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O TREINAMENTO DESPORTIVO E SEUSE SEUS PRINCÍPIOS Uma atividade prática, planejada, sistematizada, avaliada e controlada de tal forma que seus componentes: técnicos, táticos, físicos e psicológicos, são desenvolvidos, ou O Treinamento Desportivo é: TREINAMENTO DESPORTIVO físicos e psicológicos, são desenvolvidos, ou seja, trabalhados para que seus objetivos sejam alcançados a médio e longo prazo e dependendo das necessidades, também, em curto prazo. (Carneiro, W.,2003). bPara alcançarmos estes objetivos temos que obedecer os valores existentes nos princípios que o orientam (o treinamento). De acordo com NAVARRO (1994) são de ordem: TREINAMENTO DESPORTIVO ordem: - Biológica e, - Pedagógica TREINAMENTO DESPORTIVO bEstes princípios que o orientam, nos seus âmagos, possuem a finalidade de organizar a aplicabilidade das cargas, ou seja, os estímulos do treinamento. • Os princípios biológicos → são direcionados aos processos de adaptaçãodirecionados aos processos de adaptação orgânica do ser humano/atleta; • Os princípios pedagógicos → são aqueles que, de alguma maneira, incluem a metodologia utilizada durante o processo do treinamento. aOs princípios do Treinamento Desportivo servem para otimizar a escolha e execução do método por atletas e treinadores. Entretanto, deve-se estar atento para que TREINAMENTO DESPORTIVO Entretanto, deve-se estar atento para que estes princípios não sejam considerados ou utilizados isoladamente, mas no contexto em que se inserem (WEINECK, 1999). PRINCÍPIOS BIOLÓGICOSPRINCÍPIOS BIOLÓGICOS Princípio da Unidade FuncionalFuncional TREINAMENTO DESPORTIVO • Da unidade funcional : cada um dos órgãos e sistemas estão relacionados entre si. – o organismo funciona como um todo; – o processo do Treinamento Desportivo tem que estar alerta, sempre, a evolução e desenvolvimento dos distintos sistemas (circulatório, endócrino, respiratório, de(circulatório, endócrino, respiratório, de alimentação, de movimento etc…); “De acordo com Barbanti (2001), o rendimento desportivo depende de muitos parâmetros distintos e que envolvem vários sistemas corporais: sistema nervoso central; cardiovascular; muscular, hormonal” etc… - É improvável que uma vitória ou derrota seja devido a apenas um fator. Princípio da Unidade Funcional • Está ligado diretamente à influência do treinamento na relação entre os órgãos e sistemas do organismo humano; • O corpo humano apresenta • O corpo humano apresenta diferentes órgãos que, relacionados, formam os sistemas; • Estes sistemas são responsáveis pelo desempenho das atividades vitais; • É a partir desse desempenho que teremos uma qualidade no treinamento de um atleta; Princípio da Unidade Funcional • O treinamento é uma adaptação a estímulos crescentes...; • O desequilíbrio proporcionado pelos diferentes estímulos irá influenciar nos sistemas do influenciar nos sistemas do organismo, compondo a base do treinamento; • Tais estímulos irão modificar o equilíbrio homeostático, que é o fator determinante para a manutenção da harmonia entre os sistemas e os órgãos do ser humano. • O organismo funciona como um todo indissolúvel; • Uma falha em algum órgão ou no sistema irá prejudicar o treinamento; • Deve-se estar alerta quanto à evolução e o desenvolvimento dos distintos sistemas: circulatório, endócrino, respiratório, e etc) para que se possa ter o desempenho desejado no processo de treinamento; Princípio da Unidade Funcional • Segundo Barbanti (2001), “o rendimento desportivo depende de muitos parâmetros distintos e que envolvem vários sistemas corporais: sistema nervoso central, cardiovascular, muscular, hormonal e etc...” • É improvável que uma vitória ou derrota aconteça devido a apenas um fator. Princípio da Unidade FuncionalPrincípio da Unidade Funcional • Durante o treinamento não desenvolvemos um único sistema; • O treinador deve estar preparado e fundamentado nos princípios teóricos do Treinamento Desportivo; • O controle sobre as respostas do organismo aos treinos aplicados, é decisivo para elevar de forma segura o estado de treinamento dos atletas;segura o estado de treinamento dos atletas; • Sempre que for alcançado um novo estágio no treinamento é preciso que haja um equilíbrio entre a condição física, psíquica, social e espiritual, obtendo por meio disto a certeza do cumprimento da tarefa. PRINCÍPIO DA MULTILATERALIDADEPRINCÍPIO DA MULTILATERALIDADE TREINAMENTO DESPORTIVO • Da multilateralidade → a preparação moderna aborda simultaneamente todos os fatores do Treinamento Desportivo. – desenvolvimento de forma multifacética; – o atleta passa a dominar uma maior gama de movimentos;movimentos; – o atleta passa a ter maior disposição para assimilar o conjunto de técnicas, que formam uma habilidade, e seus métodos mais complexos; – as aprendizagens nascem sobre as bases de outras adquiridas. TREINAMENTO DESPORTIVO aO princípio da multilateralidade desenvolve ampla condição da habilidade motora, trabalhando o processo fisiológico e psicológico pois utiliza a especialização só após os 15 ou 16 anos, pois antes desta fase o atleta não está preparado para competições caso contráriopreparado para competições caso contrário poderá haver uma saturação precoce se houver especificidade; aQuando há o respeito fisiológico pela idade do atleta pode se evitar futuras lesões no esporte. TREINAMENTO DESPORTIVO aA Multilateralidade pode ser: • geral → a prática de várias modalidades (futsal, basquete,vôlei, corrida de orientação, entre outros...) • específica → Quando a criança pratica todas as possibilidades que são oferecidas por um só Nota: “A especialização é um freio ou uma barreira para o sucesso no alto rendimento”. Hegedus, Jorge de. (1977) possibilidades que são oferecidas por um só esporte (Atletismo, faz salto em altura, arremesso do peso, corridas com barreiras entre, outras…) TREINAMENTO DESPORTIVO Treino geral em várias disciplinas MULTILATERALIDADE 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Treino específico numa determinada disciplina Idade Participação no Atletismo TREINAMENTO DESPORTIVO Especialização Precoce Trabalho Multilateral Rápido desenvolvimento do desempenho Baixo desenvolvimento do desempenho ultilateral Melhor desempenho atingido com cerca de 15-16 anos devido à rápida adaptação Melhor desempenho aos 18 anos ou mais, acompanhado da maturação fisiológica e psicológica Desempenho inconsistente nas competições Desempenho consistente nas competições Por volta dos 18 anos os atletas estão saturados Longa vida atlética Susceptível a lesões devido à adaptação forçada Poucas lesões Comparação entre especialização precoce e desenvolvimento multilateral. PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADEPRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE TREINAMENTO DESPORTIVO • Preconiza que o treinamento desenvolvido, deve ser planejado com fundamentação nos requisitos específicos para a performance esportiva exigida em aspectos relacionados a: PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE - capacidades físicas; - sistema energético utilizado; - segmentos do corpo mais utilizados e, - coordenações psicomotoras utilizadas. TREINAMENTO DESPORTIVO • Dantas, 1985 → Preconiza que o princípio da especificidade é a forma de orientação do Treinamento Desportivo PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE forma de orientação do Treinamento Desportivo através da qual se trabalha pela qualidade física que se pretende atingir aliado à preocupação em adequar o treinamento do segmento corporal ao do sistema energético e ao gesto desportivo utilizado na performance. ���� Conteúdos específicosde carga de treino PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE TREINAMENTO DESPORTIVO de carga de treino produzem reações específicas de adaptação TREINAMENTO DESPORTIVO • Os sistemas energéticos possuem capacidades e potenciais diferentes; • Quanto mais solicitado for determinado sistema energético, maior será o potencial de aprimoramento na execução das atividades que PRINCÍPIO DA ESPECIFICIDADE aprimoramento na execução das atividades que dependem desse sistema; • Programas de treinamento devem priorizar o tipo de exercício que solicita o(s) sistema(s) energético(s) primário(s) utilizado(s) durante a realização da atividade para a qual o atleta está treinando. (Matthews e Fox,1983) . PRINCÍPIO DA SOBRECARGAPRINCÍPIO DA SOBRECARGA TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA aA aplicação da sobrecarga induz uma série de adaptações ao organismo de acordo com o estímulo dado, que estão na dependência da freqüência, intensidade, modalidade (tipo) e duração do treinamento. Conforme oduração do treinamento. Conforme o treinamento prossegue, é necessário aumentar a sobrecarga para que ocorram adaptações. (MCARDLE et al., 1991 apud FRANCHINI, 2001). SOBRECARGA • CONTO LEGENDÁRIO DE MILO DE CROTONA • BEZERROS E TOUROS • barras, anilhas e demais equipamentos• barras, anilhas e demais equipamentos TREINAMENTO DESPORTIVO aExercícios de carga progressiva ou sobrecarga progressiva referem-se à prática de aumentar continuamente o nível de exigência sobre o músculo à medida que ele se torna capaz de produzir mais força ou tenha mais resistência. (FLECK, 2002). PRINCÍPIO DA SOBRECARGA tenha mais resistência. (FLECK, 2002). aAs modificações funcionais, no organismo, em função do esforço físico só permitem melhorar o estado de treinamento quando sua intensidade é suficiente para provocar uma ativação do metabolismo energético ou plasmático da célula, associado a síntese de novas substâncias FATORES QUE INFLUENCIAM • O volume, também chamado quantidade de treinamento, expressa o somatório total da carga de treinamento a que o atleta está submetido; TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA de treinamento a que o atleta está submetido; • Por outro lado, a intensidade, ou a qualidade de treinamento, expressa o percentual de treinamento a que atleta está submetido; • Aplica-se a sobrecarga inicialmente sobre o volume, e após esta carga estar assimilada é que se sobrecarrega a intensidade.(DANTAS, 2001). Importância da Relação: Carga e Repouso • HOMEOSTASE TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA • NÍVEIS DE RECUPERAÇÃO • TEMPO DE RECUPERAÇÃO DANTAS, 2001. SOBRECARGA A sobre carga deve ser aumentada sistematicamente e progressivamente. Ela pode ser aumentada por um aumento do volume (da quantidade total,ou da quantidade de sessões de treino), da intensidade (aumento da velocidade de execução, ou a utilização de(aumento da velocidade de execução, ou a utilização de maior porcentagem da capacidade máxima, ou diminuindo a quantidade de recuperação). A mudança da atividade (por exemplo, variando os exercícios) é outra forma de aumentar a sobrecarga.(Barbanti, 1986). tExemplos da sobrecarga em outros componentes da preparação: a Preparação técnico-tática • Sobrecarga no volume: TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA • Sobrecarga no volume: - Aumento do número de repetições do movimento (gesto desportivo); - Aumento da duração do treinamento (número de horas); - Aumento da carga semanal de treinos, etc. tExemplos da sobrecarga em outros componentes da preparação: • Sobrecarga na intensidade: TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA • Sobrecarga na intensidade: -Crescente dificuldade dos movimentos realizados; - Aumento da velocidade de execução; - Diminuição do tempo de repouso. tExemplos da sobrecarga em outros componentes da preparação: a Preparação psicológica • Sobrecarga no volume: - Aumento do tempo dedicado ao treinamento TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SOBRECARGA - Aumento do tempo dedicado ao treinamento mental; - Aumento do tempo dedicado ao relaxamento. • Sobrecarga na intensidade: - Treinamento sob condições estressantes (ruído da platéia, aplausos, etc.); - Utilização de técnicas de ativação e motivação Notas diversas: • O cálculo do volume de treinamento é útil para a determinação do total de exigência do treinamento (FLECK, 2002); • Hather et al., (1992) cita que, os volumes de treinamento maiores podem resultar em uma perda TREINAMENTO DESPORTIVO treinamento maiores podem resultar em uma perda mais lenta dos ganhos de força muscular após o destreino; • Devido ao excesso de treinamento ‘overtraining’ deve-se tomar alguns cuidados para sobrecarregar os músculos progressivamente, principalmente quando o aumento é no volume (STONE et al., 1982 apud FLECK, 2002). Notas diversas: • Carga Padrão: Melhorias em um primeiro estágio de um platô e de uma estagnação do desempenho durante a fase competitiva; • Sobrecarga: O desempenho só aumentará se os TREINAMENTO DESPORTIVO • Sobrecarga: O desempenho só aumentará se os atletas trabalharem na sua capacidade máxima contra cargas que são maiores que as normalmente encontradas. Se for aplicada de forma rígida não permitirá a fase de regeneração (supertreinamento). (BOMPA, 2002). Notas diversas: • Carga Progressiva: Método progressivo, após a elevação de uma carga deve haver uma fase de regeneração; • Variações na Carga Progressiva: Jovens atletas nos primeiros estágios de desenvolvimento; TREINAMENTO DESPORTIVO • Variações na Carga Progressiva: Jovens atletas nos primeiros estágios de desenvolvimento; • Carga Horizontal: Para atletas experientes (regeneração). O equilíbrio (estímulo aplicado x tempo de recuperação) é que garantirá a existência da supercompensação de forma permanente. (BOMPA, 2002). SOBRECARGA • Período de assimilação compensatória. • Reservas energéticas depletadas pela prática intensa do treinamento (3 à 5 min).intensa do treinamento (3 à 5 min). • Período de restauração; • Período de restauração ampliado; • "sem dor não há ganho - no pain no gain" • Curto prazo benefícios. • Longo prazo malefícios. SOBRECARGA Elevação de carga de acordo com o princípio da sobrecarga (baseados em dados de Heldebrant e Houtz 1956; Fox et al 1989) SOBRECARGA • Método progressivo. • Carga horizontal. PRINCÍPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃOPRINCÍPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃO TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃO Preconiza que a reposição da energia gasta após um esforço, depende do processo de recuperação, sendo o responsávelprocesso de recuperação, sendo o responsável direto pela elevação das cargas no Treinamento desportivo. O treinador deve objetivar o alcançar dos máximos níveis de supercompensação possíveis. TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃO a Sempre que o organismo sofre um desgaste advindo de um estímulo, ele não realiza apenas a reposição da energia envolvida, e sim, repõe mais reposição da energia envolvida, e sim, repõe mais energia do que a utilizada, caso não sofra outro estímulo semelhante durante o processo de recuperação. ASSIMILAÇÃO COMPENSATÓRIA TREINAMENTO DESPORTIVO DANTAS, 2001. TREINAMENTO SEM EFEITO (Rotina do indivíduo) TREINAMENTO DESPORTIVO (Rotina do indivíduo) DANTAS, 2001. CURVA DE SUPERCOMPENSAÇÃO • Nº 3, no gráfico → Fase de recuperação excessiva para a compensação da carga aplicada; • Nº 2, no gráfico → Fase da recuperação insuficiente para a compensação da carga aplicada; • Nº 1, no gráfico→ é o tempo ideal para aplicação da sobrecarga. TREINAMENTO DESPORTIVOPRINCÍPIO DA SUPERCOMPENSAÇÃO Notas: • Para que o organismo realize a supercompensação diante dos diferentes estímulos, torna-se necessário tempo de recuperação adequado; • À supercompensação é a causa do, após um• À supercompensação é a causa do, após um período de treinos, atleta suportar cargas maiores; • A capacidade do organismo de se recuperar destes estímulos de maior magnitude não evolui na mesma proporção, o que implica em tempos maiores para a recuperação do organismo, frente aos estímulos que poderão ser suportados. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADEPRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ESTÍMULO CARGA FADIGAFADIGA RECUPERAÇÃORECUPERAÇÃO SUPERCOMPENSAÇÃOSUPERCOMPENSAÇÃOADAPTAÇÃOADAPTAÇÃO Segundo Dantas (1998) dois aspectos ressaltam, imediatamente, desse princípio: • a interrupção do treinamento; PRINCÍPIO DACONTINUIDADE • a interrupção do treinamento; • a duração do período de treinamento. •Interrupção do treinamento: Dantas (1998) diz que “o ideal é que não hajam tempos PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Dantas (1998) diz que “o ideal é que não hajam tempos de intervalos, entre os estímulos, superiores a 48 horas” •Duração do treinamento: Barbanti (1996) diz que “as mudanças funcionais PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Barbanti (1996) diz que “as mudanças funcionais e morfológicas adquiridas pelo treinamento físico retornam ao estado inicial após a paralisação do treinamento”. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Logo o treinamento deve ter uma freqüência ideal de realização, evitando interrupções e sobrecargas extremamente leves (depressivas), aextremamente leves (depressivas), a fim de conservar ou otimizar as adaptações fisiológicas adquiridas. A observância do princípio da continuidade na prática do treinamento, revela que os resultados do mesmo refletem a interdependência dos princípios do Treinamento Desportivo. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Não esquecer que bastam alguns dias de interrupção do treinamento, para que um indivíduo adaptado apresente uma diminuição em sua performance. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE É bastante evidente que existe uma relação entre carga e adaptação. Três princípios do Treinamento desportivo são responsáveis pela quantificação e qualificação das cargas: O da especificidadeO da especificidade PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE O da sobrecargaO da sobrecarga O da reversibilidadeO da reversibilidade • A atividade desportiva (preparatória e competitiva) desenvolve-se, na prática, no decorrer de um ano completo e de muitos anos; • Seu regime permanente assegura a aquisição, a conservação e o desenvolvimento da treinabilidade; PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE conservação e o desenvolvimento da treinabilidade; • À conexão desse processo é assegurada pela sucessão ininterrupta dos efeitos das sessões anteriores e posteriores em conformidade com as diversas etapas, mas com uma tendência comum à elevação do nível de treinabilidade e do grau de preparação em geral. TREINAMENTO DESPORTIVO PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE Preconiza que nas condições de treinamento regular realizados a longo prazo, treinamento regular realizados a longo prazo, bastam alguns dias de interrupção do treinamento para que comece a diminuir o grau de treinabilidade, de preparação ou, no mínimo, da manutenção do nível alcançado. Princípio da Variedade • É a variação da intensidade, duração ou estilo ( treinamento cruzado ), das sessões de exercícios, na busca de um melhor equilíbrio muscular e de excelente forma fisica Definição • É a maneira de atletas desenvolverem suas capacidades biomotoras utilizando outros meios de treinamento, ou praticando desportos que podem trazer benefícios, enriquecendo o treino, e tambem trazendo variedade que no final resultará sobre o bem estar mental e psicológico do atleta. ( bompa, 1998 ) O por que do princípio ? Iniciação Esportiva � Enriquecimento do acervo motor � Evitar especialização precoce Alto Rendimento � - Monotonia e o caráter maçante de algumas categorias desportivas � Exigência muito grande nos esportes contemporâneos � Volume e intensidade elevadas continuamente � Alto número de repetições de movimentos Exemplos • Para alcançar o alto rendimento, os atletas ultrapassam o limite de 1000 horas por ano de treinamento • Um halterofilista profissional chega a treinar de 1200 a 1600 horas por anoa 1600 horas por ano • Um remador rema 40 a 60 km em duas sessões de treinamento por dia • Um nadador percorre cerca de 10 a 20 km em duas sessões de treinamento por dia • Desmotivação • Abandono do esporte Implicações • Alto grau de estresse • Perda de desempenho Papel do Treinador • Criar, incentivar e trabalhar com a imaginação que é um recurso importante para variar, de forma bem sucedida o treinamento. • Ao preparar um programa de treinamento, o treinador • Ao preparar um programa de treinamento, o treinador deve considerar as habilidades e os movimentos necessários para preencher os objetivos. • O treinador deve manter o interesse do atleta e evitar a monotonia, concluindo a cada sessão de treinamento com movimentos apreciados pelo atleta. Exemplos • Para atletas que querem melhorar a potência de membros inferiores para praticar o salto em altura ou o voleibol não tem necessariamente que correr e saltar todos os dias, para isso a variedade de exercícios como meio agachamento, leg press, agachamento com saltos e etc. • Para corredores de fundo e meio fundo que corre horas na • Para corredores de fundo e meio fundo que corre horas na pista de atletismo, poderiam ser utilizados outros locais para eles correrem como praias, parques e etc. • Para nadadores que querem melhorar força nas braçadas ou nas pernadas poderiam ser usados movimentos e exercício na sala de musculação onde tirariam eles da solidão da piscina. PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA TREINAMENTO DESPORTIVO aFundamenta-se nas características morfológicas e funcionais do ser humano; aCada ser humano é um todo com características distintas, que vai desde o ponto de vista antropométrico, como também motor, psicológico e PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA antropométrico, como também motor, psicológico e de adaptação, ou seja, - tem semelhanças nos aspectos mais gerais; - obedece as mesmas leis bio-fisiológicas e; - diferencia nos aspectos mais específicos. TREINAMENTO DESPORTIVO a Cada ser humano possui características individuais que são determinadas pela carga genética dos mesmos, o que implica em PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA genética dos mesmos, o que implica em diferentes níveis de adaptações e respostas aos estímulos do exercício, apesar de todos termos os mesmos tipos de adaptações e respostas TREINAMENTO DESPORTIVO • Observa-se que somente alguns nascem com a capacidade/dom de tornarem-se campeões, e aqueles que possuem este privilégio, apenas aqueles que seguem/cumprem na íntegra os, múltiplos, protocolos existentes no Treinamento Desportivo PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA protocolos existentes no Treinamento Desportivo conseguirão o sucesso almejado; • O programa de treinamento é fundamentado nas capacidades orgânicas e no estágio de treinamento que o atleta/praticante, se encontra; TREINAMENTO DESPORTIVO • Buscamos continuamente o aperfeiçoamento das características técnico-esportivas da forma mais específica e individualizada possível. Quanto mais o treino aproxima-se das características positivas de respostas individuais, maiores serão as PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA respostas individuais, maiores serão as performancesalcançadas; • O genótipo caracteriza os potenciais, a predisposição inata ou aptidão. As habilidades são parte do fenótipo ou das características possíveis de serem incorporadas ao indivíduo. TREINAMENTO DESPORTIVO • Como exemplos de aptidão citamos: aptidão de força muscular máxima, de resistência muscular máxima, de resistência cardiovascular máxima, flexibilidade e velocidade máxima atingível; PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE BIOLÓGICA • O ato de jogar ou praticar esportes são transmitidos aos indivíduos por meio de treinos e repetições contínuas, e são bons exemplos do que sejam as habilidades. TREINAMENTO DESPORTIVO BOMPA (2002), planejar de acordo com o nível de tolerância da: tIdade biológica e cronológica; tExperiência ou idade de iniciação no TD; tCapacidade individual de trabalho, desempenho;Capacidade individual de trabalho, desempenho; tTreinamento e estado de saúde; tA carga de treinamento e a velocidade de recuperação e; tCom a posição corporal do atleta e o tipo de sistema nervoso. PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS TREINAMENTO DESPORTIVO São aqueles que, de alguma maneira, incluem a metodologia utilizada durante o processo do treinamento. aDa participação ativa e consciente no T.D.: PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO ATIVA E CONSCIENTE NO E CONSCIENTE NO TREINAMENTO DESPORTIVO TREINAMENTO DESPORTIVO (T.D.) aDa participação ativa e consciente no T.D.: O ser humano é uma alma consciente, pensante e racional – o atleta deve elaborar conscientemente as tarefas a serem desenvolvidas – saber o que estão tarefas a serem desenvolvidas – saber o que estão fazendo e como estão fazendo e para que estão fazendo. TREINAMENTO DESPORTIVO Da participação ativa e consciente no T.D. • Harre, D. (1994) propõe as seguintes regras para alcançar este princípio: - direcionar o atleta ao objetivo do rendimento a alcançar; - prover o atleta de conhecimentos vinculados, estreitamente, as tarefas do T.D.; - formular exigências que requerem reflexões, iniciativa e responsabilidade por parte do atleta; - fazer com que o atleta participe na avaliação e na estruturação do T.D. TREINAMENTO DESPORTIVO Da participação ativa e consciente no T.D. - educar o atleta para que ele seja capaz de auto-analisar; - capacitar o atleta para que ele faça um controle consciente de sua própria seqüência; - confiar, ao atleta, responsabilidades de ordem pedagógicas e; - registrar de forma contínua seus resultados e compará-los com os planos antecipados e o T.D. real. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa transferência do Treinamento: Ao realizar exercícios mais ou menos distantes do objetivo desejado, as modificações podem sofrer três tipos de influências: positiva – negativa – nula. De influências: positiva – negativa – nula. De acordo com Gagné, (1970) também pode ser categorizada como transversal (lateral) e vertical. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa transferência do Treinamento: Transferência: É o efeito de uma ação motora para outra. - não ocorre de forma automática, nem de forma tão fácil;forma tão fácil; - há autores que colocam → “se aprende a fazer um movimento fazendo o movimento e somente este”; - a condição para que se realize uma transferência é que exista coincidência coordenativa entre os movimentos respectivos. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa transferência do Treinamento: - a transferência negativa ocorre quando a execução de um movimento é razão de interferência na execução de outro movimento; - a transferência positiva ocorre quando a- a transferência positiva ocorre quando a execução de um movimento é facilitada pelo executar de um segundo movimento; - a transferência vertical ocorre quando movimentos apreendidos/aprendidos são úteis para movimentos similares, mais avançados/complexos. TREINAMENTO DESPORTIVO • Para B. Pinon, 1973 → Transferência pode ser: Proativa – a aprendizagem anterior modifica a posterior. - com um efeito positivo (facilitação proativa) - com um efeito negativo (interferência proativa) Retroativa – a aprendizagem atual modifica os hábitos obtidos anteriormente. - com um efeito positivo (facilitação retroativa) - com um efeito negativo (interferência retroativa). TREINAMENTO DESPORTIVO aDa transferência do Treinamento: “A Transferência no processo de aprendizagem implica na aplicação ou no uso de movimentos aprendidos/apreendidos em uma situação aprendidos/apreendidos em uma situação nova ou em uma circunstância diferente”. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa acessibilidade/sistematização: “Ao atleta se deve implementar cargas que o mesmo tenha condições de desenvolvê-las de forma positiva e que ao dominá-las o induzam a mobilizar otimamente seus potenciais físicos, mobilizar otimamente seus potenciais físicos, psíquicos e intelectuais de rendimento – devem ser evitadas as cargas de exigências baixas, como também as de sobreexigências”. aDa acessibilidade/sistematização: O treinamento deve obedecer a uma sistemática de desenvolvimento, onde os conteúdos devem evoluir e serem TREINAMENTO DESPORTIVO os conteúdos devem evoluir e serem planificados de acordo com as suas teorias e variáveis fisiológicas envolvidas, obtendo, assim, uma seqüência pedagógica que perspectiva o desenvolvimento atlético. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa acessibilidade/sistematização: Dentro da planificação, devemos ter o planejamento escrito dos conteúdos do treinamento, e as justificativas para a treinamento, e as justificativas para a utilização dos procedimentos adotados, frente aos conhecimentos e referenciais das ciências do Treinamento Desportivo. aDa acessibilidade/sistematização: - Do pouco para o muito; TREINAMENTO DESPORTIVO - Do simples para o complexo e, - Do conhecido para o desconhecido. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa periodização: • Estabelece as regras de estruturação do Treinamento Desportivo em um determinado período de tempo, períodos lógicos que período de tempo, períodos lógicos que fundamentam a regulação do desenvolvimento da preparação do atleta. (Forteza e Ranzola, 1988). TREINAMENTO DESPORTIVO aDa periodização: • O Treinamento Desportivo se caracteriza por ser cíclico e expressado por precisão, logo supõe-se que: - ao organizar o T.D. há que se partir da necessidade de repetir sistematicamente os elementos principais de seu conteúdo, modificar ao mesmo tempo suas tarefas de acordo com a lógica de alternância das fases, etapas e períodos do T.D. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa periodização: - ao resolver os problemas de utilizar objetivamente os meios e métodos do T.D., há de se encontrar o lugar correspondente na estrutura dos ciclos, já que eles, por mais ativos que sejam,dos ciclos, já que eles, por mais ativos que sejam, perdem sua eficácia se não são aplicados no tempo e lugar oportuno e não levar em consideração as particularidades das fases, etapas e períodos do T.D. TREINAMENTO DESPORTIVO aDa periodização: - há de se observar qualquer fragmento do processo do T.D. em sua correlação com as estruturas mais complexas, considerando que a estrutura de um microciclo se determina emestrutura de um microciclo se determina em função da fase do mesociclo ou etapa superior em que se encontre emuldurado (realizando-se), e assim sucessivamente.