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Introdução à língua latina

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Introdução à língua latina
O Latim é uma língua do ramo itálico da família Indo-Européia. Pertence ao grupo centum e era falada pelo povo da antiga Roma. É uma língua altamente flexional e, em conseqüência disso, tem uma grande flexibilidade na ordem das palavras.
Inicialmente um dialeto itálico falado na região do Lácio, o Latim tornou-se uma língua importante à medida em que os seus falantes (os romanos) ganhavam destaque na região. Com as expansões militares de Roma e a conseqüente importância alcançada pelo Império Romano, tornou-se uma espécia de língua universal do mundo ocidental, mantendo sua importância mesmo depois da queda do Império.
A língua se expandiu juntamente com o Império Romano, apesar de que nas regiões orientais o Grego continuasse predominando.
O Latim perdurou até depois da queda do Império Romano. A Igreja Católica o tem como língua oficial até hoje. Obras literárias e teológicas em Latim foram escritas durante toda a Idade Média. Vários cientistas e filósofos modernos (Descartes, Newton, Leibniz etc.) escreveram obras originalmente em Latim. Até hoje ele é usado em alguns termos jurídicos, na taxonomia dos seres vivos e outras questões de nomenclatura científica.
Do Latim derivam as línguas românicas: Português, Espanhol, Catalão, Italiano, Francês, Romeno, Galego, Occitânico, Sardo, Romanche entre outras
Literatura latina
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Literatura latina ou romana é o nome que se dá ao corpo de obras literárias escritas em latim, e que permanecem até hoje como um duradouro legado da cultura da Roma Antiga. Os romanos produziram diversas obras de poesia, comédia, tragédia, sátira, história e retórica, baseando-se intensamente na tradição de outras culturas, particularmente na tradição literária grega, mais amadurecida. Mesmo muito tempo depois que o Império Romano do Ocidente já havia caído, a língua e a literatura latinas continuaram a desempenhar um papel central na civilização europeia e ocidental.
A literatura latina costuma ser dividida em períodos distintos. Poucas obras escritas no latim antigo chegaram até nós; entre os trabalhos que sobreviveram, no entanto, estão as peças de Plauto e Terêncio, que permaneceram extremamente populares por todos os períodos até a atualidade, enquanto diversas outras obras latinas, incluindo muitas feitas pelos mais destacados autores do período clássico, desapareceram, muitas vezes tendo sido redescobertos apenas séculos depois de suas composições, e outras vezes nem mesmo isto. Estas obras perdidas sobreviveram por vezes como fragmentos, em outras obras que sobreviveram, enquanto outras são conhecidas apenas por referências em obras como a Naturalis Historia, de Plínio, o Velho, ou De Architectura, de Vitrúvio.
O período do chamado latim clássico, durante o qual se costuma considerar que a literatura latina atingiu o seu ápice, costuma ser dividido em duas eras distintas: a Era de Ouro, que cobre aproximadamente o período do início do século I a.C. até a metade do século I d.C., e a Era de Prata, que abrange o século II d.C..[1] A literatura composta depois da metade do século II frequentemente é desprezada e ignorada; durante o Renascimento, por exemplo, quando diversos autores clássicos foram redescobertos e seu estilo foi imitado conscientemente. Cícero, acima de todos, foi tomado como paradigma, e seu estilo louvado como o ápice da perfeição no latim. Já o latim medieval frequentemente foi rejeitado como sendo mal-escrito, porém na realidade diversas grandes obras da literatura latina foram produzidas ao longo da Antiguidade Tardia e da Idade Média, embora não mais fossem conhecidos e lidos por tantos quando aquelas obras escritas no período clássico. Três destas obras sobreviveram e inspiraram os arquitetos e engenheiros do Renascimento: a Naturalis Historia ("História natural"), de Plínio, o Velho, os livros de Frontino sobre os aquedutos de Roma, e De Architectura ("Sobre a arquitetura"), de Vitrúvio.
LITERATURA LATINA
A Literatura Latina terá começado com a introdução do Helenismo em Roma ( por volta do ano 250 a.C.)
Antes dessa época, limitava-se a inscrições ( a mais antiga é de 600), a cantos religiosos e sátiras.
	ÉPOCA 
PRÉ-CLÁSSICA 
(até 100 a.C.)
	ÉPOCA CLÁSSICA 
( de 100 a. C. a 14 d.C.)
	ÉPOCA IMPERIAL 
(14 a 120 d. C.)
	Lívio Andronico 
- 285 a 204
Iniciador da Literatura latina, grego, prisioneiro de guerra, após a conquista de Tarento. Criou a EPOPEIA, graças à sua tradução latina da Odisseia; a TRAGÉDIA e a COMÉDIA, pelas suas imitações dos textos gregos.
Névio - 265 a 202
Prosseguiu com as Epopeias; cantou a Primeira Guerra Púnica.
Plauto - 254 a 184
O mais popular dos cómicos latinos. Terá escrito 130 peças, mas apenas 21 são dele garantidamente. Anfitrião, Aululária ( A Comédia da Marmita), O Gorgulho, O Soldado Fanfarrão, Epídico, etc.
Énio - 239 a 169
Terêncio - 190 a 159
Deixou-nos seis comédias; entre elas: A Sogra, Os Dois Irmãos, etc.
	Cornélio Nepos - 110 a 25
Historiador
Cícero - 106 a 43
Discursos: Verrines, In Catilinam, Pro Archia,etc
Obras filosóficas: De Officiis, De Republica, De Natura Deorum, De Amicitia, etc.
Oratória: Brutus, Orator, De Oratore
César - 100 a 44
Obras históricas:Bellum Gallicum e Bellum Ciuile
Lucrécio - 98 a 55
De Natura Rerum
Catulo - 87 a 54
Poeta, deixou-nos uma centena d e poemas.
Salústio - 86 a 35
Conjuração de Catilina
Virgílio - 79 a 19 d.C.
As Bucólicas ( 10 poemas pastoris), As Geórgicas (Poema didáctico em 4 cantos sobre a agricultura), A Eneida ( Poema épico em 12 cantos, que conta a lenda de Eneias. Eneias, troiano, filho de Anchises e de Vénus, sai de Tróia para fundar uma nova cidade; Perseguido pelo ódio de Juno, erra pelos mares, aborda Cartago, ama a rainha Dido que abandona e se mata, chega enfim a Itália, triunfa sobre os habitantes do país, casa com Lavínia, filha do Rei Latino e funda a cidade de Lavinium. É o antepassado de Numitor, Rómulo e da gens Julia ( César e Augusto)
Horácio - 65 a 8 d.C.
Odes, Canto Secular, Epodos, Sátiras, Arte Poética
Tito-Lívio 59 a 17 d.C.
História Romana desde as origens ao ao 9 d.C 
Tibulo - 54 a 19 d.C.
Ovídio - 43 a 17 d.C.
Amores, Arte de Amar, Metamorfoses, etc.
	Fedro - 16 a.C. a 44
Fábulas
Séneca - 4 a. C. a 65
12 livros de Diálogos Morais
Quintiliano - 30 a 96
Marcial - 40 a 104
Tácito - 55 a 120
Juvenal - 60 a 130
Plínio, o Jovem - 62 a 113
http://amartinho.home.sapo.pt/escola/latim/latim12/autores/litlat.htm
Literatura Latina: Aparecimento e Características
Publicado em 20 de março de 2012 por solidade 
Ao contrário dos gregos, que eram irmãos inimigos, os romanos só constituíram uma literatura depois que o Estado impôs uma unidade política e social aos diferentes povos da Penísula,( etruscos, sabinos, umbros, oscos e gregos).
Enquanto na Grécia a unidade se fragmentou em várias divisões, em Roma a diversidade se constituiu numa poderosa unidade.
Roma, situada numa região nomeada por Lácio, logo se tornou o centro das atividades comerciais dos povos vizinhos. Logo depois, com suas conquistas territoriais, passou também a ser o centro político de toda a Península Itálica, e aos poucos a capital do mundo.
Períodos
1-Primeiros Escritos ( 753 a. C. a 264 a. C. )- Início das guerras contra de Cartago.
Os romanos, ao contrário de outros povos que foram buscar inspiração para a sua literatura incipiente na lírica e na epopéia, sendo, de um modo geral, agricultores religiosos e práticos, destinaram seus primeiros escritos às chamadas inscrições lapidares.
Entre os primeiros escritos romanos temos:
Nênias – lamentações fúnebres, sem cunho literário, a princípio por família do morto e depois por mulheres pagas, carpideiras,
Cantos Convivais- elogio aos ancestrais cantados em banquetes a princípio pelos convidados e depois apenas pelas crianças.
Com o tempo juntaram-se ao diálogo, o canto, e a dança, constituindo a Sátira Dramática. Os personagens grotescamente mascarados representavam tipos como o bobo, o tagarelão, o velho ridículo, o corcunda sábio. Nessa época surgiram gêneros quebem revelam a tendência marcante do temperamento romano: a jurisprudência, a história e a eloquência.
Os patrícios, na condição de sacerdotes e juízes, abusavam de sua posição em detrimento da plebe. Não havia leis escritas, mas de costumes introduzidos por seus antecessores.
No ano 450 a. C. enviaram missões encarregadas de copiar as leis de Atenas e de outras cidades o que os levou a promulgar as (Duodecim Tabularum Legos) – Lei da Doze Tábuas que constituem o fundamento do Direito Romano.
As leis eram muito duras especialmente em relação aos débitos e também aos danos físicos (Lei de Talião).
Desse contexto, surgiu o gênero histórico pela tendência romana de manter  vivas as  glórias do passado, sem preocupação literária.
O mais antigo escritor latino foi Ápio Cláudio Cego (355 a.C.- 276 a.C.), foi também censor, cônsul, tribuno militar, edil, pretor, construtor de alguns monumentos públicos (Via Apia, Áqua Appis), gramático, poeta  e jurista.
Dele é a seguinte sentença:
“Est unusquis faber ipsae fortunae”
Cada um é artífice da própria felicidade (Sentenças Fragmento 2, vv1-2 )
Contudo, toda essa produção está destituída de valor literário, resguarda apenas um interesse histórico; fala-nos sobre a língua, as crenças e os antigos costumes romanos. Como bem se observa a seguir:
Cantos litúrgicos – deram origem ao lirismo e a tragédia
Cantos Convivais – deram origem à epopéia
Comédia - deram origem aos  fesceninos e dos saturae
Anais - deram origem à história
A partir daqui, a eloquência encontrará as mais favoráveis condições para o seu desenvolvimento.
Já se encontrará um povo organizado política e socialmente, no primeiro estágio de sua evolução literária.
2-                 Época Arcaica – ( 264 a.C. – 100 a.C. )- Nascimento de César.Corresponde ao início dos primeiras obras influenciadas  pelo helenismo.
A Literatura Latina propriamente dita começará no século III a.C. A paulatina conquista do Lácio, a dos etruscos ao norte e a dos gregos ao sul garante a hegemonia romana em toda a Península. Vencem os cartagineses na 1ª. Guerra Púnica-241 a.C., derrotam Aníbal na Segunda -218.a.C. – 201 a.C. e em 140 a.C, aniquilam completamente Cartago.
Em seguida, os romanos implantam-se na Espanha e na Gália, mas somente a conquista do mundo helênico (grego) lhes abre os horizontes ao novo.
As obras gregas demonstram um certo poder destrutivo: Eurípedes põem em questão os antigos dogmas sacerdotais, os cômicos  zombam dos deuses, leis, magistrados, família, e moral: tudo que a Roma Republicana cultuava. Ênio, dramaturgo e poeta épico romano, prega doutrinas hostis à religião sagrada. Os gregos apresentam aos romanos como o princípio da liberdade de pensamento e do ceticismo. A Literatura Grega afina a sensibilidade artística dos romanos. As doutrinas do parentesco universal de Sócrates e Platão lhes ensinam que todos os povos são irmãos. Até o Direito Romano, no princípio muito rígido, torna-se a lei de toda a humanidade. Roma e Grécia constituem as duas colunas sob as quais se assenta o império universal. Aquela agiu e esta ditou.
Roma, seduzida pelas obras de artes da Grécia, levou suas obras-primas como troféus de guerra. Muitos prisioneiros gregos letrados foram usados como pedagogos, entre os quais Lívio Andronico, importante escritor épico romano de origem grega.
Lívio Andronico
A partir dele os romanos tomam contato com a Literatura Grega, traduzem-na, estudam-na nas escolas – a maioria dos professores era grega e como afirmaria Horácio (EpístolasII,I, 157:
“ Graecia capta ferum uictorem cepit et artes intulit agresti Latio.”
A Grécia vencida venceu o feroz vencedor e levou as artes ao agreste Lácio.
Lívio Andronico conhecedor do grego e do latim, interpreta a seus alunos textos da Literatura Grega, entre os quais a Odisséia de Homero. Apesar da crítica desfavorável de Cícero esta obra foi fundamental para a propagação da literatura grega em Roma.
Roma abre as portas para o helenismo – influência cultural grega -. A alta sociedade toda fala grego. Os velhos senadores romanos se indagavam sobre a importância da literatura e da arte, numa cultura que só valorizava a uis e a uirtus – a força e a virtude.
O escravo Lívio Andronico foi convocado para escrever uma tragédia e uma comédia em latim. O sucesso foi tal que agora um romano podia dizer a um grego:
“Est nobis quoque theatrum.”
Também temos teatro.
Tornou-se então famoso por haver escrito oito tragédias- traduzidas ou imitadas da dramaturgia grega, as quais eram encenadas durante as soles, festas romanas.
Deve-se a Lívio Andronico a criação da togata (fábula togata) e da tragédia pretexta (fabula pretexta). Lívio Andronico foi o primeiro poeta nacional da Literatura Latina. Em suas tragédias dá voz tanto aos heróis lendários como aos legionários romanos, exaltadores do culto à honra, como aos pastores do Lácio, através dos quais delineava lindos quadros da vida campestre. Em suas comédias ataca as famílias nobres de Roma, os Cipiões e os Metelos.
“Seseque uel perire mauolunt ibidem
Quam cum stupro redire as suos populares.”
Eles preferem morrer ali a voltar com ignomínia para a pátria
(sobre o valor romano, Guerra Púnica, liv.V, frag.42,v2)
Foi o primeiro a celebrar em versos as proezas romanas, e talvez tenha sido o primeiro a proporcionar a Virgílio o tema de ENEIDA. Remontando às origens troianas e ao nefasto amor entre Dido e Enéias, encontrou na ruptura dessa ligação provável a causa do ódio entre os povos púnicos (Cartago) e latinos.
Lívio Andronico, conhecedor das letras gregas, levou ao palco uma comédia imitada de Aristófanes em que os políticos e seus abusos eram veementemente criticados. Tendo os acusados reagido, vetou-se aos escritores o direito de escolha de seus temas: a literatura não deveria ser mais que um entretenimento. Preso, apresenta queixa.
Ênio, O Homero Latino
Após a 2ª Guerra Púnica (201 a.C.), conquistado o Mediterrâneo Ocidental, a atenção de Roma volta-se inteiramente para a Grécia, para seu refinamento literário e sua expressão cultural. As mudanças políticas e culturais se manifestam nos movimentos sociais, como nos mostra ÊNIO (239 a. C. – 169 a.C.).
Sabemos que escreveu 22 tragédias e duas comédias, cuja caracterização dos personagens e da imagística são de autores gregos adaptados para o latim.
Tal qual o trágico grego distingue-se o poeta trágico romano devido ao seu gosto pelo patético, como o lamento de Andrômaca e devido à filosofia racional – como o ataque à fé nas divindades, como sugerido no fragmento abaixo:
“Vi PRÍAMO massacrado banhar com seu sangue o altar de JÚPITER; vi (oh, que visão terrível!) o corpo de HEITOR arrastado na lama, atrás do carro de Aquiles, vi o filho de HEITOR precipitado do alto dos muros”.
Em relação aos deuses: “Eles não se preocupam com o que faz a raça humana, pois que, se preocupassem, os bons seriam contemplados com a felicidade e os maus com a maldade”.
Seu principal livro, ANAIS, conta a história de ROMA desde as viagens de ENÉIAS até a sua época.
Foi ÊNIO um verdadeiro poeta romano e não grego. Seu ANAIS, até o surgimento  de  ENEIDA, foi tido como o grande marco da poesia romana.
Plauto 
Um inegável sucesso como poeta cômico. Usava uma linguagem coloquial, cheia de artifícios, jogos de palavras e aliterações (repetição de fonemas).
Plauto como vivia junto à plebe a conhecia muito bem, convivia com os parasitas, com os escravos, mercadores, as cortesãs, pessoas vestidas com trapos.
Em seus escritos, ele caracteriza com muita propriedade os diversos tipos de pessoas:
Jovens
Velhos
Mercador de Escravos
Parasitas
Cortesãs
Matronas
Escrevia para viver e não realizar um ideal de beleza: era um mercador de comédias. Não podia ser, contudo um tradutor literal, pois tinha como plateia uma multidão inquieta e de gosto vulgar: camponeses embriagados e operários, e, por isso, deveria explicar muito bem o tema para que a multidão dispersa entendesse.
Pedia silêncio, a saída dos que roncavam e das mulheres faladeiras: ali estava um público iletrado ao qual o poeta deveria agradar.Na crença romana da época, o deus LAR protegia a casa e o seu lugar de culto era a lareira.
Tratava de assuntos quotidianos, não tratava de política.
Quase todas as suas peças se constituem numa sequência de estratagemas preparados por um escravo travesso dentro de situações reais de vida.
Pelos fins do Século II a.C., a comédia paliata sai de cena para dar lugar a togata, assim chamada porque os atores usavam toga no palco.
Ariosto
Na ITÁLIA , foi o fundador do teatro moderno, inspirou-se em Plauto. Molière na França reescreveu algumas peças de Plauto e Shakespeare também recorreu a peças de Plauto.
Cecílio 
Representa a TRANSIÇÃO. Escravo alforriado imprimiu aspectos do espírito romano, muito de sua verve e força emotiva.
Começa imitando Plauto para logo em seguida inspirar-se nos passos dos mestres gregos. Segundo Varrão tinha uma visão psicológica mais aguçada que Plauto, mas carecia de uis (força) cômica.
“É bem desgraçado quem não consegue esconder aos estranhos a própria miséria.”
“Como poderia desejar-lhe uma longa vida se me priva de tudo o que  me agrada?”
Terêncio – Um Teatro Aristocratizado
Africano de Cartago; ainda jovem foi comprado como escravo por Cipião Terêncio Lucano, senador romano, que lhe propiciou esmerada educação e do qual liberto, adotou o nome.
Participou do ciclo dos Cipiões. Convivendo com a aristocracia, tornou-se polido, mantendo-se bem longe de um teatro mais popular.
O tom elitizado de Terêncio encontrou na Roma de então um público elitizado que não só conhecia bem a Literatura Grega como a admirava,  e a sentia a ponto de querer introduzir nas letras romanas o que havia de melhor na Grécia.
Em seu teatro, tudo era grego, tudo em seu teatro era refinado, em um ambiente mais calmo, com uma linguagem mais artística, chega-se com TERÊNCIO a um refinamento moral das expressões e dos costumes.
Enquanto PLAUTO fazia rir, TERÊNCIO apenas fazia sorrir.
O escravo travesso desaparece do teatro, pois a decência patrícia não o permitia. Seus heróis são pessoas educadas: não há avaros, soldados jactanciosos, parasitas glutões, ávidos mercadores de escravos. Os pais são mais doces e os filhos mais obedientes e amam com ternura, não loucamente. Seus personagens não são tão caricaturas como os platinos, mas um retrato fiel dos personagens de Menandro.
* “Aquele que se acostumar a ter a audácia de mentir  a seu pai e de enganá-lo, tanto mais facilmente ousará fazê-lo aos outros”.
* “Acho que é muito melhor conter os filhos pelo sentimento da honra e pela lealdade do que pelo medo.”
“Quando um espírito faz o seu dever coagido pela violência, só toma cuidado quando acha que podem  descobri -lo , mas se espera passar escondido, lá volta ao que é seu natural”.
Deve-se a Terêncio um latim mais puro, os primeiros esboços de uma comédia mais fina, a comédia da sociedade, fato compreensível a um escritor que sempre viveu em um ambiente aristocrático.
Somente ele se igualou aos GREGOS em refinamento e elegância.
“Quanto os homens, quantas as opiniões.”
Só no Renascimento as comédias de TERÊNCIO tiveram o reconhecimento e foram traduzidas para várias línguas.
Pacúvio – Homo Doctus( 220 A.C. – 130 A.C)
Depois de ÊNIO, à proporção que os gladiadores foram ganhando popularidade, a tragédia começou a sair de cena, segundo Cícero, filósofo, orador escritor romano.
Nessa época podemos observar os seguintes aspectos:
3-                  Época de Cícero – (100 a.C. – 44 a. C.) – morte de Cesar- a oratória chega ao seu apogeu.
4-                 Século de Augusto- (44 a.C. – 14 a. C.) – morte de Augusto.
5-                 Século Imperial- fase pós-clássica (14 a.C. – 117 d.C.) – até a morte de Trajano. Idade de Prata.
6-                  Decadência (fase pós- clássica) –(117 a.C. – 192. d.C – final do Império dos Antoninos.
7-                  Época Romano – Cristã- (192 a.C.- 476 d.C.) até a queda do Império Romano do Ocidente – Caracterizado por uma literatura de cunho cristão.
A Literatura Latina é a expressão do temperamento de um povo cujo papel foi decisivo na história da humanidade. Esta literatura por muito tempo contribuiu e contribui ainda, perpetuando a influência da civilização romana nos tempos modernos.
A LITERATURA LATINA E SEUS PRINCIPAIS EXPOENTES - I
José Ozildo dos Santos
A
 literatura latina foi menos original que a grega. No entanto, ela possui certas particularidades. Os escritores romanos além de seguirem quase todos os modelos literários de seus predecessores, interessavam-se por temas menos abstratos e mais práticos, de tendências humanistas e realistas.
Num contexto geral, entende-se por literatura latina toda a produção literária escrita em latim, desde a organização social do povo romano (época em que o latim era língua viva), até o período medieval e o Renascimento, quando o latim passou a ser utilizado por muitos outros povos para a divulgação dos escritos relacionados aos rituais religiosos, à educação e à administração pública.
Definido como língua culta, o latim foi o idioma empregado pela filosofia e pela ciência durante toda a Idade Média europeia e até meados do século XVIII. Essa condição fez com que a literatura latina exercesse forte influência sobre a cultura ocidental.
Em termos estilísticos, a evolução da literatura latina acompanhou o curso dos acontecimentos históricos ligados ao Império Romano. Essa estreita relação fez com os pesquisadores dividissem a literatura latina em quatro fases distintas: a antiga, a época de Cícero, a idade de ouro (também denominada de fase contemporânea de Augusto), e a idade de prata. Essa última fase, prolongou-se até a morte de Adriano.
No entanto, outros pesquisadores, acrescentam a essas fases clássicas as manifestações literárias do baixo Império Romano e as da época medieval. Entretanto, deve-se registrar que na Idade Média o latim foi utilizado menos pelo valor literário do que por necessidades da teologia, da doutrina e da filosofia.
I - A LITERATURA LATINA NO PERÍODO ANTIGO 
A produção literária latina do período antigo é pouco conhecida. Nessa primeira fase de sua história, a influência helênica não era ainda tão significativa. 
As primeiras obras literárias produzidas em latim foram os carmina (cantos), escritos em versos. Alguns desses cantos eram de inspiração religiosa, a exemplo do ‘carmen saliare’ e do ‘carmen arvale’. Outros estavam mais próximos do épico, como os ‘elogia’ (elogios), os ‘carmina connivalia’, os ‘carmina triumphalia’ e as ‘neniae’ (cantos fúnebres). 
Havia também os malum carmen e os carmen famosum, a poesia satírica, que, a exemplo dos carmina fescennina e da fábula atelana, foram, também, formas rudimentares de expressão dramática nos primórdios da literatura latina. No entanto, o início da literatura latina propriamente dita deu-se quando se firmou o estreito intercâmbio com a cultura helênica. 
O primeiro grande nome da literatura latina foi Lúcio Lívio Andrônico (284-204 a.C). Originário de Tarento, colônia grega conquistada, foi vendido como escravo a um membro da família Livia, de quem herdou o nome. Autor de tragédias e comédias (inclusive do primeiro drama representado em Roma, no ano 240 a.C., para comemorar a vitória romana sobre Cartago), Lúcio Lívio é considerado o fundador da poesia e do teatro épico em Roma. Além de ter introduzido na literatura romana a métrica grega, traduziu a ‘Odisséia’, de Homero para o latim. De sua produção poética, restam apenas fragmentos.
Outro grande expoente da literatura latina no período antigo foi Cneu Névio, que também viveu no século III a.C. Criador de peças baseadas em fatos históricos e nas lendas da Roma antiga, Cneu participou da primeira guerra púnica, que retratou-a numa epopéia, a ‘Bellum poenicum’ (Guerra púnica), considerada o primeiro poema épico latino.
Ainda nessa primeira fase da literatura latina surgiram os ‘Annales’ (Anais), uma epopeia histórica escrita por Quinto Ênio, que conta a história de Roma desde os tempos lendários até meados do século III a.C. Ênio, que ficou conhecido como criador da literatura romana, escreveutambém tragédias e poesias de inspiração filosófica e moral. Épico, dramaturgo e crítico, foi ele quem criou e aperfeiçoou uma forma de expressão poética (verso hexâmetro) que alcançou sua maior beleza com Virgílio. 
A comédia e a tragédia latinas tiveram inspiração grega. Nesse período de formação da literatura latina, Eurípedes foi o dramaturgo grego mais imitado pelos autores latinos, a exemplo de Lívio Andrônico, Névio, Ênio e Marco Pacúvio. 
A comédia romana conquistou maior popularidade do que a tragédia. Com raízes firmadas no modelo da nova comédia grega criada por Menandro, a comédia latina além de primar pelo o humor, contava com a representação de personagens populares. Entre os principais expoentes desse gênero literário, encontram-se nomes como Mácio Plauto (na segunda metade do século III a.C.) e Públio Terêncio Áfer, que escreveram somente fabulae palliatae, ou seja, comédias adaptadas ou traduzidas da nova comédia grega.
Em sua curta existência, Terêncio (c.195 a.C. - c.159 a.C.) escreveu somente seis comédias, que foram representadas em Roma entre 166 e 160 a.C. Tais obras foram preservadas em sua totalidade. Cronologicamente, suas produções literárias podem ser ordenadas da seguinte forma: ‘Andria’ (166 a.C.; A mulher de Andros), ‘Hecyra’ (165 a.C.; A sogra), ‘Heauton timoroumenos’ (163 a.C.; O castigador de si mesmo), ‘Eunuchus’ (161 a.C.; O eunuco), ‘Phormio’ (161 a.C.; Fórmio) e ‘Adelphi’ (160 a.C.; Os irmãos). 
Ao contrário do que fez Plauto, Terêncio não tentou romanizar ou vulgarizar suas tramas. Em suas comédias, empregou forma literária refinada. Por isso, sua produção literária é considerada um modelo da língua latina, tendo exercido influência duradoura no teatro ocidental.
Depois de Terêncio não se criaram novas comédias, embora tenha-se mantido o hábito da encenação teatral. No entanto, muito tempo depois, Lúcio Aneu Sêneca retomou a prática interrompida dessa arte.
Ainda nessa fase da literatura latina, outro tipo de composição importante foi a sátira, cujas origens, genuinamente latinas, são bastante antigas. Esse gênero literário teve como principal expoente Caio Lucílio, que dela serviu-se para fustigar os vícios de seu tempo. 
A primeira obra de grande significação na prosa latina foi ‘Lex XII tabularum’ (A lei das 12 tábuas). Escrita em estilo extremamente conciso e datada de 451-450 a.C., ‘Lex XII tabularum’ é a mais antiga codificação da lei romana antiga.
Logo após a segunda guerra púnica, a narrativa histórica começou a ser cultivada, graças à contribuição dos analistas, entre os quais destaca-se Marco Pórcio Catão, dito o Censor, considerado um dos mais originais.
Ferrenho defensor da tradição romana contra a influência helenista, Catão foi autor de ‘Origines’, primeira história latina de Roma e de ‘De agricultura’ (Sobre a agricultura). Dessa primeira produção literária, sobreviveram apenas alguns fragmentos. Homem de reconhecida cultura, Marco Pórcio Catão destacou-se também na arte da oratória, na qual, recebeu a influência das diferentes escolas.
Outros nomes que também sobressaíram na oratória, ainda na segunda metade do século II a.C., foram Caio e Tibério Graco (irmãos, que, como discursos inflamados, mobilizaram multidões), Lúcio Licínio Crasso e Marco Antônio. Esses dois últimos são considerados os maiores oradores romanos antes de Cícero.
II - A LITERATURA ROMANA NA ÉPOCA DE CÍCERO 
Entre 88 a.C. e 44 a.C., registrou-se o apogeu da literatura latina. Esse período - caracterizado por turbulências políticas - também assinalou dois fatos importantes na história romana: início das guerras civis e o assassinato de Júlio César,
Nesta fase da literatura latina - que ficou conhecida com ‘a época de Cícero - surgiu um grupo de poetas tradicionalmente conhecidos como poetae novi (poetas novos), que, retomando o estilo dos poetas alexandrinos, escreveram peças de extrema concisão e apuro formal. 
Entre os ‘poetas novos’, a figura de maior projeção foi Caio Valério Catulo. Autor de poemas eruditos, notabilizou-se por seus poemas de amor e exerceu grande influência sobre as gerações posteriores. 
Nesse mesmo período, Roma conheceu o poeta Tito Lucrécio Caro, que, à margem do movimento desenvolvido pelos ‘poetas novos’, escreveu ‘De rerum natura’ (Sobre a natureza das coisas), obra considerada o primeiro grande poema didático da literatura latina. Em seu livro Lucrécio expõe sua concepção epicurista sobre o universo, defendendo a tese sobre a inutilidade de temer a morte.
Nessa fase da literatura romana, não se registrou a produção de novas tragédias ou comédias. No entanto, o teatro romano continuou a representar as antigas peças. Autores como Décimo Labério e Publílio Siro ficaram famosos difundindo as ‘pantomimas’, produção literária semelhante às farsas, mas completamente diferente das atuais ‘pantomima’.
Durante a época de Cícero a literatura romana registrou uma excepcional evolução na prosa, com destaque, especialmente, para a historiografia e a retórica, que chegaram a uma perfeição estilística tão significativa, que muitos de seus autores se tornaram clássicos, a exemplo de Júlio César, autor de ‘De bello galico’ (Sobre a guerra aos gauleses), que introduziu o modelo de narrativa de episódios militares, e, Caio Salústio Crispo, autor de ‘Bellum Jugurthinum’ (A guerra de Jugurta) e de ‘De coniuratione Catilinae’ (Sobre a conjuração de Catilina).
Aos olhos da crítica atual, como historiador, Júlio César mostrou-se conciso, breve e interessante. No entanto, escreveu com intenção apologética. Crispo, embora possuísse um estilo narrativo elegante, foi monógrafo sentencioso em sua produção histórica.
Salústio, seguindo o estilo criado pelo escritor grego Tucídides, deu a sua produção histórica uma concepção dramática. Preocupado em analisar as causas dos acontecimentos, Salústio descreveu com precisão a decadência da sociedade e dos costumes, além de ter denunciado a corrupção que abalava as instituições romanas de sua época.
Como historiadores desse período, Cláudio Quadrigário, Valério Antias e Cornélio Nepos, são também dignos de registros. Esse último, em sua obra principal, incluiu uma série de biografias de renomadas figuras romanas e estrangeiras.
Autor de obras enciclopédicas denominadas ‘Antiquitates’, Marco Terêncio Varrão é um nome que consta entre os historiadores eruditos, desse período da história da literatura latina. Muito citados entre os antigos, os escritos de Terêncio Varão perderam-se com o tempo. Deles, conservaram-se apenas fragmentos. 
Sérvio Sulpício deu uma notável contribuição à jurisprudência latina, nesse período. É importante registrar que durante a época de Cícero, a oratória romana se consagrou. Surgiu um grande número de oradores, que passaram a ser agrupados segundo suas tendências.
A escola neo-ática, que tinha uma linha sóbria e era ao mesmo tempo clara e desprovida de artifícios, teve como principais expoentes Caio Licínio Calvo, Marco Júnio Bruto e o próprio Júlio César. Entre os membros da escola asiática, que preconizava um estilo mais rebuscado, projetaram-se Quinto Hortênsio Hortalo e Marco Antônio.
A terceira escola - a de Rodes - que caracterizou-se por ser eclética e moderadora, teve como expoente máximo Marco Túlio Cícero, considerado o maior orador romano e a personalidade máxima da literatura latina. 
Falando ou escrevendo, Cícero possuía o atecismo da palavra, encantando plateias. Em seus primeiros discursos, trabalhou o estilo da escola asiática. Com o passar dos tempos, adotou depois a forma de Rodes. No entanto, produziu também peças oratórias do tipo ático. 
Considerado o pai da eloquência latina, o maior orador da Roma antiga, possuidor de uma vasta bibliografia, Cícero deixou inúmeros discursos jurídicos (pronunciados no tribunal, na qualidade de defensor ou promotor) e políticos (feitos no Senado). Entre estes últimos, encontram-se as célebres ‘Catilinárias’.
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A LITERATURA LATINA
O início efetivo da história da literatura latina se dá por volta do séculoII a.C.,
quando o Império Romano, através de seu exército e de suas conquistas, leva o latim
arcaico falado na região do Lácio a toda Itália e posteriormente Grécia, Oriente, África,
Gália. O documento mais antigo que se tem conhecimento é uma inscrição do século VI
antes de Cristo.
Os romanos, vencedores das suas batalhas, começam a valorizar o culto das
coisas do espírito e, com isso, inicia-se o estudo da filosofia, da letra e das belas-artes,
sendo a Grécia o modelo de inspiração. Considera-se a literatura latina uma das mais
ricas e que mais contribuiu para o desenvolvimento da literatura universal.
O seu término ocorre junto com a queda do Império Romano do Ocidente, que
acontece no século V d.C. com a deposição de seu último imperador.
Segundo algumas teorias, a literatura latina teve três grandes períodos:
Origem: Período Arcaico (século II a.C.) quando existiam apenas rudimentos de
poesia especialmente de caráter religioso e heróico, como exemplos: Carmina fratrum
arvalium (hinos para benzer os campos), Carmina convivalia (cantos durante os
banquetes), Carmina triunphalia (exaltação das vitórias), Nenine (lamentações fúnebres)
– na fase Primitiva (753 a 250 a.C.) e também o gênero dramático, onde os latinos
tentam adaptar as heranças gregas à sua realidade, imitando suas formas estéticas e seus
assuntos históricos e mitológicos – na fase Helenística (250 a 81 a.C.), tendo como
exemplos as Comédias de Plauto (“Anfitrião”, “Aululária”, “Casina”, “Maenechmi”) e
de Terêncio (“Adelphoe”).
Apogeu: Período Áureo (101 a.C. a 14 d.C.) que tem dentro de si a chamada fase
Clássica (81 a.C. a 68 d.C.) a qual apresenta as mais importantes obras da literatura
latina, marcada pela era cristã e que onde se destacaram poetas como Virgílio
(“Eneida”), Horácio (famoso pelos versos e expressões que se tornaram memoráveis:
“carpe diem, este modus in rebus, odi profanum vulgus, exegi monumentun aere
perennius” entre outras), Ovídio (“Metamorfoses”, “Fastos”), Catulo (considerado o
maior poeta lírico da literatura latina), Lucrécio (“De rerum natura” – sobre a natureza
das coisas), Julio César (uma das principais figuras deste período, como escritor da
história de Roma, homem político e grande general), Cícero (maior escritor da língua
latina, apesar de não ser considerado um poeta por não ter obras de ficção, possui suas
obras, que muito influenciaram escritores de todas as épocas, divididas pelos estudiosos
em quatro grupos: obras de eloqüência, de retórica, de filosofia e cartas).
Decadência: Período Imperial (14 a 313 d.C.), quando o regime republicano
acaba com a morte de Otávio Augusto e os sucessivos imperadores (Tibério, Calígula,
Cláudio, Nero) sufocam toda e qualquer liberdade de expressão. Inicia-se ainda dentro
da fase Clássica e tem como representantes alguns escritores de menor relevância, como
o dramaturgo Sêneca, o satírico Juvenal, o epigramista Marcial entre outros. Porém, o
principal gênero literário e que teve muita repercussão posterior foi o romance satíricopicaresco
de Petrônio e Apuleio, obras que representam as experiências cotidianas numa
paródia da realidade romana.
SATIRICON
Satiricon, de Petrônio: romance cuja maior parte da obra se perdeu, restando
apenas fragmentos dos livros XV e XVI, em que se encontram as aventuras de Encólpio
(narrador e protagonista), seu amigo Ascilto e o escravo Gitão, considerado belo e o
motivo da briga entre os dois amigos, que queriam sua posse amorosa.. Faz parte
também da história o personagem Eumelpo, poeta responsável pela narração da
hilariante fábula “Matrona de Éfeso”.
Admite-se que esta obra devia ser, em sua totalidade, um romance que
apresentava a vida das cidades helenizadas do sul da Itália.
O ASNO DE OURO
O Asno de Ouro, de Apuleio (nascido em Madaura, África em 125 d.C.):
também conhecida como Metamorfoses, imortalizou o seu autor e conta a história de
Lúcio, narrador e personagem, que vive a fábula ora como ser humano ora
metamorfoseado em burro. Curiosamente, o autor se faz presente dentro do texto como
o “homem de Madaura”: ...”Fui imediatamente a ele, a quem o deus Osíris informara
que um cidadão de Madaura lhe seria enviado, homem muito pobre...” e, no final
Apuleio e Lúcio confundem-se numa única pessoa, para tornar real o fantástico e
fantasiar a realidade.
A obra gira em torno de um tema central, uma macrofábula, que é a história de
Lúcio, um jovem ávido por conhecer as artes mágicas e que para isso parte para uma
viagem, durante a qual, várias outras histórias são narradas, as microfábulas (doze ao
todo), que mostram como Lúcio, desejando se transformar em ave, comete um erro
utilizando um pote de ungüento que o transforma em um asno com inteligência e
sentimentos humanos, passa por muitas situações até que a deusa Íris, em sonho, ensinalhe
o meio para recuperar a forma humana.
A fase que se segue é a Pós-Clássica, que se estende até a queda definitiva do
Império Romano, e que é marcada pelos modelos de perfeição artística dos períodos
áureos das literaturas grega e romana. O reinado de terror e tirania dos imperadores
romanos provoca a falta de ideais patrióticos e de liberdade de expressão, e com isso a
produção literária tem como características a introspecção e a busca de uma ética
individualista. A história conta que no século III d.C. inicia-se uma mudança na
literatura latina, substituindo-se a “literatura greco-latina” pela “literatura romanocristã”,
quando o cristianismo sai da era das perseguições e das catacumbas passando a
manifestar publicamente sua doutrina moral e religiosa.
Destacam-se Tertuliano, Minúcio Félix, Cipriano, Arnóbio e Lactâncio, além
dos “Padres da Igreja”: Santo Ambrósio, São Jerônimo e Santo Agostinho.
O ano de 476 d.C. assinala o fim da história romana, porém a literatura latina
ainda por mais um século fez sua história, e vale salientar que até a idade média o Latim
permaneceu como a língua da Civilização Ocidental. Hoje em dia, não é mais falada por
nenhuma nação mas é considerada o berço das línguas modernas da Europa e da
América e sua literatura se faz presente na atualidade com as obras de seus escritores e
sua influência nas obras contemporâneas.
Vitor Fernandes
Referências:
D’ONÓFRIO, Salvatore. Literatura Latina. In: Literatura Ocidental – Autores e
Obras Fundamentais. São Paulo. Ática, 2004.
Latim clássico
	Latim clássico
	Falado em:
	Império Romano
	Região:
	Europa, Norte da África, Oriente Médio
	Extinção:
	evoluiu para o latim medieval no século IV
	Família:
	Indo-europeu
 Itálica
  Latino-falisca
   Latim clássico
	Códigos de língua
	ISO 639-1:
	la
	ISO 639-2:
	lat
	ISO 639-3:
	lat
Latim clássico (sermo urbanus, lit. "fala urbana") é o nome dado à variante do latim usada pelos antigos romanos naquela que é considerada a literatura latina "clássica". Seu uso perdurou por toda a chamada Era de Ouro da literatura latina (aproximadamente entre o século I a.C. e o século I d.C.), e possivelmente chegou até a Era de Prata (séculos I e II). Nesse período, coexistiam duas modalidades do latim: o sermo cultus (ou "língua culta") e o sermo vulgaris ("língua vulgar"); sendo o primeiro a modalidade utilizada na urbe e geralmente por pessoas escolarizadas e o segundo utilizado por camponeses, soldados e até por camadas superiores, mas no seio familiar. Ao latim clássico, também chamado de "latim literário", seguiu uma outra etapa chamada de "baixo latim" e o seu posterior declínio como língua imperial.
Aquele que é conhecido como "latim clássico" nos dias de hoje era, na realidade, uma língua literária escrita de maneira altamente estilizada e polida, construída de maneira seletiva e intencional a partir do latim antigo (do qual restaram algumas poucas obras escritas).[1] O latim clássico seria o produto desta reconstrução do latim antigo, e a influência dos modelos do grego ático.[1] O latim clássico é diferente da primeira literatura latina, como a de Catão, o Velho, Plauto e, até certo ponto, Lucrécio, de diversas maneiras. Ele começou a divergir do latim antigo quando as antigasterminações da segunda declinação, -om e (nominativo singular) -os, passaram para as formas -um e -us, e algumas mudanças semânticas também ocorreram no léxico (por exemplo, forte não significava mais apenas "surpreendentemente", mas também "duro").
O latim falado pelas camadas populares do Império Romano, especialmente a partir do século II, costuma ser chamado de latim vulgar; esta variante era diferente do latim clássico tanto em seu vocabulário quanto na sua gramática, e, à medida que o tempo foi passando, passou a ser diferente na sua pronúncia também.
	
Autores
[editar] Era de Ouro
[editar] Poesia
Considera-se que primeiro poeta da Era de Ouro seja Lucrécio, autor de um longo poema filosófico descrevendo o epicurismo, Sobre a Natureza das Coisas.
Busto de Virgílio, em Nápoles.
Catulo, que escreveu posteriormente, foi um pioneiro na naturalização das formas líricas gregas para o latim. Sua poesia era pessoal, por vezes erótica, brincalhona, e, frequentemente, ofensiva. Escrevia exclusivamente em métricas gregas, e esta prosódia grega continuaria a ter uma influência acentuada no estilo e na sintaxe da poesia latina até que o surgimento do cristianismo trouxesse consigo um tipo diferente de hinódia.
As tendências helenizantes da Era de Ouro do latim atingiram seu ápice com Virgílio, cuja Eneida foi um poema épico escrito nos moldes de Homero. Tendências similares podem ser percebidas em Horácio, cujas odes e sátiras basearam-se em exemplos da antologia grega, e que usavam quase todos os formatos fixos da prosódia grega no latim. Ovídio, da mesma maneira, escreveu poemas longos e estudados sobre temas mitológicos, bem como peças semi-satíricas, como A Arte de Amar (Ars Amatoria). Tibulo e Propércio também escreveram poemas que foram modelados a partir de antecedentes gregos.
[editar] Prosa
Na prosa, o latim da Era de Ouro é exemplificado por Júlio César, cujos Comentário sobre as Guerras Gálicas mostram um estilo lacônico, preciso, militar; e por Marco Túlio Cícero, um político e advogado praticante, cujos argumentos judiciais e discursos políticos, especialmente as Orações Catilinas, foram considerados por séculos a fio como os melhores modelos de prosa latina. Cícero também escreveu diversas cartas que sobreviveram aos dias de hoje, e alguns tratados filosóficos nos quais apresenta a sua versão do estoicismo.
A historiografia também foi um gênero importante da prosa latina clássica, e inclui Salústio, que escreveu sobre a Conspiração de Catilina e a Guerra contra Jugurta - suas duas únicas obras que ainda existem em sua integridade. Outro historiador, Lívio, escreveu Ab Urbe Condita, uma história de Roma "desde a fundação da cidade"; embora composta originalmente por 142 livros, apenas 35 sobreviveram à ação do tempo.
A obra técnica de maior destaque existente é o De Architectura ("Sobre a arquitetura"), de Vitrúvio, uma compilação de métodos de construção de edifícios, de projetos e plantas de edifícios públicos e domésticos, assim como descrições das máquinas que eram usadas no processo de construção. Vitrúvio também dá uma descrição detalhada de diversas outras máquinas, como a balista, usada em guerras, instrumentos de levantamento topográfico, moinhos de água e aparatos usados para irrigação e desvio de água, como a roda de água invertida.
[editar] Era de Prata
Plínio, o Velho, num retrato do século XIX (nenhuma ilustração contemporânea chegou aos dias de hoje).
Esboço de Apuleio.
O latim clássico continuou a ser usado durante a chamada "Era de Prata" da literatura latina, que abrange os séculos I e II d.C., e seguiu-se imediatamente à Era de Ouro. A literatura da Era de Prata foi tradicionalmente considerada inferior à da Era de Ouro, que pode ser vista como relativamente injusta - embora historiadores contemporâneos tenham considerado críticas legítimas no que diz respeito a uma tendência muito grande de tentar emular as obras da Era de Ouro, e um estilo 'confuso' de ensino da retórica como causas possíveis deste suposto declínio na qualidade. O latim da Era de Prata também pode ser chamado de "pós-augustal". Entre as obras que sobrevivem, as de autores como Plínio, o Velho e seu sobrinho, Plínio, o Jovem, se destacam por terem servido de inspiração às gerações posteriores, especialmente durante o Renascimento.
Entre os escritores da Era de Prata estão:
Fedro (c. 15 a.C.-50 d.C.)
Sêneca, o Jovem (c. 4 a.C.-65 d.C.)
Plínio, o Velho (23-79)
Petrônio (c. 27-66)
Pérsio (34-62)
Quintiliano (c. 35-c. 100)
Lucano (39-65)
Marcial (40-c. 103)
Estácio (45-96)
Tácito (c. 56-c. 117)
Plínio, o Jovem (63-c. 113)
Suetônio (c. 70-c. 130 ou mais tarde)
Juvenal (fl. 127)
Aulo Gélio (c. 125-c. 180 ou mais tarde)
Apuleio (c. 125-c. 180)
A Era de Prata foi responsável por aquelas que são consideradas os dois únicos romances latinos: O Asno de Ouro, de Apuleio, e o Satyricon, de Petrônio.
[editar] Mudanças estilísticas
O próprio latim da Era de Prata pode ser subdividido ainda mais em dois períodos diferentes: um período de experimentações radicais, ocorrido na segunda metade do século I d.C., e uma espécie de neoclassicismo renovado no século II.
Busto em gesso de Nero, Museu Pushkin, Moscou.
Antigo busto de Sêneca, parte de uma herma dupla (Antikensammlung Berlin).
Durante os reinados de Nero e Domiciano poetas como Sêneca, Lucano e Estácio foram pioneiros de um estilo único, que alternativamente deleitou, repugnou e desconcertou os críticos posteriores. Estilisticamente, a literatura neroniana e flaviana mostra a ascendência do treinamento retórico ocorrida na educação romana tardia; o estilo destes autores é infalivelmente declamatório - por vezes eloquente, noutras bombástico. Vocabulário exótico e aforismos afiados reluzem por toda a parte, ainda que, por vezes, às custas da coerência temática.
Tematicamente, a literatura do fim do século I é marcada por um interesse numa terrível violência, bruxaria e paixões extremas. Sob a influência do estoicismo, os deuses perdem sua importância, enquanto a fisiologia das emoções parece imensa. Paixões como a ira, o orgulho e a inveja são pintados em termos quase anatômicos, como inflamações, inchaços e refluxos de sangue ou bile. Para Estácio, até mesmo a inspiração das Musas é descrita como um calor ("febre").
Enquanto o exagero tanto nos temas quanto na dicção rendeu a estes poetas a desaprovação dos neoclássicos, tanto antigos quanto modernos, eles foram favoritas de muitos durante o Renascimento, e foram objeto de intenso interesse pelos poetas modernistas ingleses.
Ao fim do século I uma reação contra este tipo de poesia havia se instaurado; Tácito, Quintiliano e Juvenal foram todos exemplos do ressurgimento dum estilo mais contido e 'clássico', sob os reinados de Trajano e dos imperadores Antoninos.
Fonologia
A duração vocálica era uma característica importante do latim clássico, tanto em seu léxico como em sua gramática:
populus ("povo") e pōpulus ("choupo")
leuis ("leve") e lēuis ("suave")
incidere ("incidir") e incīdere ("incindir")
rosa ("rosa", nominativo singular) e rosā ("rosa", ablativo singular)
manus ("mão", nominativo singular) e manūs ("mão", nominativo plural)
A vogal arredondada anterior [y], expressa pela letra Y, era usada para representar o υ (upsilon) grega, como em tyrannus ("tirano").
A relativa frequência e distribuição das vogais curtas foi afetada pelo 'enfraquecimento' das vogais em sílabas não-iniciais, ocorrida entre 450 e 250 a.C.:[1]
obfaciom > officium ("dever")
abagetes > abigitis ("você vai embora [em algum veículo]")
'exfactos > effectus ("feito")
A Literatura Latina e suas Eras
O artigo pretende tecer considerações sobre a literatura latina ou romana, ressaltando alguns aspectos de enorme relevância sobre as obras literárias escritas em latim, formadas por pequenas obras, dando ênfase nos principais autores da época, para que possamos conhecer um pouco da cultura de Roma de antigamente, que teve a civilização grega como fonte de inspiração; após a queda do império romano do ocidente, a língua latina foi de fundamentalimportância para desempenhar da civilização européia ocidental, onde a literatura latina costuma ser dividida em períodos distintos.
rESUMEN
1 DIVISÃO DA LITERATURA LATINA
Período antigo: os latinos tentam adaptar as heranças gregas à sua realidade, imitando suas formas estéticas e seus assuntos históricos e mitológicos, tendo destaques os seguintes autores: Plauto e Terêncio no teatro, enfatizando a comédia, e Catão, na prosa.
Época de Cícero: Cícero foi considerado o maior orador, também escritor, produzindo discursos e textos filosóficos. Suas obras influenciaram escritores de todas as épocas, como: Lucrécio, Catulo (considerado o maior poeta lírico da literatura latina), Julho César (uma das principais figuras deste período, como escritor da história, abordando comentários acerca das guerras civis e Gálica), Salústio. 
Época de Augusto: teve como principais autores: Virgílio, Horácio famoso pelos versos e expressões que se tornaram memoráveis: "carpe diem, este modus in rebus, odi profanum vulgus, exegi monumentun aereperennius" entre outras), Ovídio, propércio, Tito lívio 
Período da decadência: pérsio, Juvenal, Petrônio Apuleio, Sêneca, Tácito, Suetrônio e Plínio o velho
1.1 PRIMEIRO PERÍODO DA HISTÓRIA DA LITERATURA LATINA
Este período foi considerado como um dos períodos mais remotos da literatura, com a iscásseis de documentos, onde os romanos usavam como forma métrica os versos saturnino que eram populares entre os romanos.
O primeiro trabalho literário em prosa era uma oração de Àpio Cláudio Cego( appius Claudius Caecus).
1.2 SEGUNDO PERÍODO 
Os romanos começam a ter uma verdadeira literatura, mas ainda sob a influência grega, onde os mitos de uma religião passaram para outra, e nesta época a língua latina e a ortografia fixaram-se definitivamente, e alguns poetas mereceram destaques como: Lívio Andrônico (livius andronicus) foi certamente o maior dos poetas de seu tempo. Grego de nascimento foi feito prisioneiro na tomada de Tarento (272 a.C.). Consta que foi levado a Roma como escravo de Lívio Salanitor, viveu ensinando a língua grega, latina e tradutor da odisséia em metro saturnino, enquanto, Cnéo Névio (Cnaeus Nevius) divulgava o gênero da tragédia, influiu também a comédia, escreveu também um poema épico sobre a primeira guerra púnica.
Tito Mácio Plauto (titus maccius Plautus) abordava somente em suas escrituras a comédia, tendo atualmente nos dias de hoje somente 20 encontradas no dia de hoje, suas comédias eram muito apreciadas, mas no tempo de Augusto, aqueles caracteres de feição arcaica já não mais atraiam os homens de fina cultura
1) Amphiturno: única de assunto mitológico.
2) Asinaria: cômica.
3) Aulularia: representa o caráter de um avarento (falta a última parte).
4) Bocchides: uma das melhores comédias (faltam as últimas cenas).
5) Captiui: (os cativos) comédia sentimental.
6) Curculio: assim chamada pelo nome do parasita.
7) Casina: retrato do velho enamorado (falta o final).
8) Cistellaria: perdida mais da metade.
9) Epidicus: cômica, de enredo complicado.
10) Mostellaria: vivacidade exuberante.
11) Menaechimi: a mais brilhante de todas, com equívocos divertidíssimos.
12) Miles gloriosus: caricatura do soldado fanfarrão (O soldado fanfarrão).
13) Mercato: argumento semelhante ao de Casina.
14) Pseudolus: comédia agradável.
15) Poenulus: entre os personagens há um cartaginês falando fenício.
16) Persa: o protagonista é um escravo.
17) Rudens: vivacidade das cenas.
18) Stichus: imitação de uma comédia de Menandro.
19) Trinummus: descreve cenas familiares.
20) Truculentus: situações estranhas e vivas.
Cecílio Estácio ( caecilius statius) considerado o mais insigne dos poetas cômicos, tendo seus versos citados por Cícero. E Públio Terêncio (Publius Terentius) escreveu comédias, faleceu muito cedo aos 25 anos, porem nos dias de hoje encontramos apenas seis de suas comedias.
1) Andria: é a redução de uma comédia de Menandro, com acréscimo de uma de sua autoria.
2) Eunuchus: representadas nas festas.
3) Heautontimorumenos: o punidor de si mesmo. É uma imitação.
4) Phormio: imitando uma comédia grega de Apolodro de Caristo, tem por título o nome de um parasita, protagonista.
5) Hecyra: a sogra, imitação de uma comédia de Apolodro, encerra um estudo de caracteres. Foi a menos feliz das comédias de Terêncio.
6) Adelphos, os irmãos, derivada de uma comédia homônima de Menandro.
A cultura que Roma possuía era totalmente copiada da Grécia, porém, nos últimos séculos Roma sofreu influência da civilização helenística, onde os romanos historiadores escreveram as suas obras na língua grega 
1.2 TERCEIRO PERÍODO
Neste período a literatura latina alcançou totalmente o seu desenvolvimento, e a cidade de Cartago foi destruída, fazendo com que os gregos se mudassem para Roma contribuindo assim para o desenvolver dos seus costumes, pensamentos e sentimentos sobre a antiga vida nacional de Roma .
Na poesia predominava a composição dramática deixando de lado os outros gêneros, porém a prosa obteve um grande sucesso.
1.3.1 Principais poetas e prosadores do terceiro período
T. Quíncio Ata (T. Quintius Atta) abordava em suas poesias as características femininas; A única obra escrita por Lucílio foi Saturae (30 livros). Entretanto, C. Lucílio (C. Lucilius) aborda em suas poesias tudo o que via, ouvia e lia, dotado de uma moralidade rigorosa, esmero e ordem.
Após o desenvolvimento de Roma foram instituídas escolas nas quais ensinavam a gramática da retórica e da filosofia.
2 IDADE ÁUREA DA ITERATURA LATINA
Época de Cícero e de augusto (80 a.C-14 d.C.), nesta época a prosa atingiu a perfeição máxima, na primeira metade do quarto período, florescendo na época de Cícero e tendo pleno sucesso na época de Augusto, pois, nesta época predominava a literatura da índole política, oratória tendo influência da literatura grega. Os gregos encontrava-se em todas as partes, em diferenciadas classes, onde nesta época Atenas era dominada por Silas, e o principal autor desta época foi M. Terêncio Varão Reatino (M. Terentius Varro Reatinus) que era dotado de uma grande sabedoria, devido a isso foi posto a frente da biblioteca pública de Roma, porém a maioria das suas obras foram perdidas sobrando apenas uma enciclopédia que ainda existe nos dias de hoje, porém encontra-se ainda na língua latina .
3 LITERATURA LATINA DEPOIS DE CICERO
Após Cícero a figura mais eminente da antiguidade foi Júlio César, que disputava o poder com Pompeu, atingindo o poder absoluto, logo após, tornou-se ditador, tanto é que Júlio é um dos mais lembrados da história no mundo ocidental na atualidade se escuta algumas frases que eram pronunciadas por Júlio como: "a sorte está lançada"( Alea iacta est), " não temais César está a bordo"( Aude! Nolique timere: caesatre vehis caesarisque fortunem), " até tu brutos, meu filho?" ( tu quoque, brute, fili mi?)", onde cada frase dessa dita por Júlio representava uma história.
César porém, tinha alguns opositores que conseguiram também se destacar e ganhar uma grande importância literária. É importante também frisar que, M. Júnio Bruto( Marcus junius Brutus) que foi um dos assassinos do triúviro, onde tinha destaque devido a sua oratória e também como autor e escritor.
Valério Catulo (valerius catullus) foi o maior autor lírico do período e de toda a literatura latina, porém morreu muito cedo com um pouco mais de 30 anos de idade, onde devido a uma paixão escreveu composições quentes e apaixonadas, onde exprimia com simplicidade e espontaneidade de linguagem os sentimentos mais profundos e delicados dando a sua lírica uma fascinação que encontrava em outro autor e quer.
Na época de augusto com a passagem da republica para a monarquia, a total liberdade desapareceu, e os literatos que presenciavam a mudança, mostravam um imenso sentimento de tristeza pela liberdade perdida.
Augusto constitucionalista, excelente orador, devido a sua clareza e concisão, na poesia escreveu uma coleção de epigramas; já na prosa era composto por três livros. Augusto tinha um conselheiro chamado C. CílnioMecenas, era famoso por manter contato com augusto e com outros maiores poetas da época.
4 A LITERATURA LATINA E SUAS ERAS CRISTÃS 
4.1 PRIMEIRO SÉCULO
Após a morte de augusto, em 14 a.D, a Monarquia foi sufocada, perdendo toda a liberdade e de independência, por conseqüência do despotismo. 
No primeiro século da era cristã, só os gramáticos e juristas podiam expressar seus sentimentos sem medo na literatura, pois, na época, tudo o que era espontâneo se considerava medíocre. Os historiadores só narravam os fatos que não tivessem relação com a vida contemporânea. Os principais representantes dessa era cristã foram:
M. Veleio Patérculo: criador de u breve resumo sobre a destruição de Cartago.
Valério Máximo: criador de uma coleção de anedotas para o imperador.
Fedro: único poeta do império de Tibério. Liberto, nascido na Macedônia, publicou cinco livros de fábulas esópicas.
Cláudio: ocupou-se nas questões gramaticais e de história
L. Aneu Sêneca: Filósofo estóico, estadista, escritor, dramaturgo trágico e poeta romano, nascido em Córdoba, na Espanha, conhecido como Sêneca o Jovem, cuja obra literária e filosófica tornou-se modelo no Renascimento e inspirou o desenvolvimento da tragédia na Europa.
Q. Cúrcio Rufo: escritor da obra alexandri Magni.
Q. Rêmio Palesmão:era u escritor muito famoso em sua época, escreveu biografias de salústioe u comentário histórico a todas as orações de Cícero.
A. Pérsio Flaco: escrevia sátiras, onde seu objetivo criticar o mal gosdo dos outors poetas de sua época.
M. Aneu Lucano: era um poeta épico da literatura latina conhecida por seu famoso épico Pharsalia.
C. Petrônio Árbitro: escritor de satiricon, SATIRICON: romance cômico cuja maior parte da obra se perdeu, restando apenas fragmentos dos livros, em que se encontram as aventuras de Encólpio. 
C. Plínio Segundo:deixou apenas uma enciclopédia.
C. Sílio Itálico:
P. Papino Estácio: M. Valério Marcial, M. Fábio Quintiliano S. Júlio Frontino, Emílio Aspro.
4.2 SEGUNDO SÉCULO
Como o governo de Nero foi breve, seu sucessor Trajano, que na maioria das vezes se expressava com as guerras externas, não pôde fazer muito pela literatura. Entretanto, esse governo e o dos imperadores seguintes, a literatura perdeu toda a sua originalidade.
Todos os escritores adotam um estilo, que é uma mistura de todos os outros e procuram adotar tudo o que é raro, arcaico e artificioso. Mas as ciências práticas e as leis, são cultivadas com sinceridade, qualidade e sucesso.
A língua latina sofreu muitas alterações, principalmente na província da África, onde a latinidade africana tem como principais representantes alguns escritores importantes:
D. Júlio Juvenal, Cornélio Tácito, C. Plínio Cecílio Segundo, O imperador Adriano, C. Suetônio Tranquilo, Nero, M. Cornélio Frontão, 
Entre os juristas: Sálvio Juliano, Sexto Pompônio, Terêncio Clemente, Volúsio Marciano e Úlpio Marcelo.
Entre os gramáticos: Q. Terêncio Scauro e Calpúrnio Flaco.
Entre os historiadores: L. Ampélio e C. Grânio Liciniano
4.3 TERCEIRO SÉCULO:
Com o aparecimento do cristianismo, a história do pensamento divide-se em duas partes totalmente diferentes.
Platão e Aristóteles fundaram uma escola para investigar e expor suas idéias a respeito da explicação do universo.
Jesus Cristo apresenta-se ao mundo, revela-se como Deus e Salvador que, possuindo a verdade em sua plenitude, a comunica aos homens por meio de seu magistério infalível.
Em sentido irônico, o cristianismo não é considerado um sistema filosófico. Universalmente, foi a influência que ele exerceu sobre a orientação da filosofia, pois os as discussões eram voltadas para as soluções a respeito da existência de Deus e da natureza, as relações com o mundo, as origens e os destinos do homem, a obrigação e sansão de Eli moral não poderiam deixar de ter grande importância na filosofia, que visa sobre estas mesmas questões ainda que encaradas sob aspectos diversos. Por conta disso, houve o aparecimento de tantos escritores cristãos nessa época. Do Advento de Caracala à abolição de Diocleciano, o intelectualismo é maior nas pequenas províncias do que na Itália.
Os juristas desse período são: Erênio Modestino, Domício Ulpiano, Júlio Paulo. Porém, entre os gramáticos estavam: Censorino, Atílio Fortunaciano e Mário Máximo.
Dentre os escritores cristãos dignos de serem lembrados destacam-se: T. Cécílio Cipriano, Novaciano, Q. Sereno Samônio, M. Antônio Gordiano, M. Aurélio Olímpio Nemesiano.
Os retóricos e gramáticos notáveis são: Áquila Romano, Mário Plócio Sacerdote, Juba de Mauritânia, C. Júlio Solino, Nônio Marcelo. No entanto, os escritores mais técnicos são: Gargílio Marcial, Terenciano Mauro, Arnóbio, Latâncio Firmiano, Cláudio Mamertino e Deprânio Pacato.
4.4 QUARTO SÉCULO:
O 4º século da era cristã é caracterizado por dois acontecimentos: o cristianismo como religião do Estado e Bizâncio feito capital do império com o nome de Constantinopla. Durante esse século inteiro o paganismo e o cristianismo vivem um ao lado do outro em condições iguais.
O pensamento se concretiza no conflito das duas crenças, mas a produção literária se reduz a comentários das grandes obras antigas. A retórica continua a ser idealizada; a gramática segue os caminhos do passado; a história é um intenso trabalho de compêndios; a poesia é considerada um artifício pela necessidade de unir as formas antigas às novas idéias.
O protetor dessa cultura foi o Imperador Constantino, que era considerado por seus ambiciosos interesses políticos.
Entre os retóricos desse período podemos destacar: Sulpício Vítor, C. Júlio Vítor. Os últimos juristas, citados nos Digesta de Justiniano, resumiram os seus predecessores. Dentre eles estão: Hermogeniano, Fírmico Materno, C. Mário Vitorino, Hélio Donato. Entre os seus discípulos estavam São Jerônimo, Flávio Carísio, Sexto Aurélio Vítor, Eutrópio, Sexto Rufo, Rúfio Festo Avieno. Houve também um poeta de mérito considerável chamado D. Magno Ausônio.
No fim do século o Imperador Teodósio esforçou-se para destruir os últimos restos do paganismo. Mas houve exceção de dois ou três nomes importantes; agora todos os escritores são cristãos: Q. Aurélio Símaco e Amiano Marcelino.
Os gramáticos foram: Sérvio Mauro Honorato, T. Cláudio Donato. Os escritores técnicos foram: Flávio Vegésimo Renato, P. Vegécio e Marcelo Empírico.
No final do século, ainda entre os pagãos, destacam-se Cláudiano, Aviano, Marciano Mineu Félix Capela e Macróbio Ambrósio Teodósio. Entre os autores cristãos destacamos: Santo Ambrósio, São Jerônimo e os destaques da época eram: Turânio Rufino, Aurélio Prudêncio Clemente, Merôpio Pôncio Anício Paulino e Sulpício Severo. E o grande nome foi Aurélio Agostinho.
4.5 A LITERATURA LATINA DEPOIS DA QUEDA DE ROMA
O quinto períotaumdo da era cristã é caracterizado pelo esfacelamento do Império de Ocidente. As províncias vão caindo em poder dos bárbaros. Roma vira campo de invasão, até que Odoacro, em 476 a.C assume o governo da Itália,
A língua latina começou a ser falada, espalhando-se cada vez mais, e a literatura, cultivada até certo limite. Agora o clero privilegiou mais a cultura intelectual, dando total importância, pois ela servia para seus interesses particulares, assumindo todas as produções literárias em caráter teológico.
Entre os poetas destacam-se: Rutílio Numaciano, M. Cláudio Vitor, e Sedúlio. Entre os historiadores ficou famoso Paulo Orósio. Entre os teológicos e moralistas destacamos Próspero de Aquitânia, e Papa Leão. Entre os gramáticos, Fábio Plancíade Fulgêncio, Anício Mânlio Torquato Severino Boécio, Magno Félix Enódio, Prisciano, M. Aurélio Cassiodoro.
Os escritores que compuseram histórias especiais foram: Gregório de Tours, Venâncio Fortunato, o Papa Gregório e Isidoro de Sevilha.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este artigo vem contribuir tanto para os educadores e as pessoas que se fizerem interessados na busca de novos conhecimentos para que possamos copreender melhor a origem da Literatura Latina, abordando as fases pela qual a literatura se desenvolvel,e seus principais poetada epoca , ue trazian uma literatura diferenciada por conta dos novos pensadores e teorias, que pertenciam a determinada fase. 
REFERÊNCIAS
Filósofos latinos. Disponível em :< www.mundodosfilosofos.com.br/latino > 2010
Língua latina. Disponível em : < www.traca.com.br/livro/latina.pdf >. Acesso em: 04 set.. 2010 
 
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