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Caso concreto 2 ao 15 Pratica IV

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DA 
FAMÍLIA DA COMARCA ________DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
_____. 
 
 
 
 
 
ANTÔNIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade 
nº..., inscrita no CPF nº …, domiciliada e residente a …, vem por seu advogado, com 
endereço profissional na …, bairro...,cidade..., estado..., que indica para os fins do artigo 
106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor 
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR 
pelo rito comum, em face de PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da 
identidade nº..., inscrito no CPF nº …, domiciliado e residente a …, pelos fundamentos e 
razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
I - DOS FATOS 
A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram 
dois filhos, Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes, constituíram vasto 
patrimônio juntos, fruto do esforço mutuo do casal, ocorre que a autora, descobriu que o 
Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão pela qual resolveu divorciar-se 
deste. 
O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus 
dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, A senhora 
Isabel Soares, assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas 
do casal. 
 A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprovou 
juntamente ao Banco ao qual possuem conta tais saques do Réu. 
 
II – DO DIREITO 
DO DIVÓRCIO E DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA 
 
Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal 
conforme dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis: 
Art 2º - A Sociedade Conjugal termina: 
I - pela morte de um dos cônjuges; 
Il - pela nulidade ou anulação do casamento; ... 
Parágrafo único - O casamento válido somente se dissolve pela morte 
de um dos cônjuges ou pelo divórcio. 
 
E para que está não tenha seus bens dissolvidos, pede para que seja da forma mais 
rápida possível, visto a forma como está se comportando seu companheiro a vista da 
separação de modo que ao fim a autora acabe ficando sem nada 
Fica claro que pelo fato do Réu está se desfazendo do patrimônio que também cabe 
a Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está 
presente e, há opericulum in mora , por ter o risco de ao final da dissolução da relação 
entre os dois de que não haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção 
de dilapidar o patrimônio. 
Devendo assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude 
adotada pelo Réu e, pela razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em 
tutela de urgência de natureza cautela, com prazo para contestação de 5 dias, conforme 
preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo Código de Processo Civil, in verbis: 
“Art. 300 – A tutela de urgência de natureza cautelar pode ser efetivada 
mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto 
alienação de bem e qualquer outra medida idônea para aseguração do 
direito. 
Art.306 – O réu será citado para, no prazo de 5 (cinco) dias, contestar 
o pedido e indicar as provas que pretende produzir.” 
 Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do 
Estado de Minas Gerais, senão vejamos: 
TJ-MG - Apelação Cível AC 10024097300271001 MG (TJ-MG) 
Data de publicação: 02/06/2014 
Ementa: MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. PERDA DE 
OBJETO INEXISTENTE. RISCO DE DILAPIDAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O julgamento da ação de divórcio 
c/c partilha de bens não implica a perda do objeto da medida cautelar 
de seqüestro de bens, que visa a resguardar os direitos da parte e o 
cumprimento da sentença proferida na ação principal. - Demonstrado o 
perigo de dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o 
seqüestro dos bens até que se efetive o registro da partilha procedida 
nos autos da ação divórcio. 
 
A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido 
seu direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o arresto “ é a apreensão 
cautelar de bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”. 
 Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se 
socorrer do poder judiciário. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
1 - Que seja concedida liminar inaudita altera parte para arrolar os bens do 
casal; 
2 - Intimação do Réu para ciência da decisão; 
3 - Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
4 - Que seja chamado o Ministério Público ao processo; 
5 - Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a 
consequente partilha dos bens; 
6 - Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de 
advogado, em 20% sob o valor da condenação. 
 
 
V - DAS PROVAS 
 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no 
artigo 369 do CPC, em especial a documental. 
 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$... 
 
 
Nestes Termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, Data. 
Advogado 
OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DO CEARÁ. 
 
 
 
 
 
XYZ VIAGENS S/A, inscrita no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), 
Fortaleza/CE, vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., 
Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no 
artigo 305 e seguintes do CPC, propor: 
AÇÃO DE EXECUÇÃO POR QUANTIA CERTA COM BASE EM 
TÍTULO EXTRAJUDICIAL 
pelo rito especial, em face de PEDRO, nacionalidade, estado civil, empresário, portador 
da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço 
completo), pelos fundamentos e razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
I – DOS FATOS 
 
A empresa Exequente foi constituída como Sociedade Anônima pelos sócios Sr. 
Carlos, Sr. Gustavo e o Executado, sendo que a administração da companhia ficou 
incumbida aos acionistas Sr. Carlos e Sr. Gustavo, estes podendo representá-la 
alternativamente. No estatuto social, foi estipulado que o capital social de R$ 900.000,00 
(novecentos mil reais) seria dividido em 900 (novecentas) ações, sendo 300 (trezentas) 
preferenciais sem direito de voto e 600 (seiscentas) ordinárias, todas a serem subscritas 
em dinheiro pelo preço de emissão de R$ 1.000,00 (mil reais) cada. Cada um dos três 
acionistas subscreveu a quantidade total de 300 (trezentas) ações (200 ordinárias e 100 
preferenciais), sendo pago como entrada, o valor de 10% (dez por cento) do preço de 
emissão, que correspondeu a R$30.000,00 (trinta mil reais) cada acionista. 
 Em relação ao restante, os acionistas comprometeram-se a integralizá-lo até o dia 
23.07.2015, nesta data, os acionistas administradores Sr. Gustavo e Carlos integralizaram 
as suas partes devidas, de acordo com os respectivos boletins de subscrição devidamente 
assinados. 
No entanto, o Executado não integralizou o preço de emissão de suas ações, no valor 
de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais), sendo assim o capital social ficou 
integralizado somente com R$630.000,00 (seiscentos e trinta mil reais), faltando a parte 
do Executado para completar o capital de R$900.000,00. 
 
II – DOS FUNDAMENTOS 
 
No caso presente, ficou caracterizado que o Executado está na situação de sócio 
remisso, conforme o art. 106, §2 da lei das sociedades anônimas, L. 6404/76. Tendo em 
vista que está em mora na obrigação de integralizar o capital, nas condições previstas no 
estatuto empresa Exequente, devendo se sujeitar ao pagamentodos juros, correção 
monetária e da multa prevista no estatuto. 
Conforme o artigo 107, I, L. 6404/76, é facultado aos acionistas promover a ação 
de execução contra o sócio remisso, já que não existe a intenção de excluir o Executado 
da sociedade e nem tampouco diminuir o capital social da empresa Exequente. 
 
III- DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
1- A citação do Executado para pagar o valor de R$270.000,00 (atualizados) em 3 
dias, sob pena de penhora. 
2 - A condenação do Executado aos ônus da sucumbência. 
 
IV- DAS PROVAS 
O Exequente demonstra os fatos alegados através de prova documental. 
V- DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se à causa o valor de R$270.000,00 (duzentos e setenta mil reais). 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Fortaleza, data. 
Advogado OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DE SANTA CATARINA. 
 
 
Processo nº 
 
 
 
PEDRO DE CASTRO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade 
n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., residente (endereço 
completo),FlorianópolisSC, vem por seu advogado, com endereço profissional na..., 
bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com 
fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor 
EMBARGOS À EXECUÇÃO 
pelo rito especial de execução, em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A, inscrita 
no CNPJ n °..., com sede (endereço completo), vem por seu advogado, com endereço 
profissional na..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso 
I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, (endereço completo), pelos 
fundamentos e razões de fato e de direito que passa a expor: 
I – DOS FATOS 
 
O Embargante figurou como avalista em um contrato de empréstimo de mútuo 
financeiro junto a Sr.ª Laura e o Banco Quero Seu Dinheiro S.A, em agosto de 2014, no 
valor de R$300.000,00 (trezentos mil reais) a serem pagos em 30 parcelas mensais e 
sucessivas. Como garantia assinou uma nota promissória. 
Em março de 2015, foi informado pelo Banco que a Sra. Laura havia deixado de 
cumprir sua obrigação, a partir da quarta parcela, vencida em dezembro de 2014. O 
Embargante objetivando evitar maiores transtornos quitou a dívida em 03/04/2015 sem, 
contudo, ter solicitado que lhe fosse entregue a nota promissória que havia assinado. 
 Ocorre que em agosto de 2015, o Embargante identificou que figura no polo 
passivo como Executado, em Ação de Execução fundada em título executivo extrajudicial 
em face dele e da titular do contrato, Sr.ª Laura. 
Ocorre que a execução e penhora são indevidas, pois o Embargante não tem relação 
nenhuma com o contrato em execução. Tendo em vista que o Embargado está executando 
outro empréstimo contraído pela Sra. Laura, no valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta 
mil reais), e não possuí qualquer garantia. Este contrato em que foi avalista, foi 
devidamente adimplido, pelo pagamento da nota promissória que está vinculada ao 
contrato quitado em abril/2015, mesmo assim o Embargado a utilizou para embasar a 
Execução. 
Além disso, o Embargado requereu a penhora do consultório do Embargante, 
situado na Rua Nóbrega nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis- SC, o que foi deferido 
pelo juiz, e o Embargante já foi intimado. 
 
II - DA TEMPESTIVIDADE 
 
Tendo em vista o Art. 738, caput do CPC, o Embargante possui o prazo de 15 dias 
para ajuizar o Embargo à Execução, desta forma o presente Embargo á Execução cumpre 
o requisito da tempestividade. 
 
 
III – DOS FUNDAMENTOS 
 
 O caso presente Art. 745, V do CPC. 
 
Tendo em vista a relevância dos fundamentos, e a ilegitimidade passiva do 
Embargante na Ação de Execução e conforme o Art.739 A, § 1º do CPC, deverá ser 
atribuído o efeito suspensivo da execução do imóvel acima citado, do Embargante. Pois 
o prosseguimento da Execução poderá causar ao Embargante grave dano de difícil ou 
incerta reparação. 
 
IV - DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, o Embargante requer: 
1 – Que seja atribuído o efeito suspensivo. 
2 - A citação do Embargado. 
5 - A procedência do pedido a da penhora que recai sobre o bem do Embargante. 
6- A condenação do Embargado ao ônus da sucumbência. 
 
 
V- DAS PROVAS 
O Embargante demostra os fatos alegados através de prova documental. 
 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$... (valor do bem penhorado) 
 
 
Nestes Termos, 
 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA CÍVEL DA 
COMARCA DE SÃO PAULO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO 
PAULO. 
 
 
 
 
Processo nº 
 
 
 
 
 
ZÍLIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade nº..., inscrito 
no CPF nº …, endereço, domicilio, residência, CEP, vem por seu advogado, com endereço 
profissional na …, bairro..., cidade..., estado..., para os fins do artigo 106, inciso I do 
NCPC, nos autos da Ação de Execução Judicial, movida por DESTÊMIO, já qualificado, 
apresentar: 
IMPUGNAÇÃO 
 
pelas razões de fato e fundamentos que passa a expor: 
 
I- DO EFEITO SUSPENSIVO 
 
De acordo com artigo 525, §6º do CPC, requer o efeito suspensivo, sobre o bem já 
penhorado, haja vista que este não é pertencente ao executado e, sim, da empresa aonde 
trabalha o executado. 
 
II- INCOMPETENCIA ABSOLUTA 
 
Com base no disposto no artigo 525, VI, do NCPC, houve a penhora de maneira 
incorreta uma vez que a sentença homologada pelo STJ, deve a ação ser distribuída na 
justiça federal, não sendo a presente, a via judicial correta. 
 
III- PENHORA INCORRETA 
 
Conforme já mencionado anteriormente, tal penhora foi realizada de maneira 
incorreta, uma vez que tal bem é de propriedade de terceiros e não do executado, 
DISPOSTO NO ARTIGO 525, IV do NCPC. 
 
IV – EXCEÇÃO DE EXECUÇÃO 
 
O cálculo realizado, para penhora, está em desconformidade com o disposto no 
artigo 325, V do CPC 
 
 
V- DOS PEDIDOS 
 
Pelo exposto requer: 
 
1- Desde logo requer que seja concedido o efeito suspensivo a presente execução; 
2- Que seja acolhida a incompetência absoluta, extinguindo-se a execução, caso 
não seja este o entendimento desde juízo, que seja os autos remetidos para a 
justiça federal; 
3- Que seja acolhida a penhora incorreta retirando-se o gravame que incide sobre 
o automóvel da empresa a qual o executado trabalha, nomeando-se novo bem a 
penhora; 
4- Que seja acolhida a exceção de execução devendo a mesma continuar conforme 
o valor determinado em sentença de R$...; 
5- A Condenação do exequente ao pagamento de eventuais custas e honorários de 
advogado no importe de 20%, sob o valor da causa. 
 
 
VI - DAS PROVAS 
 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no 
artigo 369 do CPC, em especial a documental. 
 
 
VII - DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$... 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede Deferimento. 
Local, Data. 
 
Advogado OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE ____________________ DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
DO ESTADO _____. 
 
 
 
 
 
 
 
OSÉAS, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°..., inscrito 
no CPF n °..., domiciliado..., residente (endereço completo), vem por seu advogado, com 
endereço profissional na rua..., no..., bairro..., cidade..., Estado...CEP.: no..., que indica 
para os fins do artigo 106, inciso I do CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do 
CPC, propor: 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÂO EM PAGAMENTO 
 
pelo rito especial , em face de LEONTINO SILVEIRA (1◦ Réu), nacionalidade, estado civil, 
empresário, portadorda carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., domiciliado ..., 
residente (endereço completo) e LOCADORA DE CARROS E AUTOMÓVEIS LTDA (2º Réu), 
inscrita no CNPJ sob. o n °..., com sede (endereço completo), pelos fundamentos e razões 
de fato e de direito que passa a expor: 
 
 
I – DOS FATOS 
 
 O Autor firmou contrato de locação de um automóvel com o 2º Réu, pelo prazo 
de 12 meses. Ocorre que quando completou o terceiro mês de vigência do contrato, o 1º 
Réu entrou em contato com o Autor, através de notificação judicial, alegando que 
comprou do 2º Réu, o veículo objeto do contrato de locação, e por consequência pleiteia 
o recebimento dos referidos aluguéis mensais. 
O Autor buscou esclarecimentos com o 2º Réu, aquele com quem efetivamente 
firmou o contrato, e o mesmo informou desconhecer sobre o Contrato de Compra e Venda 
firmado com o 1º réu. Desta forma, diante da dúvida do Autor, sobre a quem pagar o 
aluguel, que vencerá dentro de quatro dias e os futuros até findo o contrato, não restou 
alternativa senão procurar as medidas judiciais cabíveis. 
 
 
II – FUNDAMENTOS 
 
No caso presente, ficou caracterizada a dúvida sobre o legítimo credor dos aluguéis 
referentes à locação do veículo objeto do contrato, conforme prevê o art. 335, IV do CC. 
Desta forma, para que não incorra em mora e outros ônus, em razão da 
inadimplência, ou o pagamento equivocado à terceiros ao contrato, o Autor de forma 
prudente preferiu ajuizar a presente, para depositar os valores devidos, se desobrigando 
de qualquer responsabilidade e obrigação, de acordo com o art.334 do CC, até que a 
questão judicial entre os Réus seja sanada, como consta no art. 345 do CC. 
 
 
III- DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, o Autor requer: 
1- A expedição de guia para depósito no valor de R$...; 
2- A citação dos Réus; 
3- A procedência do pedido com a extinção do débito; 4- A condenação ao 
ônus da sucumbência. 
 
IV- DAS PROVAS 
O Autor demonstra os fatos alegados através de prova documental anexa. 
 
 
 
V- DO VALOR DA CAUSA 
 
Dá-se à causa o valor de R$....; 
 
 
 
 
Nestes Termos, 
 
Pede deferimento. 
 
 
 
Local e data. 
 
SÉRGIO ROSE 
Advogado 
OAB/RJ: 1000 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO LOURENÇO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DE MINAS GERAIS. 
 
 
 
 
 
LOJÃO CHALÉ LTDA EPP OSÉAS, pessoa jurídica de direito privado, com CNPJ so o 
no..., com sede á rua..., no..., cidade...., estado, cep...., representado por seu administrador 
FABRÍCIO MURTA, vem por seu advogado, devidamente constituído(a) procuração em 
anexo, com endereço profissional na rua..., no..., bairro..., cidade..., estado..., cep..., local 
onde recebe as comunicações forenses para fins do artigo, 77, V do CPC e com 
fundamento no artigo 700 do CPC, ajuizar, 
 AÇÃO MONITÓRIA 
em face de PESSANHA , nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de 
identidade RG nº..., inscrito no CPF/MF sob o nº..., residente e domiciliado na rua..., nº..., 
bairro...,cidade..., estado....,CEP...,com endereço eletrônico..., de acordo com as razões 
de fato e de direito a seguir aduzidas: 
 
I - DOS FATOS 
O REU, no dia 31/10/2012 adquiriu da empresa autora eletrodomésticos no valor 
de R$100.000,00 (cem mil reais) tendo sido emitida na mesma data uma nota promissória 
em caráter pro solvendo neste valor com vencimento para o dia 25/01/2013 no lugar do 
pagamento. 
 Após inúmeras tentativas de cobrança amigável sem êxito, pretende o autor, 
efetuar cobrança judicial do valor atualizado e com concentrados legais de R$ 280.000,00 
(duzentos e oitenta mil reais) por não ter sido adimplida a obrigação no vencimento pelo 
devedor e restadas infrutíferas as tentativas de cobrança amigável. 
 
II - DOS FUNDAMENTOS 
Conforme exposto o CC. artigo 206 § 3º VIII prescreve em 3 anos a pretensão de 
haver o pagamento de título de crédito, nesta situação já que o título está prescrito para 
promover a execução e que se fundamenta a ação monitória com fundamento no artigo 
700, I do CPC. Ação monitória em face daquele que afirmar de forma escrita pagamento 
de dinheiro. Conforme Súmula de no 204 do STJ. Onde diz que o prazo para tal ação é de 
até 5 anos. 
Para fins de esclarecimento, a planilha de cálculo juntada aos autos, considerou que 
os juros de mora e a correção monetária desde a data de vencimento de cada 
fatura/duplicata extraída das respectivas Notas Fiscais, pois se trata de dívida líquida e 
com vencimento certo, conforme dispõe o art. 397 do Código Civil: 
Art. 397 – O inadimplemento da obrigação, positiva e líquida, no seu termo, 
constitui de pleno direito em mora o devedor. 
 
III - DOS PEDIDOS 
Ante o exposto, a instituição demandante requer: 
1. Que seja determinado a expedição do mandato monitório determinando 
que o réu pague a quantia devida no prazo máximo de 15 dias ou ofereça embargos, sob 
pena de se converter em título executivo judicial; 
2. Que seja condenado ao réu ao pagamento de ônus de sucumbência; 
3. Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito 
admitidos, tais como a juntada de novos documentos e a tomada do depoimento pessoal 
do réu, sob pena de confesso. 
 
IV - DAS PROVAS 
 
Requer todas os meios as provas em direito admitidas, bem como os moralmente 
legítimos, em especial prova documental, testemunhal na amplitude do artigo 369 do 
CPC. 
 
V - VALOR DA CAUSA 
Dar-se a causa o valor de: R$ 280.000,00 (Duzentos e oitenta mil reais). 
 
Nestes Termos, 
pede deferimento. 
 
Local, Data. 
 
Advogado. 
OAB/UF. 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VA CÍVEL 
DA COMARCA DE ITAPERUNA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO 
DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
JOSÉ AFONSO, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador do RG nº…, inscrito no CPF 
nº…, com endereço eletrônico…, residente e domiciliado na Avenida dos Bandeirantes, 
555 – São Paulo/SP, vem por meio do seu advogado OAB/UF, legalmente habilitado, 
com endereço eletrônico…, e endereço profissional …, que indica para os fins os artigos 
77, inciso V, do Código Processo Civil, vem respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fulcro nos artigos 674 e seguintes do Código Processo Civil, propor a 
presente, 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
em face de CARLOS BATISTA, brasileiro, solteiro, contador, portador do RG nº…, inscrito 
no CPF nº …, com endereço ele trô nico…, residente e domiciliado à rua Rio Brando, 
600 – Itaperuna/RJ, o que faz pelos fatos e direito expostos a segui: 
 
I – DOS FATOS 
 
Tramitam por este Juízo os autos nº 6002/2015, de Ação de Execução de Título 
Extrajudicial, em que é exequente CARLOS BATISTA e executada LÚCIA MARIA. 
Vale destacar, o embargante não é parte naquele feito. Às fls... dos mencionados autos, 
por iniciativa da embargada, conforme pleito de fls…, foi efetivada a penhora do seguinte 
bem: UMA CASA, SITUADA RUA CENTRAL, Nº 123, BAIRRO FUNCIONÁRIOS, 
NA CIDADE DE MURICI/ES. 
Ocorre que o embargante, muito embora não seja parte naquele processo, é o 
legítimo proprietário do bem penhorado, conforme se comprova o instrumento particular 
de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, que foi assinado pelas partes em 
10/01/2015, sendo adquirido por uma única parcela quitada por meio de depósito 
bancário. Após sete meses da aquisição se procedeu o levantamento das certidões para a 
lavratura de escritura pública de compra e venda e respectivo registro do imóvel. 
Sendo que a execução se deu por conta de dívida contraída após 3 meses da efetiva 
venda do imóvel, destaca-se que a Embargada possui outros bens. 
 
II. DO DIREITO. 
 Assim sendo, o embargante está sofrendo lesão grave em seupatrimônio e 
direito de propriedade, estando amparado pela legislação mencionada, em especial o 
disposto no artigo 674, §1º e §2º do CPC, dispõe sobre a legitimidade de possuidor que 
não fez parte do incidente que gerou a execução. 
Artigo 674 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça 
de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito 
incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou 
possuidor. 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: 
III – quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração 
de personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte. 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO. SUSPENSÃO DA EXECUÇÃO. Havendo 
plausibilidade jurídica nos embargos de terceiro opostos com a finalidade de 
demonstrar que o imóvel penhorado e arrematado pertence a pessoa estranha 
à lide, devem ser processados com a devida cautela, inclusive com a suspensão 
da execução, quando versarem sobre todos os bens ou direitos, sob pena de 
agressão ao que dispõe o CPC, art. 678. Mandamus admitido e segurança 
concedida . (TRT-11 00002674820175110000, Relator: JORGE ALVARO 
MARQUES GUEDES, Gabinete da Vice Presidencia) 
Corroborando com o mesmo entendimento, a súmula 84 do STJ dispõe sobre a 
legitimidade de terceiro possuidor mesmo que não possua o devido registro do imóvel. 
Portanto, provada a propriedade e posse do bem penhorado, justa a pretensão do 
embargante em ver o mesmo exonerado da constrição judicial. 
 
III. DOS PEDIDOS. 
 
 Ante o exposto, respeitosamente se requer à Vossa Excelência: 
a) Sejam recebidos, autuados e processados os presentes embargos de terceiro, com 
o apensamento à mencionada execução; 
b) Seja deferida liminarmente a manutenção da posse do bem penhorado ao 
embargante, eis que provada a propriedade e posse do bem; 
c) A indicação oportuna de testemunhas para justificação prévia, se 
necessário; 
d) Seja determinada a suspensão imediata do processo de execução 
mencionado, até decisão final de mérito dos presentes embargos, eis que trata da 
totalidade dos bens penhorados naquele feito; 
e) A citação da embargada para responder aos termos da presente ação; 
f) Seja a final, julgado procedente o presente pedido, com o levantamento da 
penhora realizada sobre o bem de propriedade do embargante, condenando-se a 
embargada nas custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações 
legais; 
g) A produção de toda prova que se fizer necessária, em especial o 
depoimento 
pessoal da embargada e oitiva de testemunhas a serem oportunamente arroladas. 
 
Dá-se o valor da causa da causa R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) equivalente ao 
em penhorado. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento, 
 
Local e Data. 
 
Advogado. 
OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA 
CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO 
ESTADO DO RIO DE JANEIRO. 
 
 
 
 
 
PAULO CASTRO, brasileiro, solteiro, profissão, portador do RG nº…, inscrito no 
CPF nº…, endereço eletrônico…, residente e domiciliado…, vem por meio do seu 
advogado OAB/UF, legalmente qualificado, com endereço eletrônico, e endereço 
profissional…, respeitosamente diante de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 
560 e 561, do Código Processo Civil, ajuizar: 
 AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
em face de SILVIA BRANDÃO, brasileira, solteira, profissão, portadora do RG nº…, 
inscrita no CPF nº…, endereço eletrônico…, pelas razões e fundamentos de fato e de 
direito abaixo arroladas: 
 
I. DOS FATOS. 
 
O autor manteve união estável com a ré, sem convenção sobre o regime de bens, no 
período de janeiro de 2007 até dezembro de 2014, quando decidiram efetuar a separação. 
Em virtude da situação de desemprego em que se encontrava a ré, o autor anuiu à 
permanência, por tempo indeterminado, no imóvel que servira de residência para os 
companheiros, situado na cidade do Rio de Janeiro. O imóvel em questão foi adquirido 
pelo autor em 1997, com o pagamento sendo em parcela única, e na época da separação, 
mudou-se para outro imóvel, sob contrato de locação. Adiante, o autor promoveu a 
notificação extrajudicial à sua ex-companheira, solicitando que a desocupasse o imóvel, 
no prazo de 15 dias, cuja ciência se deu fora do prazo concedido. Ocorre que mesmo após 
o prazo a ré recusa-se a sair do imóvel não restando alternativa para o autor se não da 
tutela judicial, utilizando-se da presente ação. 
 
II. DOS DIREITOS. 
DO ESBULHO E DA REINTEGRAÇÃO DE POSSE 
Pressupõe-se que o possuidor haja sofrido agressão da sua posse, sem dela ter sido 
privado. Já a reintegração da posse é a ação possessória que tem por finalidade recuperar 
a posse perdida (perda total da posse), em caso de esbulho, e requer a exclusão total da 
posse do possuidor que o esbulhou. Conforme o artigo 560, do Código Processo Civil, 
aquele que tiver esbulhado a sua posse terá direito sua reintegração. Artigo 560 (…). O 
autor quando concedeu de boa fé o imóvel para moradia da ré, não o fez sob abandono de 
lar e sim na separação, agastando-se qualquer hipótese usucapião familiar, conforme o 
artigo 1.240-A, do Código Civil. Artigo 1.240-A (…). 
Ao se recusar a desocupar o imóvel mesmo após a notificação do autor, a 
esbulhadora privou totalmente o bem do autor, logo, sendo justa e cabível a presente ação 
com o fim de ter a posse do imóvel reintegrada. 
TUTELA ANTECIPADA. 
Estão presentes os requisitos autorizadores para concessão da tutela antecipada, 
quais sejam, verossimilhança das alegações e prova inequívoca, consubstanciadas na 
notificação extrajudicial, bem como dano de difícil reparação consistente no esbulho 
praticado pela ré, em conformidade com o exposto no artigo 300 do Código Processo 
Civil. Artigo 300 (…). 
 
III. DOS PEDIDOS. 
 
Depois do exposto, requer: 
a) A concessão de tutela antecipada, inaudita altera pa rs para expedição do 
mandado de reintegração de posse em favor do autor; 
b) Julgar procedente o pedido para reintegrar em definitivo o autor na posse 
do bem; 
c) A expedição do mandado liminar de manutenção ou de reintegração, caso 
contrário, determinar que o autor justifique o alegado, citando-se o réu para comparecer 
à audiência que for designada, conforme artigo 562, do Código Processo Civil; 
d) Que o autor promova, nos 5 (cinco) dias subsequentes, a citação do réu 
para, querendo, contestar a ação no prazo de 15 (quinze) dias, conforme artigo 564, do 
Código 
Processo Civil; 
e) A condenação do réu ao pagamento das custas processuais e aos ônus de 
sucumbência. 
 
IV. DAS PROVAS. 
Requer a produção de provas, especialmente documentais. 
 
V. DO VALOR DA CAUSA 
Dá-se o valor da causa R$ ...... 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data. 
Advogado 
OAB/UF 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA CÍVEL 
DA COMARCA ... DO ESTADO ... 
 
 
 
Processo de nº: 
 
 
ANTÔNIO AUGUSTO, [qualificação completa], inscrito sob o CPF de nº ..., e RG de 
nº..., residente e domiciliado à rua ..., nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA, que tramita 
pelo procedimento comum, a qual move em face de MAXTV S.A., [qualificação 
completa], inscrito sob o CNPJ de nº ..., com sede localizada à rua..., e LOJAS DE 
ELETRODOMÉSTICOS LTDA., [qualificação completa], inscrita sob o CNPJ de nº..., 
com sede localizada à rua..., inconformado com a r. Sentença de fls., vem a esse Juízo, 
tempestivamente, interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO 
para o Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, apresentando as razões em anexo, 
assim como o comprovante de recolhimento das custas inerentes ao preparo do 
recurso. 
 
Diante do exposto,requer a V. Exa. se digne em receber o presente recurso, nos seus 
regulares efeitos, prescrito em lei, remetendo os autos à Superior Instância. 
 
 
Termos em que pede deferimento. 
Local e data, 
Advogado/OAB 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA 
 
Apelante: ANTÔNIO AUGUSTO 
Apelados: LOJA DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA. E 
 MAXTV S.A 
 
Merece ser modificada a sentença recorrida em razão da má apreciação das questões de 
fato e de direito, as quais serão demonstradas a seguir. 
 
I - BREVE RESUMO DA SITUAÇÃO FÁTICA 
 
O Apelante adquiriu, em 20/10/2015, na loja apelada, aparelho de televisão de 
LED com sessenta polegadas, de alta tecnologia, pelo preço de R$5.000,00. Importante 
observar que este aparelho foi fabricado pela 2ª apelada, MAXTV S.A. 
Ocorre que após somente 30 dias de uso, o aparelho de TV apresentou um 
superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, 
gerando danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados 
àquele televisor. Esta situação gerou um prejuízo ao apelante, que totalizou R$35.000,00. 
Relevante faz-se frisar que o apelante buscou entrar em contato com as 
apeladas, apresentando reclamação em 25/11/2015, contudo, ambas se mantiveram 
inertes e não apresentaram qualquer solução. 
Esta situação levou o apelante à ajuizar ação indenizatória frente à Vara 
Cível ..., em face do fabricante e do vendedor do aparelho, ora apeladas, requerendo 
a substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado; 
indenização no valor de R$35.000,00, correspondente ao valor dos demais aparelhos 
danificados; e indenização por danos morais, em virtude de a situação não ter sido 
solucionada em tempo razoável, o que levou a família a ficar muito tempo impossibilitada 
de fazer uso do aparelho de TV. 
Entretanto, dado o proferido pela Sentença de fls., o Juíz acolheu a alegação de 
decadência do direito do autor, bem como o reconhecimento de ilegitimidade passiva 
da 1ª apelada, LOJA DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA., excluindo-a, assim, da 
relação processual. 
 
II - DOS DEFEITOS DO JULGADO 
DO RECONHECIMENTO DA ILEGITIMIDADE PASSIVA 
 
Inicialmente, cumpre-se esclarecer que a relação existente entre o apelante as apeladas é 
de consumo, já que houve a venda e compra de produto. Portanto, configurando-se como 
consumidor, o apelante tem seus direitos protegidos pelo Código de Defesa do 
Consumidor. Vejamos: 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
 I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados 
por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados 
perigosos ou nocivos; 
Um produto que, somente com uso de 30 dias, apresenta um superaquecimento 
a ponto de gerar a explosão do aparelho causa riscos e perigos não só a segurança mas à 
vida do consumidor. Direitos estes que deveriam ser protegidos e não o foram. Assim 
também dispõe o artigo 12, §1º do CDC: 
§ 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele 
legitimamente se espera, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais: 
 I - sua apresentação; 
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi colocado em circulação. 
 
 O Código de Defesa do Consumidor segue, em seu artigo 6º, discriminando 
outros direitos do consumidor, cabendo aqui ao caso o disposto no inciso VI, o qual 
expõe-se: 
 VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; 
Uma vez que o aparelho de TV apresentou defeitos, os quais causaram grande 
prejuízo e danos ao apelante, tendo em vista que todos os aparelhos conectados ao 
televisor sofreram dano irreparável, estes prejuízos devem ser reparados. 
 
Vale lembrar que, no caso em tela, tem-se a situação de Fato do Produto, 
considerando que o defeito apresentado gerou uma repercussão externa, a consequência 
se estendeu, atingindo outros bens eletrônicos. 
 
Sob esta ambulação, importante estabelecer que a reparação ao dano patrimonial 
deve ser realizada pelos responsáveis. Uma vez esclarecido que se trata de situação de 
fornecimento, cumpre-se evidenciar que todos os participantes e todos os envolvidos 
na cadeia negocial/fornecimento são solidariamente responsáveis. Em outras 
palavras, tornam-se responsáveis para reparar danos patrimoniais e morais tanto o 
fabricante como o vendedor do produto, pois ambos estão dentro da cadeia de 
fornecimento. 
 
Assim esclarece o Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 12: 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações 
insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
Também dispõe, neste sentido, em seu artigo 25, §1º: 
Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que 
impossibilite, exonere ou atenue a obrigação de indenizar prevista 
nesta e nas seções anteriores. 
 § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos 
responderão solidariamente pela reparação prevista nesta e nas 
seções anteriores. 
 
E ainda em seu artigo 20: 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade 
que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim 
como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações 
constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente 
atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 
Neste sentido, A ilegitimidade passiva arguida pelo recorrente não merece 
acolhida em razão do disposto na Teoria da Asserção, segundo a qual, a parte legítima 
para figurar no polo ativo ou passivo da demanda é aquela indicada como tal na exordial. 
Segundo Humberto Theodoro Júnior (2010, p.65): 
“Para essa teoria, o direito de ação é o direito à composição do litígio pelo 
Estado, que, por isso, não depende da efetiva existência do direito material 
da parte que provoca a atuação do Poder Judiciário. Mesmo quando a 
sentença nega a procedência do pedido do autor, não deixa de ter havido ação 
e composição da lide”. 
 
Ainda nessa direção, se manifestam os Tribunais: 
 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MATERIAIS 
E MORAIS E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. COMPRA E VENDA 
DE PISCINA. VÍCIO CONSTATADO. SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA. 
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. REJEIÇÃO. 
RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA ART. 18 DO CDC. 
Tratando-se de relação de consumo, responderão solidariamente, por vício de 
qualidade ou quantidade, todos aqueles que intervierem na cadeia de 
fornecimento do produto viciado. Direito de escolha do consumidor entre a 
substituição do produto, abatimento do preço ou devolução do montante pago. 
( TJPR – 11ª C. Cível – 0001118-05.2015.8.16.0118 – Morretes – Rel: Juíza 
Luciane do Rocio Custódio Ludovico – J. 27/09/2018) 
 
Logo, é cristalina a responsabilização solidária de ambas as apeladas, para que 
reparem os danos causados, independente da comprovação do elemento culpa. 
 
 
DO ACOLHIMENTO DA ALEGAÇÃO DE DECADÊNCIA 
 
A Sentença proferida também acolheu a alegação de decadência do direito de 
ajuizar ação do autor, o que é incabível e deve ser refutado de imediato. É bem verdade 
que a contagem do prazo decadencial se inicia a partir da efetiva entrega do produto. 
Todavia, veja o que o Código de Defesa do Consumidor dispõe sobre o assunto: 
Art. 26. § 2° Obstam a decadência: 
 I - areclamação comprovadamente formulada pelo consumidor 
perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa 
correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; 
 
Como já supracitado, o apelante apresentou reclamação, frente ambas às 
apeladas, em 25/11/2015, aproximadamente 35 dias após a compra do aparelho. Contudo, 
aguarda a resposta até o dia de hoje, considerando que ambas as apeladas se 
mantiveram inertes quanto ao defeito, sem apresentarem qualquer tipo de solução para 
a reparação do dano. Em razão disso, por não ter tido resposta em retorno, não há que se 
falar em decadência da propositura da ação. 
 
Ainda, mister também se faz esclarecer de que não há espaço para a alegação de 
prescrição, tendo em vista que o Código do Consumidor impõe um prazo de 5 anos para 
a pretensão da reparação do dano, o que não ocorre no caso, já que a ação foi ajuizada em 
10/03/2016, antes ainda de se concluir 1 ano. Vejamos o que fala o CDC: 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento 
do dano e de sua autoria 
 
Em suma, diante da violação ao que está disposto no Código de Defesa do 
Consumidor e da má aplicação de seus artigos, caracteriza-se a presença de error in 
judicando, e é nestes termos que pede a reforma da Sentença ora prolatada. 
 
III - DO PEDIDO DE NOVA DECISÃO 
 
Diante de todo o aludido, requer: 
 
1) A intimação do apelado para que apresente as contrarrazões recursais; 
 
2) Seja conhecido e provido o recurso para reformar a Sentença, julgando 
procedente o pedido da Exordial, com resolução de mérito, invertendo a 
sucumbência; 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data, 
Advogado 
OAB 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUÍZ DE DIREITO DA 40ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA CURITIBA-PR 
 
 
 
 
 
 
Proc. 
 
 
 
LEONARDO, [qualificação completa], inscrito sob o CPF de nº ..., e RG de nº..., 
residente e domiciliado à rua ..., nos autos da AÇÃO INDENIZATÓRIA, que tramita 
pelo procedimento comum, a movida por GUSTAVO [qualificação completa], inscrito 
sob o CPF de nº ..., e RG de nº..., residente e domiciliado à rua ..., inconformado com a r. 
Sentença de fls., vem a esse Juízo, tempestivamente, interpor 
RECURSO DE APELAÇÃO 
para o Egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, apresentando as razões em anexo, 
assim como o comprovante de recolhimento das custas inerentes ao preparo do 
recurso. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data. 
 
Advogado 
OAB 
 
RAZÕES DE APELAÇÃO 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA 
 
Apelante: LEONARDO 
Apelado: GUSTAVO 
 
Merece ser modificada a sentença recorrida em razão da má apreciação das 
questões de fato e de direito, as quais serão demonstradas a seguir. 
 
I - BREVE RESUMO DA DEMANDA 
 
O apelado ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de 
indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor 
alemão de propriedade do vizinho. 
 Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal do 
apelante, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, 
alegou o apelado ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em 
medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais 
emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os 
comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se esquecido 
de pegá-los na farmácia. 
 O recorrente, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o 
ataque ocorrera por provocação do recorrido, que jogava pedras no cachorro. Alegou, 
ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o 
valor gasto com medicamentos. 
 Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas 
declararam que a mureta da casa do apelante media cerca de um metro e vinte centímetros 
e que, de fato, o apelado atirava pedras no animal antes do evento lesivo. 
 O juiz da 40.ª Vara Cível de Curitiba proferiu sentença condenando o apelante 
a indenizar o apelado pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de 
que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a 
quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes 
dos incômodos evidentes em razão do fato, condenou o apelado a pagar indenização no 
valor de R$ 6 mil. A sentença foi publicada em 12/1/2009. 
 
II – NULIDADE DA SENTENÇA 
 
Extra petita os danos morais não foram pleiteados em sede de petição inicial, 
assim não cabe provimento. 
Aqui pode ocorrer o caso onde ocorre o “princípio da causa madura” ou seja 
aquela que o art. 515 § 3º CPC anuncia! Nesta teoria o tribunal ao cassar a decisão, 
estando o processo devidamente instruído, prolataria uma nova decisão. 
Contudo muitos advogados e doutrinadores entendem que o processo deverá 
voltar a primeira instância para julgamento eis que uma “sentença” na segunda instância 
seria “supressão do princípio do duplo grau de jurisdição”. 
 
III – DA REFORMA DA SENTENÇA 
 
Nexo de causalidade. Culpa exclusiva da vítima, a qual deu ensejo ao dano, 
sendo assim não podendo atribuir a culpa ao apelante. 
O ocorrido com o animal do recorrente, o qual teve culpa exclusiva da vítima 
que correu em desfavor a isto, não foi tal para a ventura de remédios, não tendo ocorrido 
gastos com estes. Deste modo não tem o que o apelante restituir, visto que não houve 
gastos. 
A manutenção de tal absurda sentença apenas contribuiria para a injustiça e o 
enriquecimento sem causa do recorrido, tudo o vedado e o qual o direito civil protege 
contra. 
IV - DOS PEDIDOS: 
 
Diante do acima exposto, requer: 
 
1. Nulidade extra petita– devolver para mm juiz proferir outra notem que os 
pedidos aqui são alternativos. 
2. Reforma para nexo de causalidade e não condenar o apelante. 
3. reforma para – se nexo de causalidade – não reconhecer os R$ 2.000,00 de 
remédio. 
 
 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, Data. 
 
Advogado 
OAB 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR VICE-
PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA COMARCA DE 
JUIZ DE FORA/MG 
 
Processo de nº: 
 
 
JOÃO [sobrenome], brasileiro, solteiro, professor, inscrito sob o CPF de nº..., 
residente no endereço..., inconformado com a Decisão de fls., da lavra do eminente Dr. 
Juiz de Direito da 2ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora/MG, proferida nos autos da 
AÇÃO DE DESPEJO c/c COBRANÇA que lhe é movida por PEDRO [sobrenome], 
brasileiro, solteiro, jogador de futebol profissional, inscrito sob o CPF de nº..., residente 
e morador no Rio de Janeiro/RJ, vem, através de seu advogado, com fundamento no artigo 
1015, I e 1019, I do CPC, interpor tempestivamente 
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
a fim de ver reformada a decisão agravada, pelas anexas razões, requerendo a V. Exa. se 
digne em recebê-lo e processá-lo, distribuindo o presente a uma das Colendas Câmaras 
deste Egrégio Tribunal, sendo certo que o recurso está devidamente instruído do 
preparo recursal. 
Outrossim, deixa de juntar as peças obrigatórias e facultativas, uma vez que o 
presente processo encontra-se em estado eletrônico. 
 
Nestes Termos 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
Advogado 
OAB 
RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
 
Processo de nº: 
 
Agravante: JOÃO 
Nome dos advogados, OAB, endereço do escritório. 
 
Agravado: PEDRO 
Nome dos advogados, OAB, endereço do escritório. 
 
EGRÉGIO TRIBUNAL 
COLENDA CÂMARA 
 
Merece reforma a decisão agravada, posto que proferida contrariamente à prova 
dos autose sem qualquer amparo legal, pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
Senão vejamos: 
 
I - DO CABIMENTO DO EFEITO SUSPENSIVO 
 
Na forma do que dispõe o artigo 1019, I do CPC, impõe-se a concessão de efeito 
suspensivo ao recurso, uma vez que a Decisão agravada, na forma como proferida, pode 
causar prejuízo irreparável ao agravante, razão pela qual se requer que seja suspensa, não 
só a Decisão agravada, mas também os seus efeitos. 
 
II - BREVE RESUMO DOS FATOS 
 
O agravante celebrou contrato de locação, por escrito, com o agravado em 01 de 
outubro de 2012, pelo prazo de 48 meses. Ficou estabelecido entre as partes que o valor 
do aluguel seria de R$3.000,00 (três mil reais) e que o locatário não poderia dar destinação 
diversa ao local, se não a de residência. Vale ressaltar que o locatário cumpriu 
regularmente suas obrigações durante 1 ano inteiro. 
Ocorre que, passado este ano, o agravado passou a enfrentar dificuldades 
financeiras e, portanto, começou a ter problemas para honrar seus compromissos 
financeiros, deixando de pagar apenas 4 meses do aluguel. 
Diante desta prerrogativa, o agravado ajuizou, em primeira instância, ação 
de despejo cumulada com cobrança, em face do agravante, com pedido de tutela 
antecipada, requerendo que o agravante fosse despejo liminarmente. 
O Juiz deferiu tal medida liminar, através de Decisão Interlocutória, 
estabelecendo o prazo de apenas 72 horas para que o agravante desocupasse o 
imóvel, sob pena de multa diária de R$ 2.000,00 (dois mil reais). 
Diante do absurdo e da falta de cabimento da decisão prolatada é que vem o 
agravante, através de recurso próprio, requerer pela reforma desta decisão. 
 
III - DO DEFEITO DA DECISÃO PROLATADA 
 
Oportuno se toma dizer que é indubitável a existência de mora, como acima 
mencionado. O agravante, o qual possui como profissão o cargo de professor, passou por 
momentos de dificuldade financeira e, portanto, não conseguiu mais honrar com suas 
obrigações. 
Diante de tal situação e considerando que o atraso totalizava 4 meses, o 
agravado, sem receber o que lhe era devido, decidiu pleitear ação de despejo cumulada 
com cobrança, exercendo assim seu direito, já que a lei 8245/91 garante esta possibilidade 
em seu artigo 62, I: 
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de 
aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças 
de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, 
observar-se-á o seguinte: 
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido 
de cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, 
citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o 
locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, 
devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor 
do débito; 
 
No entanto, mister se faz ressaltar que o contrato, no momento de sua celebração, 
teve como modalidade de garantia, apresentada pelo próprio locatário, fiador 
idôneo. Prevendo que situações inusitadas e dificultosas pudessem ocorrer no futuro. 
A lei 8245/91 estabelece em seu artigo 37, II: 
Art. 37. No contrato de locação, pode o locador exigir do locatário as 
seguintes modalidades de garantia: 
I - caução; 
II - fiança; 
III - seguro de fiança locatícia. 
IV - cessão fiduciária de quotas de fundo de investimento 
 
Como ora já mencionado, a ação proposta em 1ª instância teve como objeto 
pedido liminar de despejo, o qual foi deferido, concedido o prazo de 72 horas para a 
ocupação. Esta Decisão chega a ser um ultraje e uma afronta ao direito! A legislação 
prevê que tal liminar pode ser concedida, no prazo de 15 dias, desde que não tenham 
sido dadas garantias para o pagamento do acordado. Vejamos o que dispõe a lei 
8245/91 em seu artigo 59, §1º: 
Art.59§1º Conceder - se - á liminar para desocupação em quinze dias, 
independentemente da audiência da parte contrária e desde que 
prestada a caução no valor equivalente a três meses de aluguel, nas 
ações que tiverem por fundamento exclusivo: 
IX – a falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação no 
vencimento, estando o contrato desprovido de qualquer das garantias 
previstas no art. 37, por não ter sido contratada ou em caso de extinção 
ou pedido de exoneração dela, independentemente de motivo 
Contudo, conforme já anexado nos autos, vê-se que no momento da celebração 
do contrato foi ofertado fiador idôneo como garantia de pagamento. 
 
Convém notar, outrossim, que a própria lei 8245/91 também traz a 
possibilidade do locatário pagar os valores vencidos até a data em questão, no prazo 
de 15 dias, a fim de evitar a rescisão do contrato. Vejamos: 
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e 
acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou 
somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: 
II – o locatário e o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no 
prazo de 15 (quinze) dias, contado da citação, o pagamento do débito 
atualizado, independentemente de cálculo e mediante depósito judicial, 
incluídos: 
a) os aluguéis e acessórios da locação que vencerem até a sua efetivação; 
b) as multas ou penalidades contratuais, quando exigíveis; 
c) os juros de mora; 
d) as custas e os honorários do advogado do locador, fixados em dez por cento 
sobre o montante devido, se do contrato não constar disposição diversa; 
 
Em outras palavras, a lei permite que o locatário, figurando como agravante em 
questão, pague os valores devidos sem que o contrato seja rescindido, purgando a mora, 
no prazo de 15 dias, o que não foi sinalizado pela decisão interlocutório proferida. 
Efetuados os valores referentes ao pagamento do débito atualizado, e alegando 
o locador, ora agravado, que a oferta não foi integral, ainda assim a lei concede ao 
locatário o prazo de 10 dias para o pagamento do restante, comprovada esta diferença. 
Assim dispõe o artigo 62, III da lei 8945/91: 
III – efetuada a purga da mora, se o locador alegar que a oferta não é 
integral, justificando a diferença, o locatário poderá complementar o 
depósito no prazo de 10 (dez) dias, contado da intimação, que poderá ser 
dirigida ao locatário ou diretamente ao patrono deste, por carta ou 
publicação no órgão oficial, a requerimento do locador; 
 
Portanto, analisando-se o conteúdo da lei, fica evidente o descumprimento do 
Juiz de 1ª instância, através da decisão interlocutória prolatada, ao ordenamento 
jurídico vigente que trata da questão. Cai a lanço notar a existência de error in 
judicando, uma vez que houve violação ao direito material em si e à função social do 
contrato, considerando que o deferido em 1ª instância não cumpriu com sua 
razoabilidade. 
 
Desta forma entendem os Tribunais: 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. LOCAÇÃO. AÇÃO DE DESPEJO 
POR FALTA DE PAGAMENTO CUMULADA COM COBRANÇA 
DE ALUGUÉIS. TUTELA ANTECIPADA CONCEDIDA. 
NECESSIDADE DE PRÉVIO CONTRADITÓRIO, VISLUMBRE-
SE, POR ORA, PERIGO DE DANO IMINENTE. RECURSO 
PROVIDO. 
O eventual deferimento de uma medida que autorize o despejo tem 
natureza irreversível, ou, ao menos, de grave dano à agravante, 
considerado, no presente caso, a existência de elementos suficientes a 
justificar a apuração dos fatos narrados, inclusive no que se refere à 
possível fraude em contrato de locação. Daí a necessidade de se 
aguardar o contraditório, observados os princípios do contraditório e da 
ampla defesa. Posteriormente, se o caso, poderá ser reavaliada a 
pretensão de desocupação. 
(TJ – SP – AI: 22723691320198260000 SP 2272369-
13.2019.8.26.0000, Relator Adilson de Araújo, Data de Julgamento: 
03/03/2020, 31ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 
03/03/2020) 
 
Assim também entende a doutrina mais conceituada: 
“Novidade em nosso direito, a antecipação da tutela introduziu, no CPC, osprincípios da verossimilhança, da prova inequívoca e do perigo de 
irreversibilidade. (a nova redação do art. 273 decorre da Lei n° 8.952, de 
13.12.94). 
Os incisos I e II cuidam das condições de concessão da medida, que não se 
confunde nem prejudica as tutelas cautelares, previstas nos arts. 796 a 889 
do CPC, verossimilhança, em esforço propedêutico, que se quadre com o 
espírito do legislador, é a aparência de verdade, o razoável, alcançando, em 
interpretação lato sensu, o próprio “fumus boni iuris” e, principalmente, o 
“periculum in mora”. 
Prova inequívoca é aquela clara, evidente, que apresenta grau de 
convencimento tal que a seu respeito não se possa levantar dúvida razoável, 
equivalendo, em última análise, à verossimilhança da alegação, mormente no 
tocante ao direito subjetivo que a parte queira preservar” (obra citada, p. 
124, Ed. Forense, RJ, 1996, 2ª ed.). 
Humberto Theodoro Júnior in Código de Processo Civil Anotado 
 
 
Portanto, evidenciando-se o descumprimento à lei, a ausência da aplicação do 
contraditório e ampla defesa e ainda a ausência de razoabilidade da decisão agravada é 
que vem o agravante requerer a reforma desta. 
 
IV - DO PEDIDO DE NOVA DECISÃO 
 
Diante de todo o aludido, requer: 
 
1) A concessão de efeito suspensivo ao recurso para sustar a decisão agravada, bem 
como os seus efeitos. 
 
2) A intimação do agravado para que apresente as suas contrarrazões recursais. 
 
3) Seja conhecido e provido o recurso para reformar a Decisão agravada, 
possibilitando ao agravante o exercício pleno do contraditório e da ampla defesa, 
sendo lhe oportunizado a purga da mora 
 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data, 
Advogado 
OAB 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ... VARA CÍVEL 
DA COMARCA ... DO ESTADO ... 
 
 
Proc. 
 
Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe Melina, qualificação 
completa, vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade..., 
Estado..., para fins do artigo 1.016, inciso IV, do CPC, tempestivamente, interpor recurso 
de: 
AGRAVO DE INSTRUMENTO COM REQUERIMENTO DE ANTECIPAÇÃO 
DOS EFEITOS DA TUTELA RECURSAL 
contra a decisão interlocutória de fls..., proferida pelo juiz de direito ..., nos autos da ... 
movida em face de Emerson (NOME COMPLETO), nacionalidade, estado civil, 
profissão, portador da carteira de identidade n°..., inscrito no CPF n °..., com endereço 
eletrônico, domiciliado..., residente (endereço completo). 
Requer a Vossa Excelência que se digne em recebê-lo e processá-lo, distribuindo 
o presente a uma das Colendas Câmaras deste Egrégio Tribunal, apresentando as razões, 
em anexo. 
Em atenção ao que dispõe o artigo 1.017, inciso I, do CPC, o Agravante 
esclarece que está instruindo o presente recurso com todas as peças obrigatórios 
apontadas no referido dispositivo legal, a saber: cópias da petição inicial, da contestação, 
da petição que ensejou a decisão agravada, da própria decisão agravada, da certidão da 
respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e das 
procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado. 
O Agravante atendendo ao disposto no inciso IV, do artigo 1.016, do CPC, 
informa o nome e endereço do patrono do Agravado. 
Nome do advogado do Agravado: xxx 
Endereço: xxx 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data. 
 
Advogado 
OAB 
 
 
RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO 
 
AGRAVANTE: Rafaela, devidamente representada por Melina 
AGRAVADO: Pedro xxx 
 
Egrégia Câmara/Turma, 
 
 Primeiramente, salienta o Agravante que o recurso preencheu todos os requisitos 
necessários ao juízo de admissibilidade positivo, em especial, aqueles vinculados à 
tempestividade e ao preparo. 
 
 A decisão interlocutória atacada foi publicada no diário oficial em xxx, 
considerando o prazo de 15 dias úteis para a interposição do recurso, revela-se tempestivo 
o presente agravo de instrumento interposto nesta data. 
 
 Tendo em vista a situação em questão que pode ocasionar dano irreparável ao 
Agravante, no sentido de que é necessário a fixação de alimentos provisórios, o Agravante 
requer a esse relator que seja concedido efeito suspensivo ao presente recurso, o que está 
autorizado pelo inciso I, do artigo 1.019, do CPC. 
 
II - SÍNTESE DOS FATOS 
 
 Como se observa, em 2015, Rafaela, menor impúbere, representada por sua mãe 
Melina, ajuizou Ação de Alimentos em Comarca onde não foi implantado o processo 
judicial eletrônico, em face de Emerson, suposto pai. Apesar de o nome de Emerson não 
constar da Certidão de Nascimento de Rafaela, ele realizou, em 2014, voluntária e 
extrajudicialmente, a pedido de sua ex-esposa Melina, exame de DNA, no qual foi 
apontada a existência de paternidade de Emerson em relação a Rafaela. 
 
 Na petição inicial, a autora informou ao juízo que sua genitora encontrava-se 
desempregada e que o réu, por seu turno, não exercia emprego formal, mas vivia de 
“bicos” e serviços prestados autônoma e informalmente, razão pela qual pediu a fixação 
de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) de 01 (um) salário mínimo. 
 
 A Ação de Alimentos foi instruída com os seguintes documentos: cópias do laudo 
do exame de DNA, da certidão de nascimento de Rafaela, da identidade, do CPF e do 
comprovante de residência de Melina, além de procuração e declaração de 
hipossuficiência para fins de gratuidade. 
 
 Recebida a inicial, o juízo da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado 
Y indeferiu o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o pedido de 
fixação de alimentos provisórios com base em dois fundamentos: (i) inexistência de 
verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson não constava da 
certidão de nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova extrajudicial, 
colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e (ii) inexistência de 
“possibilidade” por parte do réu, que não tinha como pagar pensão alimentícia pelo fato 
de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora. A referida decisão, 
que negou o pedido de tutela antecipada para fixação de alimentos provisórios, já foi 
publicada no Diário da Justiça Eletrônico. gravante e o Agravado firmaram contrato de 
locação residencial do imóvel ..........., pelo período de .............., estabelecendo as 
condições que regem o negócio celebrado entre eles, sendo certo que o mesmo foi 
assinado em 2012. 
 
II - RAZÕES 
 
 No caso concreto, em que pese o exame de DNA não se afigurar como prova 
inatacável, como bem adianta o art. 2º-A da Lei 8.560/1992, ele configura a 
verossimilhança nas alegações de Rafaela (agravante). 
 
 Igualmente, o mero fato de o pai não exercer trabalho formal não o exime de 
prestar alimentos, mesmo em sede de antecipação de tutela, isto pode levar a uma 
modicidade nos alimentos, mas não sua exoneração, de pronto. 
 
 Objetivando a visualização do acima disposto, o Agravante transcreve abaixo o 
trecho da legislação referida. 
Lei nº 8.560/1992, art. 2º-A. Na ação de investigação de paternidade, todos 
os meios legais, bem como os moralmente legítimos, serão hábeis para 
provar a verdade dos fatos. (Incluído pela Lei nº 12.004, de 2009) 
 Portanto, fica claro que a decisão interlocutória ora atacada fere o direito do 
Agravante quando não respeita o desenvolvimento regular do processo, na forma 
estabelecida na legislação de referência. 
III - PEDIDO 
 De tudo exposto, requer primeiramente que este recurso seja conhecido, sendo 
concedida pelo desembargador relator a antecipação da tutela recursal. Ao final, seja 
provido para reformar a decisão interlocutória proferida pelo Juízo a quo. Por fim requer 
a intimação do advogado do Agravado, para querendo, exercer seu direito de apresentar 
contrarrazões. 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local, data.Advogado 
OAB 
 
 
 
 
 
AO EXCELENTÍSSIMO(a) SENHOR(a) DOUTOR(a) JUIZ(a) DO 5º JUIZADO 
ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
 
 
Processo nº: .... 
 
 
VIRGÍNIA LOPEZ, [qualificação], residente e domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, 
inconformada com a Sentença dos autos principais, que julgou improcedente o pedido de 
danos morais em Ação de Obrigação de Fazer c/c Ação Indenizatória, ação esta que 
movida em face de USURACARD S.A., vem, à presença de Vossa Excelência, e por 
meio de sua advogada, interpor, tempestivamente, o presente 
RECURSO INOMINADO 
para a Egrégia Turma Recursal, requerendo que seja o mesmo recebido, no seu regular 
efeito, o qual está devidamente instruído com suas razões e o comprovante das custas 
recursais. 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data 
 
Advogado 
OAB 
 
Requerente: VIRGÍNIA LOPEZ 
Requerido: USURACARD S.A. 
 
Egrégia Turma Recursal, 
 
Merece parcial reforma a Sentença proferida em 1ª instância, haja vista 
constatação de má apreciação das questões de fato e de direito, as quais serão expostas a 
seguir. 
 
I - BREVE RESUMO DOS FATOS 
 
A recorrente ajuizou, em outubro de 2014, uma ação de obrigação de fazer c/c 
ação indenizatória e pedido de tutela antecipada de urgência em face da empresa 
requerida, a qual se configura como administradora de cartão de crédito. 
Em primeiro plano, é de se constatar que a ação foi pleiteada em virtude da 
atitude da recorrida em colocar o nome da requerente nos cadastros do SPC. É bem 
verdade que esta atitude se deu pelo atraso de apenas 2 meses, abril e maio de 2014, do 
pagamento da fatura do cartão de crédito. 
Entretanto, importante faz-se registrar que em 26 de junho de 2014 a requerente 
quitou todas as parcelas vencidas e não pagas, se excluindo de qualquer obrigação. Isto 
porque objetivava assinar contrato de financiamento habitacional para a aquisição de sua 
casa própria. 
Ocorre que, apesar de todas as faturas devidamente pagas, a recorrida não 
retirou o nome da recorrente do cadastro de negativados do SPC, o que gerou a perda 
do contrato de aquisição da casa própria, algo que a requerente tanto almejava. 
Em seguida, o juiz de 1ª instância, em decisão interlocutória, procedeu ao pedido 
de tutela antecipada, determinando a retirada do nome da recorrente do cadastro de 
restrição de crédito, o que foi confirmado, em definitivo, em sede de Sentença. Todavia, 
o pedido de dano moral foi dado como incabível e julgado improcedente, o que não 
corrobora com o constrangimento e a grande perda de um sonho sofridos pela recorrida. 
 
II - DOS DEFEITOS DA SENTENÇA 
 
Em primeiro momento, é necessário estabelecer que a relação entre a recorrente e a 
recorrida é de consumo, conforme conceituado pelo próprio Código de Defesa do 
Consumidor em seu artigo 2º: 
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou 
utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
 
Logo, por ter a recorrente contratado os serviços da recorrida para administrar o 
seu cartão de crédito, esta relação se baseia em consumo, e por isso, é regida pelo Código 
de Defesa do Consumidor. 
Estabelecida esta relação, oportuno se toma dizer que o CDC também estabelece 
os direitos básicos do consumidor e dentre eles está a reparação de danos morais. Está 
disposto em seu artigo 6º, VI: 
 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, 
individuais, coletivos e difusos; 
 
É evidente, no caso em tela, a ocorrência de dano moral, uma vez que por conta 
da negligência da recorrida ao não retirar o nome da requerente do cadastro do SPC, 
retirou a possibilidade de aquisição da casa própria por parte da recorrida. Tenha-se 
presente, Excelência, que um evento como este é de vital importância para um ser 
humano. Muito mais do que um sonho, a aquisição da casa própria é uma mudança 
completa na vida adulta, e mediante a atitude da recorrida, este sonho não pôde ser 
realizado. E é por este motivo que deve ser reparado. 
O Código Civil também se manifesta nesse sentido, quando expressa em seu 
artigo 927: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito ( arts. 186 e 187 ), causar dano a 
outrem, fica obrigado a repará-lo. 
 
É preciso insistir também no fato de que a requerente realizou a quitação total 
das faturas vencidas e não pagas em junho de 2014, e diante deste fato, a recorrida deveria 
ter realizado a exclusão do nome da requerente do cadastro de inadimplentes o mais 
rápido possível, o que não ocorreu até a propositura desta ação. O STJ se manifesta neste 
sentido, quando diz: 
Súmula 548/STJ - "Incumbe ao credor a exclusão do registro da 
dívida em nome do devedor no cadastro de inadimplentes no prazo de 
cinco dias úteis, a partir do integral e efetivo pagamento do débito." 
 
Como anteriormente falado, a exclusão do nome da requerente do cadastro de 
inadimplentes do SPC não se deu até a propositura da ação, através do pedido de tutela 
antecipada de urgência. O que se pode constatar é que, se a exclusão tivesse ocorrido 
corretamente, ou seja, logo após a quitação das dívidas, a recorrente poderia ter assinado 
o contrato de financiamento que lhe garantiria a aquisição de sua casa própria. Neste 
passo, havendo o dano moral, a Carta Magna também dispõe em seu artigo 5º, X: 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação; 
 
Cumpre ser examinada, ainda, a existência da Teoria da Perda de uma Chance, 
a qual se configura quando uma oportunidade de ganho deixa de ocorrer ou deixa de ser 
experimentada por conta de uma conduta lesiva, o que de fato ocorreu com a perda da 
aquisição da casa própria. O ministro Luis Felipe Salomão se posicionou sobre o assunto, 
ao dar o seu voto no julgamento do REsp 1.190.180/SP, o qual transcrevo: 
“Primeiramente, cumpre delinear, com mais precisão, do que cogita a teoria 
aventada no acórdão recorrido, conhecida no direito brasileiro, por influência 
francesa, de "teoria da perda de uma chance". É certo que, ordinariamente, a 
responsabilidade civil tem lugar somente quando há dano efetivo verificado, seja 
moral, seja material, este último subdivido na clássica estratificação de danos 
emergentes e lucros cessantes. Nesse cenário, a teoria da perda de uma chance (perte 
d'une chance ) visa à responsabilização do agente causador não de um dano 
emergente, tampouco de lucros cessantes, mas de algo intermediário entre um e 
outro, precisamente a perda da possibilidade de se buscar posição mais vantajosa 
que muito provavelmente se alcançaria, não fosse o ato ilícito praticado. Daí porque 
a doutrina sobre o tema enquadra a perda de uma chance em uma categoria de dano 
específico, que não se identifica com um prejuízo efetivo, mas, tampouco, se reduz a 
um dano hipotético (cf. SILVA, Rafael Peteffi da. Responsabilidade civil pela perda 
de uma chance: uma análise do direito comparado e brasileiro. São Paulo: Atlas, 
2007). No mesmo sentido é o magistério de Carlos Alberto Menezes Direito e Sérgio 
Cavalieri Filho, no sentido de aplicar-se a teoria da perda de uma chance "nos casos 
em que o ato ilícito tira da vítima a oportunidade de obter uma situação futura 
melhor, como progredir na carreira artística ou no trabalho, conseguir um novo 
emprego, deixar de ganhar uma causa pela falha do advogado etc" (Comentários ao 
novo Código Documento: 12820604 – RELATÓRIO, EMENTA E VOTO – Site 
certificado Página 6 de 10 Superior Tribunal de Justiça Civil, volume XIII (…). Rio 
de Janeiro: Forense, 2007, p. 97). Com efeito, a perda de uma chance – desde que 
essa seja razoável, séria e real, e não somente fluida ou hipotética – é considerada 
uma lesão às justas expectativas frustradas do indivíduo, que,ao perseguir uma 
posição jurídica mais vantajosa, teve o curso normal dos acontecimentos 
interrompido por ato ilícito de terceiro. Conclui-se, com amparo na doutrina, que a 
chance perdida guarda sempre um grau de incerteza acerca da possível vantagem, 
ainda que reduzido, de modo que "se fosse possível estabelecer, sem sombra de 
dúvida, que a chance teria logrado êxito, teríamos a prova da certeza do dano final e 
(…) o ofensor seria condenado ao pagamento do valor do prêmio perdido e dos 
benefícios que o cliente teria com a vitória na demanda judicial. Por outro lado, se 
fosse possível demonstrar que a chance não se concretizaria, teríamos a certeza da 
inexistência do dano final e, assim, o ofensor estaria liberado da obrigação de 
indenizar" (SAVI, Sérgio. Responsabilidade civil por perda de uma chance. São 
Paulo: Atlas, 2006, p. 101). 
 
Portanto, conforme supracitado, se evidencia a perda da possibilidade de se 
buscar posição mais vantajosa, no caso a aquisição da casa própria, o que gerou lesão às 
expectativas frustradas da requerente. Vale ratificar que a empresa recorrida, na figura de 
fornecedor de serviço, gerou um defeito relativo à prestação do seu próprio serviço, qual 
seja a não retirada do nome da requerente no cadastro do CPC. O Código de Defesa do 
Consumidor ainda se pronuncia sobre o reparo de danos morais, em seu artigo 14, ao 
dispor: 
 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição 
e riscos. 
 
Ao ensejo da conclusão, cai a lanço notar que houve a presença de 
constrangimento, perda de uma chance, e expectativas e sonhos frustrados neste caso, o 
que caracteriza a existência de dano moral. A atitude da recorrida em não excluir o nome 
da recorrente do cadastro de inadimplentes do SPC a tempo gerou, por si só, um defeito 
na prestação de serviço, impossibilitando a recorrente de alcançar um dos seus grandes 
objetivos de vida. 
O Código Civil, em seu artigo 944, estabelece que: 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. 
E é por este fato que tal evento poderá ser reparado, ainda que de forma 
pecuniária, mas desde que seja proporcional e compatível a todo o dano sofrido. 
 
IV- DO PEDIDO DE NOVA DECISÃO 
 
Diante de todo o aludido, requer: 
1) A intimação do recorrido para apresentar Contrarrazões de Recurso Inominado, 
se assim o quiser; 
2) Seja conhecido e provido o recurso para, reformando parcialmente a sentença 
recorrida, julgar procedente o pedido de dano moral, condenando a recorrida ao 
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios. 
 
 
 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e data, 
 
Advogado 
OAB

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