade por ilegitimidade do representante da parte poderá ser a todo tempo sanada, independentemente da ratificação dos atos processuais.)
QUESTÃO 03: Dos Recursos
(V) O recurso instrumentaliza o princípio do duplo grau de jurisdição
(O conceito doutrinário do princípio do duplo grau de jurisdição é o de que este constitui um direito de recurso para revisão da decisão por tribunal superior, o qual pressupõe ser tomada por juízes mais experientes e em regra de forma colegiada)
(F) Juízo ad quem é o prolator da decisão recorrida e juízo a quo é aquele a quem se pede o reexame e reforma da decisão.
(Convencionou-se chamar jurisdição inferior (ou juízo a quo) aquela que conhece o processo desde o seu início – pode ser que o juiz de primeiro grau ou qualquer tribunal nos casos de competência originária – e de jurisdição superior (ou juízo ad quem) a exercida pelos órgãos que analisam os recursos interpostos contra as decisões da jurisdição inferior.)
(F) Assim como no processo civil, no processo penal o prazo recursal começa a correr do dia da juntada do mandado de intimação nos autos.
(segundo a Súmula 710 do STF, “no processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem”.)
(V) A sucumbência é pressuposto lógico e fundamental dos recursos, de forma que, quem não foi vencido, não tem legitimidade para recorrer.
(O pressuposto fundamental de todos e qualquer recurso é a sucumbência, que sempre traduz a existência de um prejuízo que a parte entendeu que a decisão em primeiro grau pode ter lhe trazido. Segundo Vicente Greco Filho, “haverá sucumbência se a decisão não atendeu à expectativa juridicamente possível”.)
(F) A não interposição do recurso ex offício não impede o trânsito em julgado da sentença.
(De acordo com a súmula 423 , do STF, "não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio, que se considera interposto de ofício". [MAIS COMENTÁRIOS EM: https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/85700/recurso-de-oficio-reexame-necessario-no-processo-penal-e-sua-in-validade-bruno-haddad-galvao])
(V) Não pode ser agravada a situação do réu quando somente ele tiver recorrido, nem a pena aplicada em decisão anulada por recurso exclusivo do réu pode ser agravada na nova sentença. Há limitação do efeito devolutivo.
(vide comentários da aula de palhano)
(V) A parte que desiste do recurso interposto poderá retrata-se, desde que ainda esteja dentro do prazo de oferecimento do recurso.
(a parte pode desistir do recurso e interpor outro, se dentro do prazo. Exclui-se a possibilidade da desistência para o Ministério Público, pelo fato de que ele não pode desistir do recurso após a sua interposição, considerando que, quando o órgão ministerial interpõe um recurso, não é em nome próprio, não é o exercício de um direito seu, mas, sim, a representação da Justiça Pública9 , artigos 42 e 576 do CPP.)
(V) O recurso em sentido estrito possibilita ao juiz se retratar da sua decisão. É o juízo de retratação.
(No recurso em sentido estrito,há previsão de juízo de retratação (art. 589, caput, CPP), pondendo o juiz reformar sua decisão, após o oferecimento das razões e das contrarrazões. Deverá, pois, o recorrente, colocar uma fórmula pedindo a retratação, nas razões do recurso.)
(V) No recurso em sentido estrito, se o juiz não se retratar, o recurso subirá ao juízo ad quem.
(Havendo ou não apresentação de contrarrazões, os autos serão remetidos ao juiz, para que se manifeste, fundamentadamente, mantendo ou reformando a decisão.
Na hipótese de manutenção da decisão, o recurso será remetido ao tribunal competente para julgamento.O mesmo ocorrerá se reformada parcialmente a decisão, situação em que haverá julgamento somente em relação à parte não alterada.; Reformada no todo a decisão,poderá a parte contrária, por simples petição, dela recorrer, desde que cabível a interposição do recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la; Como regra geral devem apreciar este recurso os Tribunais de Justiça, Regionais Federais, Regionais Eleitorais e Militares. O recurso é dirigido ao tribunal competente, mas interposto perante o juiz que pode rever a decisão (juízo de retratação).
(V) O prazo para interposição do recurso em sentido estrito é sempre de 5 dias.
(Prazo: 5 (interposição) + 2 (razões e contrarrazões) dias. Conta-se 5 dias a partir da decisão interlocutória do Juiz, depois mais 2 dias para apresentação de razoes ou contrarrazões. Exceções: - art. 581, IV1 , CPP – R.S.E. – prazo é de 20 dias. - órgão julgador: É o Desembargador Presidente do TJ. (Art. 582, parágrafo único2 e art. 586, parágrafo único3 , CPP) [Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: IV – que pronunciar o réu. 2 Art. 582. Parágrafo único. O recurso, no caso do no XIV, será para o presidente do Tribunal de Apelação.], - 15 dias do assistente de acusação não habilitado – art. 584, §1º4 , c/c 5985 , CPP. - prazo para Defensor Público é em dobro – 10 dias (LC 80).)
(F) Se, com a interposição do recurso em sentido estrito, o juiz reformar a decisão, a parte contrária poderá recorrer dessa nova decisão, podendo o juiz novamente se retratar.
(outra característica peculiar do Recurso em Sentido Estrito é a de que ele possui efeito regressivo, pois o juiz do feito pode, após tomar conhecimento das razões e contrarrazões das partes, reavaliar e modificar sua decisão. Ou seja, no RESE é permitido ao próprio juiz prolator da decisão recorrida retratar-se desta antes da remessa do recurso ao juízo ad quem, nos exatos moldes do art. 589 do Código de Processo Penal. rt. 589. Com a resposta do recorrido ou sem ela, será o recurso concluso ao juiz, que, dentro de dois dias, reformará ou sustentará o seu despacho, mandando instruir o recurso com os traslados que Ihe parecerem necessários. Parágrafo único. Se o juiz reformar o despacho recorrido, a parte contrária, por simples petição, poderá r ecorr er da nova decisão, se couber recurso, não sendo mais lícito ao juiz modificá-la. Neste caso, independentemente de novos ar razoados, subirá o recurso nos próprios autos ou em tr aslado)
(F) A apelação é recurso preferível, vez que, cabível a apelação não caberá recurso em sentido estrito.
(Para não confundir as peças, basta saber o seguinte: se a decisão a ser atacada não estiver no rol do art. 581 do CPP, interponha apelação. Simples assim! Ou seja, a apelação é residual: quando não couber RESE, será a peça adequada. Veja o exemplo da chamada sentença de pronúncia: como há previsão expressa no art. 581, IV, do CPP, cabe RESE. Se não estivesse prevista, seria apelação.)
(V) Interposto o recurso de apelação, o apelante será intimado para oferecer as contrarrazões do recurso de apelação necessariamente no prazo de oito dias, no processo de crime, e no prazo de três dias, no processo de contravenção.
(Interposta, haverá um prazo de oito dias para cada parte oferecer as razões e contrarrazões de apelação, dirigidas ao tribunal. Caso trate-se de uma contravenção penal, o prazo é reduzido para três dias, segundo o artigo 600, CPP. Apesar do prazo de cinco dias da apelação ser fatal, o prazo de oito dias para apresentação de razões pode ser ultrapassado, e não é fatal. Todavia, caso haja dois ou mais apelantes, os prazos serão comuns (art. 600, § 3º, CPP). )
(F) Havendo apelação, poderá o juiz a quo se retratar, impedindo, desta forma, a subida dos autos ao juízo ad quem.
(não há juízo de retratação no recurso de apelação; a apelação não permite, ao contrário do recurso em sentido estrito, o juízo de retratação, ou seja, a sua apreciação pelo prolator da decisão.)
(F) A apelação com base no art. 593, III, “d” do CPP é uma exceção ao princípio constitucional da soberania dos veredictos do Júri, sendo admitida uma única vez, mandando-se o réu a novo julgamento.
(De acordo com Edilson Mougenot Bonfim, a soberania dos veredictos consiste na manutenção da decisão dos jurados acerca dos elementos que integram o crime, ou seja, materialidade, autoria, majorantes etc (2013, p. 627). A fim de preservar o princípio em estudo, o Código de Processo Penal, no art. 593, inciso III[25], previu o cabimento do recurso de apelação das decisões proferidas pelo Tribunal do Júri apenas em quatro hipóteses. Cabe destacar, no entanto, que somente as alíneas a e d, do inciso III, do art. 593, dizem respeito propriamente à decisão dos jurados, sendo que, nesses casos, o tribunal deverá anular o julgamento e determinar a realização de um novo. Já as alíneas b e c estão relacionadas apenas à atuação do juiz togado, razão pela qual o tribunal poderá reformar a sentença, corrigindo o equívoco, sem a necessidade de determinar a realização de novo julgamento. Obviamente, a soberania dos veredictos, de acordo com a melhor doutrina, não impede o ajuizamento da revisão criminal, vez que o princípio em tela não pode prevalecer sobre a plenitude de defesa e liberdade do réu.)
(V) Os limites da apelação fixam-se na petição de interposição. Se a interposição não restringe a matéria, entende-se o apelo como pleno ou total.
(O momento para estabelecer os limites da apelação é o da sua interposição, não podendo ser alterada por ocasião da apresentação das razões recursais; A apelação pode ser plena (ou total) ou parcial (ou restrita). Será plena quando o inconformismo se dirigir contra a totalidade da decisão)
(V) O prazo para interposição do agravo em execução é de 5 dias. Súmula 700 do STF.
(súmula 700 do STF que fixa o prazo de 5 (cinco) dias contados da intimação da decisão que será agravada)
QUESTÃO 04: Responda as questões abaixo:
a) Quais são os pressupostos recursais objetivos?
(é a previsão legal (princípio da unirrecorribilidade e fungibilidade), a tempestividade e a formalidade)
b) Quais são os pressupostos recursais subjetivos?
(é a legitimidade e o interesse)
c) Em que consiste o princípio da unirrecorribilidade?
(Contra cada decisão o mesmo legitimado só pode interpor um único recurso em cada oportunidade. Por tanto, o mesmo legitimado não pode manejar contra a mesma decisão dois ou mais recursos, de uma só vez - Essa é a regra geral)
d) O que é efeito extensivo na matéria de recursos no processo penal? Fundamente com o dispositivo legal.
(O efeito extensivo dos recursos em direito processual penal está previsto no art 580 CPP, no caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos de caráter não pessoal exclusivamente, aproveitará os demais.
É possível a existência de situações processuais similares ou até idênticas. A extensão do recurso poderá abranger ao eventual co-réu nos seguintes casos: inexistência material de fato delitivo, atipicidade do fato ou que este não mais constituir crime, e causa de extinção de punibilidade que não seja de caráter estritamente pessoal.
O efeito extensivo do recurso é aplicável à apelação, revisão criminal, habeas corpus, recurso em sentido estrito e aos recursos em geral. É certo que a eficácia extensiva das decisões benéficastem fundamento normativo no art 580CPP, que permite a extenão de tais decisões quando proferidas em sede recursal, se fundadas “em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal”.
A jurisprudência dos tribunais e o magistério da doutrina, no entanto, têm admitido, excepcionalmente, a aplicação do efeito extensivo previsto na norma referida, mesmo nas hipóteses em que a decisão benéfica tenha sido proferida em sede não recursal, como, por exemplo, em ação de revisão criminal.
A norma inscrita no art. 580 CPP, que conferiu, em caráter excepcional, efeito extensivo às decisões benéficas proferidas em sede recursal oenal – tem um claro objetivo:dar efetividade, no plano jurídico, à garantia de equidade.)
e) Qual o princípio que impede que o Ministério Público desista do recurso interposto?
(PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE, também conhecido como princípio da indesistibilidade, consiste na ideia de que, depois de iniciada ação penal, o Ministério público não pode dispor desta por meio da desistência, afinal a ação visa a defesa de um direito do Estado e não de somente um individuo. A mesma força principiológica também é vista nos recursos já interpostos. Conforme os artigos 42 e 576. Este princípio se encontra fundamentado no artigo 42 e 576 do Código de Processo Penal)
f) A enumeração do art. 581 é taxativa? Existe discussão na doutrina a esse respeito?
(Doutrina majoritária diz que ele é taxativo, até pelo próprio nome. Mas permite um elastecimento; uma interpretação analógica.)
g) Quais as hipóteses do art. 581 que, com advento da LEP, passaram a ser caso de interposição do recurso de agravo?
(Os incisos XI ao XXIII)
h) Qual o prazo para interposição da apelação subsidiária?
(a apelação pode ser dividida em principal e subsidiária (supletiva). Fala-se em apelação principal quando interposta pelo Ministério Público, na posição de titular da ação penal, e, em apelação subsidiária (supletiva) quando o recurso é apresentado pelo próprio ofendido ou assistente de acusação, ou, ainda, por uma das pessoas indicadas no artigo 31 CPP ("no caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão ") tenham ou não atuados como assistente durante o processo. Note-se que, em razão do seu caráter subsidiário, para que se abra espaço a essa espécie de apelação, é indispensável que a inércia do MP reste devidamente caracterizada. E, sendo assim, a parte interessada somente poderá manuseá-la depois do esgotamento do prazo previsto para o MP, ou seja, apóes transcorridos os 5 dias previstos no artigo 593 do mesmo diploma.
Nos termos do artigo 598 , parágrafo único do CPP , o prazo para a interposição da apelação subsidiária é de "15 (quinze) dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público ". Assim, depois dos 5 dias reservados ao MP, a parte (ofendido, ou as pessoas do artigo 31) terá 15 dias para apelar subsidiariamente.)
i) Recebida a apelação, se o juiz denegar seguimento ou declara-la deserta, qual será o recurso cabível?
(Quando denegar a apelação ou a julgar deserta, cabe recurso em sentido estrito. Se receber ou não a julgar deserta, poderá o interessado, nas contra-razões, argüir em preliminar o descabimento do recurso ou a sua deserção.)
j) Em regra, o agravo em execução não tem efeito suspensivo. Qual a exceção a essa regra?
(O agravo em execução criminal Consiste em recurso usado para impugnar toda decisão proferida pelo magistrado da execução penal, que prejudique direito das partes principais envolvidas no processo. Conforme preceitua o artigo 197 da LEP, não tem efeito suspensivo, a única exceção à regra é o agravo interposto contra decisão de liberação de pessoa sujeita a medida de segurança (artigo 179 da LEP). Atualmente, segue o rito do recurso em sentido estrito. O prazo pra a interposição é de 05 (cinco) dias, a contar da ciência da decisão, de acordo com o que proclama a Súmula 700 do STF)
k) Qual o procedimento que deve ser adotado para o processamento do agravo em execução?
(O processamento do agravo em execução segue o rito do recurso em sentido estrito, previsto no art. 587 §único CPP)
l) A “crise de instância” ainda existe no processo penal?
Sim, Denomina-se “crise de instância” no processo penal o conjunto de situações em que haverá a suspensão do curso normal do procedimento, sem que a instância se desfaça, até a resolução de determinado problema. A hipótese mais crítica era a antiga (Note a reforma do CPP acabou com essa situação de “crise de instância”) necessidade da intimação pessoal da sentença de pronúncia nos procedimentos do Tribunal do Júri, porque, enquanto isso não acontecia, o prazo prescricional continuava correndo, acarretando sério dano para a efetividade da Justiça penal. Justamente por isso, a recente reforma do Código de Processo Penal, que alterou a redação do art. 420, do Código de Processo Penal, estabeleceu a possibilidade de intimação por edital, quando não for possível a intimação pessoal, devendo o acusado ser julgado a revelia. Outra hipótese de “crise de instância” é a suspensão do processo no incidente de insanidade mental do acusado.
Atenção! Solução de uma das situações do fenômeno “crise de instância”. Ocorreu com a nova redação do parágrafo único do art. 420 do CPP: “Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado”. Não existe mais a antiga diferença entre intimação de crimes afiançáveis e intimação de crimes inafiançáveis no âmbito do Tribunal do Júri. Se o crime fosse inafiançável, o acusado somente poderia ser levado a Júri, depois de intimado pessoalmente. Com a reforma, não sendo possível a intimação pessoal, faz-se a intimação editalícia, devendo o acusado ser julgado a revelia, se for o caso. E, antes da reforma do CPP, o julgamento sem a presença física do acusado somente poderia ocorrer se o crime doloso contra a vida fosse afiançável.; 
Os prazos, no processo penal, são sempre contínuos e peremptórios e, como regra geral, não podem ser prorrogados nem interrompidos; há, entretanto, situações em que é admitida a suspensão temporária dos prazos processuais, tais como nas de comprovação de doença mental do acusado DURANTE O PROCESSO, presença de questão prejudicial e impedimento do juiz, casos em que se suspende o curso normal do procedimento, sem que a instância se desfaça, ensejando-se a chamada crise de instância = é a denominada "crise de instância".)
m) O que você entende por “reformatio in pejus indireta”?
(reformatio in pejus indireta: Ocorre na hipótese em que, anulada a sentença por força de recurso exclusivo da defesa, outra vem a ser exarada, agora impondo pena superior, ou fixando regime mais rigoroso, ou condenando por crime mais grave, ou reconhecendo qualquer circunstância que a torne, de qualquer modo, mais gravosa ao acusado. Exemplo: Imagine-se que o réu, condenado a dez anos de reclusão, recorra invocando nulidade do processo. Considere-se, também, que o Ministério Público não tenha apelado da decisão para aumentar a pena. Se o tribunal, acolhendo o recurso da defesa, der-lhe provimento e determinar a renovação dos atos processuais, não poderá a nova sentença agravar a situação em que já se encontrava o réu por força da sentença (v. G., fixando quinze anos de prisão), sob pena de incorrer em reformatio in pejus indireta.)
n) Qual a natureza jurídica da correição?
(É considerado pela doutrina majoritária como sendo recurso autêntico. Alguns doutrinadores trazem a correição parcial com caráter administrativo ou disciplinar, porém se fosse considerada assim não poderia ser julgada pelas câmeras criminais (NUCCI, 2006). O propósito do recurso é consertar eventuais erros cometidos pelo juiz e não punir o magistrado que prática abusos. Sendo assim, a situação deve ser analisada sempre por câmeras ou turmas comuns do tribunal e não por um órgão disciplinar. Também a natureza jurídica da correição parcial é discutida. Para uns é um recurso anômalo, pois visa o reexame de decisão gravosaao interessado. Para outros é uma medida ou recurso administrativo censório-disciplinar. Sendo o instituto uma “correição” da instância superior para coibir erros e abusos do julgador e destinando-se, por natureza, à efetivação de medidas disciplinares, embora produza efeitos no processo, deve-se entender que prevalece sua característica administrativa e não de recurso próprio (NUCCI, 2006, ps. 735 e 736).
o) A decisão que julga procedente a exceção de suspeição é irrecorrível? Porquê?
Não, Não existe recurso apropriado para combater o reconhecimento da suspeição, notando-se que o artigo 581, III, do CPP, estabelece que contra a decisão que julgar procedente as exceções, caberá recurso em sentido estrito, ressalvando-se a de suspeição. Ora, a parte prejudicada poderá ajuizar habeas corpus (se estiver em discussão o ir e vir) ou o mandado de segurança (direito líquido e certo diverso). Poderá ser ajuizado recurso extraordinário, no caso de suspeição de órgão do Parquet, como já decidiu o STF, na RCL 631, Relator Ministro Octávio Gallotti, Informativo STF n. 65, de 31 de março, de 1997; Não cabe da exceção de suspeição. Se o Juiz acolhe o pleito de suspeição de uma parte, declarando-se suspeito, não pode a outra parte obrigá-lo a permanecer.)
p) Quando se dá a despronúncia?
Trata-se da reforma da decisão de pronúncia, quando do julgamento do recurso em sentido estrito. A pronúncia é alterada para impronunciar o réu. Isso se chama despronúncia. O juiz inicialmente concluiu pela existência de indícios suficientes para levar o acusado ao julgamento pelo plenário, mas diante do recurso da parte passiva (réu) advém decisão alterando o entendimento primário para considerar que não existem provas sobre os elementos necessários para a pronúncia.)
q) A rejeição do aditamento da denúncia é decisão recorrível? Qual o recurso? Fundamente.
Sim, RESE, pois quando o juiz não receber a denúncia cabe RESE, de acordo com o rol taxativo do art 581CPP, sendo possível a interpretação extensiva, para a rejeição do aditamento da denúncia ou queixa
r) O que você entende por recurso ex offício?
(O art. 574 do CPP dispõe que “os recursos serão voluntários”. Assim, não existe a obrigatoriedade de recorrer. Trata-se do princípio da voluntariedade dos recursos. O mesmo dispositivo, em sua segunda parte, menciona a respeito da figura que impropriamente é denominada de “recurso de ofício”. Todavia, o que se exige é uma remessa obrigatória ao tribunal, condição sem a qual a decisão não transita em julgado.
Nesta linha, o magistrado, ao proferir a decisão, deve submetê-la obrigatoriamente a uma reapreciação do órgão ad quem, mesmo que as partes não recorram. Caso não o faça, o julgamento fica em aberto, sem que se opere o efeito da coisa julgada.
Sobre o tema, prevê a Súmula 423 do STF: “Não transita em julgado a sentença por haver omitido o recurso ex officio, que se considera interposto ex lege.”
O que a lei exige é o “reexame necessário”, a “remessa obrigatória” ou o “duplo grau de jurisdição obrigatório”. No âmbito do Processo Penal, o reexame necessário tem cabimento nas seguintes hipóteses: 
a) da sentença que conceder habeas corpus. Da decisão do juiz monocrático que acatar a ordem. (Art. 574, I, do CPP); Obs.: Não há que se falar em remessa obrigatória contra deliberação do tribunal acerca do Habeas Corpus.
b) da que desde logo absolver o acusado com fundamento na existência de circunstância que exclua o crime ou isente de pena o acusado, evitando sua submissão a júri popular (absolvição sumária) (art. 574, II, do CPP); Obs.: Com a reforma processual de 2008, está revogado tacitamente o art. 574, II, do CPP, uma vez que incompatível com a nova absolvição sumária no tribunal do júri, prevista no artigo 415 do CPP. Ademais, a Lei n. 11.689/2008 retirou a remessa obrigatória do capítulo do júri
c) da sentença de absolvição ou a deliberação que arquiva os autos do inquérito policial nos crimes contra a economia popular e saúde pública (art. 7º da Lei n. 1.521/1951);.
d) da decisão que concede a reabilitação criminal (art. 746 do CPP);.
e) do indeferimento liminar pelo relator, no tribunal, da ação de revisão criminal, quando o pedido não estiver suficientemente instruído (art. 625, § 3º, do CPP).)
s) O que é sentença suicida?
(Conforme o aplaudido professor Fernando Capez, a sentença suicida é a denominação dada quando a parte dispositiva - ou seja, de conclusão - do provimento sentencial contraria as razões invocadas na fundamentação (CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 10ª Edição revista e atualizada. São Paulo: Editora Saraiva, 2003, p. 371).
Esse tipo de sentença é nulo dependendo da amplitude do seu vício, ou estará sujeita a oposição de embargos de declaração de cunho infringente (art. 382do CPP) para a correção de erros conclusivos decorrente da contradição.)
t) Quais os princípios que regem o sistema de nulidades no processo penal? Disserte sobre eles.
QUESTÃO 21: Aplicada em: 2018 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Juiz Substituto O habeas corpus
a) abrange, na	atualidade, qualquer ato constritivo à liberdade, direta	ou indiretamente, mesmo que não envolva a decretação da prisão.
b) não pode ser concedido contra decisão do tribunal do júri transitada em julgado.
c) não pode analisar questões extremamente complexas, especialmente porque seu procedimento é sumário e de cognição limitada.
d) não é cabível nas hipóteses de punição disciplinar aplicada a militar, de acordo com os tribunais superiores.
e) é cabível contra qualquer sentença penal condenatória, inclusive aquelas que fixem somente a pena de multa.
(a) Atualmente a jurisprudência reconhece a ampliação da possibilidade de manejo do Habeas Corpus, pois se possibilita um controle na legalidade das fases da persecutio criminis. O remédio ficou elastecido para abranger qualquer ato constritivo, seja de forma direta ou indireta, imediata ou mediata, à liberdade ambulatorial, ainda que se refira a decisões jurisdicionais não vinculadas à decretação da prisão. [GABARITO]
b) O HC É SEMPRE POSSÍVEL PARA GARANTIR LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO.
c) NÃO PODE PROVAS COMPLEXAS. AS PROVAS DEVEM SER PRÉ-CONSITUÍDAS, MAS AS QUESTÕES PODEM SIM SER COMPLEXAS
d) DE ACORDO COM OS TRIBUNAIS SUPERIORES É POSSÍVEL PARA ATACAR A ILEGALIDADE DA PRISÃO, NUNCA O MÉRITO.
e) SÚMULA 693 DO STF: NÃO CABE HC CONTRA DECISÃO CONDENATÓRIA A PENA DE MULTA)
QUESTÃO 22: Aplicada em: 2017 Banca: VUNESP Órgão: Câmara de Barretos – SP Prova: Advogado
O mandado de segurança, ação de impugnação, é instrumento utilizado para coibir ilegalidade ou abuso de poder que atinja direito líquido e certo. Em direito e processo penal, admite-se o emprego de tal meio quando não for o caso de impetração de habeas corpus. Nesse sentido, assinale a hipótese que permite a impetração de mandado de segurança:
a) quando o processo for manifestamente nulo.
b) quando não for alguém admitido a prestar fiança nos casos autorizados por lei.
c) em caso de irregular decretação de prisão.
d) para garantir a presença do advogado durante a produção de alguma prova na fase administrativa.
e) quando alguém estiver preso há mais tempo do que o determinado em lei.
( Art. 647. Dar-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar na iminência de sofrer violência ou coação ilegal na sua liberdade de ir e vir, salvo nos casos de punição disciplinar.
 Art. 648. A coação considerar-se-á ilegal:
 I - quando não houver justa causa;
 II - quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
 III - quando quem ordenar a coação não tiver competência para fazê-lo;
 IV - quando houver cessado o motivo que autorizou a coação;
 V - quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
 VI - quando o processo for manifestamente nulo;
 VII - quando extinta a punibilidade.”
QUESTÃO 24: Aplicada em: 2017 Banca: CS-UFG Órgão: TJ-GO Prova: Juiz Leigo Da decisão que indeferir a habilitação do assistente de acusação, caberá
a) recurso emsentido estrito.
b) apelação criminal.
c) embargos infringentes.
d) embargos de nulidade.
e) mandado de segurança.
(Art. 273. Do despacho que admitir, ou não, o assistente, não caberá recurso, devendo, entretanto, constar dos autos o pedido e a decisão.)
QUESTÃO 29: Aplicada em: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia
O Código de Processo Penal exige que a petição que visa a impetrar ordem de habeas corpus indique os seguintes requisitos:
a) quem sofre a violência ou se encontra na iminência de sofrê-la e a descrição do constrangimento que se alega, sendo facultativa a qualificação de quem propõe a medida.
b) a descrição da violência ou da ameaça de violência que se acredita existir, a identificação nominal da autoridade que pratica ou irá praticar essa violência e os nomes de testemunhas que a comprovem.
c) a pessoa que está sofrendo o constrangimento, a autoridade coatora, a especificação da modalidade de violência ou ameaça que justifique a medida e a assinatura e a identificação do impetrante.
d) o ato ou fato que cause o constrangimento que justifique a impetração, o nome e o cargo da autoridade que pratique a ilegalidade e o nome e a qualificação do impetrante, sendo vedada a impetração por analfabeto.
e) a qualificação completa de quem sofre a violência ou a ameaça de coação e da autoridade que a pratique, a descrição da ação arbitrária e os nomes de testemunhas que a comprovem.
(Art. 654. 
O habeas corpus poderá ser impetrado por qualquer pessoa, em seu favor ou de outrem, bem como pelo Ministério Público.
 	§ 1o A petição de habeas corpus conterá:
 	a) o nome da pessoa que sofre ou está ameaçada de sofrer violência ou coação e o de quem exercer a violência, coação ou ameaça;
 	b) a declaração da espécie de constrangimento ou, em caso de simples ameaça de coação, as razões em que funda o seu temor;
 	c) a assinatura do impetrante, ou de alguém a seu rogo, quando não souber ou não puder escrever, e a designação das respectivas residências.)
QUESTÃO 30: Aplicada em: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AP Prova: Defensor Público Segundo a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, é cabível habeas corpus
a) para aplicação de prisão domiciliar, mas vedado para afastar pena acessória de perda de cargo público.
b) para trancar ação penal em caso de atipicidade da conduta, mas vedado para discutir ausência de justa causa para a ação penal.
c) para reexame do regime inicial de cumprimento de pena, mas vedado para reexame de dosimetria da pena.
d) em caráter preventivo, mas vedado contra decisão que denega liminar de maneira teratológica.
e) para revogar a prisão preventiva, mas vedado para revogação de fiança arbitrada.
(a) Correta. Intelecção da Súmula 694 do STF ''Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão militar ou de perda de patente ou de função pública''; com o Art. 648(CPP), e seus incisos.
b) Falso. A primeira parte da afirmativa, conforme explícito no HC 95.058, do STF, está correta, a segunda parte não encontra respaldo na jurisprudência, vide HC 220163 SP(STJ). 
c) Falso. Entendo que a banca foi extremamente genérica, a questão que envolve a matéria é referente ao mérito da questão, matéria passível de discussão somente nas vias ordinárias, portanto, como bem já decidiu o STJ no bojo do HC 326569 SP: ''se não há qualquer ilegalidade na fixacão do regime prisional, não cabe em habeas corpus, discussão quanto a justiça ou injustiça do que foi decidido na sentença condenatória''. Quanto a segunda parte, ou seja, se cabível o reexame de dosimetria por habeas corpus, a jurisprudência do STJ no HC 211069, confirma que é impossível o uso do remédio em situações de reexame de dosimetria. 
d) Falso. A corte superior já enfrentou essa questão nos autos do AgRg no HC 191303 HC, admitindo a possibilidade excepcional de uso do writ em situações de decisões teratológicas que neguem liminares, são elas eivadas de grande ausência de razoabilidade. 
e) Falso. É possível o manejo do remédio, tanto para revogação de preventiva, quanto para arbitramento de fiança, este último pode parecer estranho, mas é possível. Uma leitura atenta do HC 19801 BA - STJ, confirmaria tais afirmações.)
QUESTÃO 31: Prova: CESPE - TRE-MT - Analista Judiciário - Área Judiciária
Quanto à sentença, aos prazos, às nulidades, à revisão criminal e à interceptação telefônica, assinale a opção correta.
a) Não há previsão de cabimento de embargos de declaração da sentença no processo penal, aplicando-se analogicamente as regras do CPC nesse sentido, admitindo a jurisprudência os embargos de declaração em face de sentença penal condenatória.
b) Nos prazos processuais penais, não se computa o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento; todavia, o prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato.
c) O CPP é expresso no sentido de que o princípio pas de nullitè sans grief somente se aplica aos casos de nulidade relativa.
d) A revisão criminal é instituto privativo da defesa e pode ser requerida em qualquer tempo, desde que antes da extinção da pena. Após a extinção da pena, somente cabe ao réu pleitear indenização por erro judiciário, caso cabível.
e) No pedido de interceptação telefônica, não há necessidade de o requerente indicar os meios a serem empregados, sendo necessária somente a demonstração de que a sua realização é necessária à apuração da infração penal.
GABARITO OFICIAL: B
A alternativa "b" expressa, com fidelidade, a posição adotada pelo legislador pátrio no ordenamento processual penal, hoje disposta no art. 798, §1 e §3 do CPP. O inverso sucede com os prazos penais, isto é, se computa o dia do começo, excluindo-se, porém, o do vencimento. As demais alternativas estão erradas em razão dos seguintes fundamentos legais:
a) Os embargos de declaração foram expressamente previstos no CPP (art. 620);
c) O referido princípio indica que não há nulidade sem prejuízo, seja a nulidade relativa ou absoluta (art. 563);
d) A revisão poderá ser requerida em qualquer tempo, antes da extinção da pena ou após (art. 622);
e) Os meios a serem empregados devem ser especificados, bem como a sua necessidade (art. 4 da Lei 9.296/96).
QUESTÃO 32: Prova: CESPE - TJ-AL - Juiz
Quanto à revisão criminal, julgue os seguintes itens.
I Poderá ser requerida a qualquer tempo, desde que antes da extinção da pena.
II Caberá uma única vez, não sendo admissível a reiteração do pedido. 
III No caso de ação penal privada, poderá ser requerida tanto pelo querelante quanto pelo querelado.
IV Se o tribunal de justiça julgar procedente a revisão, poderá alterar a classificação da infração, absolver o réu, modificar a pena ou anular o processo.
V A absolvição implicará o restabelecimento de todos os direitos perdidos em virtude da condenação, devendo o tribunal, se for o caso, impor a medida de segurança cabível.
A quantidade de itens certos é igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4. 
e) 5.
I - poderá tanto antes quanto pós - art. 622 do cpp
II - poderá mais de uma vez, se houver fundamento novo que possibilite nova causa de pedir ... art. 622, paragrafo único
III- Ao meu ver o erro na questão III é detectado quando diz que: "(...) poderá ser requerida tanto pelo querelante quanto pelo querelado", posto que a revisão criminal é uma ação exclusiva da defesa. Como bem salientou o colega acima, pelo o exposto no art. 623, CPP, a revisão cabe ao réu ou procurador legalmente habilitado e, em caso de morte do réu, ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
IV - correta mera repetição do artigo 626
V - correta mera repetição do artigo 627
QUESTÃO 33: Aplicada em: 2018Banca: CESPE Órgão: PC-MA Prova: Escrivão de Polícia
Em determinada comarca de um estado da Federação, em razão de uma denúncia anônima e após a realização de diligências, a polícia civil prendeu Maria, de dezoito anos de idade, que supostamente traficava maconha em uma praça nas proximidades da escola pública onde ela estudava. Levada à delegacia de polícia local,Maria foi autuada e indiciada. Depois de reunidos elementos informativos suficientes, o delegado elaborou um relatório com a descrição dos fatos, apontando os indícios de autoria. Com o encerramento das investigações, o inquérito policial foi encaminhado à autoridade competente.
Considere que os seguintes fatos sejam adicionais à situação hipotética descrita no texto.
Presa preventivamente, Maria teve pedido de liberdade provisória indeferido pelo juiz da comarca, sob o fundamento de que ela havia confessado o delito no interrogatório policial e de que a pena do crime, abstratamente considerada, é superior a quatro anos de reclusão. Cientificado pessoalmente da decisão, o defensor público impetrou habeas corpus no tribunal de justiça.
Nesse caso, o habeas corpus
a) reparará a violação ao direito de ir e vir de Maria, direito esse de responsabilidade da autoridade policial que não arbitrou fiança, o que configura coação ilegal, visto que a paciente foi mantida presa por tempo superior ao permitido.
b) é inadmissível, devendo ser indeferido de plano, porque Maria confessou o delito.
c) poderá ser acolhido, visto que a fundamentação apresentada para negar o pedido de liberdade provisória foi insuficiente por não tratar dos requisitos legais para a manutenção da prisão preventiva.
d) constitui pretensão de natureza constitutiva, com vistas à concessão de salvo conduto.
e) constitui ação autônoma de natureza constitucional, razão por que tem por princípios a celeridade, a formalidade e a gratuidade.
No caso em comento o habeas corpus poderá ser acolhido, visto que os fundamentos para negar o pedido de liberdade provisória não determinam os motivos pelos quais a prisão preventiva deve ser mantida.
Isso porque, ausentes os requisitos para decretação ou manutenção da prisão preventiva, deverá ser concedida a liberdade provisória, nos termos do art. 321 do Código de Processo Penal:
Art. 321. Ausentes os requisitos que autorizam a decretação da prisão preventiva, o juiz deverá conceder liberdade provisória, impondo, se for o caso, as medidas cautelares previstas no art. 319 deste Código e observados os critérios constantes do art. 282 deste Código.
Portanto, cabível a impetração do habeas corpus no caso em comento, que deverá ser acolhido. Assim, a afirmativa correta é a letra C.
QUESTÃO 34: Aplicada em: 2016 Banca: TRF - 3ª REGIÃO Órgão: TRF - 3ª REGIÃO Prova: Juiz Federal Substituto) Se o defensor de um condenado preso entender que ele faz jus ao livramento condicional, deverá:
a) Solicitar ao Tribunal, mediante a impetração de habeas corpus;
b) Solicitar ao Tribunal, mediante a propositura de Revisão Criminal;
c) Solicitar ao Juiz da Execução, mediante Agravo em Execução;
d) Solicitar ao Juiz da Execução, mediante petição.
A) INCORRETA TJ-MG - Habeas Corpus Criminal HC 10000150473270000 MG (TJ-MG) HABEAS CORPUS PEDIDO DE LIVRAMENTO CONDICIONAL - HABEAS CORPUS COMO SUCEDÂNEO RECURSAL - DESCABIMENTO - PRECENTES DO STJ -1. O habeas corpus não deve ser utilizado como sucedâneo de recursos específicos previstos na legislação processual e na lei de execuções penais.
B) INCORRETA TJ-RS - Revisão Criminal RVCR 70041553132 RS (TJ-RS) REVISÃO CRIMINAL Concessão do benefício do livramento condicional é questão que não enseja revisão, por se tratar de matéria atinente à execução criminal.
C) INCORRETA (...) sendo que o livramento é concedido pelo Juízo da execução, cabendo de sua decisão o recurso de agravo de execução. (Livramento condicional-André Ricardo de Oliveira Rios-http://www.buscalegis.ufsc.br/revistas/files/anexos/11132-11132-1-PB.pdf)
D) CORRETA O pedido de concessão do livramento condicional deverá ser feito em petição própria, dirigida ao juiz da execução e acostada aos autos da Ação Penal pertinente à prática do crime a que o condenado cumpre a pena. (Livramento Condicional-Karla Neves Guimaraes da Costa Aranha-http://www.webartigos.com/artigos/livramento-condicional/62554) artigo 712cpp
QUESTÃO 37: Prova: MPE-MS Promotor de Justiça
A respeito dos recursos no âmbito processual penal, julgue os seguintes itens:
I - Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença que converter a multa em detenção ou em prisão simples.
II - Constitui exigência básica ao recurso especial o denominado prequestionamento, o qual será atendido mesmo que a questão federal seja somente ventilada no voto vencido.
III – O prazo para a interposição de embargos de declaração contra a sentença, no procedimento sumaríssimo regido pela Lei nº 9.099, de 26.09.95, é de cinco dias.
IV - Nas ações penais públicas, estando ou não habilitado como assistente de acusação, o ofendido poderá ter legitimidade recursal e seu recurso terá efeito devolutivo e suspensivo.
V - Nos casos em que a decisão da segunda instância, desfavorável à acusação, não for unânime, admite-se a interposição de embargos infringentes pelo Ministério Público.
São corretas somente as assertivas:
a) I e II;
b) II e III;
c) III e IV;
d) IV e V;
e) Nenhuma das alternativas.
I - Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença que converter a multa em detenção ou em prisão simples 
Errada. Hoje em dia não é mais possível a conversão de pena de multa em privativa de liberdade, será tratada como dívida de valor, merecendo o tratamento respectivo. Ademais, ainda que assim não fosse, eventual recurso adeuqado seria o Agravo (em execução).
II - Constitui exigência básica ao recurso especial o denominado prequestionamento, o qual será atendido mesmo que a questão federal seja somente ventilada no voto vencido. 
Errada. Súmula 320 STJ: "A questão federal somente ventilada no voto vencido não atende ao requisito do prequestionamento."
III – O prazo para a interposição de embargos de declaração contra a sentença, no procedimento sumaríssimo regido pela Lei nº 9.099, de 26.09.95, é de cinco dias. 
Correta. Art 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
IV - Nas ações penais públicas, estando ou não habilitado como assistente de acusação, o ofendido poderá ter legitimidade recursal e seu recurso terá efeito devolutivo e suspensivo. 
Errada. Essa hipótese só seria aceita nos casos de crimes de competência do Tribunal do Juri, cf art Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério Público.
V - Nos casos em que a decisão da segunda instância, desfavorável à acusação, não for unânime, admite-se a interposição de embargos infringentes pelo Ministério Público. 
Errada. Os embargos infringentes são admissíveis somente pela defesa, ou seja, sucumbência do Réu e não da acusação, conforme:
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. 
QUESTÃO 38: Aplicada em: 2018 Banca: MPE-BA Órgão: MPE-BA Prova: Promotor de Justiça Substituto
A respeito dos recursos no processo penal, assinale a propositura correta:
a) No caso de morte do ofendido, o cônjuge somente poderá interpor recurso de apelação da sentença que absolveu o réu, na ausência de recurso por parte do Ministério Público, se previamente tiver se habilitado como assistente de acusação.
b) Apesar do princípio da complementariedade,não é permitido ao recorrente complementar a fundamentação de seu recurso quando houver complementação da decisão recorrida.
c) Cabe recurso de embargos infringentes quando, em segundo grau, a decisão desfavorável ao réu, por maioria, reformar a de primeiro grau que lhe era favorável.
d) Cabe recurso em sentido estrito das decisões definitivas de absolvição proferidas pelo juiz singular.
e) No procedimento sumaríssimo, regido pela Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, é de 05 (cinco) dias o prazo para a interposição de embargos de declaração contra a sentença.
a) No caso de morte do ofendido, o cônjuge somente poderá interpor recurso de apelação da sentença que absolveu o réu, na ausência de recurso por parte do Ministério Público, se previamente tiver se habilitado como assistente de acusação.
O cônjuge, bem como os demais sucessores do ofendido (na ordem do art. 31, do CPP) não precisam se habilitar para que tenham legitimidade recursal ativa nos casos de haver morte do ofendido e/ou o MP não interpor recurso, quedando inerte, ou pedir absolvição do réu. Se ele houver se habilitado, seu prazo recursal será de 5 dias (art. 593, CPP), caso contrário, será de 15 dias (art. 592, § único, CPP). 
Assim sendo, "O recurso pode ser interposto tanto pelo ofendido (ou sucessores) que já está habilitado nos autos na qualidade de assistente da acusação como também nos casos em que a vítima ainda não era assistente, mas decide intervir no processo apenas no final, quando observa que a sentença não foi justa (em sua opinião) e que mesmo assim o MP não recorreu. Nesse caso, o ofendido (ou seus sucessores) apresenta o recurso e nesta mesma peça já pede para ingressar no feito." (Fonte: http://www.dizerodireito.com.br/2013/06/assistente-de-acusacao.html).
Lembrando que a atuação do assistente da acusação independe da atuação do MP, com a ressalva feita pela Súmula 208, do STF, que impede que o assitente recorra via Recurso Extraordinário da decisão concessiva do HC.
b) Apesar do princípio da complementariedade, não é permitido ao recorrente complementar a fundamentação de seu recurso quando houver complementação da decisão recorrida.
Errado, pois a vedação de complementação das razões recursais quando há modificação da decisão recorrida ofenderia o Princípio da Contraditório e da Ampla Defesa.
Nas lições de Renato Brasileiro de Lima, “por conta do princípio da complementariedade, admite-se que a parte recorrente possa complementar as razões de recurso já interposto sempre que, no julgamento de embargos de declaração interpostos pela parte contrária, for criada uma nova sucumbência em virtude da alteração ou integração da decisão. Essa complementação, todavia, estará limitada à nova sucumbência, de modo que, sendo parcial o recurso já interposto, não poderá o recorrente aproveitar-se do princípio para impugnar parcela da decisão que já devia ter sido impugnada anteriormente.” (Curso de processo penal. Niterói: Impetus, 2013, p. 1662)
c) Cabe recurso de embargos infringentes quando, em segundo grau, a decisão desfavorável ao réu, por maioria, reformar a de primeiro grau que lhe era favorável.
Acredito que o erro na questão seja em exigir que a decisão de primeira instância tenha sido favorável ao réu. Na verdade, é a divergência do voto que precisa ser favorável ao réu, sendo que se o réu recorreu da decisão de primeira instância, certamente esta não lhe era favorável.
Neste sentido, “Os embargos infringentes são oponíveis contra a decisão não unânime de segunda instância e desfavorável ao réu. Não basta, pois, a falta de unanimidade. É preciso, também, que a divergência do voto vencido seja favorável ao réu. Desse modo, apreciando uma apelação ou recurso em sentido estrito, se a Câmara ou Turma, por maioria, decidir contra o réu, e o voto dissidente lhe for favorável, cabíveis serão os embargos.” (Fonte: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI176813,101048-Os+embargos+infringentes+no+processo+penal+e+sua+entrada+no+Supremo)
Porém, confesso que não tenho certeza quanto à veracidade do gabarito.
d) Cabe recurso em sentido estrito das decisões definitivas de absolvição proferidas pelo juiz singular.
O recurso cabível não é RESE, mas sim o recurso de apelação (art. 593, I, CPP).
e) No procedimento sumaríssimo, regido pela Lei n.º 9.099, de 26 de setembro de 1995, é de 05 (cinco) dias o prazo para a interposição de embargos de declaração contra a sentença. 
Correta, nos termos do art. 49, da L9099/95.
No cpp o prazo é de 2 dias
Art. 49. Os embargos de declaração serão interpostos por escrito ou oralmente, no prazo de cinco dias, contados da ciência da decisão.
QUESTÃO 41: Aplicada em: 2018Banca: FCC Órgão: DPE-RS Prova: Defensor Público Sobre o julgamento do processo criminal nos Tribunais, considere as assertivas abaixo.
I. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros, o que se denomina de efeito extensivo dos recursos.
II. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, opostos pelo Ministério Público, em favor ou contra o interesse do réu, para que a matéria seja reexaminada em órgão colegiado mais amplo (grupo de câmaras ou turmas), sendo o objeto dos embargos restrito à matéria alvo de divergência.
III. É possível a aplicação da mutatio libelli em segunda instância, caso em que o Procurador de Justiça atuante no Tribunal Estadual oferecerá o aditamento acusatório, nos termos do art. 384 do CPP, abrindo-se, logo a seguir, o prazo para que a defesa possa se manifestar como entender de direito.
IV. É possível ao Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação exclusiva do réu, aplicar a emendatio libelli (art. 383 do CPP), dando à imputação nova definição jurídica sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa mas, em qualquer caso, não poderá aplicar ao réu pena mais grave do que aquela definida em sentença, pela vedação da reformatio in pejus.
Está correto o que consta APENAS de:
a) I e II.
b) III e IV.
c) I e IV.
d) I e III.
e) II e III.
I. No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros, o que se denomina de efeito extensivo dos recursos.
Correta. O artigo 580 do CPP consagra o chamado efeito extensivo dos recursos criminais. A razão do referido efeito é bastante simples: se o fato criminoso é único e houve decisão favorável a um dos réus por motivos que não sejam pessoais, não há porque não se aplicar o mesmo entendimento aos demais. Ora, o fato criminoso é um só, e não se pode admitir interpretações divergentes para agentes de um mesmo crime.
II. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, opostos pelo Ministério Público, em favor ou contra o interesse do réu, para que a matéria seja reexaminada em órgão colegiado mais amplo (grupo de câmaras ou turmas), sendo o objeto dos embargos restrito à matéria alvo de divergência.
Errado. De acordo com o art. 613 do CPP, os embargos de nulidade são exclusivos da defesa, não podendo o Ministério Público oferecê-los.
III. É possível a aplicação da mutatio libelli em segunda instância, caso em que o Procurador de Justiça atuante no Tribunal Estadual oferecerá o aditamento acusatório, nos termos do art. 384 do CPP, abrindo-se, logo a seguir, o prazo para que a defesa possa se manifestar como entender de direito.
Errada. Entendem os Tribunais que a aplicação da mutatio libelli em segundo grau implicaria em violação do contraditório e da ampla defesa, bem como supressão de instâncias. Por isso, foi editado o enunciado 453 da súmula do STF, verbis: Não se aplicam à segunda instância o art. 384 e parágrafo único do Código de Processo Penal, que possibilitam dar nova definição jurídica ao fato delituoso, em virtude de circunstância elementar não contida, explícita ou implicitamente,na denúncia ou queixa.
IV. É possível ao Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação exclusiva do réu, aplicar a emendatio libelli (art. 383 do CPP), dando à imputação nova definição jurídica sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa mas, em qualquer caso, não poderá aplicar ao réu pena mais grave do que aquela definida em sentença, pela vedação da reformatio in pejus.
Correta. Segundo precedente do STF, não há, no caso da emendatio libelli, vulneração de princípios processuais, diferentemente do que ocorreria se fosse admitida a mutatio (STF. 2ª Turma. HC 134.872/PR, rel. min. Dias Toffoli, j. 27.03.2018).
QUESTÃO 42: Aplicada em: 2018Banca: FGV Órgão: TJ-AL Prova: Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador
Juca foi condenado em primeira instância pela prática de crime de corrupção, sendo aplicada em sentença pena de cinco anos de reclusão a ser cumprida em regime inicial fechado. Em recurso de apelação, exclusivo da defesa, o advogado de Juca requereu a anulação da sentença por falta de fundamentação, a absolvição do réu e, subsidiariamente, a redução da pena e aplicação de regime inicial semiaberto. Em julgamento, a sentença foi parcialmente mantida, alterando-se apenas o regime de cumprimento da sanção imposta. Por unanimidade, foi afastada a alegação de nulidade e mantida a condenação. Por maioria de votos, foi mantida a pena aplicada, tendo um Desembargador votado pela sua redução, e afastado o regime inicial fechado, fixando- se o semiaberto. Intimada da decisão, a defesa de Juca poderá interpor recurso de embargos infringentes em busca do(a):
a) reconhecimento de nulidade, absolvição e redução da pena aplicada, enquanto o Ministério Público não poderá apresentar recurso de embargos infringentes em busca da aplicação do regime inicial fechado;
b) reconhecimento de nulidade, absolvição e redução da pena aplicada, enquanto o Ministério Público somente poderá buscar a aplicação de regime inicial fechado em recurso de embargos infringentes;
c) reconhecimento de nulidade e redução da pena aplicada, somente, enquanto o Ministério Público não poderá apresentar recurso de embargos infringentes em busca da aplicação do regime inicial fechado;
d) redução da pena aplicada, somente, enquanto o Ministério Público não poderá apresentar recurso de embargos infringentes em busca da aplicação do regime inicial fechado;
e) redução da pena aplicada, apenas, enquanto o Ministério Público somente poderá buscar a aplicação de regime inicial fechado em recurso de embargos infringentes.
Só é possível a interposição de Embargos Infringentes em relação a decisão não unânime, logo, no caso apresentado, apenas sobre a redução da pena aplicada. Além disso, é recurso exclusivo da defesa.
Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. arágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. 
QUESTÃO 44: Aplicada em: 2017Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: Analista Judiciário (Ciências Jurídicas e Sociais)
Com relação aos recursos em matéria criminal, assinale a alternativa correta.
a) Em sendo indeferido pedido de produção de provas quando da apreciação da Resposta à Acusação do réu, caberá a interposição de Recurso em Sentido Estrito.
b) No curso do cumprimento das penas privativas de liberdade, a decisão que indefere os pedidos de progressão de regime e livramento condicional é atacável mediante o Recurso de Apelação, a ser interposto no prazo de oito dias, a contar da data da publicação do despacho.
c) No rito do Tribunal do Júri, contra a decisão que determina a impronúncia do acusado, o Ministério Público poderá interpor Recurso em Sentido Estrito.
d) A ausência de recurso do órgão acusatório em face de sentença condenatória proferida por Juiz singular impede que o Tribunal venha a aumentar, de ofício, a pena aplicada ao réu.
e) Da decisão não unânime proferida por Tribunal, as partes poderão opor Embargos Infringentes ou de Nulidade, no prazo de 10 dias, a contar da publicação do acórdão.
LETRA A - FALSA, mandado de segurança nele! (não achei uma resposta bonitinha, obrigado)
LETRA B - FALSA, prazo: 05 dias (art. 586, LEP + Sum 700 STF), e o recurso? A LEP trata do assunto e o CPP também, lascou!!
CPP: Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: XII - que conceder, negar ou revogar livramento condicional;
LEP: Art. 197. Das decisões proferidas pelo Juiz caberá recurso de agravo, sem efeito suspensivo. Art. 66. Compete ao Juiz da execução: (...) III - decidir sobre: (...) b) progressão ou regressão nos regimes;(...) e) livramento condicional;
Renato Brasileiro, Manual de Proc P - 2016, pág 1717: O art. 197 da LEP nada diz acerca do procedimento recursal do agravo em execução. À época em que a Lei nº 7210/84 entrou em vigor, houve certa controvérsia acerca do procedimento a ser observado, Parte da doutrina entendia que o procedimento a ser utilizado seria aquele do agravo de instrumento. Prevalece, no entanto, o entendimento no sentido de que devem ser aplicadas, subsidiariamente, as normas procedimentais pertinentes ao recurso em sentido estrito. Afinal, antes de utilizarmos subsidiariamente o CPC, devemos verificar se não há, no próprio Código de Processo Penal, procedimento que possa ser utilizado, tal como ocorre nesta hipótese. Prova disso, aliás, é o teor da súmula 700 do STF, que diz que "é de cinco dias o prazo para interposição de agravo contra decisão do juiz da execução penal".
LETRA C - FALSA, cabe RESE quando pronunciar o RÉU (CPP, art. 581, IV). E se for impronúncia? e os macetes?
CPP : Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
Pronúncia - Rese
Impronúncia - Apelação (vogal-vogal)
LETRA D - CORRETA, procede: princípio da non reformatio in pejus
Renato Brasileiro, Manual de Proc Penal (2016, pág 1616): "Por conta do princípio da ne reformatio in pejus, pode-se dizer que, em sede processual penal, no caso de recurso exclusivo da defesa - ou em virtude de habeas corpus impetrado em favor do acusação, não se admite a reforma do julgado impugnado para piorar sua situação, quer do ponto de vista quantitativo, quer sob o ângulo qualitativo, nem mesmo para corrigir eventual erro material.
LETRA E - FALSA, quando desfavorável "ao réu", não "às partes"
CPP: Art. 609. Os recursos, apelações e embargos serão julgados pelos Tribunais de Justiça, câmaras ou turmas criminais, de acordo com a competência estabelecida nas leis de organização judiciária. 
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência.
QUESTÃO 46: Aplicada em: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia
O Código de Processo Penal exige que a petição que visa a impetrar ordem de habeas corpus indique os seguintes requisitos:
a) quem sofre a violência ou se encontra na iminência de sofrê-la e a descrição do constrangimento que se alega, sendo facultativa a qualificação de quem propõe a medida.
b) a descrição da violência ou da ameaça de violência que se acredita existir, a identificação nominal da autoridade que pratica ou praticará essa violência e os nomes de testemunhas que a comprovem.
c) a pessoa que está sofrendo o constrangimento, a autoridade coatora, a especificação da modalidade de violência ou ameaça que justifique a medida e a assinatura e a identificação do impetraente.
d) o ato oufato que cause o constrangimento que justifique a impetração, o nome e o cargo da autoridade que pratique a ilegalidade e o nome e a qualificação do impetrante, sendo vedada a impetração por analfabeto.
e) a qualificação completa de quem sofre a violência ou a ameaça de coação e da autoridade que a pratique, a descrição da ação arbitrária e os nomes de testemunhas que a comprovem.
Deverá conter na petição do HC:
- a pessoa que está sofrendo o constrangimento,
- a autoridade coatora
- a especificação da modalidade de violência ou ameaça que justifique a medida e,
- a assinatura e a identificação do impetrante.
Artigo 654, §1º do CPP. REPETIDA
QUESTÃO 48: Aplicada em: 2018Banca: NUCEPE Órgão: PC-PI Prova: Delegado de Polícia Civil
Em relação aos recursos e aos temas relativos ao processo penal, é INCORRETO afirmar:
a) Segundo entendimento jurisprudencial, a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
b) Segundo o STF, a apelação despachada pelo juiz no prazo legal não fica prejudicada pela demora da juntada, por culpa do cartório.
c) Há jurisprudência do STF, no sentido de que o prazo do recurso ordinário, para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de 8 (oito) dias.
d) Há entendimento jurisprudencial de que não fica prejudicada a apelação entregue em cartório no prazo legal, embora despachada tardiamente.
e) De acordo como o STF é nulo o julgamento da apelação, se, após a manifestação nos autos da renúncia do único defensor, o réu não foi previamente intimado para constituir outro.
Súmula 319: O prazo do recurso ordinário para o Supremo Tribunal Federal, em habeas corpus ou mandado de segurança, é de cinco dias.
QUESTÃO 49: Prova: FGV - OAB - Exame de Ordem Unificado - 3 - Primeira Fase 
José é denunciado sob a acusação de que teria praticado o crime de roubo simples contra Ana Maria. Na audiência de instrução e julgamento, o magistrado indefere, imotivadamente, que sejam ouvidas duas testemunhas de defesa. Ao proferir sentença, o juiz condena José a pena de quatro anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto. Após a sentença passar em julgado para a acusação, a defesa interpõe recurso de apelação, arguindo, preliminarmente, a nulidade do processo em razão do indeferimento imotivado de se ouvirem duas testemunhas, e alegando, no mérito, a improcedência da acusação. Analisando o caso, o Tribunal de Justiça dá provimento ao recurso e declara nulo o processo desde a Audiência de Instrução e Julgamento. Realizado o ato e apresentadas novas alegações finais por meio de memoriais, o juiz profere outra sentença, desta vez condenando José a pena de quatro anos de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente semiaberto, pois, sendo reincidente, não poderia iniciar o cumprimento de sua reprimenda em regime aberto. Com base no relatado acima, é correto afirmar que o juiz agiu
a) equivocadamente, pois a primeira sentença transitou em julgado para a acusação, de sorte que não poderia a segunda decisão trazer consequência mais gravosa para o réu em razão da interposição de recurso exclusivo da defesa.
b) equivocadamente, pois, por ser praticado com violência ou grave ameaça contra a pessoa, o crime de roubo impõe o início do cumprimento da pena em regime fechado.
c) corretamente, pois a pena atribuída proíbe a imposição do regimento aberto para o início do cumprimento de pena.
d) corretamente, pois, embora a pena atribuída permita a fixação do regime aberto para o início do cumprimento de pena, o fato de ser o réu reincidente impede tal providência, não se podendo falar em prejuízo para o réu uma vez que o recurso de apelação da defesa foi provido pelo Tribunal de Justiça.
A questão aborda a vedação à reformatio in pejus indireta.
Quando o tribunal anula uma sentença proferida pelo juízo de primeiro grau, os autos são devolvidos à instância inferior para que se prolate nova decisão desprovida de nulidade. A doutrina e a jurisprudência brasileiras buscam responder se é possível haver reformatioin pejus indireta nesta hipótese, isto é, se o juiz a quo poderá proferir nova decisão agora condenando o réu a pena maior que a anterior, quando o recurso que resultou na anulação da primeira sentença fora exclusivamente impetrado pelo condenado.
A doutrina majoritária entende não poder haver reformatioin pejus indireta, ou seja, o juiz não pode condenar o réu a uma pena superior a que foi estabelecida na primeira sentença. Defendem os doutos dessa corrente que, como houve apenas recurso da defesa, a decisão questionada já transitara em julgado para o órgão acusador, razão pela qual não pode haver prejuízo para o condenado em virtude de reconhecimento de quaisquer nulidades. A esse posicionamento filia-se Tourinho Filho:
De fato, se a decisão transitou em julgado para a Acusação, não havendo possibilidade de agravamento da pena, não teria sentido, diante de uma decisão do Tribunal anulando o feito, pudesse o juiz, na nova sentença, piorar-lhe a situação. Do contrário, os réus ficariam receosos de apelar e essa intimidação funcionaria como um freio a angustiar a interposição de recursos.
Comunga do mesmo pensamento Capez:
Anulada sentença condenatória em recurso exclusivo da defesa, não pode ser prolatada nova decisão mais gravosa do que a anulada. Por exemplo: réu condenado a um ano de reclusão apela e obtém a nulidade da sentença; a nova decisão poderá impor-lhe, no máximo, a pena de um ano, pois do contrário o réu estaria sendo prejudicado indiretamente pelo seu recurso.
É esse, também, o entendimento pacífico do Supremo Tribunal Federal:
Reformatioin pejus indireta: aplicação à hipótese de consumação da prescrição segundo a pena concretizada na sentença anulada, em recurso exclusivo da defesa, ainda que por incompetência absoluta da Justiça de que promanou. I. Anulada uma sentença mediante recurso exclusivo da defesa, da renovação do ato não pode resultar para o réu situação mais desfavorável que a que lhe resultaria do trânsito em julgado da decisão de que somente ele recorreu: é o que resulta da vedação da reformatioin pejus indireta, de há muito consolidada na jurisprudência do Tribunal. II. Aceito o princípio, é ele de aplicar-se ainda quando a anulação da primeira sentença decorra da incompetência constitucional da Justiça da qual emanou.
QUESTÃO 51: Prova: EJEF - TJ-MG - Juiz
Quanto aos recursos, é INCORRETO afirmar que:
a) o agravo sem efeito suspensivo é o recurso utilizado para impugnar toda decisão proferida pelo Juiz da Execução Criminal que prejudique direito das partes principais envolvidas no processo;
b) a decisão que não recebe o aditamento da denúncia desafia a interposição do Recurso em Sentido Estrito, embora a hipótese não conste do rol do artigo 581 do Código de Processo Penal;
c) o recurso não será conhecido pelo Tribunal quando o apelante, sendo o Órgão Ministerial, não mais deseja persistir no inconformismo, requerendo, expressamente, a sua desistência;
d) se houver apresentação concomitante, pelo mesmo delito e idêntica condenação, de Protesto por Novo Júri e Apelação oferecida exclusivamente pela acusação, aquele anula o processamento desta.
Razão: simples, o MP não pode desistir de recurso interposto. Pode, sim, deixar de recorrer, já que em regra, os recursos são voluntários.
Fundamentação: CPP "Art. 576. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto."
QUESTÃO 52: Prova: FCC - NOSSA CAIXA - DESENVOLVIMENTO - Advogado
De acordo com o Código de Processo Penal brasileiro, no que concerne aos recursos, é correto afirmar:
a) Caberá apelação, no prazo de 5 dias, das decisões do Tribunal do Júri, quando ocorrer nulidade posterior à pronúncia.
b) Quando não for unânime a decisão de segunda instância, admitem-se embargos infringentes, que poderão ser opostos no prazo de 10 dias, pelo Ministério Público ou pelo réu.
c) Quando cabível a apelação, poderá ser usado também o recurso em sentido estrito quando somente de parte da decisão serecorra.
d) O Tribunal poderá, julgando procedente a revisão, alterar a classificação da infração, absolver o réu, anular o processo ou modificar a pena, ainda que isso implique em agravação da que foi imposta na decisão revista.
e) Caberá protesto por novo júri se o réu tiver sido condenado pelo Tribunal do Júri a pena igual ou superior a 20 anos.
A assertiva "A" esta correta conforme art. 593, III, a, do CPP
Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: (Redação dada pela Lei nº 263, de 23.2.1948)
 	a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia;
O erro da alternativa "B" é que os embargos infringentes só são cabiveis em favor do reu, ou seja, o MP nao pode os opor, conforme paragrafo unico do art. 609
Parágrafo único. Quando não for unânime a decisão de segunda instância, desfavorável ao réu, admitem-se embargos infringentes e de nulidade, que poderão ser opostos dentro de 10 (dez) dias, a contar da publicação de acórdão, na forma do art. 613. Se o desacordo for parcial, os embargos serão restritos à matéria objeto de divergência. (Incluído pela Lei nº 1.720-B, de 3.11.1952)
a alternativa "C" esta errada porque os casos de cabimento do RESE sao os taxativamentes previstos.
a alternativa "D" esta errada porque nunca na revisao criminal poderá ser agravada a situacao criminal do recorrente, nao existe revisao criminal em prol da sociedade.
A alternativa "E" esta errada porque nao existe mais o protesto por novo juri.
QUESTÃO 56: Prova: VUNESP - TJ-SP - Juiz
Antônio respondeu ao processo em liberdade e o juiz decreta, fundamentadamente, a sua prisão na sentença condenatória. Expedido mandado de prisão, o oficial de justiça certifica que Antônio encontra-se em local incerto e não sabido. O defensor constituído, intimado da sentença, interpõe recurso de apelação. Assinale a alternativa correta a respeito da situação, inclusive, se o caso, consoante jurisprudência sumulada dos Tribunais Superiores (STJ e STF).
a) A apelação não pode ser conhecida sem a intimação pessoal do acusado da sentença, ainda que ele se recolha à prisão.
b) A apelação não pode ser conhecida sem o recolhimento do acusado à prisão, ainda que ele seja intimado pessoal- mente da sentença.
c) A apelação deve ser considerada deserta.
d) A apelação pode ser conhecida independentemente da intimação pessoal do acusado e do seu recolhimento à prisão.
e) A apelação pode ser conhecida se o defensor assumir o compromisso de apresentar o acusado, para o cumpri- mento da pena, caso seja confirmada a condenação.
SÚMULA 347 STJ - O conhecimento de recurso de apelação do réu independe de sua prisão.
QUESTÃO 57: Aplicada em: 2018Banca: FCC Órgão: ALESE Prova: Analista Legislativo
· Processo Legislativo
Segundo o que dispõe a legislação, bem como o entendimento sumulado do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça acerca dos recursos no Processo Penal brasileiro, é correto afirmar:
a) É possível que o tribunal reconheça, de ofício, eventual nulidade em prejuízo do réu, mesmo que ela não tenha sido arguida no recurso interposto pela acusação.
b) A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, impede o conhecimento da apelação por este interposta.
c) É possível, por razões de conveniência e oportunidade, o Ministério Público desistir de recurso que haja interposto.
d) O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante.
e) No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos réus, ainda que fundado em motivos de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos demais.
Letra A: ERRADA
Súmula 160 do STF: É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não argüida no recurso da acusação, ressalvados os casos de recurso de ofício.
Letra B: ERRADA
Súmula 705 do STF: A renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor, não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
Letra C: ERRADA
Art. 576, do CPP. O Ministério Público não poderá desistir de recurso que haja interposto.
Letra D: CORRETA
Art. 578, do CPP. O recurso será interposto por petição ou por termo nos autos, assinado pelo recorrente ou por seu representante.
Letra E: ERRADA
Art. 580, do CPP. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros.
QUESTÃO 58: Aplicada em: 2018 Banca: VUNESP Órgão: PC-BA Prova: Investigador de Polícia
O cumprimento de um alvará de soltura clausulado expedido pela autoridade judiciária em sede de habeas corpus significa que
a) o paciente deverá ser imediatamente solto, independentemente de qualquer outra cláusula ou condição.
b) a soltura do paciente apenas poderá ocorrer depois de autorizada pelo juízo que havia determinado a prisão objeto da impetração.
c) 0 somente poderá ocorrer a soltura do paciente se ele aceitar submeter-se a medida cautelar diversa da prisão.
d) o paciente deverá ser solto imediatamente, desde que não haja outro motivo legal para mantê-lo preso.
e) o paciente será solto tão logo haja demonstração da justeza dos motivos alegados na impetração.
O tal alvará nada mais é do que um alvará com a cláusula de que o acusado somente será posto em liberdade se não tiver outra ordem de prisão contra ele. ... Alvará de soltura clausulado.
Art. 660CPP. Efetuadas as diligências, e interrogado o paciente, o juiz decidirá, fundamentadamente, dentro de 24 (vinte e quatro) horas. § 1o Se a decisão for favorável ao paciente, será logo posto em liberdade, salvo se por outro motivo dever ser mantido na prisão. 
QUESTÃO 61: Ao final da audiência de instrução e julgamento, o advogado do réu requer a oitiva de testemunha inicialmente não arrolada na resposta escrita, mas referida por outra testemunha ouvida na audiência. O juiz indefere a diligência alegando que o número máximo de testemunhas já havia sido atingido e que, além disso, a diligência era claramente protelatória, já que a prescrição estava em vias de se consumar se não fosse logo prolatada a sentença. A sentença é proferida em audiência, condenando-se o réu à pena de 6 anos em regime inicial semiaberto. Com base exclusivamente nos fatos acima narrados, assinale a alternativa que apresente o que alegaria na apelação o advogado do réu, como pressuposto da análise do mérito recursal.
a) A redução da pena ou a fixação de um regime de cumprimento de pena mais vantajoso.
b) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razão da violação do princípio da ampla defesa.
c) A reinquirição de todas as testemunhas em sede de apelação.
d) A anulação da sentença para que outra seja proferida em razão da violação do princípio da ampla defesa, com a correspondente suspensão do prazo da prescrição de modo que o órgão ad quem se sinta confortável para anular a sentença sem gerar impunidade no caso concreto.
O juiz poderá, quando julgar necessário, ouvir outras testemunhas além daquelas arroladas pela defesa e acusação. Art. 209 do CPP. Trata-se da testemunha referida, prevista no mesmo artigo §1º.
gente, o argumento seria o de cerceamaneto de defesa uma vez que :
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusação e 8 (oito) pela defesa. (Redação dada pela Lei nº 11.719, de 2008). § 1o Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas.
O juiz no caso se equivocou qndo falou que já tinha alcançado o nº máximo de testemunhas.
QUESTÃO 63: Aplicada em: 2018 Banca: CESPE Órgão: TJ-CE Prova: Juiz Substituto O habeas corpus
a) abrange, na atualidade, qualquer ato constritivo à liberdade, direta ou indiretamente, mesmo que não envolva a decretação da prisão.
b) não pode ser concedido contra decisão do tribunal do júri transitada em julgado.
c) não pode analisar questões extremamente complexas, especialmente

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