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INTRODUÇÃO À PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA NA SAÚDE COLETIVA

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INTRODUÇÃO À PRÁTICA FISIOTERAPÊUTICA NA SAÚDE COLETIVA 
 DOCENTE: MARIZA MARIA BARBOSA CARVALHO 
 7º SEMESTRE DE FISIOTERAPIA 
 
 
 
 
 
 
 
 DISCENTE: JOABY LIMA DUARTE 
 
 
 
 PORTFÓLIO REFLEXIVO DE SAÚDE COLETIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 QUIXADÁ, CEARÁ 
 2021 
 
 
SUMÁRIO 
1.INTRODUÇÃO..........................................................................................................3 
1.1 O QUE É O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)?.......................................................3 
1.2 SAÚDE COLETIVA..................................................................................................4 
1.3 FISIOTERAPIA EM SAÚDE COLETIVA......................................................................5 
2. AULAS 
2.1- AULAS TEORICAS.................................................................................................6 
2.2 – AULAS PRÁTICAS...............................................................................................7 
3. PRATICAS 
3.1- AULA SOBRE O PAPEL DO ACS NA SAÚDE COLETIVA ..........................................8 
3.2- O QUE HÁ NUMA UBS?......................................................................................9 
3.3- FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO BASICA.................................................................10. 
3.4- DIAGNOSTICO EM SAÚDE................................................................................,11. 
3.5- REGULAÇÃO EM SAÚDE....................................................................................12 
3.6- FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMARIA.............................................................13 
3.7- FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDARIA........................................................14 
3.8- FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO TERCIARIA............................................................15 
3.9 CONHECENDO A CLINICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA ..........................................16 
4. REFERENCIAS .....................................................................................................17 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
1.1 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS) 
Em 1988, com a promulgação da atual Constituição Federal, o acesso à saúde, 
através de um Sistema Único, passou a ser um direito social. A Lei 8.080/19904, por sua 
vez, instituiu o Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como principais princípios e 
diretrizes: universalidade de acesso em todos os níveis de assistência à saúde; igualdade 
na assistência, sem preconceitos e privilégio de qualquer gênero; integralidade da 
assistência; participação da comunidade; e descentralização política administrativa[1]. 
Também de 1990, a Lei 8.1426, 
entre outras providências, dispôs 
sobre a participação da 
comunidade na gestão do SUS, 
prevendo as Conferências e os 
Conselhos de Saúde, ratificando a 
defesa de participação social proposta pela Reforma Sanitária. 
Embora a Carta Magna inaugure um SUS no qual se prevê que as ações e os 
serviços públicos de saúde sejam organizados de forma integrada, regionalizada e 
hierarquizada, também considera que a assistência à saúde seja livre à iniciativa privada. 
Além disso, definiu-se que quando as disponibilidades de recursos próprios não fossem 
suficientes para garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, 
o SUS poderia recorrer, por contratos e convênios, aos serviços prestados pela iniciativa 
privada [2]. 
O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas 
de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação 
da pressão arterial, por meio da Atenção Básica, até o transplante de órgãos, garantindo 
acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o 
SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A 
atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um 
direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde 
com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde. 
 
 
1.2 SAÚDE COLETIVA 
As origens do campo da Saúde Coletiva são situadas por Nunes (1994) na 
década de 1950. Vieira-da-Silva, Paim e Schraiber (2014) reforçam o final da década de 
1970 utilizando como marco o surgimento do termo Saúde Coletiva no Brasil e a criação 
da associação civil que representaria o campo a Associação Brasileira de Pós-Graduação 
em Saúde Coletiva (Abrasco), não negando as raízes apontadas por Nunes em períodos 
anteriores. A Saúde Coletiva consolidou-se, então, com esse nome e com suas 
especificidades no Brasil. Apesar de o nome não ter sido adotado em outros países, 
muitos autores veem a Saúde Coletiva como parte de um movimento mais amplo da 
América Latina, como aponta o próprio Nunes (1994). 
A Saúde Coletiva tem possibilitado maior abrangência do objeto da saúde e 
teve significativa influência na 
reformulação da clínica, da reabilitação 
e dos sistemas de saúde em geral, ao 
considerar a dimensão social do 
processo saúde-doença que se 
caracterizou como o marco principal da 
ampliação do conceito de saúde, 
incorporando a dimensão social ao processo saúde-doença 
A Saúde Coletiva pode, em um primeiro contato, parecer bastante múltipla e 
fragmentada. Buscando compreender melhor o que a define como conhecimento e 
atuação na sociedade. É de se destacar que suas origens situam-se no final da década 
de 1970, em um contexto no qual o Brasil estava vivendo uma ditadura militar. A Saúde 
Coletiva nasce, nesse período, vinculada à luta pela democracia e ao movimento da 
Reforma Sanitária. Apontam-se as influências do preventivíssimo e da medicina social 
em sua constituição. 
 
 
 
 
 
1.3 FISIOTERAPIA NA SAÚDE COLETIVA 
O fisioterapeuta vem destinando sua atenção, quase que exclusivamente, à 
cura de doentes e à reabilitação. No entanto, o novo perfil epidemiológico e a nova 
lógica de organização do sistema de saúde sugerem a reestruturação das práticas 
profissionais e a redefinição do campo de atuação do fisioterapeuta. Vigilância em Saúde 
e a atenção básica como eixo de reestruturação do sistema de saúde, evidencia-se a 
necessidade de superação da reabilitação como único nível de atuação profissional e 
apresenta-se o modelo da fisioterapia coletiva como instrumento para reorientação da 
atuação do fisioterapeuta. 
Com a definição da Saúde Coletiva como principal pilar da organização do 
modelo assistencial brasileiro, se é proposto uma nova lógica de organização dos 
serviços na atuação do fisioterapeuta. Se é importante destacar o enfoque que deve ser 
dado às ações multiprofissionais, estes determinantes só poderão ser transformados 
com a articulação dos diversos setores sociais, como infraestrutura, economia, 
educação e habitação, em ações desenvolvidas em conjunto e com a participação da 
sociedade. 
Quanto ao modelo de prestação de serviços de saúde, esse deve ser 
descentralizado e hierarquizado, e organizado em níveis crescentes de complexidade. O 
sistema deve estruturar-se de forma a oferecer uma ampla cobertura da fisioterapia na 
saúde coletiva, contemplando grandes parcelas da população. O fisioterapeuta na saúde 
Coletiva deve ser resolutivo, solucionar os problemas de saúde mais prevalentes na 
população e encaminhar para outros níveis os problemas não solucionados em seu 
âmbito. 
Essa lógica de estruturação do sistema objetiva o oferecimento de uma 
assistência integral à população. E integralidade não é apenas diretriz do SUS, 
integralidade é um conceito que permite uma identificação dos sujeitos como 
totalidades. A assistência integral extrapola a estrutura organizacional da assistência de 
saúde e prolonga- se pela qualidade real da atenção individual e coletiva assegurada aos 
usuários do sistema de saúde. Ainda segundo o conceito de integralidade, as pessoas 
são encaradas como sujeitos, o fisioterapeutadeve ser totalizador e levar em conta as 
dimensões biológica, psicológica e social, visto que o homem é um ser indivisível e não 
pode ser explicado pelos seus componentes considerados separadamente 
2. AULAS 
2.1- AULAS TEÓRICAS. 
O presente relatório constitui-se de um relato de experiência da disciplina de 
Saúde Coletiva, do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário Católica de Quixadá. 
Assim, este relato, busca dialogar sobre a experiência vivenciada no sentido de reforçar 
a importância de aulas teóricas no âmbito dos serviços de saúde, pois contribui 
significativamente para a aprendizagem. 
A disciplina teve como objetivo desenvolver conhecimento e competências 
para a realização das atividades práticas voltadas para a fisioterapia na saúde coletiva 
conhecendo os três níveis de atenção à saúde. Também foi possível proporcionar 
conhecimentos da atuação do fisioterapeuta nos 
níveis de atenção a saúde e compartilhas 
conhecimentos para a formação de profissionais de 
fisioterapia capazes de exercer analises para o bom 
desempenho das ações em saúde coletiva de forma 
reflexiva, criativa e critica. 
Os conteúdos ministrados pela professora 
Mariza foram capazes de fazer que o acadêmico 
possa se apropriar e recriar o conhecimento prático do assunto comprometidos com a 
integralidade, equidade e universalidade do atendimento com vistas ao atendimento da 
política atual da saúde. 
Entre as atividades desenvolvidas, destacaram-se atividades de regionalização, 
como por exemplo, diagnóstico situacional de saúde comunitária, que foi realizado 
através de seminários, onde cada aluno pode apresentar a situação do bairro onde 
reside, realizaram-se também o seminário sobre atividades desenvolvidas no sistema de 
saúde, tais como: vigilância sanitária, epidemiológica e atividades dos agentes 
comunitários de saúde. 
 
 
 
 
 
 
2.2 AULAS PRÁTICAS 
As observações de aulas práticas do presente relatório foram realizadas de 
forma remota com um acordo firmado entre os alunos e a professora afim de garantir a 
continuidade do conteúdo e que é viável a realização das atividades de forma remota 
pois a disciplina não busca contato físico com pessoas/objetos/materiais 
fisioterapêuticos ou hospitalares. 
Além de executar as atividades propostas da Ementa da Disciplina na realização 
das aulas práticas, tornou-se necessário também o registro dessas atividades pelos 
alunos. O registro é feito por meio do relatório que será considerado um requisito 
parcial para a conclusão da disciplina. 
Com a realização das aulas práticas tivemos a oportunidade de conhecer mais 
a fundo as diretrizes dos níveis de atenção à saúde tais como a inserção do fisioterapeuta 
na atenção primária, secundária e terciaria. Os relatos de experiência tanto de alunos 
em campos de estagio como de profissionais de saúde em campos de trabalho nos 
possibilitou um conhecimento maior a pratica fisioterapêutica, fazendo que possamos 
adquirir mais conhecimentos na referia profissão. 
 Outros momentos foram bastante trabalhados para que pudéssemos ter uma 
aula mais próximo a presencial. A partir dessas aulas podemos analisar e perceber quais 
as demandas e condutas do setor primário, secundário, e terciário principalmente em 
relação aos fisioterapeutas, e quanto suas práticas são restritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. AULAS PRATICAS 
3.1 AULA PRATICA COM AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – ACS 
O programa foi implantado Ministério da Saúde no ano de 1991, o então Programa de 
Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início no fim da década de 80 como uma 
iniciativa de algumas áreas do Nordeste que buscavam alternativas para aprimorar as 
condições de saúde de suas comunidades. Era uma nova categoria de trabalhadores, 
formada pela e para a própria comunidade, atuando e fazendo parte da saúde prestada 
nas localidades. Hoje, a profissão de agente comunitário de saúde (ACS) é uma das mais 
estudadas pelas universidades de todo o País. 
A aula foi realizada no dia 01/03/2021 com a presença das Agentes e Servidoras da 
Saúde Natália e Juscelene onde foi abordado a temática do papel do ACS na saúde 
coletiva. As ACS também abordaram a importância da categoria na atenção primaria a 
saúde no controle dos usuários da Unidade Básica de Saúde de sua região como também 
a sua rotina de trabalho. 
Foi apresentado de forma clara como um profissional que integra a equipe de saúde, o 
ACS apresenta condições de promover uma atenção diferenciada, no que se refere à 
saúde das pessoas ao realizar visitas domiciliares e utilizar uma linguagem acessível. Está 
entre os profissionais de saúde, no cotidiano de trabalho, capazes de estabelecer 
relações de diálogo e de amorosidade para com a população. Ao tecer relações de 
empatia e reciprocidade, com a ampliação do diálogo nas relações de cuidado e na ação 
educativa pela incorporação das trocas emocionais e da sensibilidade cabe ao ACS lugar 
de mediador das ações em saúde. 
“Até o ano passado por volta do mês de agosto a gente trabalhava preenchendo ficha, 
a partir de setembro nós trabalhamos com o Smatphone, agosta nós trabalhamos com 
aquele negócio de tecnologias que a gente está, então assim a gente trabalhamos com 
o Shartphone que ganhamos da secretaria de saúde agora tudo colocamos nele”. Essa 
fala da agente Natalia nos apresentou que atualmente estão sendo trabalhadas políticas 
para modernização da classe fazendo que os mesmos tenham acesso aos seus pacientes 
de forma remota. 
 
3.2 - O QUE HÁ NUMA UBS? 
Promover e proteger a saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o 
tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo 
de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia 
das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. A 
Unidade Básica de Saúde (UBS) é o contato preferencial dos usuários, a principal porta 
de entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde. É instalada 
perto de onde as pessoas moram, trabalham, estudam e vivem e, com isso, desempenha 
um papel central na garantia de acesso à população a uma atenção à saúde de 
qualidade. 
A aula foi apresentada a Unidade Básica de saúde freei Guido situada no bairro 
Alto são Francisco, onde foi nos apresentado toda estrutura física e profissional com 
vídeos imagens e explicações de cada conteúdo apresentado além da equipe 
multiprofissional que atendem na unidade. A aula nos apresentou todas as salas da 
unidade como também o que se atende na unidade e quais as maiores demandas de 
pacientes que ali frequentam. 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são a porta de entrada preferencial do 
Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo desses postos é atender até 80% dos 
problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhamento 
para outros serviços, como emergências e hospitais. Os fisioterapeutas atuam nas UBSs 
e compõem as equipes de saúde da família com enfermeiros, dentistas e agentes de 
saúde. Eles são, em sua maioria. 
As Unidades Básicas de Saúde, que são as principais estruturas físicas da 
Atenção Básica, são instaladas próximas da vida dos usuários, desempenhando um 
papel central na garantia de acesso a uma saúde de qualidade. As unidades oferecem 
uma diversidade de serviços realizados pelo SUS, incluindo: acolhimento com 
classificação de risco, consultas de enfermagem, médicas e de saúde bucal, distribuição 
e administração de medicamentos, vacinas, curativos, visitas domiciliares, atividade em 
grupo nas escolas, educação em saúde, entre outras. 
 
 
 
3.3 FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO BÁSICA 
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) configuram uma organização territorial, do 
Sistema Único de Saúde (SUS) para a prevenção e promoção da saúde. As UBS trabalham 
por meio de demanda espontânea ou programada, ou através da Estratégia de Saúde 
da Família(ESF). Nas UBS, a atuação do Fisioterapeuta envolve ações de educação em 
saúde, atendimentos individuais, atividades em grupos, atividades domiciliares e 
acolhimento. Dentro das ESF, o Ministério da Saúde criou o Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família (NASF). O profissional da fisioterapia compõe essa equipe e está apto a planejar, 
implementar, controlar e executar políticas, programas, cursos, pesquisas ou eventos 
em saúde coletiva; tem liberdade de participar de câmaras técnicas de padronização de 
procedimentos em APS, avaliar qualidade, eficácia e riscos à saúde decorrentes de 
equipamentos de uso fisioterapêutico. Além disso, pode promover assistência 
organizada em acolhimento, atendimento individual, domiciliar, grupos operativos e 
atividades educativas em equipe. 
Na referente aula realizada no dia 03/05/2021 com os alunos convidados: 
Emanuela Rocha, Luana Vieira e Cleidson Uchoa. Na aula foi apresentado a experiência 
vivida pelos alunos na aula de atenção primaria do curso de fisioterapia. Onde a 
experiência foi realizada na UBS do Freei Guido no Bairro Alto São Francisco em Quixadá-
CE no ano de 2020 com a orientação da professora Mariza. 
Na Aula atividade que era realizada eram atendimentos domiciliares aos 
pacientes que necessitavam de atendimento fisioterapêutico dentro da área de 
territorialização da UBS. Os alunos apresentaram as patologias dos seus pacientes junto 
com os protocolos de atendimentos por eles estabelecidos em equipe. 
Contudo o fisioterapeuta, quando inserido no Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família, precisa enfrentar os problemas que aportam ao serviço de saúde, tendo como 
eixos direcionadores o exercício de sua autonomia profissional, o desenvolvimento de 
intervenções criativas levando em consideração os direitos do usuário, as opções 
tecnológicas disponíveis e as necessidades da comunidade de pertencimento. Assim, 
ficou claro na aula que há a necessidade de maior presença do fisioterapeuta na atenção 
primaria a saúde principalmente responsável por atendimentos domiciliares a pacientes 
acamados ou com difícil acesso as unidades básicas de saúde. 
 
3.4- DIAGNOSTICO EM SAÚDE 
O Diagnóstico Situacional de Saúde (DSS) pode ser considerado como uma das 
mais importantes ferramentas de gestão, constituído por “pesquisa” das condições de 
saúde e risco de uma determinada população, para posteriormente planejar e 
programar ações. Trata-se de um elemento ‘chave’ de reflexão sobre o cotidiano dos 
serviços de saúde, sendo indispensável para a organização dos processos de trabalho 
das equipes de ESF, assegurando os princípios da Atenção Básica, tais como ordenação 
da rede, território e da população. Definido como um meio de identificação e análise de 
uma realidade e suas necessidades, a fim de elaborar propostas de organização ou 
reorganização, compondo o início da fase do processo de um planejamento. 
A aula foi irrealizada como forma de seminário onde cada aluno apresentou a 
realizada de sua Comunidade/Rua/bairro. Foi apresentado realidade de diversas 
cidades, tais como: Quixadá, Ocara, Aratuba, Quixeramobim, Choró, Morada Nova e etc. 
As apresentações trouxeram realidades sociais em que podem ser realizadas políticas 
voltadas para a solução da problemática. 
Desse modo, um dos grandes desafios para os profissionais que atuam na 
atenção básica (gestores e equipe multidisciplinar) consiste justamente na dificuldade 
de equacionar a oferta organizada de serviços, baseada em uma análise técnica da 
situação de saúde da população de um determinado território, com o atendimento à 
demanda espontânea que bate à porta das unidades de saúde e que espera destes o 
acolhimento, a resolução de seus problemas e de seu sofrimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.5 REGULAÇÃO EM SAÚDE 
A Portaria nº 1.559, de 1º de agosto de 2008, instituiu a Política Nacional de 
Regulação do Sistema Único de Saúde ser implantada em todas as Unidades Federadas, 
respeitadas as competências das três esferas de gestão, como instrumento que 
possibilite a plenitude das responsabilidades sanitárias assumidas pelas esferas de 
governo. 
A Regulação de pacientes é uma ferramenta de acesso, onde um paciente de 
um determinado município, tem o mesmo direito a ser internado no Hospital Geral de 
outro município, descentralizando do que um paciente que está na emergência do 
hospital. A decisão de internação será pautada na gravidade do caso e não pela 
proximidade. 
Na aula fomos capazes de aprender que a Regulação é um sistema que foi 
criado com a finalidade gerir vagas hospitalares e outras necessidades de pacientes 
dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), utilizando critérios internacionalmente 
estabelecidos. Antes de ser criada a Regulação, os pacientes rodavam de porta em porta, 
dentro de ambulâncias ou pessoalmente, buscando uma vaga que, muitas vezes, não 
era em uma unidade com o perfil adequado para tratar aquela pessoa ou era uma 
unidade em que não existia a vaga. 
Existem também a classificação de risco que é uma ferramenta utilizada nos 
serviços de urgência e emergência, voltada para avaliar e identificar os pacientes que 
necessitam de atendimento prioritário, de acordo com a gravidade clínica, potencial de 
risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento. As unidades seguem protocolos 
internacionais, como o Protocolo de Manchester, no qual classifica o paciente como 
Emergência (Vermelho), Muito Urgente (Laranja), Urgente (Amarelo), Pouco Urgente 
(Verde) e Não Urgente (Azul). 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO PRIMARIA 
A fim de fortalecer esse modelo de atenção foi assumida pelo Ministério da 
Saúde em 1994, a Estratégia Saúde da Família (ESF) na qual, por meio de assistência 
integral e multiprofissional, centrada na comunidade, a atenção primária tem 
reafirmada sua inserção na rede de saúde. Mais recentemente, em 2008, surgiram os 
Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) que têm por objetivo prestar auxílio às 
equipes da ESF e ampliar a oferta do cuidado no nível primário reafirmando a 
integralidade, qualidade e resolubilidade do sistema. A fisioterapia como potencial 
integrante da equipe multidisciplinar do NASF também necessita reformular-se de modo 
que a reabilitação dedicada ao seu objeto de estudo, compartilhe espaço com atividades 
de promoção, educação em saúde e prevenção de riscos. 
A fisioterapia encontra-se cada vez mais respaldada na área da saúde, por ser 
uma profissão importante no processo de promoção, manutenção e recuperação das 
condições de saúde. Deste modo, a inserção e acesso à fisioterapia, no âmbito do SUS 
são muito importantes para somar ações que venham ao encontro das necessidades da 
população. 
A presença do fisioterapeuta na atenção primaria contribui com a redução da 
sobrecarga do SUS de modo geral. Nas UBS, os profissionais estão mais próximos da 
população, entendem melhor a realidade local e são, por vezes, mais efetivos que o 
atendimento especializado. 
Existe ainda um papel fundamental na educação em saúde. Graças ao trabalho 
na atenção primária, é possível demonstrar a importância do cuidado postural da 
infância até a terceira idade. Nesse contexto, o fisioterapeuta pode participar de 
projetos em creches e escolas para ensinar conscientização corporal, por exemplo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.6 FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO SECUNDARIA 
O fisioterapeuta pode atuar na prevenção e na promoção de saúde e no 
tratamento e na recuperação de indivíduos, grupos de indivíduos e comunidades. É 
comum que, por se tratar da oferta de atendimentos especializados, os atendimentos 
da atenção secundária sejam ofertados em clínicas ou ambulatórios, centros de 
reabilitação e serviços de dispersão de órteses e próteses, entre outros. O fisioterapeuta 
pode atuar ainda na gestão de serviços, dependendo da formação complementar e 
habilidade em gerenciamento de pessoas e serviços. 
Na atualidade umadas áreas mais procuradas na fisioterapia na tenção 
secundária é a cardiorrespiratória pois a mesma atua no diagnóstico, na avaliação e no 
tratamento de lesões e distúrbios do sistema cardiorrespiratório, incluindo pulmão e 
vias áreas e coração e vasos sanguíneos. Como fisioterapeuta, na área da 
cardiorrespiratória, os pacientes que são encontrados com maior frequência são os com 
doença pulmonar obstrutiva crônica, asma, infarto agudo do miocárdio e insuficiência 
cardíaca. 
A aula foi bastante abordada ao compartilhar atividades fisioterapêuticas que 
ainda não são conhecidas por alunos do primeiro semestre que estudam conosco na 
disciplina. 
 Na atenção secundária o fisioterapeuta pode também atuar em cargos de 
gestão. Eles podem envolver gestão de equipes ou de setores, por exemplo. Em uma 
clínica de especialidade, por exemplo, pode haver um setor de reabilitação em que o 
fisioterapeuta seja responsável pela equipe de fisioterapia. Nesses casos, o 
fisioterapeuta estará envolvido no planejamento, na organização, no direcionamento e 
no controle dessa equipe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.6 FISIOTERAPIA NA ATENÇÃO TERCIARIA 
A atenção terciária, que também pode ser chamada de “alta complexidade”, é 
composta por hospitais de grande porte que podem realizar cirurgias, possuem UTIs e 
por muitas vezes outros setores como de tratamento de câncer, tratamento de 
queimados e cuidados paliativos. Nesses setores, os atendimentos não são realizados 
por procura direta, como quando alguém apresenta um quadro de resfriado, febre ou 
dor de cabeça. 
A aula contou com a presença da egressa Renata que atualmente trabalha no 
setor de COVID-19 da Maternidade Jesus Maria José de Quixadá e no Hospital Regional 
de Quixeramobim. A mesma relatou a realidade do trabalho assim como a sua 
experiência com a fisioterapia na atenção terciaria. 
Além do uso das técnicas de higiene brônquica e expansão pulmonar em 
relação às cirurgias torácicas e abdominais, a realização de mobilização passiva, ativa e 
resistida, e da deambulação realizadas pelos fisioterapeutas é muito importante para os 
pacientes com doenças cardíacas e respiratórias. Esses pacientes têm como principal 
queixa a falta de ar, que está fortemente relacionada ao estilo de vida inativo e 
sedentário. 
O fisioterapeuta da atuação terciária, hoje em dia existem vários equipamentos 
disponíveis para facilitar os atendimentos nesse setor. Além dos videogames, hoje em 
dia existem pranchas ortostáticas automatizadas que facilitam o atendimento e a 
realização de técnicas. Existem macas que se transformam em poltronas e facilitam o 
sentar de pacientes acamados, independente se pesados ou não, e também bicicletas 
automatizadas que realizam mobilização passiva de membros em velocidades 
preestabelecidas. Atualmente, equipamentos de eletroestimulação vêm sendo 
utilizados por terapeutas e têm trazido resultados promissores, como permitir que o 
paciente saia do leito de maneira mais rápida. Tudo isso só demonstra o quanto nós 
ainda podemos contribuir para o crescimento da nossa profissão. 
 
 
3.7 CONHECENDO A CLINICA ESCOLA DE FISIOTERAPIA 
Para a realização desta aula pratica nos foi orientado que todos os alunos 
deveriam iniciar a aula na clínica trajando com roupas e sapatos fechados, jaleco, além 
de todo material que inclui o EPI contra a disseminação da COVID-19. Em grupos, 
conhecemos a parte funcional da Clínica Escola de Fisioterapia, exploramos os 
ambientes e conhecemos os equipamentos essenciais como: Cadillac, cadaira Combo, 
também conhecemos as salas de Pediatria, Neurofuncional, Traumato-ortopedia e 
Respiratória além da piscina de hidroterapia que compõe a Clínica. 
As clínicas-escolas constituem serviços ligados a instituições de ensino superior 
em que o atendimento à população é feito por alunos que cursam a especialidade em 
que é feito o atendimento. No caso dos cursos de Fisioterapia, esse atendimento é feito 
por alunos do último ano de graduação, sempre sob a supervisão de um professor 
graduado em Fisioterapia e que tenha, no mínimo, título de especialista. Assim, a 
relação paciente-terapeuta apresenta características especiais, pois os pacientes se 
submetem a serem atendidos por alunos. Embora a situação da saúde pública do Brasil 
não permita que todo cidadão brasileiro tenha acesso aos cuidados básicos de saúde, o 
que poderia justificar essa situação - a de o paciente se submeter a ser atendido por 
acadêmicos, e não por profissionais já habilitados -, a experiência pessoal tem mostrado 
que os pacientes parecem estar de certa forma satisfeitos com esse modelo de 
atendimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. REFERENCIAS. 
1- Noronha JC, Lima LD, Machado CV. O Sistema Único de Saúde – SUS. In: Giovanella L, 
Escorel S, Lobato, LVC, Noronha JC, Carvalho AI, organizadores. Políticas e Sistemas de 
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