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Questões de Direito do Trabalho - FCC

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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC 
PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA 
www.pontodosconcursos.com.br 1
Olá pessoal, 
Espero que estejam todos bem e estudando bastante! 
Hoje iremos resolver a prova de analista judiciário, execução de 
mandados do TRT/MG, que foi a última prova de 2009, organizada 
pela FCC! 
 
Direito do Trabalho: 
Questão 39: Em relação aos dissídios individuais do trabalho, a 
mediação é juridicamente aceitável, e se revela, no plano do direito 
positivo, 
(A) pela intermediação do Ministério Público do Trabalho, nas mesas 
redondas de dissídios coletivos. 
(B) pela mediação do Ministério do Trabalho, nas mesas redondas de 
greve. 
(C) pela intervenção necessária do Ministério Público do Trabalho nos 
feitos judiciários em que haja interesse público. 
(D) pelo funcionamento das comissões de conciliação prévia. 
(E) pela arbitragem privada de conflitos relacionados à greve. 
Comentários: 
A Mediação é uma forma de solução de conflitos através da 
intervenção de um terceiro que indica a melhor solução para o conflito 
de interesses. Geralmente o mediador é alguém escolhido pelas 
partes. 
Nesta questão a banca considerou as Comissões de Conciliação 
Prévia como uma forma de mediação, portanto correta é a Letra D. 
Questão 40: O empregado diferencia-se do trabalhador autônomo 
porque 
(A) a relação do autônomo com o tomador não é caracterizada pela 
subordinação. 
(B) o trabalho autônomo não pode ser gratuito. 
(C) o trabalho do empregado não deve ser oneroso. 
Analista Judiciário 
Execução de Mandados
TRT- MG/2009
 
 
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(D) a alteridade está presente apenas nas relações entre o autônomo 
e seu contratante. 
(E) o trabalho do empregado deve ser eventual, o do autônomo, 
constante. 
Comentários: 
O Trabalhador Autônomo é a pessoa física que presta serviços 
habitualmente por conta própria para uma ou para mais de uma 
pessoa, assumindo os riscos de sua atividade econômica. 
O conceito de empregado está contido no art. 3º da CLT que 
traz, dentre outros requisitos da relação de emprego a subordinação 
ou dependência jurídica como imprescindível para que o trabalhador 
seja considerado empregado. 
Não há subordinação na prestação dos serviços do trabalhador 
autônomo, há autonomia. Portanto está correta a letra “A” 
 Art. 3º da CLT - Considera-se empregado toda pessoa 
física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Questão 41: Não terá direito ao gozo das férias anuais remuneradas, 
segundo o regramento da Consolidação das Leis do Trabalho, o 
(A) empregado que faltar ao serviço, no período aquisitivo, sem 
justificativa, por 12 dias. 
(B) trabalhador autônomo. 
(C) empregado que gozar de benefício previdenciário por mais de 5 
meses, ainda que descontínuos. 
(D) empregado que, no período concessivo, faltar sem justificativa 
mais do que 32 dias. 
(E) trabalhador que cometer falta grave no período aquisitivo, ainda 
que não venha a ser demitido no período concessivo. 
Comentários: 
O empregado que faltar ao serviço por 12 dias terá direito a 24 dias de 
férias (art. 130 da CLT). Já o trabalhador autônomo não terá direito a 
férias porque ele não é empregado (letra B é o gabarito da questão). 
 
Art. 130 da CLT - Após cada período de 12 (doze) meses de 
vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a 
férias, na seguinte proporção: 
 
 
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I- 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao 
serviço mais de 5 (cinco) vezes; 
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 
(seis) a 14 (quatorze) faltas; 
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 
(quinze) a 23 (vinte e três) faltas; 
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e 
quatro) a 32 (trinta e duas) faltas. 
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do 
empregado ao serviço. 
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os 
efeitos, como tempo de serviço. 
Dica: Elaborei um quadro esquemático que sempre apresento quando 
trato do tema férias para vocês possam memorizar melhor os artigos 
130 e 130-A da CLT. 
Observem que na tabela cinza os dias de férias vão abatendo o 
número 6 e na tabela verde vão abatendo o número 2. 
Regime 
Normal 
Art. 130 da 
CLT 
Tempo Parcial Art. 130- A da 
CLT 
Até 5 faltas 30 dias de 
férias 
22 à 25 h. 
semanais 
18 dias de 
férias 
6 a 14 faltas 24 dias de 
férias 
20 à 22 h. 
semanais 
16 dias de 
férias 
15 a 23 faltas 18 dias de 
férias 
15 à 20 h. 
semanais 
14 dias de 
férias 
24 a 32 faltas 12 dias de 
férias 
10 à 15 h. 
semanais 
12 dias de 
férias 
Mais de 32 
faltas 
Não terá férias 5 à 10 h. 
semanais 
10 dias de 
férias 
 Igual ou 
inferior à 5 h. 
semanais 
8 dias de férias
 Mais de 7 
faltas 
Reduz à 
metade 
 
 
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O empregado que gozar de benefício previdenciário por mais de 
5 meses embora descontínuos terá direito a férias, porque o art. 133, 
IV da CLT estabelece que não terá direito a férias o empregado que 
tiver percebido da Previdência Social prestações de acidente de 
trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses, embora 
descontínuos. 
Art. 133 da CLT - Não terá direito a férias o empregado que, 
no curso do período aquisitivo: 
I - deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 
(sessenta) dias subseqüentes à sua saída; 
II - permanecer em gozo de licença, com percepção de 
salários, por mais de 30 (trinta) dias; 
 III - deixar de trabalhar, com percepção do salário, por mais de 
30 (trinta) dias, em virtude de paralisação parcial ou total dos 
serviços da empresa; e 
IV - tiver percebido da Previdência Social prestações de 
acidente de trabalho ou de auxílio-doença por mais de 6 (seis) 
meses, embora descontínuos. 
§ 1º - A interrupção da prestação de serviços deverá ser 
anotada na Carteira de Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - Iniciar-se-á o decurso de novo período aquisitivo quando 
o empregado, após o implemento de qualquer das condições 
previstas neste artigo, retornar ao serviço. 
§ 3º - Para os fins previstos no inciso III deste artigo a empresa 
comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com 
antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e 
fim da paralisação total ou parcial dos serviços da empresa, e, 
em igual prazo, comunicará, nos mesmos termos, ao sindicato 
representativo da categoria profissional, bem como afixará 
aviso nos respectivos locais de trabalho. 
 
 
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Atenção: As assertivas “D” e “E” estão corretas, mas são 
complexas: 
(D) empregado que, no período concessivo, faltar sem 
justificativa mais do que 32 dias. 
O empregado que no período concessivo faltar 
injustificadamente mais de 32 dias não perderá o direito às suas férias 
do período aquisitivo anterior, mas perderá as férias do próximo 
período concessivo. Alguns alunos tiveram dificuldades de enxergar 
esta distinção, ou seja, a banca estava falando da perda das férias do 
período aquisitivo anterior. 
(E) trabalhadorque cometer falta grave no período aquisitivo, ainda 
que não venha a ser demitido no período concessivo. 
O empregado que comete falta grave poderá ser dispensado por 
justa causa, mas não poderá perder o direito às suas férias adquiridas. 
Questão 42: O enquadramento de determinada atividade como 
insalubre ou penosa, para pagamento dos respectivos adicionais, 
depende, respectivamente, de 
(A) emenda constitucional e de lei complementar. 
(B) previsão nas normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho 
e Emprego e de lei ordinária. 
(C) decreto regulamentador e de emenda constitucional. 
(D) perícia médica e de perícia por engenheiro do trabalho. 
(E) previsão em leis extravagantes e de lei complementar. 
Comentários: 
omente a legislação ou as normas regulamentadoras do 
Ministério do Trabalho poderão classificar as atividades como 
insalubre ou perigosa. 
Observem a OJ 4 e o art. 193 da CLT que corroboram este 
entendimento. Está correta a letra B. 
 
 
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Art. 193 da CLT São consideradas atividades ou operações 
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério 
do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de 
trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou 
explosivos em condições de risco acentuado. 
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao 
empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o 
salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, 
prêmios ou participações nos lucros da empresa. 
OJ 4 da SDI-1 do TST 4 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo 
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, 
sendo necessária a classificação da atividade insalubre na relação 
oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho. II - A limpeza em 
residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem ser 
consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo 
pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo 
urbano na Portaria do Ministério do Trabalho. 
Questão 43: Turnos ininterruptos de revezamento, que, nos termos da 
Constituição da República, não podem exceder a seis horas diárias, 
conceituam-se 
(A) pela ausência de intervalo de refeição. 
(B) pela inexistência de folgas semanais coincidentes com o domingo. 
(C) pelo funcionamento da empresa por, no máximo, dois turnos de 
trabalho de 12 horas cada. 
(D) pela constante alternância de horários de trabalho, por ciclos 
regulares, em pelo menos dois dos três turnos possíveis: manhã, tarde 
e noite. 
(E) pela inexistência, cumulativa, de intervalo de refeição e de folgas 
semanais. 
Comentários: 
O trabalho por turno é aquele em que grupos de trabalhadores se 
sucedem na empresa, cumprindo horários que permitam o 
funcionamento ininterrupto da empresa. 
Portanto está correta a letra D. 
 
 
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O trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento é 
aquele que tem jornada constitucionalmente prevista de seis horas, 
podendo ser alterada por norma coletiva, como flexibilizou a própria 
Constituição. 
Art.7º CRFB/88 Jornada de seis horas para o trabalho realizado 
em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação 
coletiva. 
Sobre este tema, destaco duas importantes Súmulas do TST, 
que embora não tenham sido objeto desta questão são muito 
abordadas em provas de concursos públicos. 
Questão 44: À trabalhadora doméstica asseguram-se os direitos de 
(A) garantia no emprego, por integrar o Conselho Gestor do FGTS, e 
férias anuais de 20 dias úteis. 
(B) férias anuais de 20 dias úteis e gratificação de Natal. 
(C) garantia no emprego, desde a confirmação da gestação até o 
quinto mês após o parto, e férias anuais remuneradas. 
(D) adicional noturno e auxílio-acidente pago pela Previdência Social. 
(E) descanso semanal remunerado e férias anuais de 30 dias úteis. 
Comentários: 
Apesar da CF/88 não estabelecer o direito à garantia de emprego 
desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto para a 
empregada doméstica, ela terá direito a esta estabilidade provisória 
porque a lei do trabalho doméstico estabelece tal direito. Portanto está 
correta a letra C. 
Súmula 110 do TST No regime de revezamento, as horas 
trabalhadas em seguida ao repouso semanal de 24 horas, com 
prejuízo do intervalo mínimo de 11 horas consecutivas para descanso 
entre jornadas, devem ser remuneradas como extraordinárias, 
inclusive com o respectivo adicional. 
Súmula 423 do TST Estabelecida jornada superior a seis horas 
e limitada a oito horas por meio de regular negociação coletiva, os 
empregados submetidos a turnos ininterruptos de revezamento não 
tem direito ao pagamento da 7ª e 8ª horas como extras. 
 
 
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Vamos relembrar os direitos constitucionais do empregado 
doméstico! 
A CF/88 estabelece os seguintes direitos para a empregada 
doméstica: 
 Art. 7º da CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição 
social: 
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, 
capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de 
sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, 
vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes 
periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada 
sua vinculação para qualquer fim; 
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do 
trabalho; 
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou 
acordo coletivo; 
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral 
ou no valor da aposentadoria; 
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos 
domingos; 
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um 
terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, 
com a duração de cento e vinte dias; 
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; (5 dias) 
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no 
mínimo de trinta dias, nos termos da lei; 
XXIV – aposentadoria; 
 
 
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Parágrafo único. São assegurados à categoria dos 
trabalhadores domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, 
VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua 
integração à previdência social 
Questão 45: O sistema sindical brasileiro, a partir da Constituição da 
República de 1988, identifica-se pelos princípios da 
(A) unicidade, da simplicidade e da liberdade. 
(B) unicidade, da liberdade e da livre associação. 
(C) livre associação, da pluralidade e da unicidade. 
(D) liberdade, da livre associação e da pluralidade. 
(E) unicidade, da livre associação e da pluralidade. 
Comentários: 
A autonomia sindical é um atributo da liberdade positiva de toda 
sociedade democrática. Através dela os sindicatos poderão exercer as 
suas funções sem controle estatal em sua organização, bastando 
apenas que sejam registrados no Ministério do Trabalho. O art. 8º da 
CF/88 consagrou a liberdade e a autonomia sindical. 
Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, 
observado o seguinte: 
I - a lei não poderáexigir autorização do Estado para a 
fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão 
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a 
intervenção na organização sindical; 
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, 
em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou 
econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos 
trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser 
inferior à área de um Município; 
Este inciso prevê a unicidade sindical, uma vez que apenas um 
sindicato de determinada categoria poderá ser criado na base territorial 
de um município. Alguns juristas criticam a unicidade e defendem a 
pluralidade sindical, que é a possibilidade da existência de mais de um 
sindicato por categoria na mesma base territorial. 
 
 
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III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses 
coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões 
judiciais ou administrativas; 
IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se 
tratando de categoria profissional, será descontada em folha, 
para custeio do sistema confederativo da representação sindical 
respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei; 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a 
sindicato; 
Este inciso reflete o princípio da liberdade sindical, defendendo a 
livre vontade de filiar-se ao sindicato. É um direito conferido aos 
trabalhadores e empregadores organizarem-se em sindicatos 
representativos de suas categorias sem a interferência do Estado. 
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas 
negociações coletivas de trabalho; 
As negociações coletivas de trabalho, de forma ampla, são as 
convenções coletivas e acordos coletivos conceituados no art. 611 da 
CLT. 
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas 
organizações sindicais; 
VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a 
partir do registro da candidatura a cargo de direção ou 
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um 
ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave nos 
termos da lei. 
Este inciso fala da estabilidade sindical, cujo direito nasce com o 
registro da candidatura do empregado, seja ele membro efetivo ou 
suplente. 
O jurista Arnaldo Süssekind afirma, em sua obra Direitos 
Constitucionais do Trabalho, que, caso esta estabilidade seja 
adquirida no curso do aviso prévio, os seus efeitos não irradiarão 
sobre ele, podendo o empregado ser dispensado. ortanto pelo 
exposto, podemos ver que a letra B é a correta. 
 
 
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Processo do Trabalho: 
Questão 46: Os atos processuais trabalhistas, em regra, segundo a 
Consolidação das Leis do Trabalho, realizar-se-ão das 6 horas às 
(A) 19 horas, de segunda a sexta-feira. 
(B) 20 horas, de segunda a sábado. 
(C) 18 horas, de segunda a sexta-feira. 
(D) 20 horas, de segunda a domingo, independentemente de 
autorização judicial expressa. 
(E) 17 horas, de segunda a sexta-feira, dependendo, a prorrogação 
máxima até às 20 horas, de autorização judicial. 
Comentários: 
Os Atos Processuais são os acontecimentos que ocorrem por vontade 
das partes no processo, dependendo assim de manifestações dos 
sujeitos dos processos. 
De acordo com o art. 770 da CLT, eles deverão ocorrer em dias 
úteis de 6 às 20 horas de segunda a sábado. Correta a letra B. 
Art. 770 CLT Os atos processuais serão públicos salvo 
quando o contrário determinar o interesse social, e realizar-se-
ão nos dias úteis das 6 (seis) às 20 (vinte) horas. 
 Parágrafo único. A penhora poderá realizar-se em domingo 
ou dia feriado, mediante autorização expressa do juiz ou 
presidente. 
Questão 47: A intimação ocorrida sábado terá a contagem do prazo 
para cumprimento da obrigação por ela imposta iniciada 
(A) no domingo. 
(B) na segunda-feira, ainda que seja feriado. 
(C) no ato da intimação. 
(D) no ato da juntada da intimação cumprida aos autos. 
(E) na terça-feira, se a segunda for dia útil. 
Comentários: Quando dou aula sobre o tema prazo sempre digo 
que uma das Súmulas do quadro abaixo cairá em prova, e foi o que 
aconteceu no TRT/MG. 
 
 
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Observem que a questão 47 abordada a Súmula 262, I do TST. 
Súmula 1 TST Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a 
publicação com efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial 
será contado da segunda-feira imediata inclusive, salvo se não houver 
expediente, caso em que fluirá no dia útil que se seguir. 
Súmula 16 TST Presume-se recebida a notificação 48 horas depois 
de sua postagem. O seu não recebimento ou a entrega após o 
decurso deste prazo constitui ônus de prova do destinatário. 
Súmula 30 TST Intimação da sentença- Quando não juntada a ata ao 
processo em 48 horas, contadas da audiência de julgamento ( art. 
851 § 2º CLT), o prazo para recurso será contado da data em que a 
parte receber a intimação da sentença 
Súmula 262 TST 
I - Intimada ou notificada a parte no sábado, o início do prazo se dará 
no primeiro dia útil imediato e a contagem no subsequente. 
II- O recesso forense e as férias coletivas dos Ministros do TST 
suspendem os prazos recursais. 
Portanto a letra E é o gabarito da questão porque a contagem do 
prazo deverá ocorrer na terça-feira se a segunda for dia útil (Súmula 
261, I do TST). 
Questão 48: A nulidade fundada em incompetência de foro, referida 
pela Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) pode ser proclamada de ofício, desde que uma das partes 
concorde. 
(B) refere-se à incompetência em razão do lugar; por isto, de natureza 
relativa, não pode ser tratada de ofício. 
(C) refere-se à incompetência em razão da matéria e, por isto, pode 
ser tratada de ofício pelo juiz. 
(D) é de competência originária dos tribunais. 
(E) não se submete a recurso imediato, mesmo que seja acolhida em 
favor de outro ramo do Judiciário. 
 
 
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Comentários: O art. 795 §1º da CLT ao determinar que 
deverá ser declarada de ofício a nulidade fundada em incompetência 
de foro na verdade quis dizer que a incompetência absoluta deverá ser 
declarada de ofício pelo juiz. 
Portanto tal dispositivo refere-se à incompetência em razão da 
matéria. Está correta a Letra C. 
Art. 795 da CLT – As nulidades não serão declaradas senão 
mediante provocação das partes, as quais deverão argüi-las à 
primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos 
autos. 
1º – Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade 
fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão 
considerados nulos os atos decisórios. 
 2º – O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, 
na mesma ocasião, que se faça remessa do processo, com 
urgência, à autoridade competente, fundamentando sua 
decisão. 
Questão 49: No procedimento sumaríssimo, diferentemente do 
ordinário, 
(A) o prazo para manifestação das partes sobre o laudo pericial é de 5 
dias e é comum a todos os envolvidos no litígio. 
(B) a audiência deve ser una. 
(C) o prazo para contestação é de dez dias, prorrogável, em despacho 
fundamentado, para até 30 dias. 
(D) o recurso de revista é cabível apenas por divergência 
jurisprudencialentre Tribunais Regionais do Trabalho, ainda que o 
tema já tenha sido sumulado pelo Tribunal Superior do Trabalho. 
(E) a petição inicial deve ser líquida e o endereço do autor deve estar 
atualizado e corretamente indicado. 
Comentários: De acordo com o art. 852- H da CLT a letra A está 
correta. 
Art. 852-H da CLT Todas as provas serão produzidas na 
audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas 
previamente. 
 
 
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§ 6º - As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, 
no prazo comum de cinco dias. 
Quanto à letra B, sabemos que no procedimento sumaríssimo 
não será possível subdividir-se a audiência porque deverá ser 
observado o prazo de 15 dias (art. 852, B, III da CLT). 
Creio que a banca não considerou esta assertiva correta porque 
o procedimento ordinário de acordo com o art. 849 da CLT também se 
submete a audiência única, sendo a fragmentação da audiência em 3 
fases uma prática trabalhista que não está contida na CLT. 
O erro da letra C é que a contestação será apresentada na 
audiência e a letra D fere o que estabelece o art. 896, parágrafo sexto 
da CLT, que estabelece que caberá o recurso de revista em causas 
sujeitas ao procedimento sumaríssimo quando ocorrer contrariedade à 
Súmula da jurisprudência uniforme do TST e violação direta da 
constituição da república. 
O erro da letra E é que serão os pedidos que deverão ser certos 
e determinados e não a petição inicial. 
Questão 50: A distribuição dos processos, em cidades onde haja mais 
do que uma unidade judiciária com a mesma competência, deve 
obedecer, segundo a Consolidação das Leis do Trabalho, 
(A) à proporção quantitativa e à adequação qualitativa de processos a 
cada unidade. 
(B) aos critérios de igualdade quantitativa e qualitativa entre as 
unidades judiciárias. 
(C) à ordem aleatória de entrada, observando-se a igualdade de tipos 
de ação para cada vara. 
(D) à ordem aleatória de entrada, desde que, ao final de um ano, todas 
as unidades tenham o mesmo número de processos distribuídos. 
(E) à ordem rigorosa de entrada. 
Comentários: De acordo com o art. 783 da CLT a distribuição 
deverá observar a ordem rigorosa de apresentação das reclamações 
ao distribuidor, o que é o mesmo que dizer que deverá observar a 
ordem rigorosa de entrada. 
 
 
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Art. 783 da CLT - A distribuição das reclamações será feita 
entre as Varas de trabalho, ou os Juízes de Direito do Cível, 
nos casos previstos no art. 669, § 1º, pela ordem rigorosa de 
sua apresentação ao distribuidor, quando o houver. 
Questão 51: O recurso de embargos de declaração toma lugar nas 
hipóteses de 
(A) contradição entre a sentença e a jurisprudência dominante. 
(B) contradição, omissão e inversão tumultuária do procedimento. 
(C) contradição entre a sentença e a prova dos autos. 
(D) obscuridade, omissão, contradição e prequestionamento. 
(E) omissão, obscuridade e contradição entre a sentença e a lei. 
Comentários: Está correta a letra D. O embargos de declaração 
podem ser interpostos com o objetivo de esclarecer contradição, 
obscuridade, omissão (arts. 897-A da CLT e 535 do CPC) e 
prequestionamento da matéria que será objeto de recurso. 
Relembrando: Os embargos de declaração é uma modalidade de 
recurso que caberá das sentenças ou acórdãos que contiverem 
obscuridade ou contradição. 
Os principais dispositivos legais deste recurso são: Art. 897-A da 
CLT e arts. 535. 536 e 537 do CPC, OJ 142 SDI-I/TST, S. 184 e 278 
do TST. 
¾ Prazo 5 dias para a sua interposição. 
¾ Os embargos de declaração não estão sujeitos a dois 
juízos de admissibilidade recursal, somente a um, pois 
são julgados pela própria autoridade que proferiu a 
decisão embargada. 
¾ Os embargos de declaração objetivam corrigir 
obscuridade ou contradição na sentença ou no acórdão, 
mas os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício, 
não sendo necessária a interposição de embargos de 
declaração para que o juiz ou a Turma possam corrigi-los. 
¾ O art. 535 do CPC estabelece a possibilidade de 
interposição de embargos de declaração quando haja 
obscuridade, contradição ou omissão na decisão. Este 
artigo é aplicado ao processo do trabalho. 
 
 
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Art. 897-A da CLT Caberão embargos de declaração 
da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo 
seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão 
subseqüente a sua apresentação, registrado na certidão, 
admitido efeito modificativo da decisão nos casos de 
omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no 
exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. 
Parágrafo único - Os erros materiais poderão ser 
corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes. 
Súmula 184 do TST Ocorre preclusão se não forem opostos 
embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de 
revista ou de embargos. 
Súmula 278 do TST A natureza da omissão suprida pelo julgamento 
de embargos declaratórios pode ocasionar efeito modificativo no 
julgado. 
Questão 52: A perícia para apuração de periculosidade e 
insalubridade será realizada, segundo as normas da Consolidação das 
Leis do Trabalho, 
(A) por médico do trabalho ou por engenheiro do trabalho. 
(B) por médico do trabalho e por engenheiro do trabalho, 
respectivamente. 
(C) por médico credenciado pelo INSS e por engenheiro habilitado 
pelo CREA. 
(D) tanto por médico, quanto por engenheiro, exceto os engenheiros 
do trabalho. 
(E) apenas por médico do trabalho. 
Comentários: 
De acordo com o art. 195 da CLT os médicos ou engenheiros do 
trabalho são as pessoas habilitadas a efetuar a perícia para a 
classificação da insalubridade ou da periculosidade. Portanto, está 
correta a letra A. 
 
 
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Art. 195 da CLT A caracterização e a classificação da 
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do 
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de 
Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no 
Ministério do Trabalho. 
 § 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias 
profissionais interessadas requererem ao Ministério do 
Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor 
deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou delimitar 
as atividades insalubres ou perigosas. 
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja 
por empregado, seja por sindicato em favor de grupo de 
associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste 
artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão 
competente do Ministério do Trabalho. 
 § 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a 
ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização 
ex officio da perícia. 
Gabarito: 
39. D 42. B 45. B 48. C 51. D 
40. A 43. D 46. B 49. A 52. A 
41. B 44. C 47. E 50. E 
Foi muito bom estar aqui com vocês! 
Nesta prova vocês puderam observar que as questões de Processo do 
Trabalho estavam bem mais difíceis do que as questões de Direito do 
Trabalho. 
Esta é uma tendência que observei na FCC em relação às provas de 
nível superior (Direito). Eles apertam em Processo do Trabalho. 
Até a nossa próximaaula, 
Abraços a todos! 
Déborah Paiva 
 
 
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