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Wa1 - Ciências Contábeis - Contabilidade e Planejamento Tributário

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Wa1 - Ciências Contábeis - Contabilidade e Planejamento 
Tributário 
UNIDADE 1 – CONTABILIDADE E O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
 
Introdução 
 
Olá, tudo bem? Seja bem-vindo à disciplina de Contabilidade e Planejamento Tributário. Sou o professor Fábio Rogério 
Proença e saibam de antemão que estou muito feliz em poder estar aqui com vocês apresentando esta disciplina, que 
traz um tema tão pertinente a toda a sociedade e que, com certeza, será de grande utilidade para você no seu futuro 
profissional. 
Neste início da nossa unidade de estudo abordaremos os aspectos que ligam a contabilidade ao planejamento 
tributário e veremos a importância da tributação para a sociedade – ok?! 
Legal, então, vamos lá. Um ótimo estudo a todos!! 
1.1 Contabilidade e Planejamento Tributário 
Você sabe o porquê de pagarmos impostos? Qual a função do Estado? Tem consciência de que no dia a dia de um 
contador o Direito e a Contabilidade caminham juntos? Sabe dizer qual a importância do entendimento da legislação 
para o perfeito desenvolvimento da atividade profissional de um contador? 
Essas e outras perguntas são necessárias quando nos lançamos na busca do conhecimento da área tributária. Antes 
de mais nada, é necessário saber que o Direito é a ciência das normas obrigatórias que disciplinam as relações dos 
homens em sociedade, existindo para isto as diversas jurisprudências. É o conjunto das normas jurídicas vigentes no 
país. Já a Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro de atos e fatos 
administrativos de uma entidade, gerando, através de suas técnicas, relatórios capazes de servirem de instrumento 
para as tomadas de decisões de uma organização. 
O Contador, além de obedecer às normas e princípios fundamentais de contabilidade, deve também seguir a legislação 
tributária concernente à correta apuração, registro e arrecadação aos cofres públicos dos diversos tributos que incidem 
sobre as pessoas jurídicas. 
Questão para reflexão: Qual a importância do contador no processo do planejamento tributário? 
Sabemos que o governo possui algumas responsabilidades com a sociedade, as quais deveriam ser ofertadas de 
forma satisfatória para todas as pessoas, independentemente de sua classe ou posição social, desde assistência à 
saúde, educação, garantia de segurança, defesa nacional, assistência judiciária, entre outras enquadradas como 
funções do Estado. 
Estes subsídios são gastos para o governo e, diante disso, faz-se necessário possuir arrecadação suficiente de 
recursos aos cofres públicos para atender a sociedade e cumprir as funções do Estado. 
Por outro lado, todo administrador deve, obviamente, buscar maximizar os lucros e minimizar as perdas. Em virtude 
disso, o planejamento tributário acaba por se apresentar como um instrumento necessário à gestão de negócios, tais 
como são o marketing, as vendas, a qualificação de pessoal, o comércio exterior, etc. Por isso o administrador precisa 
ser bem assessorado na parte contábil, com o objetivo de realizar a elisão fiscal. Aliás, sem um bom planejamento 
tributário será muito difícil competir no mercado globalizado e garantir um bom retorno para o capital investido. 
Resumidamente, temos de um lado o governo na busca do aumento de sua arrecadação e, do outro lado, o 
empresariado focado na redução da carga tributária sobre suas atividades. Portanto, cabe a você, futuro(a) 
contador(a), se é que já não está exercendo a profissão como técnico(a) contábil, no mercado, conscientizar vossos 
clientes, empresários, a repassarem com responsabilidade, de forma ética, a parcela dos tributos que estão embutidos 
no preço dos produtos, mercadorias ou serviços prestados. 
Nesta perspectiva, entramos na discussão de Elisão Fiscal e Evasão Fiscal. 
Qual é a diferença existente? 
Devido ao alto índice de tributos que atingem tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas no Brasil, motivando a 
inviabilização ou o fechamento das portas de muitas empresas diante do cenário de crise e somado também à má 
administração ou formação de seus preços, torna-se necessário que os empresários e profissionais da área contábil, 
cada vez mais, revejam suas estratégias e seus planejamentos tributários e orientem seus clientes observando a ética 
profissional. 
O Planejamento Tributário, também denominado de Elisão Fiscal, perfeitamente aceito pelo Fisco e de forma legal, é 
pautado pela característica de cada empresa de verificar e adotar a legislação vigente em conformidade com suas 
necessidades, utilizando-se de situações decorrentes da própria lei ou de lacunas e brechas deixadas ou 
despercebidas pelo legislador. Assim, utiliza-se delas para benefício fiscal próprio, com intuito de maximizar seus 
lucros reduzindo a incidência dos tributos em seus produtos, tornando-se, inclusive, mais competitivo no mercado. 
A Elisão Fiscal é o oposto da Evasão Fiscal, que se trata de estratégias ilícitas com o objetivo de prejudicar os cofres 
públicos, através da sonegação fiscal dos tributos e a “maquiagem” das demonstrações contábeis ou memórias de 
cálculo com o objetivo de se beneficiar de situações não contempladas pela legislação vigente, gerando um passivo 
fiscal não reconhecido, resultando no desconhecimento do rombo gerado e que, muitas vezes, quebram as empresas 
que não possuem um patrimônio líquido necessário para quitar tais dívidas de sonegação. 
Mas, professor, como se define TRIBUTOS? 
Para responder a esta questão, devemos entender que tributo é a prestação pecuniária obrigatória, em moeda corrente 
ou cujo valor se possa atribuir desde que em hipótese alguma venha a ser caracterizada uma sanção de ato praticado 
de forma ilícita, obrigatoriamente instituído em lei e cobrado mediante uma presteza administrativa ligada. 
Então, pergunto: a multa de trânsito, por exemplo, é um tributo? 
Não, a multa de trânsito não é um tributo. 
Mas, por quê? Pelo fato de que, para eu ter sido autuado, ocasionando a multa, eu cometi um ato ilícito, quer seja por 
excesso de velocidade, não observância das regras, normas ou legislação de trânsito em vigor. 
Os tributos podem ser classificados sob duas perspectivas: vinculados e não vinculados. 
Qual a diferença existente entre eles? 
Os tributos vinculados, como o próprio nome sugere, estão vinculados a uma atividade desenvolvida pelo Estado, 
como, por exemplo: Estou precisando obter o meu alvará de funcionamento e para minha atividade exige-se um 
parecer do Corpo de Bombeiros. Então, procedo ao pagamento da taxa de fiscalização dos bombeiros. 
Já os tributos não vinculados, não estão vinculados a uma contraprestação de um serviço, sendo enquadrados, então, 
como sendo os impostos, uma vez que não houve atividade desenvolvida a meu favor por parte do Estado. 
O conceito de tributo está discriminado no Código Tributário Nacional, o qual se posiciona em seus artigos, desde o 
terceiro até o quinto. A definição de tributo é citada no art. 3º do CTN. Enquanto que o artigo 4º ressalta que a natureza 
jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-
la: 
I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5172.htm>. Acesso em: 24 nov. 2015. 
 
Então, o tributo é obrigatório e compete, normalmente, à quitação através do pagamento em moeda corrente nacional, 
ficando por este ato encerrada a obrigação tributária. 
De acordo com o artigo 5° do Código Tributário Nacional, mencionado anteriormente, o gênero dos tributos é dividido 
em três naturezas: impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
A Constituição Federal de 1988, em seu artigo149, regulamenta e autoriza a União a constituir contribuições federais 
sociais, se houver necessidade. 
Além das mencionadas, fica facultada, também, a cobrança de contribuições e arrecadações ligadas a órgãos de 
classe que providenciam o registro de seus profissionais, os quais têm poderes de fiscalização quanto ao 
desenvolvimento de suas atividades e a observância de seus códigos de ética específicos no desenvolvimento da 
profissão. 
Quais seriam estes órgãos de classe? 
Podemos citar diversos e os mais variados exemplos, porém, nesta oportunidade, destaco alguns, como, por exemplo: 
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil, CRC – Conselho Regional de Contabilidade, CRO – Conselho Regional de 
Odontologia, CRM – Conselho Regional de Medicina, entre outros, lembrando que cada qual age em sua região ou 
estado ou jurisdição. 
 
Quanto às contribuições federais e sociais, temos: PIS, COFINS, CSL, INSS e a Contribuição de Intervenção no 
Domínio Econômico – CIDE. Estas não estão sujeitas à distribuição de valores entre os estados e os municípios, pois, 
mesmo possuindo uma característica cuja natureza seja jurídica e tributária, não são considerados impostos. 
Quanto ao assunto em discussão, reforçamos o exposto se posicionando da seguinte forma: 
As contribuições federais, ou seja, contribuições sociais (INSS, PIS, COFINS, CSL e CPMF) e a de intervenção no 
domínio econômico (CIDE), pelo fato de que têm natureza jurídica tributária, mas não são impostos na espécie, são 
consideradas, na doutrina e na jurisprudência, como uma quarta espécie de tributo, e não estão sujeitas à repartição da 
receita com os Estados e Municípios, bem como podem ser cobradas de pessoa com imunidade tributária (art. 150, VI, 
da CF), uma vez que a imunidade só se refere a impostos. Esses fatores, por si só, explicam a preferência da União 
pela instituição e aumento de alíquotas e das bases de cálculo das contribuições, que representam parcela significativa 
dos sucessivos recordes de arrecadação que a Receita Federal vem conseguindo. 
A Emenda Constitucional n. 42/03, art. 159, III, prevê a repartição de 25% do produto da arrecadação da CIDE com 
Estados e o Distrito Federal. Os Estados, por sua vez, devem repartir 25% de sua parte com os Municípios. 
1.2 Processo de Planejamento Tributário 
O planejamento tributário requer uma expertise de várias pessoas que detêm certos conhecimentos na empresa. A 
começar pelo contrato social, que tem que estar bem redigido em relação à saída de sócios e distribuição de lucros. Já 
no campo de análise de rentabilidade e lucratividade, a empresa precisa saber os lucros que ela obtém com cada 
atividade, visto que é um ponto crucial para o planejamento tributário. A verificação dos imóveis e móveis e as 
imobilizações é estratégica para análise do processo de planejamento. 
Para haver um planejamento adequado, devemos ter uma contabilidade confiável, com a escrituração de todos os fatos 
contábeis e ter os livros corretamente escriturados, como: Livro Diário, Livro Razão, Livro de Inventário, Livro de 
Apuração do Lucro Real, Apuração do ICMS, Apuração do IPI, Apuração do ISS, Livro Termo de Ocorrência. 
Esse conjunto de informações e sistemas irá gerar os dados preliminares para análise tributária. Logicamente, se 
queremos reduzir tributos, temos que saber quanto estamos gastando com eles na atualidade. Sem uma contabilidade 
adequada, o planejamento tributário fica dependente de informações avulsas, irregulares, sujeitas a erros. 
Para que a contabilidade sirva para o planejamento tributário, ela deverá refletir a real situação do patrimônio e das 
receitas e despesas. A qualidade da informação contábil diminui se tivermos uma escrituração não obedecendo ao 
regime de competência, atrasos na escrituração e conciliações incorretas. 
Primeiro precisamos de informações da empresa, como: ramo de atividade, contrato social, processo produtivo (se for 
uma indústria), ativo imobilizado, demonstrações financeiras e gerenciais, a logística da movimentação das 
mercadorias e produtos, o atual regime tributário da empresa, os tributos que a empresa paga, é a parte da coleta de 
informações e análises da tributação atual. A partir dessas informações, iniciarão a comparação, as análises, as 
verificações, as deduções, as simulações e hipóteses de alternativas lícitas para redução fiscal. 
Questão para reflexão: Muito se fala que grande parte das empresas recém-constituídas fecha suas portas antes de 
completarem três anos de vida. Será que o Planejamento Tributário pode auxiliar a mudar este cenário? Por quê? 
Segundo Silvio Aparecido Crepaldi (2012, p. 82-83), são os seguintes os passos do planejamento tributário: 
Passo 1: Considerações Preliminares 
 Empresa eficiente do ponto de vista tributário. 
 Diferença entre elisão e evasão fiscal. 
 
 
Passo 2: Objetivos Estratégicos do Planejamento Tributário 
 Redução ou eliminação de carga fiscal das empresas. 
 Postergação do pagamento de tributos e contribuições. 
 Minimizar a contingência tributária. 
 Recuperação de tributos recolhidos. 
 
 Passo 3: Frentes de Ação do Planejamento Tributário 
 Questionamento judicial de tributos. 
 Planejamento induzido pela legislação. 
 Reorganização corporativa. 
 
Passo 4: Etapas (metodologia) do Planejamento Tributário 
 Revisão da estrutura corporativa. 
 Análise do planejamento estratégico. 
 Mapeamento das atividades (Controladoria). 
 Formulação de estratégia tributária. 
 
Passo 5: Questionamento Judicial de Tributos 
 Princípios constitucionais da corporação. 
 Hierarquia da legislação tributária (ordenamento jurídico). 
 
Passo 6: Planejamento Tributário Induzido pela Legislação 
 Sistema de apuração de tributos. 
 Formas de retribuição dos acionistas. 
 Formas de recuperação de tributos. 
 
Passo 7: Planejamento Tributário nas Organizações Societárias 
 Captação de recursos internos. 
 Responsabilidade das pessoas ligadas. 
 Prejuízo fiscal, base negativa da CSLL e do IRPJ. 
 
Passo 8: Diligência como Fonte de Planejamento Tributário 
 Identificação de ativos e passivos não contabilizados. 
 Recuperação de crédito fiscal. 
 Processo de compra e venda de mercadorias e produtos. 
 
Passo 9: Limites do Planejamento Tributário 
 Questionamento pelo Fisco. 
 Defesa (ação fiscal) Departamento Jurídico. 
 Jurisprudência favorável ao contribuinte. 
 Defesa fiscal – Contribuinte x Aduana (Administração). 
 Recuperação de tributos em trânsito. 
 Mas existe algum benefício em se realizar o Planejamento Tributário? 
 Sim, temos. Os benefícios são: compreender o processo entre elisão e evasão fiscal; identificar dentro da lei 
as oportunidades de eliminação ou minimização dos tributos; minimizar os riscos tributários de calcular errado 
os tributos; criar empresas de acordo com a lucratividade de suas atividades para minimizar a carga tributária. 
 Para Discutir 
 Na avaliação do sistema tributário nacional atual, quais são os caminhos que as empresas devem seguir para 
atingir a redução no ônus tributário? 
 Resumo 
 Foram vistos nesta unidade de estudo a importância da contabilidade e consequentemente do profissional 
contábil para a elaboração do planejamento tributário. Foi apresentada a diferença entre elisão fiscal e evasão 
fiscal, a primeira é a forma lícita de se reduzir ou até mesmo postergar o ônus da tributação, já a segunda se 
refere à prática ilícita de atos que visam evitar o pagamento de impostos, taxas e outros tributos. E fechamos a 
unidade abordando o estudo dos passos para a elaboração de um bom planejamento tributário, bem como a 
sua importância para as empresas em termos de otimização dos resultados empresariais. 
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