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Proteínas C Reativas Acyllon Wilk Dalvânia Santos Jorge Araújo INSTITUTO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR RAIMUNDO SÁ DISCIPLINA: EXAMES COMPLEMENTARES PROFESSOR: EDIVAN SOUSA CURSO: BACHARELADO EM FISIOTERAPIA BLOCO: 4 Introdução A proteína C reativa (PCR) é uma proteína produzida no fígado, cuja concentração sanguínea se eleva radicalmente quando há um processo inflamatório em curso, como infecções, neoplasias, doenças reumáticas ou traumatismos. Também é muito utilizada para indicar problemas cardiovasculares, como aterosclerose, por exemplo. Essas proteínas possuem atividade anti-inflamatória e ajudam o sistema imunológico a combater germes invasores. Histórico A PCR foi descoberta na década de 1930 após análises do sangue de pacientes com pneumonia, onde observou-se a elevada concentração na fase ativa da doença e a diminuição com a cura. Descobriram que esse fenômeno não ocorria somente na pneumonia, mas em todas infecções relevantes no organismo, principalmente aquelas de origem bacteriana. Exame O exame da PCR é um dos centenas de exames laboratoriais de sangue existentes. Os exames de sangue, que também são chamados de análises sanguíneas, são testes complementares utilizados por todos os médicos, independentemente da especialidade. Neste caso, é feito com o intuito de identificar inflamações e infecções no corpo do paciente. Causa da elevação da PCR A PCR não se limita a detectar infecções. Qualquer doença que provoque uma reação inflamatória por parte do organismo pode cursar com níveis elevados de proteína C reativa. Causa da elevação da PCR Apendicite aguda Pancreatite aguda Doença inflamatória intestinal Linfomas Mieloma múltiplo Tumores malignos Traumatismos Queimaduras Condições não infecciosas que podem provocar elevação da PCR: Infarto do miocárdio AVC Artrite reumatoide Doença de Behcet. Esclerodermia. Granulomatose de Wegener Febre reumática Indicações para PCR Auxílio ao diagnóstico clínico Monitoração de atividade inflamatória durante a evolução clínica Acompanhamento da efetividade do tratamento antibiótico ou anti-inflamatório Detecção de complicações infecciosas pós-operatórias Possível indicador de prognóstico para doenças coronarianas O exame PCR é usado para: * 7 Desvantagens O PCR aponta que existe uma inflamação em curso, mas não identifica qual é o agente causador, onde está ou porque ocorre. Inespecífica São necessários outros exames para complementar o diagnóstico * 8 Resultados Infecção A concentração de PCR aumenta precocemente Eficaz no acompanhamento do tratamento Resultado mais rápido e eficaz do que o hemograma e o VHS Doenças Reumáticas Leve elevação nos valores de PCR Serve como parâmetro de atividade da doença * 9 Resultados Câncer Suspeita quando há uma elevação inexplicada nos níveis de PCR Podem indicar uma doença mais agressiva, sugerindo pior prognóstico (ex.: pacientes com mieloma múltiplo ou linfoma) Obs.: Este exame não é usado na investigação dos pacientes com suspeita de câncer, por ser difícil de ser distinguido de outras situações mais comuns. * 10 * 11 Valores da PCR Antes o resultado da PCR era fornecido somente como positivo ou negativo, atualmente é possível dosar a quantidade de PCR circulante. Os resultados da PCR podem ser descritos em mg/dL ou mg/L. 1,0 mg/dL (10 mg/L) já começam a ser mais compatíveis com infecções ou processos inflamatórios mais intensos. Entre 1,0 mg/dL (10 mg/L) e 4,0 mg/dL (40 mg/dl) são compatíveis com infecções virais mais fortes Acima de 4,0 mg/dL (40 mg/L) são mais compatíveis com infecção bacteriana. Proteína C reativa ultra sensível (PCR-us) Algumas pesquisas têm indicado que inflamações silenciosas e progressivas, que elevam aos poucos os níveis de PCR, estão relacionadas ao risco de desenvolvimento de placas de colesterol. A avaliação mais detalhada do nível de PCR é possível com as técnicas modernas de detecção, inclusive de valores bem baixos, como 0,03 mg/dL, por exemplo. Com isso, são realizados a mediação de proteína C reativa altamente sensível e de proteína C reativa ultrassensível Proteína C reativa ultra sensível (PCR-us) É um exame muito utilizado para avaliar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como infarto ou AVC. Baixo risco: menor que 0,1 mg/dL; Médio risco: entre 0,1 mg/dL e 0,3 mg/dL; Alto risco: maior que 0,3 mg/dL. Em geral, pessoas sem doenças possuem uma PCR-us ao redor de 0,07 e 0,08 mg/dL (0,7 e 0,8 mg/L). Realização do Exame A coleta do sangue para realização deste exame pode ser feita em qualquer laboratório de análises clínicas Para colher o sangue é necessário 8 horas e se for o bebês o teste deve ser realizado no intervalo entre mamadas. Para resultados mais esclarecidos é indicado fazer uma avaliação conjunta com colesterol total, HDl colesterol e LDL colesterol o que melhora substancialmente as condições para confirmação dos riscos de doenças cardiovasculares Conclusão A PCR é importante para prevenção primária e secundária e pode ser considerada como um dos principais biomarcadores para a predição de eventos cardiovasculares e morte em associação aos fatores de risco clássicos, adicionando assim a estes, maior risco. Referência FRAZÃO, Arthur. Proteína C reativa alta pode indicar risco de doenças cardíacas. Disponível em: <http://www.tuasaude.com/proteina-c-reativa/> Acesso em: 11 de Nov. 2015. PINHEIRO, Pedro. Proteína C Reativa – Exame PCR. Disponível em: <http://www.mdsaude.com/2014/10/proteina-c-reativa-exame-pcr.html> Acesso em: 11 de Nov. 2015. Proteína-C reativa – exame PCR. Disponível em: <http://www.saudemedicina.com/proteina-c-reativa-exame-pcr/> Acesso em: 11 de Nov. 2015. VILELA, Silvano. Proteína C Reativa PCR ultrassensível, exame de sangue prevê risco doença cardiovascular. Disponível em: <http://www.plugbr.net/proteina-c-reativa-pcr-ultrassensivel-exame-de-sangue-preve-risco-doenca-cardiovascular/> Acesso em: 11 de Nov. 2015. DENARDI, Celise Alessandra Sobral et al. A Proteína C-Reativa na Atualidade. Rev SOCERJ. 2008;21(5):329-334 setembro/outubro. São Paulo, 2008. Obrigado!
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