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Dificuldade e Avaliação da Aprendizagem
Dificuldade e Avaliação da Aprendizagem
A avaliação da aprendizagem constitui um dos aspectos mais complexos e fundamentais do processo 
educativo. Compreender as dificuldades de aprendizagem e desenvolver estratégias avaliativas adequadas 
representa um desafio constante para educadores e instituições de ensino. Este material explora as múltiplas 
dimensões da avaliação educacional, seus fundamentos teóricos e aplicações práticas, com enfoque na 
identificação e superação das dificuldades de aprendizagem no contexto da educação contemporânea.
A análise crítica dos métodos avaliativos tradicionais e a proposição de abordagens inovadoras são essenciais 
para a construção de uma educação verdadeiramente inclusiva e transformadora. Ao longo deste estudo, 
serão apresentadas perspectivas teóricas, instrumentos e estratégias que visam não apenas verificar o 
desempenho dos estudantes, mas principalmente promover seu desenvolvimento integral e autônomo.
Sumário
O Processo de Avaliação da Aprendizagem
A Avaliação da Aprendizagem no Contexto da Democratização do Ensino
A Avaliação da Aprendizagem no Contexto da Progressão Continuada
Conceituando Tipos de Avaliação
Uma Avaliação a Favor das Aprendizagens
A Avaliação da Aprendizagem: Perspectivas Teóricas
Os Desafios da Avaliação da Aprendizagem
A Avaliação Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Avaliação Diagnóstica: Princípios e Aplicações
Avaliação Formativa: Acompanhamento e Intervenção
Avaliação Somativa: Verificação e Certificação
Avaliação Institucional: Análise Sistêmica do Processo Educativo
Instrumentos de Avaliação: Diversificação e Adequação
Critérios de Avaliação: Construção e Transparência
Feedback: Elemento Central da Avaliação Formativa
Avaliação e Dificuldades de Aprendizagem: Diagnóstico e Intervenção
Avaliação no Contexto da Educação Inclusiva
Avaliações Externas: Impactos na Prática Pedagógica
Autoavaliação: Desenvolvimento da Autonomia e Metacognição
O Processo de Avaliação da Aprendizagem
A avaliação da aprendizagem constitui um processo complexo e multifacetado que transcende a mera 
verificação de conteúdos memorizados. Trata-se de um componente intrínseco ao processo educativo, que 
deve ser planejado e executado com intencionalidade pedagógica. Conforme argumenta Luckesi (2018), a 
avaliação não deve ser compreendida como um momento estanque ao final de um período letivo, mas como 
um processo contínuo que fornece informações essenciais para reorientar a prática docente e potencializar o 
desenvolvimento dos estudantes.
O processo avaliativo envolve três etapas fundamentais: diagnóstico, acompanhamento e verificação. Na 
etapa diagnóstica, o educador identifica os conhecimentos prévios dos alunos, suas potencialidades e 
fragilidades. Durante o acompanhamento, são coletadas informações sobre o desenvolvimento da 
aprendizagem, possibilitando intervenções pedagógicas adequadas. Na etapa de verificação, analisa-se o 
alcance dos objetivos propostos, não para classificar os estudantes, mas para reorientar o trabalho 
pedagógico (HOFFMANN, 2020).
Na perspectiva contemporânea, a avaliação assume 
caráter formativo, deixando de ser um instrumento 
de verificação para se tornar um processo de 
investigação. Como destaca Perrenoud (2015), 
avaliar é criar hierarquias de excelência, mas 
também é privilegiar um modo de estar em aula e no 
mundo, valorizar formas e normas de excelência, 
definir um aluno modelo, aplicado e dócil para uns, 
imaginativo e autônomo para outros.
É fundamental compreender que o processo 
avaliativo envolve dimensões técnicas, éticas e 
políticas. A dimensão técnica refere-se aos 
instrumentos e procedimentos utilizados; a ética 
relaciona-se ao respeito às diferenças e à promoção 
da equidade; a política vincula-se ao projeto 
educativo que se pretende construir. Dessa forma, a 
avaliação nunca é neutra, mas expressa valores e 
concepções sobre educação, conhecimento e 
sociedade (VASCONCELLOS, 2019).
Um processo avaliativo comprometido com a aprendizagem deve ser transparente quanto aos seus critérios, 
diversificado em seus instrumentos e coerente com os objetivos educacionais propostos. Além disso, deve 
envolver ativamente os estudantes, promovendo processos de autoavaliação e metacognição, elementos 
essenciais para o desenvolvimento da autonomia e da responsabilidade sobre o próprio processo de 
aprendizagem.
A Avaliação da Aprendizagem no Contexto 
da Democratização do Ensino
A democratização do ensino no Brasil, intensificada a partir da década de 1990, trouxe consigo desafios 
significativos para as práticas avaliativas. O acesso ampliado à educação básica resultou em salas de aula mais 
heterogêneas, com estudantes de diferentes perfis socioeconômicos, culturais e cognitivos. Nesse contexto, 
práticas avaliativas padronizadas e classificatórias tornaram-se insuficientes e, muitas vezes, reprodutoras de 
desigualdades sociais pré-existentes (FREITAS, 2017).
Uma avaliação comprometida com a democratização do ensino deve reconhecer e valorizar a diversidade, 
promovendo oportunidades equitativas de aprendizagem. Como argumenta Esteban (2018), é necessário 
superar o modelo avaliativo que classifica e exclui, substituindo-o por um modelo que investiga e inclui, 
reconhecendo os diferentes percursos de aprendizagem e os múltiplos saberes presentes na sala de aula.
Equidade no 
processo avaliativo
A democratização do 
ensino requer uma 
avaliação que considere as 
condições desiguais de 
partida dos estudantes, 
oferecendo apoio 
diferenciado conforme as 
necessidades específicas 
de cada um.
Valorização da 
diversidade
A heterogeneidade das 
salas de aula exige 
instrumentos avaliativos 
diversificados, que 
contemplem diferentes 
formas de expressão do 
conhecimento e diferentes 
estilos de aprendizagem.
Participação dos 
estudantes
Processos avaliativos 
democráticos incluem a 
participação ativa dos 
estudantes na definição de 
critérios e na análise dos 
resultados, promovendo 
transparência e 
corresponsabilidade.
Para Paro (2016), a democratização do ensino implica também a democratização da avaliação, que deve deixar 
de ser um instrumento de poder nas mãos do professor para se tornar uma prática dialógica e participativa. 
Isso significa criar espaços para que os estudantes participem da definição dos critérios avaliativos, 
compreendam os objetivos das avaliações e possam se expressar sobre os resultados obtidos, desenvolvendo 
sua capacidade crítica e sua autonomia.
No contexto da escola democrática, a avaliação torna-se também um instrumento de accountability, 
permitindo a transparência das práticas pedagógicas e dos resultados educacionais perante a comunidade 
escolar. Contudo, como alerta Afonso (2020), é preciso evitar que essa dimensão se transforme em pressão 
por resultados padronizados, o que poderia estreitar o currículo e reduzir a autonomia pedagógica dos 
professores.
A Avaliação da Aprendizagem no Contexto 
da Progressão Continuada
A progressão continuada, instituída em diversos sistemas educacionais brasileiros, representa uma ruptura 
com o modelo seriado tradicional, reorganizando o tempo escolar em ciclos de aprendizagem. Esta política 
fundamenta-se na compreensão de que o desenvolvimento humano não ocorre de forma linear e padronizada, 
mas em diferentes ritmos e por múltiplos caminhos. Nesse contexto, a avaliação assume características 
específicas, distanciando-se da função classificatória que determinava a reprovação ou aprovação ao final de 
cada ano letivo (BARRETO; SOUSA, 2017).
1
No regime de progressão continuada, a avaliação torna-se principalmente 
formativa e diagnóstica, focada na identificação das necessidades de 
aprendizagem e no planejamento de intervenções pedagógicas 
adequadas. Como destaca Paro (2018), não se trata de eliminar a 
avaliação ou de promover automaticamente os estudantesCOLL, C.; MONEREO, C. Psicologia da 
educação virtual: aprender e ensinar com as 
tecnologias da informação e da comunicação. 
Porto Alegre: Artmed, 2018.
CRUZ, C. H. C. Conselho de classe: espaço de 
diagnóstico da prática educativa escolar. 4. ed. 
São Paulo: Loyola, 2017.
CURY, C. R. J. A educação básica como direito. 
Cadernos de Pesquisa, v. 38, n. 134, p. 293-303, 
2017.
DALBEN, A. I. L. F. Conselho de classe e 
avaliação: perspectivas na gestão pedagógica 
da escola. 4. ed. Campinas: Papirus, 2018.
DEMO, P. Avaliação qualitativa. 11. ed. 
Campinas: Autores Associados, 2019.
DEPRESBITERIS, L. Avaliação da 
aprendizagem: casos comentados. Pinhais: 
Melo, 2017.
ESTEBAN, M. T. Avaliação e heterogeneidade: 
um diálogo possível e necessário. Revista 
Brasileira de Educação, v. 24, e240034, 2018.
FERNANDES, D. Para uma teoria da avaliação 
no domínio das aprendizagens. Estudos em 
Avaliação Educacional, v. 32, n. 81, p. 622-649, 
2021.
FERNANDES, D. Avaliação das aprendizagens: 
desafios às teorias, práticas e políticas. 2. ed. 
Lisboa: Texto Editores, 2018.
FLEURI, R. M. Interculturalidade, identidade e 
decolonialidade: desafios políticos e 
educacionais. Série-Estudos, v. 37, n. 135, p. 89-
106, 2021.
FONSECA, V. Dificuldades de aprendizagem: 
abordagem neuropsicopedagógica. 5. ed. 
Lisboa: Âncora, 2019.
FREITAS, L. C. A reforma empresarial da 
educação: nova direita, velhas ideias. São 
Paulo: Expressão Popular, 2019.
FREITAS, L. C. et al. Avaliação educacional: 
caminhando pela contramão. 7. ed. Petrópolis: 
Vozes, 2017.independentemente de seu aproveitamento, mas de reorganizar o 
trabalho pedagógico para garantir que todos aprendam no seu ritmo, 
recebendo o apoio necessário ao longo do percurso.
2
Um desafio significativo nesse contexto é superar o que Freitas (2019) 
denomina "exclusão branda" 3 situação em que os estudantes são 
promovidos sem terem desenvolvido as aprendizagens necessárias, 
permanecendo na escola fisicamente, mas excluídos do acesso ao 
conhecimento. Para evitar esse fenômeno, é fundamental que a 
progressão continuada seja acompanhada de estratégias efetivas de 
avaliação diagnóstica e de intervenção pedagógica tempestiva.
3
Monitoramento contínuo
A progressão continuada exige o acompanhamento sistemático do desenvolvimento dos 
estudantes, com registros detalhados que permitam visualizar seu percurso e planejar 
intervenções quando necessário.
4
Recuperação paralela
Diante de dificuldades identificadas, devem ser oferecidas atividades específicas de 
recuperação, concomitantes ao período letivo, evitando o acúmulo de defasagens.
5
Envolvimento familiar
A comunicação constante com as famílias sobre o desenvolvimento dos estudantes é essencial, 
promovendo corresponsabilidade e apoio adequado tanto na escola quanto em casa.
Conforme aponta Oliveira (2021), a efetividade da progressão continuada depende de condições estruturais 
adequadas, como número reduzido de alunos por turma, disponibilidade de equipes multidisciplinares de 
Conceituando Tipos de Avaliação
A tipologia das avaliações reflete diferentes objetivos, momentos e focos no processo educativo. A avaliação 
diagnóstica, conforme explica Luckesi (2018), não visa classificar o estudante, mas conhecê-lo em suas 
particularidades para adequar o processo de ensino. Já a avaliação formativa, conceito amplamente 
desenvolvido por Perrenoud (2015), caracteriza-se como um processo contínuo de regulação das 
aprendizagens, que orienta intervenções pedagógicas diferenciadas e fornece feedback qualitativo aos 
estudantes.
A avaliação somativa, por sua vez, tem caráter classificatório e certificativo, verificando o cumprimento de 
objetivos ao final de uma etapa. Como alerta Hadji (2017), embora necessária em determinados contextos, 
não deve ser a única ou principal forma de avaliação utilizada. Quanto à avaliação institucional, Freitas et al. 
(2019) destacam sua importância para superar a responsabilização exclusiva dos estudantes pelos resultados, 
reconhecendo a influência de fatores institucionais na qualidade do ensino.
Avaliação Mediadora
Proposta por Hoffmann (2020), enfatiza o caráter 
investigativo e dialógico da avaliação, concebendo-a 
como mediação entre o conhecimento do aluno e 
sua reconstrução. O professor observa, registra, 
interpreta e propõe novos desafios, acompanhando 
o percurso de cada estudante em um processo de 
reciprocidade e cooperação.
Avaliação Emancipatória
Desenvolvida por Saul (2016), volta-se para a 
análise crítica da realidade educacional, visando sua 
transformação. Valoriza a autonomia e a 
participação dos sujeitos, promovendo processos de 
auto-análise e autodeterminação. Fundamenta-se 
nos princípios da emancipação, decisão democrática 
e transformação.
Compreender as especificidades de cada tipo de avaliação é fundamental para utilizá-las de forma 
complementar e coerente com os objetivos educacionais. Como ressalta Fernandes (2018), não se trata de 
escolher entre uma avaliação para classificar ou uma avaliação para aprender, mas de construir um sistema 
avaliativo que contemple diferentes finalidades, utilizando cada modalidade no momento adequado e com 
Avaliação Diagnóstica
Realizada no início de um processo 
de aprendizagem, identifica 
conhecimentos prévios, 
habilidades, interesses e 
necessidades dos estudantes para 
orientar o planejamento 
pedagógico.
Avaliação Formativa
Ocorre durante o processo de 
ensino-aprendizagem, fornecendo 
feedback contínuo para ajustes nas 
estratégias pedagógicas e maior 
consciência do aluno sobre seu 
desenvolvimento.
Avaliação Somativa
Realizada ao final de um período, 
verifica o alcance dos objetivos 
propostos, sintetizando o 
desempenho em relação a critérios 
previamente estabelecidos.
Avaliação Institucional
Analisa o conjunto de fatores que 
influenciam a aprendizagem, 
incluindo currículo, metodologias, 
gestão escolar e políticas 
educacionais.
Uma Avaliação a Favor das Aprendizagens
Construir uma avaliação que efetivamente contribua para as aprendizagens significa romper com práticas 
classificatórias e excludentes, estabelecendo um novo paradigma avaliativo centrado no desenvolvimento 
integral dos estudantes. Como propõe Hoffmann (2020), trata-se de conceber a avaliação como oportunidade 
de aprendizagem, não como verificação do aprendido, como um processo de investigação compartilhada, não 
como sentença unilateral.
Uma avaliação a favor das aprendizagens caracteriza-se pela diversificação de instrumentos e estratégias, 
reconhecendo a multiplicidade de formas de aprender e expressar conhecimentos. Conforme argumenta 
Gardner (2018), com sua teoria das inteligências múltiplas, cada pessoa apresenta diferentes formas de 
compreender e interagir com o mundo, o que demanda avaliações que contemplem essas diversas 
possibilidades de expressão.
Feedback qualitativo
Oferece informações específicas e construtivas sobre a produção do estudante, destacando 
conquistas e apontando caminhos para superação de dificuldades.
Critérios transparentes
Explicita claramente o que se espera dos estudantes, compartilhando e discutindo os critérios 
avaliativos previamente.
Valorização do processo
Considera o percurso de desenvolvimento, não apenas o resultado final, documentando e 
analisando as diferentes etapas da aprendizagem.
Práticas colaborativas
Incorpora processos de auto e heteroavaliação, promovendo reflexão metacognitiva e 
aprendizagem entre pares.
Uma estratégia fundamental para uma avaliação promotora de aprendizagens é o uso de rubricas, que, 
segundo Brookhart (2019), tornam explícitas as expectativas de qualidade para diferentes níveis de 
desempenho. As rubricas permitem que os estudantes compreendam o que é esperado deles e possam 
autorregular seu processo de aprendizagem, aumentando sua autonomia e responsabilidade.
Igualmente importante é a documentação pedagógica, prática oriunda da abordagem de Reggio Emilia e 
discutida por Rinaldi (2017), que envolve o registro sistemático dos processos de aprendizagem por meio de 
anotações, fotografias, gravações e produções dos estudantes. Essa documentação permite visualizar o 
percurso de desenvolvimento, identificar necessidades específicas e comunicar o processo educativo à 
comunidade escolar.
Como destaca Fernandes (2021), uma avaliação a favor das aprendizagens requer também transformações na 
cultura escolar, estabelecendo um ambiente onde o erro é visto como parte do processo de aprendizagem, não 
f lh id I i li i l õ d ó i b d fi i
A Avaliação da Aprendizagem: 
Perspectivas Teóricas
O campo teórico da avaliação da aprendizagem é vasto e multifacetado, refletindo diferentes concepções 
educacionais e epistemológicas. Compreender essas perspectivas é fundamental para fundamentar práticas 
avaliativas coerentes e conscientes. Entre as principais vertentes teóricas, destacam-se as abordagens 
comportamentalista, construtivista, sociointeracionista e crítico-emancipatória, cada uma com implicações 
específicas para o processo avaliativo (FERNANDES, 2021).
Perspectiva Teórica Principais Autores Concepção de 
Avaliação
Práticas Avaliativas
Comportamentalista Bloom, Popham, 
Mager
Verificação do alcance 
de objetivos 
comportamentais 
predefinidos
Testes objetivos, 
checklist de 
comportamentos 
observáveis
Construtivista Piaget, Ferreiro, 
Hoffmann
Análise do processo 
de construção do 
conhecimento
Observação, registros 
descritivos, portfólios
SociointeracionistaVygotsky, Luria, 
Leontiev
Análise do 
desenvolvimento na 
interação social e na 
zona de 
desenvolvimento 
proximal
Avaliação em 
contextos 
colaborativos, 
situações-problema
Os Desafios da Avaliação da 
Aprendizagem
Implementar práticas avaliativas coerentes com uma concepção formativa e inclusiva de educação enfrenta 
múltiplos desafios no contexto educacional contemporâneo. Esses desafios perpassam desde questões 
estruturais e institucionais até aspectos culturais e formativos, demandando um olhar complexo e 
multidimensional (GATTI, 2020).
Um dos principais desafios identificados por pesquisadores como Vasconcellos (2019) é a superação da 
cultura da nota, profundamente arraigada no sistema educacional. Tanto estudantes quanto familiares e, 
muitas vezes, os próprios educadores valorizam excessivamente os resultados numéricos em detrimento dos 
processos de aprendizagem, dificultando a implementação de práticas avaliativas mais qualitativas e 
processuais.
Superlotação das turmas
Dificulta o acompanhamento individualizado e a diversificação de instrumentos avaliativos
Escassez de tempo
Reduz possibilidades de planejamento, análise e feedback qualitativo
Currículos extensos
Pressionam por avaliações rápidas em detrimento de processos 
mais significativos
Formação docente insuficiente
Limita o repertório de estratégias avaliativas e sua 
fundamentação teórica
Outro desafio significativo refere-se às avaliações externas e em larga escala, que, segundo Freitas (2019), 
frequentemente induzem ao estreitamento curricular e à prática do "ensinar para o teste". Embora tais 
avaliações possam fornecer informações relevantes sobre o sistema educacional, sua centralidade excessiva 
pode deslocar o foco do desenvolvimento integral dos estudantes para o treino de habilidades específicas 
cobradas nos exames.
A diversidade presente nas salas de aula também representa um desafio considerável. Como aponta Mantoan 
(2017), em contextos de inclusão escolar, é necessário desenvolver práticas avaliativas flexíveis, que 
considerem diferentes formas de expressão e diferentes ritmos de aprendizagem, evitando a exclusão de 
estudantes que não se enquadram nos padrões tradicionais de desempenho.
A formação inicial e continuada dos educadores constitui outro obstáculo para a transformação das práticas 
avaliativas. De acordo com Gatti (2020), muitos cursos de formação docente abordam a avaliação de forma 
superficial e descontextualizada privilegiando aspectos técnicos em detrimento de reflexões mais profundas
A Avaliação Segundo a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Lei nº 9.394/1996, estabelece os princípios e 
orientações fundamentais para a avaliação da aprendizagem no sistema educacional brasileiro. Seu texto 
reflete uma concepção de avaliação contínua e cumulativa, valorizando os aspectos qualitativos sobre os 
quantitativos e privilegiando o desenvolvimento do estudante ao longo do processo (BRASIL, 1996).
Artigo 24, Inciso V, alínea a
Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos 
sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais 
(CARNEIRO, 2018).
Artigo 23
Permite a organização da educação básica em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância 
regular de períodos de estudos, grupos não-seriados (CURY, 2017).
Artigo 31
Avaliação na educação infantil: acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem 
objetivo de promoção (OLIVEIRA, 2018).
Artigo 47, § 1º
Ensino superior: transparência nos critérios de avaliação, informando aos interessados antes de cada 
período letivo (RANIERI, 2017).
"Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes 
regras comuns: [...] V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) avaliação 
contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os 
quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais" (BRASIL, 1996).
Como observa Demo (2019), as orientações da LDB sobre avaliação refletem uma concepção educacional 
voltada para o desenvolvimento da autonomia e do pensamento crítico, superando modelos tradicionais 
baseados na memorização e na reprodução de conteúdos. Contudo, o mesmo autor ressalta que a efetiva 
implementação desses princípios depende de transformações profundas nas práticas pedagógicas e na cultura 
escolar que ainda resistem em muitos contextos educacionais
Avaliação Diagnóstica: Princípios e 
Aplicações
A avaliação diagnóstica constitui um processo investigativo que visa identificar os conhecimentos prévios, 
habilidades, interesses e necessidades dos estudantes, fornecendo informações essenciais para o 
planejamento pedagógico. Diferentemente das avaliações classificatórias, não tem como objetivo atribuir 
notas ou classificar os estudantes, mas sim compreender seu ponto de partida para orientar as intervenções 
educativas (LUCKESI, 2018).
A avaliação diagnóstica pode ocorrer em diferentes momentos do processo educativo: no início do ano letivo, 
no começo de uma unidade de estudo ou sempre que houver necessidade de compreender as condições de 
aprendizagem dos estudantes. Como destaca Zabala (2018), o diagnóstico inicial permite adequar as 
estratégias de ensino às características específicas de cada grupo, considerando seus saberes prévios e suas 
necessidades particulares.
Características da 
Avaliação Diagnóstica
Caráter investigativo, não 
classificatório
Foco nos conhecimentos 
prévios e necessidades de 
aprendizagem
Orientação para o 
planejamento pedagógico
Consideração dos 
diferentes aspectos do 
desenvolvimento
Instrumentos 
Potenciais
Questionários e 
entrevistas
Mapas conceituais e 
brainstorming
Observação estruturada
Resolução de situações-
problema
Autoavaliação dos 
estudantes
Etapas do Processo
Definição dos objetivos do 
diagnóstico
Elaboração ou seleção de 
instrumentos adequados
Coleta e análise das 
informações
Interpretação dos 
resultados
Planejamento de 
intervenções pedagógicas
Um aspecto fundamental da avaliação diagnóstica, ressaltado por Hoffmann (2020), é que ela não se limita a 
identificar lacunas ou dificuldades, mas também reconhece potencialidades e saberes já construídos, que 
podem servir como pontos de apoio para novas aprendizagens. Essa perspectiva positiva contribui para a 
construção de uma relação pedagógica baseada na confiança e no respeito às trajetórias individuais.
No contexto da educação inclusiva, a avaliação diagnóstica assume relevância ainda maior, pois permite 
identificar necessidades específicas e planejar adaptações curriculares adequadas. Como argumenta Mantoan 
(2017), conhecer as características de aprendizagem de cada estudante é condição essencial para promover a 
equidade educacional, oferecendo a cada um o que necessita para desenvolver-se plenamente.
É importante destacar que a avaliação diagnóstica não deve ser confundida com classificação ou rotulação dos 
estudantes. Seu objetivo não é categorizar os aprendizes em "bons" ou "fracos", mas compreender a 
diversidade presente na sala de aula para melhor responder a ela. Como alerta Esteban (2018), diagnósticos 
reducionistas podem reforçar estereótipos e expectativas limitadoras, resultando em profecias 
autorrealizáveis que comprometem o desenvolvimento dos estudantes.
Avaliação Formativa: Acompanhamento e 
Intervenção
A avaliação formativa representa uma abordagem avaliativa que ocorre durante o processo de ensino-
aprendizagem, com o objetivo de fornecer informações que permitam ajustes nas estratégias pedagógicas e 
maior consciência do aluno sobre seu próprio desenvolvimento. Diferente da avaliação somativa, que verifica 
resultados ao final de um período, a avaliação formativatem caráter processual e está intrinsecamente ligada 
às situações didáticas (PERRENOUD, 2015).
Como destaca Fernandes (2018), a avaliação formativa caracteriza-se por ser uma prática de avaliação para a 
aprendizagem, e não apenas da aprendizagem. Isso significa que ela não é um fim em si mesma, mas um meio 
para qualificar o processo educativo, identificando necessidades específicas e orientando intervenções 
pedagógicas oportunas e adequadas.
Observar
Acompanhamento 
sistemático do 
processo de 
aprendizagem através 
de registros contínuos
Analisar
Interpretação das 
evidências coletadas à 
luz dos objetivos de 
aprendizagem
Retroalimentar
Fornecimento de 
feedback qualitativo e 
construtivo aos 
estudantes
Ajustar
Adaptação das 
estratégias 
pedagógicas conforme 
necessidades 
identificadas
Um elemento central da avaliação formativa é o feedback, que, segundo Brookhart (2019), deve ser 
específico, oportuno, compreensível e utilizável pelo estudante. Um feedback efetivo não apenas aponta 
erros, mas oferece orientações sobre como melhorar, reconhece avanços e estimula a reflexão sobre o próprio 
processo de aprendizagem, contribuindo para o desenvolvimento da autorregulação.
A implementação da avaliação formativa requer o desenvolvimento de uma cultura de sala de aula onde o erro 
é visto como parte do processo de aprendizagem, não como falha a ser punida. Como argumenta Santos 
(2019), é necessário construir um ambiente onde os estudantes sintam-se seguros para expressar suas 
dúvidas e dificuldades, sabendo que receberão apoio para superá-las.
Autoavaliação
Processo pelo qual o estudante reflete sobre 
seu próprio percurso, identificando avanços, 
dificuldades e estratégias para melhorar.
Avaliação entre pares
Situações em que os estudantes analisam e 
fornecem feedback sobre as produções uns 
dos outros, desenvolvendo capacidades 
analíticas e colaborativas.
Observação e registro
Acompanhamento sistemático do processo 
de aprendizagem através de pautas de 
Portfólios
Coleção organizada de trabalhos que 
documenta o percurso de aprendizagem, 
Avaliação Somativa: Verificação e 
Certificação
A avaliação somativa caracteriza-se por ser realizada ao final de um período de aprendizagem 3 seja ele uma 
unidade didática, um semestre ou um ano letivo 3 com o objetivo de verificar o alcance dos objetivos 
propostos e sintetizar o desempenho do estudante em relação a critérios previamente estabelecidos. 
Diferentemente da avaliação formativa, que ocorre durante o processo e visa orientá-lo, a avaliação somativa 
tem função classificatória e certificativa, frequentemente resultando em notas ou conceitos que expressam o 
grau de aproveitamento (HADJI, 2017).
Como destaca Fernandes (2018), a avaliação somativa tem relevância social inegável, pois fornece 
informações sintéticas sobre o desempenho dos estudantes que são utilizadas em processos de certificação, 
seleção e prestação de contas. No entanto, seu potencial pedagógico é limitado quando realizada 
isoladamente, sem articulação com práticas formativas que permitam intervenções durante o processo de 
aprendizagem.
Tradicionalmente associada a exames e testes padronizados, a avaliação somativa pode assumir formatos 
mais diversificados e autênticos, como projetos integradores, resolução de problemas complexos ou 
elaboração de produtos que sintetizem as aprendizagens desenvolvidas. Como argumenta Fernandes (2021), 
não é o instrumento em si que determina o caráter somativo da avaliação, mas o momento em que ocorre e a 
finalidade a que se destina.
Aspectos Avaliação Formativa Avaliação Somativa
Momento Durante o processo Ao final do processo
Objetivo Regular e melhorar a 
aprendizagem
Verificar e certificar a 
aprendizagem
Avaliação Institucional: Análise Sistêmica 
do Processo Educativo
A avaliação institucional configura-se como um processo sistemático de análise do conjunto de fatores que 
influenciam a qualidade educacional, abrangendo desde aspectos pedagógicos até dimensões administrativas 
e relacionais da instituição escolar. Diferentemente da avaliação da aprendizagem, que foca no 
desenvolvimento individual dos estudantes, a avaliação institucional analisa a escola como um todo, em suas 
múltiplas dimensões e relações (BRANDALISE, 2019).
Como destaca Sordi (2018), a avaliação institucional constitui-se em importante estratégia para a gestão 
democrática, pois permite a participação da comunidade escolar na reflexão sobre a qualidade educacional e 
na tomada de decisões para seu aprimoramento. Quando conduzida de forma participativa, torna-se não 
apenas um instrumento técnico, mas um processo político-pedagógico que fortalece a autonomia da escola e o 
compromisso coletivo com sua qualificação.
A avaliação institucional pode ser interna (autoavaliação) ou externa, realizada por órgãos ou agentes 
externos à instituição. Freitas et al. (2019) argumentam que ambas são importantes e complementares, pois 
enquanto a autoavaliação valoriza o olhar dos sujeitos diretamente envolvidos no cotidiano escolar, a 
avaliação externa oferece parâmetros comparativos e um olhar distanciado que pode identificar aspectos não 
percebidos internamente.
Entre as dimensões geralmente contempladas na avaliação institucional, destacam-se: a proposta pedagógica 
e sua implementação; a gestão escolar e suas práticas democráticas; o clima relacional e a convivência na 
escola; a infraestrutura e as condições materiais; os resultados educacionais em termos de aprendizagem e 
permanência dos estudantes. Como ressalta Brandalise (2019), essas dimensões devem ser analisadas de 
forma integrada, reconhecendo suas inter-relações no funcionamento institucional.
Benefícios da Avaliação 
Institucional
Desafios e Limitações
Resistências decorrentes 
Instrumentos e 
Estratégias
Diagnóstico
Levantamento de informações 
sobre diferentes dimensões da 
instituição, envolvendo 
aspectos pedagógicos, 
administrativos, relacionais e 
estruturais
Análise
Interpretação coletiva dos 
dados coletados, identificando 
potencialidades, fragilidades e 
fatores intervenientes na 
qualidade educacional
Planejamento
Elaboração de planos de ação 
para aprimoramento das 
práticas institucionais, 
definindo metas, 
responsabilidades e prazos
Monitoramento
Acompanhamento contínuo da 
implementação das ações 
planejadas, com ajustes quando 
necessário e avaliação periódica 
dos resultados alcançados
Instrumentos de Avaliação: Diversificação 
e Adequação
A escolha e elaboração adequada de instrumentos avaliativos constitui um aspecto fundamental para a 
qualidade do processo de avaliação da aprendizagem. A diversificação desses instrumentos é essencial para 
contemplar diferentes estilos de aprendizagem, abranger múltiplas dimensões do conhecimento e oferecer 
oportunidades equitativas para que todos os estudantes demonstrem suas aprendizagens (FERNANDES, 
2021).
Como argumenta Depresbiteris (2017), cada instrumento avaliativo apresenta potencialidades e limitações 
específicas, sendo mais adequado para determinados objetivos e conteúdos do que para outros. Não existe o 
instrumento "perfeito", capaz de avaliar todos os aspectos da aprendizagem, o que torna imprescindível a 
utilização de um conjunto variado e complementar de estratégias avaliativas.
Instrumento Potencialidades Limitações Recomendações
Provas escritas Permitem avaliar 
grande quantidade de 
conteúdo; 
familiaridade dos 
estudantes com o 
formato
Podem privilegiar 
memorização; geram 
ansiedade; limitadas 
para avaliar processos
Elaborar questões que 
exijam reflexão e 
aplicação; diversificar 
tipos de questões
Portfólios Documentam o 
processo; promovem 
reflexão; valorizam 
percurso individual
Demandam tempo 
para elaboração e 
análise; subjetividade 
na avaliação
Estabelecer critérios 
claros; orientar 
processo de 
construção; incluir 
autoavaliação
Projetos Integramdiferentes 
conteúdos; 
aproximam teoria e 
prática; promovem 
autonomia
Complexidade na 
avaliação individual 
em trabalhos 
coletivos; tempo para 
execução
Definir etapas de 
acompanhamento; 
combinar avaliação do 
processo e do produto
Seminários Desenvolvem 
expressão oral; 
estimulam pesquisa; 
promovem trocas 
entre pares
Podem gerar 
ansiedade; dificuldade 
em avaliar 
participação de todos
Estabelecer critérios 
para apresentação e 
participação; 
combinar com registro 
escrito
Autoavaliação Promove 
metacognição; 
desenvolve 
autonomia; valoriza 
Possível 
superficialidade das 
reflexões; dificuldades 
de autocrítica
Oferecer roteiros 
orientadores; 
construir 
gradualmente a 
Critérios de Avaliação: Construção e 
Transparência
Os critérios de avaliação são parâmetros ou referenciais que orientam o julgamento sobre a qualidade das 
aprendizagens dos estudantes. Sua definição e comunicação constituem elementos essenciais para a 
coerência e a transparência do processo avaliativo, estabelecendo expectativas claras sobre o que é 
considerado um desempenho satisfatório em determinado contexto educacional (FERNANDES, 2018).
Fundamentação Teórica
Como argumenta Hadji (2017), a explicitação de 
critérios é fundamental para superar a 
arbitrariedade e a subjetividade excessiva nas 
avaliações, permitindo que o julgamento seja 
fundamentado em elementos observáveis e 
previamente acordados. Isso não significa eliminar 
completamente a subjetividade inerente a qualquer 
processo avaliativo, mas sim torná-la mais 
consciente, transparente e passível de discussão.
Um aspecto essencial na definição de critérios, 
destacado por Brookhart (2019), é sua relação 
direta com os objetivos de aprendizagem 
estabelecidos. Os critérios devem expressar quais 
evidências serão consideradas como indicadores do 
alcance desses objetivos, traduzindo expectativas 
gerais em indicadores específicos e observáveis nas 
produções dos estudantes.
Categorias de Critérios
Segundo Allal (2020), podemos distinguir duas categorias principais de critérios avaliativos: critérios de 
realização e critérios de resultados. Os primeiros referem-se aos processos e procedimentos que os 
estudantes devem seguir durante a execução de uma tarefa; os segundos, às características esperadas do 
produto final. Ambos são importantes e complementares, equilibrando a valorização tanto do processo 
quanto do resultado.
Feedback: Elemento Central da Avaliação 
Formativa
O feedback constitui um elemento central da avaliação formativa, representando o processo pelo qual 
informações sobre o desempenho ou a compreensão de um estudante são utilizadas para promover sua 
aprendizagem. Mais do que simplesmente informar sobre acertos e erros, o feedback efetivo oferece 
orientações que permitem ao aprendiz compreender onde está em relação aos objetivos propostos e como 
pode avançar (HATTIE; TIMPERLEY, 2016).
Pesquisas sintetizadas por Hattie (2017) demonstram que o feedback está entre as intervenções pedagógicas 
com maior impacto na aprendizagem, desde que implementado adequadamente. No entanto, seu efeito pode 
variar significativamente dependendo de como é formulado e comunicado, podendo tanto potencializar 
quanto inibir o desenvolvimento dos estudantes.
Características do 
Feedback Efetivo
Específico e descritivo, 
não apenas avaliativo
Oportuno, fornecido 
quando ainda pode 
influenciar a 
aprendizagem
Claro e compreensível 
para o estudante
Focado tanto em aspectos 
positivos quanto em 
pontos a melhorar
Relacionado a critérios 
conhecidos previamente
Níveis de Feedback
Sobre a tarefa: correção 
de erros, precisão da 
resposta
Sobre o processo: 
estratégias utilizadas, 
métodos de trabalho
Sobre a autorregulação: 
monitoramento e 
direcionamento da 
aprendizagem
Sobre o self: avaliação 
pessoal não relacionada à 
tarefa
Formatos de Feedback
Escrito: comentários em 
trabalhos, rubricas 
preenchidas
Oral: conversas 
individuais, discussões em 
grupo
Demonstrativo: 
exemplificação prática, 
modelagem
Digital: comentários em 
plataformas, mensagens 
personalizadas
Como destacam Hattie e Timperley (2016), o feedback mais efetivo responde a três questões fundamentais: 
"Para onde vou?" (objetivos), "Como estou indo?" (progresso) e "Para onde ir a seguir?" (próximos passos). 
Essas três dimensões ajudam o estudante a compreender não apenas seu desempenho atual, mas também o 
caminho a percorrer, promovendo maior autonomia e autorregulação da aprendizagem.
Um aspecto crucial, ressaltado por Brookhart (2019), é que o feedback deve ser "utilizável" pelo estudante, ou 
seja, deve fornecer informações que ele possa efetivamente aplicar para melhorar seu desempenho. Isso 
significa adequar o feedback ao nível de compreensão do aprendiz e oferecer orientações específicas, não 
apenas identificar problemas sem indicar caminhos para sua superação.
Feedback Construtivo
"Seu texto apresenta argumentos interessantes, 
Feedback Limitado
"Bom trabalho, mas precisa melhorar a 
Avaliação e Dificuldades de 
Aprendizagem: Diagnóstico e Intervenção
A relação entre avaliação e dificuldades de aprendizagem configura-se como um campo complexo e 
fundamental no contexto educacional. Uma avaliação adequadamente conduzida pode desempenhar papel 
decisivo na identificação precoce de obstáculos à aprendizagem e no planejamento de intervenções 
pedagógicas apropriadas, evitando que dificuldades transitórias se transformem em déficits persistentes 
(FONSECA, 2019).
Como destaca Rotta et al. (2016), é fundamental distinguir entre dificuldades de aprendizagem 3 obstáculos 
transitórios relacionados a fatores diversos como metodologia inadequada, problemas emocionais 
temporários ou falta de base em conteúdos específicos 3 e transtornos de aprendizagem, que têm base 
neurobiológica e persistem apesar de intervenções pedagógicas apropriadas. Essa distinção tem implicações 
significativas para o processo avaliativo e para as estratégias de intervenção subsequentes.
Avaliação 
diagnóstica 
abrangente
Investigação detalhada 
que considera múltiplos 
aspectos: cognitivos, 
emocionais, sociais, 
pedagógicos e 
biológicos. Utiliza 
diversos instrumentos e 
fontes de informação, 
buscando compreender 
não apenas o que o 
estudante não consegue 
realizar, mas também 
suas potencialidades e 
estratégias de 
aprendizagem.
Planejamento de 
intervenções 
específicas
Elaboração de 
estratégias pedagógicas 
diferenciadas, com base 
nos resultados da 
avaliação diagnóstica. 
Definição de objetivos 
realistas, sequenciados 
em níveis progressivos 
de complexidade, e 
seleção de recursos e 
metodologias 
adequados às 
necessidades 
identificadas.
Implementação e 
monitoramento 
contínuo
Execução das 
intervenções planejadas, 
com registro sistemático 
dos resultados 
observados. Avaliação 
processual que permite 
ajustes nas estratégias 
conforme a resposta do 
estudante, em um ciclo 
contínuo de ação-
reflexão-
replanejamento.
Reavaliação e 
redirecionamento
Análise periódica dos 
avanços alcançados e 
das dificuldades 
persistentes. 
Redefinição de 
estratégias quando 
necessário, possível 
encaminhamento para 
avaliações 
especializadas em casos 
de dificuldades 
resistentes às 
intervenções 
pedagógicas.
Um aspecto fundamental destacado por Oliveira (2018) é a importância de uma avaliação que considere não 
apenas os resultados da aprendizagem, mas principalmente os processos pelos quais o estudante busca 
construir conhecimentos. A análise dos erros, nessa perspectiva, torna-se valiosa fonte de informação sobre 
os mecanismos cognitivos utilizados e os obstáculos enfrentados, permitindo intervenções mais precisas e 
significativas.
A colaboração multidisciplinar representa outro elemento essencial nesse contexto. Como argumenta 
Avaliação no Contexto da Educação 
Inclusiva
A avaliaçãono contexto da educação inclusiva apresenta desafios específicos e demanda transformações 
significativas nas práticas avaliativas tradicionais. Como definem Booth e Ainscow (2018), a inclusão 
educacional não se limita à presença física de estudantes com deficiência nas escolas regulares, mas implica 
sua efetiva participação e desenvolvimento, o que requer um sistema avaliativo flexível, equitativo e sensível à 
diversidade.
Um princípio fundamental, destacado por Mantoan 
(2017), é que a avaliação inclusiva não deve 
classificar os estudantes em categorias rígidas nem 
reduzir expectativas de aprendizagem com base em 
diagnósticos ou rótulos. Ao contrário, deve 
identificar barreiras à participação e à 
aprendizagem, orientando sua remoção e a 
implementação de apoios específicos que permitam 
o desenvolvimento pleno das potencialidades de 
cada estudante.
Como argumenta Carvalho (2018), a flexibilização 
dos procedimentos avaliativos é essencial no 
contexto inclusivo, não como concessão ou 
facilitação, mas como reconhecimento legítimo da 
diversidade de formas de aprender e expressar 
conhecimentos. Isso pode envolver adaptações no 
tempo, no formato, nos recursos utilizados ou nas 
formas de expressão permitidas, sem comprometer 
a qualidade ou a relevância da avaliação.
Flexibilização temporal
Ajuste no tempo disponível para realização de 
atividades avaliativas, respeitando diferentes 
ritmos de processamento e execução.
Diversificação de formatos
Oferta de múltiplas formas de expressão do 
conhecimento (oral, escrita, visual, prática) e 
de acesso às informações (textual, auditiva, 
visual).
Apoios específicos
Disponibilização de recursos de 
acessibilidade (tecnologias assistivas, 
intérprete de Libras) e mediação humana 
quando necessário.
Adequação de instrumentos
Adaptação de conteúdo, linguagem e 
complexidade das avaliações conforme 
necessidades específicas, sem perder os 
objetivos essenciais.
Um elemento essencial da avaliação inclusiva, segundo Valle e Connor (2016), é o desenho universal para 
Avaliações Externas: Impactos na Prática 
Pedagógica
As avaliações externas, também denominadas avaliações em larga escala, configuram-se como instrumentos 
de política educacional implementados por instâncias governamentais para mensurar a qualidade da 
educação oferecida em sistemas de ensino. No Brasil, exemplos significativos incluem o Sistema de Avaliação 
da Educação Básica (SAEB), o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e avaliações estaduais como o 
Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (SARESP), entre outros (BONAMINO; 
SOUSA, 2018).
Como destacam Freitas et al. (2019), essas avaliações exercem influência considerável sobre as práticas 
pedagógicas e avaliativas das escolas, provocando tanto efeitos positivos quanto distorções, dependendo de 
como são implementadas e utilizadas. Entre os potenciais benefícios, destaca-se o estabelecimento de 
parâmetros comuns que permitem comparações e o diagnóstico de fragilidades nos sistemas educacionais, 
podendo orientar políticas públicas e investimentos específicos.
Políticas Educacionais
Orientação de políticas públicas com base em evidências
Gestão Escolar
Planejamento estratégico e alocação de recursos
3
Sala de Aula
Práticas pedagógicas e processos avaliativos
Estudantes
Experiências de aprendizagem e trajetórias 
educacionais
Contudo, diversos pesquisadores, como Afonso (2020) e Freitas (2019), alertam para efeitos potencialmente 
negativos das avaliações externas quando implementadas dentro de lógicas mercadológicas ou de 
responsabilização unilateral das escolas. Entre esses efeitos, destacam-se: o estreitamento curricular, com 
foco excessivo nos conteúdos cobrados nos testes; a prática do "ensinar para o teste", com treinamento 
específico para os formatos de questões; e o aumento da pressão sobre professores e estudantes, podendo 
gerar exclusão daqueles com maiores dificuldades.
Efeitos Potencialmente Positivos
F i t d di ó ti l b
Efeitos Potencialmente Negativos
R d ã d í l t
Autoavaliação: Desenvolvimento da 
Autonomia e Metacognição
A autoavaliação configura-se como um processo pelo qual o estudante analisa seu próprio percurso de 
aprendizagem, identificando conquistas, dificuldades e estratégias para aprimoramento. Mais do que uma 
técnica avaliativa específica, representa uma postura frente ao conhecimento que valoriza a reflexão crítica e 
a autorregulação, elementos fundamentais para o desenvolvimento da autonomia intelectual (FERNANDES, 
2018).
Como destaca Hadji (2017), a autoavaliação não é uma capacidade inata, mas uma competência que se 
desenvolve gradualmente através de orientação adequada e oportunidades estruturadas de prática. Esse 
desenvolvimento envolve a apropriação progressiva de critérios de avaliação, a capacidade de distanciamento 
crítico em relação às próprias produções e a formulação de juízos fundamentados sobre a qualidade do 
trabalho realizado.
Questionar
Refletir sobre objetivos, processo e resultados da aprendizagem através de perguntas 
orientadoras
2
Analisar
Examinar o próprio trabalho à luz de critérios explícitos, identificando pontos fortes e 
fragilidades
Decidir
Definir ações específicas para superar dificuldades e avançar na aprendizagem
Monitorar
Acompanhar a implementação das decisões e avaliar seus resultados, reiniciando o ciclo
Um componente essencial da autoavaliação é a metacognição, compreendida como a consciência e o controle 
sobre os próprios processos cognitivos. Como explica Brown (2016), a metacognição envolve duas dimensões 
complementares: o conhecimento sobre a cognição (compreensão de como aprendemos, quais fatores 
influenciam nosso desempenho) e a regulação da cognição (planejamento, monitoramento e avaliação das 
estratégias utilizadas).
No contexto educacional, Zimmerman (2019) destaca que a autoavaliação contribui significativamente para a 
aprendizagem autorregulada, caracterizada pela capacidade do estudante de estabelecer metas, selecionar 
estratégias adequadas, monitorar seu progresso e adaptar-se conforme necessário. Estudantes 
autorregulados tendem a apresentar maior persistência diante de dificuldades, melhor gestão do tempo e 
maior percepção de autoeficácia.
Instrumentos para Benefícios da Desafios na
O Erro no Processo de Avaliação: Uma 
Perspectiva Construtiva
A concepção sobre o erro no processo avaliativo revela pressupostos pedagógicos e epistemológicos 
fundamentais sobre como se compreende a aprendizagem e o desenvolvimento cognitivo. Historicamente, o 
erro foi tratado como evidência de fracasso, falha ou incapacidade, devendo ser punido ou eliminado. 
Contudo, perspectivas contemporâneas, especialmente aquelas fundamentadas em abordagens 
construtivistas, oferecem uma visão radicalmente diferente, reconhecendo o erro como parte intrínseca e 
potencialmente produtiva do processo de aprendizagem (LUCKESI, 2018).
O Erro como Oportunidade de Aprendizagem
Como argumenta Hoffmann (2020), o erro revela hipóteses provisórias construídas pelo estudante em seu 
esforço de compreensão da realidade. Analisá-lo permite ao educador compreender os caminhos do raciocínio 
percorridos, identificar obstáculos específicos e planejar intervenções adequadas. Nessa perspectiva, o erro 
deixa de ser algo a ser simplesmente corrigido e passa a ser objeto de investigação, fornecendo insights 
valiosos sobre o processo cognitivo em desenvolvimento.
Macedo (2017), fundamentado na epistemologia genética de Piaget, destaca que o erro construtivo 
representa uma etapa necessária na construção de novos esquemas de pensamento. A desestabilização 
causada pelo reconhecimento do erro pode desencadear processos de reequilibração que conduzem a 
compreensões mais complexas e adequadas. Nesse sentido, um ambiente educacional que não permita errar 
pode, paradoxalmente, limitar oportunidades genuínas de aprendizagem.
Análisedo erro
Investigação das razões 
subjacentes ao erro, 
compreendendo-o como 
expressão de um 
raciocínio em 
construção, não como 
simples falha.
Diálogo sobre o 
processo
Conversas que exploram 
o percurso cognitivo, 
solicitando ao estudante 
que explique seu 
raciocínio e promovendo 
reflexão metacognitiva.
Valorização do 
esforço
Reconhecimento das 
tentativas e do 
engajamento ativo, 
mesmo quando o 
resultado não é o 
esperado, fortalecendo a 
persistência e a 
disposição para arriscar.
Feedback 
construtivo
Devolutivas que não se 
limitam a apontar erros, 
mas oferecem 
orientações específicas 
sobre como avançar, 
focando no processo, 
não apenas no resultado.
E b d i d i f õ i ifi i l li i di i l
Portfólios: Documentação e Reflexão 
sobre o Processo de Aprendizagem
O portfólio configura-se como um instrumento avaliativo diferenciado, caracterizado pela coleção organizada 
e reflexiva de trabalhos que documentam o percurso de aprendizagem do estudante ao longo de um período. 
Diferentemente de uma simples pasta de atividades, o portfólio envolve seleção intencional, reflexão crítica e 
análise do desenvolvimento, constituindo-se simultaneamente como produto e processo (VILLAS BOAS, 
2018).
Como destaca Shores e Grace (2017), o portfólio representa uma abordagem avaliativa coerente com 
perspectivas construtivistas da aprendizagem, pois valoriza o processo de construção do conhecimento, não 
apenas seus resultados finais. Ao documentar diferentes momentos e dimensões desse processo, oferece uma 
visão mais abrangente e autêntica do desenvolvimento do estudante do que avaliações pontuais e 
descontextualizadas.
Coleção significativa
Reunião de trabalhos que evidenciam 
diferentes aspectos do desenvolvimento, 
selecionados com critérios claros e 
intencionais.
Reflexão crítica
Análise dos trabalhos incluídos, com 
identificação de avanços, desafios e 
estratégias utilizadas ao longo do processo.
Organização sistemática
Estruturação cronológica ou temática que 
facilita a visualização do percurso e a 
identificação de padrões e tendências.
Diálogo avaliativo
Oportunidades de discussão sobre o 
portfólio, envolvendo educador, estudante e, 
eventualmente, colegas e familiares.
Segundo Villas Boas (2018), podemos identificar diferentes tipos de portfólios, conforme seus objetivos e 
características específicas. O portfólio de aprendizagem documenta o processo cotidiano, incluindo 
rascunhos, tentativas e reformulações; o portfólio demonstrativo apresenta os melhores trabalhos, 
evidenciando conquistas significativas; o portfólio avaliativo, por sua vez, é organizado especificamente para 
avaliação formal, seguindo critérios previamente estabelecidos.
Um aspecto fundamental destacado por Hernández (2019) é o potencial do portfólio para promover a 
metacognição e a autorregulação da aprendizagem. Ao selecionar trabalhos, justificar suas escolhas e refletir 
sobre seu próprio desenvolvimento, o estudante desenvolve maior consciência sobre seus processos 
cognitivos e maior autonomia na gestão de sua aprendizagem, capacidades essenciais para a formação de 
aprendizes permanentes.
Coleta
Reunião de evidências 
diversificadas do processo de 
aprendizagem (produções 
escritas, registros audiovisuais, 
projetos, etc.)
Seleção
Escolha das evidências mais 
significativas, conforme 
critérios definidos 
(representatividade, qualidade, 
evolução, etc.)
Avaliação Formativa e Tecnologias Digitais
A integração entre avaliação formativa e tecnologias digitais constitui um campo promissor para a inovação 
pedagógica, expandindo significativamente as possibilidades de acompanhamento, feedback e personalização 
do processo educativo. Conforme destacam Carvalho e Gottschalck (2019), as ferramentas digitais 
potencializam as práticas avaliativas formativas ao facilitarem a coleta e análise de dados, agilizarem 
processos de feedback e criarem ambientes interativos que estimulam efetivamente a autorregulação da 
aprendizagem.
Entre as potencialidades das tecnologias digitais para a avaliação formativa, Russell (2020) enfatiza a 
possibilidade de feedback imediato, permitindo que o estudante identifique rapidamente seus pontos de 
melhoria e ajuste suas estratégias de aprendizagem. Aplicativos de quiz, plataformas adaptativas e ambientes 
virtuais de aprendizagem oferecem devolutivas automatizadas para determinados tipos de atividades, 
complementando 3 nunca substituindo 3 o feedback mais elaborado e personalizado do educador.
Quizzes interativos
Permitem verificação 
rápida da compreensão, 
com feedback imediato e 
possibilidade de 
múltiplas tentativas para 
aprimoramento.
E-portfólios
Facilitam a 
documentação 
multimídia do percurso 
de aprendizagem, 
integrando reflexão, 
compartilhamento e 
feedback contínuo.
Learning analytics
Possibilitam análise de 
padrões de 
aprendizagem e 
identificação precoce de 
dificuldades específicas 
através de dados 
gerados nas interações.
Ferramentas 
colaborativas
Viabilizam processos de 
coavaliação e construção 
coletiva de 
conhecimento, com 
registro das 
contribuições 
individuais.
Uma contribuição fundamental das tecnologias digitais, segundo Coll e Monereo (2018), reside na 
possibilidade de personalização da avaliação, com ajustes precisos no nível de dificuldade, ritmo e formato 
conforme as necessidades específicas de cada estudante. Plataformas adaptativas utilizam algoritmos 
sofisticados para identificar padrões de erro e ajustar automaticamente as próximas atividades, oferecendo 
desafios apropriados que maximizam o potencial de aprendizagem individual.
Outro aspecto relevante, salientado por Carvalho e Gottschalck (2019), é a capacidade das tecnologias 
digitais de tornarem visíveis processos cognitivos tradicionalmente ocultos. Por meio de ferramentas como 
mapas conceituais digitais, diários reflexivos online ou gravações de processos de resolução de problemas, 
torna-se possível acessar não apenas o produto final da aprendizagem, mas também o percurso cognitivo 
realizado pelo estudante, permitindo intervenções pedagógicas mais precisas e significativas.
Ferramenta Digital Aplicação na 
Avaliação Formativa
Benefícios Potenciais Desafios
Kahoot/Mentimeter Quizzes interativos 
para verificação da 
compreensão em 
tempo real
Engajamento, 
feedback imediato, 
identificação rápida 
de conceitos não 
Avaliação superficial, 
foco em respostas 
rápidas
Desafios da Avaliação em Contextos de 
Diversidade Cultural
A avaliação da aprendizagem em ambientes caracterizados pela diversidade cultural apresenta desafios 
significativos que exigem reflexão aprofundada e abordagens diferenciadas. Conforme argumenta Candau 
(2019), práticas avaliativas tradicionais frequentemente refletem e perpetuam padrões culturais dominantes, 
privilegiando determinados modos de expressão, conhecimentos e valores em detrimento de outros, 
resultando potencialmente em processos de exclusão e silenciamento de estudantes pertencentes a grupos 
culturalmente minoritários.
Desafios Linguísticos
Barreiras relacionadas ao domínio da língua de 
instrução, especialmente para estudantes 
bilíngues ou multilíngues
Variações linguísticas regionais ou socioletais 
frequentemente interpretadas erroneamente 
como deficiências
Especificidades culturais na construção do 
discurso e na argumentação que afetam a 
expressão do conhecimento
Dificuldades na compreensão de enunciados e 
comandos culturalmente referenciados
Uso de expressões idiomáticas e metáforas que 
podem não integrar o repertório cultural do 
estudante
Desafios Epistemológicos
Valorização hierarquizada de formas de 
conhecimento (científico, tradicional, artístico, 
etc.)
Diferentes concepções culturais sobre o que 
constitui aprendizagem significativa
Dissonância entre conhecimentos curriculares 
padronizados e saberes comunitários locais
Divergências nas formasde validação e 
legitimação do conhecimento
Tensões entre paradigmas epistemológicos 
ocidentais e não-ocidentais no processo 
avaliativo
Desafios Pedagógicos
Diversidade de estilos de aprendizagem
Um aspecto fundamental destacado por Walsh 
(2018) é o reconhecimento de que a avaliação 
nunca é culturalmente neutra, pois invariavelmente 
expressa concepções específicas sobre o que 
constitui conhecimento válido, como este deve ser 
demonstrado e quais critérios determinam sua 
qualidade. Essa consciência representa o primeiro 
passo essencial para o desenvolvimento de práticas 
avaliativas mais equitativas e culturalmente 
responsivas.
Fleuri (2021) enfatiza que a diversidade cultural nas 
escolas brasileiras manifesta-se através de 
múltiplas dimensões, incluindo diferenças étnico-
raciais, linguísticas, regionais, religiosas e 
socioeconômicas, entre outras. Cada uma dessas 
dimensões influencia significativamente os modos 
de aprender, de expressar conhecimentos e de 
responder às situações avaliativas, exigindo 
sensibilidade e flexibilidade sistemática por parte 
dos educadores.
No contexto indígena, Grupioni (2022) evidencia 
que as formas convencionais de avaliação 
frequentemente colidem com processos 
tradicionais de transmissão de conhecimento 
fundamentados na oralidade, na observação direta, 
na participação gradual em práticas comunitárias e 
no respeito aos tempos e ritmos próprios de cada 
indivíduo. Instrumentos avaliativos padronizados 
raramente conseguem captar adequadamente estas 
dimensões fundamentais da aprendizagem.
Igualmente reveladora é a pesquisa de Gomes 
(2020) com estudantes quilombolas, demonstrando 
como práticas avaliativas convencionais tendem a
Conselho de Classe: Espaço Coletivo de 
Avaliação
O Conselho de Classe constitui-se como uma instância colegiada de avaliação, reunindo educadores e, em 
formatos mais participativos, estudantes e familiares, com o propósito de analisar coletivamente o processo 
educativo. Muito além de um momento burocrático destinado à definição de aprovações e reprovações, 
representa um espaço privilegiado para reflexão compartilhada sobre práticas pedagógicas e trajetórias de 
aprendizagem (DALBEN, 2018).
Como evidencia Cruz (2017), o Conselho de Classe surge historicamente no contexto da pedagogia francesa, 
sendo implementado no Brasil a partir da década de 1970, inicialmente com caráter predominantemente 
seletivo e classificatório. No entanto, na perspectiva de uma gestão democrática da educação, vem sendo 
ressignificado como instância de avaliação formativa e ambiente de construção coletiva de alternativas 
pedagógicas para a qualificação do processo educativo.
De acordo com Dalben (2018), o Conselho de 
Classe apresenta potencialidades expressivas para 
a qualificação do processo avaliativo, destacando-
se: a integração de diferentes olhares sobre os 
estudantes, enriquecendo o diagnóstico e 
ampliando a compreensão de suas especificidades; a 
análise contextualizada do desempenho, 
considerando fatores institucionais e não apenas 
individuais; a troca de experiências pedagógicas 
entre os educadores, fortalecendo o trabalho 
coletivo; e a identificação de padrões e tendências 
que possibilitam intervenções mais sistêmicas e 
eficazes.
Entretanto, como alerta Cruz (2017), para 
concretizar essas potencialidades, torna-se 
necessário superar práticas ainda recorrentes em 
diversos contextos educacionais, tais como: a 
centralidade excessiva nas notas e na definição de 
aprovação/reprovação; a predominância de 
comentários genéricos e subjetivos sobre 
comportamento e atitudes, sem análise substancial 
da aprendizagem; o foco exclusivo nas dificuldades 
e nos chamados "alunos-problema", 
desconsiderando conquistas e potencialidades; e a 
ausência de encaminhamentos concretos e 
acompanhamento sistemático das decisões 
tomadas.
Diagnóstico
Análise multidimensional do 
processo educativo, integrando 
diferentes perspectivas sobre 
turmas e estudantes específicos
Reflexão
Discussão coletiva sobre 
fatores intervenientes, 
considerando aspectos 
pedagógicos, relacionais e 
institucionais
Deliberação
Tomada de decisões 
compartilhada sobre 
intervenções necessárias, 
distribuição de 
responsabilidades e prazos
Acompanhamento
Monitoramento da 
implementação das ações 
definidas e avaliação contínua 
de seus resultados
Avaliação e Currículo: Articulações 
Necessárias
A relação entre avaliação e currículo configura-se como um vínculo intrínseco e bidirecional, no qual ambos os 
elementos se influenciam mutuamente, refletindo concepções educacionais e projetos formativos específicos. 
Como argumenta Sacristán (2017), a avaliação não apenas verifica a aprendizagem de um currículo 
previamente definido, mas também constitui, ela própria, um poderoso determinante do currículo real, 
sinalizando o que efetivamente é valorizado no processo educativo.
Um princípio fundamental destacado por Fernandes (2018) é a necessidade de alinhamento construtivo entre 
currículo e avaliação, conceito desenvolvido inicialmente por Biggs, que enfatiza a coerência entre objetivos 
de aprendizagem, experiências educativas e processos avaliativos. Esse alinhamento contribui para a 
transparência do processo educacional, para a orientação adequada dos estudantes e para a validação das 
inferências realizadas a partir dos resultados avaliativos.
Objetivos de 
Aprendizagem
O que os estudantes 
devem saber, 
compreender e ser 
capazes de fazer
2
Experiências 
Educativas
Atividades e 
interações que 
promovem o 
desenvolvimento das 
aprendizagens 
esperadas
Processos 
Avaliativos
Estratégias para 
coletar evidências 
sobre o alcance dos 
objetivos propostos
Feedback e 
Regulação
Informações e 
intervenções que 
reorientam o processo 
de ensino-
aprendizagem
Como observa Moreira (2019), diferentes concepções curriculares implicam diferentes abordagens 
avaliativas. Currículos centrados em conteúdos disciplinares tendem a privilegiar avaliações que verificam a 
aquisição desses conteúdos específicos; currículos organizados por competências demandam avaliações que 
analisem a mobilização integrada de conhecimentos, habilidades e atitudes em situações complexas; 
currículos críticos e emancipatórios requerem avaliações que valorizem a reflexão, o questionamento e a 
transformação social.
Perspectiva Curricular Concepção de Conhecimento Abordagem Avaliativa
Tradicional/Conteudista Conhecimento como conjunto 
de fatos e conceitos a serem 
transmitidos
Verificação da reprodução de 
conteúdos, com ênfase na 
memorização
Construtivista Conhecimento como 
construção ativa do sujeito em 
interação com o meio
Análise de processos de 
elaboração cognitiva e 
resolução de problemas
Ética na Avaliação Educacional
A dimensão ética da avaliação educacional constitui um aspecto fundamental, embora frequentemente 
negligenciado nas discussões técnicas sobre procedimentos e instrumentos avaliativos. Como argumenta 
Hadji (2017), a avaliação nunca é um processo neutro ou meramente técnico, mas envolve julgamentos de 
valor e decisões com impactos significativos nas trajetórias educacionais e de vida dos sujeitos avaliados, o 
que lhe confere inegável dimensão ética.
Um princípio ético central na avaliação, destacado 
por Luckesi (2018), é o compromisso com o 
desenvolvimento pleno dos educandos, o que 
implica utilizar a avaliação como instrumento de 
diagnóstico e intervenção pedagógica, não como 
mecanismo de classificação, exclusão ou exercício 
de poder. Essa perspectiva fundamenta-se no 
reconhecimento do direito de todos à educação de 
qualidade e ao desenvolvimento de suas 
potencialidades.
Fernandes (2018) enfatiza a importância da justiça 
avaliativa, que se manifesta em diferentes 
dimensões: justiça igualitária, oferecendo as 
mesmas condições a todos; justiça equitativa, 
considerando necessidadesespecíficas e condições 
desiguais de partida; justiça processual, garantindo 
procedimentos transparentes e consistentes; e 
justiça restaurativa, focada na superação de 
dificuldades e não na punição pelo não aprendizado.
Princípios Éticos 
Fundamentais
Respeito à dignidade e aos 
direitos fundamentais dos 
estudantes
Compromisso com a 
equidade e a inclusão 
educacional
Responsabilidade pelos 
impactos das práticas 
avaliativas
Honestidade intelectual e 
rigor na análise dos 
resultados
C fid i lid d
Dilemas Éticos Comuns
Tensão entre 
padronização e 
consideração de 
especificidades
Conflitos entre exigências 
institucionais e 
necessidades individuais
Fronteiras entre feedback 
honesto e preservação da 
autoestima
Pressões por resultados 
versus compromisso com 
o processo
R bilid d
Direitos dos Avaliados
Conhecimento prévio de 
critérios e procedimentos
Feedback construtivo e 
oportunidades de 
melhoria
Condições adequadas 
para demonstrar 
aprendizagens
Consideração de fatores 
contextuais relevantes
Revisão de resultados 
quando há evidências de 
equívocos
Relatórios Descritivos: Comunicação 
Qualitativa da Avaliação
Os relatórios descritivos configuram-se como instrumentos de comunicação qualitativa dos processos e 
resultados avaliativos, oferecendo informações detalhadas sobre o percurso de aprendizagem e 
desenvolvimento dos estudantes. Diferentemente de boletins tradicionais com notas ou conceitos genéricos, 
caracterizam-se pela descrição pormenorizada de conquistas, dificuldades, interesses e necessidades 
específicas, fornecendo uma visão mais abrangente e contextualizada do processo educativo (HOFFMANN, 
2020).
Como destaca Villas Boas (2018), o relatório descritivo representa uma alternativa aos sistemas 
classificatórios, coerente com uma concepção formativa da avaliação. Sua elaboração demanda observação 
sistemática, registro contínuo e análise reflexiva do processo de aprendizagem, superando impressões 
superficiais ou julgamentos apressados frequentemente associados à atribuição de notas numéricas.
Observação sistemática
Acompanhamento intencional e contínuo dos estudantes em diferentes situações e 
contextos
Registro detalhado
Documentação de eventos significativos, produções relevantes e interações 
observadas
3
Análise reflexiva
Interpretação das informações coletadas à luz de objetivos e 
critérios estabelecidos
Elaboração textual
Redação cuidadosa que articule fatos observados, 
interpretações e orientações construtivas
Um elemento fundamental dos relatórios descritivos, segundo Hoffmann (2020), é seu caráter narrativo, que 
permite contextualizar as aprendizagens e evidenciar processos, não apenas produtos. Ao narrar situações 
concretas, exemplificar com produções específicas e descrever percursos particulares, o relatório oferece 
uma visão mais autêntica e individualizada do desenvolvimento do estudante, reconhecendo sua 
singularidade.
A redação de relatórios descritivos apresenta desafios significativos, como aponta Villas Boas (2018). Entre 
eles destacam-se: a necessidade de observação detalhada e registro sistemático, que exigem tempo e 
organização; o domínio da linguagem técnica e ao mesmo tempo acessível, que comunique com clareza tanto 
para especialistas quanto para familiares; o equilíbrio entre descrição e análise, evitando tanto a enumeração 
Avaliação no Ensino Superior: 
Especificidades e Desafios
A avaliação da aprendizagem no ensino superior apresenta particularidades e desafios próprios, relacionados 
tanto às características dessa etapa educacional quanto às demandas específicas da formação profissional e 
acadêmica. Como argumenta Fernandes (2021), apesar da crescente atenção à pedagogia universitária, as 
práticas avaliativas no ensino superior frequentemente permanecem tradicionais e pouco fundamentadas, 
refletindo mais a reprodução de modelos vivenciados pelos docentes do que escolhas pedagógicas 
conscientes e teoricamente embasadas.
Um aspecto fundamental destacado por Zabalza (2018) é a dupla função da avaliação no ensino superior: além 
de verificar o desenvolvimento de conhecimentos e competências específicas, deve também certificar a 
capacitação profissional e a habilitação para o exercício de determinadas funções na sociedade. Essa dimensão 
certificativa confere às práticas avaliativas no ensino superior responsabilidade social significativa, com 
implicações éticas importantes.
Características do Ensino Superior Implicações para a Avaliação
Perfil diversificado dos estudantes (idade, origem, 
experiência)
Necessidade de diagnóstico inicial e flexibilidade 
nas abordagens
Formação profissional específica Avaliação de competências complexas e situadas 
em contextos próximos à realidade profissional
Desenvolvimento da autonomia intelectual Valorização da autorregulação, da crítica 
fundamentada e da independência
Articulação entre ensino, pesquisa e extensão Integração entre diferentes dimensões 
formativas na avaliação
Professores especialistas em suas áreas, nem 
sempre com formação pedagógica
Variabilidade nas concepções e práticas 
avaliativas, frequentemente sem fundamentação 
explícita
Como destaca Soares (2020), um desafio significativo no contexto universitário é a superação da cultura da 
"prova" como instrumento avaliativo quase exclusivo, frequentemente aplicada ao final do período letivo com 
caráter predominantemente classificatório. Essa cultura, além de empobrecer as possibilidades formativas da 
avaliação, muitas vezes enfatiza memorização em detrimento de capacidades mais complexas como análise 
crítica, resolução de problemas e criatividade, essenciais no perfil profissional contemporâneo.
A avaliação de competências profissionais representa outro desafio importante, como argumenta Zabalza 
(2018). Diferentemente de conteúdos específicos, competências envolvem mobilização integrada de 
conhecimentos, habilidades e atitudes em situações complexas e mutáveis. Sua avaliação demanda 
instrumentos e estratégias que simulem ou reproduzam contextos reais de atuação profissional, como 
estudos de caso, resolução de problemas, projetos integradores e práticas supervisionadas.
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