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* DISCIPLINA CONTABILIDADE PÚBLICA I – AULA DIA 14/03/2012 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO O Artigo 1º da Lei 4.320/64 “ Estatui as normas Gerais do Direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no artigo 5º, inciso XV; letra b, da Constituição Federal.” Direito financeiro - Normas Jurídicas, regras, princípios - Leis - Receita e Despesa Direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos Direito financeiro para os BALANÇOS - Normas Jurídicas, regras, princípios - Leis - Normas Jurídicas, contábeis, regras, princípios - Leis * Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 86. A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas. acompanhamento da execução orçamentária CONTABILIZAÇÃO DO ORÇAMENTO * CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PUBLICO O Artigo 1º da Lei 4.320/64 “ Estatui as normas Gerais do Direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no artigo 5º, inciso XV; letra b, da Constituição Federal.” Resolução CFC 1.268/2009 - NBCT 16.1 (Objeto e Campo de Atuação) Art. 2º passa a vigorar: Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público.” A NBCT 10.1 (Res. 1.128) - CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO define: “3. Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionados ao controle patrimonial de entidades do setor público. * O QUE É NECESSÁRIO CONHECER PARA DESENVOLVER A CONTABILIDADE DE UMA INSTITUIÇÃO/ENTIDADE? CONTABILIDADE * CICLO OPERACIONAL - FUNCIONAMENTO CONTABILIDADE COMERCIAL RAMO DE CONHECIMENTO - OPERACIONAL AS ESPECIALIZAÇÕES DA CONTABILIDADE CONTABILIDADE BANCÁRIA CONTABILIDADE INDUSTRIAL CONTABILIDADE TRANSPORTE CONTABILIDADE PÚBLICA/ GOVERNAMENTAL (CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO) * ENTIDADE PÚBLICA GESTÃO PÚBLICA DOS RECURSOS CONTABILIDA PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SERVIÇO PÚBLICO/UTILIDADE PÚBLICA LEGISLAÇÃO * O RAMO DE ATIVIDADE – O CICLO OPERACIONAL LEGISLAÇÃO ROTINAS/ PROCEDIMENTOS O DOMINIO DOS PROCEDIMENTOS CONTÁBEISL LEGISLAÇÃO ROTINAS/ PLANO DE CONTAS * MUDANÇAS E ATUALIZAÇÕES NA CONTABILIDADE PÚBLICA ATUALIZAÇÕES NA CONTABIIDADE FINANCEIRA (SETOR PRIVADO) Em 2007 a Lei 11.638 e em 2009 a Lei 11.941 – alteraram a Lei 6.404/76 Em 2005 o CFC criou o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) - Res. 1.055 ATUALIZAÇÕES NA CONTABIIDADE PÚBLICA - VOLTADO PARA A CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁVEIS Em 25/08/2008 o MINISTÉRIO DA FAZENDA editou a PORTARIA 184 (fruto da presença do Presidente Lula no Congresso Brasileiro de Contabilidade em Gramado) A Portaria do MF nº 184 que estabeleceu diretrizes para o setor público com relação a CONVERGÊNCIA DAS NORMAS CONTÁBEIS para as internacionais (IPSAS – Internacional Public Sector Accounting Standards) IPSAS 01 a 31 Em 2007 o CFC criou o comitê Gestor da convergência das normas para o setor púbico e auditoria (Res. 1.103) e em Nov/2007 (Res. 1.111 – Apêndice II à Res. 750/93 e institui os Princípios Contábeis no Setor Público ) * ESFORÇOS CONJUNTOS: CFC – CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE STN – SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL SOF – SECRETARIA DE ORÇAMENTO DE FINANÇA NORMAS TÉCNICAS APLICADAS AO SETOR PÚBLICO – NBC T 16 (1 A 10) CFC – CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE STN – SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADO AO SETOR PÚBLICO - MCASP 4ª EDIÇÃO – PORTARIA STN Nº 406/2011 (VOL. 2 A 4) - PORTARIA CONJUNTA STN/SOF Nº 01/2011 – VOL. 1 MANUAL DA RECEITA E DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA – PORTARIA CONJUNTA STN/SOF Nº 03/2008 * CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO LEGISLAÇÃO BÁSICA REF. CONTABILIDADE: Lei nº 4.320/64 - Artigos 83 AO 110 - NBC T 16 (1.10) Resolução CFC nº 750. Brasília: 1993 ___. Resolução nº 1.111. Brasília: 2007. ___. Resolução nº 1.121. Brasília: 2008. ___. Resolução nº 1.128. Brasília: 2008. ___. Resolução nº 1.129. Brasília: 2008. ___. Resolução nº 1.130. Brasília: 2008. ___. Resolução nº 1.131. Brasília: 2008. ___. Resolução nº 1.132. Brasília: 2.008 ___. Resolução nº 1.133. Brasília: 2.008. ___. Resolução nº 1.134. Brasília: 2.008. ___. Resolução nº 1.135. Brasília: 2.008. ___. Resolução nº 1.136. Brasília: 2.008. ___. Resolução nº 1.137. Brasília: 2.008. ___. Resolução nº 1.268. Brasília: 2.009. ___. Resolução nº 1.282. Brasília: 2.010. ___. Resolução nº 1.366. Brasília: 2.011. ___. Resolução nº 1.367. Brasília: 2.011. MCASP – PARTE 1 – Procedimentos Contábeis Orçamentários - ..... Pg 133 MCASP – PARTE II – Procedimentos Contábeis Patrimonial ............. Pg 132 MCASP – PARTE III – Procedimentos Contábeis Específicos .......... Pg. 223 MCASP – PARTE IV – Plano de Contas ........................................... Pg. 148 MCASP – PARTE V – Demonstrações Contábeis ........................... Pg. 67 MCASP – PARTE VI – Perguntas e Respostas ............................... Pg. 40 MCASP – PARTE VII – Exercícios Práticos ....................................... Pg. 59 Total de páginas ................................................................................... 801 LC nº 101/2000 * LEGISLAÇÃO BÁSICA DA GESTÃO PÚBLICA - Lei 4.320/64 – dos artigos 01 a 70 (gestão orçamentária) - Dos artigos 75 a 82 do controle da execução Orçamentária MANUAL DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA – 1ª Ed. – Portaria STN/SOF 03/2008 – 330 Pg Decreto 2.829, de 29/10/1998, Portaria 42, de 14/04/1999 – Funções de Governo e o MTO - Lei Complementar 101/2000 e 131/2009 Alt. Art. 48 (amplia transparência)- LRF - Constituição Federal de 1988 (Art. 165 a 169) Decreto Lei nº 200, em l967 – Orçamento Programa Manual Técnico de Orçamento (MTO) Versão 2012 com 160 pg Art.1º - Disponibilizar, no Portal SOF, por meio do endereço http://www.portalsof.planejamento.gov.br, a versão atualizada do Manual Técnico de Orçamento, contendo as instruções para elaboração dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União. MANUAL DA DESPESA ORÇAMENTÁRIA – 1ª Ed. – Portaria STN/SOF 03/2008 – 120 Pg Lei 8.666 e suas alterações E Várias Portarias * SERVIÇO PÚBLICO/ INTERESSE/ UTILIDADE PÚBLICA SERVIÇO PÚBLICO = “UTI UNIVERSI” CARACTERÍSTICAS SERVIÇO PÚBLICO : - Utilidade Universal - Indelegáveis - Monopólio do Estado - Remuneração por via TRIBUTÁRIA - Bem estar geral da sociedade * SÃO SERVIÇO PÚBLICO : - Educação - Saúde Pública - Segurança Pública - Iluminação Pública - Limpeza Pública - Coleta de Lixo - Pavimentação de Vias Públicas - Segurança Nacional Recursos (receitas) origem Projetos (despesas) aplicação * SERVIÇO DE INTERESSE PÚBLICO CARACTERÍSTICAS : - Podem ser DELEGADOS por permissão o concessão - São prestados de forma AUTÔNOMA - São divisíveis (aferido individualmente) - Remunerados por taxas de Serviços ou Tarifa - Pode ser temporário - A fruição não é HOMOGÊNEA para todos os USUÁRIOS * SÃO SERVIÇO DE INTERESSE PÚBLICO : - Energia Elétrica - Água e Esgoto - Transporte Coletivo - Serviço Bancário - Telefonia * SERVIÇOS DE INTERESSE PÚBLICO PODEM SER EXERCIDOS POR DELEGAÇÃO: SERVIÇO DE INTERESSE PÚBLICO POR DELEGAÇÃOPODEM SER PRESTADOS POR: Água e esgoto prestado pela CESAN - (DAE) 99,51% do Governo do Estado SISTEMA TRANSCOL – CETURB (1984) - Empresas Públicas - Sociedades de Economia Mista - Empresas Concessionárias - Empresas Permissionárias * SERVIÇO DE INTERESSE PÚBLICO POR DELEGAÇÃO EXERCIDOS POR EMPRESA PRIVADAS: POR CONCESSÃO: - O Estado atribui a terceiros o “exercício” de um serviço público - É Prestado pela iniciativa privada em nome do Estado, por conta e risco do prestador de serviço - É permitida a cobrança de tarifa para o equilíbrio financeiro - As tarifas não podem ser alteradas unilateralmente - O Estado poderá subsidiar tarifas - Contrato firmado de Concessão - Apresentar garantia contratual de equilibrio financeiro - As Condições fixadas e alteráveis unilateralmente pelo poder Público - Prazo Determinado * SERVIÇO DE INTERESSE PÚBLICO POR DELEGAÇÃO EXERCIDOS POR EMPRESA PRIVADAS: POR PERMISSÃO: - Delegação a título precário – licitação e contrato de adesão - A pessoa física ou jurídica (capacidade de desempenho) por conta e risco - O prazo não é determinado - Na rescisão unilateralmente – poderá haver indenização - Recebe a fiscalização de suas atividades * ESTADO / ENTIDADE PÚBLICA? PORQUE QUE SURGIU O ESTADO E PARA QUÊ? O indivíduo deixou viver de isoladamente e passou a se relacionar e a conviver com outras pessoas de diversos hábitos, costumes, crenças, tradições, interesses e níveis sociais diferentes. Gerou a necessidade de se criar um organismo que desenvolvesse atividades de interesses comuns do indivíduo, da coletividade. A SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA * O indivíduo (consciente, livre, democrático) organizou-se politicamente, e constituiu o Estado (União, Estados Federativos e Municípios – Estrutura de República) que passa a ter existência (PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO), para atender as maiores necessidades da sociedade em geral nas áreas da saúde, segurança e educação. === PROMOVER O BEM ESTAR GERAL A SOCIEDADE POLITICAMENTE ORGANIZADA O Estado no exercício de sua função fundamental de promover o bem-comum, é uma Organização político-administrativa. (CF) Artigo 18 da CF A organização político-administrativa da República Federativa do compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. * A de instituir e dinamizar uma ordem jurídica, que corresponde a chamada função normativa ou legislativa, exercida pelo Poder Legislativo A de cumprir e fazer cumprir as normas próprias dessa ordem, resolvendo os conflitos de interesse, que corresponde a função disciplinadora ou jurisdicional, exercida pelo Poder Judiciário - A de cumprir essa ordem, administrando os interesses coletivos, gerindo os bens públicos e atendendo as necessidades gerais, que corresponde a função executiva ou administrativa, exercida pelo Poder Executivo. QUAIS AS FUNÇÕES BÁSICAS DO ESTADO- Ente Federativo? QUAL A ORGANIZAÇÃO DE PODER DO ESTADO? - Poder Legislativo - Poder Judiciário - Poder Executivo. * ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Em sentido mais amplo “ Administração Pública é todo o sistema de Governo, todo o conjunto de idéias, atitudes, normas, processos, instituições e outras formas de conduta humana.” CONCEITO “é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades da sociedade.” Helly L. Meirelles BEM ESTAR GERAL DA SOCIEDADE = LUCRO * ESTRUTURA DE PODER: Administração Direta ou Centralizada - Administração Indireta ou Descentralizada ADMINISTRAÇÃO PRIVADA: Autorização, Controle e Fiscalização dos Serviços de Interesse/Utilidade Pública – por Concessão ou Permissão * ESTRUTURA DE PODER: - Administração Direta ou Centralizada ADMINISTRAÇÃO DIRETA – Entidades de direito público Interno (PESSOA JURÍDICA) no âmbito federal Presidência da República e Ministérios; no âmbito estadual Governador e Secretarias de Estado; no âmbito municipal Prefeituras e Secretarias Municipais O Artigo 1º da Lei 4.320/24 “ Estatui as normas Gerais do Direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no artigo 5º, inciso XV; letra b, da Constituição Federal.” * ADMINISTRAÇÃO INDIRETA – Entidades de direito público PRIVADO / PÚBLICO: as autarquias (PÚBLICO) as empresas públicas; as sociedades de economia mista; as fundações ENTIDADES PARAESTATAIS: as empresas públicas; as sociedades de economia mista; as fundações AUTARQUIAS: Autarquias Previdenciárias – Inst. As. Médica e Previdência Instituto de Previdência do ES -Autarquias Profissionais - Conselho Federal de Contabilidade Conselho Federal de Engenharia Autarquias Industriais – Deptº Nac. Estradas de Rodagem Deptº Estad. Estradas e Rodagem Deptº Estad. Águas e Energia Elétrica * ONDE SE APLICA A CONTABILIDADE PÚBLICA? - Na Administração Direta: União; Estados; Municípios e DF (nas três esferas de poder) - Na Administração Indireta: Autarquias, Fundações e Empresas Públicas quando mantidas com recursos públicos: Encapa, Embrapa .... OBS: As sociedades de economia mista estão sujeitas as normas públicas no que se refere aos gastos (despesas), ou seja a Lei 8.666 - Licitações O Artigo 1º da Lei 4.320/24 “ Estatui as normas Gerais do Direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no artigo 5º, inciso XV; letra b, da Constituição Federal.” * Res. CFC 1.128/2008 - NBC T 16.1 – CONCEITUAÇÃO, OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO DISPOSIÇÕES GERAIS : 1. Esta Norma estabelece a conceituação, o objeto e o campo de aplicação da Contabilidade Aplicada ao Setor Público. DEFINIÇÕES: 2. Para efeito desta Norma, entende-se por: Campo de Aplicação: espaço de atuação do Profissional de Contabilidade que demanda estudo, interpretação, identificação, mensuração, avaliação, registro, controle e evidenciação de fenômenos contábeis, decorrentes de variações patrimoniais em: (a) entidades do setor público; e (b) ou de entidades que recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem recursos públicos, na execução de suas atividades, no tocante aos aspectos contábeis da prestação de contas. Entidade do Setor Público: órgãos, fundos e pessoas jurídicas de direito público ou que, possuindo personalidade jurídica de direito privado, recebam, guardem, movimentem, gerenciem ou apliquem dinheiros, bens e valores públicos, na execução de suas atividades. Equiparam-se, para efeito contábil, as pessoas físicas que recebam subvenção, benefício, ou incentivo, fiscal ou creditício, de órgão público. (Redação Res. CFC 1.268/2009) Setor Público: Espaço social de atuação de todas as entidades do setor público. * MEIOS PARA MANUTENÇÃO ESTADO (DESENVOLVIMENTO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS: Foram instituídos os tributos (impostos, taxas e contribuições de melhorias) e as chamadas contribuições sociais. Nos termos do artigo 145 da nossa Constituição Federal e do artigo 5 do CTN, tributos são: a) Impostos. b) Taxas, cobradas em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos á sua disposição. c) Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. * Tributo: definido no Artigo 3º do CTN ("Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituídaem lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada."). Art. 9o. da Lei n. 4.320, de 1964 ("Tributo é a receita derivada, instituída pelas entidades de direito público, compreendendo os impostos, as taxas e contribuições, nos termos da Constituição e das leis vigentes em matéria financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de atividades gerais ou específicas exercidas por essas entidades."). DEFINIÇÕES DE TRIBUTO * O art. 5o. do Código Tributário Nacional e o art. 145 da Constituição Federal elencam 3 (três) espécies de tributos. No entanto, a própria Constituição disciplina, no Título XI - DA TRIBUTAÇÃO, outras 2 (duas) modalidades, tipos ou espécies tributárias. Assim, vem se generalizando o entendimento, já consagrado pelo Supremo Tribunal Federal (RE 138.284, RE 146.733, entre outros), de que existem 5 (cinco) modalidades ou espécies de tributos, a saber: a) impostos (art. 16 do CTN); b) taxas (art. 77 do CTN); c) contribuições de melhoria (art. 81 do CTN); d) empréstimos compulsórios (restituibilidade e causalidade); e) contribuições sociais (especiais ou parafiscais) (afetação). e.1) Divisões e subdivisões das CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: * Classificações Existem inúmeras classificações para os tributos segundo os mais variados critérios. Destacamos, a seguir, aquelas mais relevantes. a) VINCULADOS - a cobrança do tributo depende de uma atuação ou atividade do Estado em relação ao contribuinte. São as taxas e as contribuições de melhoria. b) NÃO-VINCULADOS - a cobrança do tributo independe de uma atuação estatal em relação ao contribuinte. São os impostos. * c) DIRETOS - são aqueles em que o contribuinte não tem possibilidade de transferir o ônus econômico da carga fiscal. Exemplo: imposto de renda pessoa física. d) INDIRETOS - são aqueles em que o contribuinte de direito transfere para outros (contribuintes de fato) o ônus econômico da carga tributária. Exemplos: imposto sobre produtos industrializados e imposto sobre circulação de mercadorias e serviços. e) FIXOS - são aqueles em que o valor a ser pago é fixado em lei, independentemente do valor da base de cálculo. Exemplo: ISS dos autônomos. f) PROPORCIONAIS - são aqueles em que a alíquota é um percentual (ad valorem) aplicado sobre a base de cálculo. Estes podem ser PROGRESSIVOS ou REGRESSIVOS, dependendo, respectivamente, se as alíquotas aumentam ou diminuem de acordo com determinado critério. * Preço público (ou tarifa) e taxa - Súmula n. 545 do STF: "Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as instituiu". Tarifa – Serviço de Utilidade Púlbico / Interesse Público Pedágio. A natureza jurídica do pedágio não é pacífica. Existência de decisões divergentes (taxa ou tarifa) no âmbito do STF. * Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art.3º do CTN. Nos termos do artigo 145 da nossa Constituição Federal e do artigo 5 do CTN, tributos são: a) Impostos. b) Taxas, cobradas em razão do exercício do poder de policia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos á sua disposição. c) Contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. TRIBUTO – DEFINIÇÃO DO CTN http://www.portaltributario.com.br/tributos.htm - ACESSO EM 16/03/2011 * Juridicamente, no Brasil, hoje, entende-se que as contribuições parafiscais ou especiais integram o sistema tributário nacional, já que a nossa Constituição Federal ressalva quanto á exigibilidade da contribuição sindical (art. 80, inciso IV, CF), das contribuições previdenciárias (artigo 201 CF), sociais (artigo 149 CF). para a seguridade social (artigo 195 CF) e para o PIS — Programa de Integração Social e PASEP — Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (artigo 239 CF). Como contribuições especiais temos ainda as exigidas a favor da OAB, CREA, CRC, CRM e outros órgãos reguladores do exercício de atividades profissionais. Os empréstimos compulsórios são regulados como tributos, conforme artigo 148 da CF o qual se insere no Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional. Baseado nos conceitos constitucionais e do Código Tributário Nacional, elaboramos a seguinte lista de tributos vigentes no Brasil: * A carga tributária brasileira, que somou cerca de 34% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008, está acima de países como México (20%), Turquia (24%), Estados Unidos (27%), Suiça (29%), Argentina (29,3%), e Canadá (32%), TEXTO EVOLUÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA NO BRASIL QUAL O NÚMERO DE TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES QUE EXISTE EM VIGOR NO BRASIL? * Lista de tributos (impostos, contribuições, taxas, contribuições de melhoria) existentes no Brasil: Várias publicações, sites, jornais, revistas e outros meios de comunicação têm copiado a lista abaixo. Pedimos que, ao fazê-lo, nos dêem o crédito: fonte www.portaltributario.com.br – (acesso em 16/06/2011) Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante – AFRMM - Lei 10.893/2004 Contribuição á Direção de Portos e Costas (DPC) - Lei 5.461/1968 Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FNDCT - Lei 10.168/2000 Contribuição ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), também chamado "Salário Educação" - Decreto 6.003/2006 Contribuição ao Funrural Contribuição ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) - Lei 2.613/1955 Contribuição ao Seguro Acidente de Trabalho (SAT) Contribuição ao Serviço Brasileiro de Apoio a Pequena Empresa (Sebrae) - Lei 8.029/1990 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Comercial (SENAC) - Decreto-Lei 8.621/1946 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado dos Transportes (SENAT) - Lei 8.706/1993 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) - Lei 4.048/1942 Contribuição ao Serviço Nacional de Aprendizado Rural (SENAR) - Lei 8.315/1991 Contribuição ao Serviço Social da Indústria (SESI) - Lei 9.403/1946 Contribuição ao Serviço Social do Comércio (SESC) - Lei 9.853/1946 Contribuição ao Serviço Social do Cooperativismo (SESCOOP) - art. 9, I, da MP 1.715-2/1998 Contribuição ao Serviço Social dos Transportes (SEST) - Lei 8.706/1993 Contribuição Confederativa Laboral (dos empregados) Contribuição Confederativa Patronal (das empresas) Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Combustíveis - Lei 10.336/2001 Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico – CIDE Remessas Exterior - Lei 10.168/2000 Contribuição para a Assistência Social e Educacional aos Atletas Profissionais - FAAP - Decreto 6.297/2007 * Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - Emenda Constitucional 39/2002 Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional – CONDECINE - art. 32 da Medida Provisória 2228-1/2001 e Lei 10.454/2002 Contribuição para o Fomento da Radiodifusão Pública - art. 32 da Lei 11.652/2008. Contribuição Sindical Laboral (não se confunde com a Contribuição Confederativa Laboral, vide comentários sobre a Contribuição Sindical Patronal) Contribuição Sindical Patronal (não se confunde com a Contribuição Confederativa Patronal, já que a Contribuição Sindical Patronal é obrigatória, pelo artigo 578 da CLT, e a Confederativa foi instituída pelo art. 8, inciso IV, da Constituição Federal e é obrigatória em função da assembléia do Sindicato que a instituir para seus associados, independentemente da contribuição prevista na CLT) Contribuição Social Adicional para Reposição das Perdas Inflacionárias do FGTS - Lei Complementar 110/2001 Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) Contribuições aos Órgãos de FiscalizaçãoProfissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.) Contribuições de Melhoria: asfalto, calçamento, esgoto, rede de água, rede de esgoto, etc. Fundo Aeroviário (FAER) - Decreto Lei 1.305/1974 Fundo de Combate à Pobreza - art. 82 da EC 31/2000 Fundo de Fiscalização das Telecomunicações (FISTEL) - Lei 5.070/1966 com novas disposições da Lei 9.472/1997 Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) - art. 6 da Lei 9.998/2000 Fundo Especial de Desenvolvimento e Aperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização (Fundaf) - art.6 do Decreto-Lei 1.437/1975 e art. 10 da IN SRF 180/2002 998 * Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações (Funttel) - Lei 10.052/2000 Imposto s/Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) Imposto sobre a Exportação (IE) Imposto sobre a Importação (II) Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (IR - pessoa física e jurídica) Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) Imposto sobre Transmissão Bens Inter-Vivos (ITBI) Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) INSS Autônomos e Empresários INSS Empregados INSS Patronal IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) Programa de Integração Social (PIS) e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação e Cursos de Graduação - Lei 10.870/2004 * Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de produtos animais e vegetais ou de consumo nas atividades agropecuárias - Decreto-Lei 1.899/1981 Taxa de Coleta de Lixo Taxa de Combate a Incêndios Taxa de Conservação e Limpeza Pública Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA - Lei 10.165/2000 Taxa de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos - Lei 10.357/2001, art. 16 Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais, estaduais e federais) Taxa de Fiscalização da Aviação Civil - TFAC - Lei 11.292/2006 Taxa de Fiscalização da Agência Nacional de Águas – ANA - art. 13 e 14 da MP 437/2008 Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores Mobiliários) - Lei 7.940/1989 Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos - art. 50 da MP 2.158-35/2001 Taxa de Fiscalização de Vigilância Sanitária Lei 9.782/1999, art. 23 Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército Brasileiro - TFPC - Lei 10.834/2003 Taxa de Fiscalização dos Mercados de Seguro e Resseguro, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta - art. 48 a 59 da Lei 12.249/2010 Taxa de Licenciamento Anual de Veículo Taxa de Licenciamento, Controle e Fiscalização de Materiais Nucleares e Radioativos e suas instalações - Lei 9.765/1998 * Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999 Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus - Lei 9.960/2000 Taxa de Serviços Metrológicos - art. 11 da Lei 9.933/1999 Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP) Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica - art. 11, inciso I, e artigos 12 e 13, da Lei 9.427/1996 Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias - art. 24 da Lei 9.612/1998 e nos art. 7 e 42 do Decreto 2.615/1998 Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e Aquaviários - art. 77, incisos II e III, a art. 97, IV, da Lei 10.233/2001 Taxas de Saúde Suplementar - ANS - Lei 9.961/2000, art. 18 Taxa de Utilização do SISCOMEX - art. 13 da IN 680/2006. Taxa de Utilização do MERCANTE - Decreto 5.324/2004 Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais) Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE - Lei 9.718/1 OBS: Laudêmio, Pedágio, Aforamento e Tarifas Públicas não são considerados tributos. (serão classificados em outra FONTE de Receita Pública). * CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA DA RECEITA PÚBLICA 1.1.1. Receita Tributária - Impostos 1.1.2. Receita Tributária - Taxas 1.1.3. Receita Tributária – Contribuição de Melhoria 1.6.X. Receita Patrimonial (tarifas) 1.2.1. Receita de Contribuição Social *
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