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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA SEMIOLOGIA. Prof: Márcia Pessoa E-mail: marciaj.professora@gmail.com O que é Semiologia? • Investigação e estudo dos sinais e sintomas apresentados pelo paciente é avaliada clinicamente pela Enfermagem (POSSO, 1999). • Envolve o conhecimento dos fundamentos da prática de Enfermagem, com o domínio de conceitos e habilidades • As habilidades são necessárias para o cuidado de uma grande variedade de pacientes, em bom estado de saúde e daqueles com doenças brandas e crônicas; buscando satisfazer as necessidades básicas do indivíduo. HISTÓRIA DE SAÚDE Obtenção da história de Saúde • Identificação; • Queixa principal; • História da doença atual; • Interrogatório sintomatológico; • Antecedentes pessoais e familiares; • Hábitos de vida e condições sócio- economicas e culturais Preparação da história de Saúde • Auto-reflexão: – Ajuda a considerar as diversidades no outro • Leitura do prontuário: – Ajuda a estabelecer enfoque na entrevista • Estabelecimento de objetivos: – Ajuda a manter-se direcionada e organizada Entrevista de Enfermagem: Introdução, Desenvolvimento e Fechamento O QUE É A CONSULTA DE ENFERMAGEM? • A consulta de Enfermagem, sendo atividade privativa do Enfermeiro, utiliza componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença, prescrever e implementar medidas de Enfermagem que contribuam para a promoção, prevenção, proteção da saúde, recuperação e reabilitação do indivíduo, família e comunidade. • Foco: mudanças no estilo de vida do cliente e incentivo à atividades de promoção à saúde. CONSULTA DE ENFERMAGEM • Compreende: – Histórico (entrevista); – Exame físico; – Diagnóstico de enfermagem; – Prescrição de enfermagem ; – Evolução de enfermagem. Resolução COFEN N. 272/2002 ENTREVISTA DE ENFERMAGEM • Exigem boas habilidades de comunicação; • Boa relação interpessoal; • A entrevista exige um diálogo com o cliente, não simplesmente uma sessão de perguntas e respostas; • Comunicação verbal e não – verbal. INTRODUÇÃO • Escolha um ambiente tranquilo e reservado; • Apresente-se; • Explique o que será feito, o tema abordado, antes de iniciar as perguntas; • Escolha os termos cuidadosamente e evite o uso de jargões técnicos; • Use de linguagem corporal adequada; • Faça perguntas abertas; • Confirme as assertivas do cliente para evitar mal- entendidos. COMPONENTES FUNDAMENTAIS DA ENTREVISTA • Ambiente físico; • Conforto do cliente; • Confidencialidade; • Estrutura da entrevista; • Preocupações e objetivos; • Verificação da língua; • Verificação da audição; • Respeito. TIPOS DE PERGUNTAS ABERTAS • Fazem o cliente expressar sentimentos, opniões e ideias; • Estimulam a relação entre enfermeiro e o cliente. • Ex: – Por que você veio ao PSF hoje? – Como você descreveria os problemas que está tendo com a doença? FECHADAS • Levam a respostas do tipo sim ou não ou a respostas com uma ou duas palavras; • Limita a relação entre enfermeiro e o cliente. • Ex: – Você chega ficar cansado? – Você é o único da família que tem esse problema? DESENVOLVIMENTO • Fase de facilitação do fluxo da entrevista; • Perguntas corretas e direcionadas ajudam a acrescentar detalhes à história do cliente; • Técnicas de questionamento adaptativo: – Questionamento direcionado; – Questionamento para provocar respostas abertas; – Realizar uma série de perguntas; – Oferecer respostas de múltipla escolha EXEMPLOS • “Fala sobre essa dor na barriga.” • “Onde você a sentiu?” • “ Você teve dor em1 outro local?” • “ Onde?” DESENVOLVIMENTO • Encoraje o cliente a continuar a história; • Esclareça informações equivocadas; • Repita a informação para obtenção de dados específicos; • Reitere assertivas do cliente; • Interprete o comportamento não verbal; PERGUNTAS ESPECÍFICAS 1. Dados biográficos; 2. Queixa principal; 3. História clínica; 4. Histórico familiar; 5. Histórico psicossocial; 6. Nível de estresse; 7. Atividades da vida diária (AVD) MÉTODO MNEMÔNICO PQRS Esse método ajuda estimulará o paciente a descrever os sintomas com mais detalhes. 1. DADOS BIOGRÁFICOS • Nome; • Data de nascimento; • Idade; • Estado civil; • Religião (opcional); • Nacionalidade; • Moradia; • Pessoa para contatar em caso de emergência • Tratamento anterior para queixa. 2. QUEIXA PRINCIPAL • Registre as palavras exatas do paciente; • Como e quando os sintomas apareceram e desenvolveram; • O que levou a procurar atendimento; • Como o problema afeta as AVD; • Indague acerca das doenças menos importantes ou preocupações recentes a saúde; 3. HISTÓRIA CLÍNICA • História clínica pregressa e atual; • Hospitalizações anteriores, doenças da infância e vacinas; • Tratamento atual, problema e nome do médico; • Alergias ambientais e medicamentosas; • Histórico da medicação; • Terapias alternativas; 4. HISTÓRICO FAMILIAR • Mãe, pai e irmãos estão vivos? • Caso contrário, que idade tinham quando morreram e qual a causa? • Algum membro da família tem doença crônicas ( H.A.S, D.M, Cardiopatias, CA) ou outras doeças? 5. HISTÓRICO PSICOSSOCIAL • Profissão; • Nível educacional; • Condição financeira; • Responsabilidades; • Estratégias para lidar com problemas; • Sistema de apoio; • Atividades físicas; 6. NÍVEL DE ESTRESSE • Ter consciência do estresse; • Situações que causam estresse; • Demandas emocionais; • Pressões sociais; • Esforço físico; • Reações as estresse; • Administração do estresse recente. 7. AVD • Averiguação da AVD; • Revela o que é normal para o paciente; • Ajuda a desenvolver um plano de cuidados. • “Descrever um dia típico de sua rotina.” MODELOS DE ROTEIRO DE ENTREVISTA DE ENFERMAGEM FECHAMENTO • Resumir é reafirmar as informações fornecidas pelo cliente; • Reformular informações dadas pelo cliente; • Auxilia nas transições durante a entrevista; • Estimula a colaboração enfermeira-cliente • Sinaliza o final da entrevista/consulta; • Dá oportunidades ao cliente de acrescentar ideias finais. Exemplo • “ Eu acho que tenho todas as informações de que preciso agora. Você tem alguma coisa mais a acrescentar?” EXERCÍCIO • Diante do exposto elabora um roteiro de entrevista de enfermagem para uma gestante hipertensa e diabética. Bons estudos! REFERÊNCIAS • POTTER, P. A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 6 ed. Rio de Janeiro, Elsevier, 2005. • CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM. Decisão nº 272, de 27 de agosto de 2002. • ANDRIS, D.A., (Cool.), et al. Semiologia: bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
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