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Metodologia - Dignidade da pessoa humana

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ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR – ASCES
BACHARELADO EM DIREITO
O NOVO DIREITO CONSTITUCIONAL BRASILEIRO, CONTRIBUIÇÕES PARA A CONSTRUÇÃO TEÓRICA E PRÁTICA DA JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL NO BRASIL, DE LUÍS ROBERTO BARROSO
GUSTAVO DE ALMEIDA LINS
MATHEUS SOUSA DE SOBRAL
RAFAEL FERNANDES
CÁRLISSON CAVALCANTI DE LIMA
JOSÉ WILK
Resenha apresentada para a disciplina Metodologia do Trabalho Acadêmico, ministrada pelo Prof. Luis Felipe Andrade Barbosa para fins de obtenção de parte da nota da 2a Unidade – 1o Período Noturno “3”.
CARUARU
2015
Título:
 O Novo Direito Constitucional Br
asileiro, Contribuições para a c
onstrução 
t
eórica e prática da jurisdição constitucional no Brasil, Capítulo 6
Autor:
 Luís Roberto Barroso
Resenhista
s
:
 Gustavo de Almeida Lins; Matheus Sousa de Sobral
	O presente trabalho versa sobre a dignidade da pessoa humana no direito constitucional contemporâneo, tema presente no capítulo 6 do livro, O Novo Direito Constitucional Brasileiro, do autor Luís Roberto Barroso, publicado em 2013 em Belo Horizonte pela editora Fórum. É de fundamental importância buscar compreender sobre a dignidade da pessoa humana dentro do contexto histórico, analisando-se o período em que chegou ao seu ápice e a sua relevância para sociedade e para o meio jurídico, o autor trabalha sobre estes aspectos em sua obra.
	A dignidade da pessoa humana é um assunto universalmente discutido e estudado em virtude da sua importância dentro dos aspectos sociais e jurídicos. Entende-se que ela está presente em leis e constituições, que no caso do Brasil a Constituição Federal é o documento mais importante do ordenamento jurídico, a dignidade da pessoa humana está situada no Art.1 inc. III CF/88, como fundamento do Estado Democrático de Direito. Segundo o autor, a dignidade da pessoa humana tem sua origem na religião, ou seja, no Direito Canônico que versa sobre o homem ser a semelhança de Deus. Porém, no meio jurídico somente após a 2ª Guerra Mundial e com a Declaração dos Direitos Humanos, ela é reconhecida como Direito Fundamental. Primariamente pelo fato da corrente pós-positivista tomar proporções maiores dentro do âmbito jurídico. Segundo por se tornar um princípio que é contido em várias leis, Constituições e documentos internacionais como foi citado anteriormente.
	Observa-se que o Direito teve uma aproximação com a moral. Na França por exemplo, existia um espetáculo onde a diversão dos frequentadores era o arremesso de anão, e em outros países, para a resolução de assuntos mais complexos, se fez o uso da dignidade da pessoa humana como premissa fundamental.Ou seja, é notório que princípios do Direito Natural estão inseridos dentro do ordenamento jurídico universal através de fortes princípios como o da dignidade. Posteriormente Barroso trata de evidenciar que a dignidade da pessoa humana sofre modificações de acordo com o tempo, assim como no direito positivo. Isso se dá pelo fato dos valores culturais mudarem com a chegada de novas gerações, o que leva alguns autores a sustentarem que o conceito da dignidade não tem utilidade, outros continuam afirmando que este é um tema que deve ser tratado apenas pela ética religiosa. Já houve na Europa alegações que o presente assunto seria incompatível com o sistema jurídico americano por ele ter sido fundamentado com a visão de liberdade individual e proteção dos direitos.
	Mais adiante o autor disserta sobre a natureza jurídica da dignidade humana, analisando a sua aproximação com a filosofia e com os valores do bom, justo, virtuoso etc. Em casos difíceis ela só pode ser utilizada se estiver contida dentro do ordenamento jurídico e se possuir relevância dentro do mesmo. O autor diz ainda que ela pode ser utilizada como fonte de interpretação, já que, antes de ingressar no meio jurídico já desfrutava de seu papel interpretativo em meio as decisões judiciais.
	Pode-se observar também que nesse capítulo, o autor dedica seus conhecimentos em tentar, nas suas palavras, “tornar a dignidade da pessoa humana um conceito objetivo, claro e operacional”. Ela, possuindo esse conceito objetivo, poderá então ser utilizada como um meio relevante de argumentação para que a decisão e a interpretação jurídica sejam mais próximas possíveis da realização da justiça. Nota-se com facilidade, que o objeto do estudo de Luís Roberto Barroso, que nesse capítulo é a dignidade da pessoa humana, está sempre interligado aos princípios da corrente Pós-Positivista, fazendo a aproximação de alguns valores fundamentais intrínsecos aos seres humanos e a reaproximação de outras matérias com o Direito, que nesse caso seria a Filosofia e a Sociologia. Para ele, a dignidade da pessoa humana se torna um conceito jurídico deontológico, pelo fato de ser um direito fundamental que também está contido nos Direitos Humanos.
	O autor faz menção a Immanuel Kant,o qual seu entendimento a respeito da dignidade da pessoa humana é digno de ser contemplado e analisado. O autor cita Kant quando ele diz que “todo homem é um fim em si mesmo”, ou seja, não se pode utilizar um ser humano como meio para obter algo. Todos os seres humanos são inatamente dignos de sua liberdade e autonomia e por isso não se pode estabelecer preços para as pessoas nem usa-las como meios de obtenção de algo. Nas palavras de Barroso, “as coisas têm preço, mas as pessoas têm dignidade”, ou seja, “as pessoas humanas não têm preço nem podem ser substituídas, possuindo um valor absoluto, ao qual se dá o nome de dignidade.” A analogia que o autor faz sobre o conceito de dignidade de Kant com o princípio da dignidade da pessoa humana contido nos textos jurídicos é bastante louvável, visto que, o filósofo traz uma compreensão ideológica da dignidade, portanto, os textos jurídicos podem se apoiar nessa interpretação para dar praticidade ao princípio da dignidade humana e assim se aproximar da realização da justiça.
	Barroso versa posteriormente sobre três principais elementos a dignidade humana, são eles: valor intrínseco, autonomia e valor social da pessoa humana. Valor intrínseco em meio aos pensamentos filosóficos remete à questão de que a dignidade está ligada a natureza do ser e inerente ao homem. Ela jamais pode ser retirada do ordenamento jurídico de um Estado Democrático de Direito, a dignidade humana está presente em bebês e também pessoas com incapacidade mental. Levando em consideração o plano jurídico o valor intrínseco da pessoa humana está em meio aos direitos fundamentais, como: direito a vida, direito a igualdade, ou seja, todos merecem ser tratados igualitariamente sem observar, cor, religião, sexo, raça; Direito a integridade física, neste vem a questão da proibição da tortura, trabalho escravo; por último, Direito a integridade moral e psíquica. Ex: direito a ter um nome. Autonomia está ligado a valores éticos da dignidade da pessoa humana, ou seja, o indivíduo encontra-se livre para tomar suas próprias decisões, formular a sua personalidade, podendo assim escolher a sua religião, a vida afetiva, vida profissional sem a intervenção de outra pessoa, este é, no plano jurídico, muito ligado ao direito a liberdade. Valor comunitário como o termo deixa claro é o direito coletivo, de todos os indivíduos da sociedade juntos, respeitando sempre o direito individual de cada um estará assim também valorizando o direito a dignidade da pessoa humana com valor comunitário.
	A dignidade humana, na jurisprudência do STF; entre elas estão a não autoincriminação, a exemplo disso o teste do bafômetro, à presunção de inocência, não utilização não injustificada de algemas, o cumprimento da pena em prisão domiciliar. O fim da escravidão que está presente ainda hoje, não de forma direta, mas sim daquelas pessoas que ainda continuam sendo exploradas para trabalhos, pelo fato de não ter muitas vezes qualificação suficiente para exercer outra atividade e a falta do conhecimento em relação aos seus direitos.
	Inicialmente neste trabalho foi versado sobreos “casos difíceis”, termo utilizado pelo autor. Entre esses casos difíceis estão: uniões homo afetivas; pesquisas com células-tronco embrionárias; interrupção de gestação de fetos anencefálicos. Uma sociedade que debate muito em torno do tema da união homo afetiva, defendendo assim a união apenas de casais de sexo diferente, pois, levando em consideração a dignidade humana e seu valor intrínseco, torna legitima o reconhecimento das uniões de casais do mesmo sexo. 
	Observa-se assim que a dignidade da pessoa humana é essencial na vida do homem, ela está para resolver casos difíceis, evitar que algo que vá de encontro aos princípios do direito humano não tenha sucesso, e tornar o direito natural cada vez mais seguro. Neste contexto é importante ressaltar que, a dignidade da pessoa humana e os direitos humanos caminham juntos visando o direito de todo ser humano.

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