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PRATICANDO DIREITO EMPRESARIAL E DO CONSUMIDOR 1. Itens iniciais Apresentação Praticar é fundamental para o seu aprendizado. Sentir-se desafiado, lidar com a frustração e aplicar conceitos são essenciais para fixar conhecimentos. No ambiente Praticando, você terá a oportunidade de enfrentar desafios específicos e estudos de caso, criados para ampliar suas competências e para a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos. Objetivo Ampliar competências e consolidar conhecimentos através de desafios específicos e estudos de caso práticos. 1. Estudo de caso Desafios na Formalização: O Caminho de Marcos para Expandir sua Confecção Marcos é um empresário que atua no ramo de confecção de roupas e possui uma pequena empresa em Curitiba, Paraná. Recentemente, ele decidiu expandir seus negócios e formalizar a sua empresa, visando atrair novos investidores e obter financiamentos para aumentar a produção. Para isso, Marcos optou por transformar sua empresa individual em uma sociedade limitada. No entanto, ao buscar registrar a nova sociedade na Junta Comercial, ele se deparou com uma série de exigências burocráticas e altos custos, o que dificultou o processo de formalização. Além disso, Marcos descobriu que seu sócio, Pedro, não poderia atuar como administrador da sociedade devido a uma restrição legal que ele desconhecia. A falta de conhecimento sobre as regras específicas para a constituição e administração de sociedades empresárias e as dificuldades financeiras para atender às exigências legais têm atrasado a expansão dos negócios de Marcos e causado frustração. Diante da situação de Marcos, analise os principais obstáculos enfrentados na formalização de sua sociedade limitada e discuta possíveis soluções para superar essas dificuldades, levando em consideração as disposições legais e práticas mencionadas no Código Civil brasileiro. Considere, também, a importância do planejamento e da orientação jurídica adequada nesse processo. Justifique sua resposta com base nos conhecimentos teóricos e práticos do Direito Empresarial. Chave de resposta Marcos enfrenta uma série de obstáculos na formalização de sua sociedade limitada, que incluem a complexidade burocrática, os custos elevados e a falta de conhecimento sobre as restrições legais para a administração da sociedade. Primeiramente, é crucial que Marcos compreenda que a burocracia envolvida no registro de sociedades é uma medida para assegurar a legalidade e a transparência das atividades empresariais. No entanto, ele pode mitigar esses desafios por meio de um planejamento adequado e uma consulta prévia a especialistas em Direito Empresarial. Contratar um advogado especializado pode ajudar Marcos a entender melhor as exigências legais e a identificar possíveis alternativas para reduzir os custos, como a escolha de uma modalidade de sociedade que melhor se adapte à sua realidade financeira. Uma solução prática seria Marcos e Pedro avaliarem outras formas de sociedade, como a Sociedade Limitada Unipessoal, que poderia simplificar o processo administrativo e reduzir custos iniciais, especialmente se Marcos estiver disposto a assumir a responsabilidade integral pela administração. Além disso, Marcos pode buscar parcerias com escritórios de contabilidade e advocacia que ofereçam pacotes acessíveis para pequenas empresas. Outra medida seria a busca por financiamentos e programas de incentivo oferecidos por entidades governamentais ou privadas que apoiem a formalização e o crescimento de pequenas empresas. Para superar a restrição legal enfrentada por Pedro, é fundamental que Marcos verifique as condições específicas que impedem Pedro de atuar como administrador e explore outras opções, como a nomeação de um terceiro administrador que atenda aos requisitos legais, ou a reavaliação do papel de Pedro na sociedade, para que ele possa contribuir de outras formas sem assumir a administração. A orientação jurídica adequada e o planejamento estratégico são essenciais para que Marcos consiga formalizar sua sociedade limitada e, assim, promover a expansão de seus negócios de maneira segura e eficiente. Para saber mais sobre esse conteúdo, acesse: Módulo 2: Sociedade Limitada: " A sociedade limitada é composta por apenas uma categoria de sócios, denominados de cotistas. O capital social desse tipo de sociedade é constituído com a soma dos valores das cotas sociais, ou seja, é formado pelo aporte que cada sócio faz, retirando de seu patrimônio pessoal para integrar o patrimônio social. Pode ser em dinheiro ou em bens, conferindo direitos e deveres a cada um, especialmente de participar de seu resultado, sendo positivo ou negativo”. “A administração da sociedade limitada poderá ser feita por mais de uma pessoa, sócios ou terceiros, não necessariamente designadas no contrato social, podendo ser por ato separado. O terceiro que for nomeado administrador só poderá ser investido como tal após a lavratura do termo de posse no livro de atas da administração”. Sociedade Simples: “A grande aposta da Lei de Liberdade Econômica, com a criação da sociedade unipessoal de responsabilidade limitada, é a de que a sociedade limitada unipessoal (SLU) será o modelo de sociedade mais utilizado futuramente por causa de suas facilidades”. Módulo 3: Atos Constitutivos e Elementos do Contrato. “Não basta a elaboração de um excelente contrato social se este não for devidamente registrado na Junta Comercial! Enquanto os atos constitutivos não forem registrados, a sociedade será regida pelas regras de uma sociedade comum, ou seja, os sócios responderão integralmente com seus respectivos patrimônios pelas dívidas da sociedade.” Restrição da Constituição Societária “Em relação aos requisitos e às exigências para a criação de sociedades em determinados setores, tem-se que estes possuem algum elemento ou característica que os distinguem dos demais e, por isso, necessitam de mais atenção do Estado, por parte do próprio Poder Executivo ou por meio de suas agências reguladoras, que estabelecem certos critérios e restrições a serem seguidos”. 2. Desafios Direito empresarial sociedades regulamentadas no código civil Desafio 1 Um consultor em uma empresa deseja entender as características de diferentes tipos de sociedades para tomar uma decisão sobre qual formato societário adotar. Durante uma reunião com os diretores, eles questionam sobre a definição de sociedades simples e como elas são diferentes das sociedades empresárias. A tarefa do consultor é explicar a definição e exemplos de sociedades simples. Qual das opções a seguir descreve uma sociedade simples? A Uma sociedade anônima que explora atividades industriais. B Uma sociedade gerida por contadores para fabricação de software de uso na área da contabilidade. C Um consultório odontológico formado por dentistas. D Uma sociedade em comandita simples voltada para atividades comerciais. E Uma empresa de tecnologia que desenvolve software. A alternativa C está correta. A) Uma sociedade anônima que explora atividades industriais: Incorreta. Sociedades anônimas são classificadas como sociedades empresárias, pois sua principal atividade é a exploração de atividades econômicas organizadas de forma empresarial, incluindo industriais e comerciais. Estas sociedades possuem um capital dividido em ações e visam ao lucro através da produção e comercialização em grande escala. B) Uma sociedade gerida por contadores para fabricação de software de uso na área da contabilidade: Incorreta. Embora a atividade desenvolvida possa ser específica e técnica, o desenvolvimento e comercialização de software configuram uma atividade econômica organizada típica de uma sociedade empresária, não de uma sociedade simples. A produção e venda de software implica uma estrutura empresarial e fins lucrativos típicos de uma empresa. C) Um consultório odontológico formado por dentistas: Correta. Sociedades simples são caracterizadas pela prestação de serviços pessoais, científicos, literários ou artísticos pelos próprios sócios.critério visa assegurar que o processo ocorra onde as operações mais relevantes da empresa são realizadas. C) O do local da sede da administração: Incorreta. O local da administração pode ser diferente do principal estabelecimento, especialmente em empresas com múltiplas unidades operacionais. A lei prioriza o local onde as principais atividades econômicas são realizadas para assegurar uma administração mais eficiente do processo de recuperação. D) O do local de domicílio do empresário, do sócio majoritário ou acionista controlador: Incorreta. O domicílio dos indivíduos não é considerado relevante para determinar a competência do juiz no processo de recuperação judicial. A lei foca no principal estabelecimento da empresa para garantir a eficácia do processo. E) O do local de constituição da empresa individual ou da sociedade empresária: Incorreta. A constituição da empresa pode ocorrer em um local diferente do principal estabelecimento. A prioridade é dada ao local onde se concentram as atividades operacionais e administrativas mais significativas. Ponto de retorno Módulo 1 - Fases do processo de recuperação "O processo de recuperação deve ser proposto no lugar do principal estabelecimento do devedor, mesmo local onde deve ser requerida a falência e a homologação do plano de recuperação extrajudicial, conforme o artigo 3º da Lei nº 11.101/2005. O principal estabelecimento, em geral, é o lugar da sede, seja porque o devedor não tem filial, seja porque a sede é, de fato, o lugar central das atividades." Desafio 3 Você está assessorando um pequeno empresário que está considerando solicitar recuperação judicial, mas ele não tem certeza se se enquadra nos requisitos para tal procedimento. É importante esclarecer que nem todas as entidades são elegíveis para recuperação judicial por meio de plano especial. Quais entidades não são legitimadas para requerer recuperação judicial por meio de plano especial? A Sociedades cooperativas. B Microempreendedores individuais. C Empresários de pequeno porte. D Microempresários. E Sociedades limitadas enquadradas como microempresa. A alternativa A está correta. A) Sociedades cooperativas: Correta. As sociedades cooperativas estão excluídas do plano especial de recuperação judicial. A Lei nº 11.101/2005 não contempla cooperativas para este tipo de recuperação, uma vez que elas operam sob um regime jurídico diferenciado, baseado em princípios de ajuda mútua e gestão democrática, distintos dos princípios empresariais comuns. B) Microempreendedores individuais: Incorreta. Os microempreendedores individuais (MEI) estão incluídos entre os beneficiários do plano especial de recuperação judicial. Este plano foi concebido para simplificar e reduzir os custos do processo para pequenas empresas, oferecendo uma solução viável para microempresários em dificuldades financeiras. C) Empresários de pequeno porte: Incorreta. Os empresários de pequeno porte são contemplados pela Lei nº 11.101/2005 para utilizar o plano especial de recuperação judicial. Este plano proporciona um procedimento mais ágil e menos oneroso, adequado às necessidades específicas das pequenas empresas. D) Microempresários: Incorreta. As microempresas podem utilizar o plano especial de recuperação judicial, destinado a oferecer um processo simplificado e com custos reduzidos, conforme a legislação específica. Este plano visa facilitar a recuperação de microempresários em crise. E) Sociedades limitadas enquadradas como microempresa: Incorreta. As sociedades limitadas que se enquadram como microempresas têm direito ao plano especial de recuperação judicial. Este plano especial é desenhado para atender às necessidades dessas pequenas empresas, proporcionando um procedimento menos complexo e mais acessível. Ponto de retorno Módulo 1 - Plano especial de recuperação "Para ter acesso ao plano especial de recuperação, é preciso que o devedor esteja enquadrado como microempresa ou empresa de pequeno porte. [...] O plano especial não dá ao devedor a liberdade para escolher o meio de recuperação que melhor atenda às suas necessidades. [...] Se, por um lado, a lei simplifica a elaboração do plano, não sendo necessária confecção de laudo ou gastos com serviços de terceiros, pois ele já tem cláusulas preestabelecidas, por outro, restringe o devedor à simples adesão a ele, sem praticamente nenhuma flexibilidade." Desafio 4 Como administrador judicial, uma profissional é responsável por várias despesas necessárias para a condução do processo de falência de uma sociedade empresária. Uma dessas despesas inclui o pagamento de custas para a expedição de certidões de registro de imóveis. Essas despesas são realizadas após a decretação da falência. Nesse contexto, como essas despesas devem ser classificadas? A Extraconcursal. B Fiscal, de titularidade da União. C Subordinado. D Com privilégio geral. E Com privilégio especial. A alternativa A está correta. A) Extraconcursal: Correta. As despesas realizadas após a decretação da falência, como as custas para a expedição de certidões de registro de imóveis, são classificadas como créditos extraconcursais. Esse tipo de crédito tem prioridade sobre os demais, pois são essenciais para a administração da massa falida e para a continuidade do processo. Os créditos extraconcursais são aqueles que surgem após a abertura do processo de falência e estão relacionados diretamente com a administração e liquidação dos bens da massa falida, garantindo a eficiência e legalidade das operações realizadas pelo administrador judicial. B) Fiscal, de titularidade da União: Incorreta. Créditos fiscais referem-se a dívidas tributárias devidas ao governo e não incluem despesas administrativas como as custas de expedição de certidões. Esses créditos têm uma classificação distinta e não são considerados extraconcursais, pois não estão diretamente relacionados à administração do processo falimentar. C) Subordinado: Incorreta. Créditos subordinados são aqueles que têm menor prioridade de pagamento e são satisfeitos após todos os outros créditos, incluindo os extraconcursais e concursais. Eles não são aplicáveis às despesas administrativas necessárias para a condução do processo de falência. D) Com privilégio geral: Incorreta. Créditos com privilégio geral têm prioridade sobre créditos comuns, mas ainda assim não se aplicam às despesas administrativas diretas do processo de falência. As despesas extraconcursais têm uma prioridade específica por serem essenciais para a gestão da massa falida. E) Com privilégio especial: Incorreta. Créditos com privilégio especial são garantidos por direitos reais específicos, como hipotecas e penhores. As despesas administrativas do processo de falência, como custas para expedição de certidões, não se enquadram nessa categoria e são classificadas como extraconcursais devido à sua importância para a administração do processo. Ponto de retorno Módulo 2 – Classificação dos créditos na falência "Como exceção ao princípio da igualdade de tratamento entre os credores do devedor, a Lei nº 11.101, em seu artigo 83, estabelece uma ordem de pagamento entre os credores do falido, denominados “concursais”. Cabe salientar que os credores, cujos créditos surgirem após a decretação da falência, em razão de obrigações assumidas pela massa falida ou despesas do processo, por exemplo, são considerados extraconcursais, pagos preferencialmente em relação aos créditos concursais." Direito do consumidor Desafio 1 Imagine que um consultor jurídico contratado por uma empresa para revisar e garantir a conformidade das suas práticas comerciais com a legislação brasileira. Durante a análise, ele se depara com diversas atividades empresariais e precisa identificar quais entidades são classificadas como fornecedores segundo o Código de Defesa do Consumidor. Qual entidade pode corresponder à definição de fornecedor? A Poder Executivo. B Poder Legislativo. C Órgão de Proteção ao Crédito. D Pessoa jurídica que adquire produtos como destinatáriofinal. E Empresa estrangeira que comercializa produtos no Brasil. A alternativa E está correta. A) Poder Executivo: Incorreta. O Poder Executivo é uma das três divisões do governo responsável pela implementação e administração das leis, mas não se enquadra na definição de fornecedor, que envolve atividades comerciais específicas. O Código de Defesa do Consumidor (CDC) define fornecedor como aquele que participa de atividades de produção, criação, construção, comercialização ou prestação de serviços, o que não se aplica ao Poder Executivo, que tem funções administrativas e de governo. B) Poder Legislativo: Incorreta. O Poder Legislativo é responsável pela criação de leis e regulamentos, não atuando como fornecedor de produtos ou serviços conforme definido pelo CDC. A sua principal função é legislar e fiscalizar as ações do Executivo, e não realizar atividades comerciais ou prestar serviços diretamente ao consumidor. C) Órgão de Proteção ao Crédito: Incorreta. Órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa, são entidades que monitoram e registram a solvência de consumidores, mas não desempenham atividades de produção, montagem ou comercialização de produtos e serviços. Eles servem para auxiliar na análise de crédito e na tomada de decisões financeiras, mas não atuam como fornecedores. D) Pessoa jurídica que adquire produtos como destinatário final: Incorreta. Esta definição é de consumidor que é definido como a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviços como destinatário final. A definição de fornecedor é distinta e envolve a produção e comercialização. Consumidores são a parte protegida pelo CDC, não a que realiza as atividades comerciais definidas para fornecedores. E) Empresa estrangeira que comercializa produtos no Brasil: Correta. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, que desenvolve atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos, ou prestação de serviços. Essa definição abrange um amplo espectro de atividades comerciais e é essencial para identificar as partes responsáveis nas relações de consumo. Ponto de Retorno Módulo 2 - Fornecedor "Enquanto o consumidor é definido no art. 2º do CDC, o fornecedor está descrito em seu art. 3º. Segundo o dispositivo legal, “fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços”. Da redação da lei é possível perceber que é ampla a caracterização de um fornecedor, cuja qualificação não se limita às atividades descritas no disposto legal transcrito." Desafio 2 Um advogado de uma empresa de comércio eletrônico precisa orientar os clientes sobre os direitos relacionados às compras realizadas pela internet. Um cliente entra em contato com ele para saber se pode desistir de uma compra feita online e quais são os prazos e condições para exercer esse direito. Se um consumidor realizar uma compra por meio de um site na internet, ele tem o direito de desistir da compra? Em caso afirmativo, qual é o prazo e as condições para que essa desistência seja válida? A Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o produto. B Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir. C Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet. D Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência. E Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 17 dias depois que recebe o produto, desde que apresente motivos para sua desistência. A alternativa D está correta. A) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o produto: Incorreta. O prazo correto para o direito de arrependimento em compras feitas fora do estabelecimento comercial, incluindo pela internet, é de sete dias, não 30 dias. Esse direito é garantido pelo artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que assegura o prazo de sete dias para a desistência da compra sem a necessidade de justificar o motivo. B) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir: Incorreta. O consumidor tem o direito de arrependimento de sete dias para desistir da compra feita fora do estabelecimento comercial, independentemente de apresentar vício. Isso é um direito assegurado pelo CDC para proteger o consumidor em situações de compras à distância, onde ele não pode verificar fisicamente o produto antes da compra. C) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet: Incorreta. O direito de arrependimento é específico para compras feitas fora do estabelecimento comercial, incluindo a internet, e não se aplica a compras feitas na própria loja. Essa proteção é voltada justamente para situações em que o consumidor não tem a oportunidade de avaliar o produto pessoalmente. D) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência: Correta. A legislação brasileira prevê que o consumidor pode exercer o direito de arrependimento em até sete dias após a compra fora do estabelecimento comercial, sem necessidade de justificativa. Isso inclui compras feitas pela internet, por telefone ou em domicílio, garantindo ao consumidor a possibilidade de avaliar o produto com calma após o recebimento. E) Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 17 dias depois que recebe o produto, desde que apresente motivos para sua desistência. Incorreta. A legislação brasileira prevê que o consumidor pode exercer o direito de arrependimento em até sete dias após a compra fora do estabelecimento comercial, sem necessidade de justificativa. Essa proteção é voltada justamente para situações em que o consumidor não tem a oportunidade de avaliar o produto pessoalmente. Ponto de Retorno: Módulo 3 - Publicidade " Pelo direito de arrependimento, o consumidor que adquire um produto ou serviço a distância tem o direito de, até sete dias após o recebimento da coisa, se arrepender e devolvê-la, mediante a restituição de eventuais valores pagos. Trata-se, pois, de um eficaz instrumento de proteção contra a publicidade enganosa ou abusiva porque o consumidor, submetido a essa forma de propaganda, pode ser induzido a comprar um produto ou serviço que não quer ou que não precisa, de modo que lhe deve ser assegurado o direito de devolver o bem após recebê-lo e ter contato físico com ele, pois é só nesse momento que o consumidor tem a exata ciência e dimensão do que adquiriu.." Desafio 3 Um advogado especializado em Direito do Consumidor foi contratado para dar uma palestra sobre a importância do Código de Defesa do Consumidor. Durante sua apresentação, ele destaca a definição de consumidor e a relevância desse conceito para a proteção dos direitos dos indivíduos nas relações de consumo. A Lei Federal n° 8.078/1990, conhecida como Código de Defesa do Consumidor, estabelece normas de proteção e defesa do consumidor. De acordo com o artigo 3º desse código, como se define um consumidor? A Ente despersonalizado que comercializa produtos. B Bem imóvel imaterial. C Pessoa jurídica que adquire produtos na qualidade de destinatária final.D Atividade de natureza securitária. E Mercado de consumo. A alternativa C está correta. A) Ente despersonalizado que comercializa produtos: Incorreta. Fornecedor é definido como toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que desenvolve atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. A definição de fornecedor inclui aqueles que estão na cadeia de produção e oferta de bens e serviços, enquanto o consumidor é a parte que adquire esses bens ou serviços para uso pessoal. B) Bem imóvel imaterial: Incorreta. Produto refere-se aos bens ou serviços oferecidos no mercado, mas não define o papel de consumidor na relação de consumo. Produtos são os objetos de consumo, não os consumidores em si. A definição de consumidor é focada naqueles que utilizam ou adquirem esses produtos. C) Pessoa jurídica que adquire produtos na qualidade de destinatária final: Correta. Consumidor é definido no art. 2º do CDC como toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final, ou a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. Essa definição é central para o Código de Defesa do Consumidor, pois estabelece quem são os indivíduos protegidos pela legislação consumerista. O consumidor é a parte mais vulnerável na relação de consumo, necessitando de proteções específicas para garantir seus direitos. D) Atividade de natureza securitária: Incorreta. Serviço é uma atividade fornecida pelo fornecedor ao consumidor, mas não se refere à definição de quem é o consumidor. Serviços são as atividades ofertadas no mercado, não os consumidores que usufruem desses serviços. E) Mercado de consumo: Incorreta. Mercado de consumo é o ambiente onde ocorrem as transações entre consumidores e fornecedores, mas não define quem é o consumidor. O mercado de consumo envolve toda a dinâmica de oferta e demanda, enquanto o consumidor é a parte específica que adquire bens ou serviços dentro desse mercado. Ponto de Retorno: Módulo 1 - Consumidor "O primeiro e principal sujeito a ser identificado e conceituado é o consumidor. Sua definição é encontrada no art. 2º do CDC, segundo o qual: “Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final”. Nada obstante, essa caracterização reclama o atendimento de um requisito essencial: ser destinatário final dos produtos e serviços adquiridos ou utilizados. Isso significa que, para a caracterização de um consumidor, é preciso que ele seja um destinatário final dos produtos e serviços comercializados por um fornecedor, retirando os bens do mercado ou da cadeia de fornecimento." Desafio 4 Vera é representante autônoma de uma linha de produtos de maquiagem e apresentou uma promoção para Ana, que adquiriu os produtos. No momento do pagamento, foi informada que a promoção não estava mais válida e teria que pagar o valor integral. Ana entrou com ação contra Vera e a empresa fornecedora. Qual seria a decisão correta sobre a responsabilidade e legitimidade passiva? A Legitimidade da fornecedora da maquiagem, que é solidariamente responsável pelos atos de seus representantes autônomos. B Ilegitimidade da empresa, por ser Vera representante autônoma e quem agiu de forma imprudente. C Ilegitimidade da fornecedora da maquiagem, que responderia somente se a vendedora autônoma não pudesse ser encontrada. D Legitimidade de ambas as indicadas no polo passivo, sendo a responsabilidade de Vera de natureza subjetiva, e exige a comprovação do dolo. E Legitimidade da fornecedora da maquiagem e ilegitimidade de Vera, pois se trata de oferta, o que vincula apenas a fornecedora do produto e afasta a responsabilidade da vendedora. A alternativa A está correta. A) Legitimidade da fornecedora da maquiagem, que é solidariamente responsável pelos atos de seus representantes autônomos: Correta. A empresa fornecedora é solidariamente responsável pelos atos praticados por seus representantes autônomos, conforme estabelecido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), que prevê a responsabilidade solidária dos fornecedores pelos atos de seus representantes. Isso significa que a empresa de maquiagem deve responder pelas ações de Vera, já que ela agiu em nome da empresa ao oferecer a promoção. A solidariedade na responsabilidade garante que o consumidor não fique desamparado ao buscar seus direitos. B) Ilegitimidade da empresa, por ser Vera representante autônoma e quem agiu de forma imprudente: Incorreta. A responsabilidade solidária entre a empresa e seus representantes autônomos implica que a empresa também é responsável pelos atos praticados por Vera. Mesmo que Vera tenha agido de forma imprudente, a empresa de maquiagem é igualmente responsável, pois ela representa a empresa na comercialização dos produtos. C) Ilegitimidade da fornecedora da maquiagem, que responderia somente se a vendedora autônoma não pudesse ser encontrada: Incorreta. A responsabilidade solidária implica que a empresa pode ser responsabilizada independentemente da localização da vendedora autônoma. A empresa não pode transferir toda a responsabilidade para a vendedora autônoma, mesmo que ela tenha sido a responsável direta pela oferta da promoção. D) Legitimidade de ambas as indicadas no polo passivo, sendo a responsabilidade de Vera de natureza subjetiva, e exige a comprovação do dolo: Incorreta. A responsabilidade solidária não exige comprovação de dolo para que a empresa seja responsabilizada. A responsabilidade da empresa e de Vera é objetiva, ou seja, não depende da intenção ou culpa da vendedora autônoma para que a empresa seja responsabilizada. E) Legitimidade da fornecedora da maquiagem e ilegitimidade de Vera, pois se trata de oferta, o que vincula apenas a fornecedora do produto e afasta a responsabilidade da vendedora: Incorreta. A responsabilidade solidária implica que tanto a fornecedora quanto a vendedora podem ser responsabilizadas pelos atos praticados. A vendedora autônoma não está isenta de responsabilidade, mas a empresa deve responder conjuntamente por seus atos. Ponto de Retorno: Módulo 2 Responsabilidade dos fornecedores pelos vícios do produto ou do serviço "Constatada a existência de vício de qualidade e de quantidade do produto ou do serviço, todos os integrantes da cadeia de consumo são responsáveis pelo reparo. Tem-se, pois, na expressão jurídica, uma responsabilidade solidária entre todos, abrangendo o fabricante, o produtor, o distribuidor e o comerciante, enfim, todos os que participaram da cadeia até a chegada do produto ou do serviço às mãos do consumidor." Módulo 3 Oferta “Além disso, preenchendo os requisitos mínimos de uma proposta, a oferta vincula o fornecedor, que fica obrigado a cumpri-la. Segundo o art. 30, do CDC, a proposta ou publicidade suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação que evidencie tratar-se de uma oferta de contratar, obriga o fornecedor nas condições ofertadas”. 3. Conclusão Considerações finais Parabéns! Incluir exercícios em sua rotina de estudos te auxilia a fixar, aplicar e desenvolver a capacidade de resolver problemas! Continue, o processo de aprender é contínuo e seu esforço fundamental. Compartilhe conosco como foi sua experiência com este conteúdo. Por favor, responda a este formulário de avaliação e nos ajude a aprimorar ainda mais a sua experiência de aprendizado! https://forms.office.com/r/JXV3zaZitX https://forms.office.com/r/JXV3zaZitX PRATICANDO 1. Itens iniciais Apresentação Objetivo 1. Estudo de caso Desafios na Formalização: O Caminho de Marcos para Expandir sua Confecção 2. Desafios Direito empresarial sociedades regulamentadas no código civil Noções básicas de sociedade limitada e sociedade anônima Exercício identificação da empresa e obrigações do empresário Títulos de crédito e contratos empresariais Recuperação de empresase falência Direito do consumidor 3. Conclusão Considerações finaisUm consultório odontológico formado por dentistas exemplifica uma sociedade simples, pois os sócios, que são profissionais liberais, atuam diretamente na prestação dos serviços, sem se caracterizar como uma atividade empresarial organizada. D) Uma sociedade em comandita simples voltada para atividades comerciais: Incorreta. Sociedades em comandita simples são um tipo de sociedade empresária, pois têm como objetivo a exploração de atividades econômicas comerciais. A figura do sócio comanditário, que apenas investe capital sem participar da gestão, reforça seu caráter empresarial. E) Uma empresa de tecnologia que desenvolve software: Incorreta. Uma empresa de tecnologia dedicada ao desenvolvimento de software é considerada uma sociedade empresária. Sua atividade requer organização empresarial e está voltada para o mercado, caracterizando-se pela busca de lucro através da inovação tecnológica e comercialização de seus produtos. Ponto de retorno Módulo 2 – Sociedades Simples “São sociedades que desenvolvem atividades não empresariais formadas por duas ou mais pessoas, visando ao lucro, mas sem a existência do elemento empresa, isto é, a atividade econômica organizada, pois cada um dos sócios participa diretamente com seu intelecto, de natureza científica, literária ou artística, para que os resultados possam aparecer, como as sociedades de médicos, odontólogos, contadores etc." Desafio 2 Uma profissional está prestando consultoria jurídica para uma empresa que enfrenta problemas financeiros e considera a possibilidade de utilizar a teoria reversa da desconsideração da personalidade jurídica. Durante uma reunião, os diretores pedem uma explicação detalhada sobre quando essa teoria pode ser aplicada e como ela difere da desconsideração tradicional. A tarefa dela é esclarecer essa questão. Em que situação é aplicada a teoria reversa da desconsideração da personalidade jurídica? A Quando a sociedade utiliza o patrimônio dos sócios para pagar suas dívidas. B Quando há confusão patrimonial entre diferentes empresas. C Quando um sócio esconde seu patrimônio pessoal utilizando a sociedade. D Quando a sociedade é utilizada para fins ilícitos. E Quando a empresa está em processo de falência. A alternativa C está correta. A) Quando a sociedade utiliza o patrimônio dos sócios para pagar suas dívidas: Incorreta. Essa situação é mais comum na aplicação da desconsideração tradicional da personalidade jurídica, onde se busca atingir o patrimônio dos sócios para satisfazer obrigações da sociedade. A teoria reversa, por sua vez, tem um enfoque diferente. B) Quando há confusão patrimonial entre diferentes empresas: Incorreta. A confusão patrimonial pode justificar a desconsideração da personalidade jurídica, mas esta situação específica geralmente é tratada dentro do escopo tradicional da desconsideração, não da teoria reversa. C) Quando um sócio esconde seu patrimônio pessoal utilizando a sociedade: Correta. A teoria reversa da desconsideração da personalidade jurídica é aplicada quando um sócio utiliza a sociedade para ocultar ou proteger seu patrimônio pessoal de credores. Nesse caso, a desconsideração visa atingir os bens pessoais do sócio que se beneficia indevidamente da separação patrimonial oferecida pela pessoa jurídica. D) Quando a sociedade é utilizada para fins ilícitos: Incorreta. O uso ilícito da sociedade pode levar à desconsideração da personalidade jurídica tradicional. A teoria reversa foca mais na proteção do patrimônio pessoal do sócio através da sociedade, não necessariamente em atividades ilícitas per se. E) Quando a empresa está em processo de falência: Incorreta. A falência da empresa pode levar à investigação e possível desconsideração da personalidade jurídica, mas essa condição não é específica à aplicação da teoria reversa. A falência normalmente aciona outros mecanismos legais de responsabilização dos sócios e administradores. Ponto de retorno Módulo 3 - Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica " TEORIA REVERSA DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA A jurisprudência também tem trabalhado com a teoria reversa da desconsideração da personalidade jurídica, ou seja, quando, em função de dívidas pessoais do sócio, ele utiliza a sociedade para encobrir o seu patrimônio e não arcar com as suas obrigações perante os seus credores pessoais. Nesse contexto, também deve estar presente a figura da confusão patrimonial entre a sociedade e o sócio. Ocorre que, inicialmente, a legislação não conceituou o que seria o abuso da personalidade jurídica, ou mesmo a situação de confusão patrimonial, deixando uma larga margem de discricionariedade para o juiz decidir." Desafio 3 Uma analista financeiro é contratado para assessorar uma empresa que pretende abrir seu capital na bolsa de valores. Em uma reunião, os diretores pedem uma explicação sobre a diferença entre uma companhia aberta e uma fechada, conforme as normas da Lei nº 6.404. A tarefa dela é detalhar esses conceitos e sua aplicação prática. Uma companhia é considerada aberta quando: A seus títulos são emitidos no exterior. B seus ativos permanentes são disponibilizados para venda. C suas debêntures são emitidas no exterior. D suas ações podem ser negociadas na bolsa de valores. E suas ações não são negociadas no mercado. A alternativa D está correta. A) Seus títulos são emitidos no exterior: Incorreta. A emissão de títulos no exterior não é o fator determinante para classificar uma companhia como aberta. O critério principal é a negociação dos valores mobiliários no mercado interno, especificamente na bolsa de valores. B) Seus ativos permanentes são disponibilizados para venda: Incorreta. A disponibilização de ativos permanentes para venda não define a classificação de uma companhia como aberta ou fechada. Esta ação pode ser realizada por qualquer tipo de companhia, independentemente de sua classificação quanto ao mercado de capitais. C) Suas debêntures são emitidas no exterior: Incorreta. Assim como a emissão de títulos, a emissão de debêntures no exterior não classifica a companhia como aberta. A definição de companhia aberta está vinculada à negociação de suas ações no mercado doméstico. D) Suas ações podem ser negociadas na bolsa de valores: Correta. Uma companhia é considerada aberta quando suas ações são admitidas à negociação na bolsa de valores. Isso implica em uma série de requisitos regulatórios e de governança corporativa que a empresa deve cumprir, proporcionando maior transparência e acesso a uma base mais ampla de investidores. E) Suas ações não são negociadas no mercado: Incorreta. Se as ações de uma companhia não são negociadas no mercado, ela é considerada uma companhia fechada. Este tipo de companhia tem restrições quanto à transferência de ações e não está sujeita às mesmas exigências de divulgação de informações que uma companhia aberta. Ponto de retorno Módulo 2 - Sociedade Anônima "A sociedade anônima (SA) é aquela pessoa jurídica de direito privado de natureza mercantil que possui o seu patrimônio dividido em ações, limitando a responsabilidade dos acionistas ao preço de emissão de ações subscritas ou adquiridas. A SA está regulamentada pela Lei nº 6.404/76. São possíveis duas espécies de sociedades anônimas: Abertas, que registram seus valores mobiliários na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os negociam no mercado de valores mobiliários; e Fechadas, que não possuem registro na CVM, e os valores mobiliários são negociados diretamente por seus fundadores na constituição, e pelos diretores após a constituição." Desafio 4 Você foi convidado para ingressar em uma sociedade empresária de responsabilidade limitada, que já opera há mais de seis anos. Sua participação seria de 1% do capital social, no valor de R$ 100,00. Após seis meses de sua entrada, você foi acionado judicialmente por um fornecedor da sociedade, que cobra R$ 10.000,00 por uma dívida não paga. É essencial entender a extensão de sua responsabilidade como sócio nessa situação.Marque a alternativa correta: A A cobrança é indevida uma vez que a responsabilidade do sócio quotista na sociedade de responsabilidade limitada é limitada às suas respectivas cotas. B A cobrança é possível, desde que não tenham sido integralizadas as cotas por parte dos demais sócios. C A cobrança é indevida, uma vez que os sócios não podem ser responsabilizados por dívidas contraídas pela sociedade empresária. D A cobrança é possível, mas apenas para o sócio que possui maior quantidade de cotas, por ser este o responsável pelas contas da sociedade empresária. E A cobrança é indevida pois existe um período de vacância de um ano entre a data de ingresso do sócio e a data que ele passa a assumir as obrigações pela sociedade. A alternativa B está correta. A) A cobrança é indevida uma vez que a responsabilidade do sócio quotista na sociedade de responsabilidade limitada é limitada às suas respectivas cotas: Incorreta. Em uma sociedade limitada, a responsabilidade dos sócios é, de fato, limitada ao valor de suas cotas. No entanto, essa limitação se aplica somente após a integralização do capital social. Se as cotas não estiverem integralizadas, os sócios podem ser responsabilizados solidariamente até que o capital seja totalmente integralizado. B) A cobrança é possível, desde que não tenham sido integralizadas as cotas por parte dos demais sócios: Correta. A responsabilidade dos sócios em uma sociedade limitada é limitada ao valor das suas cotas, desde que essas cotas estejam integralizadas. Caso contrário, todos os sócios são solidariamente responsáveis pela integralização do capital, permitindo a cobrança das dívidas da sociedade até que o capital esteja completamente integralizado. C) A cobrança é indevida, uma vez que os sócios não podem ser responsabilizados por dívidas contraídas pela sociedade empresária: Incorreta. Esta alternativa está equivocada porque, embora a responsabilidade dos sócios seja limitada às suas cotas, eles ainda podem ser responsabilizados solidariamente pelas dívidas da sociedade se as cotas não estiverem integralizadas. D) A cobrança é possível, mas apenas para o sócio que possui maior quantidade de cotas, por ser este o responsável pelas contas da sociedade empresária: Incorreta. A responsabilidade pelas dívidas da sociedade não recai somente sobre o sócio majoritário. Todos os sócios são solidariamente responsáveis pela integralização do capital social, independentemente da quantidade de cotas que possuem. E) A cobrança é indevida pois existe um período de vacância de um ano entre a data de ingresso do sócio e a data que ele passa a assumir as obrigações pela sociedade: Incorreta. Não há um período de vacância de um ano para que o sócio passe a assumir obrigações pela sociedade. A responsabilidade dos sócios começa no momento em que ingressam na sociedade e estão sujeitos às obrigações imediatamente, de acordo com os termos do contrato social. Ponto de retorno Módulo 2 – Sociedade Limitada " A sociedade limitada é composta por apenas uma categoria de sócios, denominados de cotistas. O capital social desse tipo de sociedade é constituído com a soma dos valores das cotas sociais, ou seja, é formado pelo aporte que cada sócio faz, retirando de seu patrimônio pessoal para integrar o patrimônio social. Pode ser em dinheiro ou em bens, conferindo direitos e deveres a cada um, especialmente de participar de seu resultado, sendo positivo ou negativo. Uma das maiores características dessa sociedade, que se tornou o modelo mais utilizado no país, é a limitação da responsabilidade de cada sócio ao que cada um tenha de cotas na sociedade, ainda que todos respondam solidariamente pela integralização do capital social ‒ por isso, também é chamada de sociedade por cotas de responsabilidade limitada. Saiba mais A integralização das cotas é uma etapa muito relevante no processo de construção da sociedade porque, caso as cotas não sejam integralizadas, os sócios respondem pela integralização." Noções básicas de sociedade limitada e sociedade anônima Desafio 1 Uma sociedade limitada está passando por um processo de aumento de capital social, e um dos sócios quer entender seus direitos durante essa fase. Ele está preocupado principalmente com a sua participação na sociedade e a possibilidade de aumento de sua quota. Com base no Código Civil e nos direitos dos sócios, é necessário esclarecer como funciona o direito de preferência na subscrição de novas quotas e quais são as condições para exercê-lo. Qual é a alternativa correta que descreve o direito de preferência dos sócios em caso de aumento do capital social? A O direito de preferência para subscrição de novas quotas é exclusivo do sócio majoritário, independente da proporção de suas quotas. B Os sócios têm o direito de preferência para subscrição de novas quotas apenas se forem administradores da sociedade. C Todos os sócios têm direito de preferência para subscrição de novas quotas, devendo exercê-lo na proporção de suas quotas atuais e dentro de 30 dias após a deliberação do aumento de capital. D O direito de preferência para subscrição de novas quotas é conferido apenas aos sócios fundadores da sociedade, conforme estipulado no contrato social. E Os sócios podem exercer o direito de preferência para subscrição de novas quotas somente após consulta aos credores da sociedade. A alternativa C está correta. A) O direito de preferência para subscrição de novas quotas é exclusivo do sócio majoritário, independente da proporção de suas quotas: Incorreta. O direito de preferência é concedido a todos os sócios, não apenas ao sócio majoritário. A legislação assegura que todos possam manter sua participação proporcional na sociedade. B) Os sócios têm o direito de preferência para subscrição de novas quotas apenas se forem administradores da sociedade: Incorreta. O direito de preferência é um direito dos sócios, independentemente de serem ou não administradores da sociedade. C) Todos os sócios têm direito de preferência para subscrição de novas quotas, devendo exercê-lo na proporção de suas quotas atuais e dentro de 30 dias após a deliberação do aumento de capital: Correta. Esta alternativa está em conformidade com o artigo 1081, parágrafo 1º, do Código Civil, que estabelece que todos os sócios têm direito de preferência para subscrição de novas quotas na proporção de suas quotas atuais e devem exercer esse direito dentro de 30 dias após a deliberação. D) O direito de preferência para subscrição de novas quotas é conferido apenas aos sócios fundadores da sociedade, conforme estipulado no contrato social: Incorreta. O direito de preferência é um direito geral dos sócios e não se limita apenas aos sócios fundadores, salvo disposição específica no contrato social que não pode contrariar a lei. E) Os sócios podem exercer o direito de preferência para subscrição de novas quotas somente após consulta aos credores da sociedade: Incorreta. Não há exigência legal de consulta aos credores para o exercício do direito de preferência na subscrição de novas quotas pelos sócios. Ponto de Retorno: Módulo 1 – Direitos e Deveres dos Sócios "Direito de preferência para subscrição de novas quotas em caso de aumento do capital, até 30 dias após a deliberação, na proporção das quotas de que sejam titulares (artigo 1081, parágrafo 1º, do Código Civil)." Desafio 2 Em uma sociedade limitada, a responsabilidade dos sócios é um tema crucial para garantir a segurança jurídica e a correta gestão da empresa. Um sócio deseja ceder sua quota para um terceiro, mas está preocupado com as obrigações que pode ter após a cessão. Com base nos deveres dos sócios estabelecidos pelo Código Civil, especialmente no que se refere à responsabilidade dos sócios após a cessão de quotas, qual das alternativas a seguir está correta? A Após a cessão de suas quotas, o sócio fica completamente isento de qualquer responsabilidade em relação às obrigações sociais, desde que o contrato social não preveja o contrário. B O sócio cedente respondesolidariamente com o cessionário pelas obrigações sociais que tinha enquanto sócio, pelo prazo de dois anos após a averbação da modificação do contrato social. C A responsabilidade do sócio cedente pelas obrigações sociais é imediatamente transferida ao cessionário no momento da cessão das quotas, sem qualquer período adicional de responsabilidade. D Os sócios que cedem suas quotas ficam responsáveis pelas obrigações sociais apenas se houver uma cláusula expressa no contrato social estipulando tal responsabilidade. E A responsabilidade do sócio cedente é limitada apenas às obrigações fiscais da sociedade, e estas devem ser cumpridas integralmente pelo cessionário a partir da cessão. A alternativa B está correta. A) Após a cessão de suas quotas, o sócio fica completamente isento de qualquer responsabilidade em relação às obrigações sociais, desde que o contrato social não preveja o contrário: Incorreta. O Código Civil estabelece que o sócio cedente continua responsável pelas obrigações sociais durante um período de dois anos após a cessão, independentemente de qualquer cláusula contratual em contrário. B) O sócio cedente responde solidariamente com o cessionário pelas obrigações sociais que tinha enquanto sócio, pelo prazo de dois anos após a averbação da modificação do contrato social: Correta. Esta alternativa está de acordo com o artigo 1003, parágrafo único, do Código Civil, que estipula a responsabilidade solidária do sócio cedente com o cessionário pelo período de dois anos. C) A responsabilidade do sócio cedente pelas obrigações sociais é imediatamente transferida ao cessionário no momento da cessão das quotas, sem qualquer período adicional de responsabilidade: Incorreta. O sócio cedente continua responsável pelas obrigações sociais por um período de dois anos após a cessão. D) Os sócios que cedem suas quotas ficam responsáveis pelas obrigações sociais apenas se houver uma cláusula expressa no contrato social estipulando tal responsabilidade: Incorreta. A responsabilidade solidária do sócio cedente é estabelecida por lei, independentemente de qualquer disposição contratual. E) A responsabilidade do sócio cedente é limitada apenas às obrigações fiscais da sociedade, e estas devem ser cumpridas integralmente pelo cessionário a partir da cessão: Incorreta. A responsabilidade do sócio cedente abrange todas as obrigações sociais e não se limita apenas às fiscais. Ponto de Retorno Módulo 1 - Direitos e deveres dos sócios "Em caso de cessão de sua quota, o ex-sócio tem o dever de responder solidariamente com o cessionário (sócio atual) pelas obrigações que tinha quando era sócio, pelo prazo de dois anos depois de averbada a modificação do contrato (artigo 1003, parágrafo único, do Código Civil); Também há o dever de o ex-sócio ou os seus herdeiros responderem pelas obrigações sociais anteriores, até dois anos após ser averbada a alteração do contrato de sociedade, nos casos de retirada, exclusão ou morte do sócio (artigo 1.032 do Código Civil)." Desafio 3 Como gestor de uma sociedade empresária, você está revisando as modalidades societárias permitidas pelo ordenamento jurídico brasileiro e precisa assegurar que a sociedade limitada está em conformidade com as regulamentações aplicáveis. Analise as características a seguir e assinale a opção correta. A É obrigatória a existência de, pelo menos, dois sócios nesse tipo de sociedade. B A sociedade limitada por prazo determinado dissolve-se por deliberação da maioria absoluta dos sócios. C A responsabilização dos sócios é solidária até o valor de suas quotas em relação à integralização do capital social. D A administração atribuída no contrato a todos os sócios se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade. E Na formação do capital social, é possível a contribuição mediante prestação de serviços. A alternativa C está correta. A) É obrigatória a existência de, pelo menos, dois sócios nesse tipo de sociedade: Incorreta. Embora historicamente a sociedade limitada exigisse a presença de dois ou mais sócios, atualmente, com a figura do sócio único prevista na legislação brasileira, é possível constituir uma sociedade limitada com apenas um sócio. Isso se deve à introdução da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI), que permite a criação de uma empresa com um único titular. B) A sociedade limitada por prazo determinado dissolve-se por deliberação da maioria absoluta dos sócios: Incorreta. A dissolução de uma sociedade limitada por prazo determinado não ocorre simplesmente pela deliberação da maioria absoluta dos sócios. Existem procedimentos e requisitos específicos para a dissolução, incluindo a necessidade de respeitar os termos do contrato social e a legislação aplicável, que pode exigir uma deliberação unânime ou outros mecanismos legais para tal decisão. C) A responsabilização dos sócios é solidária até o valor de suas quotas em relação à integralização do capital social: Correta. Os sócios de uma sociedade limitada são responsáveis solidariamente pela integralização do capital social. Isso significa que, até que o capital social seja totalmente integralizado, todos os sócios podem ser chamados a responder pelas obrigações da sociedade, mesmo que individualmente tenham cumprido sua parte no aporte de capital. Esta responsabilidade solidária garante a proteção dos credores e a estabilidade financeira da sociedade. D) A administração atribuída no contrato a todos os sócios se estende de pleno direito aos que posteriormente adquiram essa qualidade: Incorreta. A administração de uma sociedade limitada, quando atribuída no contrato a todos os sócios, não se estende automaticamente aos novos sócios que ingressem posteriormente. A designação de administradores deve ser feita de maneira formal e específica, não se aplicando de forma automática a novos sócios sem a devida alteração do contrato social e registro apropriado. E) Na formação do capital social, é possível a contribuição mediante prestação de serviços: Incorreta. Na sociedade limitada, a contribuição para o capital social não pode ser feita exclusivamente mediante prestação de serviços. O capital social deve ser formado por bens ou dinheiro, que podem ser avaliados e integralizados de forma objetiva. A contribuição de serviços pode ser parte do contrato social, mas não pode constituir o capital social principal da sociedade. Ponto de Retorno: Módulo 1 - Deveres dos sócios "Os sócios devem responder pelas obrigações sociais até o valor de suas quotas e, solidariamente, pela integralização do capital social. O sócio, admitido em sociedade limitada já constituída, não se exime das dívidas sociais anteriores à admissão (artigos 1052 e 1025 do Código Civil). Desafio 4 Em uma companhia de capital aberto, a definição e a classificação das ações são fundamentais para determinar os direitos e vantagens dos acionistas. Considerando a Lei nº 6404, de 1976, e a natureza das ações ordinárias e preferenciais, qual das alternativas a seguir descreve corretamente a distinção entre esses tipos de ações? A Ações ordinárias conferem direito de voto e participação nos lucros, mas não oferecem nenhuma vantagem adicional em termos de preferências de pagamento. B Ações preferenciais conferem exclusivamente o direito de voto em deliberações sociais, sem vantagens patrimoniais. C Ações ordinárias e preferenciais conferem os mesmos direitos aos acionistas, sendo a escolha entre elas irrelevante para fins de participação nas decisões da companhia. D Ações preferenciais podem oferecer vantagens patrimoniais ou políticas em relação às ações ordinárias, conforme regulado pelo estatuto da companhia. E Ações ordinárias são obrigatoriamente emitidas em menor quantidade do que as preferenciais e são reservadas para membros da diretoria. A alternativa D está correta. A) Ações ordinárias conferem direito de voto e participação nos lucros, mas não oferecem nenhuma vantagem adicional em termos de preferências de pagamento: Incorreta.Embora as ações ordinárias confiram direito de voto e participação nos lucros, elas não oferecem vantagens adicionais de preferência de pagamento, ao contrário das ações preferenciais que podem ter tais vantagens. B) Ações preferenciais conferem exclusivamente o direito de voto em deliberações sociais, sem vantagens patrimoniais: Incorreta. As ações preferenciais geralmente não conferem direito de voto, mas sim vantagens patrimoniais ou outras vantagens que podem ser definidas pelo estatuto da companhia. C) Ações ordinárias e preferenciais conferem os mesmos direitos aos acionistas, sendo a escolha entre elas irrelevante para fins de participação nas decisões da companhia: Incorreta. As ações ordinárias e preferenciais conferem direitos diferentes; por exemplo, as ordinárias geralmente dão direito a voto, enquanto as preferenciais podem conceder vantagens patrimoniais. D) Ações preferenciais podem oferecer vantagens patrimoniais ou políticas em relação às ações ordinárias, conforme regulado pelo estatuto da companhia: Correta. As ações preferenciais podem oferecer vantagens específicas, como prioridade no recebimento de dividendos ou em caso de liquidação da companhia, conforme estipulado pelo estatuto. E) Ações ordinárias são obrigatoriamente emitidas em menor quantidade do que as preferenciais e são reservadas para membros da diretoria: Incorreta. Não há exigência legal de que as ações ordinárias sejam emitidas em menor quantidade ou que sejam reservadas para membros da diretoria; a quantidade e a distribuição são determinadas pela companhia de acordo com seus interesses e regras estatutárias. Ponto de Retorno Módulo 2 – As ações "O acionista tem direitos essenciais previstos no artigo 109 da Lei nº 6404, de 1976, dos quais se destaca o direito de crédito eventual em face da companhia pela participação nos lucros sociais. O estatuto deve fixar o número das ações em que se divide o capital social e as ações, conforme a natureza dos direitos ou das vantagens que confiram a seus titulares, são ordinárias, preferenciais, ou de fruição. As ações ordinárias não oferecem qualquer tipo de vantagem de cunho patrimonial ou político aos acionistas. Possuem apenas os direitos básicos previstos em lei e outros porventura outorgados pelo estatuto. Em contrapartida, têm assegurado o direito de voto nas deliberações sociais, conforme prevê o artigo 110 da Lei nº 6404, de 1976. As ações preferenciais têm assegurada, por lei, alguma vantagem em relação às ordinárias, que devem ser reguladas pelo estatuto. Este pode pulverizar estas vantagens entre os acionistas titulares desta espécie de ação, utilizando-se da divisão em classes, conferindo, por exemplo, a uma classe, vantagem patrimonial, e a outra, vantagem política.” Exercício identificação da empresa e obrigações do empresário Desafio 1 Um consultor jurídico de uma companhia fechada deseja registrar uma marca, especificamente bolos de fabricação industrial baseados numa receita familiar. A empresa quer garantir proteção legal e se destacar no mercado, diferenciando-se de outras marcas. Nesse contexto, qual seria a classificação correta da marca? A Produto. B Mista. C Certificação. D Coletiva. E Industrial. A alternativa A está correta. A) Produto: Correta. A marca de produto é destinada a identificar um bem específico, distinguindo-o de outros bens similares no mercado. A companhia quer registrar a marca para seus bolos de fabricação industrial, um produto específico. Isso garante que os consumidores reconheçam o produto pela marca, associando-a à qualidade e à origem. A marca de produto é fundamental para criar uma identidade no mercado, permitindo que os consumidores diferenciem os bolos dessa companhia dos de outras empresas. A proteção legal da marca impede que outras empresas utilizem sinais distintivos semelhantes que possam confundir os consumidores. B) Mista: Incorreta. A marca mista combina elementos verbais e figurativos (palavras e imagens) para identificar e diferenciar um produto ou serviço. Embora uma marca de produto possa ser mista, a questão especifica a finalidade de identificação do produto, que se enquadra diretamente na categoria de produto. A ênfase aqui está na natureza da marca como identificadora de um produto específico, e não em sua composição gráfica ou textual. C) Certificação: Incorreta. Uma marca de certificação indica que o produto atende a certas normas ou padrões estabelecidos por um órgão de certificação, o que não é o caso aqui. A companhia está buscando identificar e proteger legalmente seu produto específico, não certificar um padrão. A marca de certificação é utilizada por entidades para atestar a conformidade com padrões específicos, o que não se aplica à situação apresentada. D) Coletiva: Incorreta. Uma marca coletiva é usada por membros de uma associação para distinguir os produtos ou serviços dos membros da associação dos de outras empresas. A situação apresentada envolve uma única companhia fechada, não uma associação de empresas. A marca coletiva serve para indicar a origem de vários produtores que pertencem a uma mesma entidade, o que não é o caso aqui. E) Industrial: Incorreta. Embora os bolos sejam de fabricação industrial, a classificação "marca de produto" é a correta para identificar um bem específico, neste caso, os bolos da empresa. A terminologia "marca de produto" é precisa para o propósito de identificar e diferenciar um bem específico no mercado. Ponto de Retorno Módulo 1 – Proteção no nome empresarial "Qualquer sinal distintivo visualmente perceptível, figura ou nome, pode ser registrado como marca, desde que não esteja compreendido na relação de sinais não registráveis. É extensa a relação de sinais não registráveis (artigo 124 da Lei n. 9279, de 1996) e nela se inclui o sinal que reproduzir ou imitar elemento característico ou diferenciador de título de estabelecimento ou nome empresarial de terceiros, suscetível de causar confusão ou associação com esses sinais distintivos." Desafio 2 Como advogado de um empresário que deseja garantir a renovação compulsória do contrato de locação de seu ponto comercial, um profissional deve orientá-lo sobre os requisitos legais necessários para assegurar essa renovação. O empresário precisa comprovar cumulativamente vários critérios. Quais são esses critérios? A Sua inscrição na junta comercial há pelo menos dois anos; enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e estar, ininterruptamente, há pelo menos cinco anos explorando o mesmo ramo de empresa. B Existência de contrato escrito e de prazo determinado; enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e ser de cinco anos o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos. C Existência de contrato escrito e de prazo determinado; ser de cinco anos o prazo mínimo do contrato ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos; exploração da empresa, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos. D Existência de contrato escrito e de prazo determinado; quitação de todos os tributos relativos ao imóvel locado e ser de três anos o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos. E Quitação de todos os tributos devidos às fazendas municipal e estadual, enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e estar, ininterruptamente, explorando sua empresa em qualquer ramo. A alternativa C está correta. A) Sua inscrição na junta comercial há pelo menos dois anos; enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e estar, ininterruptamente, há pelo menos cinco anos explorando o mesmo ramo de empresa: Incorreta. Embora a inscrição na junta comercial e a continuidade da atividade sejam requisitos importantes, o prazo de exploração mínima não é de cinco anos. A exigência principal é o contrato escrito com prazo determinado e a exploração ininterrupta do mesmo ramo de atividade por pelo menos três anos. B) Existênciade contrato escrito e de prazo determinado; enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e ser de cinco anos o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos: Incorreta. Esta alternativa está parcialmente correta, mas falta o critério da exploração da empresa no mesmo ramo por um período mínimo ininterrupto de três anos, que é essencial para a renovação compulsória. C) Existência de contrato escrito e de prazo determinado; ser de cinco anos o prazo mínimo do contrato ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos; exploração da empresa, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos: Correta. A renovação compulsória do contrato de locação empresarial exige a existência de um contrato escrito e com prazo determinado, além de um prazo mínimo de contrato de cinco anos ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos e a exploração ininterrupta da empresa pelo prazo mínimo de três anos no mesmo ramo. Estes critérios garantem a estabilidade do negócio e a continuidade do ponto comercial, protegendo o empresário de mudanças abruptas que poderiam prejudicar sua clientela e operações. D) Existência de contrato escrito e de prazo determinado; quitação de todos os tributos relativos ao imóvel locado e ser de três anos o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos: Incorreta. A quitação de tributos é um requisito adicional que não substitui a necessidade de um prazo de contrato de cinco anos ou soma dos prazos e a exploração ininterrupta da empresa pelo mesmo período. A principal ênfase está na duração do contrato e na continuidade da atividade empresarial. E) Quitação de todos os tributos devidos às fazendas municipal e estadual, enquadramento como microempresa optante pelo Simples Nacional e estar, ininterruptamente, explorando sua empresa em qualquer ramo: Incorreta. Embora a quitação de tributos e o enquadramento como microempresa sejam importantes, o requisito de explorar a empresa no mesmo ramo por um período mínimo ininterrupto não está especificado. A continuidade da atividade no mesmo ramo é crucial para a renovação do contrato de locação. Ponto de Retorno Módulo 1 – Bens incorpóreos ou materiais "Existe norma jurídica protegendo o ponto empresarial para evitar que o empresário locatário de um imóvel, após certo tempo nele desenvolvendo com regularidade sua empresa, seja obrigado a deslocar seu ponto para outro local, com perda natural de sua clientela, porque o locador não renovou o contrato. Contudo, a renovação compulsória da locação depende da satisfação de três requisitos cumulativos, previstos no artigo 51 da Lei n. 8.245, de 1991: I. o contrato de locação a renovar deve ser escrito e ter prazo determinado; II. o prazo mínimo do contrato a renovar ou a soma dos prazos ininterruptos dos contratos escritos seja de cinco anos; e III. o locatário esteja explorando seu comércio, no mesmo ramo, pelo prazo mínimo e ininterrupto de três anos." Desafio 3 Uma consultora empresarial foi contratada para esclarecer a importância do registro público de empresas mercantis para um grupo de investidores. Apesar de garantir a publicidade e autenticidade dos atos jurídicos das empresas, existem outras entidades que se vinculam a ele. Quem mais se vincula ao registro público de empresas mercantis? A Sociedades simples e profissionais liberais. B Fundações de direito privado e sociedades simples. C Sociedades cooperativas. D Associações. E Profissionais liberais. A alternativa C está correta. A) Sociedades simples e profissionais liberais: Incorreta. Sociedades simples e profissionais liberais não estão obrigatoriamente vinculadas ao registro público de empresas mercantis. Estas entidades têm um regime diferente, sendo registradas em cartórios de registro civil de pessoas jurídicas. Sociedades simples, por exemplo, são aquelas que não têm como objeto o exercício de atividade empresarial e incluem profissionais que exercem suas atividades de forma não empresarial, como advogados, médicos, contadores, entre outros. A obrigatoriedade do registro público de empresas mercantis é destinada às sociedades empresárias, cuja atividade principal é organizada de forma a produzir bens ou serviços para o mercado de maneira contínua e habitual. B) Fundações de direito privado e sociedades simples: Incorreta. Fundações de direito privado e sociedades simples também não estão vinculadas ao registro público de empresas mercantis. Elas são registradas em cartórios de registro civil de pessoas jurídicas, conforme sua natureza jurídica. As fundações de direito privado, por exemplo, são instituições criadas com um patrimônio destinado a fins específicos, geralmente de caráter social, cultural, educacional ou científico, e não se envolvem diretamente em atividades empresariais. C) Sociedades cooperativas: Correta. Sociedades cooperativas, apesar de não serem consideradas empresárias pelo Código Civil, são registradas nas Juntas Comerciais, conforme especificado na lei especial que regula as cooperativas. Isso ocorre para garantir a publicidade, autenticidade, segurança e eficácia de seus atos jurídicos. A lei que rege as cooperativas estabelece que, embora não tenham caráter empresarial, necessitam ser registradas nas Juntas Comerciais para formalização de seus atos e operações, garantindo transparência e legalidade. O registro das cooperativas nas Juntas Comerciais assegura que suas atividades sejam reconhecidas e protegidas legalmente, proporcionando um ambiente mais seguro para a realização de negócios e transações. D) Associações: Incorreta. Associações são registradas em cartórios de registro civil de pessoas jurídicas e não estão obrigatoriamente vinculadas ao registro público de empresas mercantis. As associações são entidades formadas por um grupo de pessoas com objetivos comuns, geralmente sem fins lucrativos, como clubes, ONGs, e outras organizações de interesse social. A sua forma de registro e operação é distinta daquelas exigidas para sociedades empresariais, pois seu objetivo principal não é a exploração de atividades econômicas com fins lucrativos. E) Profissionais liberais: Incorreta. Profissionais liberais, embora possam exercer atividades econômicas, não estão vinculados ao registro público de empresas mercantis, sendo registrados em cartórios de registro civil de pessoas jurídicas. Profissionais liberais incluem indivíduos que exercem atividades de forma autônoma e não organizada em forma empresarial, como médicos, advogados, engenheiros, entre outros. Eles registram suas atividades em cartórios específicos, conforme as exigências de suas respectivas regulamentações profissionais, e não no registro público de empresas mercantis. Ponto de Retorno Módulo 1 - Registro Público de Empresas Mercantis " O Registro Público de Empresas Mercantis, também conhecido como Registro Empresarial, é disciplinado pela Lei n. 8934, de 1994. Contudo, mesmo com a existência de lei especial que trata do tema, o Código Civil a ele se refere nos artigos 967 e 1.150 para vinculá-lo ao empresário e à sociedade empresária. Para as sociedades não empresárias, denominadas sociedade simples, a vinculação é ao registro civil de pessoas jurídicas. Atenção Exceção à regra do artigo 1.150 do Código Civil para efeito de vinculação ao Registro Público de Empresas Mercantis é a sociedade cooperativa. Tal sociedade não é empresária, qualquer que seja seu objeto, pois a lei lhe impõe a natureza de sociedade simples (artigo 982, parágrafo único, do Código Civil). Entretanto, como a sociedade cooperativa é regulada em lei especial, aplicando-se apenas de maneira subsidiária as disposições do Código Civil, há dispositivo expresso na lei de cooperativas indicando ser competente para elas as Juntas Comerciais para efeito de arquivamento de seu estatuto (artigo 18 da Lei n. 5.764, de 1971).." Desafio 4 Como advogado, você precisa explicar para um empresário a importância do nomeempresarial e sua proteção legal. O nome empresarial é essencial para identificar a empresa, e sua proteção é garantida por lei. Qual é a visão do Código Civil em relação à inalienabilidade do nome empresarial? A O nome empresarial é um direito transmissível como os demais direitos da personalidade. B O nome empresarial pode ser objeto de alienação livremente pelo empresário ou sociedade empresária. C O nome empresarial é um direito intransmissível como os demais direitos da personalidade. D O nome empresarial pode ser objeto de alienação apenas se o contrato de trespasse permitir. E O nome empresarial é um direito intransmissível apenas para empresas individuais, mas pode ser objeto de alienação para sociedades empresárias. A alternativa C está correta. A) O nome empresarial é um direito transmissível como os demais direitos da personalidade: Incorreta. O nome empresarial é um direito intransmissível, associado diretamente à identidade do empresário ou da sociedade empresária. Assim como os demais direitos da personalidade, ele não pode ser transferido. A inalienabilidade do nome empresarial assegura que a identidade da empresa permaneça constante, protegendo a marca e a reputação estabelecidas. B) O nome empresarial pode ser objeto de alienação livremente pelo empresário ou sociedade empresária: Incorreta. A alienação do nome empresarial não é permitida, pois ele é um direito intransmissível que se vincula diretamente à identidade do empresário ou da sociedade empresária. A legislação visa garantir que o nome empresarial não possa ser negociado ou transferido, preservando a integridade e a autenticidade da entidade. C) O nome empresarial é um direito intransmissível como os demais direitos da personalidade: Correta. O Código Civil prevê que o nome empresarial é intransmissível, similar aos direitos da personalidade. Ele está diretamente associado à identidade do empresário ou da sociedade empresária, garantindo a exclusividade do uso do nome registrado. Essa proteção assegura que o nome empresarial não possa ser usado indevidamente por terceiros, mantendo a reputação e a confiança associadas ao nome. D) O nome empresarial pode ser objeto de alienação apenas se o contrato de trespasse permitir: Incorreta. Embora o contrato de trespasse permita a transferência de outros direitos e bens do estabelecimento, o nome empresarial permanece inalienável, pois é um direito da personalidade. A inalienabilidade do nome empresarial é uma medida de proteção legal que impede sua negociação, mesmo em transações de trespasse. E) O nome empresarial é um direito intransmissível apenas para empresas individuais, mas pode ser objeto de alienação para sociedades empresárias: Incorreta. A inalienabilidade do nome empresarial se aplica tanto para empresas individuais quanto para sociedades empresárias. O nome empresarial não pode ser transferido em nenhuma dessas situações, garantindo que a identidade da empresa não seja comprometida. Ponto de Retorno Módulo 1 - Inalienabilidade do nome empresarial "Em razão de estar associado à pessoa do empresário ou da sociedade empresária, o nome empresarial não pode ser objeto de alienação. O direito sobre o nome empresarial é intransmissível como os demais direitos da personalidade (artigo 11 do Código Civil). Independentemente da vedação à alienação do nome empresarial (firma ou denominação), por integrar o estabelecimento e identificar a empresa, é possível que o adquirente, se o contrato de trespasse permitir, utilize o nome do alienante em sua atividade, desde que precedido do seu próprio, com a qualificação de sucessor (exemplo: Luiz de Freitas, sucessor Miguel Leão)." Títulos de crédito e contratos empresariais Desafio 1 Um gerente de banco é responsável por treinar novos funcionários sobre operações bancárias. Durante uma sessão de treinamento, ele precisa explicar a diferença entre operações bancárias típicas e atípicas, destacando a importância de cada uma nas atividades financeiras do banco. Qual é a diferença entre operações bancárias típicas e atípicas? A As operações bancárias típicas são aquelas exclusivas dos bancos, enquanto as atípicas são feitas por outras instituições, inclusive bancárias. B As operações bancárias atípicas são mais arriscadas do que as operações típicas. C As operações bancárias típicas têm mais relevância para a atividade bancária do que as operações atípicas. D As operações bancárias atípicas são aquelas próprias das atividades dos bancos, enquanto as típicas são outras que não são exclusivas dos bancos. E As operações bancárias atípicas são mais lucrativas do que as operações típicas. A alternativa A está correta. A) As operações bancárias típicas são aquelas exclusivas dos bancos, enquanto as atípicas são feitas por outras instituições, inclusive bancárias. Correta. Operações bancárias típicas referem-se a atividades essenciais e tradicionais dos bancos, como depósitos, empréstimos e investimentos. Essas operações são realizadas exclusivamente por bancos e são regulamentadas de acordo com leis específicas para garantir a estabilidade e a confiança no sistema financeiro. As operações atípicas, por outro lado, podem ser realizadas tanto por bancos quanto por outras instituições financeiras e incluem atividades não diretamente relacionadas à intermediação financeira tradicional, como seguros e consórcios. Essa distinção é crucial para entender o papel específico dos bancos e como eles diferenciam seus serviços para atender às diversas necessidades do mercado financeiro. B) As operações bancárias atípicas são mais arriscadas do que as operações típicas. Incorreta. A classificação de operações como típicas ou atípicas não se baseia no nível de risco associado a elas. Ambas as operações podem variar em risco dependendo de vários fatores, como a natureza específica do serviço oferecido, a regulamentação, e as condições de mercado. Portanto, afirmar que operações atípicas são inerentemente mais arriscadas não é uma generalização correta. C) As operações bancárias típicas têm mais relevância para a atividade bancária do que as operações atípicas. Incorreta. Tanto as operações típicas quanto as atípicas têm relevância significativa no contexto bancário, mas em diferentes aspectos. As operações típicas são fundamentais para a função básica de um banco como intermediário financeiro, enquanto as operações atípicas permitem aos bancos diversificar suas fontes de receita e serviços oferecidos aos clientes, contribuindo para uma maior estabilidade e competitividade no setor bancário. D) As operações bancárias atípicas são aquelas próprias das atividades dos bancos, enquanto as típicas são outras que não são exclusivas dos bancos. Incorreta. Esta alternativa inverte os conceitos. As operações típicas são aquelas inerentes e exclusivas aos bancos, como depósitos e empréstimos, enquanto as operações atípicas podem ser realizadas por outras instituições financeiras e incluem atividades como seguros e consórcios. E) As operações bancárias atípicas são mais lucrativas do que as operações típicas. Incorreta. A lucratividade das operações bancárias depende de vários fatores e não pode ser categorizada como sendo maior nas operações atípicas em comparação às típicas. Ambas as categorias podem ser lucrativas ou não, dependendo das circunstâncias econômicas, regulamentares e de mercado. A diversificação das operações ajuda os bancos a manterem a lucratividade em diferentes cenários econômicos. Ponto de Retorno Módulo 2 – Operações Bancárias “Para efeitos didáticos, as operações bancárias são classificadas quanto à natureza e à função. Na primeira categoria, estão aquelas próprias das atividades dos bancos (denominadas operações bancárias típicas) e outras que não são exclusivas dos bancos, mas entram na carteira de serviços prestados por eles (operações atípicas). São operações típicas: depósito e mútuo bancários, abertura de crédito, crédito documentário, adiantamento de contrato de câmbio. Como operações atípicas,temos: prestação de fiança, aluguel de cofres, serviços de cobrança e desconto de títulos, cartão de crédito”. Desafio 2 Uma consultora jurídica está trabalhando para uma grande empresa e precisa esclarecer as regras de aplicação do Código Civil sobre títulos de crédito típicos ou nominados durante uma reunião com o conselho administrativo. Como as disposições do Código Civil se aplicam a títulos de crédito típicos ou nominados? A Não prevalecem quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. B Prevalecem quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. C São indiferentes quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. D Não prevalecem quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial, exceto para o instituto do aval, em que prevalecem as disposições do Código Civil. E Prevalecem em relação à legislação especial apenas no instituto do endosso e é indiferente nos demais casos. A alternativa A está correta. A) Não prevalece quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. Correta. De acordo com a legislação brasileira, as disposições do Código Civil aplicam-se subsidiariamente aos títulos de crédito típicos ou nominados, ou seja, aqueles que possuem regulamentação própria em leis específicas. Quando existe uma disposição específica em uma lei especial que rege determinado título de crédito, essa disposição prevalece sobre o Código Civil. O Código Civil só é aplicado na ausência de regulamentação específica. Este princípio assegura que as normas específicas mais adequadas à natureza e peculiaridades de cada título sejam aplicadas, proporcionando maior segurança jurídica e previsibilidade nas transações comerciais. B) Prevalece quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. Incorreta. Esta alternativa está errada porque, na prática, as disposições do Código Civil não prevalecem sobre a legislação especial. As leis específicas foram criadas para atender às particularidades dos diferentes tipos de títulos de crédito e, portanto, têm prioridade quando há conflito entre elas e o Código Civil. C) É indiferente quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial. Incorreta. Não é indiferente; existe uma hierarquia clara onde a legislação especial prevalece sobre o Código Civil. Ignorar essa hierarquia pode levar a uma aplicação incorreta das normas e a possíveis disputas legais. D) Não prevalece quando houver disposição em sentido contrário na legislação especial, exceto para o instituto do aval, em que prevalecem as disposições do Código Civil. Incorreta. A exceção mencionada aqui não existe. O Código Civil não tem primazia sobre o instituto do aval quando existe disposição contrária em lei especial. O aval e outros aspectos dos títulos de crédito são regulados prioritariamente pelas leis especiais aplicáveis. E) Prevalece em relação à legislação especial apenas no instituto do endosso e é indiferente nos demais casos. Incorreta. Esta alternativa é incorreta porque sugere que o Código Civil prevalece sobre a legislação especial no caso do endosso, o que não é verdade. A legislação especial sempre prevalece quando há disposições específicas sobre o endosso ou qualquer outro aspecto dos títulos de crédito. Ponto de Retorno Módulo 1 - Legislação Sobre os Títulos de Crédito "Em relação aos títulos regulados em leis especiais, percebemos que o Código Civil tem aplicação subsidiária, pois suas disposições não prevalecem sobre as especiais. Por exemplo: se houver uma norma que regule um título em espécie contendo preceito contrário ao do Código Civil, ela prevalecerá, pois é a ‘disposição diversa’." Desafio 3 Como gerente financeiro, um profissional precisa explicar aos seus estagiários as características específicas das duplicatas e por que elas são consideradas títulos de crédito causais. Qual é a característica que torna as duplicatas títulos de crédito causais? A A circulação por endosso. B A necessidade de emissão prévia da fatura. C A possibilidade de ação de cobrança em face do sacado diante da recusa ao aceite. D A vinculação direta das figuras do sacador, sacado e tomador ao negócio que deu origem ao crédito. E A imposição legal da causa de sua emissão. A alternativa D está correta. A) A circulação por endosso. Incorreta. Embora a circulação por endosso seja uma característica das duplicatas, ela não define sua natureza causal. O endosso é um mecanismo de transferência de direitos que pode ser aplicado a vários tipos de títulos de crédito, independentemente de serem causais ou abstratos. Portanto, essa característica não aborda diretamente a causalidade das duplicatas. B) A necessidade de emissão prévia da fatura. Incorreta. A emissão prévia da fatura é um requisito processual para a emissão da duplicata, mas não é a característica que a torna um título de crédito causal. A fatura serve como um documento inicial que respalda a criação da duplicata, porém, o que define sua causalidade é a ligação direta ao negócio subjacente. C) A possibilidade de ação de cobrança em face do sacado diante da recusa ao aceite. Incorreta. A possibilidade de ação de cobrança em caso de recusa ao aceite é uma consequência da relação jurídica estabelecida pela duplicata, mas não é a característica que define sua natureza causal. Esta possibilidade existe também em outros títulos de crédito e não é exclusiva das duplicatas. D) A vinculação direta das figuras do sacador, sacado e tomador ao negócio que deu origem ao crédito. Correta. A característica fundamental que torna as duplicatas títulos de crédito causais é a vinculação direta entre o sacador, o sacado e o tomador ao negócio subjacente que deu origem ao crédito. Isso significa que a duplicata só pode ser emitida com base em uma transação comercial específica, como a venda de mercadorias ou a prestação de serviços. Essa vinculação direta garante que a duplicata representa um crédito decorrente de uma relação comercial real, o que confere maior segurança e legitimidade ao título. É essa relação causal que distingue as duplicatas de outros títulos de crédito abstratos, onde a obrigação de pagamento não está necessariamente vinculada a um negócio específico. E) A imposição legal da causa de sua emissão. Incorreta. Embora a imposição legal da causa de emissão seja relevante, ela é uma consequência da natureza causal das duplicatas, não a característica definidora. A causalidade da duplicata está mais diretamente ligada à relação jurídica e comercial específica que ela representa, do que ao simples fato de haver uma imposição legal. Ponto de Retorno Módulo 1 - Noções Básicas Sobre Letra de Câmbio, Nota Promissória, Cheque e Duplicatas "Duplicatas são títulos de crédito nominativos e causais, que representam uma obrigação de pagamento em dinheiro, decorrente de uma compra ou prestação de serviços realizada entre empresas. Qual é a característica que torna as duplicatas títulos de crédito causais e a ordem? O sacador se torna coobrigado desde o momento do saque. Ele responde pelo seu aceite e pagamento perante o portador original e outros posteriores (cessionários ou endossatários)." Desafio 4 Uma analista de crédito precisa explicar a importância da cartularidade em títulos de crédito durante uma palestra para novos funcionários. O que é a cartularidade e qual é um exemplo de documento que a possui? A A cartularidade é um atributo que dispensa a necessidade de apresentação do documento para exercer os direitos mencionados. O exemplo é a nota promissória. B A cartularidade é um atributo que incorpora os direitos mencionados em um documento e o portador deve apresentá-lo para exercer tais direitos. O exemplo é o cheque. C A cartularidade é um atributo que permite que o portador do documento transfira os direitos mencionados nele a outra pessoa. O exemplo é a letra de câmbio. D A cartularidade é um atributo que torna o documento inválido se não for apresentado no momento do exercíciodos direitos mencionados nele. O exemplo é a duplicata mercantil. E A cartularidade é um atributo que impede que o portador do documento transfira os direitos mencionados nele a outra pessoa. O exemplo é a cédula de crédito bancário. A alternativa B está correta. A) A cartularidade é um atributo que dispensa a necessidade de apresentação do documento para exercer os direitos mencionados. O exemplo é a nota promissória. Incorreta. Esta definição está incorreta porque a cartularidade exige a apresentação do documento para exercer os direitos nele mencionados. A nota promissória, como qualquer título de crédito cartular, precisa ser apresentada pelo portador para que ele possa reivindicar os direitos contidos no documento. B) A cartularidade é um atributo que incorpora os direitos mencionados em um documento e o portador deve apresentá-lo para exercer tais direitos. O exemplo é o cheque. Correta. A cartularidade é uma característica fundamental dos títulos de crédito, onde o documento em si incorpora os direitos que ele representa. Isso significa que o portador legítimo do documento deve apresentá-lo para exercer os direitos de crédito. Por exemplo, um cheque deve ser apresentado ao banco para que o portador possa receber o valor nele estipulado. Sem a apresentação do cheque, o direito ao pagamento não pode ser exercido, ilustrando claramente o princípio da cartularidade. C) A cartularidade é um atributo que permite que o portador do documento transfira os direitos mencionados nele a outra pessoa. O exemplo é a letra de câmbio. Incorreta. Embora a cartularidade permita a transferência de direitos mediante endosso ou cessão, essa característica não é o que define a cartularidade. A cartularidade refere-se especificamente à necessidade de apresentação do documento para o exercício dos direitos, e não à transferência desses direitos. D) A cartularidade é um atributo que torna o documento inválido se não for apresentado no momento do exercício dos direitos mencionados nele. O exemplo é a duplicata mercantil. Incorreta. A definição está parcialmente correta, mas a ênfase na invalidez é excessiva. A cartularidade implica que o documento deve ser apresentado para exercer os direitos, mas não necessariamente que o documento se torna inválido se não for apresentado. A duplicata mercantil, como exemplo, deve ser apresentada, mas não se torna inválida automaticamente pela falta de apresentação imediata. E) A cartularidade é um atributo que impede que o portador do documento transfira os direitos mencionados nele a outra pessoa. O exemplo é a cédula de crédito bancário. Incorreta. A cartularidade não impede a transferência de direitos. Pelo contrário, títulos de crédito cartulares, como a cédula de crédito bancário, são frequentemente transferíveis através de endosso ou cessão. A definição correta deve focar na necessidade de apresentação do documento para o exercício dos direitos. Ponto de retorno Módulo 1 - O Conceito de Título de Crédito e Seus Elementos "A cartularidade é um elemento que decorre do termo cártula, ou seja, documento. Pelo elemento ou atributo da cartularidade, o documento (escrito manual ou com gravação eletrônica de dados) incorpora os direitos que nele estão mencionados. Desse modo, o portador do documento deve apresentá-lo para exercer tais direitos. Exemplo da cartularidade é a necessidade de apresentação do cheque a pagamento, pois nele estão contidos os direitos de crédito e seus termos, como a quantia, o nome do beneficiário etc." Recuperação de empresas e falência Desafio 1 Uma consultora jurídica foi contratada por uma organização que enfrenta dificuldades financeiras. Durante uma reunião, o diretor financeiro pede a orientação dela sobre a possibilidade de solicitar recuperação judicial. Ele deseja entender melhor os princípios e critérios da Lei nº 11.101/2005. Nesse contexto, é importante esclarecer que a recuperação judicial tem como princípios basilares a preservação da empresa e sua viabilidade econômica. Considerando esses aspectos, a recuperação judicial é aplicável a que tipo de sociedade? A Seguradora. B Simples. C De economia mista. D Empresária. E De capitalização. A alternativa D está correta. A) Seguradora: Incorreta. As seguradoras são reguladas por normas específicas e não se enquadram na Lei nº 11.101/2005. Elas são supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e seguem regras distintas, não sendo contempladas pelo processo de recuperação judicial previsto na referida lei. B) Simples: Incorreta. A sociedade simples, composta por profissionais que exercem atividades de natureza intelectual, científica, literária ou artística, não se enquadra na definição de sociedade empresária. A Lei nº 11.101/2005 destina-se especificamente às sociedades empresárias que exercem atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens e serviços. C) De economia mista: Incorreta. As sociedades de economia mista, que possuem participação do governo e operam em setores estratégicos, seguem regulamentações próprias. Elas não são elegíveis para recuperação judicial conforme a Lei nº 11.101/2005, que se aplica exclusivamente às sociedades empresárias privadas. D) Empresária: Correta. A recuperação judicial é aplicável às sociedades empresárias, conforme estabelecido pela Lei nº 11.101/2005. Essas sociedades são aquelas que exercem atividade econômica organizada com fins lucrativos, e a lei visa proporcionar-lhes uma oportunidade de reestruturação financeira para evitar a falência e preservar empregos e a continuidade da empresa. E) De capitalização: Incorreta. As sociedades de capitalização, responsáveis por produtos financeiros específicos, também seguem regulamentações distintas e não se enquadram no processo de recuperação judicial previsto na Lei nº 11.101/2005. Elas são supervisionadas pela SUSEP e seguem regras diferentes das sociedades empresárias. Ponto de retorno Módulo 1 - DOS REQUISITOS PARA O PEDIDO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL "Somente poderá requerer recuperação judicial o devedor que for empresário (pessoa física) ou sociedade empresária (pessoa jurídica), em razão de o termo “devedor”, na Lei nº 11.101/2005, ter um alcance restrito (confira o artigo 1º da Lei nº 11.101/2005). O direito empresarial ainda não admite que todo devedor ou, pelo menos, aquele que exerça uma atividade econômica possa falir ou pleitear sua recuperação." Desafio 2 O advogado de uma empresa está enfrentando uma crise financeira severa. O CEO da empresa pediu orientação sobre como e onde deve ser protocolado o pedido de recuperação judicial para aumentar as chances de sucesso. Sabendo que o pedido deve ser feito no local apropriado, qual é o critério para determinar o juiz competente para processar a recuperação judicial? A O do local do principal estabelecimento do devedor. B O do local da sede da pessoa jurídica ou da sede da empresa individual. C O do local da sede da administração. D O do local de domicílio do empresário, do sócio majoritário ou acionista controlador. E O do local de constituição da empresa individual ou da sociedade empresária. A alternativa A está correta. A) O do local do principal estabelecimento do devedor: Correta. A Lei nº 11.101/2005 determina que o pedido de recuperação judicial deve ser feito no local do principal estabelecimento do devedor. Este critério é utilizado para garantir que o processo seja administrado de forma eficiente, facilitando o acesso às informações e documentos necessários para a recuperação da empresa. O principal estabelecimento é onde se concentram as atividades administrativas e operacionais mais significativas da empresa, proporcionando maior transparência e controle no processo de recuperação. B) O do local da sede da pessoa jurídica ou da sede da empresa individual: Incorreta. Embora a sede da empresa seja um local importante, a lei especifica que o pedido deve ser feito no principal estabelecimento, que pode não coincidir com a sede jurídica da empresa. Este