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A CONCEITUAÇÃO DE CLASSE E DE MODELO DE ROUSSEAU

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JEAN –JACQUES ROUSSEAU- 1712-1768. ROUSSEAU, um Contratualista: – O Homem é um Bom Selvagem, de fato.
Livro de Leitura desta Aula: “Emílio”
ROUSSEAU DIZ QUE O HOMEM É UM “BOM SELVAGEM” . 
Rousseau pleiteava uma igualdade defendida, que seria uma ruptura da ordem da polis, onde tanto ricos como pobres a ela se submeteriam. Tudo isto é consequência direta da distorção por ele operada no conceito da natureza. E isso causou a Revolução Francesa que foi no início uma revolução de pobres. Rousseau planejou a Revolução Francesa e a igualdade das mulheres jurídica e no plano do sufrágio universal. Por isso escreve o romance a Nova Heloísa. Na verdade, é a estória real que Rousseau viveu ao ser amante de uma mulher casada. Rousseau defende a liberdade da mulher em trocar de marido em pleno ano de 1750. Diz: “ A Lei do coração não é a Lei da razão”. Como prêmio à esta poesia e inciativa, o bispo de Paris queima todas os seu livros na França e Rousseau têm de fugir para Genebra Suíça, a pé, vestido de mulher como na foto.
Rousseau, em fuga para Genebra.
 Contratualismo:“ROUSSEAU, Hobbes e Locke”.
Rousseau diz: Não vamos, principalmente concluir com Hobbes que, por não ter nenhuma ideia de bondade, o homem seja naturalmente mau; que seja vicioso, porque não conhece a virtude; que recuse sempre aos seus semelhantes serviços que não acredita serem do seu dever; 
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Contratualismo:“ROUSSEAU, Hobbes e Locke”.
Hobbes pretende que o homem é naturalmente intrépido e não procura senão atacar e combater. O homem é fraco quando mesma causa que impede os selvagens de usar a razão, como o pretendem os nossos jurisconsultos, impede-os também de abusar das suas faculdades, como ele próprio o pretende; 
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Contratualismo: “ROUSSEAU, Hobbes e Locke”. 
Rousseau, de sorte que se poderia dizer que os selvagens não são maus, precisamente porque não sabem o que é ser bom. Com efeito, não é nem o desenvolvimento das luzes, nem o freio da lei, mas a calma das paixões e a ignorância do vício que os impedem de fazer mal. Por isso escreve o livro:
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O Contrato Social, 1ª Constituição republicana e democrática onde todos os homens seriam iguais perante a Lei: Igualdade , Liberdade e Fraternidade”. Diz no Contrato, p.41:
“Sendo todos os cidadãos iguais pelo contrato social, todos podem prescrever o que, todos
devem fazer, enquanto nenhum tem o direito de exigir que outro faça o que ele mesmo não faz.” Ou ainda: “em vez de destruir a igualdade natural, o pacto fundamental substitui, ao contrário, por uma
igualdade moral e legitima aquilo que a natureza poderia trazer de desigualdade física entre os
homens, e, podendo ser desiguais em força ou em talento, todos se tornam iguais por convenção e
de direito.“.
Rousseau diz sobre a Educação, na obra “Emílio”:
“Essa educação nos vem da natureza, ou dos homens ou das coisas. O desenvolvimento interno de nossas faculdades e de nossos órgãos é a educação da natureza; o uso que nos ensinam a fazer desse desenvolvimento é a educação dos homens; e o ganho de nossa própria experiência sobre os objetos que nos afetam é a educação das coisas”.
Aqui Rousseau sabe que os saberes do corpo são naturais; os saberes sociais são educados em convívio com outros homens. Rousseau explica a substância da Educação: 
“[...] Sendo portanto a educação uma arte, torna-se quase impossível que alcance êxito total, porquanto a ação necessária a esse êxito não depende de ninguém. Tudo o que se pode fazer, à força de cuidados, é aproximar-se mais ou menos da meta, mas é preciso sorte para atingi-la [...]”. Que meta será essa? A própria meta da natureza; isso acaba de ser provado. Dado que a ação das três educações é necessária à sua perfeição, é para aquela sobre a qual nada podemos que cumpre orientar as duas outras. Mas-tal vez esta palavra natureza tenha uma sentido demasiado vago; é preciso tentar defini-lo com exatidão [..]”.
Deste modo Rousseau diz que a Educação tem uma parte humana, uma natural e mesmo uma empírica, quando o homem se depara com novas possibilidades de fenômenos desconhecidos nos quais deve se aprofundar. Sempre pensando a Educação nesta obra, Rousseau continua sua explanação, quando explica que nem tudo é interessante para educar nossa natureza individual, dentro de nossos anseios e gostos, hábitos. Rousseau postula assim que:
“[...] Nascemos sensíveis e desde nosso nascimento somos molestados de diversas maneiras pelos objetos que nos cercam. Mal tomamos por assim dizer consciência de nossas sensações e já nos dispomos a procurar os objetos que as produzem ou a deles fugir, primeiramente segundo nos sejam elas agradáveis ou desagradáveis, depois segundo a conveniência ou a inconveniência que encontramos entre esses objetos e nós, e, finalmente, segundo os juízos que fazemos deles em relação à ideia de felicidade ou de perfeição que a razão nos fornece. [...]”.
Rousseau achava que a obra “A República” de Platão, não era uma obra somente política, mas também educacional. Ouvimos sua fala:
“[...] Quereis ter uma ideia da educação pública, lede a República de Platão. Não se trata de uma obra de política, como pensam os que julgam os livros'' pelos títulos: é o mais belo tratado de educação que jamais se escreveu [...]”.
Rousseau era um filósofo muito crítico em relação a Educação dos colégios de sua época. Deste modo, inferiu:
“[...] Não encaro como uma instituição pública esses estabelecimentos ridículos a que chamam colégios G. Não levo em conta tampouco a educação da sociedade, porque essa educação, tendendo para dois fins contrários, erra ambos os alvos: ela só serve para fazer homens de duas caras, parecendo sempre tudo subordinar aos outros e não subordinando nada senão a si mesmos. Ora, essas demonstrações sendo comuns não iludem ninguém. São cuidados perdidos [...]”.
 É difícil nós imaginarmos outro pensador que seja mais humanista do que Rousseau. Sua preocupação com o humano é visível, revolucionária como o próprio iluminismo, e mesmo democrática; devemos ouvir a metafísica do mestre de Genebra:
 “[...] A educação só é útil na medida em que sua carreira acorde com a vocação dos pais; em qualquer outro caso ela é nociva ao aluno, nem que seja apenas em virtude dos preconceitos que lhe dá. No Egito, onde o filho era obrigado a abraçar a profissão do pai, a educação tinha, pelo menos, um fim certo. Mas, entre nós, quando somente as situações existem e os homens mudam sem cessar de estado, ninguém sabe se, educando o filho para o seu, não trabalha contra ele.
Na ordem natural, sendo os homens todos iguais, sua vocação comum é o estado de homem; e quem quer seja bem educado para esse, não pode desempenhar-se mal dos que com esse se relacionam. Que se destine meu aluno à carreira militar, à eclesiástica ou à advocacia pouco me importa [...]”.
 E se, por descuido da leitura da obra, algum estudioso pensar que “O Emílio” é um texto apenas pedagógico e apolítico se enganará grandemente. Ocorre que Rousseau fazia aqui e ali em discurso, seu Tropos, Topói possui uma clara crítica ao Absolutismo francês de seu tempo, séc. XVIII; ouçamos sua voz:
“[...] Alguém de quem conheço apenas a posição social propôs-me educar o filho. Honrou-me muito sem dúvida; mas longe
de se queixar de minha recusa, deve agradar-se de minha discrição. Se eu tivesse -aceito seu oferecimento, e tivesse errado no meu método, teria sido uma educação falhada; se tivesse tido êxito fora muito pior, seu filho teria renegado seu título, não houvera mais querido ser príncipe [...]”.

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