Buscar

Manual de Biologia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 149 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

�Centro de Preparação de Exames de Admissão ao Ensino Superior- CPEAES-UEM
Centro de Preparação de Exames de Admissão ao Ensino Superior- CPEAS-UEM
	BIOLOGIA
	ORIENTAÇÃO GERAL
	Pretende-se verificar o atendimento dos seguintes requisitos básicos pelo candidato:
conhecimento de terminologia, convenções e classificações e capacidade de utilização desses conhecimentos para a compreensão dos fenómenos biológicos;
visão global do mundo biológico, seu funcionamento e aplicação desses conhecimentos na vida prática;
capacidade de interpretar e elaborar textos, gráficos e tabelas, resolução de problemas e analises experimentais, aplicando os conhecimentos adquiridos.
	PROGRAMA
	PARTE I - SERES VIVOS
Características gerais.
Variedade dos seres vivos: sistemas de classificação; regras de nomenclatura; conceito de espécie; categorias taxonómicas; características gerais dos principais grupos; vírus.
Exercícios de aplicação.
PARTE II - CÉLULA
Célula procariotica e eucariotica: características diferenciais.
Célula animal e vegetal: componentes morfológicos; principais funções das estruturas celulares.
Componentes químicos: importância funcional das substâncias químicas para a manutenção da homeostase celular.
Inter-relação das funções celulares: relação com a evolução das estruturas celulares.
Núcleo interfásico: código genético.
Divisão celular: mitose e meiose.
Exercícios de aplicação
Parte III - TECIDOS
Conceito estrutural e funcional.
Classificação dos tecidos animais: critérios.
Principais características e funções dos tecidos animais e vegetais.
Exercícios de aplicação
Parte IV - FUNÇÕES VITAIS DOS ANIMAIS E VEGETAIS
Características e funções dos sistemas: nutrição e digestão; respiração e trocas gasosas; circulação e transporte; excreção; protecção; sustentação; locomoção; respostas aos estímulos ambientais e o sistema de integração.
Fotossíntese, respiração celular e fermentação
Reprodução: sexuada e assexuada (principais exemplos); evolução nos principais grupos de animais e vegetais; gametogenese, fecundação e desenvolvimento embrionário; reprodução humana.
Exercícios de aplicação
Parte V - GENÉTICA
Conceitos básicos: terminologia, cruzamentos e probabilidade.
Mendelismo e Neomendelismo.
Fundamentos de citogenética: genes e cromossomas; crossing over; anomalias cromossómicas.
Conceitos básicos de engenharia genética.
Código genetico
Fontes de variabilidade genética: mutação e recombinação genica.
Genética de populações.
Exercícios de aplicação
Parte VI - EVOLUÇÃO
Principais teorias: origem da vida e o processo evolutivo.
Mecanismos evolutivos: variação genética e selecção natural.
Evidências de evolução.
Evolução dos vertebrados e dos vegetais.
Exercícios de aplicação
Parte VII - ECOLOGIA
Fluxo de energia e matéria na biosfera.
Relações ecológicas nos ecossistemas: estudo das comunidades.
Ciclos biogeoquímicos.
Sucessão ecológica e grandes biomas.
Poluição e desequilíbrio ecológico: conservação e preservação da natureza.
Exercícios de aplicação
Parte VIII - SAÚDE, HIGIENE E SANEAMENTO BÁSICO
Conceito e princípios básicos de saúde, higiene e saneamento.
Principais doenças do homem: doenças carenciais; doenças infecto-contagiosas; doenças parasitárias; principais endemias em Moçambique
Defesas do organismo: imunização.
Exercícios de aplicação
	
CITOLOGIA
Introdução a Biologia Celular
A Biologia Celular (antiga Citologia) é a parte da Biologia que estuda todas os organelos celulares e seus comportamentos. Procura diferenciar as células tanto animais como vegetais, observando também as grandes semelhanças.
Histórico
1590: Invenção do microscópio pelos holandeses Francis e Zacarias Janssen, fabricantes de óculos. Seu microscópio aumentava a imagem de 10 a 30 vezes e foi usado pela primeira vez para observar pulgas e insectos.
1665: Robert Hooke, em seu trabalho Microgafia, relatou pequenas cavidades ("cells") em cortes de cortiça, de onde se originou o termo célula.
1674: Leeuwenhoek observou diversas estruturas unicelulares: espermatozóides de peixes, hemácias. Um dos maiores colecionadores de lentes da época, foi o primeiro a observar os micróbios.
1831: Robert Bown pesquisando células de orquídeas, descreveu o núcleo celular.
1838 - 1839: Schwann emitiram a Teoria Celular: "Todos os seres vivos (animais e vegetais) são formados por células."
1858: Virchow emitiu o aforismo ominis cellula et cellula — toda célula provém de outra preexistente.
1962: Watson e Crick, estabeleceram o modelo da molécula do DNA, recebendo, em função disso, o prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia.
Tamanho e formas das células
As dimensões das células variam de espécie para espécie, contudo a maioria tem tamanho inferior ao do poder de resolução do olho humano. Em geral, as células oscilam entre 0,1 mícron e 1mm.
As células podem ser:
- Microscópicas: a absoluta maioria.
- Macroscópicas: Alga Nitella, fibras de algodão, células de urtiga, fibras de linho. Os exemplos são poucos numerosos. A forma é muito variada.
Eucariontes
Essas células têm duas partes bem distintas: o citoplasma, envolvido pela membrana plasmática e o núcleo, envolvido pela carioteca.
Membrana Plasmática
Conceito
É uma fina película, invisível ao microscópio óptico (MO) e visível ao microscópio eletrônico. De contorno irregular, elástica e lipoprotéica, apresenta um carácter selectivo, isto é, actua "seleccionando" as substâncias que entram ou saem da célula, de acordo com suas necessidades.
A membrana plasmática é conhecida também como citoplasmática, celular ou plasmalema.
Características
- Ocorre em todas as células animais e vegetais;
- Tem 75 Angstron de espessura;
- Visível apenas ao microscópio electrónico;
- Tem composição química lipoprotéica (predominante);
- Possui capacidade de regeneração (sofrendo pequena lesão, é capaz de recompor a parte perdida antes que o citoplasma extravase); e
- Permeabilidade seletiva.
Estrutura
Em 1954, Dawson e Danielli criaram um modelo que sugere a existência de quatro camadas moleculares: duas externas, constituídas de proteínas, envolvendo duas camadas internas, formadas de lipídios.
Em 1972, Singer e Nicholson, baseados em informações acumuladas com as pesquisas de outros cientistas, elaboraram, para a estrutura da membrana, um novo modelo, chamado mosaico fluido, hoje aceite por todos os autores. Segundo esse modelo, três substâncias participam da estrutura da membrana: lipídos, proteínas e uma pequena fracção de glícidos. Por isso, o nome mosaico. Os lipídios são principalmente fosfolipídios e colesterol; as proteínas são do tipo globular e os glícidos, pequenas cadeias com até quinta unidades de monossacarídeos. Algumas proteínas da membrana teriam papel enzimático, podendo, inclusive, alterar a sua forma e, assim, abrir ou fechar uma determinada passagem, de maneira a permitir ou impedir o fluxo de certas substâncias. Além do papel de "portões", exercido por algumas protéinas, as moléculas presentes na membrana estariam em constante deslocamento, conferindo à estrutura intenso dinamismo. Daí serem chamadas de mosaico fluido.
Unidade de membrana de Robertson
A membrana celular também reveste estruturas celulares.
- carioteca
- lisossomos
- complexo de golgi
- cloroplasto
- mitocôndria
- retículo endoplasmático
Todas as estruturas acima são formadas por membranas idênticas à membrana plasmática.
Propriedades da membrana
Decorrentes das proteínas:
— baixa tensão superficial;
— resistência mecânica;
— elasticidade
Decorrentes dos lipídios:
— alta resitência elétrica;
— alta permeabilidade a substâncias lipossolúveis.
Especializações da membrana
Na membrana celular existem estruturas especializadas em aumentar a absorção de substância e a aderência entre as células ou para melhorar movimentos celulares.Algumas especializações são microvilosidades, desmossomos, interdigitações, cílios e flagelos.
Parede celular (celulósica)
      - Localização: envoltório externo à membrana plasmática
      - Ocorrência – em todas as células vegetais
    Obs.: bactérias e fungos apresentam parede celular, não parede celulósica.
      - Função: proteção e resistência à célula vegetal
      - Características:
        * Espessa => vista ao M.O. (microscópio óptico)
        * Relativa rígida (= semi rígida)
        * Natureza inerte (morta)
        * Básica, composta por celulose.
        * É totalmente permeável. Permeabilidade não seletiva.
        * Ultra estrutura - vista ao M.E. (microscópio eletrônico) – parede consta de 3 camadas ou capas:
            + de fora para dentro -  lamela média
            + segundo a ordem -         parede primária
            + em que surgem        - parede secundária
        - Lamela média: composta por pectatos de cálcio e magnésio (subst. intercelular ou substância cimentante). Possui a função de permitir a união (adesão) de células contíguas.
        - Poros: são falhas na deposição de celulose na parede.
        - Plasmodesmos – são fontes ou filamentos citoplasmáticos que atravessam os poros das paredes de células contíguas. Sua função é permitir a troca de substâncias entre células contíguas.
   * Plasto (plastídeo) – cloroplasto - organela membranosa, não ocorre em bactérias e fungos.
      - Tipos: Cromoplastos - plastos coloridos, função: fotossíntese. Ex.: cloroplasto
                   Leucoplastos - plastos incolores => sem pigmentação. Função: reserva nutritiva. Ex.: amiloplastos => reserva de amido. Encontrados em células de: - raízes – tuberosas. Ex.: cenoura, beterraba, batata-doce.
- caules – tubérculos. Ex.: batata inglesa ou batatinha
   * Vacúolo do suco celular
   * Dictiossomo ou golgiossomo - complexo de Golgi na célula vegetal.
Transportes pela membrana
Transporte em massa
Endocitose
As endocitoses compreendem os processos através dos quais a célula adquire, do meio externo, partículas grandes ou macromoléculas que, normalmente, não seriam absorvidas através do processo de permeabilidade seletiva, com a seguir:
Nos processos de endocitose, a membrana plasmática deforma-se, projetando-se ou invaginando-se. Há dois tipos de endocitose: fagocitose e pinocitose.
Fagocitose
Do grego phagein = comer e kytos = celula, corresponde à inclusão de partículas sólidas pela célula, através de emissão de pseudópodos.
Esse processo é importante, não só para a nutrição da célula, como também para a defesa. Os protozoários, por serem unicelulares, nutrem-se por esse processo. Um exemplo de fagocitose destinada à defesa são os glóbulos brancos (ou leucócitos), que fagocitam bactérias ou elementos prejudiciais ao organismo. Quando os leucócitos ou glóbulos brancos morrem, no local onde combatem as bactérias, forma-se o pus.
Pinocitose
Do grego, pinos = beber ou sorver e kytos = célula, é o processo mais comum de ingestão de substâncias alimentares muito pequenas ou gotículas de líquidos. Ocorre com invaginação da membrana plasmática de célula. Quando a membrana "estrangula" essa invaginação, forma-se uma vesícula no interior da célula chamada pinossomo.
Cromopexia
Exocitose ou clasmatose
Processo de eliminação de produtos para o exterior da célula. São produtos que estão no interior de vesículas, que se desfazem na superfície da membrana, por um mecanismo inverso ao da endocitose. Corresponde à defecação celular.
Transportes por permeabilidade
A célula encontra-se em constante troca de substâncias entre o seu meio externo e interno. Apenas as substâncias necessárias devem entrar, enquanto as substâncias indesejáveis devem sair. Esse controle ou seleção é feito pela membrana que, dentro de certos limites, colabora para manter constante a composição química da célula. Por isso, costuma-se dizer que a membrana possui permeabilidade seletiva.
As característias da permeabilidade selectiva são:
Não passam através da membrana:
- proteínas
- polissacarídeos
- lipídeos complexos
Passam através da membrana
- água
- sais minerais
- álcool
- glicose
- aminoácidos
- Oxigénio (O2) e dióxido de carbono (CO2)
As substâncias que passam através da membrana celular sofrem dois tipos principais de passagem: transporte passivo e transporte activo.
Transporte passivo
O transporte passivo pode ser feito, principalmente, através de duas formas: transporte passivo por difusão e transporte passivo por osmose.
1) Osmose – tipo especial de difusão na qual água passa por membrana semi-permeável; é a passagem de água através de uma membrana semi-permeável de uma solução menos concentrada (hipotônica) para outra solução mais concentrada (hipertônica).
2) Osmose em célula vegetal
       a) Parede celular / vacúolo do suco celular
       b) Jamais ocorre plasmoptise - parede evita uma entrada excessiva de água
       c) Equações da entrada de água
* DPD = PO – PT Sc = Si – M
             DPD e Sc => quanto de água que entra na célula. Sucção de água
             PO e Si => força favorável à entrada de água; “puxa” água para dento da célula (concentração do suco celular)
             PT e M => força contrária a entrada de água (parede)
1o Caso) Célula normal -> em solução hipot. -> célula túrgida - alta PO / alta PT - PO = PT => DPD = 0                          
2o Caso) Célula plasmolisada -> em solução hipot. -> célula normal - alta PO / PT = 0 - DPD = PO
Obs.: Absorção de água na raiz: ocorre na zona pilífera. Ocorre por osmose e o solo deve ser hipotônico. Se colocar água do mar, ocorrerá murchamento devido a perda de água. O solo estará em meio hipertônico. Quando começa a ocorrer isso, os estômatos se fecham.
   3) Transpiração
       a) Conceito – perda de água, na forma de vapor
       b) Órgãos – todos os órgãos aéreos, sobretudo folha.
       c) Estruturas - estômatos => 90% da água perdida, transpiração activa (gasto de energia), é controlável.
           Cutícula => totalmente ao contrário dos estômatos.
           Tt = Tc + Te Tt – transp. Total Tc – transp. Cuticular Te – transp. estomática
       d) Experimentos que demonstram transpiração
           d.1) Condesação de vapor d’água em saco plástico (ou em campânula de vidro)
           d.2) Método gravimétrico de pesagens rápidas – retirar uma folha, pesá-la de minuto a minuto com balança de precisão.
           d.3) Potômetro
       e) Mecanismos de Transpiração
           e.1) Evaporização de água (líquido - vapor)
           e.2) Difusão do vapor para a câmara sub-estomática
           e.3) Difusão do vapor, pelos estômatos abertos, da câmara sub-estomática para o ar (seguindo um gradiente de pressão de vapor).
        f) Mecanismo de abertura e fechamento dos estômatos – depende da variação de turgescência das células estomáticas ou guardas. Entra água – aumenta turgicência dos estômatos, abrindo-os mais ainda.
       g) Factores que afectam a transpiração
    g.1) Factores Externos:
Difusão passiva: quando duas soluções que apresentam concentrações diferentes de soluto encontram-se separadas por membrana idêntica à membrana plasmática, observa-se uma passagem de substâncias do meio mais para o menos concentrado, até que as concentrações se igualem. Essa passagem de soluto ou até de solventes no sentido de igualar as concentrações denomina-se difusão. No caso da célula, várias substâncias entram e saem por difusão. A concentração de oxigénio no interior da célula, por exemplo, é sempre menor do que no meio externo, pois o oxigénio é continuamente gasto no processo de respiração celular. Esse mesmo processo produz gás carbônico, de forma que a concentração desse gás no interior da célula é maior do que do lado de fora. É fácil concluir que, por difusão, Oxigênio está sempre entrando na célula e Gás Carbônico, saindo. Difusão é o movimento das moléculas dosoluto e do solvente a favor de um gradiente de concentração, no sentido de igualar suas concentrações.
Por osmose: a osmose é um caso especial de difusão. Nesse processo, ocorre um fluxo espontâneo apenas de solvente, do meio menos concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais concentrado em soluto (hipertônico).
Portanto, na osmose, o solvente desloca-se de onde existe em maior quantidade para onde existe em menor quantidade. Uma vez estabelecido o equilíbrio, passará a mesma quantidade de água nos dois sentidos. Se a membrana for permeável também aos solutos, sua passagem obedecerá ao mesmo princípio.
- Disponibilidade de água no solo
                   - Luz (presença)
                   - Umidade do ar (umidade relativa do ar mais que na câmara sub-estomática)
                   - Temperatura (moderadas)
                   - Ventilação (moderadas) 
           g.2) Factores Internos:
                  - Espessura da cutícula
                  - Superfície (área) foliar
                  - pêlos => folhas glabas (sem pêlos) -> alta transpiração
                               => folhas pilosas -> baixa transpiração
                  - Estômatos situados em depressões ou criptas
4) Gutação ou Sudação
       a) Conceito – perda de água, na forma líquida
       b) Órgãos – só folhas de certas espécies vegetais
       c) Estruturas – Hidatórios ou estômatos aquíferos – estão no ápice da folha ou ápice e bordos da folha \ sempre em contacto com vasos lenhosos.
       d) Condições para gutação:
           - Ausência de transpiração (sem luz, alta umidade relativa do ar)
           - Solo bem suprimido de água, oxigênio e sais.
   5) Transporte de seiva nos vegetais 
       a) Nos vegetais avasculares – transporte de seivas é por difusão, célula-à-célula; é transporte lento, o que limita o crescimento dos vegetais.
       b) Nos vegetais vasculares ou traqueófitos:
            b.1) No xilema (=lenho) - teoria de Dixon ou teoria da Sucção das Folhas ou teoria da Coesão – Tensão:
                   - Transpiração
                   - Alta concentração – alta PO => alta DPD
                   - Coluna líquida contínua e em estado de tensão – pressão negativa
                   - Vasos com reforços de lignina para evitar colabamento
           b.2) No floema (=líber) - teoria de Munch ou teoria de Fluxo sob Pressão. Ocorre um arrastamento mecânico ou fluxo de água e glicose de uma área de maior Po para outra de menor Po, com pressão positiva.
Classificação das soluções
— Isotônica: a solução tem a mesma concentração que outra.
— Hipotônica: a solução é menos concentrada do que outra.
— Hipertônica: a solução é mais concentrada do que outra.
Efeitos da osmose em células animais e vegetais
Glóbulos vermelhos colocados em solução de baixa concentração (hipotônica) ganham água e acabam por romper a membrana plasmática (hemólise). Se colocada em solução hipertônica, perde água por osmose e murcha, ficando com a superfície enrugada ou crenada: o fenômeno é chamado crenação.
As células vegetais, quando imersas em soluções fortemente hipertônicas, perdem tanta água que a membrana plasmática se afasta da parede celular, acompanhando a redução do volume interno. Esse fenômeno é denominado plasmólise e as células ensse estado são chamadas de plasmolisadas. Se for mergulhada a célula em meio hipotônico, ela volta a absorver água, recuperando, assim a turgescência (torna-se novamente túrgida — cheia de água), fenômeno denominado deplasmólise. A existência da parede celular geralmente impede o rompimento da membrana plasmática da célula.
Transporte activo
Transporte ativo é o processo pelo qual uma substância desloca-se contra um gradiente, gastando energia da célula. O sódio e o potássio sofrem esse tipo de transporte.
Tipos
Bomba de sódio: nesse tipo de transporte, a célula desloca o sódio do líquido intracelular para o líquido extracelular, no intuito de manter sua integridade. Uma célula normal mantém uma tonicidade compatível com a vida, se tiver energia para bombear o sódio para fora do líquido intracelular. Se faltar energia, a célula acumula sódio no líquido intracelular, há entrada de água e conseqüentemente edema intracelular.
Bomba de potássio: uma célula saida precisa captar potássio parado líquido extracelular para o líquido intracelular e, nesse processo, gasta energia contra o gradiente de concentração.
Hialoplasma ou citoplasma fundamental
Também chamadio de matriz citoplasmática, é um material viscoso, amorfo, no qual estão mergulhados os orgânulos. Quimicamente, o hialoplasma é contituído por água e moléculas de proteína, formando um colóide.
Estruturas filamentosas
Tonofilamentos: filamentos constituídos de queratina, participando na formação dos desmossomos.
Miofilamentos: filamentos característicos de células contráteis. Apresentam 60 angstrons de diâmetro, com capacidade contrátil, auxiliando em movimentos ameboidais. Ex.: actina e miosima.
Estruturas granulares
Grânulos de glicogênio e gotículas de gordua são encontrados em células animais.
Microtúbulos
De constituição química protéica. Quando a célula entra em divisão celular, os microtúbulos agrupam-se, formando o fuso mitótico ou acromático, que desloca os cromossomos para os pólos celulares.
Propriedades do Hialoplasma
Sendo um colóide, a consistência do hialoplasma pode variar, passando de gel ou bastante denso a muito fluido ou sol.
Em muitas células, a porção mais periférica do hialoplasma, o ectoplasma, fica no estado gel (plasmagel). Já a porção mais interna, o endoplasma, fica no estado sol (plasmassol).
Tixotropismo - mudança de sol para gel ou vice-versa.
O citoplasma é meio tixotrófico no qual as transformações de sol para gel permitem que determinadas células possuam movimentos conhecidos com ameboidais.
Em certas células, como macrófagos, leucócitos e amebas, observa-se um moviemnto do hialoplasma (plasmassol) em determinada direção; logo em seguida, o ectoplasma, que é gel (plasmagel), muda para plasmassol, dando origem ao pseudópodo. Na seqüência, esse ectoplasma volta ao estado gel, dando consistência ao pseudópodo formado.
Movimento Browniano
Micelas são as partículas coloidais em dimensões entre 0,1 e 0,001 um de diâmetro. Devido a choques com moléculas de água e à própria repulsão provocada por cargas elétricas idênticas, adquirem movimento desordenado, dando estabilidade ao colóide onde estão contidas.
Ciclose
A ciclose é um movimento do hialoplasma, principalmente em estado de sol, de maneira a formar uma corrente que carrega os diversos orgânulos e a distribuir substâncias ao longo do citoplasma. Nesse movimento, são arrastados os cloroplatos para um local de maior intensidade luminosa da célula. A ciclose pode ser bem observada no endoplasma de muitas células vegetais
Cílios e Flagelos
Cílios e flagelos são estruturas móveis encontradas tanto em unicelulares como em organismos mais complexos (homem). Os cílios são, geralmente, curtos e numerosos; os flagelos, longos, existindo apenas um ou poucos em cada célula. Essas formações vibráteis têm um papel fundamental: permitir a locomoção da célula ou do organismo no meio líquido.
Exemplos: protozoários e larvas de invertebrados movimentam-se através de cílios; espermatozóides, algas unicelulares e alguns protozoários locomovem-se por flagelos.
Protecção
Em determinados órgãos, como a traquéia de mamíferos, existe um epitélio ciliado lubrificado por muco, que é empurrado para a garganta pelos cílios. O muco tem um papel protetor, já que muitas impurezas do ar inspirado ficam aderidas a ele. O batimento ciliar permite, então, aremoção do muco e, com ele, as partículas estranhas.
O uso do cigarro inibe a acção dos cílios do epitélio traqueal, dificultando, assim, a remoção das impurezas do ar.
Estrutura de cílios e flagelados
Em função de sua origem em centríolos, tais organelos apresentam, em certa extensão do seu eixo central,nove conjuntos de trincas de microtúbulos protéicos. Mais adiante, ao longo de seu trajeto, apresenta nove conjuntos de duplos microtúbulos, como um par central.
Na base do cílio ou flagelo, encontra-se a organela que lhes dá origem, denominada corpo basal ou cinetossomo (antigo centríolo)
Transporte passivo: passagem de substâncias sem gasto de energia por parte da célula. Ex.: osmose e difusão.
Transporte facilitado: passagem de substâncias através da membrana plasmática obedecendo às leis da difusão, sem consumo de energia. Essas moléculas especiais de proteínas, que se movimentam em "giros"na estrutura da membrana recolhem a substância em trânsito de um lado e levam-na, por um movimento rotatório em torno de um eixo, para o outro lado dessa membrana. Essas proteínas transportadoras contribuem para aumentar a permeabilidade seletiva da membrana. Aminoácidos e glicose são absorvidos desse jeito.
Transporte activo: migração do local de menor concentração para o de maior concentração. Há gasto de energia. Ex.: íons de sódio nas hemácias (bomba de sódio). Em células que ocorre isso, há um grande número de mitocôndrias.
* Bomba de sódio e potássio - transporte ativo através da membrana, em que a energia é utilizada para transportar íons Na+ para fora da célula e íons K+ para dentro da célula, mantendo a concentração diferencial desses íons.
Irritabilidade
Condutibilidade – capacidade de conduzir corrente elétrica pela membrana. Ex.; células nervosas
Regeneração – desde que a pancada não tenha sido muito forte.
Glicocálix - são coberturas que envolvem a membrana celular, originadas a partir do complexo de Golgi. É um revestimento glicoproteíco existente na superfície externa na membrana plasmática das células animais.
Glicocálix rígido – também chamado de membrana celulósica, ocorre nas células vegetais, é mais protetor. Possui poros por onde passam plasmodesmos, que são filamentos citoplasmáticos que permitem a circulação de substâncias diversas entre células vizinhas.
Glicocálix flexível – é menos protetor, ocorre em célula animal. É composta por glicoproteínas e mucopolissacarídeos.
Funções:
c.1) Proteção e sustentação – nos vegetais
c.2) Absorção e apreensão de partículas – facilitando a pinocitose
c.3) Reconhecimento celular – identificação de microrganismos e rejeição a transplantes.
c.4) Controlo do crescimento celular – as pressões menores ou maiores, que o glicocálix de uma célula exerce sobre o glicocálix de uma outra, actua como estímulo, que respectivamente inibem ou aumentam o rítmo das divisões celulares. Acredita-se que está relacionada com o crescimento desordenado das células nos tumores malignos (câncer).
Organelos Celulares
	Organelos
	Origem
	Composição Química.
	Funções
	Retículo End.
	Da membrana celular
	Lipoproteíca
	síntese de proteínas para exportação – RER
Síntese de lipídios – REL
Condução de estímulos
Regular pressão osmótica
Transporte intracelular de substâncias – REL
Originar carioteca - REL
Metabolizar substâncias tóxicas
	Ribossomos
	No nucléolo, pelo RNA-ribossômico.
	---
	- síntese de proteínas para uso intra-celular
	Lisossomos
	Do Complexo de Golgi
	Lipoproteíca, com muitas enzimas no seu interior.
	Digestão intracelular (fagocitose e pinocitose)
Exocitose – eliminação dos dejetos celular
Autofagia – renovação do material celular
Autólise – destruição celular, liberação de enzimas no citoplasma.
Regressão da cauda do girino
	Complexo de Golgi ou dictiossomo ou golgiossomo
	Do REL
	Lipoproteíca
	produção da parte glicídica de algumas secreções
armazenar, concentrar, empacotar e eliminar secreções
formação do acrosomo dos espermatozóides
síntese de lipídios
	Plastos
	De plastos primitivos
	Semelhante a de uma célula.
	fotossíntese e outras coisas. Apresenta DNA, RNA e faz síntese proteíca
	Mitocôndrias
	A partir da duplicação de outras mitocôndrias
	Semelhante a de uma célula
	Respiração celular
Presença de DNA e RNA, sintetizam proteínas
Concentração e transporte ativo de íons
Síntese de ácidos graxos
	Centríolos
	Por autoduplicação de outros centríolos
	Microtúbulos proteícos
	Ligada ao processo de divisão celular
Formação de cílios e flagelos
* Ergastoplasma – regiões relacionadas com a síntese de proteínas. Ricas em ribossomos livres e aderidas às paredes do retículo.
* Cílios – centríolos modificados, forma de haste, com 9 conjuntos periféricos de 2 microtúbulos cada, formando um cilindro e 2 microtúbulos centrais. Encontrados em animais, exceto Nematelmintos e Artrópodes. Forma corpúsculo-basal.
* Flagelos – estruturas semelhantes aos cílios, diferem apenas pelo comprimento e quantidade. Encontrado em protozoários, em alguns protistas e nos espermatozóides.
Núcleo – onde fica o material genético. As hemácias humanas são anucleadas, por isso apresentam curto período de vida.
Carioteca – porosa, com vários ribosomos aderidos na sua face externa. Composição lipoproteíca, originase do retículo endoplasmático.
Nucléolos – é esférico, região de intensa síntese de RNA-ribosômico. Nucléolos-falsos são aglomerações grosseiras de cromatina nuclear, é rico em DNA. Essa é a maior diferença.
Cromatina – cromossomos espiralizados formando uma massa densa de aspecto reticular.
Funções
d.1) Coordena as actividades celulares
d.2) Hereditariedade
DIVISÃO CELULAR
A vida das células
O tempo de vida das células é medido em horas, dias, meses, ou, no máximo em décadas.
Todas as células de uma pessoa adulta, e são trilhões, originaram-se de uma única célula, o óvulo fecundado. Esta célula-ovo ou zigoto, por meio de divisões celulares sucessivas, propiciou a formação de organismos complexos, dotados de bilhões de células que lhes conferem uma estrutura notavelmente harmoniosa. Essas inúmeras células podem ser agrupadas de duas maneiras diferentes: as células somáticas (2n), que em conjunto formam o corpo do indivíduo, e as células germinativas (n), destinadas à perpetuação das espécies.
Um dos aspectos mais notável da divisão celular é a fidelidade com que os programas genéticos, inscritos nos cromossomos, são passados de uma geração celular a outra. Uma célula, antes de se dividir, executa uma cópia de todos os seus genes, duplicando assim seus cromossomos. Porém podem ocorrer pequenos "enganos" - as mutações - que se afetaram as células produtoras de gametas, a "informação alterada" poderá ser passada por eles aos descendentes. As condições impostas pelo ambiente irão determinar se essa "alteração" é benéfica ou prejudicial e, consequentemente, se os seres dotados dessa "alteração" irão deixar descendentes e predominar, através da seleção natural. As mutações são erros que, se aprovados pela seleção natural, entram para a história, caso recusados, tendem a ser eliminados.
Divisão Celular
A divisão celular pode ocorrer basicamente de duas formas: por mitose ou por meiose, porém a divisão celular não ocupa todo o tempo a vida da célula. Antes de se dividir, ela cresce, fabrica algumas substâncias, degrada outras e se prepara para a divisão. O período que antecede a divisão é a interfase.
Papel da divisão celular nos organismos unicelulares.
No caso de organismos unicelulares como bactérias, protozoários e certas algas, a divisão celular significa a própria reprodução. Através do processo de mitose, dois novos indivíduos surgem a partir da divisão da única célula que compõe o indivíduo gerador.
Papel da divisão celular nos organismos pluricelulares
Nos organismos pluricelulares, a mitose está relacionada com o desenvolvimento, crescimento, renovação, regeneração e reprodução.
Desenvolvimento
O embrião é formado por células que se dividem com frequência, aumentando consideravelmente em número, e originando os tecidos e os órgãos que irão formar o novo organismo. Após o nascimento, as células continuam a se dividir até formar o indivíduo adulto em seu plenofuncionamento.
Crescimento
O aumento do tamanho dos indivíduos se dá pelo aumento do número de células, que se dividem até que atinjam a idade adulta, e por aumento do volume das células que pode influir no tamanho de um órgão. A grande massa muscular dos atletas deve-se ao maior volume de cada uma das células. Lembre-se que as células musculares adultas só se dividem em caso de necessidade.
Renovação
Alguns tecidos substituem periodicamente suas células, graças às mitoses de células precursoras.
A pele renova sua camada superficial de células a cada 28 dias. Na superfície interna do intestino, essa renovação é ainda mais rápida., ocorrendo a cada dois ou três dias. Na medula óssea, tecido que preenche a cavidade de certos ossos do corpo, novas células estão sempre sendo formadas e lançadas na circulação - assim ocorre com os glóbulos vermelhos dos mamíferos - que são anucleados, permanecem no sangue em média 120 dias, sendo depois removidos e destruídos no baço e fígado.
Regeneração
Alguns órgãos têm células que podem dividir-se para substituir células mortas. Uma fractura de osso, uma queimadura de pele ou uma hepatite geralmente não deixam sequelas, pois os ossos, a pele e o fígado têm bom poder de regeneração.
Reprodução
Alguns casos de reprodução em organismos pluricelulares acontecem graças a mitoses de células de um único indivíduo. Um dos exemplos ocorre com a hidra, como o broto lateral surge por mitose, o novo indivíduo que irá formar-se deve ser geneticamente idêntico ao ancestral. Outro exemplo é o cultivo de mudas de um vegetal: um pedaço de uma planta origina uma nova planta idêntica a planta mãe, isto é, um clone
No caso do ser humano, as células dos órgãos produtores de gametas passam por períodos nos quais sofrem mitoses. Isso permite o surgimento de um número grande de gametas: os homens produzem 100 milhões de espermatozóides por dia.
Assim verificamos que a mitose está sempre presente nos organismos e pode ser considerada como um processo fundamental de divisão celular dos seres vivos. É um mecanismo no qual uma célula, dividindo-se por mitose, dá origem a duas novas células, com o mesmo número de cromossomos da célula inicial: uma célula diplóide - que possui cromossomos aos pares, ou 2n - se divide em duas células-filhas também diplóides.
Na espécie humana, as células somáticas apresentam 46 cromossomos homólogos (2n=46). Cada uma dessas células, ao sofrer mitose, dá origem a duas outras também com 46 cromossomos.
A preparação para a divisão - ciclo celular
Ciclo celular ou ciclo mitótico é todo o período entre o surgimento da célula e o aparecimento de suas células-filhas.
A duração do ciclo celular pode depender do tipo de célula e de factores externos, como temperatura, a oferta de alimentos e a presença de substâncias capazes de induzir ou inibir a divisão celular. Em alguns casos o ciclo celular se completa em pouco mais de uma hora, mas, em outros pode durar vários dias. Em um embrião, por exemplo, as divisões celulares acontecem com grande rapidez. As células do esófago humano, têm ciclo celular de pouco mais de uma semana, enquanto células de duodeno têm ciclo celular de aproximadamente um dia.
Mitose
É o processo de divisão celular em que ocorre apenas uma duplicação de cromossomos para cada divisão celular. Dessa maneira, uma célula-mãe transfere as duas células-filhas todo o seu patrimônio genético, representado pelos cromossomos. Isso faz com que as células recém formadas tenham o mesmo número e os mesmos tipos de cromossomos que existiam na célula original - dai a mitose ser considerada um processo eqüitativo de divisão.
As Fases da Mitose
Embora seja um processo contínuo, para melhor compreensão de seu mecanismo costuma-se dividir a mitose em quatro etapas, que ocorrem nesta ordem: prófase, metáfase, anáfase e telófase.
No fim da mitose formaram-se duas células filhas idênticas a célula-mãe. O núcleo de cada uma contém 2n cromossomos que não são mais visíveis, já que as células voltaram ao estado de intérfase.
Nas células animais verifica-se uma citocinese centrípeta, uma vez que a membrana plasmática invagina-se, determinando uma divisão da célula de "fora para dentro", por estrangulamento. Nas células vegetais superiores ocorre a citocinese centrífuga, de "dentro para fora".
Mitose em células vegetais
Quando se estuda mitose em células vegetais, percebem-se duas diferenças fundamentais em relação ao processo que ocorre na célula animal. Inicialmente, não há centríolos ne ásteres: alguns autores chamam essa mitose de acêntrica e anastral. Por outro lado, na hora da divisão do citoplasma, não ocorre invaginação da membrana plasmática, e sim formação centrífuga de uma placa celular, originada a partir de pequenas vesículas ricas em pactina. O conjunto dessas vesículas é denominado fragmoplasto e culmina com a formação da lamela média, que separa as duas células-filhas. Mais tarde, moléculas de celulose começam a se depositar na lamela média, formando as paredes celulósicas primárias das células. Como a divisão do citoplasma ocorre do centro para a periferia da célula, recebe o nome de citocinese centrífuga.
Persistem falhas na membrana celulósica recém-formada, através das quais os plasmodesmos, pontes citoplasmática, estabelecem comunicação entre as células vizinhas.
Intérfase
 
É o intervalo entre duas divisões celulares sucessivas. Nesse período, a célula encontra-se em franca atividade metabólica, realizando praticamente todos os processos de síntese necessários a seu desenvolvimento, nesse processo a célula gasta em média, mais de 90% do tempo de duração do ciclo celular.
Na intérfase, pouco antes de divisão Ter início, ocorre a duplicação do DNA dos cromossomos. Assim, são duplicadas todas as informações genéticas da célula-mãe, que serão transmitidas às células-filhas.
A intérfase é dividida em três períodos: G1, S e G2.
Período G1 (do inglês gap, intervalo)
Etapa que antecede a duplicação do DNA. Período de crescimento do citoplasma, com aumento do tamanho da célula e da quantidade de organóides. No núcleo, o trabalho é intenso, caracterizando-se por uma grande produção de RNA que irá determinar a produção de proteínas diversas.
Período S(do inglês Synthesis, síntese)
Etapa em que ocorre a duplicação de DNA;
Período G2
Etapa em que começam a aparecer as proteínas que irão formar o fuso acromático, conjunto de fibras que tem papel destacado na mitose. No final do período G2, os centríolos já se duplicaram em um processo iniciado no período S. Portanto já existem dois pares de centríolos localizados próximo ao núcleo.
A duplicação dos cromossomos no período S
Á medida que o DNA de cada cromossomo se duplica, moléculas de histomas (proteínas) se agregam para formar o fio cromossômico básico. As histomas são fabricadas no citoplasma durante a fase S da intérfase, simultaneamente à duplicação do DNA no núcleo. O cromossomo duplicado é constituído por dois filamentos idênticos, as cromátides-irmãs, que estão unidas pela região do centrômero.
 
Prófase (do grego protos, primeiro) significa "a primeira fase" da mitose, em que se começa a notar alterações no núcleo e no citoplasma. Nessa etapa, os cromossomos já duplicados começam a se condensar, tornando-se visíveis. Cada cromossomo duplicado apresenta-se formando por duas cromátides, unidas pelo centrômero. As cromátides de um mesmo cromossomo chama-se cromátides-irmãs.
No citoplasma os crentríolos, que já se haviam duplicado, afastam-se gradativamente, até chegarem aos pólos da célula. Em torno deles, aparecem fibras que constituem o áster. Surgem fibras que ligam os dois pares de centríolos. Elas formam o fuso acromático.
Quanto ao núcleo, pode-se notar que os cromossomas condensam-se, o nucleólo desaparece, a carioteca rompe-se, os cromossomas soltam-se no citoplasma.
 
Metáfase (do grego meta, meio) faz alusão ao fato de os cromossomas se arranjarem na região mediana(equatorial) da célula.
Os cromossomas se duplicam atingem se grau máximo de condensação e deslocam-se em direção a região mediana da célula onde se ligam pelo centrômero, às fibras do fuso. As fibras do fuso que se ligam aos cromossomas são chamadas fibras cromossômicas. As que vão de um par de centríolos ao outro, são as fibras contínuas.
 
Anáfase (do grego ana, separação) as cromátides irmãs unidas pelo centrômero separam-se, pois o centrômero sofre divisão longitudinal. Essas cromátides, uma vez separadas, são chamadas cromossomas-filhos. As fibras do fuso acromático tracionaram os cromossomas recém-separados, que são deslocados para os pólos. Assim, cada pólo da célula recebe o mesmo material cromossômico, uma vez que os dois cromossomas-filhos possuem a mesma informação gênica.
 
Telófase (do grego telos, fim) nessa fase, os cromossomas já situados nos pólos celulares desespiralizam-se. As duas novas cariotecas, reconstituem-se a partir das membranas do retículo endoplasmático. Novos nucléolos são produzidos por um cromossomo especial, chamado organizador do nucléolo. A membrana plasmática, na região equatorial, forma o sulco de divisão , à medida que se aprofunda, estrangula essa região. Terminou a cariocinese (divisão dos núcleos) e começa a citocinese (divisão do citoplasma), com a distribuição mais ou menos eqüitativa dos orgânulos entre as células-filhas.
Diferenças entre as mitoses de células vegetais e animais
Célula animal Célula vegetal
Cêntrica (presença de centríolos) Acêntrica (ausência de centríolos)
Astral (presença de áster) Anastral (ausência de áster)
Citocinese centrípeta (de "fora para dentro", por estrangulamento). Citocinese centrífuga (de "dentro para fora", pela formação da lamela média).
Bloqueio da Mitose:
propriedade que a colchicina tem de paralisar a mitose em metáfase pela desorganização das fibras do fuso.
Fragmoplasto:
placa de substâncias gelatinosas (pectinas) que se forma entre os núcleos-filhos de uma célula vegetal, logo após a cariocinese; é a primeira separação entre as células-filhas.
Plasmodesmo:
pontes citoplasmáticas que comunicam células vegetais vizinhas.
Meiose
1- Introdução:
é um tipo de divisão em que uma célula dá origem a quatro células-filhas com a metade do número de cromossomos da célula inicial. A meiose é, portanto, um processo importantíssimo para a manutenção da carga genética das espécies ocorrendo na formação dos gametas.
Através deste processo, células diplóides podem originar células haplóides, o que se faz através de duas divisões sucessivas. A primeira delas, uma divisão reducional, pela qual uma célula diplóide origina duas células haplóides (com redução dos cromossomos) e a outra, uma divisão equacional (mitose comum), em que cada uma das células haplóides resultantes da primeira divisão origina duas outras, porém com mesmo número de cromossomos.
PRÓFASE I:
Leptóteno (leptos = fino, delgado) :
Início da prófase. Os cromossomos individualizam-se como filamentos finos. Cada cromossomo, no leptóteno, é formado por duas cromátides. Os cromossomos iniciam a sua condensação, podendo notar a presença de regiões mais densas, chamadas cromômeros, que têm a mesma distribuição ao longo dos homólogos.
Zigóteno (zigon = emparelhamento):
Nesta etapa a condensação dos cromossomos progride e inicia-se o pareamento visível dos cromossomos homólogos, num processo denominado sinapse.
Paquíteno (pachys = espesso, grosso):
Completa-se o pareamento dos homólogos e cada par forma uma díade ou bivalente, com quatro cromátides formando uma tétrade. É nesta fase que ocorre a permuta ou crossing-over. É um fenômeno durante o qual as cromátides homólogas porém não-irmãs se entrelaçam, sofrem quebras e fazem a permuta de segmentos cromosômicos.
Há troca de genes. Aumentando a variabilidade genéticas das espécies.
Diplóteno (diplos = duplos):
Nesta etapa os cromosomas começam a se separar, mas permanecem unidos nos pontos das cromátides onde se formam as permutações. Em cada um desses pontos aparece uma figura em X, chamada quiasma.
Diacinese (dia = através / cinese = movimento):
Nesta etapa ocorre a terminalização dos quiasmas, os cromosomas se separam já com segmentos trocados e a membrana nuclear se desfaz, liberando os cromossomos no citoplasma.
No citoplasma, observa-se, durante o zigóteno, a duplicação do centríolo e a formação do fuso. Os centríolos atingem os pólos da células na diacinese.
METÁFASE I:
Com o desaparecimento da carioteca , as tétrades se deslocam para o equador da célula, formando a placa equatorial, que caracteriza a Metáfase. Os centrômeros se ligam às fibras do fuso e os cromossomos atingem condensação máxima.
ANÁFASE I:
esta fase caracteriza-se pelo deslocamento dos cromossomos para os pólos opostos da células.
TELÓFASE I:
os cromossomos se descondensam, os nucléolos reaparecem, a carioteca se reorganiza surgindo dois novos núcleos e ocorre a citocinese. O fuso acromático se desfaz. Segue-se um período de duração variável, geralmente curto, antes da divisão II, chamado intercinese.
MEIOSE II
A Meiose II é extremamente semelhante à Mitose. A formação de células haplóides, a partir de outras células haplóides, só é possível porque ocorre, durante a Meiose II, a separação das cromátides que formam as díades ( cromátides - irmãs ). Cada uma dessas cromátides dirige-se para um pólo diferente e já passa a se chamar cromosomo-filho. As fases da Meiose II são: Prófase II, Metáfase II, Anáfase II e Telófase II.
Histologia
Tecidos Epiteliais:
São triblásticos, originam-se do ectoderma, mesoderma e endoderma.
Características:
a) constituírem-se de células intimamente aderidas de maneira contínua, apresentando zonula occludens, zonula adherens, desmosomas e interdigitações.
b) ausência de substância intercelular e rico em células.
c) não apresentam vascularização, sendo sua nutrição efetuada indiretamente, através do líquido intersticial, proveniente dos capilares e do conjunto subjacente. (difusão)
d) capacidade de multiplicação celular, reparando suas perdas.
e) podem apresentar especializações, como: cílios, microvilosidades e estereocílios.
1) Epitélios de Revestimento – as células são justapostas. São simples (quando apresentam uma única camada ou estrato de células) ou estratificada (quando apresentam duas ou mais camadas de células superpostas).
Epitélio pavimentoso simples – endotélio dos vasos sangüíneos e linfáticos; mesotélio das serosas (pleura, pericárdio e peritônio).
Epitélio prismático ou cilíndrico simples - reveste as vilosidades intestinais. Planura estriada e células caliciformes.
Epitélio cúbico simples – reveste certos túbulos renais e a superfície do ovário.
Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado – forma a epiderme da pele.
Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado – reveste a luz do esôfago
Epitélio pseudo-estratificado – reveste a luz da traquéia
Epitélio de transição – as células apresentam globosas e volumosas. As células funcionais mudam o formato, de acordo com o estado funcional do órgão. Ex.: bexiga.
2) Epitélios Glandulares – função secretora (geralmente macromoléculas), originam-se e grupos de células que proliferam a partir dos epitélios de revestimento, formando as glândulas.
Classificação:
Quanto ao local onde a secreção é eliminada:- Glândula exócrina - eliminam o produto de secreção na superfície do epitélio de revestimento que aoriginou. Dotados de ductos ou canais. Ex.: glândulas mamárias, lacrimais, sudoríparas.
- Glândula endócrina  contato direto com o epitélio. Desprovidas de ductos e suas secreções (hormônios) são despejados direto nos vasos sangüíneos. Ex.: hipófise, ovários, testículos.
- Glândula anfícrinas ou mistas  duplo comportamento. São exócrinas e endócrinas. Ex.: pâncreas.
Quanto ao modo de eliminação das secreções:
- Glândulas merócrinas  as células eliminam exclusivamenteos produtos secretados. Ex.: glândulas lacrimais, salivares e sudoríparas.
- Glândulas holócrinas  as células desintegram-se e são eliminadas juntamente com o produto elaborado. Contínuo processo de renovação celular. Ex.: glândulas sebáceas dos mamíferos.
- Glândulas apócrinas  as células eliminam a secreção juntamente com parte do seu conteúdo protoplasmático. A células se regenera. Ex.: glândulas mamárias.
Tecido Conjuntivo: células de núcleo ovóide e são circundadas por grande quantidade de substância intersticial, sendo esta abundância em material intercelular. Principais funções: preenchimento, nutrição, defesa e sustentação.
Tecidos Conjuntivos propriamente ditos: presença de diferentes tipos celulares, entre os quais encontramos um material cimentante constituído por fibras e por uma substância fundamental. Existem dois tipos de tecido: frouxo e denso.
Fibras
- Fibras Colágenas  proteína colágeno aparece como principal integrante da composição química. É tipo de fibra mais abundante nos tecidos conjuntivos.
- Fibras Reticulares  rede de sustentação para certos órgãos, como baço e fígado. São mais delgadas e menos resistentes. Apresentam, além do colágeno, certo teor de lípidios e glicídeos.
- Fibras Elásticas  fibras amareladas. Apresentam grande capacidade de distenção. Quando submetidas à força de tração, se distendem, retornando ao comprimento inicial tão logo cessem a tração. Encontramos uma proteína, a elastina, que se identifica por sua grande resistência à ação de ácidos e enzimas. À medida que envelhecem, estas fibras perdem sua elasticidade.
Substância fundamental  substância homogênea e transparente encontrada entre as fibras e as células do tecido conjuntivo. Rica em mucopolissacarídeos. Apresenta grande importância nas trocas entre as células e o sangue.
Tipos de células
- Fibroblastos  células de núcleo ovóide. Síntese de grande parte dos componentes do material intercelular.
- Fibrócito  fibroblasto envelhecido que perdeu a capacidade de síntese.
- Células Adiposas  sintetizam e acumulam gordura.(encontra se principalmente nas articulações).
- Macrófagos  apresentam intensa actividade fagocitária. Sistema de defesa do organismo. Podem se fundir para formar um corpo maior caso o organismo estranho seja muito grande para um só macrófago. Locomovem-se através de pseudópodes. * Histiócitos: é o macrófago fixo do conjuntivo.
- Plasmócitos  produção de anticorpos Específicos. A presença de ergastoplasma e aparelho de Golgi bem desenvolvidos nos plasmócitos.
- Mastócitos  células que apresentam em seu interior numerosos glânulos limitados por membranas. Encontram-se duas substâncias químicas de importância: heparina (impedir a coagulação sangüínea do sangue, parece actuar na dissolução de glânulos de gordura) e a histamina (papel importante nas inflamações e reações alérgicas, alterando a permeabilidade dos vasos sangüíneos).
Tipos de tecidos
- Tecidos conjuntivos frouxo  encontrado na pele, como suporte dos epitélios ou envolvendo vasos sangüíneos. Baixo teor em fibras.
- Tecidos conjuntivos denso  grande quantidade de fibras, especialmente as colágenas. Maior resistência a tração. Pode ser modelado (encontrado nos tendões) e não-modelados (encontrado na derme).
2. Tecido Adiposo  formado por células vesiculosas cuja principal função é armazenar lipídios. No corpo humano, esse tecido modela o corpo, protege contra choques mecânicos e armazena energia. Trata-se de um tecido vascularizado e inervado. Principais tipos: o amarelo (encontrado embaixo da pele, formando o chamado panículo adiposo) e o pardo (envolvendo o timo no recém-nato).
3. Tecido Sangüíneo: é um fluído e actua no transporte de gases, nutrientes, hormônios e resíduos metabólicos. Tem papel significativo no combate a infecções. As células originam dos órgãos hemopoiéticos (medula óssea vermelha, baço, fígado e nódulos linfáticos).
Hemopoiese – processo em que as células se formam, amadurecem e passam a fazer parte do sangue circulante.
Eritropoiese – formação de hemácias ou eritrócitos
Leucopoiese – formação de leucócitos
Trombocitopoiese – formação das plaquetas
Plasma – 55% do volume total do sangue. 90% do plasma corresponde a água, o restante é preenchido por substâncias como:
- Proteínas: fibrinogênio (essencial na coagulação do sangue), albuminas (determinação da pressão osmótica) e as globulinas (integrantes dos anticorpos).
- Sais minerais: estão em maior quantidade. Cloreto de sódio e bicarbonato de sódio.
- Gases dissolvidos: Oxigênio e Gás carbônico.
Além disso, encontramos produtos finais de digestão.
Hemácias  células anucleadas e com a forma de um disco bicôncavo, no ser humano, para facilitar o transporte de gases. O número de hemácias varia de 4,5 a 5 milhões por milímetro cúbico num ser humano adulto. Presença de uma proteína básica chamada hemoglobina, que se combina naturalmente com o oxigênio e com o gás carbônico. Essas combinações são instáveis. A reunião da hemoglobina com o monóxido de carbono (CO) forma a carboxi-hemoglobina, bastante estável. A vida média das hemácias é de 120 dias.
Plaquetas  corpúsculos anucleados de forma variável, cujo número varia de 150 mil a 300 mil por milímetro cúbico. Originam-se na medula óssea. As plaquetas estão relacionadas com a coagulação sangüínea, que funcionam como um tampão. Elas também ajudam na formação da tromboplastina, importante no desenvolvimento do processo de coagulação.
Leucócitos  células nucleadas, presente no sangue circulante. São incolores, dotados de movimento amebóide, fagocitose e diapedese. Estão relacionados com as defesas celulares e imunocelulares do organismo. O número de leucócitos oscila entre 5 mil e 10 mil por milímetro cúbico de sangue. São reunidos de início em dois grupos: granulócitos e agranulócitos. Esta denominação se prende à presença ou ausência de granulação no citoplasma dos mesmos.
d.1) Granulócitos:
d.1.1) Neutrófilos  representam a primeira linha de defesa celular contra invasão de microrganismos, sendo dotados de notável actividade fagocitária. Núcleo triapentalobulado.
d.1.2) Eosinófilos  granulações são coradas pelos corantes ácidos, como a eosina. Apresentam actividade fagocitária, porém não tão acentuada quanto a dos neutrófilos.
d.1.3) Basófilos  granulações dos basófilos são maiores do que aquelas existentes nos demais granulócitos. São dotados de movimentos amebóide e de fagocitose.
d.2) Agranulócitos:
d.2.1) Linfócitos  leucócitos esféricos, de diâmetro variável. Os linfócitos estão ligados à defesa do organismo, por meio da produção de anticorpos. Apresentam núcleo arredondado.
Linfócito "T" – tirnodependente – actuando na defesa através do reconhecimento de antígenos. O HIV actua no linfócito "T"
Linfócito "B" – bursa dependente – actuando na defesa através da produção de anticorpos.
d.2.2) Monócitos  correspondem aos maiores leucócitos do sangue circulante. Apresenta acção fagocitária. São capazes de atravessar a parede dos capilares e penetrar no conjuntivo, fenômeno conhecido como diapedese. Os monócitos podem ser confundidos com os histiócitos ou macrófagos. Núcleo peniforme.
- Tecido Cartilaginoso: estrutura de sustentação dos vertebrados. Apresenta resistência à tensões e um alto grau de maleabilidade. O tecido cartilaginoso tem origem mesenquimal, estando constituído por células e por grande quantidade de substância intercelular. As células deste tecido alojam-se em lacunas chamadas condroplastos. Estas células apresentam forma esférica ou elíptica, sendo denominada condrócitos.
Tipos de Cartilagens
- Cartilagem hialina  primeira estrutura de sustentação do embrião, sendo substituído depois pelo osso. Nos adultos, continua presente nas vias respiratórias. Cor branca-azulada. Destaca por sua resistência. Presença de fibras colágenas.
- Cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem  maior resistência as forças de tração. Presença de fibras colágenas.Encontrada nos discos intervertebrais.
- Cartilagem elástica  apresenta fibras colágenas e elásticas. Dotados de resistência e de um alto grau de flexibilidade. Coloração ligeiramente amarelada. Ocorre em regiões do pavilhão auditivo.
- Tecido Ósseo: desempenha função de sustentação e proteção. As células destes tecidos se apresentam achatadas e ovóides, recebendo a denominação de osteócitos que se caracterizam pela emissão de prolongamentos citoplasmáticos, através dos quais se comunicam e se inter-relacionam.
Osteoblasto – célula jovem, activa e responsável pela síntese da matriz óssea (osteóide)
Substância Intercelular  constituída por uma fracção orgânica (fibras colágenas e substância fundamental) e por uma natureza mineral (íons de cálcio, fosfato, existindo ainda sódio, magnésio e carbonatos).
Osteoclastos – células gigantes responsáveis pela destruição do osso.
Nutrição das Células Ósseas  Realizada através de vasos sangüíneos e canalículos existentes entre as células ósseas. É reforçada por ramificações de vasos sangüíneos que chegam ao interior do tecido.
Sistema de Havers  são canais circundados por células e substâncias intercelular, no interior dos quais passam vários vasos sangüíneos que atendem à nutrição dos osteócitos que se encontram ao seu redor. Revestindo a superfície interna e externa dos ossos, encontramos camadas vascularizadas de tecido conjuntivo denso, chamadas respectivamente de endósteo e periósteo. Os vasos sangüíneos pertencentes a estas camadas mantém contacto com os canais de Harvers, através de canais perpendiculares chamados canais de Volkman.
Processo de formação do osso
- Ossificação endocondral  processo e formação do osso, a partir da calcificação de um molde de cartilagem. Ocorre na formação dos ossos curtos e longos.
- Ossificação intramembranosa  processo de ossificação que consiste no aparecimento de fibras em áreas mesenquimais e posterior diferenciação de células mesenquimais em osteoblastos.
Tecido Muscular: formado por células especializadas em contrabilidade, devido a presença de miofilamentos de actina e miosina. Existência de fibrilas no sarcoplasma das células musculares. A contrabilidade presente nas células ou fibras musculares decorre da presença dessa fibrilas, denominadas miofibrilas.
	Estrutura
	Fibra
	Membrana celular
	Sarcolema
	Citoplasma
	Sarcoplasma
	Retículo Endoplasmático
	Retículo Sarcoplasmático
	Mitoncôndrias
	Sarcossomas
- Tipos de fibras musculares:
Fibra muscular lisa  Célula com único núcleo e volumoso, disposição homogênea das miofibrilas em seu sarcoplasma. Sem estriações transversais, pois os miofilamentos não se organizam em miofibrilas. Contração lenta e involuntária. Existência de filamentos protéicos de actina e miosina. Encontrada na musculatura do tubo digestivo e no coração. 
Fibra muscular estriada  apresenta vários núcleos em sua superfície. No sarcoplasma dessas fibras, as miofibrilas apresentam estriações transversais e longitudinais que lhes são peculiares e permitem diferenciar este tipo de fibra da lisa. Presença de actina e miosina. A contração dessa fibra se processa de forma brusca, sendo dependente de nossa vontade.
- Fibra estriada esquelética  se contraem voluntariamente respondendo pela maior parte dos movimentos do corpo.
- Fibra estriada cardíaca  ocorre no coração. Presença de um ou dois núcleos. Contração involuntária. Dentre estas fibras, algumas se especializam na condução de estímulos nervosos, são as chamadas fibras de Purkinge.
- Estrutura de uma miofibrila da célula muscular estriada  as miofibrilas da célula muscular estriada se diferem daquelas encontradas na célula muscular lisa por apresentarem discos claros e escuros alternados ao longo de seu comprimento. Os discos claros e escuros receberam a denominação de disco I e disco A . Chama-se Linha Z a uma linha mais escura que atravessa o centro dos discos claros (I). Da mesma forma, encontramos no centro dos discos escuros (A) uma linha mais clara denominada Linha H. Quando a miofibrila está relaxada, ela apresenta o disco A . Quando está contraída, a mesma desaparece.
Tecido Nervoso: células especializadas no sentido de captar e responder a certos estímulos. A irritabilidade e a condutibilidade são atributos inerentes à matéria viva, achando-se presentes mesmo nas formas mais primitivas da vida. A Neuroglia é um conjunto de células que desempenha papel importante no metabolismo e nas alterações patológicas do tecido nervoso.
- Tipos de células da neurologia
Macroglia
- Astrócito  representa a célula de maior tamanho da neuroglia. Caracteriza-se pela emissão de um grande número de prolongamentos citoplasmáticos.
- Oligodendrócito  células menores que os astrócitos, apresentando poucos prolongamentos citoplasmáticos.
Microglia  representa um conjunto de células fagocitárias do sistema nervoso central. Pequeno tamanho. Origem mesodérmica.
Glia-ependimária  mantém uma disposição epitelial, não assumindo os prolongamentos típicos de célula nervosa. No sistema nervoso, revestem cavidades de órgão do sistema nervoso central.
- A Célula Nervosa ou Neurônio:
Incapaz de se reproduzir. Variabilidade na forma e no tamanho.
Corpo celular ou pericápio  é o corpo da célula. Presença de neurofibrilas que percorrem o citoplasma dos neurônios em todas as direções. Facilita o deslocamento de íons no interior da célula.
Dendritos  prolongamentos que partem do corpo celular. Através desses prolongamentos os neurônios recebem estímulos e estabelecem comunicação entre si.
Axônio  eixo cilíndrico único que se prende ao corpo celular em uma região chamada cone de implantação. O axônio pode apresentar ramificações.
Figura do sistema nervoso
- Sinapse  um neurônio estabelece contato com outro através de um axonio. O ponto de encontro pode acontecer de 3 formas:
Entre o axônio de um com um dendrito do outro (sinapse axo-dendrítica)
Entre o axônio de um com o pericário do outro (sinapse axo-somática)
Entre dois axônios (sinapse axo-axonal)
No citoplasma da extremidade do axônio que transmite a excitação são encontradas numerosas vesículas, que no seu interior apresentam substâncias chamadas mediadores químicos. Essas sinapses são ditas sinapses químicas.
- Fibras Nervosas  BAINHA + AXÔNIO = FIBRA NERVOSA
As bainhas são dobras em torno do axônio. A bainha de mielina é de natureza lipoprotéica.
Lipídios e Vitaminas
Lipídios – São a segunda fonte de energia para o consumo da célula. Resultam da combinação de ácidos graxos com álcoois. São, portanto, ésteres.
Características
a) São de coloração branca ou amarela.
b) Untuosos ao tacto.
c) Possuem densidade menor que a da água.
d) Apresentam alto teor energético
e) São insolúveis na água e solúveis nos solventes orgânicos como álcool, éter, clorofórmio e benzeno.
f) São os compostos orgânicos mais energéticos.
ClassificaçãoLipídios simples – originados da reação entre um álcool e um ácido graxo. Tem apenas C, H e O.
Glicerídeos – são lipídios simples nos quais o álcool é o glicerol.
- Gorduras => glicerídeos formados por ácidos graxos saturados de grande cadeia carbônica. São sólidos. Ex.: manteiga, toucinho, banha e sebo.
- Óleos => glicerídeos formados por ácidos graxos saturados de pequena cadeia carbônica. São líquidos. Ex.: óleo de soja, algodão, amendoim e milho.
b) Cerídeos (ceras) – diferem dos glicerídeos por não serem derivados do glicerol, mas de outro álcool de cadeia menor.
Lipídios complexos ou compostos – Além dos ácidos graxos e do álcool, entra uma substância adicional. Além de C, H e O, tem P ou N.
Fosfolipídios – lipídios ligados com fósforo. Seu papel metabólico é pouco conhecido. Sua quantidade varia de tecido para tecido.
Esfingomielina – são fosfolipídios presentes em determinados neurônios. Relacionam-se com o aumento da velocidade de condução do impulso nervoso.
Participam da constituição das membranas celulares.Exs.: lecitina, cefalina e esfingomielina.
Terpenóides – grupo de lipídios que derivam de hidrocarbonetos.
Esteróides – são todos semelhantes as moléculas de colesterol.
Exs.: colesterol, sais biliares, hormônios sexuais, pró-vitamina D e corticóides.
- O colesterol dá origem a hormônios como os do córtex das glândulas supra-renais e os sexuais. Taxas altas de colesterol nos animais vertebrados pode trazer más conseqüências, uma delas é a arteriosclerose.
Sais biliares – são muito importantes na emulsificação (= detergência) dos óleos e gorduras, no tubo digestivo, facilitando a acção das lipases.
Corticosteróides – são muito utilizadas como anti-alérgicos e anti-inflamatórios. São produzidos pelas supra-renais.
Carotenóides
- São pigmentos vegetais
- São compostos que dão coloração amarela, alaranjada ou avermelhada de certos vegetais.
São encontrado nos animais (Ex.: carapaças dos camarões e caranguejos) e nos vegetais.
Funções
Energética
Reserva Energética
Hormonal – hormônios sexuais femininos e masculinos
Isolante Térmico – tecido adiposo
Isolante Elétrico – bainha de Mielina, envolve o axônio de certos neurônios
Proteção Mecânica – protegendo estruturas internas, funcionando como um amortecimento.
Vitaminas – Ex.: A e D
Ácidos Nucléicos – são polinucleotídeos. Cada nucleotídeo encontra-se: um radical fosfato, uma pentose e uma base nitrogenada.
DNA (Ácido Desoxirribonucleíco) – pentose  desoxirribose. Nas bases nitrogenadas encontram-se duas bases púricas (Adenina e Guanina) e duas bases pirimídicas (Citosina e Timina). Cada cadeia é composta por vários nucleotídeos ligados uns aos outros pelos fosfatos. As duas cadeias estão ligadas uma à outra, pelas suas bases nitrogenadas, através de pontes de hidrogênio. Adenina liga-se a Timina e Citosina liga-se a Guanina. Para o DNA se duplicar, ele é ajudado por uma enzima especial, a DNA polimerase que faz com que as pontes de hidrogênio se rompem e as duas fitas do DNA se afastam. Os nucleotídeos livres de DNA, que já existem na célula, se encaixam nas duas fitas que se afastaram. O encaixe só ocorre se as bases forem complementares. Cada filamento antigo actuou como molde, já que a sequência de bases funcionou como um "guia" para a produção da fita nova. É uma duplicação semi-conservativa, a molécula filha conserva metade da molécula mãe.
- RNA (Ácido Ribonucleíco) – Semelhante ao DNA, com exceção da pentose que é a ribose e da base pirimídica (Uracila substitui a Timina). Transcrição: síntese de RNA através do DNA.
RNA ribossômico (RNAr) – encontrado no nucléolo, onde é produzido, e no citoplasma, associado a proteínas, formando ribossomos.
RNA mensageiro (RNAm) – ocorre tanto no núcleo, onde é sintetizado, quanto no citoplasma, onde participa da síntese de proteínas, associado aos ribossomos.
RNA transportador (RNAt) – formado por pequenas cadeias e possui a capacidade de se combinar com certos aminoácidos que serão transportados por eles para formar proteínas. Formato de "folha de trevo"
Vitaminas:
	Vitaminas
	Nomes
	Fontes
	Problemas carência
	Ação
	A
	Retinol
	Leite e derivados, ovos
	Cegueira noturna, xeroftalmina
	Antixeroftálmica
	D
	Calciferol
	Leite e derivados, gema de ovo
	Raquitismo
	Antiraquítica
	E
	Tocoferol
	Fígado, carnes, gordura leite e leguminosas
	Esterilidade em ratos
	Anti-esterilidade
	K
	Filoquinona
	Vegetais folhosos, fígado, leite e ovos
	Hemorragias
	Anti-hemorrágica
	C
	Ácido ascórbico
	Frutas, tomate, pimentão
	Escorbuto (hemorragias nas gengivas, lesões digestivas, irritabilidade)
	Anti-escórbica, retarda o envelhecimento, resistência do orgânismo
	B1
	Tiamina
	Cereais integrais, fígado, feijão
	Beribéri (inflamação em nervos, atrofia muscular e problemas circulatórios). fraqueza
	Antiberibérica
	B2
	Riboflavina
	Fígado, leite, carnes, trigo, feijão
	Fotofobia, rachaduras nos cantos da boca, lesões na mucosa bucal
	Crescimento
	B4
	Pirodoxina
	Cereais integrais, leite, carnes, ervilha
	Convulsões em crianças, irributabilidade em adultos
	Anti-acrodínica
	B12
	Cianocobalamina
	Fígado, coração, rins
	Anemia perniciosa
	Anti-anêmica
	PP
	Niacina ou Nicotinamida
	Fígado, carnes, cenoura, leite, peixes
	Pelagra ou doença dos três D (diarréia, dermatite, demência)
	Antipelagrosa
Compostos Orgânicos e Inorgânicos
Compostos inorgânicos
- Água: substância que se encontra em maior quantidade no interior da célula. Solvente universal.
Origem
- Água endógena: provenientes das reações químicas que ocorrem no próprio organismo.
- Água exógena: proveniente da ingestão
Quantidade
- Actividade: quanto maior a atividade metabólica de um tecido, maior é a taxa de água que nele se encontra
- Idade: a taxa de água decresce com o aumento da idade.
- Espécie: no homem, representa 65% do peso do corpo; em certos fungos, 83% do peso.
O teor de água num organismo desenvolvido não pode variar muito, sob pena de acarretar a morte.
Propriedades
- Calor específico: muito alto. Equilíbrio da temperatura dentro da célula
- Poder de dissolução: muito grande. Todas as reações químicas ocorrem em solução. A água é importante meio de transporte de substâncias dentro e fora das células.
- Tensão superficial: grande. Moléculas com cargas aderem-se fortemente às moléculas de água.
Funções:
- Dissolvente universal
- Fundamental para as reações químicas que ocorrem no organismo
- Transporta substâncias dentro ou fora das células.
- É uma via de excreção. Arrasta para fora do corpo as substâncias nocivas.
- Termo regulação: a água contida nos organismos vivos conserva praticamente constante a temperatura de tais organismos em relação ao seu meio ambiente.
- Imobilizados como componentes de estrutura esquelética: nos vertebrados, o fosfato de cálcio, abundante nos ossos; nas espículas de certas esponjas e carapaças de diatomáceas, encontrados derivados de silício.
- Dissolvidos em água: estes são os mais importantes para o funcionamento da célula. Variações pequenas nas porcentagens de íons modificam profundamente a permeabilidade, irritabilidade e viscosidade da célula. Veja abaixo alguns íons encontrados nas células.
	
Sódio (Na+ )
	relacionado com a regulação da concentração celular.
influi no mecanismo de condução de impulsos nervosos.
Encontrado principalmente fora das células
	Cloreto (Cl-)
	Estômago – formação de HCl  suco gástrico
Encontrado freqüentemente no sangue e nos líquidos intercelulares.
No interior das células sua concentração é baixa
	Potássio (K+)
	Condução de impulsos nervosos.
Mais abundante dentro do que fora das células
	Cálcio (Ca++)
	colabora no processo de coagulação sangüínea
relacionado com a contração muscular
	Magnésio (Mg++)
	- faz parte da molécula da clorofila – relação com fotossíntese.
	Fosfato (PO4---)
	Fosfolipídios, participantes da estrutura das membranas celulares
Componente de esqueletos  fosfato de cálcio
Componente de nucleotídeos
Armazenamento e fornecimento de energia nas células
	Ferro (Fe++)
	- presente em moléculas protéicas como os citocromos e a hemoglobina.
	Cobre (Cu+)
	- Hemocianina – pigmento que confere cor azul ao sangue de certos animais e que transporta oxigênio.
Compostos Orgânicos
- Aminoácidos: são ácidos orgânicos; que encerrem em sua cadeia um ou mais agrupamentos AMINA.
Síntese e Classificação: Existem 20 aminoácidos diferentes na natureza, que fazem parte das proteínas. Podemos classificá-los em:
- Essenciais – são aqueles, que não podem ser sintetizados pelos animais.
- Não-essenciais – são aqueles que podem ser sintetizados pelos animais.
Importância dos Aminoácidos:
- São unidades estruturais dos PEPTÍDEOS e das PROTEÍNAS.
- Funcionam como SISTEMA TAMPÃO, ou seja, actuam no controle do pH.
- Peptídeos: são compostos resultantes da união entre dois ou mais aminoácidos. União entre acarboxila do aminoácido com o grupo amina de outro aminoácido, liberando assim uma molécula de água. A ligação que une os dois chama-se ligação peptídica.
Classificação: de acordo com o número de aminoácidos.
- 2 aminoácidos = dipeptídeos
- 3 aminoácidos = tripeptídeos
- 4 aminoácidos = tetrapeptídeos
Importância dos Peptídeos:
- Constituem sistema tampão
- Alguns funcionam como hormônios.
Proteínas e Glicídios
Proteínas (polipeptídeos): são compostos orgânicos de alto peso molecular, são formadas pelo encadeamento de aminoácidos, representam 50 a 80% do peso seco da célula.
Obs.: - proteínas são polímeros de aminoácidos. Existem ligações peptídicas.
- Os aminoácidos são monômeros dos peptídeos e das proteínas.
- Polímeros são macro moléculas formadas pela união de várias moléculas menores denominadas monômeros.
- O peso molecular vai de 6.000 a 2.800.000. Peso de um aminoácido = 32.
a) Classificação das proteínas
- Holoproteínas: proteínas simples, formadas por apenas aminoácidos.
Ex.: - Albuminas: presente no sangue, solúvel em água.
- Globulinas: encontradas nos anticorpos e no fibrinogênio. Solúvel em água salgada.
- Escleroproteínas ou fibrosas: exclusiva dos animais, insolúveis na maioria dos solventes orgânicos. Exemplos de fibrosas:
* Colágeno: presente nos tendões, nos ossos e cartilagens.
* Queratina ou Ceratina: papel de impermeabilização da pele, presente tb nas unhas.
- Hetero-proteínas: proteínas conjugadas, formada por aminoácidos e mais outro componente não protéico.
Exemplos:
	Proteínas Conjugadas
	Grupo Prostético
	Exemplo
	Cromoproteínas
	Pigmento
	Hemoglobina, hemocianina, citocromos
	Fosfoproteínas
	Ácido fosfórico
	Caseína (leite)
	Glicoproteínas
	Carboidrato
	Mucina (muco)
	Lipoproteínas
	Lipídio
	Na membrana celular e no vitelo dos ovos
	Nucleoproteínas
	Ácido nucleíco
	Ribonucleoproteínas e desoxirribonucleoproteínas
b) Características:
- Natureza macromolecular: não passam pela membrana plasmática, alto peso molecular.
- Natureza anfotera: o melhor Sistema Tampão do organismo.
Estrutura das Proteínas:
- Primária: seqüência de aminoácidos unidos através das ligações peptídicas.
- Secundária: dada por dobras na cadeia ( - hélice), que são estabilizadas, por pontes de H.
- Terciária: ocorre quando a proteína sofre um maior grau de enrolamento, surgem, então, as pontes de dissulfeto, para estabilizar este enrolamento.
Quando a forma da proteína é alterada, ela torna-se inativa. Esse processo chama-se desnaturação e pode ser provocado por altas temperaturas, alterações de pH e outros fatores. A desnaturação geralmente é irreversível e consiste na quebra das estruturas secundárias e terciárias. Uma proteína difere de outra:
- Pelo número de aminoácidos em sua moléculas
- Pela seqüência de aminoácidos em sua molécula
- Pelo formato da molécula
- Funções das proteínas:
Função estrutural: participam da estrutura dos tecidos
Função enzimática: as enzimas são fundamentais como moléculas reguladoras das reações biológicas. Ex.: lipases
Função hormonal: os hormônios estimulam ou inibem a actividade de certos órgãos. Ex.: insulina.
Função de defesa: os anticorpos são produzidos por certas células do corpo a partir de proteínas denominadas gamaglobulinas.
Função nutritiva: as proteínas servem como fontes de aminoácidos, incluindo os essenciais requeridos pelo homem e outros animais.
Coagulação sangüínea: coagulação. Ex.: fibrinogênio, globulinas anti-hemofílicas, etc.
Transporte:hemoglobina. Transporte de gases no sangue.
- Enzimas: actuam como biocatalizador de diversas reações químicas no organismo.
- Catalisadores: são substâncias, que quando presentes, facilitam a ocorrência de uma reação química.
- Substratos: são os compostos sobre os quais as enzimas atuam.
As enzimas aceleram as reações biológicas.
Cada reação química necessita de uma certa energia de ativação (Ea) para ocorrer. As enzimas actuam sobre um substrato específico, diminuindo a (Ea) necessária para que a reação inicie.
Características da reacção enzimática:
- É específica – cada enzima age sobre um substrato específico. Funciona como chave e fechadura. O local da enzima, onde o substrato se encaixa, denomina-se centro ativo.
- É reversível – uma mesma enzima que transforma um substrato no produto, também transforma o produto e o substrato.
- A enzima não se gasta – uma mesma enzima pode catalisar uma mesma reação química n vezes, pois que ela não faz parte do produto.
Nomenclatura das enzimas: nome do substrato + o sufixo ase. Ex.: lactose – lactase; sacarose – sacarase; amido – amilase; ácidos nucleicos – nuclease.
Localização das enzimas:
- Endoenzimas – actuam no interior das células. Ex.: enzimas da cadeia respiratória.
- Exoenzimas – aquelas que actuam fora das células. Ex.: enzimas do suco gástrico.
d. Factores que modificam a velocidade das reações enzimáticas:
- Temperatura: cada enzima actua melhor em uma dada temperatura que chamamos de óptima. À medida que a temperatura aumenta, a actividade enzimática cresce e quando ela se eleva acima de 45o C produz-se a desnaturação enzimática. A actividade catalítica da proteína enzimática diminui e a velocidade da reação decresce. Em temperaturas elevadas, provoca a deformação de suas moléculas e impede o encaixe no substrato e as reações não podem mais ser catalisadas.
Figura. Gráficos da tempratura
- pH – as modificações no pH do meio modificarão suas propriedades catalíticas. O valor do pH pode variar de enzima para enzima. O pH máximo da pepsina é 2,5; o da tripsina é 9; outras funcionam com 7.
Figura. Gráficos do pH
- Concentração de substrato – quanto maior a concentração do substrato, maior será a velocidade da reação enzimática para uma mesma concentração.
Ponto de saturação: é quando cada enzima já está ocupada por um substrato.
Figura. Gráficos da concentração do substrato
- Activadores e Inibidores enzimáticos – existem substâncias cuja presença activa ou inibe a enzima.
Tipos de Inibição enzimática:
- Inibição competitiva (reversível):
Certas substâncias competem com o substrato, pelo centro activo de uma mesma enzima, por possuírem uma semelhança esteoroquímica com o substrato. Ex.: inibição provocada pela SULFA que compete com o PABA, pelo centro activo de uma enzima.
- Inibição não competitiva (irreversível):
O inibidor se combina com um grupo químico da superfície da enzima (diferente do centro activo). Esta reação, por modificar a estrutura da enzima, dificulta sua união com o substrato. Não possuem nenhuma semelhança com o mesmo. Ex.: os cianetos actuam sobre as enzimas respiratórias, levando o ser a morte.
- Inibição Alostérica (Reversível):
É uma inibição temporária da primeira enzima de uma cadeia enzimática, pelo produto da última das enzimas desta cadeia. Funciona como Feed Back (autocontrole).
- Inibição por Excesso de Substrato:
Quando existe uma concentração excessiva do substrato a reação pode ser inibida, pois dois ou mais substratos podem tentar encaixar numa mesma enzima e consequentemente não haverá reação.
Proteínas Especiais (anticorpos): os anticorpos são proteínas que têm função de defesa contra agentes considerados estranhos ao organismo. O alvo dos anticorpos são os antígenos. O anticorpo produzido actuará somente sobre o antígeno que determinou sua produção. A reacção antígeno-anticorpo é específica. 
Tipos de imunidades:
	
	Natural
	Artificial
	Imunidade Ativa
	Ocorre quando o organismo produz anticorpos após receber os antígenos naturalmente de alguém contaminado.
	Ocorre quando o organismo produz anticorpos após receber antígenos artificialmente por meio de vacina. Confere imunidade definitiva.
	Imunidade Passiva
	Ocorre quando o organismo recebe anticorpos da mãe por meio do leite-materno ou via placenta.
	Ocorre quando o organismo recebe anticorpos produzidos artificialmente

Continue navegando

Outros materiais