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AULA 8 - DETECÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE

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DISCIPLINA: PROTEÇÃO 
RADIOLÓGICA 
AULA 7 – DETECÇÃO DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
Profa. Danielle Filipov 
2013 
AULA PASSADA 
Grandeza Equação Meio Tipo de 
Radiação 
Unidade 
SI 
Unidade 
Original 
Conversão 
Exposição X = dQ / dm ar X e gama C/kg R 1R = 2,58 x 10-4 C/kg 
Dose 
Absorvida 
D = dE / dm qualquer qualquer Gy (J/kg) rad 1 Gy = 100 rad 
Kerma K = dEtr / dm qualquer X, gama e 
nêutrons 
Gy (J/kg) rad 1 Gy = 100 rad 
Dose 
Equivalente 
Ht = wr . D órgão ou 
tecido 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem 
Dose Efetiva E = Σ wt . Ht corpo 
todo 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem 
Equivalente 
de Dose 
Pessoal 
H = Q . D corpo 
todo 
qualquer Sv rem 1 Sv = 100 rem 
ORGANIZAÇÃO DA AULA 
• DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE: 
 
– COLETORES DE CARGAS: CÂMARAS DE IONIZAÇÃO 
E CONTADOR GEIGER-MÜLLER 
 
– CINTILADORES 
 
– TERMOLUMINESCENTES 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• As aplicações da radiação ionizante quase sempre 
requerem o uso de um detector de radiação: um 
equipamento que tenha sensibilidade para detectar a 
presença da radiação ou para quantificá-la. 
• Esses instrumentos também são importantes na 
proteção radiológica, uma vez que não há sensores de 
radiação ionizante no nosso organismo. 
• A região do detector na qual a ocorrência de uma 
interação produz um sinal é chamada de volume sensível 
do detector. 
• O sinal produzido pode relacionar-se com a radiação de 
diversas formas: 
 
– O sinal traz informações da presença da radiação no 
local. Nesse caso, o detector é chamado de contador, 
pois ele simplesmente conta o número de interações 
produzidas pela radiação em seu volume sensível. 
– O sinal representa a energia depositada pela radiação no 
volume sensível, ou seja, o sinal produzido representa a 
dose absorvida pelo material do detector, o qual é 
chamado de dosímetro. 
– O sinal tem informação sobre a presença e a energia da 
radiação que incidiu no detector, o qual é chamado de 
espectrômetro, pois com ele se mede o espectro de 
energias da radiação. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Podemos classificar os detectores quanto à possibilidade de 
fornecerem a resposta instantaneamente, durante a 
irradiação (contador Geiger-Müller), ou a posteriori, por 
necessitarem de um processamento depois de irradiados 
(filme radiográfico ou dosímetros termoluminescentes). 
• Tipos de detectores: 
– Detectores a Gás 
• Câmaras de Ionização 
• Contador Geiger-Müller 
– Detectores Cintiladores 
– Detectores Termoluminescentes 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• DETECTORES A GÁS 
• São basicamente constituídos de um capacitor preenchido 
com um gás isolante elétrico (ou uma mistura de gases). 
• O capacitor é constituído de dois eletrodos separados, 
entre os quais é aplicada uma diferença de potencial 
(tensão) pra fazer com que os pares elétron-íon, produzidos 
no gás pela passagem da radiação ionizante, sejam 
acelerados e coletados pelos eletrodos. 
• As paredes externas desses detectores podem ser seletivas 
para algum tipo de radiação. 
• Por exemplo: para detectar partículas alfa, é preciso que 
haja uma janela muito fina no detector, que permita a 
passagem dessa partícula. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A escolha da tensão, aplicada entre os 
eletrodos, é muito importante: deve 
ser suficiente para coletar todas as 
cargas produzidas antes de haver 
recombinação, mas não tão alta a 
ponto de rompera rigidez dielétrica do 
gás (tornando-o condutor). 
• Na figura, a região I é a região que 
representa a aplicação de uma baixa 
tensão (ocorrendo recombinação) e a 
V mostra uma região onde há o 
rompimento da barreira dielétrica. 
• As regiões II, III e IV definem as 
regiões trabalhadas na Física Médica. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
I 
II 
III 
IV 
V 
– CÂMARA DE IONIZAÇÃO: 
– Tipo de detector que funciona na faixa II, conhecida como região de 
ionização. 
– Nessa região, a tensão aplicada faz com que os eletrodos coletem todas as 
cargas produzidas. 
– A resposta depende do tipo de radiação: fótons são indiretamente 
ionizantes e partículas carregadas são diretamente ionizantes >> diferença 
na densidade de ionização. 
– Em radioterapia: volume sensível pequeno (0,6 cm3), com parede de baixo 
Z e preenchida com ar. 
– No radiodiagnóstico: volume sensível maior (alguns cm3). 
– Diferença no volume sensível: diferença na energia da radiação: 
radioterapia >> energia maior >> mais ionizações >> menor o volume 
sensível. 
– Que tipo de grandeza é dada como resposta? 
– Exposição 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• CONTADOR GEIGER-MULLER 
• Opera na região IV do gráfico. 
• Há um filamento central (anodo), 
mantido a uma alta tensão positiva, em 
relação ao cátodo. 
• Selado com um gás específico no interior 
(argônio). 
• Quando a radiação incide nesse gás, por 
efeito fotoelétrico, ocorrem ionizações 
nos átomos do gás. 
• Pares elétron-íon são formados, e os 
elétrons (atraídos eletricamente pelo 
anodo) são acelerados em direção ao 
centro. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Dado que os elétrons possuem uma 
massa muito inferior a dos íons, a 
velocidade que podem atingir ao serem 
acelerados pelo campo elétrico é 
também maior, atingindo rapidamente 
o ânodo. 
• Neste processo, os elétrons podem 
ganhar energia cinética suficiente para 
provocarem ionizações secundárias 
durante o seu trajeto até ao ânodo, e 
mais pares elétron-íon serão formados. 
• Será iniciada uma avalanche eletrônica 
em direção ao anodo. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• No entanto existe uma certa 
probabilidade dos íons positivos 
ganharem energia cinética suficiente 
para ionizar outros átomos deste gás. 
• Assim, elétrons podem ser ejetados e 
ocorre um outro processo de 
avalanche. 
• Para evitar que isto aconteça, ao gás é 
adicionado uma pequena quantidade 
de um segundo gás, chamado "gás de 
quenching“ (vapores orgânicos pesados 
ou gases halogênios). 
• A missão do "gás de quenching" é a de 
neutralizar os íons do gás primário no 
seu trajeto para o cátodo. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• DETECTORES CINTILADORES 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Em “A”, no cristal cintilador, ocorre a 
conversão da radiação em Luz, pelo efeito 
fotoelétrico. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
Luz visível 
• No radiodiagnóstico, várias técnicas empregam cristais 
cintiladores para a formação de imagem: Medicina Nuclear, 
Tomografia Computadorizada e Fluoroscopia. 
• Na Medicina Nuclear, o cristal cintilador empregado é o iodeto 
de sódio com tálio (NaI:Tl), pois: 
– Possui boa eficiência na conversão da radiação incidente em 
luz; 
– Possui grande densidade (3,7 g/cm3), o que garante que 
ocorra mais interações por cm de cristal; 
– Os números atômicos dos átomos que compõem o cristal são 
elevados, o que aumenta a probabilidade de ocorrência do 
efeito fotoelétrico. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Em “D”, a luz visível é transformada em sinal elétrico, 
pelo fotocátodo, também pelo efeito Fotoelétrico. 
• Em seguida, o sinal elétrico, entra em “C”: Tubo 
fotomultiplicador. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Dentro dos tubos fotomultiplicadores, estão materiais 
metálicos chamados de dinodos (em torno de 10 no tubo 
fotomultiplicador). 
• Os dinodos são eletrodos com tensão positiva atraindo os 
fotoelétrons emitidos pelo fotocátodo. 
• Os elétrons, com alta velocidade (devido à tensão aplicada 
entre o fotocátodo e o dinodo), provenientes do fotocátodo, 
atingem o 1º dinodo e ejetam de 2 a 3 elétrons. 
• Em seguida, esses elétrons são atraídos pela tensãoaplicada 
entre o 1º e o 2º dinodo. 
• Ao chegar no 2º dinodo, ocorre a ejeção de mais elétrons 
secundários que são atraídos pelo 3º dinodo e o processo se 
repete. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• O sinal elétrico, em cada dinodo, amplia-se em torno de 
6x. 
 
• Ao final do tubo (como há, em torno, de 10 dinodos) há 
um aumento de 610 no sinal. 
 
• Coletor geralmente chamado de anodo (último eletrodo 
com o maior potencial para que todo o sinal elétrico seja 
coletado e a corrente elétrica formada). 
 
• Sinal elétrico >> Proporcional à intensidade da luz >> 
Proporcional à radiação detectada 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Os pulsos de saída do tubo 
fotomultiplicador têm uma distribuição 
que pode ser analisada de maneira a 
produzir um histograma. 
• O pico mostrado em “A” corresponde a 
situações em que os fótons depositaram 
toda sua energia no cristal, que resultaram 
em elétrons ejetados com energias 
cinéticas correspondentes, ocasionando 
um sinal de grande amplitude. 
• A região em “B” corresponde a situações 
em que somente parte da energia do 
fóton ficou no detector, resultado de um 
efeito Compton. 
• A identificação da energia de radiação que 
incide no detector é feita utilizando a 
região central do pico “A”. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• DOSÍMETROS TERMOLUMINESCENTES 
 
• A termoluminescência é uma propriedade que alguns 
materiais têm de emitir luz visível quando são aquecidos, 
caso tenham sido irradiados. 
 
• A quantidade dessa luz é proporcional à dose absorvida 
pelo material termoluminescente, o que torna possível o 
seu uso como dosímetro. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A termoluminescência é um processo composto 
por dois estágios. 
 
– No primeiro estágio, o material é exposto a uma fonte 
externa de energia (radiação ionizante), passando de 
um estado de equilíbrio termodinâmico para um 
estado metaestável (armazenamento da energia). 
 
– No segundo estágio, o material é aquecido e sofre 
uma relaxação termoestimulada (retorna ao 
equilíbrio, liberando energia >> luz visível). 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A termoluminescência é um fenômeno luminescente. 
• Na luminescência, quando se fornece energia a um material, uma 
parte desta pode ser absorvida ou reemitida em forma de 
luminescência. Esta energia emitida em forma de luz é a 
luminescência. 
• Dependendo do tempo entre a excitação e a emissão de luz, o 
fenômeno é classificado como fluorescência ou fosforescência. 
– Quando a emissão é quase simultânea com a excitação, a 
luminescência é denominada fluorescência. 
– A luminescência é denominada fosforescência quando é 
necessária a passagem por um estado de energia intermediária 
(estado metaestável) e depende da temperatura. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Há vários materiais empregados como 
dosímetros termoluminescentes: fluoreto de 
lítio, com várias impurezas (LiF:Mg,Ti ; 
LiF:Mg,Cu,P), o fluoreto de cálcio e o sulfato 
de cálcio com impureza de disprósio. 
 
• Essas impurezas estão relacionadas aos níveis 
de energia que correspondem aos estados 
excitados de longa meia-vida. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Nos cristais luminescentes, há a banda de valência, repleta de 
elétrons, e a de condução, vazia (onde há as impurezas, 
formando armadilhas de elétrons). 
• Entre elas, há uma faixa constituída de estados energéticos não 
permitidos a elétrons e por isso denominada banda proibida. 
• A radiação ionizante faz com que os elétrons da banda de 
valência passem para a banda de condução, onde estão livres 
para se movimentar e acabar caindo em uma das armadilhas. 
• Quando o material é posteriormente aquecido, os elétrons que 
estão nas “armadilhas” adquirem energia térmica suficiente para 
escapar e retornar à banda de valência. 
• Como resultado dessa “arrumação”, há emissão de luz. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Curva de Emissão Termoluminescente 
• A principal característica identificadora de um 
material termoluminescente é a sua curva de 
emissão. 
• A curva característica da emissão 
termoluminescente representa a intensidade da luz 
emitida pelo material durante o aquecimento do 
mesmo, portanto é uma curva em função da 
temperatura. 
• A figura mostra a curva característica do LiF:Mg,Ti 
irradiado à temperatura ambiente e seu 
comportamento durante o procedimento de 
leitura. 
• Esta curva apresenta vários picos de emissão, cada 
qual associado a uma determinada armadilha 
presente no material. 
• Ou seja, cada pico desta curva corresponde à 
desexcitação de um estado excitado no material 
termoluminescente. 
 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A área sob a curva de 
emissão correspondente 
aos picos 4 e 5, é a 
considerada, normalmente, 
como a resposta do 
dosímetro. 
 
• A área sob a curva de 
emissão ou a altura de um 
dos picos da curva pode ser 
relacionada diretamente 
com a dose absorvida. 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Como a curva de emissão é formada? 
 
 
 
 
 
 
• O dosímetro é colocado em um sistema que será aquecido. 
• Desse aquecimento, os fótons de luz serão emitidos pelo 
dosímetro. 
• Esses fótons serão coletados por um tubo fotomultiplicador 
(mesmo processo do detector cintilador). 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• APLICAÇÃO DOS DETECTORES NA PRÁTICA 
 
– UTILIZAÇÃO DA CÂMARA DE IONIZAÇÃO: DOSIMETRIA 
ATRAVÉS DA DETERMINAÇÃO DO RENDIMENTO DE UM 
APARELHO DE RAIOS X 
– O que é o rendimento de um aparelho de raios X? 
– É a dose (em Gy), a 100 cm do foco do tubo de raios X, 
dividida pelo mAs: Gy/mAs. 
– Como calcular o rendimento? 
– Primeiro passo: Coletar os valores de dose (com uma câmara 
de ionização posicionada a 100 cm do foco) para as seguintes 
tensões: 50 kV, 60 kV, 70 kV, 80 kV e 90 kV, com 10 mAs. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
– Segundo passo: dividir a dose obtida pelo mAs 
aplicado >> Rendimento. 
 
– Terceiro passo: plotar um gráfico do Rendimento 
(no Y) em função da Tensão (no X). 
 
– Quarto passo: gerar uma função matemática, 
em forma de potência, deste gráfico. A letra “X” 
da função será referente à tensão; a letra “Y” da 
função será referente ao Rendimento. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Exemplo: 
• Primeiro Passo: coleta de dose com a câmara de 
ionização a 1m do foco. Aplicação de 5 mAs em todas 
as tensões. 
Tensão (kV) Leitura 1 (mGy) Leitura 2 (mGy) Leitura 3 (mGy) Média das Leituras 
(mGy) 
50 0,103 0,104 0,104 0,104 
60 0,163 0,163 0,163 0,163 
70 0,228 0,228 0,228 0,228 
80 0,301 0,300 0,301 0,300 
90 0,379 0,379 0,379 0,379 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Segundo Passo: Dividir a dose obtida pelo mAs 
utilizado (no caso, foi emprego 5 mAs em 
todas as tensões). 
Tensão (kV) Leitura Média 
(mGy) 
Rendimento 
(mGy/mAs) 
Rendimento (micro-Gy/mAs) 
50 0,104 0,0208 20,8 
60 0,163 0,0326 32,6 
70 0,228 0,0456 45,6 
80 0,300 0,0600 60 
90 0,379 0,0758 75,8 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Terceiro e Quarto Passos: Plotar um gráfico. 
Tensão no X e rendimento no Y. Gerar uma 
função matemática em forma de potência. 
Tensão 
(kV) 
Rendimento (micro-
Gy/mAs) 
50 20,8 
60 32,6 
70 45,6 
80 60 
90 75,8 
y = 0,0039 x 2,1982 
R² = 0,9978 
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
40 50 60 70 80 90 100
R
e
n
d
im
e
n
to
 (
m
ic
ro
-G
y
/m
A
s
) 
Tensão (kV) 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• A partir desta equação, e da técnica usada em cadaexame (kV, mAs e Distância 
foco-paciente), neste aparelho, pode-se saber qual a dose que está chegando na 
pele do paciente. 
 
• Exemplo: pra um exame foi usada uma técnica de 65 kV e 2 mAs. A pele do 
paciente estava a 100 cm do foco. 
y = 0,0039 x 2,1982 
y = 0,0039 (65) 2,1982 
y = 37,7 micro-Gy/mAs 
 
• Em seguida, multiplico o valor acima pelo mAs aplicado no exame: 
37,7 x 2 = 75,4 micro-Gy. 
 
• Portanto, a dose que está chegando na pele do paciente é de 75,4 micro-Gy. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Exemplo 1: Quis-se determinar o rendimento de um aparelho de raios X. 
Para isso, foram feitas 3 exposições para 4 valores de tensão diferentes. O 
detector estava a 1 m do foco e foi aplicado, para todas as exposições, um 
valor de 2 mAs. Os resultados forneceram as informações abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
• Determine a curva de rendimento deste tubo. Se um paciente fez um exame, 
onde foi usado 100 kV e 20 mAs, com o paciente a 100 cm do foco, qual a 
dose na superfície do paciente? 
Tensão (kV) Leitura 1 (mGy) Leitura 2 (mGy) Leitura 3 (mGy) Média das Leituras 
(mGy) 
60 0,184 0,182 0,184 0,183 
70 0,209 0,209 0,210 0,209 
80 0,257 0,256 0,258 0,257 
90 0,301 0,300 0,302 0,301 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
y = 0,0005x1,2463 
R² = 0,9856 
0
0,02
0,04
0,06
0,08
0,1
0,12
0,14
0,16
0 20 40 60 80 100
R (mGy/mAs) 
R (mGy/mAs)
Potência (R (mGy/mAs))
Se um paciente fez um exame, onde foi usado 100 kV e 20 mAs, com o paciente a 
100 cm do foco, qual a dose na superfície do paciente? 
 
𝑦 = 0,0005 𝑥1,2463 
𝑦 = 0,0005 (100)1,2463= 0,0005 . 310,9 = 0,155 𝑚𝐺𝑦/𝑚𝐴𝑠 
 
Para saber a dose, basta multiplicas o mAs aplicado no exame (20) pelo rendimento 
calculado (0,155 mGy/mAs) 
Dose = mAs x Rendimento 
Dose = 20 x 0,155 = 3,1 mGy 
– UTILIZAÇÃO DE CÂMARAS DE IONIZAÇÃO PARA A 
MEDIDA DA CSR (CAMADA SEMIRREDUTORA) 
 
– CSR é o valor da espessura de um material capaz 
de atenuar, pela metade, fótons de RX ou gama, 
provenientes de uma determinada fonte. 
 
– Por exemplo: para um feixe de raios X com 
energia de 60 keV, é preciso uma espessura de 2,5 
mm de Al para que metade dos fótons sejam 
atenuados. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
– Forma de se obter o valor de CSR: através de uma câmara 
de ionização e da equação: 
 
𝐼 = 𝐼0𝑒
−μ𝑥 
 
– Onde: 
– Io = intensidade do feixe ou exposição inicial. 
– I = intensidade do feixe ou exposição após a colocação de 
algum material atenuador. 
– μ = coeficiente de atenuação linear do material 
atenuador. Unidade de µ = cm-1. 
– x = espessura desse material. 
 
 
 
 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Entretanto, para o cálculo da CSR, devemos achar a espessura do material atenuador (x) 
que atenue metade da intensidade inicial (Io). 
• Ou seja, I = Io / 2. 
• Desse modo: 
𝐼 = 𝐼0 𝑒
−μ𝑥 
 
𝐼0
2
= 𝐼0 𝑒
−μ𝑥 
 
1
2
= 𝑒−μ𝑥 
 
ln
1
2
= ln 𝑒−μ𝑥 
 
- 0,693 = - μ x 
 
𝟎, 𝟔𝟗𝟑
𝝁
= 𝒙 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Ou seja, a espessura para que um determinado material atenue 
metade de um feixe de fótons é igual a: 
X ½ = 0,693 / μ 
• Como saber o valor de μ? É um valor tabelado pra cada material e 
para cada energia: 
 Energia do Fóton μá𝒈𝒖𝒂 (cm-1) μ𝒂𝒓 (cm-1) μ𝒄𝒐𝒏𝒄𝒓𝒆𝒕𝒐 (cm-1) μ𝒂𝒍𝒖𝒎í𝒏𝒊𝒐 (cm-1) μ𝒄𝒉𝒖𝒎𝒃𝒐 (cm-1) 
100 keV 0,170 0,00019 0,412 0,459 62,98 
500 keV 0,097 0,00011 0,211 0,228 1,83 
1000 keV 0,071 0,000077 0,154 0,166 0,81 
Radionuclídeo Energia do Fóton Material µ (cm-1) 
Co-60 1,25 MeV Pb 
Al 
0,66 
0,15 
Cs-137 0,66 MeV Pb 
Al 
1,23 
0,20 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Exemplo 2: Colocou-se uma placa de chumbo de 2 mm de 
espessura à frente de um tubo de raios X que opera, geralmente, 
com fótons de energia de 100 keV. Essa espessura corresponde à 
camada semirredutora do Pb para RX com 100 keV? 
 
• Exemplo 3: Quis-se determinar a camada semirredutora de um 
material usado pra fótons de 100 keV de energia. Para isso, usou-
se uma placa de 3 mm de espessura e o valor da exposição foi de 
60 mR. Depois, usou-se outra placa com 5 mm de espessura e a 
exposição foi de 54,7 mR. Responda: 
• A) Qual foi o material empregado? 
• B) Estime o valor da CSR para esse caso. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE 
• Exemplo 4: Foi feito um teste para se verificar a 
camada semirredutora de um material usado em 
uma fonte de Co-60 (que emite fótons gama com 
energia de 1,25 MeV). Foram usadas 2 placas desse 
material. A primeira com 0,3 cm de espessura e a 
segunda com 0,8 cm de espessura. Com a primeira 
placa, foi verificada um exposição de 800 mR na 
câmara de ionização. Com a segunda placa, a 
exposição foi de 574 mR. Responda: 
• A) Qual foi o material empregado? 
• B) Faça uma estimativa da camada semirredutora. 
DETECTORES DA RADIAÇÃO IONIZANTE

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