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ROTEIRO DE ESTUDO DIRIGIDO 4: - Detectores de Radiações - Produção de raios X 1. Como podem ser classificados os sistemas de detecção de radiações? Meio: estado do meio com que a radiação interage, pode ser sólido, líquido ou gasoso. Fenômeno com o qual a radiação interage com o meio: excitação ou ionização. Pulso eletrônico: amplitude constante, proporcional à energia da radiação. 2. Descreva os princípios básicos de funcionamento de um detector a gás de radiações? Tem como princípios básico a formação de pares iônicos dentro de uma massa gasosa contida em um recipiente. A radiação interage com as moléculas do gás por ionização, e o anodo coleta a carga negativa, criando uma corrente elétrica que é medida. 3. Quais as aplicações de cada tipo de detector a gás? Câmaras de ionização: mede a intensidade da radiação ou suas doses cumulativas. Pode ser usado na inspeção de serviços de radiologia e em sistemas de geração de imagem, como cintilografia e pet scan. Contadores proporcionais: detecta partículas alfa e beta. Tubos Geiger-Muller: pode ser usado para monitoramento ambiental e pessoal, detecta radiação alfa, beta e gama, com emissão de ruído. 4. Quais as características de um bom cristal cintilador? Exemplifique as aplicações deste tipo de detector. Deve ter bom rendimento óptico, tempo entre ionização e luminescência curto, alto número atômico, densidade elevada, alta eficiência, ser transparente, não absorver a cintilação que produz e a radiação deve ser capaz de penetrar. DETECTA X E GAMA São utilizados para construção de sistemas de imagens cintilografia e PET scan, são muito eficientes na detecção da radiação ionizante. 5. Qual o princípio de funcionamento de um cintilador sólido? ATIVAÇÃO ELETRÔNICA Gera um clarão de luz dentro do cristal, proporcional à intensidade da radiação gama e raios X. A cintilação é captada pelo fotocatodo, que emite elétrons e gera uma corrente de baixa intensidade. Os elétrons são atraídos para os dinodos, organizados por DDP, que quando interagem com sua superfície arrancam elétrons, multiplicando-os. Quando os elétrons chegam ao anodo, o pulso eletrônico está muito alto. 6. Quais as vantagens e desvantagens do filme dosimétrico? Qual a sua principal aplicação? Capta diferentes radiações, é de amplo uso e registro permanente. Entre suas desvantagens, é de baixa precisão para doses muito pequenas, propenso a falhas, sensível ao calor, de leitura demorada e possui necessidade de processamento. Usado principalmente para leitura individual das radiações alfa, beta, gama e raios X. 7. Explique o funcionamento dos dosímetros termoluminescentes e justifique sua aplicação em substituição aos filmes dosimétricos. A radiação interage com o material e faz com que seus elétrons subam de nível de energia. Isso faz com que os elétrons fiquem instáveis e não consigam retornar para seu nível energético. Quando o cristal é aquecido, os elétrons ganham energia e conseguem retornar para seu nível certo, emitindo luz proporcional à dose de radiação. Possuem maior faixa de sensibilidade, diferentes aplicações e semelhantes ao tecido vivo, facilmente utilizado porque pode ser adaptado em anel e pulseiras. 8. Diferencie raios X característicos de raios X de frenagem. Qual deles é importante para a obtenção de imagens diagnósticas? Por quê? Os raios X característicos formam-se quando um elétron orbital é atingido por um elétron incidente, ganha energia e é ejetado de seu átomo de origem, deixando uma vacância incompleta. Um elétron localizado em uma camada a frente então ocupa essa vacância, liberando energia eletromagnética sob a forma de raio X característico. Já os raio X de frenagem são obtidos quando os elétrons sofrem um desvio em sua trajetória, devido à força de atração exercida pelo núcleo. A variação de energia cinética que aparece devido a esse desvio é convertida em raio X. Os raios X de frenagem são muito mais adequados à formação da imagem, pois sua energia pode ser ajustada de acordo com a diferença de potencial. Raios X de frenagem em geral possuem mais energia que os RX característicos, penetrando melhor o material biológico. 9. Caracterize a radiação X quanto a sua frequência, comprimento de onda e energia. Por que é uma radiação muito penetrante? São radiações sem massa, sem carga, de baixo comprimento de onda, alta freqüência, logo, alta energia. Devido a isso, são muito penetrantes. A frequência é próxima da radiação gama, tanto que há sobreposição de raios X de alta energia e raios gama de baixa energia. 10.Defina: a) corrente do tubo: Corrente catódica emitida do catodo em direção ao anodo. Feixe de elétrons entre o catodo e o anodo. b) voltagem do tubo: Diferença de potencial entre o catodo e anodo criada no tubo. O aumento da voltagem leva à maior emissão de RX de frenagem no feixe. c) corrente do filamento: Corrente elétrica que aquece o filamento (efeito Joule) e cria a carga espacial. d) carga espacial: Criada pela passagem de corrente pelo filamento de catodo, excitará o tubo de forma a causar a corrente catódica. 11. Como a voltagem do tubo e a corrente elétrica do filamento catodo podem influenciar nas características do feixe de raios X? A voltagem aumenta o número de raio X de frenagem do feixe de raio X, contribuindo para um raio X de maior energia, maior poder de penetração e melhor qualidade da imagem. A corrente do filamento tem a mesma ação, pois é dela que virá o raio catódico que no anodo será convertido em raio X. 12.Qual a importância da filtragem adicional? A filtragem permite que fótons de raio X de baixa energia, que não contribuem para a imagem, sejam absorvidos. Dessa forma, é possível reduzir a dose aplicada no paciente para obtenção de imagem. 13. Por que um tubo de raios X dedicado à mamografia possui características diferentes dos demais tubos utilizados para imagens diagnósticas? O raio X dedicado à mamografia deve conter fótons de baixa energia, a fim de penetrar pouco e revelar com nitidez contornos de tecidos moles. Assim, o anodo é constituído de molibdênio, pois o raio X característico emitido é de baixa energia (baixa energia de ligação entre o núcleo do átomo de molibdênio e seus elétrons orbitais); não existe filtragem adicional, para não barrar os raios X moles. Sugeriria a constante utilização da caneta dosimétrica (dosímetro de bolso). Esse instrumento afere a dose de radiação ionizante recebida por medida de tempo, que pode ser durante a realização de uma atividade; seu capacitor armazena carga proporcional à intensidade da radiação. É possível saber imediatamente a dose de radiação recebida e investigar se houve ou não contaminação pela substância radioativa.