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A171RENDIMENTO DE GRÃOS DE MILHO APÓS ADUBAÇÃO NITROGENADA EM DIFERENTES ÉPOCAS

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RENDIMENTO DE GRÃOS DE MILHO APÓS ADUBAÇÃO 
NITROGENADA EM DIFERENTES ÉPOCAS
Kassiano Felipe Rocha[Bolsista PIBIC/ Fundação Araucária] , Luís César Cassol [orientador], 
Josicléa Hüffner Arruda[Colaboradora], Evandro Antonio Minato [Colaborador], Jéssica 
Carolina Faversani [Colaboradora]
Coordenação de Agronomia
Campus Pato Branco
Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR
Via do Conhecimento, Km 01 – Pato Branco/PR, Brasil – CEP 85501-970
kassiano_sh@hotmail.com, cassol@utfpr.edu.br, josi_huffner@hotmail.com, evandro.minato@hotmail.com, 
jessicafaversani@hotmail.com
Resumo - O nitrogênio é o nutriente exigido em maior quantidade pela cultura do milho e uma das alternativas 
para melhorar a eficiência da adubação nitrogenada é fazê-la de forma parcelada seja em pré-semeadura, 
semeadura ou cobertura. O trabalho foi implantado em Pato Branco – PR, sob um Latossolo Vermelho 
distrófico, com o objetivo de estudar a viabilidade da antecipação da adubação nitrogenada em milho para a fase 
de pré-semeadura, com vistas a obter o melhor rendimento de grãos. Utilizou-se o delineamento experimental de 
blocos ao acaso, com cinco tratamentos e quatro repetições, em parcelas de 30 m2. A dose de nitrogênio aplicada 
foi de 150 kg ha-1. Os tratamentos foram épocas de aplicação do nitrogênio na cultura do milho: (T1) 120-30-00, 
(T2) 90-30-30, (T3) 60-30-60, (T4) 30-30-90 e (T5) 00-30-120, cuja sequência corresponde à quantidade, em kg 
ha-1, aplicado em pré-semeadura do milho, semeadura do milho e cobertura do milho, respectivamente. O teor de 
nitrogênio foliar e os componentes de rendimento não foram influenciados pelos tratamentos. A antecipação da 
adubação nitrogenada para antes da semeadura do milho, em solo argiloso e com alto teor de matéria orgânica, 
não diferiu em produtividade quando comparada com a aplicação realizada em cobertura.
Palavras-chave: Pré-semeadura, Nitrogênio, Milho, Rendimento de grãos.
Abstract - The nitrogen is the nutrient required in greatest quantity by the maize crop and one of the 
alternatives to improve efficiency is do it in installments is in pre sowing, seeding or covering. The work was 
implemented in Pato Branco – PR under one Red dystrophic Latosol (Oxisol), in order to study the feasibility of 
the anticipation of nitrogen fertilization in corn for the time of the previous crop management (pre sowing), in 
order to get the best yield. We used the experimental design of randomized, with five treatment and four 
replicates, in plots of 30 m2. The dose of nitrogen applied was 150 kg ha-1. The treatments were times 
of nitrogen application in corn: (T1) 120-30-00, (T2) 90-30-30, (T3) 60-30-60, (T4) 30-30-90 e (T5) 00-30-120, 
whose sequence corresponds to the amount, in kg ha-1, applied in pre sowing, in the sowing and in top dressing, 
respectively. The leaf nitrogen content and yield components were not affected by treatments. The anticipation 
of nitrogen fertilization for corn before sowing, in clay soil and high organic matter content, did not differ in 
productivity compared with the application held in coverage.
Key-words: Pre sowing, Nitrogen, Corn, Yield of grains.
INTRODUÇÃO
Uma das causas da baixa produtividade média brasileira de milho, que foi de 4.200 kg 
ha-1 na safra 2010/2011, é o manejo inadequado da adubação. O nitrogênio é o nutriente 
exigido em maior quantidade pelo milho e uma das alternativas para melhorar a eficiência da 
adubação nitrogenada é fazê-la de forma parcelada. O parcelamento pode ser realizado em 
pré-semeadura, visando aumentar a disponibilidade de nitrogênio no solo durante os estágios 
iniciais de crescimento [1] e, mais comumente, em cobertura.
Quando o milho for cultivado após outra gramínea, o objetivo da adubação em pré-
semeadura (no momento do manejo da aveia, por exemplo) é fornecer nitrogênio para evitar o 
processo de imobilização microbiana em função da alta relação C/N das espécies. Além de 
reduzir a imobilização microbiana, essa prática vem sendo usada também para maximizar o 
uso de máquinas em grandes propriedades [2], pois no momento de aplicação do nitrogênio 
em cobertura (4-6 folhas) estas estão envolvidas no cultivo da soja, além de proporcionar 
incremento de produtividade.
Entretanto, em solo com textura superficial franco-arenosa e em anos de intensa 
precipitação pluviométrica, a aplicação de N em pré-semeadura pode ser uma decisão de 
risco. Nesses casos a aplicação de N na semeadura e em cobertura seria o mais indicado [3]. 
Em função do exposto, a hipótese da presente pesquisa é que a antecipação da adubação 
nitrogenada na cultura do milho para o momento imediatamente anterior a sua semeadura, em 
solo de textura argilosa, pode trazer bons resultados em termos de produtividade, redução de 
custos e de perdas por lixiviação, quando a condição climática for favorável.
METODOLOGIA
O trabalho foi implantado em outubro de 2009 na área experimental do Curso de 
Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, 
sob um Latossolo Vermelho distrófico típico.
Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com cinco tratamentos e 
quatro repetições, em parcelas de 30 m2. A partir do teor de matéria orgânica do solo e da 
cultura anterior, a dosagem de nitrogênio a ser aplicada foi definida em 150 kg ha-1, para uma
expectativa de rendimento de 10.000 kg ha-1 de grãos [4].
Os tratamentos utilizados foram épocas de aplicação do nitrogênio na cultura do milho: 
(T1) 120-30-00, (T2) 90-30-30, (T3) 60-30-60, (T4) 30-30-90 e (T5) 00-30-120, cuja 
sequência corresponde à quantidade de nitrogênio, em kg ha-1, aplicado em pré-semeadura do 
milho, semeadura do milho e cobertura do milho, respectivamente.
A aplicação em pré-semeadura foi realizada 19 dias antes da semeadura e a de cobertura
quando as plantas se encontravam com 4 a 6 folhas totalmente expandidas, utilizando uréia e 
ocorrendo chuva imediatamente após as aplicações.
A semeadura foi realizada no dia 20 de outubro de 2010, utilizando o híbrido Dekalb 
(DKB 390 VT PRO), num espaçamento entre linhas de 0,7 m, obtendo população final de 
75.000 plantas ha-1. Para alcançar a quantidade de 30 kg ha-1 de nitrogênio na semeadura 
utilizou-se 375 kg ha-1 do formulado 08-20-20. 
Em pleno florescimento das plantas de milho foi coletada a folha índice, que é 
representada pela primeira folha abaixo da espiga, utilizando-se 10 amostras por parcela, para 
a mensuração do teor de nitrogênio.
Após a maturação, o milho foi colhido numa área de 8,4 m2 por parcela e os valores 
extrapolados para kg ha-1, após correção de umidade a 13%. Também foram coletadas 5 
espigas por parcela para a avaliação dos componentes de rendimento: número de grãos por 
fileira, número de fileiras por espiga e peso de mil grãos.
Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância pelo teste F (p<0,05). Como 
não houve significância em todos os resultados, não foi realizado o teste de médias.
RESULTADOS
Os componentes do rendimento não foram influenciados pelos tratamentos de épocas de 
aplicação do nitrogênio. Os valores médios encontrados para número de grãos por fileira, 
número de fileiras por espiga e peso de mil grãos são 35,95, 15,92 e 367,21 g, 
respectivamente (Tabela 1).
Tabela 1. Número de grãos por fileira, número de fileiras por espiga e peso de mil grãos em 
milho submetido ao parcelamento da adubação nitrogenada sob plantio direto, safra 
2010/2011.
Tratamentos* Componentes do Rendimento
No grãos/fileirans No fileiras/espigans Peso de mil grãos (gramas)ns
T1 35,68 16,00 364,38
T2 36,70 15,50 381,57
T3 34,79 16,12 378,98
T4 36,67 16,00 357,30
T5 35,92 16,00 353,85
Média 35,95 15,92 367,21
ns: Não significativo.
* T1 = 120-30-00, T2 = 90-30-30, T3 = 60-30-60, T4 = 30-30-90 e T5 = 00-30-120, corresponde a quantidade de 
N, em kg ha-1, aplicado em pré-semeadurado milho, semeadura do milho e cobertura do milho (4 a 6 folhas), 
respectivamente.
O teor de N na folha de milho e o rendimento de grãos também não diferiram entre os 
tratamentos (Figura 1a, b). As médias de N na folha e de rendimento de grãos foram de 32,1 g 
kg-1 e de 10.859 kg ha-1, respectivamente. 
Tratamentos*
T1 T2 T3 T4 T5
T
eo
r 
de
 n
it
ro
gê
ni
o 
g 
kg
-1
0
20
22
24
26
28
30
32
34
36
38
a)
Tratamentos*
T1 T2 T3 T4 T5
R
en
di
m
en
to
 k
g 
ha
-1
0
9000
9500
10000
10500
11000
11500
12000
12500
b)
Figura 1. Teor de nitrogênio em folhas índice de milho (a) e rendimento de grãos de milho (b) 
submetido ao parcelamento da adubação nitrogenada sob plantio direto, safra 2010/2011. 
Barras verticais representam o desvio padrão da média.
* T1 = 120-30-00, T2 = 90-30-30, T3 = 60-30-60, T4 = 30-30-90 e T5 = 00-30-120, corresponde a quantidade de 
N, em kg ha-1, aplicado em pré-semeadura do milho, semeadura do milho e cobertura do milho (4 a 6 folhas), 
respectivamente.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
Resultado semelhante a esse trabalho também foi encontrado por [5], que não 
constataram diferença significativa para o peso de mil grãos quando aplicado 150 kg ha-1 de 
nitrogênio em totalidade 15 dias antes da semeadura, totalidade em semeadura ou totalidade 
no momento em que as plantas se encontravam com quatro folhas verdadeiras.
Trabalhando com parcelamentos de adubação nitrogenada em milho, [6] encontraram 
menores valores de nitrogênio na folha quando este foi aplicado em totalidade 15 dias antes 
da semeadura ou em totalidade na semeadura. Quando o nitrogênio foi aplicado em totalidade 
em cobertura ou parcelado em pré-semeadura + semeadura + cobertura ou semeadura + 
cobertura, os teores foram maiores.
Trabalhando com 120 kg ha-1 parcelados em semeadura + cobertura ou manejo da aveia 
+ cobertura, [7] também não encontraram diferença significativa para rendimento de grãos. Já 
[3] julgam a aplicação de pré-semeadura uma aplicação de risco em solos de textura franco 
arenosa, já que encontraram menor rendimento de grãos quando o nitrogênio foi aplicado em 
totalidade na pré-semeadura do que quando parcelado em semeadura e cobertura.
Mesmo com um grande intervalo entre a aplicação de pré-semeadura associado com alto 
índice de pluviosidade, o tratamento que recebeu todo o nitrogênio em pré-semeadura não se 
diferiu dos demais tratamentos, evidenciando que todos supriram a necessidade do nutriente à 
planta.
Com esses resultados pode-se inferir que não há diferença de rendimento de grãos 
quando se parcela a adubação nitrogenada na cultura do milho em pré-semeadura, semeadura 
e cobertura, quando as condições forem favoráveis. Assim, a prática de antecipação da 
adubação nitrogenada, para o momento do manejo da aveia, pode ser realizada facilitando a 
utilização das máquinas na propriedade.
AGRADECIMENTOS
A Fundação Araucária que disponibilizou a bolsa para que o presente trabalho pudesse 
ser desenvolvido.
REFERÊNCIAS
[1] CERETTA, C. A.; BASSO, C. J.; FLECHA, A. M. T; PAVINATO, P. S.; VIEIRA, F. C. 
B.; MAI, M. E. M. Manejo da adubação nitrogenada na sucessão aveia preta/milho, no 
sistema plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, v.26, 2002, p. 163-171.
[2] MOREIRA, S.G. Vantagens e desvantagens da utilização de nitrogênio na pré-semeadura 
do milho. Artigos Técnicos Rehagro ( Recursos Humanos no Agronegócio), disponível em: 
http://www.rehagro.com.br/siterehagro/printpublicacao.do?cdnoticia=18, acessado em 
18/03/2010.
[3] BASSO, C. J. & CERETTA, C.A. Manejo do nitrogênio no milho em sucessão a plantas 
de cobertura de solo, sob plantio direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo, Viçosa, 
24:905-915, 2000. 
[4] CQFS. Manual de adubação e de calagem para os estados do Rio Grande do Sul e de 
Santa Catarina. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo / Comissão de Química 
e Fertilidade do Solo: 10 ed., 2004. 400 p.
[5] SANTOS, M. M.; GALVÃO, J. C. C.; SILVA, I. R.; MIRANDA, G. V.; FINGER, F. L. 
Épocas de aplicação de nitrogênio em cobertura na cultura do milho em plantio direto, e 
alocação do nitrogênio (15N) na planta. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 34:1185-1194. 
Viçosa, 2010.
[6] GOMES, R. F.; SILVA, A. G. da; ASSIS R. L. de; PIRES, F. R. Efeito de doses e da 
época de aplicação de nitrogênio nos caracteres agronômicos da cultura do milho sob plantio 
direto. Revista Brasileira de Ciência do Solo,Rio Verde,31:931-938, 2007.
[7] PAULETTI, V. & COSTA, L. C. Épocas de aplicação de nitrogênio no milho cultivado 
em sucessão à aveia preta no sistema plantio direto. Ciência Rural, v.30, n.4, p.599-603, Santa 
Maria, 2000.

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