Buscar

CCJ0020_5

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DIREITO CONSTITUCIONAL II - CCJ0020
Semana Aula: 5
FORÇAS ARMADAS E SEGURANÇA PÚBLICA
Tema
FORÇAS ARMADAS E SEGURANÇA PÚBLICA
Palavras-chave
Objetivos
Compreender a estrutura das instituições responsáveis pela defesa da soberania 
interna e externa brasileiras.
Estrutura de Conteúdo 
1. Forças armadas
2. Segurança pública
DAS FORÇAS ARMADAS
Componentes das Forças Armadas:
Conforme determina o art. 142 da Carta Fundamental, 
As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, 
são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na 
hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República 
(conferir art. 84, XIII da CF). 
Destinação constitucional:
O art. 142 da Constituição Federal estabelece a destinação das Forças Armadas 
da forma a seguir relatada:
(a) Defesa da Pátria contra ameaças externas, 
(b) Garantia dos poderes constitucionais 
(c) Por iniciativa de qualquer dos Poderes Constitucionais, excepcionalmente 
lhes cabe a defesa da lei e da ordem, digo excepcionalmente pois a defesa da 
lei e da ordem é atribuição ordinária das forças de segurança pública que 
compreendem a Policia Federal, Rodoviária Federal, Ferroviária Federal e as 
Policias Civis e Militares Estaduais e do Distrito Federal. Cumpre ressaltar, por 
fim, que a defesa da lei e da ordem depende da iniciativa dos Poderes 
Constitucionais, a saber, Presidente da Republica, Presidente do Congresso 
Nacional ou Presidente do Supremo Tribunal Federal.
A obrigação militar: é obrigatório para todos nos termos da lei (143), sendo, no 
entanto reconhecida a escusa de consciência no termos previstos no art. 5º, VIII, 
que desobriga o alistamento em épocas de paz, desde que cumprida prestação 
alternativa. Cumpre ressaltar que o descumprimento da prestação alternativa 
tem o condão de gerar a perda dos direitos políticos, conforme art. 15, IV.
Organização militar e seus servidores: seus integrantes têm seus direitos, 
garantias, prerrogativas e impedimentos definidos no §§ 2º e 3º, do art. 142, 
desvinculados, assim, do conceito de servidores públicos, por força da EC-
18/98.
Deste modo, dispõe os mencionados parágrafos,
§ 2º - Não caberá "habeas-corpus" em relação a punições disciplinares 
militares.
"O sentido da restrição dele quanto às punições disciplinares militares (artigo 
142, § 20º, da Constituição Federal). (...) O entendimento relativo ao § 2º do 
artigo 153 da Emenda Constitucional nº 1/69, segundo o qual o princípio, de que 
nas transgressões disciplinares não cabia habeas corpus, não impedia que se 
examinasse, nele, a ocorrência dos quatro pressupostos de legalidade dessas 
transgressões (a hierarquia, o poder disciplinar, o ato ligado à função e a pena 
susceptível de ser aplicada disciplinarmente), continua válido para o disposto no 
§ 2º do artigo 142 da atual Constituição que é apenas mais restritivo quanto ao 
âmbito dessas transgressões disciplinares, pois a limita às de natureza militar." 
(HC 70.648, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 04/03/94)
§ 3º Os membros das Forças Armadas são denominados militares, 
aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes 
disposições:
I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são 
conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos 
oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos 
e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos 
uniformes das Forças Armadas;
II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público 
civil permanente será transferido para a reserva, nos termos da lei;
"O Plenário desta Corte, recentemente, ao julgar o RE nº 163.204, firmou o 
entendimento de que, em face da atual Constituição, não se podem acumular 
proventos com remuneração na atividade, quando os cargos efetivos de que 
decorrem ambas essas remunerações não sejam acumuláveis na atividade. 
Improcedência da alegação de que, em se tratando de militar que aceita cargo 
público civil permanente, a única restrição que ele sofre é a prevista no § 3º do 
artigo 42: a de ser transferido para a reserva. A questão da acumulação de 
proventos com vencimentos, quer se trate de servidor público militar, quer se 
trate de servidor público civil, se disciplina constitucionalmente de modo igual: os 
proventos não podem ser acumulados com os vencimentos." (MS 22.182, Rel. 
Min. Moreira Alves, DJ 10/08/95)
III - O militar da ativa que, de acordo com a lei, tomar posse em cargo, 
emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda que da 
administração indireta, ficará agregado ao respectivo quadro e somente 
poderá, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por 
antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela 
promoção e transferência para a reserva, sendo depois de dois anos de 
afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da 
lei;
IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
V - o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos 
políticos;
"Se o militar da ativa é alistável, é ele elegível (CF, art. 14, § 8º). Porque não 
pode ele filiar-se a partido político (CF, art 42, § 6º), a filiação partidária não lhe é 
exigível como condição de elegibilidade, certo que somente a partir do registro 
da candidatura é que será agregado (CF, art. 14, § 8º, II; Cód. Eleitoral, art. 5º, 
parágrafo único; Lei nº 6.880, de 1980, art. 82, XIV, § 4º)." (AI 135.452, Rel. Min. 
Carlos Velloso, DJ 14/06/91)
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do 
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de 
caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo 
de guerra;
"É tradição constitucional brasileira que o oficial das Forças Armadas só perde 
posto e patente, em virtude de decisão de órgão judiciário. No regime 
precedente à Emenda Constitucional nº 1, de 1969, a perda do posto e patente 
podia decorrer da simples aplicação da pena principal privativa de liberdade, 
desde que superior a dois anos; tratava-se, então, de pena acessória prevista no 
Código Penal Militar. No regime da emenda Constitucional nº 1, de 1969, a 
perda do posto e patente depende de um novo julgamento, por tribunal militar de 
caráter permanente, mediante representação do Ministério Público Militar, que 
venha a declarar a indignidade ou incompatibilidade com o oficialato, mesmo 
que o oficial haja sido condenado, por Tribunal Civil ou Militar, a pena privativa 
de liberdade superior a dois anos, em sentença transitada em julgado. Não se 
pode equiparar a decisão prevista no art. 93, §§ 2º e 3º da Constituição, à 
hipótese de decisão de Conselho de Justificação (Lei nº 5.836, de 05/12/1972). 
Por força da decisão de que cuida o art. 93, §§ 2º e 3º, da Lei Maior, pode ser 
afastada a garantia constitucional da patente e posto. Nesse caso, a decisão 
possui natureza material e formalmente, jurisdicional, não sendo possível 
considerá-la como de caráter meramente administrativo, à semelhança do que 
sucede com a decisão de Conselho de Justificação. Cabe, assim, em princípio, 
recurso extraordinário, de acordo com o art. 119, III, da Constituição contra 
acórdão de Tribunal Militar permanente, que decida nos termos do art. 93, §§ 2º 
e 3º, da Lei Magna. Aplica-se idêntico entendimento, em se tratando de oficial de 
Polícia Militar e de decisão de Tribunal Militar estadual." (RE 104.387, Rel. Min. 
Néri da Silveira, DJ 09/09/88)
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de 
liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será 
submetido ao julgamento previsto no inciso anterior;
"A EC nº 18/98, ao cuidar exclusivamente da perda do postoe da patente do 
oficial, não revogou o art. 125, § 4º, do texto constitucional originário, regra 
especial nela atinente à situação das praças." (RE 358.961, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, DJ 12/03/04)
VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, 
XIX e XXV e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV;
X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, 
a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a 
inatividade, os direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e 
outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades 
de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por força de 
compromissos internacionais e de guerra.
"Princípio Isonômico. Código Penal e Código Penal Militar. O tratamento 
diferenciado decorrente dos referidos Códigos tem justificativa 
constitucionalmente aceitável em face das circunstâncias peculiares relativas 
aos agentes e objetos jurídicos protegidos." (RE 115.770, Rel. Min. Marco 
Aurélio, DJ 21/02/92)
http://www.vemconcursos.com/opiniao/index.phtml?page_id=1897
Antônio Henrique Lindemberg Baltazar
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Aplicação: articulação teoria e prática
Com relação ao que dispõe a CF acerca da disciplina das forças armadas, 
assinale a opção incorreta.
A É garantida ao militar a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.
B A sindicalização é proibida ao militar.
C Ao militar que esteja em serviço ativo é proibida a filiação a partido político.
D Os eclesiásticos são isentos do serviço militar obrigatório em tempo de paz.
Caso Concreto: Um integrante da polícia militar de determinado estado da Federação 
pretende participar de processo eleitoral na condição de candidato a vereador do 
município onde reside. O militar conta com onze anos de serviço na polícia militar e não 
possui filiação partidária, mas entende que o art. 142, § 3.º, inciso V, da Constituição 
Federal, que proíbe que o militar, enquanto em serviço ativo, possa estar filiado a partido 
político, aplica-se apenas aos militares federais. Assim, ele pretende participar da 
convenção partidária que vai oficializar a relação de candidatos de determinado partido, 
orientado que foi no sentido de que o registro da candidatura suprirá a ausência de prévia 
filiação partidária. Nessas circunstâncias, o militar solicita aos seus superiores a condição 
de agregado, pois é sua intenção, se não for eleito, retornar aos quadros da corporação.
Considerando a situação hipotética apresentada, responda, de forma 
fundamentada, às seguintes perguntas.
a)Pode o policial militar ser candidato a vereador sem se afastar definitivamente 
da corporação?
b)Está correto o entendimento segundo o qual a vedação de filiação partidária, 
enquanto em serviço ativo, não se estende aos militares dos estados?
c)Está correta a orientação no sentido de que o registro da candidatura suprirá a 
falta de filiação partidária?
d)Poderá o militar, se não for eleito, retornar aos quadros da polícia militar?
 
Considerações Adicionais

Continue navegando