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AD1 de Diversidade Cultural e Educação 2016.1

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB
Curso de Licenciatura em Pedagogia – modalidade EAD
 
Aluno (a):  Marta Cristina Oliveira dos Santos Matrícula:13212080408
Polo: Itaguaí
 AD1 – DCE-2016.1.
 A partir da leitura do material didático recomendado para a disciplina Diversidade Cultural e Educação (DCE), procure refletir sobre o conceito de cultura relacionado a ao trecho a seguir:
“(...) Fenômeno unicamente humano, a cultura se refere à capacidade que os seres humanos têm de dar significado às suas ações e ao mundo que os rodeia. (22)� 
 
A partir do exposto redija um texto dissertativo contemplando os seguintes aspectos:
a) conceito de cultura para ciências sociais e humanas; (valor: 3,0 pontos)
b) situações e exemplos da diversidade na sociedade brasileira; (valor: 4,0 pontos)
c) a importância do reconhecimento da diversidade para educação. (valor: 3,0 pontos).
Recomenda-se a elaboração de um texto com no mínimo uma (1) e no máximo três (3) laudas, com a formatação segundo as normas da ABNT para trabalhos acadêmicos. Será observada também a coesão, coerência, clareza, correção de linguagem e atenção às fontes e referencias bibliográficos consultados. 
 
 
Cultura para as ciências humanas, segundo um conceito simplificado, significa todas as realizações materiais e os aspectos espirituais de um povo, ou seja, tudo aquilo que é produzido pela humanidade, seja no plano concreto, ou no abstrato, desde objetos, até ideias, crenças, ou todo comportamento aprendido em sociedade, que não é inerente ao aspecto biológico.
 De acordo com Franz Boas toda a cultura tem uma história própria, que se desenvolve de forma particular e não pode ser julgada a partir da história de outra cultura, assim Boas usou a história no início do século XX para explicar a diversidade cultural chegando a influenciar Gilberto Freyre, no seu livro Casa grande e Senzala.
 No Brasil, se por um lado vemos um país onde seus habitantes compartilham um universo cultural e uma língua, por outro é uma sociedade complexa e caracterizada justamente por sua imensa diversidade interna. Observamos aspectos que demonstram a diversidade em nossa sociedade, porém essa diversidade gera a desigualdade, e é exatamente isso que a antropologia procura estudar, pois nossa cultura se desenvolveu desde os tempos da colonização, num processo que não foi amistoso entre colonizadores e colonizados, porque se deu através da exploração dos indígenas e africanos pelos brancos. Esse processo de mestiçagem que ocorreu, contribuiu para a diversidade cultural brasileira, no que diz respeito aos costumes, valores e práticas. A culinária africana misturou-se com a indígena e europeia, a religião católica fundiu-se com as religiões africanas em seus símbolos, o chamado sincretismo religioso, no entanto percebemos um claro preconceito às práticas religiosas afro-brasileiras, sufocando muitas vezes seus seguidores, pois são sempre associadas aos negros, grupo inferiorizado historicamente, apesar do mito da democracia racial propagado ao longo dos séculos. 
 Na educação tanto o material didático, quanto o planejamento do professor devem estar sensíveis a diversidade existente no ambiente escolar, de forma a reconhecer as contribuições dos diferentes povos para a formação da identidade brasileira, valorizando sua sabedoria e promovendo o respeito pelas diversas manifestações culturais no país. Perceber o ser humano como singular, diferente por natureza, tendo clareza de que as desigualdades foram socialmente e historicamente construídas, consitui- se no primeiro passo para se construir uma sociedade mais justa .Para isso, no entanto, é preciso trabalhar os conteúdos de forma crítica, a fim de não reproduzir os discursos e conceitos do senso comum. A instituição escolar deve observar a comemoração de algumas datas, para que não tenham uma finalidade homogeneizadora, que estabelece um determinado padrão de família, de religião e de cultura, mas também não pode se eximir das tradições da sociedade em que está inserida. Nesse sentido, resta-lhe a responsabilidade de melhor explorá-las com vistas a desenvolver o espírito crítico das crianças e de seus responsáveis através da ludicidade.
Bibligrafia: � Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : SPM, 2009. Laraia, Roque de Barros: Cultura: Um conceito antropológico. Rio de Janeiro. Jorge Zahar, 2003.
� Gênero e diversidade na escola: formação de professoras/es em Gênero, orientação Sexual e Relações Étnico-Raciais. Livro de conteúdo. versão 2009. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : SPM, 2009.

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