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QUESTÃO 2 Após o final da Guerra Fria, passaram a ser debatidos possíveis cenários para uma nova ordem internacional. Nesse sentido, é correto afirmar que: a-) com o enfraquecimento da ex-URSS e a recuperação econômica da Alemanha e do Japão, havia temores de que esses dois países voltassem a aliar-se para se opor aos EUA, que, apesar de ter vencido a Guerra Fria, demonstrava sinais de enfraquecimento pelos seus altos déficits na balança comercial. b-) o Japão foi um país bastante ativo em termos de política internacional ao longo da década de 1990, buscando desempenhar um papel de protagonismo inclusive na área de defesa, pois a invasão do Kuwait pelo Iraque, em 1991, afetava diretamente os interesses japoneses, dependentes da importação de petróleo. c-) com a admirável reconstrução econômica ao longo da segunda metade do século XX, o Japão se tornou a segunda maior economia mundial e passou a ter uma posição de destaque em termos de liderança tecnológica na década de 1980. Esses fatores fizeram com que surgissem expectativas e demandas pela ampliação do seu papel internacional. D-)a partir dos anos 1990, temia-se que, após o final da Guerra Fria, as relações na região do leste asiático ficassem muito tensas, pois o Japão passaria a desenvolver uma política externa mais afirmativa e independente dos EUA na região, com a finalidade de garantir os recursos necessários para o País, reconhecidamente pobre em recursos naturais. QUESTÃO 3 A partir do final da Guerra Fria, alguns primeiros-ministros japoneses declararam que o País estava disposto a desempenhar um papel mais ativo nas relações internacionais. Isso não foi, contudo, verificado na prática, pois: A. o governo de Washington se opôs à ampliação da participação do Japão em assuntos internacionais. B. acostumado com as altas de crescimento econômico, o governo japonês era insensível às pressões internacionais. C. o Japão passou a enfrentar problemas econômicos a partir de 1991 e, com isso, o governo de Tóquio passou a se preocupar mais com a resolução das suas questões domésticas do que com a ampliação da sua atuação internacional. D. os países da União Europeia se opuseram ao retorno mais ativo do Japão ao cenário internacional, pois temiam que essa volta gerasse instabilidade internacional, uma vez que as memórias da Segunda Guerra ainda estavam presentes. QUESTÃO 4 O Japão passou por uma crise econômica depois do estouro da bolha econômica em 1991. Nesse sentido, é correto afirmar que: A. os políticos japoneses passaram a defender uma política econômica mais liberal, argumentando que os setores agrícolas precisavam ser modernizados para que o País renovasse a sua capacidade competitiva. B. a burocracia governamental japonesa passou a ser criticada e culpada pela crise econômica, por não ter conseguido prever as consequências negativas das políticas de incentivo à economia implementadas pelo governo após o Acordo de Plaza. C. o setor privado japonês passou uma significativa mudança de capital, pois, com a desvalorização da moeda japonesa, o iene, o preço das ações e dos ativos ficou muito baixo, e investidores internacionais aproveitaram para adquirir empresas do País. D. a população japonesa passou a emigrar para países que ofereciam melhores oportunidades de trabalho e renda e, com isso, houve uma diminuição da mão de obra, o que obrigou o governo a flexibilizar as regras para entrada de trabalhadores estrangeiros. QUESTÃO 5 Atualmente, o desenvolvimento econômico dos países asiáticos tem chamado a atenção mundial, a ponto de se considerar que o século XXI será o século dá Ásia. Outro fator que se destaca na Ásia é a porcentagem de comércio exterior intrarregional, que está em torno de 60%. É correto afirmar que, nesse sentido, a contribuição do Japão foi: a) significativa, pois, durante a Segunda Guerra Mundial, as empresas japonesas se instalaram nas nações vizinhas e, desde então, têm servido para manter a relação de dependência com esses países. b) irrelevante, pois as relações econômico-comerciais do Japão com os países da região são baixas, uma vez que as ações japonesas durante a Segunda Guerra Mundial tornaram restritas essas interações. c) irrelevante, pois o governo de cada país estabeleceu as suas metas de desenvolvimento econômico de forma autônoma e, ao conseguir identificar as oportunidades de negócio internacionais, implementou políticas de incentivo ao setor privado. d) significativa, pois, com o crescimento econômico, o Japão passou a oferecer ajuda de desenvolvimento aos seus vizinhos. Além disso, para manter a competitividade, as suas empresas passaram a investir nos países vizinhos, onde a mão de obra era mais barata e a produção era exportada para confecção do produto final. Com isso, houve geração de renda, aumento do comércio e transferência de tecnologia para os países vizinhos. QUESTÃO 6 O atentado de 11 de setembro teve impacto global, levando os países a darem maior atenção a questões de segurança. As relações entre os países também passaram por um realinhamento, pois o terrorismo se tornou uma preocupação mundial. Nesse contexto, sobre as relações entre o Japão e os EUA, é correto afirmar que: a) apesar do interesse do governo japonês em alinhar-se aos esforços norte-americanos de combate ao terrorismo, o governo de Washington ignorou as ofertas apresentadas. b) houve poucas mudanças porque a Constituição Japonesa é rigorosa ao definir que o País não pode envolver-se em questões de segurança internacional - ou seja, as Forças de Autodefesa só podem atuar em território japonês. c) o governo do Japão aproveitou a preocupação internacional com a segurança e o combate ao terrorismo para justificar e modificar a legislação que limitava os gastos com a defesa do País à determinada porcentagem do PIB. d) o atentado criou a oportunidade de o primeiro-ministro Junichiro Koizumi demonstrar a sua disposição para mudar a imagem de passividade que caracterizava a política externa do Japão, conseguindo aprovar, rapidamente, o emprego das Forças de Autodefesa para apoiar as ações norte-americanas. QUESTÃO 7 Nas primeiras décadas do século XXI, o governo de Tóquio apresentou iniciativas para reafirmar e fortalecer o seu compromisso com os EUA. A opção em que é apresentada uma afirmativa que confirma essa informação é: a) O governo de Tóquio não eliminou o artigo nono da sua Constituição, que restringia as ações militares do Japão, pois, como a Carta Magna foi uma imposição dos EUA no período de ocupação, o importante aval do governo de Washington ainda está sendo aguardado. b) Os déficits comerciais norte-americanos têm sido um ponto de tensão entre os dois países durante anos. Recentemente, para compensar essa situação, o governo japonês passou a oferecer as suas Forças de Autodefesa em apoio às ações militares dos EUA. c) O governo japonês, principalmente nos mandatos dos primeiros-ministros Koizumi e Abe, demonstrou interesse em revitalizar o status internacional do país por meio de políticas que sinalizaram a maior disposição para participar das questões internacionais de maneira mais ativa. d) O governo, principalmente nos mandatos dos primeiros-ministros Koizumi e Abe, deseja abrir mais o mercado dos EUA para as exportações japonesas como forma de tentar revitalizar a economia, que tem apresentado baixo crescimento há décadas. O interesse maior é o superávit nas relações comerciais nipo-americanas. QUESTÃO 8 O Japão tem desenvolvido e praticado a diplomacia orientada por valores. Entre as situações a seguir, aquela que pode ser considerada um exemplo desse tipo de política externa é: a) O governo de Tóquio tem protestado contra as incursões de navios chineses em águas de soberania japonesa próximas às ilhas denominadas Senkaku pelo Japão ou Diaoyou pela China. b) Após os testes com mísseis e artefatos nucleares realizados pelo governo norte-coreano, o governo japonês reforçou o discurso da necessidade de o Japão investir mais na sua área de defesa. c) O Japão apoiou o projeto Cerrado no Brasil, para ampliaçãoda produção agrícola - em particular, para o cultivo de soja. Essa iniciativa beneficiou tanto a economia brasileira quanto o abastecimento da demanda do produto no mercado japonês. d) Em 2007, Taro Aso, Ministro dos Negócios Estrangeiros, apresentou o projeto Arco da Liberdade e Prosperidade, que visa aproximar e aprofundar o relacionamento entre diversos países, desde o leste asiático, passando pelo sudeste asiático e pelo Oriente Médio e chegando à Europa. QUESTÃO 9 A política do pacifismo proativo consiste em: a) um ato de diplomacia que busca contribuir para a realização de ações voltadas para as relações internacionais apenas com recursos financeiros. b) um conjunto de iniciativas do governo japonês que busca ampliar a capacidade de defesa do território por meio da instalação de sistemas de defesa contra possíveis ataques por mísseis. c) uma política voltada para a realização de incentivos ao setor privado, pois se entende que o comércio e os investimentos das empresas são importantes para a manutenção de relações pacíficas. d) uma política externa desenvolvida pelo Japão que se apresenta mais engajada e busca fazer um contraponto à política passiva que ficou marcada, por exemplo, no início dos anos 1990, na Guerra do Iraque. No entanto, ainda que essa diplomacia transpareça mais vontade política de participação, ela se mantém comprometida com os princípios pacíficos. QUESTÃO 10 As relações Brasil-Japão tem como grande marco a chegada do navio Kasato Maru em 1908, há 113 anos. Desde então, há uma longa história de cooperação e benefícios. Quanto a esse tema, a opção em que é apresentada uma afirmativa INCORRETA é: a) O padrão tecnológico da TV digital é proveniente do Japão e foi adotado também por outros países da América do Sul. b) Brasil e Japão têm desenvolvido a cooperação triangular internacional, cujo objetivo é ajudar países mais pobres em desenvolvimento. c) Desde a segunda metade da década de 1980, o Japão tem sido o destino de muito brasileiros que procuram novas oportunidades de trabalho e renda. d) O Brasil é um país que recebeu um grande número de imigrantes japoneses, mas o Japão tem pouca importância econômica, pois são poucos os investimentos diretos japoneses no Brasil e o comércio bilateral é pequeno.