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DISCIPLINA: PROTEÇÃO RADIOLÓGICA AULA 11 – RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE Profa. Danielle Filipov 2013 ORGANIZAÇÃO DA AULA • INTRODUÇÃO • CONTROLE DE QUALIDADE NOS EQUIPAMENTOS DE RX • OTIMIZAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES MÉDICAS • EXPOSIÇÃO DE VOLUNTÁRIOS E ACOMPANHANTES RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Os primeiros equipamentos construídos para produzir raios X utilizavam baixa tensão. • A energia do feixe de raios X era tão baixa, se comparada com a energia dos feixes dos equipamentos modernos, que o tempo de exposição dos pacientes, normalmente, ultrapassava os 20 minutos em uma tomada. • Os fótons de raios X que deveriam atravessar o paciente e atingir a emulsão fotográfica eram, em grande parte, absorvidos pelos tecidos, acarretando queimaduras, queda de cabelo, anemia, dentre outros. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE Exemplo de imagem feita no início do século XX: é possível observar a imagem na tela fluorescente e o tubo de raios X atrás do paciente. Queimadura resultante da investigação de uma fratura do úmero direito; foram feitas 3 tentativas de imagem com 20 minutos de exposição e com o tubo a 25 cm. • Com o surgimento das redes de distribuição de energia elétrica, foi possível alcançar grandes melhorias nos geradores de raios X. • Concomitantemente, a evolução dos conhecimentos resultou em melhora da qualidade da informação diagnóstica e em um maior grau de proteção. • O nível de exposição dos pacientes em radiodiagnóstico depende de fatores técnicos, físicos e humanos, como o conhecimento de anatomia pelo profissional, o conhecimento do funcionamento do equipamento e do processo de revelação dos filmes radiográficos, etc. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • A necessidade desse vasto conhecimento fica clara quando se observa o gráfico ao lado: • Foram realizadas medidas da dose de entrada na pele de pacientes, submetidos à incidência PA de tórax, em 10 salas de raios X de 3 instituições diferentes. • Apesar da dose média (0,33 mGy) ser comparável à dose indicada para uma boa prática (0,4 mGy), as doses variam muito, resultado da ampla faixa de técnica empregada (de 70 a 130 kVp e de 3,75 a 216 mAs). RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • A proteção de pacientes é fundamentada na utilização de uma dose de radiação compatível com o procedimento, ou seja, uma dose adequada ao propósito clínico do exame. • Assim, a meta da proteção de pacientes é proporcionar um melhor nível de atenção à saúde. • Para que isso seja possível, é importante: • implantar um programa de garantia de qualidade dos equipamentos, • aplicar o princípio de otimização das exposições médicas, • implantar um programa de educação contínua aos funcionários que inclua os seguintes tópicos: RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE •Operação correta do equipamento, inclusive o uso das tabelas de exposição; • Uso de vestimentas de proteção individual para pacientes, equipe e eventuais acompanhantes; • Procedimentos para minimizar as exposições médicas e ocupacionais; • Uso de dosímetros individuais; • Processamento radiográfico; • Dispositivos legais (conhecimentos das normas vigentes). RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • CONTROLE DE QUALIDADE • Os aparelhos de raios X são complexos e pode haver falhas durante a realização de um exame, devido a falhas no funcionamento do aparelho. • Assim, é importante conhecer os parâmetros físicos dos equipamentos, para que se faça o controle das exposições aos pacientes. • Os serviços devem possuir uma manutenção preventiva (programa de controle de qualidade) e corretiva aos equipamentos de RX e processadoras. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • De acordo com a complexidade e necessidade de cada serviço, o programa de controle de qualidade pode variar de uma instituição para outra. • Por exemplo: instituições com um equipamento de RX e uma processadora >> necessidades mínimas >> atendidas por um profissional de radiologia encarregado ou um especialista externo. Serviços com vários equipamentos >> programa formal de controle de qualidade com um profissional especializado em física do radiodiagnóstico. • O profissional que realiza o controle dos equipamentos não deve contornar um problema encontrado (alterando o procedimento de trabalho), mas resolvê-lo. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Deve haver um livro de ocorrências ou algo para o registro de eventuais problemas encontrados durante os testes de controle de qualidade. • Essas informações devem ser de conhecimento do responsável pelo controle de qualidade ou manutenção dos equipamentos, a fim de se providenciar o reparo necessário. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Para ilustrar a utilizada das informações geradas pelo controle de qualidade, será discutido o teste da exatidão do colimador. • O colimador deve estar bem instalado e funcionando corretamente, de forma que os campos luminoso e de radiação sejam coincidentes. • Sua exatidão deve ser comprovada periodicamente, verificando- se a coincidência entre o feixe de raios X e o campo luminoso gerado pelo colimador. • Para efetuar o teste, um objeto é colocado sobre um chassi carregado (o qual está a 1 m do foco do aparelho). • Ajusta-se o campo luminoso sobre as marcações no objeto e efetua-se um disparo. Em seguida, abre-se o colimador e faz-se outro disparo. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • A imagem mostrada anteriormente indica um desvio; o campo de radiação está deslocado para baixo e para a direita e uma ação corretiva é necessária. • Consequência desse desajuste: em um exame real, uma região anatômica, presente no lado do desvio negativo, pode não aparecer na imagem. • Caso esse desajuste não seja corrigido, o operador pode utilizar um campo maior, para compensar esse erro, aumentando a área irradiada do paciente. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • OTIMIZAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES MÉDICAS • Existem diversas ações que minimizam os riscos sem comprometer a informação diagnóstica. • Entre elas está a justificação do exame antes do encaminhamento ao serviço de radiologia. • A solicitação deve ser clara e perfeitamente compreendida por quem o realizará. Assim, evita-se que seja realizado um exame improdutivo, que, unicamente, servirá para expor o paciente. • As repetições de exames feitos, recentemente, em outras clínicas e hospitais devem ser evitadas. • Os exames devem ser registrados na documentação do paciente para que seja entregue à outra unidade. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Para que a exposição do paciente seja consistente com uma imagem de qualidade aceitável, a combinação dos seguintes parâmetros deve ser controlada pelo operador: – Colimação (área a ser examinada) e quantidade de radiografias (repetições). – Ajuste na tensão (kVp). – Filtração. – Uso ou não da grade antidifusora. – Combinação Filme e Écran. – Fatores de processamento da imagem (procedimento de revelação). – Proteção a outras regiões do paciente. – Repetição de exames. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Colimação RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Ajuste na Tensão RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Filtração RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Grade Antidifusora RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICOE DO PACIENTE • Combinação Écran-Filme RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RX diagnóstico Mamografia • Compressão • Revelação de Filmes RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Proteção de Regiões Expostas do Paciente RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Repetição de Exames RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Repetições podem ocorrer devido a falhas do aparelho de raios X e comprometer a proteção do paciente. • Por isso, o aparelho deve ser testado regularmente e mantido em boas condições de funcionamento, assim como a processadora utilizada para a revelação dos filmes. • Otimização das Exposições em Fluoroscopia • A fluoroscopia é um dos métodos diagnósticos e terapêuticos que fornecem doses médias e altas aos profissionais e aos pacientes (dependendo do procedimento – exame ou cirurgia). • Para fins de orientação, estão listados abaixo alguns cuidados de proteção radiológica de quando se trabalha com fluoroscopia: – Somente realizar um disparo quando houver estrita necessidade e certeza de que a informação desejada será obtida; – Antes de realizar o disparo, as pessoas presentes devem ser avisadas e devem retirar-se da sala ou posicionar-se o mais afastado possível do equipamento; – O pessoal presente na sala, necessariamente, deve fazer uso de vestimentas de proteção (avental e protetor de tireoide); RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE – Usar, sempre que possível, o tubo de raios X sob a mesa; – Manter, sempre que possível, o intensificador de imagem o mais próximo do paciente; – Colimar a região de interesse; – Realizar o disparo com o tempo mínimo necessário; – Quando realizar uma radiografia, afastar-se ao máximo da mesa. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • EXPOSIÇÃO DO PÚBLICO EM RADIODIAGNÓSTICO • A exposição não esperada do público fora da sala de exames é evitada através do planejamento adequado da sala e do uso de barreiras de proteção. • É importante adotar procedimentos de segurança a serem observados, tais como só realizar exames com a porta da sala de exames fechada e não permitir a aglomeração de pessoas na sala. • O acesso de pessoas do público às salas de exames deve ser muito restrito. Esse acesso deve ser limitado aos profissionais envolvidos na realização dos exames e a acompanhantes dos pacientes. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • EXPOSIÇÃO DE VOLUNTÁRIOS E DE ACOMPANHANTES EM RADIODIAGNÓSTICO RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE • Para que haja o uso de voluntários em pesquisas médicas, os mesmos devem ter a opção de participar ou não e o trabalho deve ser submetido a um comitê de ética da instituição onde será realizada a pesquisa. • Amigos e parentes que ajudem na contenção e conforto do paciente também são voluntários, mas há um benefício aos pacientes. Assim, as exposições desses voluntários são definidas como exposições médicas. • Devem ser tomados todos os cuidados necessários à proteção do(s) acompanhante(s). • Quando permanecer no interior da sala, é imprescindível que o acompanhante esteja usando um avental plumbífero de proteção. • Se for feita a contenção do paciente, é importante que se use também um protetor de tireoide. • Neste caso, o uso de luvas plumbíferas é conveniente, desde que não interfiram na condução e no resultado do procedimento. RADIOPROTEÇÃO DO PÚBLICO E DO PACIENTE
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