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RESUMO - TIPOS DE PACIENTES O PACIENTE ANSIOSO O reconhecimento da ansiedade se faz pelas manifestações psíquicas e somáticas que a acompanham: inquietude, voz embargada, mãos frias e sudorentas, taquicardia e boca seca. Alguns pacientes esfregam as mãos sem interrupção, enquanto outros têm as tremulas. Bocejos repetidos ou fumar um cigarro atrás do outro também indicam o desejo inconsciente de o enfermo reforçar suas defesas psicológicas. O examinador: Deve demonstrar segurança e tranquilidade, conduzindo a entrevista sem precipitar a indagação dos fatos que possam avivar ainda mais a ansiedade do paciente. É preferível gastar alguns minutos conversando sobre fatos aparentemente desprovidos de valor, de modo a dar tempo para um certo relaxamento da tensão. Por outro lado, não são corretar nem surtem efeito as tentativas de “acalmar” o paciente exortando-o a ficar tranquilo e dizendo de antemão que ele não tem nada ou que sua doença não é grave. O PACEINTE DEPRIMIDO O paciente deprimido aparenta desinteresse por si mesmo e pelas coisas que acontecem ao seu redor. Tem forte tendência a se isolar e durante a entrevista reluta em descrever seus padecimentos, ignorando ou respondendo pela metade ás nossas perguntas. É comum que se ponha cabisbaixo, os olhos sem brilho, a face toda exprimindo tristeza, não sendo raro que caia em pranto durante o exame. Relata choro fácil e imotivado, despertar precoce, inapetência, redução da capacidade de trabalho e perda da vontade de viver. O examinador: É necessário conquistar sua atenção e sua confiança. Só se consegue isto demonstrando sincero interesse pela sua pessoa. Moderada dose de otimismo deve transparecer na linguagem e no comportamento do médico. O PACIENTE QUE CHORA A primeira coisa é fazer é deixa-lo chorar sem indagação e sem querer consola-lo com palavras vazias ou exortações inúteis. Os pacientes quase sempre se sentem embaraçados quando acabam de chorar, mas confessam que estão aliviados e a entrevista pode ser retomada até com mais facilidade. As lagrimas podem representar o início de uma relação médico – paciente em nível mais profundo e, portanto, de melhor qualidade. Pequenos gestos um leve toque na mão do paciente ou palavras de compreensão, ou apenas um silencio respeitoso, podem ajudar o paciente a sair daquela situação, que não deve prolongar-se demasiadamente. O PACIENTE PUSILÂNIME É o que tem medo exagerado de tudo. Seus receios são relacionados à própria doença ou a exames a que será submetido. Uma palavra de esclarecimento pode ser suficiente para vencer estes temores e nos momentos precisos há que mostrar firmeza e energia para que o paciente supere sua pusilanimidade. O PCAIENTE VERBORRÉICO É o que fala muito, com irresistível tendência para descrições minuciosas e cheias de interpretações pessoais a respeito de fatos relacionados com a sua doença e com episódios de sua vida, desprovidos de interesse do ponto de vista médico. Este paciente precisa ser reconduzido a todo momento ao relato de seus sintomas. O examinador: Consegue uma atitude correta juntando compreensão e firmeza, que acabarão por conter o paciente dentro de certos limites sem, no entanto, provocar o paciente dentro de certos limites sem, no entanto, provocar inibições. O PACIENTE HOSTIL Muitas situações podem determinar este comportamento. Doenças incuráveis ou estigmatizastes costumam induzir, gradativamente, uma atitude de hostilidade contra o médico ou contra a medicina de maneira geral. Operações malsucedidas, complicações terapêuticas ou decisões errôneas de outros médicos podem provocar um comportamento hostil que o paciente não é capaz de esconder diante dos médicos de uma maneira geral. No fundo, ele perde a crença na medicina. O examinador: A pior conduta consiste em adotar uma posição agressiva, revidando com palavras ou atitudes a hostilidade do paciente. Serenidade e autoconfiança são qualidade básicas do examinador. O PACIENTE AGITADO A agitação pode ser leve, traduzida apenas pelo fato de o paciente não conseguir ficar deitado ou sentado, ou intensa quando, então, torna-se inquieto, reclamando em voz alta, não aceitando que seja examinado ou medicado podendo chegar à agressividade. O examinador: N a agitação leve, a maneira como o médico se comporta pode ser suficiente para acalmar o paciente. Nos casos mais graves o paciente fica inacessível e não consegue dominá-lo, sendo necessário. O PACIENTE EUFÓRICO O paciente eufórico fala e movimenta-se exageradamente. Sente-se muito forte e sadio e fica fazendo referência as suas qualidades. Seu pensamento é rápido, muda de assunto inesperadamente, podendo haver dificuldade de ser compreendido. O PACIENTE RETARDADO É fácil reconhecer este tipo de paciente e é preciso fazê0lo para que se adote raciocínio simples e linguagem adequada, ao nível da compreensão do doente. Do contrario, ele se retrairá ou nos dará respostas simplesmente despropositadas, pelo simples fato de não estar compreendendo nossa conversa. Prefere retrair-se do que deixar transparecer a incapacidade de nos entender. O examinador: pPerguntas simples e diretas, usando apenas palavras corriqueiras, ordens precisas e curtas e muita paciência são os ingredientes para se conseguir um bom relacionamento com tal tipo de paciente. O PACEINTE PSICÓTICO O paciente psicótico diferencia-se do neurótico por ter uma doença mental. O neurótico não tem uma enfermidade especifica ele está neurótico. No paciente psicótico consegue-se ao exame clinico delimitar o início da doença, que é marcado pela interrupção do sentido da continuidade existencial. É a pessoa que tinha uma vida normal e, a partir de um dado momento, passa apresentar uma das alterações anteriormente referidas. Com o paciente neurótico isso não ocorre. Ele reage neuroticamente tanto do ponto de vista psíquico como somático, porem mantem um comportamento logico e compreensível. Já o psicológico vive em um mundo incompreensível do ponto de vista fenomenológico. O PACIENTE HIPOCONDRÍACO É o que tem mania de doença e gosta de relatar seus padecimentos. São pessoas muito sugestionáveis e precisamos ter cuidado na maneira de falar com elas, pois frequentemente a partir de uma explicação mal compreendida desenvolvem novas fantasias que vão juntar-se às que elas próprias engendraram. O hipocondríaco sempre tem alguns diagnósticos a oferecer à guisa de queixas. O examinador: Contradizê-lo não ajuda em nada. Ridicularizá-lo só trará dificuldades no estabelecimento de uma boa relação médico/paciente. Ouvi-lo com paciência e compreensão e atitudes firmes bem fundamentadas são as qualidades necessárias no relacionamento com o paciente hipocondríaco. O PACIENTE SURDO OU MUDO A comunicação entre o médico e um paciente que não fala ou não escuta depende do interesse do primeiro e da inteligência do segundo. Tais situações, é obvio, a anamnese terá de ser resumida aos dados essenciais, e suas possibilidades de ajuda no diagnostico terão sido irremediavelmente restringidas. Contudo, as poucas informações que se conseguem poderão ser cruciais para correta orientação diagnóstica. O PACIENTE EM ESTADO GRAVE É necessário ser objetivo e só fazer o que for estreitamente necessário para colher os dados que permitirão o diagnóstico. As perguntas têm de ser diretas e objetivas, pois a capacidade de colaborar está reduzida, e todas as manobras devem ser feitas com a preocupação de não aumentar o sofrimento do paciente. O PACIENTE TERMINAL Conceituar o paciente terminal é uma tarefa difícil. Em senso estrito, paciente terminal é o que sofre de uma doença incurável em fase avançadae para o qual não há recursos médicos capazes de alterar o prognóstico de morte a curto prazo. A relação médico-paciente e nos casos terminais costuma ser difícil e causadora de perturbação emocional para o médico. Muitos médicos têm grande dificuldade de relacionar com estes pacientes.
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