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ESF - Equipe de Saúde da família

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1 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
INSERÇÃO DA FISIOTERAPIA NA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA 
FAMILIA ¹ 
JOUSE DE CARVALHO GONDIM MAGALHÃES ² 
AURICELIA DE CARVALHO GONDIM E GABRIELA ANICETO DE 
SOUSA OLIVEIRA DO RÊGO BARROS ³ 
RESUMO 
A fisioterapia atuou por muito tempo de forma individual, mas com o 
próprio avanço da ciência sua história permite ao profissional atuar em 
todos os níveis de saúde. Os primeiros serviços de reabilitação no Brasil 
instalaram-se em hospitais gerais e psiquiátricos, entidades beneficentes 
e programas de reabilitação efetivados pela Previdência Social. A 
formação acadêmica possibilita ao fisioterapeuta prestar serviços nas 
áreas de saúde, educação, esporte, empresarial, atuando ainda no campo 
de pesquisa. Na saúde permite ao profissional atuar em hospitais, 
clínicas, ambulatórios, consultórios, centro de reabilitação e nas ações 
básicas de saúde, como a Estratégica de Saúde da Família (ESF). 
Objetivo: Analisar a atuação do profissional de fisioterapia dentro de 
Estratégia de Saúde da Família. Foram utilizadas 30 obras onde concluiu 
que a inserção do fisioterapeuta nas equipes de saúde da família vem 
adquirindo crescente importância, pois profissional se desvincula da parte 
só curativa e reabilitadora e passa a atender em todos os níveis de saúde. 
PALAVRAS-CHAVE: Programa de Saúde da Família, Fisioterapia, 
Atenção Primária. 
ABSTRACT 
The therapy worked for a long time individually, but with the very advance 
of science history allows the professional to act on all levels of health. The 
first rehabilitation services in Brazil settled in general and psychiatric 
hospitals, charities and rehabilitation programs effected by Social Security. 
2 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
Academic training enables physical therapists to provide services in 
health, education, sport, business, still serving in the search field. In health 
allows the professional to work in hospitals, clinics, dispensaries, clinics, 
rehabilitation center and the basic health interventions, such as the Family 
Health Strategy (FHS). Objective: To analyze the performance of 
professional physical therapy within the Family Health Strategy. 30 works 
were used where it was concluded that the inclusion of the therapist in 
family health teams is becoming increasingly important, because 
professionals are disassociated from the only curative and rehabilitative 
and shall serve at all levels of health. 
KEY-WORDS: Family Health Program, Physical Therapy, Primary Care 
___________________________________________________________ 
INTRODUÇÃO 
Durante a Segunda Guerra Mundial surgem as primeiras escolas 
de cinesioterapia, para recuperar e reabilitar os sequelados da guerra, 
que necessitavam readquirir um mínimo de condições para retornar as 
atividades de vida diária. Com isso a fisioterapia caracteriza como 
profissão da área de saúde. 
A fisioterapia atuou por muito tempo de forma individual, ou seja, 
atendendo pessoas já acometidas de alguma enfermidade, mas os 
programas para incapacitados físicos só emergiram a partir do movimento 
internacional de reabilitação, com os trabalhos de massoterapia 
desempenhados por Mendell e Cyriax, cinesioterapia respiratória 
realizado por Winifred Linton e trabalhos de fisioterapia neurológica, 
parceria dos autores Berta Bobath e Karel Bobath. (GAVA, 2004) 
Pelo próprio avanço da ciência a história da fisioterapia passa por 
diversas oscilações, sendo fortemente influenciada pelos veteranos de 
guerra incapacitados, transformando a reabilitação no terceiro nível de 
atenção à saúde, praticada a partir da instalação de incapacidades por 
3 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
deficiência congênita, doenças crônicas, acidentes ou por lesões de 
origem ocupacionais. 
Segundo Soares (1991) os primeiros serviços de reabilitação que 
se instalaram no Brasil foram em hospitais gerais e psiquiátricos, seguidos 
das entidades beneficentes para os deficientes e dos programas de 
reabilitação profissional efetivados em alguns institutos da Previdência 
Social. Em 13 de outubro de 1969, a junta militar que governava o Brasil 
reconhece a fisioterapia como curso superior onde ficou definida como 
uma atividade privativa do fisioterapeuta a execução de métodos e 
técnicas fisioterápicas, com a finalidade de restaurar, desenvolver e 
conservar a capacidade física do paciente. 
 Em 1975, durante o governo Ernesto Geisel, o Conselho Federal 
de Fisioterapia (COFFITO) foi criado para legislar e estabelecer o código 
de ética regularizando a atuação do fisioterapeuta, e, com a função de 
legalizar e fiscalizar o serviço criou-se o CREFITO, os conselhos 
regionais. 
Segundo o COFFITO (1987), a Fisioterapia é uma ciência da saúde 
que estuda o movimento humano, em todas as suas formas de expressão 
e potencialidades, quer nas suas alterações patológicas, quer nas suas 
repercussões psíquicas e orgânicas, visando, preservar, manter, 
desenvolver e/ou restaurar a integridade de órgãos, sistema ou função. 
A formação acadêmica possibilita ao fisioterapeuta prestar serviços 
nas áreas de saúde, educação, esporte, empresarial, atuando ainda no 
campo de pesquisa. Contudo, a saúde é a área de mercado mais 
abrangente, pois permite ao profissional atuar em hospitais, clínicas, 
ambulatórios, consultórios, centro de reabilitação e nas ações básicas de 
saúde, como a Estratégica de Saúde da Família (ESF). Dentro da 
abordagem de promoção da saúde, respeitando as diretrizes do SUS, 
propõe um modelo de assistência integral, que como proclama Costa 
4 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
Neto e Menezes (2000), enfatiza a atenção primária e à promoção da 
saúde familiar. 
Estabeleceu-se, em 1994, o Programa de Saúde da Família (PSF), 
que hoje é chamada de Estratégia de Saúde da Família (ESF), como um 
modelo de atenção a saúde para todo o Brasil, a ser desenvolvido 
essencialmente pelos municípios. A ESF tem ampliado as suas 
possibilidades de se tornar uma proposta exitosa, em especial pela 
capacidade criativa dos municípios, ganhando contornos que ultrapassam 
o conceito habitual de programa. Assim, apesar de conter diretrizes 
normativas, com objetivos e operações evidentemente definidos, sua 
implantação, quando adequada, oferece resultados que extrapolam o 
nível da atenção primária e a possibilidade de intervenção com 
estratégias como a promoção de saúde. Deve ser adequada às diversas 
realidades locais a operacionalização da Estratégica de Saúde Familiar, 
devendo manter seus princípios e diretrizes fundamentais. (SAMPAIO e 
LIMA, 2004). 
A Estratégica de Saúde da Família advém de uma proposta de 
ação que inclui três esferas do governo. Compete aos três níveis 
contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde no Brasil, 
visando a organização dos sistemas de saúde; avaliação e 
acompanhamento de seu desempenho e o envolvimento na capacitação e 
educação permanente dos recursos humanos. Essas três esferas 
correspondem ao Ministério da Saúde, às Secretarias Estaduais de 
Saúde e às Secretarias Municipais de Saúde. 
Compete ao Ministério da Saúde a formulação geral do programa e 
a sua coordenaçãonacional, revendo as suas diretrizes e renegociando 
pactos, na medida em que forem acumulando experiências que 
demonstrem essa necessidade. Deve garantir, também, fontes de 
recursos federais para o financiamento do programa; regulamentar os 
mecanismos de cadastramento, inclusão e exclusão das equipes e 
5 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
profissionais para pagamentos de incentivos federais; prestar assessoria 
técnica aos estados e municípios no processo de implantação e expansão 
do programa; articular instituições, em parceria com Secretarias Estaduais 
e Municipais de Saúde, para capacitação e garantia de educação 
permanente aos profissionais de saúde membros das equipes de Saúde 
da Família e promover experiências, objetivando o aperfeiçoamento e a 
disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção 
Primária. 
As Secretarias Estaduais de Saúde estabelecem, em parceria com 
o Ministério da Saúde, as normas e as diretrizes complementares do 
programa, quais sejam: prestar assessoria técnica aos municípios no 
processo de implantação e ampliação, assim como o monitoramento do 
programa; disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e 
pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação 
permanente dos membros das equipes e promover o intercâmbio de 
experiências entre os diversos municípios, a fim de disseminar 
tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria da Atenção Básica ou 
Primária, além de participar do financiamento, quer seja através da 
participação dos estados no financiamento global da saúde, como 
preconiza a lei, quer seja através de incentivos estaduais para a Saúde da 
Família. 
Compete às Secretarias Municipais de Saúde a operacionalização 
do PSF, inserindo este programa em sua rede de serviços, tendo em vista 
a organização descentralizada do Sistema Único de Saúde. Faz parte 
também da competência dos municípios a garantia da infraestrutura 
necessária ao funcionamento das Unidades de Saúde da Família, 
dotando-as de recursos materiais, equipamentos e insumos necessários 
para o conjunto de ações preconizadas pelo Programa e selecionar, 
contratar e remunerar os profissionais que formam as equipes 
multiprofissionais, de acordo com a legislação vigente. 
6 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
A ESF, de acordo com Mandu et al (2008), tem como desafios 
ampliar o acesso às ações de saúde, dar forma concreta a uma 
interpretação ampla de saúde e as idéias de integralidade, promoção da 
saúde, enfoque familiar, desenvolvimento de corresponsabilidades, 
humanização da assistência e formação de vinculo entre profissionais e 
população territorializada. A ESF, como também proclama Dominguez 
(1998) é desenvolvido de acordo com as características e problemas de 
cada localidade para atender à saúde do indivíduo e da família dentro do 
contexto da comunidade. 
 Segundo Arruda et. al (2008) a Estratégica de Saúde da Familia é 
formada por equipes multiprofissionais que são basicamente compostas 
por médicos, odontólogos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e 
agentes da saúde. Outros profissionais também podem ser inseridos 
dependendo da necessidade do município. O plano de trabalho dessas 
equipes devem visar a interação entre seus profissionais, de tal forma que 
possam receber a população e solucionar, na própria Unidade de Saúde 
da Família – USF, os problemas mais freqüentes relacionados à saúde da 
coletividade a qual está vinculada. 
Segundo Trelha et al (2007), a inserção do fisioterapeuta nas 
equipes de saúde da família vem adquirindo crescente importância, pois 
profissional se desvincula da parte só curativa e reabilitadora e passa a 
atender em todos os níveis de saúde. Com o objetivo prioritário de 
prevenção, buscando reduzir ao mínimo indispensável o atendimento 
ambulatorial ou hospitalar, os fisioterapeutas vêem trabalhando com a 
finalidade de conscientizar seus pacientes e respectivos familiares quanto 
às limitações das deficiências e o compromisso com o tratamento. Para 
isso, fazem uso de recursos fisioterapêuticos acessíveis à comunidade. 
Previnem os acidentes no domicílio e na comunidade em geral; facilitam a 
acessibilidade e atuam na prevenção dos distúrbios da coluna vertebral 
através de grupos educativos com a equipe da Saúde da Família, além de 
7 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
realizar palestras sobre assuntos pertinentes à Fisioterapia. (RAGASSON, 
2003) 
O Atendimento Domiciliar é um serviço ofertado aos pacientes que 
apresentam dificuldades para realizar o seu tratamento fisioterápico fora 
da residência, seja por motivos de transporte, tempo, distância ou 
condições físicas. São exemplos de processos fisiopatológicos 
normalmente encontrados em domicílio: distúrbios neurológicos (acidente 
vascular encefálico) – AVE, traumatismo crânio-encefálico – TCE, 
Paralisia Infantil, Parkinson, ortopédicos (fraturas, entorses, contusões, 
etc.), respiratórios (asma, doença pulmonar obstrutiva crônica - DPOC, 
bronquite, etc.), como desenvolve ações para condicionamento físico e 
intervenções com terapias alternativas. 
Conforme Nogueira (2000) a Assistência Domiciliar Terapêutica 
tem como princípio de intervenção estimular a independência do 
pacientes e de seus familiares, visando criar condições para que possam 
desempenhar diversas atividades de complexidade pequena no ambiente 
doméstico, significando uma possibilidade de aceleração no processo de 
tratamento e uma maneira de permitir que todos trabalhem com os 
mesmos objetivos. Segundo menciona Shestack (1987) os objetivos da 
Fisioterapia se direcionam no sentido de restaurar ou aumentar a 
capacidade do corpo do paciente, devolvendo-lhe, na maioria das vezes, 
suas primitivas funções, tentando reintegrá-lo em seu meio ambiente e 
em suas atividades diárias. 
A Estratégia de Saúde da Família vem mobilizando as equipes de 
saúde dos Municípios de todo o Brasil, mudando conceitos e direcionando 
ações no âmbito dos governos municipal, estadual e federal, segundo 
Silva (2003). Véras et al (2005) preconiza que apesar do pouco tempo de 
atuação do fisioterapeuta na saúde da família, o resultado tem se 
mostrado bastante promissor, pois revela uma mudança paradigmática na 
atuação deste profissional, que anteriormente desempenhava suas ações 
8 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
principalmente no campo da reabilitação, e que agora passa a intervir 
significativamente na prevenção de doenças. 
A prevenção na saúde está presente na história natural de 
doenças. Assim, pode-se distinguir três níveis de medidas preventivas: 
primária, secundária e terciária O nível primário de prevenção, como 
explica o Ministério da Saúde ( 2000), é aplicável durante o período de 
pré-patogênese. A prevenção primária atua nos períodos em que o 
organismo se encontra em equilíbrio, estabelecendo, segundo Rouquayrol 
(1999) ações que mantenha esse organismo nessa situação. 
O nível secundário de prevenção pode ser determinado no instante 
em que o organismo já se encontra com alterações na forma e na função. 
Está, então, o organismo no período de patogênese e em enfermidade 
real. Já o nível terciário, de prevenção é estabelecidoquando o indivíduo 
portador de enfermidade passou pelos estágios anteriores, 
permanecendo com uma seqüela e/ou uma incapacidade que precisam 
ser minimizadas. A meta principal, como apresenta o Ministério da Saúde 
(2001) é recolocar o indivíduo afetado em uma posição útil na sociedade, 
na expectativa da máxima utilização de suas capacidades funcionais. 
Visando apoiar a inserção da Estratégia Saúde da Família na rede 
de serviços e ampliar a abrangência e o escopo das ações da Atenção 
Primaria bem como sua resolutividade, além dos processos de 
territorialização e regionalização, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de 
Apoio à Saúde da Família - NASF, com a Portaria GM nº 154, de 24 de 
Janeiro de 2008, Republicada em 04 de Março de 2008. O NASF deve 
ser constituído por equipes compostas por profissionais de diferentes 
áreas de conhecimento, para atuarem em conjunto com os profissionais 
das Equipes Saúde da Família, compartilhando as práticas em saúde nos 
territórios sob-responsabilidade das Equipes de SF no qual o NASF está 
cadastrado. 
 
9 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
OBJETIVO 
• Analisar a atuação do profissional de fisioterapia dentro de 
Estratégia de Saúde da Família. 
MATERIAIS E MÉTODOS 
Este estudo consiste em uma revisão de literatura de artigos 
científicos, livros e periódicos datados de 1970 a 2009, pesquisados em 
bases de dados – SCIELO BRASIL- e para a seleção dos artigos forma 
utilizados palavras-chave como: Fisioterapia e Atenção Básica, Estratégia 
de Saúde da Família e Sistema Único de Saúde. Também foi utilizado 
revistas, portarias e editais do COFFITO (Conselho Federal de 
Fisioterapia e Terapia Ocupacional). A pesquisa foi realizada entre os 
anos 2008-2010. 
 
RESULTADOS 
PALAVRAS- CHAVE TOTAL 
Fisioterapia 14 
Atenção primária 10 
Programa de Saúde da 
Família 
14 
 Em um total de 30 obras sendo que as palavras-chave se repetem 
em algumas citações. 
 
DISCUSSÃO 
A forma como o fisioterapeuta vem se inserindo na rede pública de 
saúde sofre influência do seu surgimento, uma vez que teve sua gênese e 
evolução caracterizada pela atuação na reabilitação. Assim, excluíram da 
rede básica os serviços de fisioterapia, acarretando uma grande 
10 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
dificuldade de acesso da população. As competências esperadas na 
formação do fisioterapeuta, apontam para um profissional que se insira 
nos três níveis de atenção à saúde, inclusive na atenção básica 
recuperando a funcionalidade e prevenindo disfunções cinético-
funcionais. Em um estudo realizado por Ribeiro (2002) sobre um 
levantamento de experiência da atuação da fisioterapia na atenção 
primária a saúde realizada nas comunidades periféricas do município de 
João Pessoa demonstrou que esta tem se caracterizado por atividades 
relacionadas à reabilitação por ser a necessidade mais premente da 
população e a função mais conhecida do fisioterapeuta. (PIANCASTELLI, 
2001). 
Outra pesquisa, em Uberlândia (MG) o fisioterapeuta atua na 
prevenção e na fase curativa. A prevenção, segundo Ribeiro (2002) é 
realizada em grupos, onde o fisioterapeuta faz orientações quanto à 
postura, preparo para o parto, participando também de programas de 
hanseníase, prevenção de incapacidade, grupos de lombalgia e 
hipertensão. 
O primeiro município, em Pernambuco, a implantar o PSF, foi 
Camaragibe, em 1994, constituindo-se em referência nacional aos 
programas de atenção básica. O citado município desenvolveu um 
programa de assistência a pessoas com deficiência, criando-se um núcleo 
de reabilitação conduzido por dois fisioterapeutas, dois fonoaudiólogos, 
um assistente social, um psicólogo, um terapeuta ocupacional e um 
neurologista, como expressa o Jornal Camaragibe (2000). Nesse 
município, o fisioterapeuta está inserido em duas equipes do PSF nas 
regiões mais populosas e no Núcleo de Reabilitação. 
Relata Santana (2001) que as equipes do PSF devem abordar a 
população de maneira ativa, indo ao domicilio, ao trabalho, à escola onde 
estarão os cidadãos. O fisioterapeuta tem desenvolvido assistências em 
outros locais como asilos e creches. Um ponto observado por Trad. et. al 
11 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
(2002) foi a valorização das visitas no PSF e os trabalhos com grupos 
operativos. A visita domiciliar foi a atividade mais evidenciada pelos 
usuários. Tanto Santana (2001) como Trad. et. al (2002) consideram que 
a visita traz ao profissional de saúde a possibilidade de novas portas de 
acesso na vida cotidiana da população, assim como o poder de influência 
nas medidas e comportamentos de saúde a serem adotados. 
Os fisioterapeutas da cidade de Sobral (CE) exerciam suas funções 
apenas em hospitais e clínicas conveniadas ao SUS. A partir de 2000, 
após um trabalho realizado por uma fisioterapeuta em atendimentos 
domiciliares quando solicitada pela Equipe de Saúde da Família é que o 
profissional foi inserido no PSF neste município. O fisioterapeuta realiza a 
Escola de Postura baseada na prevenção e tratamento das algias da 
coluna, atua em grupo de gestantes, de hipertensos, diabéticos e 
hansenianos, além de atendimento a pacientes com necessidades 
especiais. Como afirma Pereira (2004) o trabalho multiprofissional e, por 
vezes interdisciplinar, é um dos pontos relevantes da inserção no 
fisioterapeuta no PSF de Sobral (CE). 
Uma experiência vivenciada em Natal (RN) é relatada por Sampaio 
(2002), onde o fisioterapeuta atua junto à população diabética, 
controlando níveis glicêmicos por meios de exercícios aeróbicos e 
aquáticos. Esta pesquisa ainda ressalta a importância da atuação na 
prevenção de neuropatias periféricas e na promoção do bem-estar por 
intermédio de atividades de lazer. 
Segundo Rebelato (1999), o profissional para atuar no PSF deve 
ser capaz de adaptar - se a experiências novas. Pereira et. al. (2004) 
esclarecem que o fisioterapeuta deve ter a habilidade de adaptar ações e 
instrumentos terapêuticos de acordo com recursos disponíveis na 
comunidade. É um profissional que realiza também atividades educativas 
como palestras, devendo ter habilidade em comunicação e orientações 
diversas. 
12 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
No entanto, para Simões e Fávero (2000), a competência em 
liderança é importante para o profissional, uma vez que cria 
oportunidades para a inovação e implantação de mudanças. De acordo 
com as diretrizes do SUS o Programa de Saúde da Família tem como 
objetivo o desenvolvimento de uma assistência integral, com ênfase na 
proteção e promoção à saúde. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O presente estudo feito mediante a revisão bibliográfica aponta a 
historia da fisioterapia e sua importância no contexto da saúde pública, 
principalmente no Programa de Saúde da Família. Este Programa tem 
demonstrado resolutividade e satisfação da população, visto ser uma 
estratégia que permite uma melhora na qualidade de vida do individuo 
através da integralidade e universalidade do atendimento. 
O fisioterapeuta é um profissional apto a atuar nas Equipes de 
Saúde da Família por utilizar ações integradas que proporciona 
assistência básica à saúde do individuo,que muitas vezes são 
impossibilitadas de assistência a saúde dificuldades físicas e financeiras. 
Com o presente trabalho observou-se a importância da implantação do 
atendimento fisioterapêutico nos municípios e a satisfação da população. 
Diante da discussão apresentada nota-se também que apesar da 
formação acadêmica do fisioterapeuta voltada para a reabilitação esse 
atua de forma significativa a prevenção de doenças, garantindo a 
população o acesso à fisioterapia. 
A inserção do fisioterapeuta no Programa de Saúde da Família, 
ainda é um processo em construção limitada em nosso país embora, a 
população beneficiada demonstre satisfação quanto aos serviços 
prestados por esses profissionais. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
13 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
ARRUDA, A.D.; et al. A importância da inclusão da fisioterapia no 
programa saúde da família. Documento disponível em: 
http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis
&src=google&base=LILACS&lang=p&nextAction=lnk&exprSearch=491106
&indexSearch, 2002. Acesso em 08 de fevereiro de 2009. 
BARROS, FBM. Autonomia Profissional do Fisioterapeuta ao longo 
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Ocupacional, e dá outras providências. Diário Oficial da União nº 093, 
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DELIBERATO, P.C.P. Fisioterapia preventiva. São Paulo: Manole, 2001. 
DOMINGUEZ, B.N.R. O Programa de Saúde da Família – como fazer. 
São Paulo: Parma; 1998. 
GAVA, M. V.. Fisioterapia: História, Reflexões e Perspectivas. Revista 
Fisio&Terapia, Rio de Janeiro, v. 46, p. 8 - 8, 02 ago. 2004. 
LINDEMAN, R.; TEIRICH-LEUBE, H, & HEIPERTA, W. Tratado de 
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MANDU, E.N.T.; et al. Visita domiciliária SOS o olhar de usuários do 
programa saúde da família. Texto Contexto Enfermagem, v.17, n. 1 
2008. 
14 
¹ Trabalho de Conclusão de Curso da especialização Saúde da Família 2. 
²Fisioterapeuta 
³Formada em Letras e Mestre em Ciências da Linguagem. Cirurgiã-dentista e Pós-graduada em Saúde 
da Família. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de atenção básica: programa 
saúde da família. Brasília (Brasil): Ministério da Saúde: 2000. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia prático do Programa Saúde da Família. 
Brasília (Brasil): Ministério da Saúde; 2001. 
NOGUEIRA, J. A. Fisioterapia no Contexto da Assistência Domiciliar 
Terapêutica: Estudo de Pacientes com AIDS. Dissertação 
apresentada ao Programa de Pós-Graduação da Escola Nacional em 
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