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TEORIA DA HISTÓRIA 
E 
HISTORIOGRAFIA
UNIDADE 1 
Prof. Dr. Gilmar Moraes
TÓPICO 1
TEORIA DA HISTÓRIA E 
HISTORIOGRAFIA: 
CONCEITOS INICIAIS............3
2. APRESENTAÇÃO E DEFINIÇÃO DE CONCEITOS...p.4
•CIÊNCIA: percurso metodológico, os princípios lógicos de
investigação; tem por finalidade elaborar conhecimentos e/ou
resolver os problemas que o próprio homem formula ou que
se apresentam em uma dada realidade.
•A ciência moderna se desenvolveu e consolidou ao longo dos
séculos XVII, XVIII e XIX, tratou-se de um conhecimento obtido
de forma natural, independente e desarticulado das
dimensões sobrenaturais, mitológicas, mágicas e/fantásticas
da realidade.
•A ciência resumia-se na busca pela verdade a qualquer custo,
almejava extrair todos os segredos que houvesse na natureza,
e para tanto deveria proceder rigorosa observação empírica,
lançando mão da imaginação, dos sentimentos e das emoções
quando investigava tanto os seres da natureza como os fatos e
acontecimentos humanos.
• TEORIA: reflexão sobre a realidade, que almeja
resultados práticos, a ação e a transformação da
realidade. Somente adquire o status de teoria
quando apresenta uma estrutura toda
organizada de princípios, categorias, métodos,
regras e leis que podem ser aplicados e
verificados diante de fatos, fenômenos do mundo
e da natureza.
• Kuhn (2000) afirma que as teorias não são
eternas, possuem certo tempo de validade e que
quando não dão conta de fornecer resultados e
respostas satisfatórios diante dos problemas e
fatos, fornecem as condições para que outras
teorias sejam apresentadas em seu lugar.
• PARADIGMA(científico): Os paradigmas são compostos
pelas realizações científicas que são reconhecidas
universalmente, são responsáveis por legitimar a
ciência feita e o conhecimento elaborado por um
determinado grupo ou nicho/campo de pesquisa.
• MÉTODO: Caminhos, procedimentos pelos quais se
chega a um determinado resultado coerente; técnicas
para realizar praticamente uma ação teórica; regras
racionais que regulamentam, metodizam a pesquisa
histórica no sentido de obter reconhecimento científico
e teor de verdade.
• Consiste no conjunto de elementos que compõe o
percurso, as regras e o tratamento investigativo,
analítico e crítico atribuídos ao passado (fatos e
fenômenos humanos e sociais); uma vez
coerentemente aplicados são responsáveis por conferir
ao conhecimento unidade, inteligibilidade e teor
científico.
PRINCIPAIS PARADIGMAS DO CONHECIMENTO
PARADIGMAS PRESSUPOSTOS REPRESENTANTES
POSITIVISMO
EMPIRISMO
MÉTODO
INDUTIVO:
O conhecimento é
obtido com base nos
fatos dados
da experiência vivida
no mundo
(empirismo).
Tem como finalidade
alcançar o formalismo
lógico-matemático e a
aplicação prática dos
conhecimentos
obtidos.
F. Bacon, T. Hobbes,
J. Locke, Hume, A.
Comte
PARADIGMAS PRESSUPOSTOS REPRESENTANTES
FUNCIONALISMO
RAZÃO
MÉTODO DEDUTIVO:
Dotado de uma unidade
funcional e coerência
interna.
Os elementos culturais
representam a ligação
de necessidade entre o
grupo humano e o meio
físico (necessidades
biológicas e os
imperativos
culturais).
Parte-se de uma teoria
geral para explicar o caso
particular
R . D e s c a r t e s ,
Spinoza, Leibniz
PARADIGMAS PRESSUPOSTOS REPRESENTA
NTES
MATERIALISMO
HISTÓRICO
METÓDO DIALÉTICO:
Considera relações concretas e
materiais como
suficientes para explicar os
fenômenos mentais,
sociais, históricos.
Karl Marx,
Friedrich
Engels
ESTRUTURALISMO MÉTODO SISTÊMICO:
Preocupa-se com
aspectos quantitativos dos
fenômenos e a interrelação
dos objetos que o compõe.
As estruturas pressupõem
relações, existem
conexões entre as partes de um
fenômeno.
Saussure,
Claude
L e v i - S t r a u
s s ,
Jacques Lacan.
•DISCURSO: O discurso é composto pelo universo de
experiências, referências e significados que compõem o
imaginário de quem redige e narra o passado. Estes são
oriundos das posições em que os indivíduos se encontram
ou querem alcançar, aos grupos aos quais se encontram
associados e filiados; aos ideais que defendem ou querem
galgar para si e para os demais integrantes e apoiadores.
•HISTORIOGRAFIA: Trata-se do estudo do processo de
redação da História propriamente dito, onde se procura
identificar de que forma os historiadores pesquisam,
organizam e narram o conhecimento, os métodos que
foram utilizados, os elementos discursivos, as categorias de
análise e interpretação, o repertório conceitual, o sentido e
o valor moral e ético que foi atribuído aos fatos e ações
humanas.
•EPISTEMOLOGIA: É um modo de tratar um problema nascido
de um pressuposto filosófico específico no âmbito de
determinada corrente filosófica. Estudo da natureza, das
origens e da validade de um determinado conhecimento.
Episteme significa também "lugar", local onde o homem se
instala, para conhecer e agir de forma apropriada e de acordo
com as regras estruturais daquela episteme.
•RAZÃO: Abbagnano (2007) descreve que consiste na base de
referenciais sob os quais é possível proceder a indagações e
investigações. Trata-se de uma faculdade que é reconhecida
no homem e não nas demais espécies e seres da natureza.
•Descartes (1979) identificou a razão ao bom senso e a
definiu como sendo a capacidade de bem julgar e de
distinguir o verdadeiro do falso; de ser um instrumento do
conhecimento provável, e não apenas do conhecimento
estabelecido.
• Para Hegel (1995) a razão é a identidade da
autoconsciência, do pensamento, da realidade, das
coisas e dos acontecimentos, como manifestação ou
determinação.
• IDEOLOGIA: Abbagnano (2007) descreve que o termo
foi criado por Destutt de Tracy, em 1801, para designar
"a análise das sensações e das ideias".
• A palavra ideologia é também empregada para designar
qualquer espécie de análise filosófica, ou uma doutrina
que possui validade objetiva e que é mantida em nome
dos interesses de quem a utiliza e se vale dela.
• Em meados do séc. XIX, a última noção de ideologia
passou a ser fundamental em meio ao paradigma
marxista, quando foi utilizada na interpretação da luta
dos trabalhadores operários contra a dominação dos
proprietários capitalistas e da sociedade burguesa.
• Segundo Marx (2010) é também pelas formas
ideológicas em que os homens tomam consciência da
sua condição de vida e das contrariedades que se
apresentam na vida material.
• Nesse sentido, pode-se entender ideologia como sendo
toda crença que é usada para o controle dos
comportamentos coletivos, entendendo-se o termo
crença, em seu significado mais amplo, como noção de
compromisso da conduta, que pode ter ou não
validade objetiva.
• DIALÉTICA: pode-se pensar que a dialética é um
processo em que há um adversário que é combatido ou
uma tese que será refutada, existem dois protagonistas
ou duas teses em debate, diálogo, conflito; ou então,
que é um processo resultante de conflito ou de
oposição entre dois princípios, dois momentos ou duas
atividades quaisquer.
• PROGRESSO: A noção de progresso é reconhecida como de
autoria de Francis Bacon, que a apresentou na obra Novum
Organum, publicada em 1620. Este conceito dominou as
manifestações da cultura ocidental do séc. XIX e ainda
continua sendo o pano de fundo de muitas concepções
filosóficas e científicas.
• Progresso refere-se, também, à emancipação humana, a
evolução do saber e da técnica, os desdobramentos cada vez
mais complexos, em que impera a racionalidade cumulativa e
progressiva, cada vez mais complexa.
• Esta expressão encontra-se relacionada à visão de acúmulo e
síntese do passado e como profecia realizável e triunfante no
futuro, que interpreta a humanidade como uma grande
estrutura, que ao longo das eras e épocas caminha
arduamente e constantemente a um desenvolvimento
glorioso, que conta com o campo técnico e científico como os
principais motores propulsores.
3 O CONTEXTO HISTÓRICO E INTELECTUAL DO ILUMINISMO... 12
• O Iluminismo, ou século das luzes ou da ilustração, foi um
movimento intelectual e cultural do século XVIII, que
almejava libertar o homem das crenças mitológicase de toda
herança dogmática da época medieval. Defendia os princípios
da razão crítica, do progresso, da autonomia dos indivíduos e
da liberdade de pensamento.
• Abbagnano (2007) descreve que é possível entender o
Iluminismo como uma linha filosófica que defende a razão
como crítica e guia a todos os campos da experiência
humana. Kant (1724-1804) defende que o Iluminismo contou
com o empirismo como um grande aliado, ambos garantiram
a abertura do domínio da ciência e, em geral, do
conhecimento, que por sua vez favoreceu à crítica da razão,
no sentido de que toda verdade poderia e deveria ser
colocada à prova, e eventualmente modificada, corrigida ou
abandonada.
• Dosse (2003) apresenta em 1880 que a História ganha um
estatuto próprio como disciplina e conhecimento científico,
separada da literatura. Fochi (2015) apresenta que quando os
primeiros diplomas em História foram emitidos,
imediatamente foram fundadas as primeiras revistas de
caráter erudito e científico.
• Rüsen (1997) explica que o Iluminismo deu o primeiro passo
na direção dos procedimentos de crítica das fontes e da
formulação de método histórico.
• Leis de Newton: compõem os princípios da mecânica e de
todo o pensamento moderno. As leis de Newton contêm o
princípio de ‘inércia’, em que todo corpo continua em seu
estado (repouso ou movimento) a menos que seja forçado a
mudar; o princípio de ‘dinâmica’ em que a mudança é
proporcional à força atribuída; e o princípio de ‘ação e reação’
em que para toda ação há sempre uma reação oposta e em
igual proporção.
• René Descartes (1596-1650) (eu que penso, logo existo)
Escreveu a obra Discurso sobre o método, (Discurso sobre o
método para bem conduzir a razão na busca da verdade
dentro da ciência) publicada no ano de 1637, na qual consta a
defesa da ideia de que para encontrar a verdade fazia-se
necessário empreender os procedimentos científicos tais
como: fragmentar, fracionar, romper em partes, reduzir,
dividir: quebrar a integridade dos seres e das coisas; o que
sustentaria basicamente todo sistema e paradigma chamado
cartesiano. Este paradigma possuía forte relação com
conhecimentos matemáticos e mecânicos, e buscava
essencialmente obter certeza e eliminar qualquer resquício
de dúvida tanto diante dos seres da natureza, fatos e
fenômenos sociais.
• Descartes rejeitava as formas de conhecimento do mundo
realizadas através dos sentidos, da intuição, da subjetividade
e dos sentimentos, defendendo a razão e o pensamento
como formas mais coerentes e significativas de conhecer.
• Para tanto, como método para realizar esta tarefa,
propôs que se faziam necessários os seguintes
procedimentos:
• VERIFICAR: evidências reais e indubitáveis acerca do
fenômeno ou coisa estudada.
• ANALISAR: dividir ao máximo as coisas, em suas
unidades mais simples e estudar essas coisas mais
simples.
• SINTETIZAR: agrupar novamente as unidades
estudadas em um todo verdadeiro.
• ENUMERAR: as conclusões e princípios utilizados, a
fim de estabelecer coerência e ordem do
pensamento.
• Descartes não identificava na História conhecimentos
coerentes e com potencial de verdade, pois considerava a
História (o estudo do passado) uma espécie de fuga da
realidade; que um estudioso, uma vez mergulhado no
passado, ficava estranho, indiferente ao momento presente, à
realidade; e de que as narrativas históricas resultavam do
conhecimento indireto do passado, e que eram
exageradamente fantasiosas, lendárias e fabulosas, não
dignas de confiança.
3.1 O EXEMPLO DE GIAMBATTISTA VICO... 14
• A obra de Vico se encontra em contraponto à duas tradições,
tanto a da época medieval como da época moderna, pois
procura desvencilhar-se da tradição que atribuía à história
uma finalidade teológica (época medieval), apresentava-se
como um erudito antirracionalista, assistemático, cujos
escritos eram de difícil leitura e interpretação, isto em pleno
Iluminismo, época em que vigorava o modelo cartesiano.
No que se refere em específico ao campo da história, Vico fez
inúmeras contribuições. Vico defendia que o processo de realização
do homem não se dava de forma linear e que não se encontrava em
marcha constante e que partia do homem natural ao homem
civilizado, do mitológico ao científico; mas que ocorria em uma
relação de integração progressiva, cíclica, espiralada, helicoidal, da
emoção à razão, da fantasia ao pensamento racional.
A DIVISÃO/EVOLUÇÃO DA HISTÓRIA SEGUNDO VICO
FASE/ERA DOS DEUSESDA INFÂNCIA, OU DOS SENTIDOS
FASE/ERA DOS HERÓIS
Pode ser ilustrada com as experiências da Grécia narrada por Homero
emIlíada e Odisseia (Ulisses, Aquiles e Teseu) e a Roma dos reis
(Rômulo). Os heróis, homens fortes, semideuses, passam a ganhar
importância diante dos desígnios dos deuses. Surgem as primeiras
instituições políticas, os governos são aristocráticos, ocorre a
construção das primeiras cidades. A estrutura social era mantida pela
autoridade, sem negociação e/ou discussão, pois a vontade de Deus
deveria ser atendida. Diferenciam-se os grupos sociais dos patrícios e
plebeus, que passam a se relacionar de forma hostil e conflituosa. O
pensamento e a linguagem são ao mesmo tempo poéticos, heroicos,
herméticos e religiosos.
• Quando predominavam os governos mágicos e divinos,
ou seja, teocráticos, ou repúblicas monásticas, geridas
por autoridades paternas. Centrada em tradições
religiosas surgem os primeiros códigos morais, os
matrimônios solenes, as famílias; sepultam e cultuam
seus mortos.
• Na civilização grega, pode ser identificada com a época
dos oráculos, das adivinhações entre os gregos. Júpiter
foi o grande deus deste período, que se manifestava
através de raios e trovões. O pensamento e linguagem
são cifrados, esotéricos, figurativos, em versos, com
acesso apenas à poetas teólogos, que decifravam as
mensagens e os mistérios das coisas (coisas com alma,
deuses). Coisas inanimadas ganham vida e paixão; a
fantasia e a fábula dão sentido ao mundo.
FASE/ERA DOS HOMENS LEIS RACIONAIS E UNIVERSAIS
•Corresponde à Grécia Clássica, à Roma Republicana e ao
mundo moderno. Processo longo e trabalhoso. Predomínio do
governo dos homens, repúblicas populares, porém de fortes
conflitos e tensões entre os grupos sociais, que almejavam por
igualdade.
•As distinções sociais são demarcadas pela capacidade de
trabalho. Criam-se as condições favoráveis ao desenvolvimento
da filosofia, centrada nas questões de verdade e justiça. O
reconhecimento dos direitos dos cidadãos fomenta a elaboração
dos códigos civis, a polis grega e o fórum romano são os espaços
primordiais destas realizações.
• As leis como a do dever, da consciência e da razão ganham
espaço e se tornam universais O pensamento e a linguagem são
populares, benignas, modestas, moderadas e de acesso a todos.
Ocorre o declínio da fantasia e da imaginação.
4 O IDEALISMO ALEMÃO: AS PERSPECTIVAS DE KANT E HEGEL SOBRE A
HISTÓRIA...18
• Immanuel Kant (1724-1804) tem sua produção intelectual e
filosófica denominada de filosofia crítica, idealismo
transcendental, que tinha como finalidade estabelecer um
método cognitivo e uma doutrina da experiência pelo uso da
razão que suplantasse a metafísica racionalista dos séculos XVII e
XVIII, que ele chamava de sono dogmático.
• A principal questão de Kant foi: com que direito e entre quais
limites a razão pode formular juízos sintéticos a priori sobre
dados do sentido? Pergunta que procurou responder na obra
‘Crítica da razão pura’, escrita entre os anos de 1781 e 1787.
• As contribuições de Kant à História estão no sentido de
favorecerem a compreensão da ideia de progresso da
humanidade na sua dimensão cultural.
• Para Kant os homens possuem planos e objetivos diversos, que
almejam por desenvolvimento, e que se movem numa dinâmica
do pior ao melhor, e que deve ser percebida e buscada ao longo
de toda a experiência humana e não localizada em experiências
individuais.
• Nos estudos de Kant percebe-se o forte afastamento da
noção de que a providência divina representava um
fator determinante da História, a ampla defesa da ideia
de racionalidadee de télos (fim/alvo) e de progresso,
que se há passos contínuos, conduziriam a humanidade
à emancipação plena.
• A história, guiada pela razão, seria a fonte maior a
partir da qual se alcançaria a liberdade e a perfeição
humana. Estas intenções contagiariam a humanidade e
se realizariam em escala universal. A ideia de uma
história universal se realizaria na conjugação das forças
do homem de posse e uso da razão apoiado nas
disposições da natureza.
• A ideia de história cosmopolita: Para Kant o fim
supremo da natureza seria um ordenamento
cosmopolita, em uma federação dos povos na qual
cada Estado seria tutelado por uma organização maior.
4.2 O PENSMENTO HEGELIANO: ESPÍRITO E RAZÃO
NA HISTÓRIA... 20
• Com a obra “Fenomenologia do espírito” pretendeu
mostrar que a ideia não é seguir o acumular do
desenvolvimento histórico da humanidade na
dimensão do tempo, mas de colher os momentos
estratégicos, de vicissitudes e ideais que são
responsáveis por conferir desenvolvimento ao
espírito. Para Hegel o desenvolvimento da realidade
passa por três momentos fundamentais: o da ideia,
o da natureza e o do espírito.
• Hegel defendeu que as paixões constituem o motor
primordial da história; que existe uma razão/sentido
por trás das ações humanas e que o pensamento
humano é capaz de captar a racionalidade na
história; substitui a história linear e progressista
pela noção da relação de contradição e dialética que
compõem a natureza de todas as coisas.
TÓPICO 2
O PENSAMENTO SÓCIO-
HISTÓRICO DO SÉCULO 
XVIII E XIX
• Auguste Comte (1798-1857) – obras: Curso de Filosofia Positiva –
6 volumes (1830-1842), Discurso Preliminar sobre o Espírito
Positivo (1844) e Sistema de Política Positiva – 4 volumes (1851-
1854).
• Comte defendeu a lei dos três estados pelos quais o espírito
humano percorre em seus estágios de desenvolvimento: estado
teológico ou fictício (fenômenos sobrenaturais); estado
metafísico ou abstrato (fenômenos da natureza); e o estado
científico ou positivo (fatos e leis que determinavam a
realidade): maneira de pensar positiva.
2 O POSITIVISMO COMTEANO: A FÍSICA 
SOCIAL E A HISTÓRIA ENQUANTO 
CIÊNCIA DO PASSADO... 32
• ESTADO TEOLÓGICO: Os fenômenos e fatos sociais são
explicados a partir de causas sobrenaturais ou vontades
divinas/transcendentais. O mundo e as relações
humanas tornam-se compreensíveis a partir do ponto
de vista da divina providência.
• ESTADO METAFÍSICO: É o estado de transição, no qual o
homem procura explicar os fenômenos que o rodeiam
através da abstração e da argumentação, fazendo com
que a metafísica deslegitime a influência da ideia
teológica, em que prevalece a subordinação da natureza
e do homem ao sobrenatural. Neste momento,
predomina o uso da razão e da especulação. É a fase em
que o espírito se prepara para a chegada da ciência.
• ESTADO POSITIVO: Se caracteriza pela subordinação da
imaginação e da argumentação, diante da observação.
Neste momento, ocorre o abandono da busca das causas
dos fenômenos (como fazia o teológico e metafísico).
• O homem procura compreender as ideias reais
dos fenômenos, através da observação direta e
da pesquisa das leis que regem os fenômenos,
que já são independentes da vontade de Deus
e dos homens.
• No pensamento positivista de Comte a
civilização material só poderia se desenvolver
se cada geração produzisse mais do que o
necessário para sua sobrevivência,
transmitindo assim à geração seguinte um
estoque de riqueza maior do que o recebido da
geração anterior.
• Comte foi um organizador que desejava manter
a propriedade privada e transformar seu
sentido, para que embora exercida por alguns
indivíduos, tivesse também uma função social
(catolicismo social).
OMATERIALISMO HISTÓRICO...34
• O centro do pensamento de Karl Marx
(1818-1883) reside em compreender e
denunciar as contradições do regime
capitalista.
• Quando Marx entra na Universidade, o
universo acadêmico e científico da época
era dominando pelas ideias de Hegel. Foi da
tese de Hegel de que “a consciência é que
determina a existência”, que Marx retirou a
sua principal chave de entendimento e
explicação do seu momento histórico, mas
agora com Marx na perspectiva inversa, a
de que é “a existência que determina a
consciência”.
• Portanto, para Marx, o mundo não se
transforma com o pensamento, com
críticas, o mundo se transforma pela ação
politicamente orientada, que ele preferiu
chamar de práxis, e que se faziam
necessárias tanto a explosão como a
revolução das antigas estruturas.
•No livro ‘A Ideologia alemã’, de 1846, Marx e Friedrich abordam
as bases do materialismo histórico, e procuram ao longo da obra
defender que o homem é fruto do seu trabalho e das relações
de produção, e não da vida espiritual e intelectual que levam.
Para Marx o trabalho é o que diferencia e distingue os seres
humanos de outras espécies.
•Dosse (2003) explica que no paradigma marxista a História
resulta de uma dinâmica dialética de transformação das
relações sociais de produção e das forças produtivas; e que as
contradições resultantes em meio a este processo é que são
responsáveis pelo processo de mudança/revolução na história.
•Em meio a isso o autor sugere que se faz necessária a práxis, ou
seja, a prática política orientada (por meio de sindicatos e
partidos políticos) para favorecer a conscientização dos
indivíduos dos processos de exploração, alienação e organização
da revolução que estão submetidos.
• O modo de produção é composto pelas forças de produção e
pelas relações de produção. As forças de produção são
compostas por materiais, tecnologias, instrumentos,
equipamentos.
• As relações de produção compostas pela dimensão política,
pelos aspectos jurídicos, pelas tradições religiosas, expressões
artísticas, correntes filosóficas, entre os homens.
SÍNTESE DO MODO DE PRODUÇÃO
MODO DE 
PRODUÇÃO
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
COMUNISMO 
PRIMITIVO
Trabalho em conjunto, os frutos do
trabalho eram propriedade coletiva,
relações de trabalho baseadas na
cooperação, os meios de produção
eram coletivos; não existia Estado,
não havia classes sociais.
Corresponde às primeiras
organizações humanas na história.
MODO DE PRODUÇÃO FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
SOCIEDADE TRIBAL
(ASIÁTICA)
Camponeses são os responsáveis pela
produção, a organização do trabalho era
compulsória, cujo excedente deveria ser
entregue ao Estado. Os integrantes do Estado
compunham o grupo de aristocratas. O
florescimento das atividades comerciais, o
crescimento da escravidão seguida de
rebeliões, a ambição pela propriedade privada
foram os fatores responsáveis pela decadência
deste modo de produção. São exemplos desta
forma de organização as civilizações da
Mesopotâmia e do Egito, as primeiras
sociedades da China, África, Índia e os povos
americanos.
MODO DE PRODUÇÃO FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
SOCIEDADE ANTIGA A sociedade basicamente se resumia em proprietários
de terras e escravos; e de outros, os próprios escravos
que eram as únicas forças de produção, entendidos e
tratados como animais e ferramentas, ou seja, também
como meios de produção. Os exemplos mais
expressivos são Grécia e Roma Antiga.
SOCIEDADE
FEUDAL
Senhores e servos/camponeses formavam os principais grupos
sociais. Os servos encontravam-se vinculados aos senhores por
laços de dependência para com moradia e terra para produzir os
itens de subsistência, em contrapartida deviam trabalhar, realizar
serviços (trabalho servil) no interior da propriedade do senhor
feudal, assim como entregar parte da produção obtida e se
submeter às leis políticas e religiosas. O enfraquecimento da
tutela religiosa, as crises nas colheitas as contradições entre
dominantes e dominados e o florescimento do comércio e da vida
nas cidades. Predominou na Europa Ocidental ao longo da Idade
Média.
MODO DE PRODUÇÃO FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
CAPITALISMO A propriedade privada e os meios de produção se
tornaram um privilégio de uma minoria de
capitalistas. O trabalhador vende sua força de
trabalho em troca de um salário (trabalho
assalariado).Divisão e especialização do trabalho. A
produção é organizada conforme as necessidades da
burguesia. Capitalistas e burgueses almejam a maior
obtenção de lucro possível. A produção passou a
ocorrer no interior de fábricas e indústrias. Foi um
modo de produção que passou a se fortalecer a partir
do século XV, XVI e se desenvolveu amplamente na
sociedade ocidental nos séculos XIX e XX. De
maneira resumida o capitalismo passou pelas fases
de acumulação primitiva de capital, predomínio do
capital mercantil na organização da produção,
capitalismo industrial e do capitalismo financeiro.
MODO DE PRODUÇÃO SEGUNDO MARX E ENGELS
• O modo de produção capitalista engendrava as
próprias contradições e crises, ou seja: A
produção cresce e fica sofisticado, enquanto as
relações de produção e a distribuição de renda
não se transformam no mesmo ritmo e
promovem o aumento da riqueza de uma minoria
(capitalistas e burgueses) e a pobreza crescente
da maioria (trabalhadores e proletários).
• Nessa direção: A luta de classes seria o motor da
história, responsável por promover as condições
necessárias à transformação, cujo fim era o de
alcançar uma sociedade mais justa e não
antagônica.
• Neste contexto: recaía ao proletariado o papel de ator
protagonista em fazer a revolução e transformar a
sociedade. Conforme defendiam estes estudiosos,
quando a classe proletária tomasse o poder, seria
abolida, por violência, a antiga relação de produção
(capitalista).
• A antiga sociedade seria substituída por uma
associação em que o livre desenvolvimento de cada
um desencadearia a condição do livre
desenvolvimento de todos
De forma resumida, o paradigma marxista apresenta a
seguinte perspectiva de história:
• A realidade social é mutável;
• A mudança está submetida à leis que se encaixam em
outras leis históricas;
• As mudanças tendem a momentos de equilíbrio
relativo
CONCEITOS DE ALIENAÇÃO SEGUNDO MARX E ENGELS
• Resulta da divisão do trabalho e que é responsável perda da totalidade
e da dignidade humana; classe social, que consiste em um grupo que
ocupa um lugar determinado no processo de produção. Para que uma
classe exista é preciso que haja a tomada de consciência da unidade e
sentimento de separação, até mesmo de hostilidade, de uma em
relação à outra; superestrutura e infraestrutura, em que a
superestrutura abarca as instituições jurídicas e políticas, bem como os
modos de pensar, as ideologias e as filosofias; e a infraestrutura, a base
econômica e produtiva da sociedade.
O MATERIALISMO DIALÉTICO
• A noção central do materialismo dialético residia no fato de que o
desenvolvimento de qualquer atividade humana se dava a partir de
contradições, no caso dos estudos do marxismo, os elementos que
protagonizavam esta contradição eram o proletariado e o
capitalista/burguês.
• A pauta da discussão do materialismo dialético residiu na proposta de
que o método utilizado para compreender os fenômenos da natureza e
gerar conhecimento deveria ser o dialético, e a interpretação, a base
conceitual de verificação deste conhecimento, de natureza materialista.
TÓPICO 3 – O HISTORICISMO DA 
SEGUNDA METADE DO SÉCULO 
XIX......................... 4
O historiador do historicismo
defendia que a história se constituía
pelas forças espirituais da ação
humana, o que implicava uma
espécie de autoafirmação de que a
classe média culta seria a classe
dotada de competência e
criatividade cultural e que deveria
dominar e conduzir as
transformações que se
encontravam em curso.
2. A HISTÓRIA, AS FONTES E A ESCRITA...45
• O documento que, para a escola historicista do fim do século
XIX e do início do século XX, foi o fundamento do ‘fato
histórico’, mesmo que resultasse da escolha, da decisão do
historiador, para aqueles historiadores apresentava-se por si
mesmo como a verdadeira ‘prova histórica’.
SÍNTESE DO PENSAMENTO HISTORICISTA
VARIÁVEIS HISTORICISMO: definições
OBJETO DE 
ESTUDO
O passado escrito, registrado em textos e documentos.
NOÇÃO DE 
TEMPO
Tempo curto (èvènementelle), acontecimentos e fatos
instantâneos, localizados; com a ideia do progresso simples
(linear) e cumulativo.
FONTES 
HISTÓRICAS
Documentos escritos e oriundos de instituições oficiais (Estado,
exército, marinha, diplomacia).
TÉCNICAS DE 
APOIO
Crítica interna e externa do documento, através das “ciências
auxiliares”: diplomática, numismática e paleografia.
O QUE É 
HISTÓRIA?
Uma ciência do passado.
RESULTADOS História essencialmente descritiva, narrativa, imparcial e
objetiva.
• Os historiadores se preocupavam no sentido de promover uma
acumulação volumosa de trabalhos científicos; os temas ganhavam
uma abordagem linear e eram enriquecidos pelos conhecimentos
advindos das áreas vizinhas como a antropologia, numismática,
paleografia, epigrafia, diplomacia, entre outras.
3 O EXEMPLO DE LEOPOLD VON RANKE (1795-1888)...47
• Foi responsável por defender o uso de método científico na pesquisa
histórica que privilegiava as fontes primárias e a erudição em meio à
narrativa. Ranke discursava que os profissionais da história deviam
estar comprometidos em apresentar o passado, transformado em
conhecimento histórico tal como o passado realmente foi, em um todo
coerente e inteligível, ou seja, que a narrativa fosse isenta dos
excessos do observador, em especial de julgamentos morais e
políticos.
• Ranke, assim como os demais historicistas de seu tempo, influenciados
pelas ciências sociais estavam imbuído de que a história se
caracterizava por generalizações ou leis.
• Ranke apresentava suas teorizações na tentativa de fazer contraponto
à tradição da filosofia especulativa e do moralismo religioso que
perduravam até então. Porém, suas teses acabaram por ser
indefensáveis; na perspectiva rankeana.
• Bastava reunir um número significativo de fatos bem
documentados e que já havia cumprido a função do
historiador e da história. E neste ponto, a reflexão teórica ou
filosofia trariam complicações ao conhecimento histórico,
pois levantavam dúvidas e especulações4.
4. PROBLEMA DA OBJETIVIDADE NA CIÊNCIA E NA HISTÓRIA...49
• Para os estudiosos do historicismo a objetividade na história
seria alcançada com a estratégia do recuo temporal, ou seja,
debruçar-se em temos de épocas remotas, distantes do
tempo presente (estudiosos da época moderna estudando
antiguidade e Idade Média).
• • Rüsen defende que a objetividade e/ou a parcialidade só
pode ser alcançada se o conhecimento for refletido
especificamente ao ponto de vista que integra tanto o seu
ponto de vista do historiador como os interesses que se
encontram no contexto político.
5.A PROBLEMÁTICA DA VERDADE NA HISTÓRIA...53
• À luz das análises de Foucault, fica explícita a
impossibilidade de neutralidade do conhecimento.
• Nos tempos atuais vivemos em uma sociedade que caminha
"ao compasso da verdade", no sentido de que se produz e
circulam discursos que funcionam como verdade, e que por
isso carregam e representam poderes específicos.
• Neste campo de forças, Foucault (1984) apresenta uma visão
de história da verdade que deve ser entendida como
"política da verdade", que almeja mostrar o caráter
eminentemente político da produção da verdade ou seja,
que leva em conta as condições políticas pelas quais o
conhecimento foi construído; para Foucault tratam-se de
elementos fundamentais da história dos saberes, dos quais
não podemos nos dar o privilégio de desconsiderar, ou
interpretar como sendo um véu ou um obstáculo.
Simulado
1. Para Marx e Engels o processo histórico obedece aos critérios
econômicos, que se encontram permeados pelos modos de produção,
pela divisão do trabalho e pelas diferentes formas de propriedade. Os
modos de produção tratam como uma sociedade em uma determinada
época e região se organizou para obter, produzir, distribuir e usufruir os
itens de necessidade material. Nesse sentido, o modo de produção é
composto pelas forças de produção e pelas relações de produção. As
forças de produção são compostas por materiais, tecnologias,
instrumentos, equipamentos;as relações de produção compostas pela
dimensão política, pelos aspectos jurídicos, pelas tradições religiosas,
expressões artísticas, correntes filosóficas, entre os homens.
Assinale a alternativa CORRETA correspondente ao modo de produção
da sociedade tribal:
A- A sociedade basicamente se resumia em proprietários de terras e
escravos.
B- Senhores e servos/camponeses formavam os principais grupos
sociais.
C- Camponeses são os responsáveis pela produção, a organização do
trabalho era compulsória, cujo excedente deveria ser entregue ao
Estado.
D- A propriedade privada e os meios de produção se tornaram um
privilégio de uma minoria de capitalistas.
2. Uma concepção teórico-filosófica que surgiu no século XIX
foi o marxismo. A teoria é oriunda do pensamento do filósofo
alemão Karl Marx (1818-1883). Sobre os preceitos da teoria
de Marx, analise as afirmativas a seguir:
I- O centro do pensamento de Karl Marx reside em
compreender e denunciar as contradições do regime
capitalista.
II- As principais influências ao pensamento de Marx foram
Hegel, Adam Smith e David Ricardo.
III- Para Marx, a sociedade humana passou vários estágios de
organização e produção, sendo eles: comunismo primitivo,
sociedade antiga, sociedade feudal tribal e capitalismo.
Assinale a alternativa CORRETA:
A- As afirmativas I e II são verdadeiras.
B- As afirmativas II e III são verdadeiras.
C- Somente a afirmativa I é verdadeira.
D-As afirmativas I e III são verdadeiras.
3. Descartes buscava provar a existência do próprio eu
(que duvida, portanto é sujeito de algo); que se
expressava na máxima "Ego cogito ergo sum", ("eu penso,
logo existo"). Rejeitava as formas de conhecimento do
mundo realizadas através dos sentidos, da intuição, da
subjetividade e dos sentimentos, defendendo a razão e o
pensamento como formas mais coerentes e significativas
de conhecer.
Assinale a alternativa CORRETA com relação a buscar
agrupar novamente as unidades estudadas em um todo
verdadeiro:
A- Sintetizar.
B- Enumerar.
C- Analisar.
D-Verificar.
4. A noção de progresso é reconhecida como de autoria de Francis Bacon, que
a apresentou na obra "Novum Organum", publicada em 1620. Este conceito
dominou as manifestações da cultura ocidental do século XIX e ainda continua
sendo o pano de fundo de muitas concepções filosóficas e científicas. Assim,
sobre esse conceito, analise as sentenças a seguir:
I- Progresso refere-se à emancipação humana, à evolução do saber e da
técnica.
II- Há desdobramentos cada vez mais complexos, em que impera a
racionalidade cumulativa e progressiva, cada vez mais complexa.
III- Essa expressão encontra-se relacionada à visão de acúmulo e síntese do
passado e como profecia realizável e triunfante no futuro, que interpreta a
humanidade como uma grande estrutura, que ao longo das eras e épocas
caminha arduamente e constantemente a um desenvolvimento glorioso.
IV- Conta com o campo técnico e científico como os principais motores
propulsores.
Assinale a alternativa CORRETA:
A- Somente a sentença I está correta.
B- Somente a sentença III está correta.
C- Somente a sentença II está correta.
D- As sentenças I, II, III e IV estão corretas.
5. O positivismo comteano almejava fundar uma nova ciência
e, a partir desta, analisar os problemas e conflitos e fornecer
soluções para eles.
Sobre o pensamento de Comte, assinale a alternativa
CORRETA:
A- Comte determinou que o poder do conhecimento passaria
para os sábios e cientistas e o poder material para as
indústrias e os industriais, configurando assim o
desenvolvimento científico e tecnológico.
B-Comte foi um organizador que não desejava manter a
propriedade privada e, sim, transformar seu sentido, para que
esta tivesse apenas uma função social.
C- O pensamento positivista caracterizava-se pela
previsibilidade, desenvolvimento da técnica e da ciência,
valorização da família, do trabalho industrial, do poder
material.
D- Conforme a filosofia positivista, para que o espírito
humano se desenvolva é necessário que o espírito humano
passe pelos estágios físico, metafísico e positivo
6. O conceito de dialética de acordo Hegel está relacionado à
síntese dos opostos, a resolução das contradições se move
dialeticamente. A dialética pode ser compreendida como
método da divisão entre bem e mal (platônica).
Nesse contexto, analise o processo da dialética e assinale a
alternativa CORRETA:
A- A dialética resulta de um conflito de opiniões, ou seja, é
um processo resultante de duas teses distintas.
B- A dialética resulta em fundamentos teóricos que
favorecem as opiniões consensuais, processo pelo qual se
faz a ciência.
C- A dialética resulta movimento intelectual de duas teses,
um processo resultante de ideias que têm o mesmo
objetivo.
D-A dialética resulta do raciocínio de consenso de duas
teses, ou seja, é um processo resultante da harmonia de
duas opiniões.
7. A Teoria da História conta com toda uma
identidade construída, porém o desafio está em
estabelecer as fronteiras entre a escrita da História
(historiografia), o estudo crítico, fazer a História da
História, pois a historiografia, mal consegue ser
separada de seu objeto mais evidente que é a
escrita da História.
Qual historiador discute esse contexto?
A- Jorn Rüsen.
B- Thomas S. Kuhn.
C- Kalina Vanderlei Silva.
D- Ciro Flamarion Cardoso.
8. Os pensadores alemães Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895)
dedicaram a trajetória política e intelectual em entender como funcionava a
sociedade industrial e revelar as contradições que o sistema capitalista estava
gerando no interior da sociedade europeia que acabava de se modernizar. As
preocupações e militância de ambos fizeram com que eles encontrassem inúmeros
adversários por onde passassem, ou seja, nos meios acadêmicos ou
econômicos/financeiros. Com relação às principais teorias defendidas por Marx e
Engels, analise as sentenças a seguir:
I- Os indivíduos determinam sua vida a partir das condições materiais, ou seja, das
circunstâncias estruturais com as quais se deparam e mobilizam para sobreviver.
II- Para romper com as condições estruturais da sociedade capitalista, se faz
necessária a luta de classes e a revolução, que deve ser conduzida pelo
proletariado.
III- No interior da sociedade capitalista, o que determina e rege a política são os
interesses econômicos dos grupos proprietários do capital.
IV- A existência de um indivíduo é determinada pela sua consciência, pelas
ideologias, pelas estruturas políticas e intelectuais que toda a sociedade possui.
Assinale a alternativa CORRETA:
A- As sentenças II, III e IV estão corretas.
B- As sentenças I, II e III estão corretas
C- As sentenças II e IV estão corretas
D- As sentenças I e IV estão corretas.
9. O Iluminismo foi um movimento intelectual e cultural do século
XVIII. Este ficou conhecido como século das luzes devido à
ascensão do pensamento Iluminista que reconfigurou o mundo no
âmbito social, econômico, político e científico. A esse respeito,
classifique V para as sentenças verdadeiras e F para as falsas:
( ) O Iluminismo foi um movimento que tentou buscar um
rompimento com a mentalidade medieval e acreditava na
ideologia do progresso.
( ) O Iluminismo almejava libertar o homem das crenças
mitológicas e de toda herança dogmática da época medieval.
( ) O Iluminismo não foi uma invenção da sociedade de sua época
propriamente dita, sustentava-se em bases teóricas que já haviam
sido defendidas ainda na Antiguidade.
( ) O Iluminismo almejava superar a tradição teológica e favorecer
a transição a uma sociedade científica e industrial.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
A- F - V - V - V.
B- V - V - F - F.
C- V - V - V - F.
D-V - F - V - F.
10. Leopold Von Ranke se destacou na Alemanha por
defender um método científico para produção do
conhecimento histórico.
Sobre a abordagem de Ranke para História, assinale a
alternativa CORRETA:
A- O seu método científico privilegiava as fontes
primárias e a erudição em meio à narrativa.
B- O seu método científico privilegiava as fontes
primárias e o estudo dacultura como elemento
primordial do conhecimento histórico.
C- O seu método científico privilegiava as fontes
imagéticas e a objetividade para a escrita da História.
D- O seu método científico privilegiava o que fico
conhecido como “História vista de baixo”, isto é, um
estudo voltado para os grupos marginalizados na
História.
Bons 
estudos!

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