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Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 20 www.ccs.uel.br/espacoparasaude O FISIOTERAPEUTA NO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM LONDRINA (PR) THE PHYSICAL THERAPIST IN THE FAMILY HEALTH PROGRAM IN LONDRINA, PR, BRAZIL Celita Salmaso Trelha1, Daniela Wosiack da Silva1, Lígia Megumi Iida2, Mariana Hernandes Fortes2, Thaíssa de Souza Mendes2 1 Departamento de Fisioterapia, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Londrina. 2Acadêmicas do quarto ano do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina. * Artigo baseado em trabalho de conclusão do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual de Londrina. Correspondência: Celita Salmaso Trelha (celita@dilk.com.br) Resumo _________________________________________________________________________________ Este estudo teve por objetivo conhecer as principais características do atendimento fisioterápico no município de Londrina (PR) e as dificuldades com relação à atividade profissional. Foi utilizada abordagem qualitativa, sendo entrevistados quatro dos oito fisioterapeutas vinculados à Equipe de Saúde da Família (ESF). A inserção do fisioterapeuta se deu principalmente pela grande demanda no atendimento aos pacientes acamados. Posteriormente, agregou-se o trabalho preventivo e educativo junto à população. Foram apresentadas como dificuldades, a falta de recursos materiais e de espaço físico para a realização dos atendimentos. Além disso, existe uma grande demanda de pacientes para um reduzido número de profissionais que ficam responsáveis por até cinco Unidades Básicas de Saúde (UBS), trabalhando apenas um período por semana em cada unidade. Apesar da inserção do fisioterapeuta no PSF ser um processo em construção e ocorrer lentamente, todos os entrevistados ressaltaram a importância da atuação da fisioterapia no programa, pois devido a ações preventivas e assistenciais, a demanda de atendimento em níveis de maior complexidade de atenção à saúde pode ser reduzida. Descritores: Fisioterapia (Especialidade); Programa Saúde da Família; Atenção Primária à Saúde. Abstract _________________________________________________________________________________ This study aimed to verify the main characteristics of physiotherapy assistance in the Family Health Program (FHP) in Londrina, Parana, and the difficulties related to its professional practice. A qualitative approach was used, being interviewed half of the physical therapists that works with the Health Family Team (HFT). The insertion of the physiotherapist was mostly done because there was a great demand for treatments, especially patients restricted to bed. After that, the preventive and educative prospect was developed as a professional duty. The difficulties presented were an insufficient amount of material resources and physical space to conduct treatments. Besides, there is a large demand of patients for a reduced number of professionals that are responsible for five Basic Health Units (BHU), working just once in a week in each BHU. The physical therapist insertion in FHP is a beginning process. Although, all interviewed people realized the importance of physical therapy assistance in FHP. Due to preventive and curative actions developed in primary health care the demand for treatment in more complex levels can be reduced. Key Words: Physical Therapy (Specialty); Family Health Program; Primary Health Care. Trelha CS, Silva DW, Iida LM et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 21 www.ccs.uel.br/espacoparasaude INTRODUÇÃO A partir da década de 80, o modelo hegemônico de saúde no Brasil sofreu profundas alterações. Em 1986 ocorreu a VIII Conferência Nacional de Saúde, com participação de representantes de movimentos populares e delegados indicados pelos órgãos institucionais de saúde. Esta conferência influenciou significativamente dois processos que tiveram início em 1987: no Executivo, a implantação do Sistema Unificado Descentralizado de Saúde (SUDS), com a concentração de poder nas secretarias estaduais de saúde e início do desmonte do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS)1,2 e, no Legislativo, a elaboração da Constituição de 19881. Essa constituição ressaltou aspectos fundamentais para a área da saúde, como por exemplo, o conceito de saúde entendido numa perspectiva de articulação de políticas sociais e econômicas, o entendimento da saúde como direito social universal, a caracterização das ações e serviços de saúde como de relevância pública, a criação de um Sistema Único de Saúde (SUS) organizado segundo as diretrizes de descentralização com mando único em cada esfera de governo, a integralidade das ações em saúde e a participação popular e a integração da saúde na seguridade social1. Em 1991 foi criado pelo Ministério da Saúde, o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), com o objetivo principal de estender a cobertura do sistema público de saúde às populações rurais e das periferias urbanas, priorizando a população materno- infantil. Em 1994, o Ministério da Saúde cria o Programa de Saúde da Família, emergindo do Programa de Agentes Comunitários de Saúde3. A estratégia utilizada pelo Programa de Saúde da Família (PSF) tem por objetivo reorganizar a prática assistencial, entendendo a família como objeto principal e sua interação com o ambiente onde vive3. O PSF é formado por uma equipe mínima multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, agentes comunitários de saúde (ACSs) e cirurgião dentista. Outros profissionais podem ser incluídos de acordo com as necessidades locais. A lógica de trabalho está baseada na atuação em área delimitada, e, seus profissionais devem adequar-se a uma nova forma de trabalho em tempo integral e em equipe com participação da comunidade e com inclusão do planejamento na prática individual4. A Fisioterapia no Brasil e em Londrina O grande crescimento da fisioterapia desde o seu reconhecimento pelo Decreto – lei 938/69, nos remete a algumas reflexões. Apesar do fisioterapeuta ser reconhecido como profissional indispensável na área da saúde, este ainda é visto, muitas vezes, como tratador/reabilitador mascarando, com isso, uma de suas funções principais que é a atuação no campo preventivo e de promoção à saúde5. Segundo Rebelatto e Botomé, a própria origem da Fisioterapia direcionou as definições do campo profissional para atividades recuperativas/reabilitadoras. O surgimento desse profissional, como uma decorrência das grandes guerras, faz-se, fundamentalmente, para tratar de pessoas fisicamente lesadas6. No Brasil, a Fisioterapia implantou-se como “solução” para os altos índices de acidentes de trabalho existentes. Era preciso curar ou reabilitar as vítimas desses acidentes para integrá-las ao sistema produtivo ou, pelo menos, atenuar seu sofrimento quando não fosse possível reabilitá-las6. Atualmente, o fisioterapeuta vem ampliando sua área de atuação5. Schwingel sugere que para se alcançar um trabalho delimitado pela integralidade é necessário agregar cinco diferentes pontos à prática profissional: a prevenção, a assistência, a recuperação, a pesquisa e a educação em saúde7. O fisioterapeuta vem adquirindo crescente importância nos serviços de atenção primária à saúde como é o caso do PSF. Entretanto, sua inserção nesses serviços ainda é um processo em construção8. No município de Londrina, agentes comunitários de saúde (ACS) mapearam a região e constataram grande demandade pacientes, principalmente acamados (seqüelados de acidente vascular encefálico e idosos), surgindo a necessidade de um profissional que atendesse a essa demanda. Esta necessidade levou a inclusão do fisioterapeuta no PSF-Londrina em abril de 2002. Em um primeiro momento, prestou-se atendimento aos pacientes acamados, no que se refere a orientações aos cuidadores e, em outro, a grupos específicos como hipertensos, diabéticos, asmáticos e gestantes, para prevenção de doenças e promoção à saúde9. O fisioterapeuta no PSF Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude Inicialmente, houve um remanejamento de fisioterapeutas já contratados por concurso público. No Pronto Atendimento Infantil (PAI) trabalhavam cinco fisioterapeutas. Destes, três foram remanejados para o PSF, enquanto os outros dois se mantiveram no PAI. No final de 2002, foram contratadas duas fisioterapeutas por contrato regido pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) via Santa Casa9. Em 2003, ocorreu outro remanejamento de profissionais já contratados anteriormente pela prefeitura. Duas fisioterapeutas do Sistema de Internação Domiciliar (SID) foram inseridas no PSF. No ano de 2004, houve a contratação de mais uma profissional9. A atuação do fisioterapeuta no PSF é uma prática nova e ainda pouco estudada. Este estudo teve por objetivo conhecer as principais características do atendimento fisioterápico no município de Londrina (PR) e as dificuldades com relação à atividade profissional. METODOLOGIA Foi realizada pesquisa qualitativa entre os meses de julho e novembro de 2005. Segundo Minayo, a pesquisa qualitativa trabalha com o universo de significados, motivações, aspirações, crenças, valores e atitudes, o que corresponde a um espaço mais profundo das relações, dos processos e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à operacionalização de variável10. Nesta metodologia, tem-se a orientação filosófica dialética que insiste na relação dinâmica entre sujeito e objeto, no processo de conhecimento. O pesquisador é um ativo descobridor do significado das ações e das relações que se ocultam nas estruturas sociais11. A pesquisa social reflete posições frente à realidade, momentos do desenvolvimento e da dinâmica social, preocupações e interesses de classes e de grupos determinados12. Foi utilizada a entrevista semi- estruturada com um roteiro para orientação, contendo questões abertas e fechadas. Esta modalidade permite ao entrevistador uma maior flexibilidade, na medida em que pode se alterar a ordem das perguntas e se tem ampla liberdade para fazer intervenções, de acordo com o andamento da entrevista13. Para o desenvolvimento das entrevistas houve um primeiro momento de conversa informal com as participantes do estudo visando a integração e a descontração. Posteriormente foram expostos os objetivos da pesquisa, houve a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e realização das entrevistas. Foram entrevistadas quatro fisioterapeutas atuantes no PSF de Londrina. As entrevistas tiveram duração média de 40 minutos cada e foram registradas com o auxílio de um gravador. Posteriormente, as falas foram transcritas e analisadas pelas autoras de forma conjunta. Para a análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo, que segundo Triviños presta-se ao estudo das motivações, atitudes, valores, crenças, tendências e ao desvendar das ideologias que podem existir e não se apresentar com a devida clareza14. Houve a leitura exaustiva do material coletado com a finalidade de se encontrar o que parece ser mais significativo dentre as respostas das entrevistas, explorando-se também as diferenças percebidas entre as falas. Os depoimentos foram analisados, buscando-se agrupar elementos, idéias e expressões sendo selecionadas duas categorias de análise: 1) condições de trabalho e 2) tipo de atividades exercidas pelas fisioterapeutas. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Londrina e recebeu autorização da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina para sua realização. RESULTADOS E DISCUSSÃO Participaram das entrevistas quatro dos oito profissionais que possuíam vínculo funcional com o PSF-Londrina. Os entrevistados foram todos do sexo feminino, com média de idade de 34 anos. Todas as participantes deste estudo eram graduadas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) com média de 12 anos de formação. Em relação à pós-graduação, três referiram ter realizado especialização (Tabela1). Tabela 1. Características das fisioterapeutas atuantes no PSF-Londrina, 2005. Idade Ano de Graduação Instituição Pós - graduação F 1 33 1995 UEL SIM F 2 38 1987 UEL SIM F.3 36 1992 UEL SIM F.4 29 1998 UEL NÃO Média 34 12 - - 22 Trelha CS, Silva DW, Iida LM et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 21 www.ccs.uel.br/espacoparasaude Tipo de Atividades No presente estudo, os atendimentos são realizados de forma individual ou em grupo e, ainda, por meio de visitas ao domicílio. Os pacientes recebem atendimento fisioterápico pelo encaminhamento médico ou por triagem feita por enfermeiros e ACS da equipe local. Pacientes que requerem atendimento mais especializado ou que necessitem de recursos não disponíveis nas unidades são encaminhados a outros serviços públicos que possam sanar tais necessidades. As fisioterapeutas relataram atuar na assistência, educação, prevenção de doenças e agravos e promoção da saúde da população, com carga horária semanal de 30 horas. A média de atendimentos diários individuais de cada profissional foi de 17, com duração de 20 a 30 minutos cada. A atuação educativa e preventiva acontece por meio de palestras, cuja temática inclui ergonomia, medicina do trabalho e temas específicos para os grupos. Uma das entrevistadas refere que esse tipo de atividade acontece fora da carga horária cumprida no PSF (30 horas semanais), não sendo, portanto, remunerada. Ainda no âmbito educativo, há convênios com universidades da região que prestam atendimento à população. Os fisioterapeutas auxiliam os docentes na supervisão dos estagiários. Apesar da importância do desenvolvimento de ações preventivas e educativas, observa-se que, infelizmente, em Londrina, estas atividades ainda não se constituem como prioridade na atuação da fisioterapia. Possivelmente, isso se deva, ao menos em parte, à grande demanda por atendimento curativo/reabilitador e ao reduzido número de fisioterapeutas atuantes no PSF. Vários estudos nacionais apontam o fisioterapeuta, enquanto membro da ESF, como agente multiplicador de saúde, atuando também na promoção da saúde e prevenção de doenças15, 16,17. Todas as entrevistadas ressaltaram a importância da fisioterapia atuar no PSF, pois através da sua ação preventiva e assistencial os custos e a demanda no atendimento terciário podem ser reduzidos. O custo de três dias de internação de uma criança com alterações pulmonares equivale ao tratamento de seis pacientes no PSF por seis meses. (F. 1) A experiência profissional adquirida antes da inclusão no PSF interfere nas atitudes e conceitos dos fisioterapeutas. Profissionais que trabalharam anteriormente no Sistema de Internação Domiciliar (SID) não consideram efetivo o treinamento de cuidadores em casos em que as visitas não são diárias. Os profissionais sem essa experiência realizam este treinamento com maior frequência.O treinamento do cuidador (...) exige maior periodicidade tornando-se inviável ao terapeuta. Este tipo de conduta acontecia no atendimento domiciliar quando a visita era diária. (...) O ACS faz orientações, como exemplo a equipe de asma – controle ambiental, a enfermagem ensina o uso da medicação. (F. 1) Treinamos os cuidadores desde o inicio. Dependendo do grau de dependência do paciente o acompanhamos ou damos alta, sempre deixando o ACS o observando. (F. 4) Estudos atribuem aos fisioterapeutas atuantes no PSF o treinamento de cuidadores. Moraes et al. destacam que o atendimento domiciliar possibilita ao fisioterapeuta conhecer a realidade social, econômica, cultural e familiar do paciente (...) podendo adequar e conduta e realizar as orientações necessárias, incluindo orientação e capacitação dos membros da família quanto à conduta a ser seguida com o mesmo. Os cuidados domiciliares repassados à família (...) vão desde orientações de saúde em geral até técnicas de estímulo sensório-motor, termoterapia e cinesioterapia. Também são ofertadas orientações quanto ao uso de órteses e próteses adaptadas às condições domiciliares e orientações quanto à importância da continuidade do tratamento e sua realização diária, entre outras18. Condições de trabalho Estudo intitulado “Formação de recursos humanos em saúde da família: paradoxos e perspectivas” aponta que o tipo de vínculo de trabalho predominante foi o de contrato “informal”, que não garante os direitos trabalhistas previstos pela legislação. Este é um dos principais nós críticos do saúde da família, corroborando queixas e questionamentos de diferentes segmentos preocupados com a precariedade do vínculo de trabalho no PSF. Este fato tem sido atribuído como uma das causas da alta rotatividade das equipes, levando ao comprometimento de todo a arcabouço da estratégia, impedindo a formação de vínculos e o desenvolvimento de novas práticas profissionais que contribuam para a inversão do atual modelo de atenção à saúde19. 23 O fisioterapeuta no PSF Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 www.ccs.uel.br/espacoparasaude Esta tendência não reflete a realidade encontrada nesta pesquisa. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, todos os fisioterapeutas contratados possuem vínculo empregatício com o município20. Devido às diferenças nas modalidades de contratação, existem também diferenças na remuneração dos fisioterapeutas. O problema foi apontado por uma das entrevistadas como sendo um dos motivos da insatisfação salarial. Além dos salários não corresponderem às expectativas da maioria destas profissionais, a dificuldade de acesso as UBS apresenta-se como um custo adicional para o profissional. Estar em cada dia em uma UBS diferente implica em alto custo no transporte... (F.1) Um ponto positivo ressaltado por todos os entrevistados é a chefia, que está voltada e interessada para a atividade desenvolvida pelo fisioterapeuta, proporcionando assim, adequado suporte na execução de tarefas como cita uma das entrevistadas. A equipe da UBS acolhe e auxilia o nosso trabalho.(F. 2) Outro fator que interfere nas condições de trabalho é o curto tempo dispensado a cada UBS. Nas entrevistas, constatou-se que o fisioterapeuta visita a unidade apenas uma vez por semana. Este fato, associado a grande demanda, impede um acompanhamento mais efetivo dos pacientes. No PSF, há um fisioterapeuta para cada 15 Equipes de Saúde da Família e cada equipe tem grupo de 20 a 25 acamados...(F.1) A fisioterapia não está, oficialmente, incluída na ESF. Portanto, toda infra-estrutura da UBS (espaço físico e recursos terapêuticos) não é adequada para a assistência fisioterápica. Nas entrevistas, destacou-se a dificuldade no atendimento devido à falta de recursos. Na UBS não existe “espaço próprio” para a fisioterapia. O local não foi planejado para ter fisioterapia. Algumas unidades possuem macas inadequadas, e apenas incentivadores respiratórios. (F. 3) Apesar das diferenças salariais e das precárias condições de trabalho apresentadas neste estudo, não foi relatada insatisfação das profissionais em relação à sua atuação no PSF. Ao contrário, encontrou-se profissionais realizadas, conscientes da realidade do serviço em saúde pública (falta de recursos materiais). É um trabalho apaixonante (F. 3) CONSIDERAÇÕES FINAIS A inserção do fisioterapeuta no PSF é um processo em construção e, se faz de forma lenta apesar de se saber que, por meio de sua atuação pode-se reduzir a demanda de atendimento em níveis de maior complexidade de atenção à saúde e melhorar a qualidade de vida da população. REFERÊNCIAS 1.Mendes EV. Distrito Sanitário: O processo de mudança das práticas sanitárias do Sistema Único de Saúde. 3ª ed. São Paulo- Rio de Janeiro: Hucitec/Abrasco; 1995. 2.Carvalho BG, Martin GB, Cordoni Jr. LA. Organização do Sistema de Saúde no Brasil. In: Andrade SM, Soares DA, Cordoni Jr. LA, organizadores. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: UEL; 2001. 3.Brasil. Ministério da Saúde. Saúde da Família: uma estratégia para reorientação do modelo assistencial. Brasília: Ministério da Saúde; 1998. 4.Brasil, Ministério da Saúde. Observatório de Recursos Humanos em Saúde no Brasil: Estudos e Análises. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2003. 5.Mendes EC, Morais MIDM. O Papel do Fisioterapeuta em Saúde Pública no Século XXI – Uma Abordagem em Parasitologia. In: Barros FBM, organizador. O Fisioterapeuta na Saúde da População: Atuação Transformadora. Rio de Janeiro: Fisiobrasil; 2002. 6.Rebelatto JR, Botomé SP. Fisioterapia no Brasil – Fundamentos para uma Ação Preventiva e Perspectivas Profissionais. 2 ed. São Paulo: Manole Ltda; 1999. 7.Schwingel GA. Fisioterapia na Saúde Pública – Um Agir Técnico, Político e Transformador. In: Barros FBM, organizador. O Fisioterapeuta na Saúde da População: Atuação Transformadora. Rio de Janeiro: Fisiobrasil; 2002. 8.Silva DW, Trelha CS, Almeida MJ. Reflexões sobre a atuação do fisioterapeuta na saúde da família. Olho Mágico 2005;12(1):15-19. 9.Prefeitura do Município de Londrina. Secretaria Municipal de Saúde. Programa de Saúde da Família no Município de Londrina. Londrina: Secretaria Municipal de Saúde; 2003. 24 Trelha CS, Silva DW, Iida LM et al. Revista Espaço para a Saúde, Londrina, v.8, n.2, p.20-25, jun.2007 21 www.ccs.uel.br/espacoparasaude 10.Minayo MCS. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 8 ed. São Paulo: Hucitec; 2004. 11.Chizzotti A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4a ed. São Paulo: Cortez; 2000. 12.Bauer MW, Gaskell G. Pesquisa Qualitativa com Texto, Imagem e Som: um manual prático. 2 ed. Petrópolis: Vozes; 2003. 13.Bleger J. Temas de Psicologia: entrevistas e grupos. São Paulo: Martins Fontes; 1993. 14.Triviños ANS. Introdução à pesquisa social em ciências sócias: a pesquisa qualitativa em educação. 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