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Excelentíssimo Senhor Desembargador Presidente do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul.
Agravo de Instrumento
				RRRRRRRRRRRRRRRRRRRRRR, brasileira, casada, professora, portadora do CPF nº 222222, residente na Rua da Liberdade nº 1111, na cidade de Campo Grande, por seu procurador, advogado no fim assinado, nos autos da Ação de Consignação em Pagamento, que promove contra GGGGGGGGGGGGGG, já qualificado, inconformada com a decisão de fls. 36, que indeferiu o pedido de exclusão dos cadastros de inadimplentes da SERASA e demais órgãos restrivos de crédito, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, interpor o presente AGRAVO DE INSTRUMENTO.
				Requer seja o presente Recurso recebido como Agravo de Instrumento no EFEITO SUSPENSIVO ATIVO, e lhe seja dado provimento, para reformar a decisão agravada, nos termos das razões anexas, para evitar danos de difícil reparação à Agravante.
				Termos em que,
				P. e A. Deferimento.
Campo Grande, 19 de fevereiro de 2014.
		 Aluno
				 OAB/MS nº xxxxxx
COLENDA TURMA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MATO GROSSO DO SUL
Agravante RRRRRRRRRRRRRR
Agravado GGGGGGGGGGGGG
Ação de Consignação em Pagamento , autos nº 123456789-0987
Origem: 4ª Vara Cível da Comarca de Campo Grande.
RAZÕES DO AGRAVO
 		Dos fatos
1. 				A Agravante ajuizou ação de consignação em pagamento em face do Agravado, pelo fato de que, sendo este credor da mesma, de três lâminas de cheques, quais sejam: cheque nº 999999 de R$ 880,00 do Banco HSBC, cheque nº 444444 de R$ 555,00 do Banco HSBC e do cheque nº 777777 de R$ 500,00 do Banco HSBC.
2. 				Como narrou na inicial, a Agravante passou por sérias dificuldades financeiras, na época, e acabou inadimplente dos referidos cheques, sendo incluída no rol de inadimplentes da Serasa.
3. 				Entretanto, em 16 de novembro de 2012, há mais um ano, a Agravante, tentando pagar seu débito, obrigou-se a consignar em juízo, pois o Agravado insistia em receber seu crédito com juros de 6% ao mês, o que é indevido, ilegal e abusivo.
4. 				O valor total do débito foi depositado em juízo, devidamente atualizado, conforme planilha de fls. 13 e comprovante de depósito de fls. 20 dos autos.
5.				Por motivos alheios à vontade da Agravante, o processo vem se arrastando em juízo, e, agora, a Agravante necessita com urgência retirar seu nome da Serasa e, diante do desinteresse do antigo procurador em continuar a conduzir o processo, aquele substabeleceu em favor do procurador, abaixo assinado, que, então, requereu a exclusão do nome da mesma da Serasa, no dia 20 de novembro de 2012.
 				DA DECISÃO ATACADA
6. 				A Agravante teve seu pedido de exclusão da Serasa NEGADO pelo juiz a quo, com decisão nos seguintes termos (fls. 36):
 			“...Indefiro o pedido de tutela antecipada, pois inexiste comprovante de inclusão do nome do autor no cadastro do órgão de proteção ao crédito, SERASA.
 			Ainda, é necessário que haja o periculum in mora,ocorre que, como demostrado pelo próprio autor, a venda foi efetuada em agosto de 2012, e, provavelmente, desde seu vencimento já houve inscrição de seu nome nos órgãos de proteção ao crédito, e somente agora, mais de dois anos depois, veio nestes autos requerendo sua baixa.
 			Aguarde-se o cumprimento do mandado.
 			Int.-se.
 			Campo Grande, 10 de fevereiro de 2013.
 			WWWWWWWWWWWWWW
			Juiz de Direito”
 7. 				Compulsando os autos, Vossa Excelência poderá observar que inicialmente a Agravante havia juntado documentos – fotocópias dos cheques objetos da ação – que, analisando-os detalhadamente, poder-se-á observar e concluir que em sendo, como foram, devolvidos por falta de fundos, e, mais, pelas alíneas 11, e 12 (quase apagadas, mas presentes nas cópias) provaram a inclusão na Serasa, pois, todos corrensitas de bancos que somos, sabemos que ocorrendo tais devoluções automaticamente o nome é incluído na Serasa, como de fato foi.
 				Então, desnecessário mais provas de inclusão do nome da Agravante na Serasa, pois constava nos autos documentos (cheques) devolvidos duas vezes, sem fundos,e, ainda, só se pede para sair da Serasa, quando lá se encontra, não é?
 				A Agravante não pediria para sair da Serasa se não estivesse com tal restrição.
8. 				Além disso, o Juiz a quo entendeu que não estava presente o periculum in mora.
 				Data venia, mas, poderia ser considerada desnecessária tal prova pelo fato de que a Agravante DEPOSITOU em juízo o valor atualizado do seu débito, e, só por este motivo, de ter pago a dívida, já caracteriza o direito da mesma em ver seu nome limpo.
 				A Agravante junta, em anexo, comprovante de serem estes cheques do HSBC as únicas três restrições constantes de seu nome/CPF.
 			 	Mas A Agravante necessita, com urgência urgentíssima, é ter seu nome fora da Serasa, pois existe somente esta restrição em seu nome, e somado ao fato de que a mesma necessita de seu nome limpo para poder prosseguir com sua vida normal, sua rotina, em supermercado, posto de gasolina, bancos, lojas, etc, e NÃO cabe manter o nome da mesma com a restrição por uma dívida que JÁ PAGOU, pois depositou em juízo HÁ MAIS DE UM ANO, e, por motivos alheios a sua vontade o processo NÃO tramitou e está, sim, sofrendo os prejuízos de ver seu nome sujo na praça.
9. 				O juiz a quo poderia, se o quisesse, conceder o pedido à Agravante, pois após o ajuizamento e depósito do valor da dívida, por parte da Agravante, tinha noção de que o processo se arrasta por muito tempo até que seja encerrado e oficiado à Serasa para pedido, normal, de exclusão. 
10. 				E que prejuízo tem o Agravado se o nome da Agravante for retirado da Serasa? Nenhum, ainda mais que: Já há depósito em dinheiro, em juízo, do valor total da dívida, corrigido. O Juízo está garantido, não há o que temer.
11. 				O Juiz a quo, pessoa que mereçe todos os elogios pela sua conduta e brilhantismo em sua carreira e por suas decisões, neste caso está cometendo um eqüívoco, ou quem sabe uma injustiça em face da Agravante, decisão, esta que merece ser reformada por este Tribunal.
12. 				O fato da Agravante estar na Serasa há dois anos, e que a presente consignação ocorreu há um ano, NÃO significa que deve lá permanecer “até morrer”. Ora, antes tarde do que nunca.
 				É um direito da Agravante ter seu nome limpo, como qualquer cidadão comum, honesto. E veja-se que a mesma possui SOMENTE ESSA RESTRIÇÃO.
				Se, no passado, passou por dificuldades e teve seus cheques devolvidos, hoje demonstra estar sem nenhuma outra restrição, e, por isso, merece crédito.
13. 				Infeliz decisão que manteve a inclusão pelo fato de que a mesma era antiga, há dois anos. Então nunca mais poderá limpar seu nome porque demoraram para requerer, ou porque o processo não tramitou rapidamente???
14. 				Ora, se a finalidade da Serasa é informar a outras instituições sobre a capacidade de solvimento dos devedores.No presente caso, não há razão para manter o nome da Agravante nos órgãos restritivos tendo em vista que a Agravante não é e não está insolvente.
 				Nos autos tem um depósito em dinheiro que garante a dívida, e isso prova a capacidade de solvência da dívida. 
 				A afirmação do juiz a quo acaba vindo em contradição com a sua própria decisão.
15.				Além disso, há jurisprudência no seguinte sentido:
158145 – MEDIDA CAUTELAR INOMINADA – EXCLUSÃO – SERASA – CADIN – MP Nº 1.442, DE 10.05.1996 – ADIN Nº 1.454-4/DF – DÍVIDA – ILIQUIDEZ E INCERTA – GARANTIA DO JUÍZO – CDC ARTS. 42 E 71 – 1. A ADIn nº 1.442, de 10.05.1996, visava impedir que as operações previstas no art. 6º da MP que dispõe sobre o CADIN fossem impedidas àqueles que estivessem neste cadastro por mais de trinta dias, não dispondo diretamente sobre a inclusão do nome no cadastro. 2. Os cadastros de proteção ao crédito não são meios de cobrança, masde informações aos agentes do mercado quanto à segurança das operações de crédito. 3. Sendo a obrigação discutida judicialmente e estando a dívida garantida, é indevida a inscrição do nome do devedor em órgãos de cadastros de inadimplentes e de proteção ao crédito, tais como CADIN e SERASA, por configurar tentativa ilegal de cobrança por coação, violando os arts. 42 e 71 do CDC. 4. Não restando comprovada a inclusão do nome do devedor no SERASA, o pedido de sua exclusão desse cadastro carece de interesse processual. 5. Apelo parcialmente provido. (TRF 4ª R. – AC 1998.04.01.045634-2 – RS – 4ª T. – Rel. Juiz João Pedro Gebran Neto – DJU 06.03.2002 – p. 2337) Fonte: In CD Room Juris Síntese Millenium nº 40. (grifamos)
9002913 – MEDIDA CAUTELAR INOMINADA – DISCUSSÃO DA DÍVIDA – EXCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR DO SPC – É INADMISSÍVEL O LANÇAMENTO DO NOME DO DEVEDOR NO SPC/SERASA DURANTE A TRAMITAÇÃO DO PROCESSO – "TUTELA ANTECIPADA – SPC – SERASA – CONTRATOS DE DÍVIDA SUB IUDICE – Estando sub iudice a matéria relacionada com os contratos e títulos da dívida, cabe deferir o pedido de sustação dos efeitos dos registros e protestos feitos contra os devedores, com base naqueles contratos. Recurso conhecido em parte e provido. (resp nº 21358/ RJ – Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar). Recurso desprovido. (TAPR – AI 129983800 – (12796) – Palmital – 3ª C.Cív. – Rel. Juiz Conv. Eugênio Achille Grandinetti – DJPR 07.04.2000) Fonte: In CD Room Juris Síntese Millenium nº 40 (grifamos)
134003821 – AGRAVO DE INSTRUMENTO – PROCESSUAL CIVIL – AÇÃO CAUTELAR – LIMINAR – REQUISITOS LEGAIS – PROIBIÇÃO DE LANÇAR O NOME DO DEVEDOR EM INSTITUIÇÃO DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO – Perfeitamente justificável é a concessão da liminar que proíba a inscrição ou determina o cancelamento do registro do nome do devedor em instituição de restrição ao crédito, como Serasa, Cadin, SPC, pois, enquanto perdurar a discussão judicial em torno do valor do débito, a restrição fere o direito da parte e ultrapassa os limites da questão posta a julgamento. No mais, vale ressaltar que a discricionariedade atribuída ao magistrado, de aferir se estão presentes ou não os requisitos para a concessão da liminar, não pode ser olvidada, só devendo a decisão ser reformada quando for manifesta a sua ilegalidade. EXCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR EM ÓRGÃOS DE RESTRIÇÃO DE CRÉDITO – DÉBITO SUB JUDICE – POSSIBILIDADE – Estando em discussão judicial o débito, regular a determinação de que se afaste o nome do devedor do cadastro de inadimplentes, eis que constitui constrangimento e ameaça em detrimento do montante da dívida ser ainda objeto de discussão em juízo, violando, pois, princípios norteadores do Código de Defesa do Consumidor. (TAMG – AI 0347409-9 – (49429) – Alpinópolis – 4ª C.Cív. – Rel. Juiz Paulo Cézar Dias – J. 05.12.2001) Fonte: In CD Room Juris Síntese Millenium nº 40
86026533 – MEDIDA CAUTELAR INOMINADA – CONTRATO BANCÁRIO – DISCUSSÃO JUDICIAL DO DÉBITO – PROIBIÇÃO DE REGISTRO NO SPC, SERASA E SIMILARES – EXCLUSÃO DO NOME DO DEVEDOR – É razoável decisão que obsta o credor de anotar o nome do devedor em cadastro de inadimplentes enquanto a ação tramita, pois a proibição repõe a igualdade processual, afastando da parte mecanismo de pressão que pode levar à injustiça. (STJ, AI nº 0186139285-RS, Rel. Min. César Asfor Rocha). É vedada a inscrição do nome do devedor nos órgãos de restrição ao crédito se a dívida estiver sendo discutida em juízo, pelos notórios prejuízos que a medida lhe pode acarretar. (TJSC – AI 99.012448-7 – 4ª C.Cív. – Rel. Des. Pedro Manoel Abreu – J. 15.02.2001) Fonte: In CD Room Juris Síntese Millenium nº 40
100239520 – BANCO DE DADOS – SERASA – E SPC. Medida cautelar. Cautela inominada. Pedido de exclusão do nome do agravante. Admissibilidade. Hipótese em que a negativação requer dívida líquida, certa e exigível e inadimplência inconteste. Ocorrência de discussão em juízo, do débito exigido. Caracterização da remessa do nome do requerente aos serviços de informação como constrangimento ao pagamento. Presença dos requisitos do fumus boni júris e do periculum in mora. Liminar concedida. Recurso provido para este fim. (1º TACSP – AI 0914393-7 – (33525) – Sertãozinho – 4ª C. – Rel. Juiz Gomes Corrêa – J. 01.03.2000) Fonte: In CD Room Juris Síntese Millenium nº 40
 16.				Veja-se que a Jurisprudência acima demonstra que a Agravante merece atendimento quanto ao seu pedido de exclusão IMEDIATA da SERASA.
17. 				E o pedido da Agravante merece crédito, e ainda, merece provimento, pelo fato de que foi PROVADO (documento em anexo) que a Agravante possui SOMENTE esta restrição. 
18. 				Ora, é uma injustiça manter-se a Agravante sem crédito, somente por esta restrição, que está garantida em juízo pelo depósito em dinheiro, há mais de um ano, do valor total, corrigido, da dívida dos cheques.
Do Cabimento do Pedido de Recebimento do
Recurso com Efeito Suspensivo Ativo
19. 				A Agravante necessita da prestação da tutela jurisdicional para o fim de ver recebido seu recurso como agravo de instrumento e com efeito suspensivo ativo, pelo fato de que se for mantido seu nome na SERASA, a mesma continuará sendo mantida indevida e injustamente sem crédito no comércio, por dívida já garantida com o depósito em dinheiro já realizado. 
20. 				O ordenamento jurídico atribui às pessoas, sejam elas jurídicas ou físicas, seus direitos, prefixando as pretensões que cada um pode ostentar diante das outras, bem como estabelecer os deveres dos vários integrantes do grupamento social juridicamente organizado.
Mas, como isto as vezes não ocorre, e como as normas de direito são de observância imperativa, cabe ao Estado a adoção de medidas de coação para que não venham seu ordenamento transformar-se em letra morta e desacreditada perante a sociedade.
21. 				 Como é cediço, a ação/medida cautelar foi concedida em razão das ações de conhecimento e de execução, o seu objetivo maior é assegurar a plena realização e a eficácia dos processo cognitivos e executivos.
As ações/medidas cautelares, por sua vez, foram instituídas para vetar aos seus súditos fazerem justiça com as próprias mãos e ao assumir a jurisdição o Estado não só se encarregou da tutela jurídica dos direitos subjetivos privados, como se obrigou a prestá-la sempre que regularmente invocada, estabelecendo, de tal sorte, em favor do interessado, a faculdade de requerer sua intervenção sempre que se julgue lesado em seus direitos.
22. 				O Mestre Calamandrei, lapidarmente já dizia: “O processo cautelar nasce a serviço de uma providência definitiva, cujo resultado prático assegura preventivamente, contribuindo, assim, para garantir o eficaz funcionamento da JUSTIÇA” (Humberto Theodoro Júnior - Proc. Cautelar - 6ª Ed. p. 66)
A doutrina clássica resume aos requisitos específicos da tutela cautelar em:
- um dano potencial - risco que corre o processo principal de não ser útil ao interesse demonstrado pela parte, em razão do periculum in mora, risco esse que deve ser objetivamente apurável;
- a plausividade do direito substancial - invocado por quem pretenda segurança: fumus boni iuris.
Do fumus boni iuris
23. 				Calamandrei entende que o fim do processo cautelar é a antecipação dos efeitos da providência definitiva, antecipação que se faz para preventivo dano que pode advir de demora natural da solução do conflito de interesse (litígio).
Dado a urgência da medida, a Agravante não pode aguardar o final da Ação para ver seu nome excluído da SERASA, pois necessita do seu crédito, como todo cidadão necessita de crédito, nome limpo, para poder levar uma vida digna.
Saliente-se que o Agravado não terá nenhum prejuízo se o nome da Agravante for excluído da Serasa. O valor da dívida está consignado conforme comprovante de depósito em juízo as fls. 20. 
24. 				E tendo em vista que o presente processo já demorou, e, ainda vai demorar para se encerrar, resta concluir que se for depender do encerramento do processo paraa Agravante sair da Serasa, ainda vai demorar um longo período.
Para a tutela cautelar, portanto, basta “a provável existência de um direito” a ser discutido e tutelado. Nisso consiste o “fumus boni iuris” , isto é, “juízo de probabilidade e verossimilhança do direito cautelar a ser acertado e o provável perigo, em face do dano ao direito do Agravante”.
Portanto, o fumus boni iuris está presente, pois há um direito a ser tutelado, que merece ser acolhido. Caso não haja a proteção jurisdicional este direito perecerá.
Do periculum in mora
25. 				Como nos ensina o Professor Humberto Theodoro Júnior, “para a obtenção da tutela cautelar, a parte deverá demonstrar fundado temor de que, enquanto aguarda a tutela definitiva, venham circunstâncias de fato favoráveis à própria tutela. E isto, pode ocorrer quando há risco de perecimento, destruição, desvio, deterioração, ou de qualquer mutação das pessoas, bens ou provas, necessárias para a perfeita e eficaz atuação do provimento final do processo principal” (Processo Cautelar, 16ª Ed. P. 77).
A apreciação desse requisito é feita, apenas, num julgamento que LEIBMAN chama de ‘‘probabilidade sobre a possibilidade do dano ao provável direito pedido em via judicial”.
Para a propositura da medida cautelar, procura-se, apenas, a justificável plausibilidade de que o dano poderá ocorrer, não há necessidade de sua certeza.
26. 			 	Todavia, no caso vertente, não existe tão somente a plausibilidade da eventual possibilidade do dano, mas sim, a existência e a certeza de que o dano realmente existe, diante da impossibilidade da Agravante reaver seu crédito na praça por uma dívida já paga, já depositada, já garantida e que não é insolvente, concluindo-se, assim, que o periculum in mora está evidenciado, mas não foi acatado seu pedido pelo juiz a quo.
 				Saliente-se que essa é sua ÚNICA restrição ao crédito (doc. anexo).
Por tais motivos, é que não resta outra alternativa a Agravante, senão recorrer a tutela jurisdicional, em especial ao poder da cautela que é atribuível ao Juiz, para ver assegurado seu direito.
27. 				Assim prevê o Código de Processo Civil em seu art. 558:
Art. 558. O relator poderá, a requerimento do agravante, nos casos de prisão civil, adjudicação, remição de bens, levantamento de dinheiro sem caução idônea e em outros casos dos quais possa resultar lesão grave e de difícil reparação, sendo relevante a fundamentação, suspender o cumprimento da decisão até o pronunciamento definitivo da turma ou câmara. 
28. 				Há jurisprudência no seguinte sentido:
28009810– AGRAVO DE INSTRUMENTO – EFEITO SUSPENSIVO – REQUISITOS PRESENTES – DEFERIMENTO – AGRAVO REGIMENTAL – IMPROVIMENTO – Presentes os requisitos exigidos no art. 558 do CPC, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora, em favor da pretensão do agravante, atribui-se o efeito suspensivo ao agravo de instrumento. Agravo regimental improvido. Decisão unânime. (TJPE – AgRg 87048–2/01 – Rel. Des. Márcio Xavier – DJPE 22.11.2002)
89000764 – PROCESSUAL CIVIL – AGRAVO REGIMENTAL – ATRIBUIÇÃO DE EFEITO SUSPENSIVO ATIVO A AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRESENÇA DOS PRESSUPOSTOS LEGAIS – CABIMENTO – I. O impropriamente denominado efeito suspensivo ativo é a antecipação dos efeitos do recurso que visa a modificação da decisão impugnada. Predomina, nos tribunais, o entendimento de que é possível ao relator conceder a medida, quando relevantes os fundamentos do recurso e haja risco de lesão grave e de difícil reparação à parte (CPC, art. 558). II. Presentes, no caso, os pressupostos necessários à concessão da medida. III- Agravo regimental improvido. (TRF 2ª R. – AGA 2000.02.01.032903-8 – RJ – 2ª T. – Rel. Des. Fed. Cruz Netto – DJU 08.03.2001)
29. 				ISSO POSTO, requer a Vossas Excelências, seja o presente recurso recebido, COMO AGRAVO DE INSTRUMENTO, para evitar danos de difícil reparação à Agravante, com os documentos que o acompanham, por cópia autenticada e com o devido preparo, no efeito suspensivo ativo - CPC art. 558 -, processado e ao final seja dado provimento ao presente Agravo, para o fim de reformar a decisão de fls. 36, dando provimento à Agravante quanto ao pedido de exclusão da SERASA, e, que não seja incluído nos demais órgãos restritivos de crédito pela referida dívida : cheque nº 999999 de R$ 880,00 do Banco HSBC, cheque nº 444444 de R$ 555,00 do Banco HSBC e do cheque nº 777777 de R$ 500,00 do Banco HSBC.
30. 				Seja provido o recurso com base no art. 557, parágrafo 1º, “a”, do Código de Processo Civil, diante do manifesto confronto com a Jurisprudência dominante.
31.				Advogados das partes no processo: 
- Agravante: aluno
, (procuração de fls. 6, substabelecimento de fls. 34), com escritório à Rua SSSSSSSSSSS - Campo Grande/MS;
- Agravado: ainda não foi citado, sem procurador nos autos.
Termos em que,
P. e A. Deferimento.
 			Campo Grande, 19 de Fevereiro de 2013.
 				 ALUNO
 				 OAB/MS XXXXXX
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